OsteoporoseTreinamento deve incluir:
• Exercícios de força• Exercícios de sustentação do próprio peso corporal• Atividades com impacto• Exercícios de flexibilidade, coordenação, equilíbrio e
condicionamento cardiovascular
• Objetivos:• Preservar e melhorar a força muscular• Aliviar dores e manter a flexibilidade• Evitar maiores deformidades e alterações posturais• Melhorar condicionamento físico• Melhorar equilíbrio e marcha• Manter AVDs
Hipertensão arterial sistêmica
Sindrome multicausal e multifatorial
caracterizada pela presença de níveis
elevados e normalmente associada a
distúrbios metabólicos, hormonais e
hipertrofias cardiaca e vascular.
Classifcação diagnóstica da hipertensão arterial (indivíduos maiores de 18 anos de idade)
Classificacão Pressão sistólica
(mmHg)
Pressão diastólica
(mmHg)
Ótima 120 80
Normal 130 85
Limítrofe 130-139 85-89
Hipertensão
estágio 1
140-159 90-99
Hipertensão
estágio 2
160-179 100-109
Hipertensão
estágio 3
180 110
Hipertensão
sistólica isolada
140 90
Prescrição do exercício aeróbio parahipertensos
• Frequência: a maior possível
• Duração de 20 a 60 minutos
• Intensidade: 40% a 80% do VO2 pico ou 50% a 70%
da FC reserva
FC treino = (FC máx - FC rep) x % + FC rep
Teste máx Após 5´
repouso
50% à 70%
Prescrição dos exercícios resistidos
• Exercitar os grandes grupos musculares antes dos pequenos
• Aumentar as cargas quando 12-15 repetições estiverem sendo
executadas confortavelmente
• Executar os movimentos de forma lenta e controlada
• Não realizar manobra de Valsalva (orientar respirar da forma mais
confortável)
Frequência: 2 a 3 vezes na semana
Duração: 20 a 40 min
Intensidade: 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições
Escala de Borg entre 11 e 13 como guia de esforço
Prescrição dos exercícios resistidos
Parar o exercício no caso de sinais de
advertência ou sintomas,especialmente, vertigem,
arritmias, dispnéia, angina pectoris ou desconforto.
Não iniciar sessão de exercícios se PAS/PAD
estiverem superiores a 160mmHg e/ou 105mmHg
Níveis desejáveis de colesterolColesterol total (mg/dL)
Menor que 200 Desejável
200 – 239 Limítrofe
240 ou maior Alto
LDL colesterol (mg/dL)
Menor que 100 ótimo
100 a 129 Quase ótimo
130 a 159 Limítrofe
160 a 189 Alto
Maior que 190 Muito alto
HDL colesterol (mg/dL)
Menor que 40 Baixo
Maior que 60 Alto
Níveis desejáveis de triglicérides
Triglicérides (mg/dL)
Menor que 150 Normal
150 a 199 Limítrofe
200 a 499 Alto
500 ou maior Muito alto
Doença isquêmica do coração
• Desproporção entre oferta e demanda de O2.
• Músculo cardíaco - metabolismo
predominantemente aeróbio com elevada extração
de O2 e baixa margem de reserva- não há estoques!
• Etiologia:
• Principal: estreitamento da luz da artéria por placa
de ateroma ≥75%
• Menor frequência vasoespasmo (comum em usuários
de drogas: cocaína e extase)
Mecanismos oclusivos
•Trombo não oclusivo sobre a placa pré-existente
•Obstrução dinâmica
•Espasmo
•Vascoconstrição
•Obstrução mecânica progressiva
•Inflamação
•Rotura da placa aterosclerótica
Tratamento
Reabilitação cardíaca: somatório das atividades
necessárias para garantir aos pacientes portadores
de cardiopatias as melhores condições fisica,
mental e social, de forma que eles consigam, pelo
seu próprio esforço, reconquistar uma posição na
comunidade e levar uma vida produtiva
Organização Mundial de Saúde, 1964.
Medicamentos
Cirurgia
Angioplastia
Técnica que utiliza um minúsculo balão inflado
dentro da artéria obstruída com placas de gordura
e sangue, além de uma “mini-tela” de aço que,
aberta, facilita a passagem do sangue.
Formas clínicas
• Angina
• Infarto do miocárdio
• Insuficiência cardíaca
• Morte subita de origem cardíaca
Angina
• Fluxo coronário é insuficiente para suprir as
necessidades de O2 e nutrientes do miocárdio
• Sintoma: dor precordial geralmente desencadeada
por exercício físico, estresse mental, alimentação,
exposição ao frio
• Duração: ≤ 15 min
melhora com repouso ( FC)Angina estável
Angina instável
Exercícios aeróbicos e angina
Intensidade: entre 40 a 60% do VO2 máx. ou 50
a 70% da FC de reserva.
Percepção subjetivo do esforço entre 12 e 13 da
escala de BORG
10bpm abaixo do ponto em que ocorreram
alterações no teste de esforço
FC treino = (FC máx - FC rep) x % + FC rep
Teste máx Após 5´
repouso
50% à 70%
Exercícios resistidos e angina
O treinamento resistido:
1) Avaliado boa condição ventricular esquerda
e boa condição cardiorrespiratória.
2) Uso correto da medicação prescrita pelo
médico.
3) Pressão Arterial controlada.
1 a 3 séries de 8 a 15 repetições
40% a 60% da força voluntária máxima prevista
Infarto do miocárdio
Manifestação clínica de isquemia miocárdicaimportante e/ou prolongada causando morte dascélulas miocárdicas, decorrentes da presença detrombos totalmente oclusivos em placacomplicada
Características da dor:
Pressão, aperto, esmagamento
Queimação, indigestão
Pontada
Irradiação braço esquerdo, ombro esquerdo, mandíbula e
pescoço
Infato do miocárdio
Fatores desencadeantes:
Exercício físico intenso (maior em sedentários)
Estresse mental (raiva)
Ritmo circadiano (maior incidênica as 6hs e 24hs –
pico de cortisol)
Infato do miocárdio
Personalidade predisposta: tipo A
Agressividade latente
Impaciência
Competitividade
Estado permanente de stress
Comportamento e comunicação rudes
Pressão por falta de tempo no dia-a-dia
Cuidados
• Não se exercitar em jejum
• Fazer uso da medicação prescrita
• Fazer reposição hidrica
• Uso de roupas adequadas a condições de
temperatura e umidade do ar
• Equipamento e material de emergência
Prescrição de exercícios
• Individualizada
• Monitorização eletrocardiográfica pode ser
necessária para pacientes que apresentem
arritmias desencadeadas ou agravadas pelo
esforço e limiar baixo de isquemia silenciosa
• Na presença de isquemia, recomenda-se
monitorização por 6 -12 sessões até que se
estabeleça o nível de tolerância ao exercício
Prescrição de exercícios aeróbios
• Intensidade: 50% a 80% do VO2 pico
• 70-85% da FC máxima
• 50-75% da FC de reserva
• Percepção de esforço: 12 a 16 pela escala de Borg
• 10bpm abaixo do ponto em que ocorreram alterações
no teste de esforço
• Duração: de 20 a 70 minutos
• Frequência: De 2 a 4 dias na semana
Prescrição de exercício resistido
• 1 a 2 séries de 8 a 10 repetições
• 30% a 60% da carga voluntária máxima estimada
• Grandes grupos musculares
• Evolução lenta
Efeitos favoráveis do exercício físico
Interfere favoravelmente na esfera emocional.
Ação anti-depressiva
Comparado com angioplastia, reduz eventos em
univasculares com menor custo
Reduz morbidade e mortalidade cardiovascular na
doença coronariana e na insufiência cardíaca crônica
Diminui elementos pró-inflamação
Diabetes
Síndrome caracterizada por hiperglicemia
resultante de defeitos na SECREÇÃO
de insulina associados ou não à
RESISTÊNCIA a ação
deste hormônio
Classificação
Baseia-se no processo patogênico:
a) Diabetes tipo I – destruição das células Beta do pâncreas (células
que secretam a insulina)
Pode ser: auto-imune ou idiopática
Normalmente surge até os 20 anos de idade
Associação Americana de Diabetes, 2003
b) Diabetes tipo II – graus variados de deficiência e resistência à
insulina.
Magro: deficiência da secreção
Obeso: resistência à ação
Normalmente surge em adultos
Diabetes tipo 1
Diabetes juvenil ou insulinodependente – 10% dos
diabéticos preferencialmente crianças e adolescentes (5 e 14
anos)
Associação familiar em 5% e 6% dos casos
Interação de fatores genéticos predisponentes, ambientais e
imunológicos, culminando com a destruição das células ß-
pancreáticas e a deficiência da insulina
Processo pode levar vários anos
Progressão é variável:
• rápida na criança (dependência total de insulina)
• mais lenta no adulto (pode necessitar insulina após 1 ano)
Diabetes tipo 2
Diabetes do adulto ou não dependente de insulina – 90%
dos diabéticos
Risco familiar até 40% quando os dois pais são diabéticos
Influências genéticas e ambientais
Hiperglicemia envolve: aumento da produção hepática de
glicose, diminuição na secreção e ação da insulina (resistência
à insulina), redução da utilização e armazenagem de glicose
Fatores de risco para DM tipo 2
Idade superior a 45 anos
Obesidade central
Dislipidemia
- HDL baixo e triglicérides elevados
Hipertensão arterial
Doença cardiovascular
Antecedente familiar de diabetes
Diabetes gestacional prévio
Síndrome Metabólica
Ahima RS. The Journal of Clinical Investigation, v.121, n.6, 2011
História natural do DM2: obesidade resulta em um aumento nas celulas
ß e secreção de insulina, o que compensa a resistência à insulina. Depois de
um tempo, a compensação das celulas ß falha em alguns indivíduos, levando
a intolerância à glicose.
Resistência a insulina
É a inabilidade da insulina em reduzir,
efetivamente, a glicose
Dificuldade da glicose em entrar nas células
Defeito no metabolismo da glicose, no qual a
resposta a insulina é menor que a habitual ou
esperada (também chamado de sensibilidade
diminuída à glicose)
ALTOS NÍVEIS DE GLICOSE E INSULINA
Hipoglicemia
Liberação hormonal
Glucagon
Adrenalina
Hormônio de
crescimento
Sintomas adrenérgicos
Tremor
Ansiedade
Palpitação
Sudorese
Fome
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
Alterações mentais
Visão turva
IncoordenaçãoConvulsões, coma
GLICEMIA (mg/dL)
Complicações agudas
Hipoglicemia
Níveis muito baixos de glicemia
COMA HIPOGLICÊMICO
• Causa – dose alta de insulina
para a ingesta de CHO
ou prática de exercício
• Sintomas – fraqueza, tontura,
tremor, palpitação,
suor frio, fome,
confusão mental,
convulsão, desmaio.
Problemas - < 60 mg/dl
sérios <40 mg/dl
Hiperglicemia
Níveis muito altos de glicemia
COMA HIPERGLICÊMICO
• Causa – dose baixa de insulina
ou de antidiabético oral
para a ingesta de CHO
Cetoacidose
• Sintomas – fraqueza, tontura,
sede, muita urina,
face vermelha,
respiração rápida
desmaio
Problemas - > 160 mg/dl
Complicações crônicas
COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES
Neuropatia (dores, parestesias e úlceras em MMI, paralisia motoras);
Nefropatia (edema, hipertensão);
Retinopatia (alterações visuais, cegueira).
COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES
Insuficiências vascular periférica (úlcera, isquemia e
gangrena de MMII), coronariana (IM) e cerebral (AVC)
Risco cardiovascular e diabetes
Tanto DM1 como DM2 são fatores de risco
isolados para doença cardiovascular
A mortalidade por doença cardiovascular aumenta
de 4 a 8 vezes em diabéticos
De Angelis, et al, 2006.
Treinamento físico
Diminuição de fatores de risco para o desenvolvimento
do DM
Melhora no perfíl lipídico
Redução da resistência à insulina
Redução da ocorrência de disfunções ventriculares ou
autonômicas
Diminuição do risco cardiovascular e mortalidade
Treinamento - Diabético Tipo 1
Melhora a sensibilidade a insulina
Adaptações:
Aumento da densidade capilar,
Aumento da expressão e translocação de GLUT 4 para
membrana plasmática
Aumento das fibras musculares mais sensíveis à ação da
insulina
Aumento das atividades glicolíticas e oxidativas
Aumento da atividade da glicogênio-sintase
Aumento do conteúdo de glicogênio muscular e hepático
Treinamento - Diabético Tipo 1
Menor aumento de de glucagon, GH e cortisol durante
exercício moderado
Potencialização da mobilização de glicose hepática –
melhor manutenção da concentração sanguínea de glicose
durante exercício
Não melhora o controle glicêmico
Melhora cardiovascular e no perfil lipídico:
↓triglicérides,
↓LDL- colesterol e
↑aumentar níveis de HDL- colesterol
Treinamento - Diabetico tipo 2
Observa-se mais facilmente o controle glicêmico
desses pacientes (redução de 10% a 20% dos
valores basais de hemoglobina glicada)
Após exercício a musculatura exercitada passa
a realizar maior captação de glicose mediada pela
insulina
Essa captação pode se manter elevada até 4
horas após o exercício
Treinamento - Diabetico tipo 2
Redução do peso melhora sensibilidade insulina
Mesmo que não ocorra redução do peso –
exercício reduz gordura visceral diminuindo
impacto da resistência insulínica.
Melhora captação de glicose pela via não
insulínica
Exercícios aeróbios
Exercício mais indicado
Duração: 20 a 60 minutos
Freqüência: 2 a 6 vezes na semana
Intensidade: moderada
FC treino = (FC máx - FC rep) x 50% - 70% + FC rep
Exercícios resistidos
A sensibilização à insulina aumenta em toda a massa muscular durante o
exercício físico, mas esse aumento é maior na musculatura que está sendo
utilizada durante o exercício
Grandes grupos musculares
Objetivar resistência muscular localizada
Séries de 8 a 10 repetições para normotensos
Evitar exercícios isométricos e manobra de valsalva mesmo em normotensos
Não realizar teste de força máxima nem de repetição máxima
Exercícios de alongamento
O distúrbio do metabolismo da glicose no
diabético pode produzir uma superglicozilação de
colágenos específicos → o acúmulo de tecido
conjuntivo com espessamento das membranas,
aumentando as ligações cruzadas.
Diabéticos: limitações na amplitude dos
movimentos
Alongamentos devem fazer parte de um
programa de treinamento
Glicemia (mg/dL) Conduta
Até 80 Não realizar exercício
80-100 Ingerir CHO; medir novamente a
glicemia
100*-250 Realizar exercícios
200-300 Realizar exercícios com
acompanhamento de um médico
Acima de 250, com cetonúria, ou
acima de 300**
Não realizar exercícios
Cuidados
* 120 para crianças e adolescentes **Acima de 300, sem cetonúria e sem sintomas
de hiperglicemia para DM2 pode-se realizar exercícios sob supervisão. Adaptada
de ACSM, ADA, SDB.
CuidadosUsuários de insulina:
• Não se exercitar no horário de pico da insulina
•A dose e o tipo de insulina precisam ser ajustados, sob
orientação médica
•Evitar aplicar insulina na musculatura que será mais
solicitada
•Diabéticos que usam bomba de infusão de insulina devem
desligá-la ou retirá-la quando realizarem exercícios por 40 a
45 minutos
•Cuidados com os pés
•Material de emergência