DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno II n 107 Porto Alegre, quinta-feira, 24 de maio de 2007
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
PUBLICAES JUDICIAIS
SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente SPLE Nro 88/2007
Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees
AUTOS COM DESPACHOEMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 91.04.21752-7/RS
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
EMBARGANTE : SERGIO HENRIQUE SOARES DE VASCONCELLOS CHAVES
ADVOGADO : Paulo Roberto Silva de Vasconcellos Chaves e outros
: Marino da Cunha Rosa e outro
: Jose Umberto Braccini Bastos e outros
EMBARGADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Pedro Emilio Paschoal Frota e outros
DECISO
1. Defiro o pedido de habilitao de Maril da Veiga Chaves, Marcelo Henrique Veiga de Vasconcellos Chaves e Patrcia da Veiga
Chaves Picon, sucessores de Srgio Henrique Soares de Vasconcellos Chaves, nos presentes autos, com suporte no inciso I do artigo
1.060 do CPC, vista da documentao acostada. Proceda-se alterao do registro processual.
2. Defiro o pedido de carga dos autos formulado fl. 574 pelo prazo de 10 (dez) dias.
3. Intimem-se
Porto Alegre, 16 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 93.04.01185-0/RS
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
AUTOR : MUNICIPIO DE CHAPECO/SC
ADVOGADO : Eracy Lafuente Pereira
: Amarildo Vedana
: Ilse May Nothen Oliveira Lima
: Carlos Zamprogna
REU : TEREZINHA MARLENE FARIAS PARIS e outros
ADVOGADO : Clovis Fedrizzi Rodrigues
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 1489
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LITISCONSORTE : UNIAO
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
DESPACHO
Arquivem-se os autos com baixa na distribuio.
Porto Alegre, 17 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2001.04.01.005093-4/PR
RELATOR : Des. Federal VALDEMAR CAPELETTI
AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros
REU : RAUL ALVES FALLEIROS FILHO e outros
ADVOGADO : Antonio Celso Cavalcanti de Albuquerque e outros
REU : REGINA COELI DE SOUZA e outros
DECISO
Tendo em vista a petio da CEF da fl. 529, homologo, para que surta seus jurdicos e legais efeitos, a desistncia da ao em
relao a todos os rus, motivo pelo qual extingo o feito sem julgamento do mrito, nos termos do art. 267, inc. VIII, do CPC.
Intimem-se.
Oficiem-se, eventualmente, os juzos deprecados, solicitando a devoluo das Cartas de Ordem expedidas, independentemente do
seu cumprimento.
Porto Alegre, 18 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2001.04.01.072499-4/PR
RELATOR : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ
AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros
REU : DOMINGOS FORTE FILHO e outro
ADVOGADO : Graciane Vieira Lourenco e outros
DECISO
Vistos, etc.
D-se baixa e arquive-se.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 16 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2001.04.01.086297-7/RS
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
AUTOR : OLINDA FARIAS BARBOSA
ADVOGADO : Mario Goncalves Soares e outros
REU : CIA/ NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB
ADVOGADO : Carlos Alberto de Oliveira e outros
DESPACHO
Arquivem-se os autos com baixa na distribuio.
Porto Alegre, 17 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2002.04.01.046462-9/SC
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 1489
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ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros
REU : ANGELITA SALETE DA SILVA e outros
DESPACHO
1. vista do trnsito em julgado do acrdo lanado nestes autos por este Regional, intimem-se as partes a fim de que requeiram o
que julgarem necessrio.
2. Em nada sendo requerido no prazo de 10 (dez) dias, arquivem-se os autos, com baixa na distribuio.
Porto Alegre, 17 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2003.04.01.036598-0/SC
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros
REU : ADIR MARMITT e outros
ADVOGADO : Taise Grazziotin Poletto e outro
REU : AIRTON DE JESUS e outros
DESPACHO
1. vista do trnsito em julgado do acrdo lanado nestes autos por este Regional, intimem-se as partes a fim de que requeiram o
que julgarem necessrio.
2. Em nada sendo requerido no prazo de 10 (dez) dias, arquivem-se os autos, com baixa na distribuio.
Porto Alegre, 17 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2003.04.01.039054-7/RS
RELATOR : Des. Federal EDGARD ANTNIO LIPPMANN JNIOR
AUTOR : ANTONIA SUELI LEMOS e outro
ADVOGADO : Marcelo Domingues de Freitas e Castro
: Josiane Vieira dos Santos
REU : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
DESPACHO
Abra-se vista ao MPF.
Aps, intimem-se as partes para que, no prazo de 5 dias, requeiram o que de direito. No silncio, d-se baixa na distribuio e
arquivem-se.
Porto Alegre, 11 de maio de 2007.
EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2004.04.01.017278-0/RS
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
EMBARGANTE : ARNALDO THOMAZ SEBASTIAO e s/m
ADVOGADO : Nedson Pinto Culau e outros
EMBARGADO : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
DECISO
Trata-se de recurso de embargos infringentes interposto em face de acrdo de lavra da 3 Turma publicado em 27.09.2006 que, por
maioria, deu parcial provimento ao recurso e remessa oficial, vencida a Juza Vnia de Almeida, que provia o recurso em maior
extenso.
o sucinto relatrio. Decido.
Anoto que a matria ventilada nos embargos infringentes apresentados no se enquadra na moldura legal autorizadora do recurso,
qual seja aquela cristalizada no artigo 530 do CPC em sua redao na forma da Lei n 10.352/2001, na medida em que deixou de
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haver quanto ao ponto impugnado efetiva reforma da sentena de mrito, tendo essa em verdade sido mantida pela Turma em tal
tpico. De forma mais detalhada, dizer que a matria relacionada ao termo inicial de incidncia dos juros moratrios decidida na
sentena restou mantida por este Tribunal, que preservou nessa qualidade a data do trnsito em julgado.
Nesse sentir a jurisprudncia do egrgio STJ, conforme o excerto transcrito a seguir, in verbis:
"1. Na sistemtica original do CPC, a simples existncia de divergncia em julgado proferido em apelao e em ao rescisria
ensejava a interposio de embargos infringentes . 2. A Lei 10.352, de 26.12.2001, porm, dando nova redao ao art. 530 do CPC,
restringiu as hipteses de cabimento dos embargos, passando a exigir, para sua admisso, (a) que tenha havido reforma de
sentena de mrito e (b) que tal reforma tenha sido decorrente de julgamento por no-unnime" (REsp. n 645.437/PR, 1 Turma,
Rel. Min. Teori Zavascki, DJU 30.05.2005, p. 231).
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso de embargos infringentes, j que manifestamente inadmissvel (artigo 557, CPC).
Intimem-se.
Porto Alegre, 06 de maro de 2007.
EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2004.04.01.017278-0/RS
RELATORA : Des. Federal MARGA INGE BARTH TESSLER
EMBARGANTE : ARNALDO THOMAZ SEBASTIAO e s/m
ADVOGADO : Mario Julio Krynski e outros
EMBARGADO : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
DESPACHO
vista do peticionado s fls. 524 e 576 e da efetiva constatao acerca do equvoco noticiado, determino a retificao do registro
processual, tendo em conta que o firmatrio atua isoladamente, assim como a reabertura do prazo para a impugnao da deciso da
fl. 565 mediante a intimao na pessoa do procurador Mrio Jlio Krynski.
Porto Alegre, 17 de maio de 2007.
AO RESCISRIA N 2004.04.01.034827-4/PR
RELATOR : Des. Federal OTVIO ROBERTO PAMPLONA
AUTOR : LUMBERTRADE COML/ EXP/ LTDA/
ADVOGADO : Rodrigo da Silva Graciosa e outro
REU : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DESPACHO
Intime-se o novo procurador (substabelecimento fl. 547) a respeito da pauta de julgamento datada para 04/06/2007.
Porto Alegre, 21 de maio de 2007.
IMPUGNAO AO VALOR DA CAUSA EM AR N 2006.04.00.000915-7/SC
RELATOR : Des. Federal OTVIO ROBERTO PAMPLONA
IMPUGNANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
IMPUGNADO : ADVOCACIA SERGIO ROBERTO BACK S/C
ADVOGADO : Sergio Roberto Back
DECISO
A Unio apresentou impugnao ao valor da causa atribudo na ao rescisria, alegando que esse valor deve ser fixado em R$
1.291,91 (um mil duzentos e noventa e um reais e noventa e um centavos), que corresponde ao valor atribudo causa originria
corrigido.
Intimada, a parte autora requereu a rejeio do incidente, pois se trata de quantia ilquida, bem como no h no ordenamento ptrio
norma a regular o valor a ser atribudo causa.
Passo a decidir.
A jurisprudncia dos Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justia, pacfica no sentido de que o valor da causa em ao
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rescisria deve corresponder ao da ao originria corrigido monetariamente. Nesse sentido:
"PROCESSO CIVIL. AO RESCISRIA. VALOR DA CAUSA. IMPUGNAO.
1. O valor da causa nas rescisrias, via de regra, o que foi atribudo ao originria, monetariamente corrigido, devendo, contudo,
ficar devidamente demonstrado, com exatido, na impugnao, aquele que se reputa correto.
2. (...)
3. (...)"
(Pet 2723/SE, 3 Seo, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJ de 1/8/2005, p. 316)
A ao originria foi ajuizada em 19/12/2002 e quela causa foi atribudo o valor de R$ 1.000,00. A ao rescisria foi ajuizada em
28/03/2006, mais de dois anos depois. O montante de R$ 1.291,91 parece representar perfeitamente o valor da causa originria
corrigido monetariamente.
Esse montante, se no menor, ao menos se equivale ao crdito que o autor pretende ter restitudo, relativo COFINS incidente
sobre o faturamento da sociedade.
Assim, acolho a impugnao da Unio e fixo o valor da causa em R$ 1.291,91 (um mil duzentos e noventa e um reais e noventa e
um centavos).
Intimem-se.
Publique-se.
Porto Alegre, 15 de maio de 2007.
CORTE ESPECIAL
CORTE ESPECIAL
PAUTA DE JULGAMENTOS - ADITAMENTO
Determino a incluso dos processos abaixo relacionados na Pauta de Julgamentos ORDINRIA do dia 31 de maio de 2007,
quinta-feira, s 13:30, podendo, entretanto, nessa mesma Sesso ou Sesses subseqentes, ser julgados os processos adiados ou
constantes de Pautas j publicadas.
00004 MS 2007.04.00.011713-0
RELATOR : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ
IMPEDIDO(S) : Des. Federal MARIA LCIA LUZ LEIRIA
: Des. Federal VILSON DARS
IMPTE : RODRIGO DA SILVEIRA CARVALHO
ADV : Rodrigo da Silveira Carvalho
IMPTDO :DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA
4A REGIAO
Publique-se e Registre-se.
Porto Alegre, 23 de maio de 2007.
Desembargadora Federal Maria Lcia Luz Leiria
Presidente do(a) CORTE ESPECIAL.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 1489
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3 SEO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 92/2007
Secretaria da Terceira Seo
00001 AO RESCISRIA N 2003.04.01.021333-9/RS
AUTOR : ALCINDA DEMARCO GARCIA e outros
ADVOGADO : Jorge Otavio Alvorcem Teixeira
REU : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
REU : REDE FERROVIARIA FEDERAL S/A - RFFSA
ADVOGADO : Toni Caril Bellinaso
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Mariana Gomes de Castilhos
EXTRATO DE ATA
EXTRATO DE ATA DA 4 SESSO ORDINRIA, REALIZADA EM 20/05/2007, A SEGUIR PUBLICADO, NOS TERMOS
DO ART. 74, PARGRAFO NICO, IV, C/C, ART. 76, 1 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL DA 4 REGIO, COM EFEITO DE INTIMAO.
CERTIDO
A SEO, POR UNANIMIDADE, DECICIU SUSCITAR CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA CORTE ESPECIAL.
SECRETARIA DA 1 TURMA
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 105/2007
Secretaria da Primeira Turma
00001 APELAO CVEL N 2000.70.00.011464-0/PR
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
APELANTE : IND/ TREVO LTDA/
ADVOGADO : Fabio Artigas Grillo e outros
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler
APELADO : (Os mesmos)
DESPACHO
Intime-se o INSS para se manifestar sobre a petio e pedido de fls. 182/183, no prazo de 10 dias.
Porto Alegre, 04 de maio de 2007.
00002 APELAO CVEL N 2001.71.10.002148-4/RS
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Sibele Regina Luz Grecco
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 1489
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APELANTE : RUY KUTSCHER DE CASTRO
ADVOGADO : Ricardo Moreira Karini e outro
APELADO : (Os mesmos)
DESPACHO
O MM. Julgador a quo oficiou relatando que o dbito relativo execuo fiscal n 97.00.26582-0 foi pago em sua integralidade,
tendo sido prolatada sentena de extino, com fulcro no artigo 794, I do CPC, nos autos da execuo supracitada.
Sendo assim, intimem-se as partes para que se manifestem, em 10 (dez) dias, sobre os documentos juntados s fls. 72-73,
informando eventual interesse no prosseguimento do feito.
Publique-se.
Porto Alegre, 07 de maio de 2007.
00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2004.71.07.005035-0/RS
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler
EMBARGANTE : ALFREDO DAVID BRINKER
ADVOGADO : Carmen Fabris de Abreu
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
INTERESSADO : (Os mesmos)
REMETENTE : JUZO FEDERAL DA VF EXEC.FISCAIS DE CAXIAS DO SUL
DESPACHO
Tratando-se de embargos de declarao com pedido de efeito infringente, em respeito ao amplo direito de defesa, intimem-se as
parte para que se manifestem no prazo de quinze dias.
Porto Alegre, 10 de maio de 2007.
00004 APELAO CVEL N 2006.72.08.002086-8/SC
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
APELANTE : CONSTRUTORA KLEIS LTDA/
ADVOGADO : Roberto Jacob Nicolau Mussi Filho e outro
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Solange Dias Campos Preussler
DECISO
Nos termos do pedido da embargante e da manifestao da autarquia, homologo a desistncia da apelao com fundamento no artigo
501 do CPC.
Cumpridas as formalidades de estilo, d-se baixa na distribuio e remetam-se os autos vara de origem. Intimem-se.
Porto Alegre, 08 de maio de 2007.
00005 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009931-0/SC
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 1489
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ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
AGRAVADO : ANTONIO JURACY RIBEIRO
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que, em execuo fiscal, declinou da competncia para a Comarca de
Videira/SC (fl. 12).
Esgrime a agravante que o ajuizamento da execuo no local do domiclio do ru uma faculdade ao executado, sendo defeso o
declnio da competncia, em razo do lugar, de ofcio, por ser esta relativa. Sustenta que o pargrafo 3 do artigo 109 da CF/88, ao
dispor sobre a competncia delegada da justia estadual, refere-se a beneficirios e segurados, e no a contribuintes e devedores.
Alm disso, a ltima parte do pargrafo antes citado, autorizando a lei a permitir que outras causas sejam processadas e julgadas pela
justia estadual no se aplica ao caso, porquanto o CPC, que regulamenta a matria, no traz tal previso. Roga pela concesso do
efeito suspensivo.
Decido.
A competncia a ser analisada decorre de delegao Justia Estadual em funo do permissivo constitucional previsto no art. 109,
3, da CF/88, e regulada pela Lei 5.010/66, em seu art. 15, inciso I. O art. 109, 3, da CF prev que, alm da competncia da
Justia Estadual para julgar as causas relativas a benefcios previdencirios, "a lei poder permitir que outras causas sejam tambm
processadas pela Justia Estadual". A Lei 5.010/66, art. 15, inciso I, autoriza a propositura dos executivos fiscais da Unio e de suas
autarquias perante Juzes estaduais, quando a comarca no for sede de vara federal, in verbis:
"A execuo fiscal da Fazenda Pblica ser proposta perante o Juiz de direito da Comarca do domiclio do devedor, desde que no
seja ela sede de Vara da Justia Federal."
Destarte, ao contrrio do afirmado pelo recorrente, h lei estipulando, expressamente, a possibilidade do ajuizamento das execues
fiscais na justia estadual, quando a comarca no for sede de vara federal, no havendo, pois, falar em competncia to-somente da
justia federal para o julgamento dos executivos fiscais.
J o art. 578, caput e pargrafo nico, do CPC prev:
"Art. 578. A execuo fiscal (art. 585, Vl) ser proposta no foro do domiclio do ru; se no o tiver, no de sua residncia ou no do
lugar onde for encontrado.
Pargrafo nico. Na execuo fiscal, a Fazenda Pblica poder escolher o foro de qualquer um dos devedores, quando houver mais
de um, ou o foro de qualquer dos domiclios do ru; a ao poder ainda ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou
ocorreu o fato que deu origem dvida, embora nele no mais resida o ru, ou, ainda, no foro da situao dos bens, quando a
dvida deles se originar."
Impende esclarecer acerca do critrio para fixao da competncia em apreo. O art. 578 prev que a execuo fiscal ser proposta
no foro do domiclio do ru. Sucede que o juiz no est autorizado a declinar, de ofcio , da competncia, uma vez que fixada em
razo do domiclio do devedor, sendo, portanto, de natureza territorial e, conseqentemente, relativa. A orientao firmada pela
Smula n 33 do STJ, dispe:
"A incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio."
Seguem acrdos no sentido do quanto ilustrado:
"CONFLITO DE COMPETNCIA. FAZENDA PBLICA. PARGRAFO NICO DO ART. 578 DO CPC. COMPETNCIA
RELATIVA. SMULA 33 DO STJ. l. A Fazenda Pblica pode optar por propor a execuo fiscal em foro diverso daquele do
domiclio do ru, conforme dispe o pargrafo nico do art. 578 do CPC. 2. Tratando-se de competncia relativa defeso ao juiz
declinar da competncia de oficio (Smula 33 do STJ). 3. Conflito negativo de competncia conhecido. Competente o Juzo
suscitado." (TRF4, CC 199904011165013, DJU 15/03/2000, Rel. Jos Luiz B. Germano da Silva)
"PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. COMPETNCIA TERRITORIAL. 1. As execues fiscais podem ser ajuizadas
perante a Justia Estadual do foro do domiclio do executado, caso a comarca no seja sede de vara federal. 2. A competncia
fixada para o ajuizamento da execuo fiscal territorial e, por conseguinte, de natureza relativa , no podendo ser declinada de
ofcio ." (CC 200304010431604/RS, Rel. Wellington Mendes de Almeida, 1S, julg. 04/12/2003, pub. 07/01/2004, pg. 153, unnime)
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 1489
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Outrossim, recolho, junto ao acervo do c. STJ, os seguintes arestos:
"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. EXECUO FISCAL. COMPETNCIA RELATIVA. ARGIO DE
INCOMPETNCIA EX OFFICIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A competncia territorial, consagrada no princpio geral do foro do
domiclio do ru, relativa, determinando-se no momento em que a ao proposta. 2. vedado ao rgo julgador declarar, de
ofcio , a incompetncia relativa (Smula n. 33 do STJ), que somente poder ser reconhecida por meio de exceo oposta pelo
ru/executado. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juzo Federal da 6 Vara da Seo Judiciria do Estado do Par,
o suscitado." (STJ, CC 47491, DJ 18/04/2005, p. 209, Rel. Castro Meira)
"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - EXECUO FISCAL PROPOSTA PERANTE A JUSTIA FEDERAL DA SEO
JUDICIRIA DO AMAP - COMPETNCIA RELATIVA - ARGIO DE INCOMPETNCIA DE OFCIO PELO JUZO -
IMPOSSIBILIDADE - NECESSIDADE DE EXCEO DE INCOMPETNCIA. "A demanda executria movida pelo fisco ser
proposta no domiclio do obrigado (foro comum), e, se no tiver, no foro de sua residncia ou lugar em que for encontrado (foros
supletivos)" (cf. Araken de Assis, in "Manual do Processo de Execuo", 6 edio revista, atualizada e ampliada, Ed. RT, p. 201).
Cuida-se de hiptese de competncia relativa, que, nos termos do artigo 112 do Cdigo Buzaid, somente pode ser argida por meio
de exceo de incompetncia, sendo defeso ao juiz declar-la de ofcio . Esse entendimento foi consagrado pela Smula n. 33 deste
Sodalcio: "A incompetncia relativa no pode ser declarada de ofcio." Conflito de competncia conhecido para declarar
competente o Juzo Federal da 2 Vara da Seo Judiciria do Amap." (STJ, CC 31682, DJ 26/05/2003, p. 251, Rel. Franciulli
Netto)
Ante o exposto, concedo em parte o pedido de efeito suspensivo para reconhecer a impossibilidade de que o julgador declare, deofcio, sua incompetncia, uma vez que territorial.
Intime-se. Publique-se.
Comunique-se o Juzo de origem.
Porto Alegre, 08 de maio de 2007.
00006 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009962-0/PR
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : ELECTROLUX DO BRASIL S/A
ADVOGADO : Leonardo Sperb de Paola e outros
AGRAVADO : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE
ADVOGADO : Geraldo Jose Macedo da Trindade
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 156/158) que rejeitou exceo de pr-executividade na qual
buscava a excipiente a extino da ao executiva, aos fundamentos de pagamento do dbito e da ocorrncia de
decadncia/prescrio.
Entendeu a MM. Julgadora "a quo" que a matria em discusso no passvel de anlise em exceo de pr-executividade,
porquanto, em relao ao pagamento, exige dilao probatria e, no tocante prescrio/decadncia, no h prova da data da
constituio definitiva do crdito tributrio.
Sustenta a recorrente, em sntese, que teve contra si ajuizada execuo fiscal na qual visava o FNDE cobrana de diferenas
decorrentes de suposto pagamento a menor, a ttulo de salrio-educao, relativamente s competncias 1/97, 7/97, 12/97, 8/98,
1/99, 12/99, 7/2000, 10/2000, 12/2000 e 017/2001, perfazendo um total de R$ 39.660,73. Tais diferenas, contudo, no prosperam,
pois j efetuou, integralmente, o pagamento das importncias, bem como estas j foram atingidas pela prescrio/decadncia. Pugna
pela concesso do efeito suspensivo.
Decido.
A exceo de pr-executividade, construo doutrinrio-pretoriana, constitui-se em instrumento processual tencionado a extinguir a
execuo na hiptese de pecha insanvel do ttulo executivo, demonstrvel mediante prova pr-constituda, ou de nulidade passvel
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de conhecimento ex officio pelo julgador. Deveras, tem seu mbito de cognio limitado, restrito a casos que se enquadram nessas
situaes, porquanto, em todos os demais, ao executado cabe apresentar seus argumentos de defesa por meio dos competentes
embargos do devedor, via prpria a tal mister, luz da norma inscrita no art. 16, 2, da Lei 6.830/80.
Pelo exposto, a alegao de que no houve pagamento a menor poderia, em tese, ser efetuada em exceo de pr-executividade.
Ocorre que, in casu, no h uma simples afirmao de pagamento total, com a apresentao de guia/recibo dando certeza de tal
ocorrncia. Pelo contrrio, argumenta a excipiente, ora agravante, que "o FNDE interpretou as coisas de forma diversa: ao invs de
abatimento postergado (o que no lhe trazia qualquer prejuzo) entendeu haver abatimento antecipado (...) Notificada, ento, a
prestar esclarecimentos, encaminhou mensagem por meio eletrnico ao FNDE, na qual apresentou um relatrio de valores aplicados
e das dedues efetuadas, relativamente matriz (cujos supostos dbitos so objeto da presente execuo) (...) Diante dessas
informaes, o FNDE encaminhou mais um ofcio, desta feita requerendo o seguinte: 'Caso tenha ocorrido deduo fora do
respectivo semestre, solicitamos que sejam encaminhados a esta Autarquia, documentos que expliquem os fatos das competncias
envolvidas, juntamente com as cpias das guias de recolhimento do FNDE.'. Tal solicitao foi atendida, sendo encaminhados ao
FNDE (...) Assim, deduz-se que, sem ter apreciado as explicaes prestadas, o FNDE, provavelmente por erro, encaminhou as
diferenas apuradas a inscrio em dvida ativa e, passo seguinte, execuo." (fls. 07/08). Ora, no vejo como, de plano, acolher a
alegao de nada devido pela executada/recorrente, porquanto os fatos que foram expendidos exigem exame acurado, inclusive
com dilao probatria. E tampouco os comprovantes de pagamento juntados s fls. 81, 87, 91, 95, 99, 106, 114, 125, 130, 134, etc.
do conta que foi quitado justamente o dbito em cobrana, tambm necessitando de amplo debate e exame. Destarte, para o
reconhecimento da existncia da improcedncia da cobrana deve a agravante ajuizar embargos execuo fiscal, j que neste
permitida a dilao probatria e anlises mais profundas da matria.
Nesse sentido, as seguintes decises:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. RESPONSABILIDADE DO SCIO-GERENTE PELAS OBRIGAES
TRIBUTRIAS DA PESSOA JURDICA. NECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE .
DESCABIMENTO.
1. A exceo de pr-executividade cabvel para a discusso a respeito dos pressupostos processuais e das condies da ao,
vedada sua utilizao, nessas hipteses, apenas quando h necessidade de dilao probatria.
2. Tendo o acrdo recorrido afirmado, no caso concreto, a necessidade de "aprofundada investigao sobre matria de fato",
invivel o exame da questo em sede de exceo de pr-executividade . 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no
REsp 448268/RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJ de 23.08.2004 p. 120).
TRIBUTRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. PRESCRIO INTERCORRENTE. AUSNCIA DE OMISSO OU
NEGLIGNCIA DO EXEQENTE. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE . NECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA.
INCABIMENTO.
(...).
3. Tratando-se de exceo de pr-executividade , impossvel o exame de questes que demandem maiores digresses, tais como a
alegao de que includos no dbito executado os valores j pagos no mbito do parcelamento. 4. Agravo de instrumento
improvido. (TRF4, AG 2006.04.00.031576-1, Primeira Turma, de minha lavra, publicado em 18/12/2006).
EXECUO FISCAL. EXCEO DE PR-EXECUTIVIDADE . SUSPENSO DA EXIGIBILIDADE DO CRDITO TRIBUTRIO.
A exceo de pr-executividade o meio apropriado para enfrentar flagrantes nulidades e questes de ordem pblica que podem
ser conhecidas de ofcio.
A alegao de que o dbito tributrio relativo ao IPI lanado em processo administrativo est com sua exigibilidade suspensa por
fora de sentena proferida em ao mandamental transitada em julgado no restou comprovada, pois tal sentena no autorizou a
compensao de valores desde 1987 e sequer poderia, pois o writ no admite retroatividade. Nos presentes autos, tambm paira
dvida se a utilizao do creditamento do IPI se refere a perodos anteriores ao ajuizamento do mandamus e que levaria
suspenso da exigibilidade dos crditos.
Cuida-se, portanto, de matria complexa, controvertida, que no pode ser examinada de plano e que h de ser dirimida em
cognio exauriente e no na via sumria da exceo de pr-executividade , muito menos da na via estreita do agravo de
instrumento.
(TRF4, AG 2006.04.00.035148-0, Primeira Turma, Relator Vilson Dars, publicado em 20/03/2007)
No vinga, igualmente, a alegao de prescrio/decadncia, porquanto, como bem explicitado pela julgadora monocrtica, nos
tributos sujeitos a lanamento por homologao, onde o valor declarado pelo prprio contribuinte, o prazo prescricional tem incio
com a entrega da declarao. De outro lado, se esta for incompleta ou o pagamento insuficiente, caber ao fisco proceder ao
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lanamento da quantia devida, o mesmo ocorrendo se o contribuinte nada declara. Isso explicado, verifico que a agravante no
providenciou a juntada do recibo da entrega da declarao (incio do prazo prescricional), bem como no indicou (se for o caso)qual seria a data da constituio definitiva do crdito tributrio, motivo pelo qual este julgador no pode acolher a tese relativa
prescrio/decadncia. Cabe lembrar, novamente, que o mais adequado alegar a matria em embargos execuo fiscal, pois
nestes h possibilidade de dilao probatria e maiores digresses sobre a matria.
Isso posto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 11 de maio de 2007.
00007 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.009974-6/SC
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : CLUBE DOZE DE AGOSTO
ADVOGADO : Rodrigo Titericz e outros
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 16) que rejeitou exceo de pr-executividade na qual visava a
excipiente ao reconhecimento de serem indevidos os valores encartados na ao executiva, relativos a honorrios advocatcios,
porquanto j englobados no parcelamento.
Historia que teve contra si ajuizada execuo fiscal, em 21 de maio de 2003. Propostos embargos, estes foram julgados
improcedentes e, por isso, interposta apelao. Ocorre que, diante do interesse em adimplir o dbito, efetuou o parcelamento
institudo pela Medida Provisria n 303/2006, tendo formulado pedido de desistncia do recurso, o que foi atendido. No obstante
isso, foi surpreendida com a execuo dos nus sucumbenciais, muito embora o Termo de Parcelamento firmado na via
administrativa ter abrangido todos os dbitos. Argumenta que a desistncia do recurso ocorreu por exigncia do prprio
exeqente/agravado. Assevera que a cobrana dos honorrios est em desacordo com os princpios da
razoabilidade/proporcionalidade. Por fim, diz que a verba honorria deve ser reduzida a 1% sobre o valor da causa, consoante o
disposto no artigo 5, pargrafo 3, da Lei n 10189/2001. Roga pela concesso do efeito suspensivo.
Decido.
De acordo como que se depreende dos autos, houve sentena julgando improcedentes os embargos execuo fiscal, restando os
honorrios fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa (fls. 165/185) Aps, foi homologado o pedido de desistncia, do qual a
agravante no junta cpia. Esta deciso espargiu efeitos retroativos at o exato momento da prolao da sentena, mantendo-a
indene, inclusive no que pertine imposio de pagamento dos estipndios de advogado.
Transitada em julgado a sentena monocrtica, exsurgiu ao Fisco a pretenso executria quanto verba de patrocnio (fls. 187/188).
Aqui, a propsito, cabe fazer uma considerao no tocante impossibilidade de reduo daquela ao percentual de 1%, como
pugnado, uma vez que j ocorrida a precluso mxima. Com efeito, qualquer manifestao a respeito dos honorrios deveria ter sido
feita antes do trnsito em julgado, no sendo, por bvio, a exceo de pr-executividade e muito menos o agravo de instrumento
instrumentos adequados para modificar aquele arbitramento.
Alega a agravante que os honorrios restaram insertos no parcelamento especial, argumentando a viabilidade de o pagamento ser
levantado em pea pr-executiva como embarao cobrana judicial, extinguindo a execuo.
E, muito embora os argumentos explanados na inicial, fato que no edificou a agravante substrato probatrio com aptido para
cristalizar seu alegado direito, no tendo se desincumbido do encargo processual confinado no art. 333, inc. I, do CPC. De fato,
argumentando-se que na prpria guia e em clusula do Termo de parcelamento, h a incluso da multa, juros e honorrios
advocatcios, deveria ter a recorrente juntado, no mnimo, cpia de tais documentos, o que no efetuou.
No vislumbro, assim, o cintilar o bom direito, mormente em se considerando tratar-se de agravo de instrumento, recurso que no
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admite dilao probatria. Sinalizo, ademais, que o pagamento (incluso no parcelamento), se efetivamente implementado, poder
ser objeto de ampla discusso nos embargos.
Do exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 08 de maio de 2007.
00008 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011042-0/SC
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
AGRAVANTE : GOLDEN MIX CONSTRUCOES E INCORPORACOES LTDA/
ADVOGADO : Rudinei Luis Baldi
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
DECISO
Reservo-me para apreciar o pedido de concesso de efeito suspensivo/antecipao da pretenso recursal em momento posterior
apresentao da contraminuta e prestao de informaes, pelo juzo de origem, sobretudo para que se estabelea o contraditrio em
relao ao teor da certido da fl. 67 dos autos (e anexo - fl. 68), da Secretaria de Registros e Informaes Processuais (SRIP), in
verbis:
"Certifico que o nome da parte agravante, embora constar na petio inicial e no sistema de dados da 1 Instncia grafado
diferentemente, foi cadastrado como GOLDEN MIX CONSTRUES E INCORPORAES LTDA/, conforme consta da
informao a seguir juntada do cadastro da Receita Federal, em ateno ao disposto no 3 do artigo 4 da Resoluo 441 de
09/06/2005, do Conselho da Justia Federal: ' 3 O nome do autor e o nmero de inscrio no CPF/CNPJ s sero cadastrados com
base no que constar de um desses documentos, ou em outro, oficial, que indique a aludida inscrio.'
Aos 23 de abril de 2007, fao estes autos conclusos ao(a) Excelentssimo(a)
Senhor(a) Desembargador(a) Federal - Relator(a). Do que para constar, lavrei este termo.
Secretaria de Registros e Informaes Pessoais."
Dessa forma, determino:
a) intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta;
b) solicitem-se as informaes.
c) aps, voltem os autos conclusos.
Cumpra-se.
Porto Alegre, 07 de maio de 2007.
00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011385-8/PR
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
AGRAVANTE : JOSE CARLOS BUSATTO
ADVOGADO : Jose Carlos Busatto
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
INTERESSADO : UNICON - UNIAO DE CONSTRUTORAS LTDA/
ADVOGADO : Orlando Caputi
DECISO
JOS CARLOS BUSATTO interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras na Execuo de
Sentena n 9510114510/PR:
"(...)
1. Trata-se de execuo de sentena que condenou o INSS ao pagamento de honorrios de sucumbncia ao patrono da parte autora,
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fixados, em sede de embargos em R$ 59.764,63 (cinqenta e nove mil setecentos e sessenta e quatro reais e sessenta e trs
centavos).
Requer o exeqente a expedio de precatrio requisitrio alimentar (fls. 374/375), alegando que seu crdito tem essa natureza.
Verifica-se, entretanto, que os honorrios de sucumbncia no tm, por si s, natureza alimentar, seguindo a sorte do principal.
Visto que dependem do xito do advogado na ao, tendo portanto percepo aleatria e incerta, no esto inseridos na categoria
dos alimentos necessarium vitae prevista no art. 100, 1-A, da Constituio Federal.
Desta forma, tendo o crdito principal natureza comum, os honorrios sucumbenciais arbitrados tm essa mesma natureza.
Neste sentido, colaciono os seguintes julgados:
EMENTA: Precatrio. Artigo 33 do ADCT da Constituio Federal. Honorrios de advogado. - Quando a Constituio excepciona
do precatrio para a execuo de crditos de natureza outra que no a alimentcia os crditos que tenham tal natureza, a exceo
s abarca a execuo da condenao em ao que tenha por objeto cobrana especfica desses crditos, inclusive, portanto, dos
honorrios de advogado, e no a execuo de condenao a pagamentos que no decorrem de crditos alimentares, ainda que
nessa condenao haja uma parcela de honorrios de advogado a ttulo de sucumbncia, e, portanto, a ttulo de acessrio da
condenao principal. Neste caso, o acessrio segue a sorte do principal. Recurso extraordinrio conhecido e provido.
(RE 141639 / SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/05/1996, DJ 13.12.1996 PP-50179)
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAO AOS ARTS. 126, 128, 165, 458, 459 e 535, I e II, DO CPC.
INOCORRNCIA. HONORRIOS ADVOCATCIOS DE SUCUMBNCIA E CONTRATUAL. NATUREZA.
1. Acrdo recorrido que conheceu a questo versada nos autos de forma completa, diversamente do que alegado pelos
recorrentes, distinguindo, inclusive, as duas espcies de verba honorria (contratual e de sucumbncia).
2. Inexiste ofensa aos arts. 126, 128, 165, 458, 459 e 535 do CPC, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente,
pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questo posta nos autos. Ademais, o magistrado no est obrigado a rebater, um a
um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a deciso.
3. assente nesta Corte e no E. Pretrio Excelso que os honorrios de sucumbncia, por dependerem do xito do causdico na
ao, sendo, assim, de percepo aleatria e incerta, no podem ser considerados inseridos na mesma categoria dos alimentos
necessarium vitae prevista no art. 100, 1., alnea "a", da Lei Maior (Precedentes: REsp n. 329.519/SP, Rel. Min. Joo Otvio de
Noronha, DJU de 21/11/2005; REsp n. 653.864/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU de 13/12/2004; RMS n. 17.536/DF, Rel. Min.
Jos Delgado, Rel. p/ Acrdo Min. Luiz Fux, DJU de 03/05/2004; e RE n. 143.802-9/SP, Rel. Min Sydney Sanches, DJU de
09/04/1999).
4. Por outro lado, caso fosse atribuda verba sucumbencial natureza alimentar, estar-se-ia dando preferncia ao patrono em
detrimento de seus clientes.
5. Os honorrios contratuais, por seu turno, representam a verba necessarium vitae atravs do qual o advogado prov seu sustento,
ao contrrio do quantum da sucumbncia da qual nem sempre pode dispor, razo pela qual, em princpio, somente aqueles podem
ser considerados de natureza alimentar.
6. In casu, porm, o patrono da causa convencionou com seus clientes, ora recorrentes, por ocasio de seu patrocnio em ao
indenizatria por desapropriao, honorrios advocatcios na razo de 50% (cinqenta por cento) calculados sobre o xito obtido
na demanda (fls. 49/55).
7. Considerando-se que os honorrios advocatcios de sucumbncia no tm natureza alimentar em razo de sua incerteza quanto
ao percebimento, posto sempre atrelados ao ganho de causa, encerram a mesma caracterstica aqueles contratados sob o xito, por
fora do princpio de que ubi eadem ratio ibi eadem dispositio.
8. Recurso especial desprovido.
(REsp 724.693/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11.04.2006, DJ 28.04.2006 p. 272)
Assim, considerando-se que os honorrios sucumbenciais no tm, por si s, natureza alimentar, expea-se precatrio requisitrio
comum, nos valores determinados na sentena proferida nos embargos execuo (fls. 384/385). Intime-se.
2. Retifique-se a numerao dos autos a partir da fl. 384.
Foz do Iguau, 06 de dezembro de 2006.
Luciana da Veiga Oliveira Juza Federal"Tempestivamente, o requerente apresentou embargos de declarao, o qual foi recebido, contudo rejeitado pela MM Magistrada de
origem, que assim se manifestou:
"(...)
1. Atravs da petio das fls. 404/17, Jos Carlos Busatto interps Embargos de Declarao em face da deciso da fl. 399-verso,
que considerou que os honorrios sucumbenciais no tm natureza alimentar, determinando a expedio de precatrio requisitrio
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comum. O embargante alega que o despacho interlocutrio omitiu a interpretao adotada pelo Supremo Tribunal Federal que
reconheceu queles a ordem especial restrita aos crditos de natureza alimentcia.
Decido.
Acolho por tempestivos os Embargos, nos termos do art. 93, IX da CF/88. Deixo de conhec-lo, no entanto, considerando que no
houve omisso na deciso da fl. 399-verso, a qual reproduziu o entendimento esposado na sentena proferida nos autos de
embargos execuo (autos n 2003.70.02.006221-0) com cpia s fls. 384/85, a qual definiu que "quanto ao pedido formulado na
petio executiva para expedio de precatrio de natureza alimentar, a Corte Especial do TRF4, no Mandado de Segurana n
2002.04.01.055842-9/SC, rejeitou a qualificao de natureza alimentcia verba de patrocnio", determinando, ao final, a
expedio de precatrio requisitrio. No houve qualquer insurgncia quanto a essa deciso pelo interessado, transitando em
julgada a sentena em data de 25/10/2006 (fl. 398).
Posto isso, deixo de acolher os presentes embargos. Intime-se.
]2. Desentranhem-se a petio e documentos das fls. 97/102 constantes dos autos n 2003.70.02.006221-0, juntando-as neste
processo em substituio s cpias das fls. 421/23, renumerando as folhas.
3. Conforme j determinado, o precatrio requisitrio comum dever ser expedido no valor determinado na sentena proferida nos
embargos execuo (R$ 59.764,63). Aps o pagamento integral, a parte poder manifestar a sua satisfao ou, ento, requerer a
execuo complementar. Ademais, os honorrios sucumbenciais deferidos nos embargos execuo n 2003.70.02.006221-0,
devero ser executados naqueles autos. Assim, indefiro o pedido constante da petio das fls. 421/2. Intime-se.
Foz do Iguau, 03 de abril de 2007.
Luciana da Veiga Oliveira Juza Federal"
Inconformado com o decisum, o agravante interps o presente recurso, sustentando, em apertada sntese, que o STF, bem como este
Tribunal possuem o entendimento de que os honorrios de advogado decorrentes de deciso judicial tm natureza alimentar,
fundados no carter meramente exemplificativo do 1-A do artigo 100 da CF.
Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.
o relatrio.
A 1 Turma do Supremo Tribunal Federal, a quem cumpre interpretar a Constituio em ltima instncia, concluiu pelo carter
estritamente alimentar dos honorrios de sucumbncia, como se v do julgado que transcrevo:
"CRDITO DE NATUREZA ALIMENTCIA - ARTIGO 100 DA CONSTITUIO FEDERAL.
A definio contida no 1-A do artigo 100 da Constituio Federal, de crdito de natureza alimentcia, no exaustiva.
HONORRIOS ADVOCATCIOS - NATUREZA - EXECUO CONTRA A FAZENDA.
Conforme o disposto nos artigos 22 e 23 da Lei n 8.906/94, os honorrios advocatcios includos na condenao pertencem ao
advogado, consubstanciando prestao alimentcia cuja satisfao pela Fazenda ocorre via precatrio, observada ordem especial
restrita aos crditos de natureza alimentcia, ficando afastado o parcelamento previsto no artigo 78 do Ato das Disposies
Constitucionais Transitrias, presente a Emenda Constitucional n 30, de 2000. Precedentes: Recurso Extraordinrio n
146.318-0/SP, Segunda Turma, relator ministro Carlos Velloso, com acrdo publicado no Dirio da Justia de 4 de abril de 1997,
e Recurso Extraordinrio n 170.220-6/SP, Segunda Turma, por mim relatado, com acrdo publicado no Dirio da Justia de 7 de
agosto de 1998.
(RE 470407 / DF - DISTRITO FEDERAL - RECURSO EXTRAORDINRIO Relator(a): Min. MARCO AURLIO - Julgamento:
09/05/2006 - rgo Julgador: Primeira Turma - DJ 13-10-2006 PP-00051)"
No voto condutor, o eminente Relator Ministro Marco Aurlio assim se manifestou:
"Se por um aspecto verifica-se explicitao do que se entende como crdito de natureza alimentcia, por outro, cabe concluir pelo
carter simplesmente exemplificativo do preceito. que h de prevalecer a regra bsica da cabea do artigo 100 e, nesse sentido,
constata-se a aluso ao gnero crdito de natureza alimentcia. O preceito remete necessariamente ao objeto, em si, do crdito
alfim visado. Ora, salrios e vencimentos dizem respeito a relaes jurdicas especficas e ao lado destas tem-se a revelada pelo
vnculo liberal. Os profissionais liberais no recebem salrios, vencimentos, mas honorrios e a finalidade destes no outra seno
prover a subsistncia prpria e das respectivas famlias.
(...)
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 1489
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Consoante o disposto na Lei n 8.906, de 4 de julho de 1994, os advogados tm direito no s aos honorrios convencionados como
tambm aos fixados por arbitramento e na definio da sucumbncia - artigo 22 -, sendo explcito o artigo 23 ao estabelecer que os
honorrios includos na condenao, por arbitramento ou sucumbncia, pertencem ao advogado, tendo este direito autnomo para
executar a sentena nesta parte, podendo requerer que o precatrio, quando necessrio, seja expedido a seu favor. Repito mais uma
vez que os honorrios advocatcios consubstanciam, para os profissionais liberais do direito, prestao alimentcia. Da se
considerar infringido o artigo 100 da Constituio Federal, valendo notar que, no recurso extraordinrio, embora explorado em
maior dimenso o vcio de procedimento, revelasse inconformismo com o julgamento no que tomada a parcela como a indicar
crdito comum."
Isso posto, defiro a antecipao do pedido recursal, para o fim de determinar seja consignado no ofcio requisitrio para pagamento
dos valores relativos aos honorrios de advogado a natureza alimentar dessa verba.
Comunique-se ao Juzo de origem o teor da deciso para que sejam tomadas as medidas para sua execuo, dispensadas as
informaes.
parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.
Porto Alegre, 09 de maio de 2007.
00010 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011401-2/SC
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
AGRAVANTE : SILVESTRE COM/ E IND/ DE PESCADOS LTDA/
ADVOGADO : Andre Antonio Xavier
: Carlos Leandro da Costa Roslindo
AGRAVADO : PORMARTES PESCADOS E GELO LTDA/
ADVOGADO : Marcelo Silveira e outro
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
DECISO
SILVESTRE COMRCIO E INDSTRIA DE PESCADOS LTDA. interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo
colocada nas seguintes letras na Execuo Fiscal n 9950014751/SC:
"(...)
BENS ARREMATADOSConforme Auto de Arrematao de fls. 307/308, restaram arrematados os seguintes bens:
"1) Um terreno situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 420 metros quadrados, representado pelos n
17, 18, e 19, da quadra 2, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 16.930 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado, cada um, em R$ 23.100,00, totalizando R$ 69.300,00 (sessenta e nove mil e trezentos
reais);
2) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 280 metros quadrados, representado pelos lotes
n 20 e 21, da quadra 2, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 22.665 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 23.100,00, totalizando R$ 46.200,00 (quarenta e dois mil e duzentos
reais);
3) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 540 metros quadrados, representado pelos lotes
n 22 e 23, da quadra 8, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 22.664 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 44.550,00, totalizando R$ 89.100,00 (oitenta e nove mil e cem reais);
4) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 1.798,65 metros quadrados, representado pelos
lotes n 24, 25, 26 e 27, da quadra 8, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 16.972 do 2
Ofcio de Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 22.275,00, totalizando R$ 295.400,00 (duzentos e noventa e
cinco mil e quatrocentos reais);
OBS.: sobre os terrenos acima descritos existe um galpo de alvenaria, com um pavimento e rea de 1.237,00 metros quadrados,
para uso comercial, e um trapiche com 100m de comprimento.
Total da Avaliao: por se tratar de bens de difcil diviso, os bens acima descritos esto avaliados, englobadamente, em R$
500.000,00 (quinhentos mil reais).
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 1489
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5) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 4.592,25 metros quadrados, representado pelos
lotes n 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes
constantes na matrcula n 22.666 do 2 Ofcio de Registro de Imveis de Itaja/SC. Sobre o terreno existe as seguintes benfeitorias:
um refeitrio em alvenaria com 9m de largura e 20m de comprimento; um galpo em madeira com 9m de largura e 20m de
comprimento, em pssimo estado de conservao, avaliado cada um em R$ 4.300,00, totalizando R$ 60.200,00 (sessenta mil e
duzentos reais);
6) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 337,50 metros quadrados, representado pelos
lotes n 3, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.086 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 4.000,00 (quatro mil reais);
7) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelos lotes
n 4, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 17.351 do 2 Ofcio de Registro
de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
8) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 540 metros quadrados, representado pelos lotes
n 5e 7 da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 15.759 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado cada um em R$ 3.000,00, totalizando R$ 6.000,00 (seis mil reais);
9) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 6, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.072 do 2 Ofcio de Registro
de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
10) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 9, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.085 do 2 Ofcio de Registro
de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
11) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 11, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 15.042 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
12) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 12, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.069 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
13) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelos
lotes n 13, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.084 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
14) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 15, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.083 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais);
15) Um terreno, situado no lugar Cordeiros, em Itaja/SC, zona urbana, com rea de 270 metros quadrados, representado pelo lote
n 17, da quadra 9, do Jardim Beira Rio, com as medidas e confrontaes constantes na matrcula n 19.082 do 2 Ofcio de
Registro de Imveis de Itaja/SC, avaliado em R$ 3.000,00 (trs mil reais)." (sublinhados meus)
A regularidade da arrematao restou reconhecida pela deciso do Agravo de Instrumento n. 2004.04.01.02437-7.
Foi determinada a expedio de carta de arrematao (fls. 495v - deciso mantida em grau de recurso).
Deciso de fl. 702 determinou a desocupao voluntria, sob pena de expedio de mandado de imisso de posse.
Em petio de fls. 712 e seguintes, o executado alega, em sntese que: a) na rea arrematada no h benfeitorias como descritas no
auto de arrematao; b) o arrematante no arrematou a rea de marinha, que foi penhorada posteriormente, conforme auto de
reforo de penhora de fl. 370; c) no se ope imisso na rea que indica, desde que mantida a servido de passagem para as
outras empresas, desocupando a rea que a arrematante locatria inadimplente e devolvendo o maquinrio de que
sub-locatria.
Consta da certido de fl. 720verso:
"Certifico que tendo diligenciado ao local constatei observado a planta do loteamento anexa: a) que as benfeitorias indicadas esto
parte sobre terreno arrematado e parte sobre terreno de marinha(vermelho); b) que os ocupantes Osni Ramos e Edson esto sobre
parte do terreno arrematado(fls.307/308) e parte sobre terreno de marinha(vermelho) ;c) que existem benfeitorias e um cais coberto
que esto construda na rea de marinha, conforme reforo de penhora de fls.351 a 368;d) que partes das ruas 'B' e 'T' esto
incorporadas dentro das benfeitorias e terrenos da empresa; e) que as limitaes dos terrenos ocupados pelo Sr.Marcos e Sebastio
esto com suas delimitaes visveis; f) que o Sr.Edson atua na rea de estaleiro, sendo que no local havia 1 barco atuneiro em
construo (capacidade 160toneladas de transporte) e 3trs barcos em manuteno; g) os ocupantes ora intimados estariam
localizados: 1) Osni Silvestre, lotes 20 e 21 da quadra 2 do loteamento anexo; 2) Edson Gazaniga, lotes 17, quadra 2, e lotes 27,
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24,23, quadra 8; 3)Sebastio A.da Silva, dos lotes 5,7,9,11,13,15,17,21,23,25 da quadra 9; 4) Marcos Boaventura apenas no lote 3
da quadra 9"
Osni Ramos Silvestre peticiona a fls. 735/737, dizendo-se possuidor de parte de rea que seria objeto da imisso de posse.
A executada, a fls. 744/746 volta a se manifestar, dizendo que no existe o "trapiche de 100m" indicado na arrematao e que se
prope a pagar percia para identificar a rea dos imveis arrematados.
DECIDOO auto de arrematao, obviamente, confere ao arrematante o domnio sobre os bens nele descritos. Compete, pois, ao Judicirio,
responsvel pela hasta pblica, conferir ao arrematante os direitos que este adquiriu, sob pena de desprestgio do prprio Poder
Judicirio.
Da descrio efetivada pelo Oficial de Justia a fl. 720verso, infere-se, com clareza, que as benfeitorias descritas no auto de
arrematao esto nos imveis objetos das matrculas arrematadas. Parte dessas benfeitorias esto sobre o terreno de marinha
sendo alodiais os imveis arrematados. Conforme se observa do mapa anexado pelo Oficial de Justia a fl. 721 e das fotografias de
fls. 356/368, tambm tiradas por Oficial de Justia, os imveis arrematados formam um nico complexo industrial.
Isso fica ainda mais evidente da narrativa do edital de leilo que descreve as benfeitorias existentes ("sobre os terrenos acima
descritos existe um galpo de alvenaria, com um pavimento e rea de 1.237,00 metros quadrados, para uso comercial, e um
trapiche com 100m de comprimento (...) Sobre o terreno existe as seguintes benfeitorias: um refeitrio em alvenaria com 9m de
largura e 20m de comprimento; um galpo em madeira com 9m de largura e 20m de comprimento, em pssimo estado de
conservao) e acaba por avaliar os imveis englobadamente, "por se tratar de bens de difcil diviso".
PENHORA REALIZADA COM BASE NAS MATRCULAS IMOBILIRIAS.Os Senhores Oficiais de Justia realizam a descrio dos imveis penhorados tomando por base as metragens constantes das
respectivas matrculas. As construes existentes que no constem das matrculas, so por eles descritas no auto de avaliao e
acabam sendo levadas em considerao para o valor final da avaliao.
Se, porventura, a rea do imvel fosse superior ao que consta da matrcula, deveria o executado ter providenciado a devida
retificao de registro, haja vista que prevalece nos registros pblicos o princpio da veracidade, ou seja, o que neles consta
presume-se corresponder verdade.
No tendo tomado as providncias do art. 212 da Lei 6015/73, no poderia (no pode, devido precluso) se insurgir quanto
descrio havida na penhora e conseqente arrematao.
POSSE DE TERRENO DE MARINHAO que constou na penhora e conseqente arrematao como sendo um "trapiche com 100m de comprimento" a construo que se
visualiza com as fotografias de fls. 359 e 362, onde os barcos atracam para embarque/desembarque de pescados. Esse trapiche se
estende por quase toda a rea de marinha que estava sob uso do executado, seqncia dos imveis arrematados.
Pelo simples fato de esse trapiche constar da penhora e da arrematao, aliado a que todas as construes que esto sobre a rea
de Marinha foram penhoradas e arrematadas, e de que a avaliao foi feita levando em conta os bens "englobadamente",
conclui-se, facilmente, que a "posse" sobre a rea de Marinha foi considerada pelo Sr. Oficial de Justia quando da avaliao e
integra, por conseguinte, os direitos do arrematante.
Destaco que o auto de reforo de penhora de fl. 370 ficou sem efeito, haja vista o restabelecimento da arrematao, por fora da
deciso no Agravo de Instrumento n. 2004.04.01.02437-7.
Ressalto que a tentativa do executado em querer impugnar agora o contido no auto de arrematao (que na verdade reproduz o
auto de avaliao) esbarra na precluso. No tendo argido no momento oportuno, perdeu a oportunidade que a lei lhe conferia.
No obstante, volto a afirmar, os imveis arrematados compem um complexo industrial nico, com as divisas bem definidas. Todos
os bens construdos sobre o terreno de Marinha esto descritos no auto de arrematao e alguns esto construdos parte no terreno
de Marinha e parte no alodial arrematado. Assim, no haveria como arrematar os bens que esto sobre o terreno de Marinha e no
estar includa a posse da rea respectiva. A incluso do citado trapiche demonstrao inequvoca disso.
Por fim, anoto que a manuteno de servido de passagem para terceiros e maquinrio que no pertence ao executado querer
defender direito alheio, o que lhe vedado (CPC, art. 6).
(...)
DA ORDEM DE IMISSOTendo transcorrido o prazo para desocupao voluntria, expea-se o mandado de imisso de posse em favor do arrematante,
devendo o oficial observar os critrios desta deciso.
Fica o Oficial de Justia desde logo autorizado a requisitar apoio policial para o cumprimento da diligncia, sem prejuzo de
eventual condenao por ato atentatrio dignidade da justia, nos termos do art. 600 do CPC.
Intimem-se.
Itaja, 18 de abril de 2007.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 1489
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Marcelo Adriano MichelotiJuiz Federal Substituto na Titularidade Plena"Nas suas razes de recurso, a agravante sustenta que no est impugnando o auto de arrematao, apenas quer ele seja cumprido
integralmente, no se estendendo a maior as posses de referido domnio. Entende, por isso, no haver precluso para o que pretende:
fazer cumprir os termos do auto de arrematao. Diz: "(...) No h, como afirmou o Juzo, no auto de penhora, qualquer referncia
ao complexo industrial. Os imveis so os imveis, a empresa a empresa, so conceitos de personalidade jurdica e direito de
propriedade bem distintos e nada, nada no auto de arrematao permite que o Juzo chegue a tal concluso. Por fim, o autor da
arrematao descreve os imveis, as matrculas e metragens corretamente, e a rea excedente pertence agravante e outra pessoa,
que est demandando em ao prpria, defendendo os direitos e interesses. Ningum est discutindo a metragem das matrculas
citadas no auto de arrematao, o que discute sua real extenso. Alis, a retificao de rea para quem tem dvidas, a
Agravante no tem dvida nenhuma sobre sua propriedade imobiliria e mobiliria e a deciso ofende seus direitos. A empresa
vizinha ao loteamento em que foram edificadas algumas benfeitorias no est consignada no auto de arrematao e por isso o
direito de propriedade da Agravante deve ser respeitado, incluindo a servido ora necessria para que possa usufruir normalmente
de sua propriedade e que deve a Agravada consignar em sua nova matrcula sob as penas da lei." (fls. 09/10) Pretende, pois,
seja-lhe assegurado a propriedade da empresa no que tange ao cais, fbrica de gelo, aos maquinrios que afirma serem de terceiros
e que no fazem da arrematao.
Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A atribuio de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo Relator depende da conjugao de duplo requisito, ou seja,
relevncia da fundamentao e possibilidade da deciso agravada provocar leso grave e de difcil reparao ao agravante (CPC,
artigo 558). E, no presente caso, tenho por ausente a segunda hiptese, sendo plenamente possvel aguardar o julgamento do recurso
pela Turma, aps vindas as informaes da parte contrria.
Isso posto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado.
parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.
Porto Alegre, 09 de maio de 2007.
00011 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.011450-4/RS
RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
AGRAVADO : NUTRIFAR EMPRESA DE ALIMENTACAO LTDA/
INTERESSADO : RAIMONDO PASCHERO e outros
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento que investe contra deciso (fl. 11) que indeferiu o pedido de prosseguimento da execuo contra
os responsveis tributrios.
Suscita que restou demonstrada nos autos a existncia de fundamentos para o redirecionamento da execuo, haja vista a certido
lavrada pelo oficial de justia comprovar o encerramento irregular das atividades da empresa. Assevera, tambm, a aplicabilidade e a
constitucionalidade do art. 13 da Lei 8620/93.
No merece prosperar o agravo.
O art. 135, III, do CTN, autoriza o redirecionamento da execuo contra os diretores ou representantes de pessoas jurdicas de direito
privado, quando praticarem atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato social ou estatuto.
A questo que exsurge se o simples inadimplemento do tributo acarreta a responsabilizao pessoal do scio ou diretor da
empresa. De regra, de responsabilidade da sociedade comercial o pagamento do tributo, a qual deve arcar com as conseqncias
resultantes do no-cumprimento da obrigao tributria. Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h
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responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do
contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em
virtude de ato regular de gesto, porm respondem civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo,
dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao da lei ou do estatuto.
H que se considerar, todavia, que a violao lei, ao contrato ou ao estatuto no presumida, exigindo-se comprovao de que o
scio-gerente ou diretor agiu culposa ou dolosamente na administrao da empresa. A legislao comercial afasta a responsabilidade
objetiva do scio ou administrador, merecendo interpretao sistemtica o dispositivo do CTN que trata da responsabilidade
tributria pessoal. Assim, somente possvel a responsabilizao pessoal se houver prova inequvoca de que o no-recolhimento de
tributo resultou da atuao dolosa ou culposa do scio-gerente ou do diretor, que, com o seu procedimento, causaram violao lei,
ao contrato ou ao estatuto.
Os mesmos princpios norteiam a responsabilizao dos scios em caso de dissoluo irregular da sociedade, ou mesmo de falncia,
pois estas hipteses no configuram, a priori, atuao dolosa ou culposa. No se pode erigir exigncia de ordem formal como fator
de responsabilizao objetiva, sob pena de privilegiar-se a forma em detrimento da realidade. No se pode olvidar que a difcil
conjuntura econmico-financeira do pas provoca o perecimento de muitas empresas, cuja crtica situao no permite sequer que
regularizem a extino da sociedade. No tocante falncia, a prpria legislao de regncia condiciona a extenso da
responsabilidade social dos scios-gerentes ou administradores apurao em processo ordinrio, no juzo falimentar, de iniciativa
do sndico.
Outrossim, alm de comprovar a participao consciente em atos com excesso de poderes ou infrao lei, contrato ou estatuto, que
acarrete o inadimplemento do tributo, deve o exeqente provar que o scio ou administrador tenha efetivamente exercido as suas
funes ao tempo do surgimento da obrigao tributria, porquanto no pode ser responsabilizado por dbitos anteriores ou
posteriores ao seu ingresso ou gesto na sociedade.
Compete ao exeqente produzir as provas neste sentido, porquanto no merece vingar o pedido com base em mera imputao de
responsabilidade objetiva do scio-gerente. Somente aps o cumprimento destes requisitos, verificar o MM. Juzo a quo a
possibilidade de redirecionamento da execuo.
No caso concreto, no houve prova inequvoca de que o scios agiram com excesso de poderes ou infrao lei, pelo que no cabe,
neste momento, a responsabilizao dos mesmos.
A argumentao expendida neste voto traduz orientao da 1 Seo desta Corte, ento espelhada em julgado do E. STJ, consoante
os precedentes a seguir transcritos:
"TRIBUTRIO E PROCESSUAL CIVIL - ICMS - EXECUO FISCAL - REDIRECIONAMENTO - SCIOS DE SOCIEDADE
POR QUOTAS - RESPONSABILIDADE SOCIETRIA - ART. 135, III, CTN. I - A responsabilidade tributria prevista no art. 135,
III, do CTN, imposta ao scio-gerente, ao administrador ou ao diretor de empresa comercial s se caracteriza quando h
dissoluo irregular da sociedade ou se comprova a prtica de atos de abuso de gesto ou de violao da lei ou do contrato. II - Os
scios da sociedade de responsabilidade por cotas no respondem objetivamente pela dvida fiscal apurada em perodo
contemporneo a sua gesto, pelo simples fato da sociedade no recolher a contento o tributo devido, visto que, o no cumprimento
da obrigao principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa contribuinte e no "infrao legal" deflagradora
da responsabilidade pessoal e direta do scio da empresa. III - No comprovado os pressupostos para a responsabilidade solidria
do scio da sociedade de responsabilidade limitada h que se primeiro verificar a capacidade societria para solver o dbito fiscal,
para s ento, supletivamente, alcanar seus bens. IV - Recurso Especial a que se d provimento." (REsp n 121.021/PR, 2 Turma,
Rel. Min. Nancy Andrighi, DJU 11/09/2000, p. 235)
"EMBARGOS INFRINGENTES. EXECUO FISCAL. CITAO DO SCIO-GERENTE. ART. 135, INC. III, DO CTN. 1. De
acordo com a jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia, interpretando o alcance do art. 135, III, do CTN, o simples
inadimplemento de tributos no autoriza o redirecionamento da execuo fiscal contra os scios-gerentes da empresa devedora. 2.
O recolhimento de contribuies previdencirias constitui encargo da pessoa jurdica, cujo patrimnio no se confunde com o dos
scios que a integram. 3. Para que se promova a responsabilizao do scio-gerente, necessrio que a exeqente faa prova no
sentido de que o scio agiu com excesso de mandato ou infringncia lei ou estatuto, em detrimento dos objetivos almejados pelo
empreendimento.(Jos Germano da Silva, DJU 11/07/2001, p. 127)
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No obstante, o mencionado art. 13 da Lei n 8620/93 j foi analisado por este Tribunal na Argio de Inconstitucionalidade em
Agravo de Instrumento N 1999.04.01.096481-9/SC, onde foi declarado inconstitucional na parte em que estabelece: "e os scios
das empresas por cotas de responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art.
146, III, 'b', da Constituio Federal.
Tendo em vista o fundamento acima exarado, junto o inteiro teor da Argio de Inconstitucionalidade.
No se configura como prova cabal da dissoluo irregular, a certido do Oficial de Justia (fls. 36) que atesta o no funcionamento
da empresa no local indicado e a inexistncia de bens passveis de constrio, restando infrutferas as alegaes trazidas aos autos.
Assim sendo, nego seguimento ao presente agravo, conforme autoriza o artigo 557, do CPC, o que no retira da exeqente a
condio de, se demonstrada a efetiva ingerncia dos scios da empresa para com as obrigaes desta, vir a postular novamente o
redirecionamento do executivo.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 11 de maio de 2007.
00012 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012104-1/SC
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
AGRAVANTE : COML/ DE PNEUS LTDA/
ADVOGADO : Patricia Tatiana Schmidt
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROCURADOR : Geraldo Ernesto Mondardo
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
DECISO
COMERCIAL DE PNEUS LTDA. interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo colocada nas seguintes letras na
Execuo Fiscal N 2004.72.04.010847-8/SC:
"(...)
Requer, o credor, a declarao de ineficcia da alienao das reas desmembradas 001 (matrcula 71.282) e 002 (matrcula
71.877), bem como da rea remanescente (matrcula 71.867), todas referentes ao imvel de matrcula n 24.051, nos termos do
artigo 185 do Cdigo Tributrio Nacional, uma vez que s h notcia de outro bem pertencente a executada Comercial de Pneus
Ltda (fl. 180), que est alienado fiduciariamente no podendo, assim, garantir a execuo.
Infere-se da anlise da matrcula atualizada do imvel n 24.051 (fls. 200/201), que a empresa executada alienou referido bem na
data de 17/04/2006, desmembrando-o em trs reas matriculadas sob os ns 71.282, 71.877 e 71.867. Ocorre que a executada foi
citada da presente execuo em data de 11/01/2006 (fl. 179v), ou seja, data anterior a onerao havida.
No caso em tela deve ser reconhecida a fraude execuo, uma vez que caracterizada a alienao do referido imvel que se deu em
data posterior a citao vlida da devedora. Em que pese haver apenas outro bem (veculo) em nome da empresa executada, o
mesmo no pode garantir a presente execuo pois se encontra alienado fiduciariamente. Assim, transferindo, a executada, o nico
bem que garantiria o Juzo, resta evidenciada a insolvncia da empresa r.
Neste sentido:
PROCESSO CIVIL. EXECUO FISCAL. FRAUDE EXECUO. CARACTERIZAO.REQUISITOS.
1. Quando se tratar de fraude de execuo de crdito tributrio, aplica-se o disposto no art. 185 do CTN, prevalecendo a Lei
Especial sobre a previso geral do art. 593, incisos I e II, do CPC.
2. Impe-se o reconhecimento da fraude execuo quando presentes os dois elementos autorizadores da sua decretao, a saber,
a Litispendncia (operada com a citao vlida do devedor) e a transferncia de bens que implique a insolvncia (que presumida,
cabendo ao devedor infirmar tal presuno).
3. certo que, buscando afastar a presuno relativa que ora resta configurada, poder o executado apresentar bens outros
garantia do Juzo, confirmando, assim, que a alienao do bem no o levou ao estado de insolvncia. No momento, contudo, de
ser reconhecida a fraude execuo.
4. Agravo de instrumento provido. (TRF4 Regio. 1 Turma. Relator:
JoelIlanPaciornik.AG200404010493961/RS.Documento:TRF440013337. DJ 04/10/2006. P. 594)
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E ainda:
PROCESSO CIVIL. EXECUO FISCAL. FRAUDE EXECUO. CARACTERIZAO.
1. Impe-se o reconhecimento da fraude execuo quando presentes os dois elementos autorizadores da sua decretao, a saber,
a litispendncia (operada com a citao vlida do devedor) e a transferncia de bens que implique a insolvncia (que presumida,
cabendo ao devedor infirmar tal presuno). De se ressaltar que a configurao da fraude execuo independe da comprovao
de qualquer elemento volitivo (consilium fraudis ou m-f por parte do adquirente).
2. (...)
3. Agravo de instrumento improvido. (TRF4 Regio. 1 Turma. Relator: Wellington Mendes de Almeida. AG200504010475884/PR.
Documento: TRF400119933. DJ 15/02/2006. P. 365)
Ante o exposto, com base no art. 185 do CTN, defiro o pedido do INSS e declaro ineficaz a alienao das reas desmembradas 001
(matrcula 71.282) e 002 (matrcula 71.877), bem como da rea remanescente (matrcula 71.867) do imvel n 24.051.
Providencie-se a penhora dos imveis acima indicados.
Antes, porm, intime-se o exeqente para que fornea o nome dos terceiros que no fazem parte da relao processual e que
adquiriram as reas desmembradas, quais sejam, a rea 001 (matrcula 71.282), a rea 002 (matrcula 71.877) e a rea
remanescente (matrcula 71.867) do imvel n 24.051.
Aps, intimem-se os terceiros para que assumam o encargo de depositrio dos respectivos imveis. Em caso de recusa, proceda-se
de acordo com o art. 659, 5 do CPC. Oficie-se ao Cartrio de Registro de Imveis para o registro da penhora.
Intimem-se.
Cricima, 28 de maro de 2007.
Marcelo Cardozo da SilvaJuiz Federal"
A agravante, em suas razes recursais, sustenta que a deciso hostilizada merece reforma, porquanto o imvel em questo h muito
j havia sido alienado. Diz: "De fato, este imvel fora adquirido pela agravante, conforme demonstra a matrcula n 24.051. Porm,
diante da difcil situao financeira enfrentada pela agravante h algum tempo, resolvei vender referido imvel, o tendo feito
atravs de contrato particulares de compra e venda. No entanto, devido existncia de hipoteca, e outras providncias, tais como o
processo de desmembramento das reas que demorou para ser concludo perante a Prefeitura Municipal de Cricima, bem como, o
pagamento parcelado do seu valor, tendo havido vrios atrasos por parte dos compradores, o respectivo imvel s foi transferido
para os atuais proprietrios em 17.04.2006, a requerimento e interesse dos mesmos, conforme comprova a matrcula atualizada,
gerando as matrculas n 71.282, 71.877 e 71.867. (...) No se pode deixar de destacar ainda, que a agravante ofereceu a penhora
ttulos da dvida pblica, de valores superiores ao pretendido na execucional, mas o agravado sob o argumento de que eram bens
de difcil comercializao, no aceitou tal indicao." (fl. 08)
Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A atribuio de efeito suspensivo ao agravo de instrumento pelo Relator depende da conjugao de duplo requisito, ou seja,
relevncia da fundamentao e possibilidade da deciso agravada provocar leso grave e de difcil reparao ao agravante (CPC,
artigo 558). E, no presente caso, entendo ausente a segunda hiptese, inexistindo risco de perecimento do direito da agravante, se o
mrito do recurso for julgado pela Turma, aps vindas as informaes da parte contrria, que dever se manifestar acerca dos
documentos e alegaes apresentados pela requerente.
Isso posto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado.
parte agravada para responder, querendo. Intimem-se. Publique-se. Aps, retornem os autos conclusos para julgamento.
Porto Alegre, 07 de maio de 2007.
00013 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012396-7/SC
RELATORA : Juza VIVIAN JOSETE PANTALEO CAMINHA
AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 1489
http://www.trf4.gov.br/
AGRAVADO : MABETI IND/ DE MOVEIS LTDA/ e outros
ADVOGADO : Rodrigo Gazzana de Almeida
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da deciso que excluiu os scios do plo passivo da execuo fiscal movida
contra estes e Mabetti Indstria e Comrcio Ltda., ante a no comprovao da ocorrncia de quaisquer das hipteses elencadas no
art. 135 do CTN.
O agravante reclama a no meno no decisum ao art. 13 da Lei n 8.620/93. Sustenta ter havido violao aos princpios da ampla
defesa, do contraditrio e do devido processo legal, pois a excluso dos scios da ao executiva se deu antes mesmo de
oportunizada manifestao do exeqente. Argumenta que, se tivesse se pronunciado anteriormente, o juzo a quo saberia que o
fundamento da incluso dos coobrigados na CDA no o art. 135 do CTN, mas sim o art. 13 da Lei n 8.620/93, c/c art. 124 do
CTN. Alega que o meio processual adequado para a produo de defesa e provas os embargos execuo, e no simples petio.
Afirma que, na condio de pessoa jurdica de direito pblico interno, est vinculada ao disposto no art. 13 da Lei n 8.620/93, por
fora do princpio da legalidade, no tendo a deciso proferida por esta Corte na Argio de Inconstitucionalidade n
1999.04.01.096481-9 o condo de extirp-lo do ordenamento jurdico, com eficcia erga omnes. Defende a legalidade da incluso
dos scios na demanda.
o relatrio. Decido.
Por primeiro, afaste-se a alegao de violao aos princpios da ampla defesa, do contraditrio e do devido processo legal.
Conquanto no tenha sido oportunizada prvia manifestao do INSS acerca do pedido de excluso formulado pelos scios - o que,
de rigor, era exigvel, tendo em vista que a execuo foi proposta contra o contribuinte e os co-responsveis indicados na CDA -, o
agravante no logrou demonstrar o desacerto da deciso hostilizada. Os argumentos em prol da manuteno dos scios no
subsistem frente s circunstncias do caso concreto.
A legitimidade passiva ad causam constitui matria de ordem pblica, passvel de conhecimento em qualquer tempo e grau de
jurisdio, ainda que no haja provocao das partes. Com efeito, no h razo para a reviso do pronunciamento judicial, sobretudo
porque, ao manifestar-se na via recursal, o INSS no infirmou os fundamentos do decisum.
Tambm no procede a alegao de que o meio processual adequado para o debate proposto , exclusivamente, os embargos
execuo. As matrias de ordem pblica e as nulidades do ttulo executivo verificveis de plano, sem necessidade de contraditrio e
dilao probatria, podem ser argidas nos prprios autos da execuo fiscal, independentemente da garantia do juzo, a teor do
disposto no artigo 16, 3, da Lei n 6.830/80. Nesse sentido, inafastvel a anlise procedida pelo juzo da causa, pois a
legitimidade ad causam relaciona-se com as condies da ao.
Quanto excluso dos scios do plo passivo da execuo, a deciso est fundada na ausncia de prova de condutas infracionais,
nos moldes do art. 135 do CTN.
O INSS argumenta que a incluso dos coobrigados na lide se deu com base no art. 124 do CTN, o qual dispe serem solidariamente
obrigadas pelo pagamento do tributo, sem benefcio de ordem, as pessoas expressamente designadas em lei, no caso, o art. 13 da Lei
n 8.620/93. Sustenta que, no tendo sido o art. 135 do CTN o fundamento para o redirecionamento da execuo fiscal, no se faz
necessria a comprovao da prtica pelos scios de ato com excesso de poderes ou infrao lei.
O art. 13 da Lei n 8.620 teve sua constitucionalidade afastada pelo Plenrio desta Corte, em 28 de junho de 2000, por ocasio do
julgamento da Argio de Inconstitucionalidade no Agravo de Instrumento n 1999.04.01.096481-9/SC, em que foi relator o
Desembargador Federal Amir Sarti.
"ARGIO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 13 DA LEI N 8.620/93.
inconstitucional o artigo 13 da Lei n 8620/93 na parte em que estabelece: "e os scios das empresas por cotas de
responsabilidade limitada" por invadir rea reservada lei complementar, vulnerando, dessa forma, o art. 146, III, b, da
Constituio Federal."
Em que pese o pronunciamento deste Tribunal no tenha o condo de excluir a norma legal do ordenamento jurdico, com eficcia
erga omnes, o entendimento nele prevalente perfeitamente aplicvel ao caso concreto, restando prejudicada a invocao do art. 124
do CTN.
Ademais, o pedido de (re)direcionamento ao scio/administrador deve ser motivado por situao ftica que denote indcio de
atuao dolosa ou irregular, ou seja, que tenha como causa de pedir situao concreta que, em tese, configura a responsabilidade
solidria do terceiro. O to-s ajuizamento da ao induz litispendncia e expe o patrimnio do executado, o que impe sejam
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 1489
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evitadas iniciativas aleatrias ou sem a mnima potencialidade de xito.
"Para que se viabilize o redirecionamento da execuo indispensvel que a respectiva petio descreva, como causa para
redirecionar, uma das situaes caracterizadoras da responsabilidade subsidiria do terceiro pela dvida do executado. Pode-se
admitir que a efetiva configurao da responsabilidade e a produo da respectiva prova venham compor o objeto de embargos do
novo executado. O que no se admite - e enseja desde logo o indeferimento da pretenso - que o redirecionamento tenha como
causa de pedir uma situao que, nem em tese, acarreta a responsabilidade subsidiria do terceiro requerido" (STJ, 1 Turma,
REsp n 512.688, rel. Min. Teori A. Zavascki, agosto/2004)
De outra parte, assente na jurisprudncia que o simples inadimplemento da obrigao tributria no traduz hiptese de
responsabilidade solidria do diretor, gerente ou representante legal da pessoa jurdica, desde que o artigo 135, inciso III, do CTN,
exige, para tanto, a prtica de atos com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos (responsabilidade
subjetiva).
"O que pode constituir infrao, o que pode levar o diretor, gerente ou administrador, a tornarem-se responsveis, a causa do no
pagamento, mas jamais este prprio efeito, tomado isoladamente. Ento, preciso que se investigue as causas dessa inadimplncia
para verificar se, entre elas, estariam fatos capazes de serem enquadrados como "excesso de poderes, infrao lei, ao contrato
social ou aos estatutos". E quais seriam os eventos aptos a desencadear esta responsabilidade? Neste particular, o artigo 50 do
Cdigo Civil trouxe elementos muito importantes a ensejar sua adequada integrao com a norma tributria. Com efeito, se a lei
civil indicou com preciso as hipteses, que podem autorizar a desconsiderao da pessoa jurdica, com sendo abuso de
personalidade jurdica caracterizado por: a) desvio de finalidade; e b) confuso patrimonial, ento soa vlido sustentar que outras
no podero ser as causas aptas a levar os administradores, gestores ou representantes legais das pessoas jurdicas a responderem
pelas dvidas fiscais destas, nos termos do art. 135, III, do Cdigo Tributrio Nacional. Em outras palavras, somente quando
demonstrada, pelo Fisco, que a obrigao tributria a cargo da sociedade decorreu de alguma das causas apontadas na lei civil
(art. 50) que o art. 135, III, do Cdigo Tributrio Nacional poder validamente ser acionado" (BOTTALLO, Eduardo Domingos.
In: GRUPENMACHER, Betina Triger. Direito Tributrio e o Novo Cdigo Civil. So Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 192-193, apud
PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005, p. 1005).
Em se tratando de sociedade limitada, a responsabilidade do scio restrita integralizao do capital social, salvo nos casos de
atuao dolosa ou ilegal. Com efeito, a responsabilidade pessoal, disciplinada no artigo 135 do CTN, s se configura em havendo
prova inequvoca de que ele agiu com excesso de mandato, ou infringiu a lei, o contrato social ou o estatuto, porque a violao no
presumida.
Como bem salientou o juzo a quo, a empresa executada continua exercendo suas atividades normais, "depois de ter sido
regularmente incorporada pela empresa "Grossl Indstria e Comrcio Ltda.", passando a girar sob a denominao "Grossl
Indstria e Comrcio Ltda."" (fl. 73).
vista de tais consideraes, mantm-se a deciso monocrtica pelos seus prprios fundamentos, sem prejuzo de eventual
reconsiderao no futuro ante o surgimento de novas circunstncias fticas.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, com fulcro no art. 557, caput, do CPC.
Intimem-se.
Porto Alegre, 12 de maio de 2007.
00014 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.012433-9/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Joao Ernesto Aragones Vianna
AGRAVADO : CLUB DE REGATAS RIO GRANDE
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo INSS, com pedido de antecipao da pretenso recursal, contra deciso do MM.
Juiz Federal da 1 Vara de Rio Grande, exarada nas seguintes letras:
"Segundo novo entendimento deste Juzo, a utilizao do BACEN-JUD implica mais do que simplesmente a localizao do
executado. Implica a constrio liminar de ativos financeiros em disponibilidade bancria. Neste caso, o risco de se penhorar
ativos legalmente impenhorveis, e. g., receitas destinadas ao pagamento de pessoal ou a prpria subsistncia do executado,
extremamente elevado.
Assim sendo, e considerando que a Resoluo n 524/2006 do CJF apenas facultativa, revogo o despacho de fls. 102/104.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 1489
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Intime-se o credor da presente deciso, bem como para que se manifeste sobre o prosseguimento do feito."
Antes dessa deciso havia sido proferida outra, quando foi deferido o pedido de penhora de ativos financeiros via BACEN-JUD.
Nessa ocasio, o magistrado anterior havia destacado (fls. 102/104 dos autos principais):
"O exeqente postula a penhora de dinheiro pertencente ao(s) executado(s) de depositados em sua(s) conta(s), com a utilizao do