UM BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL
PROFº. PAULO
CONTEXTO:CRESCIMENTO RÁPIDO DAS CIDADES X PLANEJAMENTO
São Paulo: 1986: 50 mil hab.; 1922: 580 mil hab.; 1944: 1,3 milhões de hab.; 2000: 10,5 milhões de hab.
CONTEXTO:CRESCIMENTO RÁPIDO DAS CIDADES X PLANEJAMENTO Inchamento das cidades (grandes e
médias) não acompanhado pela infraestrutura;
Comprometimento da qualidade de vida : Favelas; Cortiços; Deterioração das áreas centrais; Periferização; Etc.
CONTEXTO:CRESCIMENTO RÁPIDO DAS CIDADES X PLANEJAMENTO Vários temas começam a entrar em
cena: Caos urbano; Transporte de massa; Planejamento urbano; Sistema viário/engarrafamentos; Poluição; Etc.
CONTEXTO:CRESCIMENTO RÁPIDO DAS CIDADES X PLANEJAMENTO È dentro desse contexto que
devemos compreender o planejamento urbano no Brasil;
Planejamento Urbano, o que é? “É um processo técnico instrumentado
para transformar a realidade existente no sentido de objetivos previamente estabelecidos “( SILVA, 2006) ;
CONTEXTO:CRESCIMENTO RÁPIDO DAS CIDADES X PLANEJAMENTO Processo de Urbanização:
Administração Pública : Planejamento das Cidades;
Movimento para planejar as cidades: Último quartel do século XIX :
Rompimento colonial → Demandou o embelezamento das cidades;
PERIODIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL
a. Período 1875 a 1930: Comissão de melhoramentos da cidade do
Rio de Janeiro; Melhoramentos e embelezamentos; Pretensões científicas; Recusa passado colonial (classe
dominante); Impor sua visão de Mundo; Avenidas , praças e monumentos. Higienização das cidades.
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a. Período 1875 a 1930: Fins do século XIX –início século XX→ Cidade
lócus de uma nova civilidade forjada à européia; Modernização, regeneração, reforma cultural e
das cidades brasileiras; Sintonizar-se coma Europa capitalista, do
trabalho assalariado, do mercado; Conjuga-se higienismo e a afirmação de uma
nova classe dominante; Busca-se cidade modernas e progressistas;
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a. Período 1875 a 1930: Cidade bela , moderna e sadia →
segregação de quem não podia pagar por essa cidade;
Marca o período da Reforma Pereira Passos (1903-1906) no Rio de Janeiro;
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a. Período 1875 a 1930: Reforma Pereira Passos:
Higienismo → Saneamento; Circulação → Sistema viário; Padrão construtivo; corre a remoção da população pobre do centro
do Rio de Janeiro : Morro : Início das Favelas; Periferia (baixada) : ocupação inclusive de áreas de
mangue/alagadiças;
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b. Período 1930 – 1992; Revolução de 1930 → Perda da hegemonia
da classe cafeeira; Cidade vista como força de produção
(forças produtivas); Crítica às intervenções higienistas (classe
trabalhadora já presente nas cidades); Planejamento vendido como algo técnico;
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b. Período 1930 – 1992 : 3 subdivisões: B.1. O urbanismo e o plano diretor:
Intervenções nos centros de São Paulo e Rio de Janeiro;
Discurso planejamento da cidade, mas a ação se dá no centro → Carácter imobiliário;
PLANO AGACHE : Rio de Janeiro; PLANO PRESTES MAIA : São Paulo; Planos com forte apelo econômico e rodoviarista,
embora o discurso fosse técnico;
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b. Período 1930 – 1992 : 3 subdivisões: B.2. Planejamento integrado e os Super
Planos: Cidades mais que dimensão física; Considerá-la no seu contexto econômico e espacial; Cidade organismo econômico e social; Necessário aparato político-institucional para planejá-
la e geri - lá; * Distanciamento planejamento (Plano) da realidade
dos cidadãos;
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b. Período 1930 – 1992 : 3 subdivisões: B.2. Planejamento integrado e os Super
Planos: Superplanos Concepção:
Idéias de globalidade; Sofisticação técnica e ; Interdisciplinaridade do planejamento.
Superplanos Caracterísiticas: Distanciamento propostas exequibilidade; Recomendações a âmbitos de poder diferentes; Alienação: presupor aprovação- execução;
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b. Período 1930 – 1992 : 3 subdivisões: B.2. O Plano sem Mapa:
Anos 1970 passa-se do plano complexo para o singelo; Planos Singelos ( simplórios):
Elaborado por técnicos municipais; Quase sem mapas; Sem diagnósticos ou reduzidos; Conjunto de generalidades Caráter ideológico: Diz-se que está planejando , mas não
está; Genéricos; objetivos, políticas e diretrizes; Foge do conflito que é explicitar ações e medidas;
* Planejador: atividade intelectual de elaborar planos.
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b. Período 1992 - 2001: Vem no rastro da constituição de 1988 e
Estatuto das Cidade; Retomada da concepção de Reforma Urbana; Procura-se discutir o planejamento urbano na
sua dimensão técnica e política; Busca-se planejar a cidade em cima da
realidade;
CONCLUSÕES:O MOMENTO ATUAL
Estatuto da Cidade: Função social da propriedade urbana; Sociedade : participação no processo de
planejamento; Traz instrumentos de implementação de
políticas urbanas mais progressistas; Plano Diretores Participativos; Planejamento prévio das ações do estado; Plano elaborado de forma integrada e
participativa (espaço para tal).
CONCLUSÕES:O MOMENTO ATUAL
Durante a história os planos não tiveram sucesso ! Por que insistir em elaborá-los?
Para responder considerar: Conjuntura do momento:
Conveniência em sua elaboração; Arena de disputa política existente e atores atuantes; Ideologia dominante; Situação econômica; Grau de mobilização da sociedade civil; Etc.
CONCLUSÕES:O MOMENTO ATUAL
Por que os planos não atingiam seus objetivos: Produtos pensados para uma parte da cidade
(embelezamento); Desconsideração da sociedade e seu conjunto e
condições de desigualdade de renda; Crença nos técnicos alijando a sociedade do processo; Planejar para a cidade formal / legal e não para a cidade
real; Crerem que normas estabelecidas (plano) poderiam reger
o crescimento das cidades de forma lógica e reacional, desconsiderando o dinamismo das forças sociais;
Desconsiderar os anseios da maioria dos cidadãos em favor da minoria.
CONCLUSÕES:O MOMENTO ATUAL
O cenário hoje é propício a se pensar a cidade de forma participativa;
Constituição federal e Estatuto da s Cidades → abertura para planejamento mais democrático e participativo:
Conselhos de Política Urbana; Debates; Audiências Públicas; Processo de Elaboração Participativa.
Planejamento Democrático → na dependência da participação da sociedade civil;
Ampliar a prática da gestão participativa; Planos aproximam dos cidadãos → Autogestão
Urbana
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