Unidade 1 – Conceitos Básicos de Multimédia
Objectivos:
• Definir o conceito de multimédia;
• Caracterizar os diferentes tipos de media existentes;
• Diferenciar os modos de divulgação de produtos multimédia;
• Distinguir aplicações lineares de não lineares;
• Distinguir os diferentes tipos de produtos de multimédia;
• Identificar as tecnologias de multimédia: • Compreender a representação digital da informação;
• Descrever os recursos de hardware utilizados em multimédia.
1. Conceito de multimédia
Genericamente, o conceito de multimédia pode ser definido como a utilização de diversos meios para a divulgação da mensagem.
Etimologicamente a palavra multimédia é composta por duas partes: Multi - vem do latim multus e significa múltiplo ou numeroso. Media - é o plural da palavra latina medium, que significa meio.
Podemos, então, definir multimédia como a utilização diversificada de meios, entre o emissor e o receptor, para a divulgação da mensagem.
“Multimédia designa a combinação, controlada por computador, de texto, gráficos, imagens, vídeo, áudio, animação e qualquer outro meio, pelo qual a informação possa ser representada, armazenada, transmitida e processada sob a forma digital, em que existe pelo menos um tipo de média estático (texto, gráficos ou imagens) e um tipo de média dinâmico (vídeo, áudio ou animação).” Fluckiger, 1995 e Chapman & Chapman, 2000
“Multimédia não pode ser experimentada sem a tecnologia, pois é a tecnologia que cria a experiência – multimédia não se limita à mensagem, mas é igualmente uma função do meio, isto é, da tecnologia.”
Gonzalez, 2000
2. Tipos de media • imagens • animações •Gráficos •Vídeos •textos •áudio São tipos de média que servem de base à criação de sistemas e aplicações multimédia.
2.1. Quanto à sua natureza espácio-temporal Media estáticos, discretos ou espaciais agrupam elementos de informação independentes do tempo, alterando apenas a sua dimensão no espaço, tais como, por exemplo, texto e gráficos.
Media dinâmicos, contínuos ou temporais, agrupam elementos de informação dependentes do tempo, tais como, por exemplo, o áudio, o vídeo e a animação. Nestes casos, uma alteração, no tempo, da ordem de apresentação dos conteúdos conduz a alterações na informação associada ao respetivo tipo de media dinâmico.
2.1.1. Estáticos Imagem– as imagens e os gráficos estão para as aplicações multimédia como as fotografias e os desenhos estão para as revistas, os jornais e os livros. As imagens e os gráficos podem ser considerados, respetivamente do tipo bitmap e do tipo vetorial quando são utilizados em aplicações multimédia num sistema informático. Estes podem ser obtidos por captura, através da utilização de um scanner ou de uma câmara digital, ou, ainda, serem gerados no computador através da utilização de programas adequados.
Texto – constitui a forma mais utilizada de divulgar informação em diversos meios e formatos. O texto em formato digital pode ser criado através de editores de texto, como, por exemplo, o Bloco de notas do Windows, dando origem a conteúdos não formatados denominados plain text. De outra forma, pode ser criado através de processadores de texto, como, por exemplo, o Microsoft Word, dando origem a conteúdos formatados denominados rich text.
2.1.2. Dinâmicos Áudio Corresponde à reprodução electrónica do som nos formatos analógico ou digital. O formato analógico corresponde ao áudio gravados nas cassetes ou discos de vinil. O digital corresponde a um formato compatível com o processamento realizado pelos computadores.
2.1.2. Dinâmicos Áudio O formato digital pode ser obtido por digitalização a partir de fontes sonoras, resultando em ficheiros que, mesmo compactados, ocupam um espaço considerável e apresentam perdas de qualidade do sinal capturado. Esta digitalização é obtida através da conversão do sinal analógico em digital.
2.1.2. Dinâmicos Áudio O formato digital pode, também, ser obtido directamente, utilizando um sintetizador MIDI da placa de som. Desta forma, os ficheiros apenas guardam a informação do áudio a ser reproduzido, resultando ficheiros mais pequenos e de qualidade superior.
2.1.2. Dinâmicos Áudio O MIDI (Musical Instrument Digital Interface) é um padrão internacional, que define as notas produzidas por diferentes sintetizadores de forma que estas sejam iguais às dos respetivos instrumentos musicais. Permite também a ligação ao computador de diversos equipamentos musicais concebidos para o efeito.
2.1.2. Dinâmicos Vídeo Corresponde ao movimento sequencial de um conjunto de imagens, também conhecidas por fotogramas ou frames. O número de frames apresentadas por segundo designa-se por rate.
2.1.2. Dinâmicos Vídeo Pode ser representado no formato analógico ou digital. O formato analógico corresponde, por exemplo, ao vídeo criado por uma câmara de vídeo analógica ou ao sinal de emissão de um canal de televisão analógico.
2.1.2. Dinâmicos Vídeo O formato digital corresponde, por exemplo, ao vídeo criado por uma câmara de vídeo digital ou ao sinal da emissão de um canal de televisão digital.
2.1.2. Dinâmicos Animação Corresponde ao movimento sequencial de um conjunto de gráficos, no formato digital, que vão sofrendo alterações ao longo do tempo. Atualmente a animação é maioritariamente produzida no computador, através de software específico.
Tipos de Informação multimédia
Imagem
Gráficos
Áudio (digital)
Vídeo (digital)
Animação
Fotografias
Desenhos/esquemas
Som (analógico)
Vídeo (analógico)
Desenhos animados
Revistas Jornais Livros
Programas TV Clips de vídeo Cinema
Cinema de animação
Documentos multimédia (à esquerda) versus convencionais (à direita)
2.2. Quanto à sua origem Quanto à origem dos media, ou seja, a forma como estes foram criados, podem-se classificar em: Capturados; Sintetizados.
2.2.1. Capturados São aqueles que resultam de uma recolha do exterior para o computador, através da utilização de hardware específico, como, por exemplo, scanners, câmaras digitais e microfones, e de software específico.
2.2.2. Sintetizados São aqueles que são produzidos pelo próprio computador, através da utilização de hardware e de software específico.
Classificação dos media
Natureza Origem
Estáticos
Dinâmicos
Capturados
Imagem
Vídeo
--------
Áudio
Sintetizados
Texto
--------
Gráficos
Animação
3. Modos de divulgação de conteúdos multimédia De acordo com o modo de divulgação, ou seja, tendo em atenção a forma como são distribuídos, os conteúdos multimédia podem-se classificar em:
Online Offline
3.1 Online Divulgação online significa disponibilidade imediata dos conteúdos multimédia. Pode ser efetuada através de: rede local; conjunto de redes (World Wide Web); monitores ligados a computadores que não estão ligados em rede, cujos dados estão armazenados em disco.
3.1 Offline A divulgação offline de conteúdos multimédia é efetuada através da utilização de suportes de armazenamento, na maioria das vezes do tipo digital. Neste caso, os suportes de armazenamento mais utilizados são do tipo óptico, CD e DVD.
4. Linearidade e não-linearidade Linearidade é a passagem de conteúdos de multimédia através de ações pré-programadas. Exemplo: Programa de televisão – o telespectador não pode alterar a programação nem a perspetiva de filmagem de determinada câmara de filmar.
4. Linearidade e não-linearidade Não-linearidade é a passagem de conteúdos de multimédia em que o utilizador interage com o desenrolar da ação. Exemplo: Utilização de um CD – possibilidade de selecionar as opções pretendidas.
5. Tipos de produtos multimédia 5.1 Baseados em páginas São desenvolvidos segundo uma estrutura do tipo espacial. Esta é uma organização semelhante à utilizada nos media tradicionais em suporte de papel como revistas, livros e jornais.
5. Tipos de produtos multimédia Baseados em páginas Em alguns produtos multimédia, os utilizadores podem consultar as páginas utilizando hiperligações. Neste tipo de produtos, as componentes interativa e temporal podem estar presentes através da utilização de botões, ícones e scripts.
5. Tipos de produtos multimédia 5.2 Baseados no tempo Os tipos de produtos baseados no tempo são desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional assente no tempo. Esta é uma organização com uma lógica semelhante à utilizada na criação de um filme ou animação.
5. Tipos de produtos multimédia Baseados no tempo A interatividade neste tipo de produtos é adicionada através da utilização de scripts. A componente da organização espacial é também, neste caso, utilizada durante a fase de desenvolvimento deste tipo de produtos.
Exercício
Crie uma apresentação eletrónica.
O tema é a ilustração de vários procedimentos, tipo
receituário, por exemplo:
– Estrelar um ovo;
– Ir para a escola;
– Fazer desporto;
– Acampar, etc.
Cada procedimento tem um diapositivo associado. Nesse
diapositivo:
– Descreve-se o procedimento;
– Ilustra-se o procedimento (uma imagem / desenho);
– Incluem-se vários botões: Procedimento anterior;
Procedimento seguinte e Início (recorrendo ao
separador Inserir e à opção Ação).
No diapositivo de início inclui-se uma imagem e vários
botões, um para cada procedimento.
6. Tecnologias multimédia
Através da representação digital é possível
a utilização de programas para armazenar,
modificar, combinar e apresentar todos os
tipos de media.
É também possível realizar a transmissão
dos dados por meio de redes informáticas ou
armazená-los em suportes, tais como CD e
DVD.
6. Tecnologias multimédia
Numa representação digital, os dados
assumem um conjunto de valores
discretos, ou descontínuos, processados
em intervalos de tempo discretos.
6. Tecnologias multimédia
6.1. Representação digital
A figura 1. mostra o exemplo
de um sinal que
assume uma gama de
valores contínuos no tempo.
Este tipo de sinal é
designado por sinal
analógico, enquanto que os
sinais que um computador
processa são designados
por sinais digitais.
Fig.1. Representação gráfica de
um
sinal analógico
6. Tecnologias multimédia
6.1. Representação digital
Os sinais digitais que circulam nos circuitos
electrónicos de um computador são constituídos
apenas por dois níveis de tensão eléctrica. Ao nível
mais baixo é associado o valor lógico zero (0) e ao
nível mais alto o valor lógico um (1).
Baseado no sistema de numeração binária, isto é,
que utiliza apenas dois dígitos (0 e 1), é possível
conceber todo o funcionamento dos circuitos
digitais.
Nestes circuitos, o bit é a unidade mínima de
informação de um sinal, podendo assumir o valor 0
ou 1.
6. Tecnologias multimédia
6.1. Representação digital
Os caracteres e símbolos necessários à
comunicação entre utilizador e computador
são representados por conjuntos de 8
bits (Byte). Que corresponde ao
seu código ASCII.
Caracter Decimal Hexadecimal Binário
\ 92 5C 0101 1100
] 93 5D 0101 1101
^ 94 5E 0101 1110
_ 95 5F 0101 1111
` 96 60 0110 0000
a 97 61 0110 0001
b 98 62 0110 0010
c 99 63 0110 0011
d 100 64 0110 0100
e 101 65 0110 0101
f 102 66 0110 0110
6. Tecnologias multimédia
6.1. Representação digital - Tabela ASCII exemplo)
6. Tecnologias multimédia
6.1. Representação digital
Se os sinais que circulam num computador
ou os gerados por um teclado são digitais, o
sinal que um microfone produz é analógico.
Assim, para obter este sinal no computador há
necessidade de digitalizá-lo, ou seja, convertê-lo
para uma sequência de bits. A digitalização de
um sinal analógico é composta pelas fases de
amostragem, quantização e codificação.
6.1.1. Amostragem
A amostragem é o processo que permite a
retenção de um conjunto finito de valores
discretos dos sinais analógicos.
Como um sinal analógico é contínuo no tempo e
em amplitude, contém um número infinito de
valores, dificultando o seu processamento pelo
computador. Assim, há necessidade de
inicialmente amostrar o sinal analógico.
6.1.1. Amostragem
Na prática, para se amostrar um sinal
analógico (Fig.1) multiplica-se
(electronicamente) este por um impulso
eléctrico (Fig.2) em intervalos de tempo
iguais. Desta forma, no instante do impulso é
obtido o valor correspondente da amostra do
sinal analógico.
Continuar
Sinal analógico
6.1.1. Amostragem
Fig.1 Representação gráfica de um
sinal analógico
Voltar
6.1.1. Amostragem
Impulso eléctrico
Fig.2 Representação gráfica de um
impulso eléctrico
6.1.1. Amostragem
O sinal da figura 3 é um sinal obtido por uma
modulação designada modulação PAM (Pulse-
Amplitude Modulation). Modelação por amplitude.
Quadro1
6.1.2. Quantização
Depois de amostrado o sinal analógico, sob
a forma de amostras ou impulsos PAM, é
preciso quantizar ou quantificar a infinidade
de valores que a amplitude do sinal apresenta
(Fig.3). O circuito electrónico que efectua esta
conversão designa-se por conversor analógico-
digital (A/D ou do inglês ADC).
6.1.2. Quantização
Quantizar um sinal PAM significa atribuir-lhe um
determinado valor numa gama de níveis que o
conversor A/D apresenta.
Assim, por exemplo, um sinal com uma amplitude
de 8,3 V poderia ser quantizado para um valor
inteiro acima ou abaixo dele.
Devido a este arredondamento, origina-se um erro
de quantização resultante da diferença de amplitude
entre o sinal quantizado e o sinal real.
6.1.3. Codificação
Os valores das amplitudes dos impulsos PAM,
depois de quantizados, precisam de ser codificados
para poderem ser representados por uma
sequência de bits com valor 0 ou 1.
Uma das formas de codificar o sinal é através da
modulação PCM (Pulse-Code Modulation) ,
utilizando um impulso de amplitude fixa, duração
constante e valores lógicos 0 ou 1.
6.1.3. Codificação
O quadro 1 apresenta os valores da
quantização e da codificação do sinal analógico
e o sinal digital obtido do exemplo simples
representado nas figuras 1, 2 e 3 Neste caso,
para a codificação dos valores quantizados
foram utilizados apenas quatro bits
Fig.3
6.2. Recursos necessários
Para o desenvolvimento e a execução de
conteúdos e aplicações multimédia, existe um
conjunto de recursos de hardware, software e
suportes de armazenamento de informação
que podem contribuir, de acordo com as suas
características e capacidades, para um
acréscimo da sua qualidade. De seguida, são
apresentados os principais recursos de
hardware
6.2.1. Hardware
Dispositivos de entrada
Os dispositivos de entrada permitem a
comunicação no sentido do utilizador para o
computador. através dos quais o utilizador pode
controlar ou mesmo interagir com a execução de
aplicações multimédia.
6.2.1. Hardware
Teclados
Os teclados são dispositivos que permitem
digitar dados ou instruções para o computador.
Existem vários tipos de teclados com mais ou
menos funções e com teclas multimédia,
permitindo o acesso mais fácil às aplicações.
6.2.1. Hardware
Ratos
Os ratos são dispositivos muito importantes pelas
suas potencialidades de utilização nos sistemas
operativos gráficos Permitem deslocar no ecrã o
ponteiro e realizar a introdução de ordens para o
computador, através da emissão de sinais
eléctricos. Existem vários tipos de ratos com
diferentes formas e botões associados a diversas
funcionalidades, inclusive relacionadas com a
utilização de aplicações multimédia.
6.2.1. Hardware
Touchpads
Os touchpads são dispositivos que substituem
os ratos nos computadores portáteis. A maioria
dos touchpads actuais têm quase todas as
funções que podem ser desempenhadas pelos
ratos.
6.2.1. Hardware
Joysticks
Os joysticks são dispositivos utilizados
essencialmente para jogar. Podem
assumir uma grande variedade de
forma se funcionalidades, no entanto,
podem ser utilizados para controlar
uma aplicação multimédia.
6.2.1. Hardware
Trackballs
Os trackballs são dispositivos que
substituem os ratos e podem
assumir uma grande variedade de
formas, permitindo economizar
espaço.
6.2.1. Hardware
Scanners
Os scanners ou digitalizadores são
dispositivos que permitem capturar e
digitalizar, através de processos
ópticos, documentos impressos.
Existem diferentes tipos de scanners e
em diferentes formatos.
6.2.1. Hardware
Câmaras digitais
As câmaras digitais, fotográficas ou
de vídeo, são dispositivos que
captam imagens do exterior, através
de uma objetiva, à semelhança das
câmaras tradicionais. As webcams
são câmaras digitais mais simples e
de baixa resolução que capturam
imagens dinâmicas ou estáticas
diretamente para o computador.
6.2.1. Hardware
Microfones
Os microfones são dispositivos que
podem assumir uma grande variedade
de formas.
Quando ligados a uma placa de som
de um computador, permitem capturar
os sons do meio ambiente. As câmaras
digitais têm normalmente um
microfone acoplado, para permitir
capturar, em simultâneo, sons e
imagens.
6.2.1. Hardware
Dispositivos de saída
Os dispositivos de saída permitem
a comunicação no sentido do
computador para o utilizador.
6.2.1. Hardware
Monitores
Os monitores são dispositivos que constituem
o principal meio de comunicação entre o
computador e o utilizador. Estes apresentam
diferentes características que os permitem
distinguir, como as suas dimensões, resolução
e frequência do varrimento.
6.2.1. Hardware
Placas gráficas
As placas gráficas são os dispositivos
responsáveis pela interligação do
monitor com o processador. É
possível distinguir as placas
gráficas entre si, de acordo com as
suas características, tais como o
número de cores, a resolução e a
capacidade de memória da placa
6.2.1. Hardware
Impressoras
As impressoras são dispositivos que
permitem imprimir os resultados das
operações de processamento do
computador. Cada impressora tem um
conjunto de características,
associadas, que as distingue das
demais, como o número de páginas
que imprime por minuto (ppm). a
tecnologia de impressão (Laser,
jactos, …) e a resolução ou pontos
por polegada (dpi).
6.2.1. Hardware
Projetores de vídeo
Os projetores de vídeo são
dispositivos que permitem projetar
para telas as imagens provenientes de
computadores e outros equipamentos
multimédia com possibilidade de
estabelecer ligação com eles.
6.2.1. Hardware
Plotters
As plotters ou traçadores de gráficos
são dispositivos com uma finalidade
semelhante à das impressoras, pois
destinam-se à impressão de informação
proveniente do computador.
Estas destinam-se principalmente à
impressão, com elevada precisão, dos
desenhos de peças, dos projetos de
habitações e dos desenhos de painéis
publicitários
6.2.1. Hardware
Altifalantes
Os altifalantes são ligados à placa de
som do computador e permitem a
reprodução de sons no formato
analógico. Neste caso, a placa de
som converte os sinais do formato
digital para o formato analógico
6.2.1. Hardware
Auscultadores
Os auscultadores podem
ser ligados ao computador
e permitem a audição de
sons de forma individual
pelo utilizador.
6.2.1. Hardware
Dispositivos de entrada/saída
Os dispositivos de entrada/saída
permitem a comunicação em ambos
os sentidos do computador para o
utilizador e vice-versa.
6.2.1. Hardware
Placas de som
As placas de som são dispositivos que
suportam áudio digital e MlDI, permitindo
aumentar, de forma considerável, a capacidade
de um computador, capturar e reproduzir sons
com qualidade. Estas permitem ligar ao
computador vários dispositivos como o
microfone, os altifalantes, a unidade de leitura
do CD áudio e a aparelhagem hi-fi.
6.2.1. Hardware
Dispositivos de ligação a redes
São dispositivos, como as placas de rede,
modems e bluetooths, que permitem a
ligação de um computador a uma rede
de computadores.
6.2.1. Hardware
Touch screens
Os touch screens são ecrãs que, para além
de nos apresentarem informação, são
sensíveis ao toque do dedo ou de outros
dispositivos adequados, substituindo o rato.
São de fácil utilização e resposta rápida,
sendo utilizados em quiosques multimédia e
postos de vendas.
6.2.1. Hardware
Placas de captura de TV
As placas de captura de TV são dispositivos
que permitem fazer a sintonia do sinal TV e
normalmente também do sinal rádio. Para além
disso, permitem converter o sinal analógico
recebido em sinal digital, de forma a este poder
ser processado pelo computador. De acordo
com a qualidade das placas e do software
utilizado, podem permitir realizar operações
como a visualização de vários canais no monitor
em simultâneo, a gravação de programas e a
captura de imagens.
Dispositivos de armazenamento
Os dispositivos de armazenamento permitem
guardar dados de forma permanente ou
semipermanente. Estes dispositivos, de acordo
com a tecnologia utilizada na leitura e escrita
dos seus dados, podem ser classificados em
magnéticos, semicondutores e ópticos.
Magnéticos / Discos rígidos
Os discos rígidos (HD - Hard Disk), assim
designados por serem constituídos por
material metálico, utilizam a
electromagnetização das partículas para a
gravação e a leitura dos dados.
Estes dispositivos permitem armazenar
grandes quantidades de informação, que
depois é acedida aleatoriamente.
Magnéticos / Discos rígidos
Os discos rígidos podem ser designados por
internos ou externos, conforme estão
instalados dentro ou fora do computador. A
vantagem dos discos externos é permitir
transportá-los de forma mais fácil para
outros computadores.
Magnéticos / Bandas magnéticas
As bandas magnéticas utilizam a
electromagnetização das partículas de uma
fita magnética para a gravação e a leitura
dos dados, realizadas de forma sequencial.
Magnéticos / Bandas magnéticas
As bandas magnéticas continuam a ser
o suporte mais económico de
armazenamento de grandes quantidades de
dados e, por isso, as mais indicadas para
fazer cópias de segurança (backups) da
informação existente num computador.
Semicondutores / Cartões de memória
Os cartões de memória servem para
armazenar dados como texto, fotos, vídeos e
músicas. Estes são usados em diferentes
tipos de dispositivos de hardware como, por
exemplo, câmaras fotográficas digitais,
telemóveis e leitores de MP3.
Semicondutores / Cartões de
memória
De entre os vários tipos de
cartões de memória, destacamse
os CompactFlash, SmartMedia, SD
(Secure Digital) Memory e MMC
Semicondutores / Pen drives
As pen drives servem para armazenar dados
e ligam-se ao computador através de uma
porta USB. Estas memórias constituem um
meio prático para transporte de dados entre
computadores, não necessitando, na maior
parte das vezes, de instalação prévia de
software.
Semicondutores / Pen drives
Relativamente aos seus tamanho
e custo, pode-se considerar como
boas a capacidade de
armazenamento, a fiabilidade e a
taxa de transferência dos dados.
Ópticos
Os dispositivos de armazenamento
ópticos são dispositivos em que a leitura e
a gravação dos dados são realizadas por
processos ópticos, ou seja, através da
utilização da tecnologia laser.
Ópticos / CD (Compact Disk)
A - Para gravação
No quadro seguinte são apresentados os
principais formatos de CD, de acordo com as
várias possibilidades de gravação
Ópticos / CD (Compact Disk)
A - Para gravação
No quadro seguinte são apresentados os
principais formatos de CD, de acordo com as
várias possibilidades de gravação
Ópticos / CD
(Compact Disk)
B - Formatos
No quadro, ao lado,
são apresentados
os principais formatos
de CD organizados de
acordo com o tipo
de informação que
podem conter
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 – Áudio
a) CD-Digital Audio
O formato CD-Digital Audio (CD-DA) surgiu
em 1982 e foi o primeiro formato de CD
indicado para a gravação de áudio com muita
qualidade. Este, quando surgiu, revolucionou a
forma de gravação que, até à época, era
realizada no formato analógico em discos de
vinil e fitas magnéticas.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 - Áudio
a) CD-Digital Audio
Os sinais analógicos, ao serem gravados nestes
CD, eram convertidos em sinais digitais.
Para a divulgação deste formato de CD
contribuíram, na época, de forma determinante,
as seguintes características: qualidade superior
do audiodigital gravado, tamanho dos discos de
12 cm de diâmetro e capacidade para 74
minutos de música.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 - Áudio
a) CD-Digital Audio
O formato CD-Digital Audio é um formato cujos
ficheiros podem ser reproduzidos em qualquer leitor
de CD.
Quando os ficheiros de áudio estão num formato
diferente do CD-DA, por exemplo, MP3, MP3pro,
WAV, VQF, WMA e AIF, estes são automaticamente
convertidos no formato CD-DA antes de serem
gravados num CD de áudio. A conversão do
formato dos ficheiros pode atrasar o processo de
gravação.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 - Áudio
b) CD-Text
O formato CD-Text é utilizado para armazenar
nos CD texto e áudio. Este texto pode consistir em
informação relacionada com os títulos e os
intérpretes das músicas.
Atualmente, a maior parte das unidades de leitura
CD-DA, existentes no mercado, não suportam o
formato CD-Text. Estas unidades podem
reproduzi-los como se fossem CD de áudio,
ignorando o texto. Para que isto não aconteça, é
necessário utilizar uma unidade de leitura CD-DA
modificada.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 – Áudio
b) CD-Text
Para criar um CD-Text, o gravador de CD tem de
suportar este formato e gravá-lo no modo de
gravação DAO (Disc At Once - disco de uma vez),
gravando uma ou várias pistas do CD numa só
operação e fechando-o depois.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 – Áudio
c) Enhanceded Music CD
O formato Enhanced Music CD permite criar
CD com áudio e dados segundo uma nova
conceção. Neste formato as pistas de áudio vão
ser gravadas no início do CD e as pistas de
dados no fim.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 – Áudio
c) Enhanceded Music CD
Estes discos são mais indicados como suporte
multimédia do que os discos CD-DA, que apenas
suportam áudio.
No formato Enhanced Music CD, as unidades de
leitura CD-DA apenas lêem o áudio e ignoram os
dados e as unidades de leitura CD-ROM XA lêem o
áudio e os dados.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 - Áudio
d) Super Audio CD
O formato Super Audio CD (SACD) resultou de
mais uma parceria entre a Sony e a Philips. Este
formato reúne boas características de um padrão
de som digital, porque aperfeiçoa a frequência de
amostragem e o nível de quantização do sinal,
melhorando a gravação e a reprodução dos sinais
digitais.
Para além da qualidade sonora, também a
quantidade de informação aumentou em relação
aos outros CD.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
a) CD-ROM XA
O formato CD-ROM XA (Campact Disc - Read
Only Memary Extended Architecture) é uma
melhoria introduzida pela Sony, Philips e
Microsoft em 1988, permitindo a intercalação
(interleaving) de dados de áudio, texto e imagem
num disco óptico multimédia. Os leitores do
formato CD-ROM XA podem ser utilizados
como periféricos do computador.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
b) Photo-CD
O formato Photo-CD constitui a base para a
criação de um suporte alternativo às fotografias e
aos slides convencionais, tornando possível o seu
armazenamento no formato digital em discos CDR.
Os CD, neste formato, podem ser lidos em
unidades de leitura Photo-CD e visualiza-dos na
televisão ou em unidades de leitura CD-ROM,
CDROM XA e visualizados no monitor do
computador.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
c) Vídeo-CD
O formato Vídeo CD (VCD) foi criado em 1993
pela Philips e JVC, de forma a permitir armazenar
filmes que pudessem posteriormente ser
reproduzidos em computador. Este formato de CD
é na realidade do tipo CD-ROM XA e pode
comportar 74 minutos de áudio e de vídeo digitais,
utilizando a compressão MPEG-1.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
d) Super Vídeo-CD
O formato Super Vídeo CD (SVCD) foi concebido
para ser o sucessor tecnológico do formato Vídeo
CD, no entanto, ao nível técnico está mais próximo
do DVD do que do CD.
Os CD gravados no formato Super Vídeo CD
contêm sequências de vídeo MPEG-2 e, utilizando
a qualidade mais elevada, podem conter cerca de
35 minutos de filme num disco-padrão com 74
minutos de capacidade de armazenamento.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
e) CD Multissessão
O formato CD Multissessão tornou possível
superar os inconvenientes do formato Disc At Once
utilizado inicialmente pelos CD-R. Nestes, os dados
eram gravados de uma só vez e numa única pista.
Para concluir a gravação, o CD era fechado e não se
podia acrescentar ou alterar dados ao seu conteúdo.
Com o formato CD Multissessão, os CD passaram a
poder ser gravados em várias sessões e em
momentos definidos pelos utilizadores, até o disco
ficar preenchido.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 – Vídeo e dados
e) CD Multissessão
Em cada sessão de gravação, a tabela de
conteúdo do CD (table af contents ou TOC) é
atualizada para incluir as novas informações. Para
que um CD Multissessão seja tratado pelo
computador como uma unidade semelhante a
uma das unidades internas, é necessário que o
leitor de CD seja do tipo multissessão. Se o leitor
de CD não for multissessão, somente os dados
gravados na primeira sessão de gravação serão
vistos e todos os demais serão ignorados.
Ópticos / DVD (Digital Versatile Disk)
A – Para gravação
De seguida são apresentados os vários formatos
de DVD, de acordo com as possibilidades de
gravação que permitem aos utilizadores.
1- DVD-R, +R (Digital Versatile Oisk -
Recordable)
Permitem a gravação de dados apenas uma vez.
Estes DVD podem ter as capacidades de 4.7 GB
(Single Layer) e 8,5 GB (Double Layer) no caso
dos Singlesided e as capacidades de 9,4 GB
(Single Layer) e 17 GB (Double Layer) no caso dos
Dual-sided.
Ópticos / DVD (Digital Versatile Disk)
A – Para gravação
2- DVD-RW, +RW (Digital Versatile Disk -
Rewritable)
Permitem a gravação e regravação de dados e
podem ser utilizados para fazer cópias de segurança
dos dados em computadores pessoais. Estes DVD
podem ter as capacidades de 4.7 GB (Single Layer)
e 8,5 GB (Double Layer) no caso dos Single-sided e
as capacidades de 9,4 GB (Single Layer) e 17 GB
(Double Layer) no caso dos Dual-sided.
Ópticos / DVD (Digital Versatile Disk)
A – Para gravação
2- DVD-RAM
Permitem a gravação e regravação de dados de
forma semelhante aos DVD-RW, mas mais
rapidamente do que estes. Estes DVD têm o disco
protegido por uma estrutura de plástico semelhante
às utilizadas nas disquetes. Os primeiros discos
DVD-RAM têm capacidades de 2,6 GB (Single-sided)
ou 5,2 GB (Double-sided) Os discos DVD-RAM,
versão 2, têm capacidades de 4.7 GB (Single-sided)
ou 9,4 GB (Double-sided)
Ópticos / DVD (Digital Versatile Disk)
A – Para gravação
2- Mini-DVD
A designação dos Mini-DVD é devida à dimensão do
seu diâmetro de 8 cm, ao contrário dos DVD, cujo
diâmetro é de 12 cm Existem em dois formatos
principais, Single Layer Single Side e Dual Layer
Single Side, com capacidades, respetivamente, de
aproximadamente 40 minutos de filme 11,46 GB) e
de aproximadamente 75 minutos de filme (2,66 GB)
O tamanho destes DVD tornou-os mais adequados
para determinados fins, como, por exemplo, no
envio por correio de material multimédia relacionado
com apresentações e vídeos tem aproximadamente
o dobro da capacidade de um CD-ROM, sendo,
porém, mais leve.
Ópticos / DVD (Digital Versatile Disk)
B - Formatos
De seguida são apresentados os principais formatos
de DVD, organizados de acordo com o tipo de
informação que podem conter.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.1 - Áudio
a) DVD Áudio
O formato DVD Áudio surgiu em 2000 e é
semelhante ao CO Áudio, mas em DVD.
Este formato proporcionou à indústria discográfica
um novo impulso de desenvolvimento, permitindo
armazenar áudio com alta qualidade e, devido à
sua grande capacidade de armazenamento, incluir,
além de música, informações adicionais, tais como
biografias dos artistas, letras das músicas e
videoclips. Podem ser reproduzidos num leitor de
DVD Áudio ou de DVD Vídeo.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
a) DVD Vídeo
O formato DVD Vídeo surgiu nos Estados Unidos
em 1997 e tornou-se um formato bem-sucedido.
Este formato é o mais indicado para o
armazenamento de filmes completos de longa-
metragem com alta qualidade de vídeo e áudio
surround. Proporciona alguma interatividade ao
permitir que os utilizadores mudem entre cenas
através de menus, visualizem cenas de diferentes
ângulos e seleccionem diferentes desfechos para o
filme.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
a) DVD Vídeo
Este formato possibilita a utilização de DVD de
duas camadas para filmes mais longos, permitindo
a reprodução contínua de um filme ou o
armazenamento de um filme com duas versões.
As unidades de leitura/escrita de DVD Video
permitem a utilização de CD nos formatos CD-DA,
Vídeo CD, CDR e CD-RW. Permitem, também, a
utilização de DVD nos formatos DVD-R e DVD-RW
e nos formatos DVD+R e DVD+RW quando as
unidades o possibilitem.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
b) DVD-ROM
O formato DVD-ROM surgiu para substituir o
formato CD-ROM, tendo mais capacidade de
armazenamento do que este e servindo de
suporte aos formatos DVD Vídeo e DVD Áudio.
Este formato é indicado para guardar diversas
aplicações multimédia e jogos com mais
realismo.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
b) DVD-ROM
As unidades de leitura de DVD-ROM
permitem ler CD com os formatos CD-DA e
CD--ROM e, atualmente, substituem as
unidades de leitura
dos CD-ROM nos computadores. Estas
unidades, quando equipadas com dois lasers,
podem, também, efetuar a leitura dos
formatos CD-R e CD-RW.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
c) DVD hybrid
O formato DVD hybrid permite ter em cada um
dos lados de um DVD um formato diferente
como DVD-ROM de um lado e DVD-RAM do
outro. Estes DVD permitem o seu
funcionamento dos dois lados.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
d) Blu-ray
O formato Blu-ray é assim designado por utilizar
uma tecnologia baseada num laser azul-violeta.
Esta tecnologia utiliza um disco com 12 cm de
diâmetro, tal como os CD e DVD comuns. Mas, por
outro lado, utiliza um laser com um comprimento de
onda menor do que o dos CD e DVD. Desta forma,
aumenta a precisão e permite focar pontos mais
pequenos e mais próximos na superfície do disco,
conduzindo a um aumento na capacidade de
armazenamento dos discos.
Ópticos / CD (Compact Disk)
B.2 - Vídeos e dados
d) Blu-ray
Os CD e os DVD podem ser lidos nas unidades de
leitura e escrita deste tipo de discos. Os discos
neste formato podem ter a capacidade para
armazenar 27 GB ou 54 GB, conforme tenham
uma ou duas camadas de gravação.
Sistema de ficheiros
Conforme o que foi descrito atrás, os discos
ópticos assumem diversos formatos para o
armazenamento de diferentes tipos de
informação digital.
Estes formatos dos CD e dos DVD são descritos
em documentos denominados livros e
constituem normas internacionais.
Sistema de ficheiros
Em relação aos CD, os livros são identificados
pela cor da capa e designam-se por: Yellow
Book, Green Book, Red Book, Orange Book,
White Book e Blue Book.
Sistema de ficheiros
Sistema de ficheiros
Sistema de ficheiros Em relação aos DVD os livros são identificados por uma
letra maiúscula e designam-se por A, B, C, D, E e F. Para
cada formato o livro descreve o processo físico de
gravação, a organização lógica dos ficheiros e outras
especificações.
Sistema de ficheiros
No quadro seguinte é apresentado um resumo
dos vários sistemas que permitem organizar e
disponibilizar ficheiros em CD e DVD.
Sistema de ficheiros
a) ISO 9660
A norma ISO 9660 (CDFS - Compact Disk File
System)
estabelece um conjunto de especificações
relacionadas com a organização lógica dos dados
de um CD e permite a criação de um sistema de
ficheiros hierárquico, capaz de proporcionar a
organização da informação contida num CD em
ficheiros e directórios. O sistema de ficheiros
concebido através das especificações desta norma
visa funcionar da forma mais compatível possível
com todos os sistemas operativos. Desta forma, por
exemplo, um CD com o sistema de ficheiros ISO
9660 pode ser lido em qualquer sistema operativo.
Sistema de ficheiros
a) ISO 9660
Este sistema de ficheiros desenvolveu-se em
três níveis:
nível 1 - permite utilizar no máximo 8 caracteres
para o nome dos ficheiros e diretórios e 3
caracteres para a extensão dos ficheiros. Os
caracteres permitidos são AZ, 0-9 e o carácter
underscore (_). Os ficheiros não podem ser
fragmentados, ou seja, têm de ser gravados
num conjunto contínuo de bytes. A estrutura dos
diretórios apenas se pode desenvolver ao longo de
8 níveis, incluindo o diretório-raiz.
Sistema de ficheiros
a) ISO 9660
nível 2 - permite utilizar no máximo 31
caracteres para o nome dos ficheiros e
directórios. Os ficheiros não podem ser
fragmentados, ou seja, têm de ser gravados
num conjunto contínuo de bytes. Podem ser lidos
pelo DOS, Windows 3.1 e pelas versões do
Windows superiores à 95. Neste nível, a leitura
dos nomes longos apresenta alguns problemas.
nível 3 - não há restrições nos nomes dos
ficheiros e dos diretórios.
Sistema de ficheiros
b) Extensão Joliet
A extensão Joliet foi desenvolvida pela Microsoft
para ultrapassar as limitações da norma ISO 9660
e dar resposta às especificações dos sistemas
operativos mais recentes, mantendo a
compatibilidade com o sistema operativo MSDOS.
Das limitações apresentadas pelos sistemas de
ficheiros ISO 9660, as especificações da
extensão Joliet permitem, entre outras:
a utilização de nomes longos, até 64 caracteres
Unicode, incluindo o espaço;
a expansão da árvore de directórios acima dos 8
níveis.
Sistema de ficheiros
c) Extensão Rock Ridge
A extensão Rock Ridge estabelece um conjunto de
especificações adicionais relativas à norma ISO 9660,
permitindo, desta forma, suportar as especificidades de
sistemas operativos diferentes do MS Windows. Destina-se a
sistemas baseados no sistema operativo Unix/Linux.
Da extensão Rock Ridge destacam-se as seguintes
características: suporte para directórios ou pastas e o nome
dos ficheiros com um máximo de 31 caracteres.
Ao ler um CD no Linux com as extensões Rock Ridge, todas
as informações associadas aos ficheiros, como proprietário,
grupo, permissões e ligações simbólicas, são mostradas, à
semelhança
do que acontece com o sistema de ficheiros do Unix.
Sistema de ficheiros
d) Extensão EI Torito
A extensão El Torito é uma especificação
para a criação de um CD de arranque de um
computador.
Desta forma, evita-se a utilização de uma
disquete ou de um disco rígido se o BIOS do
computador estiver configurado para fazer
arrancar o sistema operativo a partir de um CD.
Ao criar um CD de arranque utilizando a
extensão EI Torito, nos primeiros 1,44 ou 2,88
MB vai ser criada uma imagem de uma disquete
de arranque. Esta imagem é lida pelo BIOS
como se se tratasse, de facto, de uma disquete
de arranque.
Sistema de ficheiros
e) ISO 13346
A ISO 13346 é uma norma internacional criada em
1995, que sofreu várias revisões até à atualidade.
Esta define o volume e a estrutura de ficheiros dos
suportes de armazenamento que utilizam um
funcionamento não sequencial para a
transferência de informação. Esta norma é
equivalente ao standard ECMA-167 (European
Computer Manufactures Association Standard
number 167), 2.a edição.
Sistema de ficheiros
f) UDF
O UDF (Universal Disk Format) é um formato definido pela
OSTA (Optical Storage Technology Association) com base nos
standards ISSO 13346 e ECMA-167 e constitui o sucessor do
formato ISO 9660, apesar de poderem coexistir.
O UDF é um formato utilizado em todos os DVD e nos CD-
R e CDRW.
Tem por base standards abertos, permitindo a troca de
informação entre sistemas operativos e entre suportes de
armazenamento de informação.
Este formato permite a gravação de dados num CD de forma
semelhante à gravação numa unidade de disco rígido ou
numa unidade de disquetes, suportando um grande número
de funções avançadas, como nomes de ficheiros longos,
árvores de diretórios longas, ficheiros pequenos, ficheiros
grandes.
Sistema de ficheiros
g) Mount-rainier
O formato Mount-rainier (Packet Writing
Format) permite, de uma forma fácil e rápida,
gravar, regravar e criar backups de dados para
um CD. Permite a inclusão de dados de um
modo real com drag-and-drop e a formatação
on-the-fly na criação do CD, diminuindo a
duração do processo de formatação de um CD.