UNIVERDIDADE DE SÃO PAULO
Escola de Engenharia de Lorena
FERNANDO ALLAN ABREU SILVA
CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO E INTRAEMPREENDEDORISMO NA
ENGENHARIA
Lorena – SP
2014
FERNANDO ALLAN ABREU SILVA
CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO E INTRAEMPREENDEDORISMO NA
ENGENHARIA
Monografia apresentada à Escola de
Engenharia de Lorena da Universidade
de São Paulo como requisito parcial à
obtenção do grau de Engenharia
Bioquímica
ORIENTADOR: Profª Drª Elisangela de Jesus Candido Moraes
Lorena – SP
2014
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Aos meus pais e meus avós pelo incentivo que me foi dado desde cedo e por
terem tido fé em mim. A Michelle Atanes de Jesus por estar comigo ao longo
desse caminho.
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora Elisangela pelo suporte e pela a paciência ao longo do
desenvolvimento deste projeto.
À minha querida mãe, por não medir esforços para me ajudar. Aos meus
avós pelo apoio e pela compreensão da minha ausência.
Ao André Fenti e a Yasmin Landeiro por se disponibilizarem a falar
abertamente sobre o tema.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a conclusão deste
trabalho.
“É mais fácil obter o que se deseja com
um sorriso do que à ponta da espada”.
(William Shakespeare)
RESUMO
SILVA, F. A. A. Conceitos de Empreendedorismo e Intraempreendedorismo
na Engenharia. 2014. Monografia (Trabalho de conclusão do curso de
Engenharia Bioquímica) - Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São
Paulo, Lorena, 2014.
Empreendedorismo é um fenômeno de caráter social e econômico que vem
sendo estudado e observado desde o inicio do século passado, mas apenas na
década de 80 o tema começou a ser discutido no Brasil. Na literatura não existe
uma definição muito clara a respeito do empreendedorismo e do
intraempreendedorismo. Filon (1999) buscou definir o comportamento
empreendedor sobre diferentes aspectos. Cada vez mais o tema tem sido
discutido na mídia social se tornando popular. Porém, devido à ausência de
estudos relacionados com essa pratica, muitos acabam associando esses termos
com a abertura de um negócio próprio. TEIXEIRA et al (2011) buscou fazer um
levantamento da definição de empreendedorismo segundo vários autores,
tentando definir melhor o tema. O perfil de profissional que o mercado de trabalho
exige é um reflexo dos conceitos de empreendedorismo e intraempreendedorismo
aplicado no cotidiano das empresas. Portanto, para o jovem que esta ingressando
nesse mercado é importante estar capacitado para. O trabalho apresentado
buscou definir e conceituar o empreendedorismo e suas várias facetas, de forma
a mostrar a importância de seu ensino dentro da Engenharia. Seja através de
ligas empreendedoras ou de disciplinas especificas que abordam o tema, a
Escola de Engenharia de Lorena está trazendo esse conceito aos estudantes de
forma a formar profissionais cada vez mais qualificados.
Palavras-chave: Empreendedorismo, Intraempreendedorismo, Engenharia.
ABSTRACT
SILVA, F. A. A. Concepts of entrepreneurship and intrapreneurship in
Engineering. 2014. Monograph (Final Work of the course Biochemical
Engineering) - Engineering School of Lorena, University of São Paulo, Lorena,
2014.
Entrepreneurship is a phenomenon of social and economic character that has
been studied and observed since the beginning of last century, but only in the 80s
started the topic being discussed in Brazil. Literature is not a very clear definition
on entrepreneurship and intrapreneurship. Filon (1999) sought to define the
entrepreneur on different aspects of behavior. Increasingly, the topic has been
discussed in social media becoming popular. However, due to the absence of
studies related to this practice, many end up associating these terms with the
opening of their own business. TEIXEIRA et al (2011) sought to survey the
definition of entrepreneurship according to several authors, trying to better define
the topic. The professional profile of the labor market needs is a reflection of the
concepts of entrepreneurship and intrapreneurship applied to everyday business.
Therefore, for this young man entering this market is important to be able to. The
presented work is aimed at defining and conceptualizing entrepreneurship and its
various facets, in order to show the importance of their education within the
engineering. Whether through entrepreneurial alloys or specific disciplines that
address the issue, the School of Engineering of Lorena is bringing this concept to
students so as to form increasingly qualified professionals.
Keywords: Entrepreneurship, Intrapreneurship, Engineering.
LISTA DE TABELA
Tabela 1- Organizações sociais tradicionais e empreendedoras..........................15
Tabela 2 - Resumo das características de pessoas empreendedoras segundo a
visão de diversos autores......................................................................................16
Tabela 3 – Terminologia do empreendedorismo corporativo que são relacionáveis
ao Empreendedorismo interno...............................................................................24
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Processo empreendedor de abertura de um novo
negócio...................................................................................................................17
Figura 2 – Relação entre o tempo dedicado ao empreendedorismo e a propensão
à criação de um
empreendimento....................................................................................................21
Figura 3 – Empreendedorismo e Desenvolvimento
econômico..............................................................................................................22
Figura 4 – ilustração medieval da aplicação da engenharia..................................24
Figura 5 – esquematização da utilização de intraempreendedorismo em grandes
empresas...............................................................................................................26
Figura 6 - Membros do EmprEEL da Escola de Engenharia de Lorena................31
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................13
2. JUSTIFICATIVA........................................................................................15
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA.....................................................................16
3.1. Empreendedorismo............................................................................16
3.1.1. Visão dos economistas do empreendedorismo........................19
3.1.2. Visão dos comportamentalistas do empreendedorismo...........20
3.1.3. Empreendedorismo acadêmico.................................................20
3.1.4. Empreendedorismo social.........................................................21
3.1.5. Empreendedorismo e Economia...............................................22
3.1.6. Empreendedorismo e Engenharia.............................................23
3.2. Intraempreendedorismo.....................................................................25
3.3. Inovação.............................................................................................27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................29
4.1. Escola de Engenharia de Lorena.......................................................29
4.2. Núcleo de Empreendedorismo de Lorena.........................................30
4.3. Mercado de Trabalho.........................................................................32
5. CONCLUSÃO...........................................................................................34
6. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................35
13
1. INTRODUÇÃO
Segundo Andrade e Torkomain (2001), o mercado contemporâneo define o
comportamento de empresas e profissionais, como por exemplo, a
competitividade baseada na inovação, a ampla competição empresarial e as
mudanças nas relações do trabalho. Portanto, os jovens ingressantes do mercado
trabalho devem se adequar às exigências feita pelas empresas.
Em meio a tantas exigências feitas pelo mercado de trabalho, surge o
conceito de Empreendedorismo e de Intraempreendedorismo, que vem sendo
fortemente difundido no Brasil. Segundo Rodrigues et al (2006)
empreendedorismo pode ser interpretado como um fenômeno social,
comportamental e econômico.
Empreender pode ser entendido como enxergar uma oportunidade e
assumir o risco de botá-la em prática. Sendo muito mais do que “abrir seu próprio
negócio”, empreender é um estilo de vida, um comportamento.
As empresas buscam, portanto, melhorar seu desempenho e atingir suas
metas através de pessoas que vivam a cultura empreendedora. Isso se reflete
nas exigências que o mercado de trabalho exige de profissionais recém-formados:
uma lista de habilidades e competências passaram a ser essenciais para
determinados cargos, além do conhecimento técnico.
Segundo Yonamine (2012) um dos papéis das Escolas de Engenharias é
capacitar os aluno para entrar no mercado de trabalho, e para isso devem ser
oferecidas matérias eletivas como História, Economia, Psicologia, dentre outras,
de forma a ajudar no desenvolvimento das competências transversais
(competências como gestão de equipes, pensamento crítico, liderança, ética,
entre outras). Portanto, além de todo o conhecimento técnico oferecido pela
instituição de ensino, o aluno deve ser capaz de lidar com situações do dia a dia,
como, por exemplo, criar um ambiente de trabalho saudável, resolver de forma
rápida e eficiente problemas que possam surgir sendo eles relacionados ou não
com engenharia, liderar uma equipe de forma eficiente e digna, ajudando a
14
desenvolver os profissionais ao seu redor e levando a equipe a atingir um objetivo
ou meta da melhor maneira possível.
15
2. JUSTIFICATIVA
O mercado exige cada vez mais dos jovens que estão começando a sua
vida profissional. Por isso, é importante para as instituições de ensino de
engenharia se manterem atualizadas com o tipo de habilidades exigidas, podendo
oferecer aos alunos meios para desenvolver essas competências.
O empreendedorismo é um fenômeno social e econômico que vem
crescendo perante a sociedade brasileira. Isso se reflete no mercado de trabalho:
as empresas buscam novas formas de incorporar novas práticas e tecnologias de
forma a se adequar à competitividade do mercado.
O objetivo deste trabalho é revisar os conceitos de intraempreendedorismo
e empreendedorismo de forma a demonstrar sua relevância para a formação do
engenheiro, destacando como a Escola de Engenharia de Lorena tem
incorporado em suas atividades esse conceito, de forma a complementar a
formação dos estudantes.
16
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Empreendedorismo
O empreendedorismo é um termo que vem sendo cada vez mais utilizado
pela mídia e normalmente é associado à abertura de pequenas empresas. Porém
estudiosos classificam empreendedorismo como um fenômeno de caráter social e
econômico, possuindo uma ampla definição e influenciando a vida de
profissionais de diversos segmentos do mercado. Tanto a sociedade quanto as
empresas se beneficiam das atividades desenvolvidas pelos empreendedores,
uma vez que novas tecnologias, novos produtos, novos serviços e processos são
inseridos no cotidiano da comunidade em que estão inseridos.
A Tabela 1 (THALHUBER, 2002, apud OLIVEIRA, 2004) traz uma
comparação entre empresas tradicionais e empresas que possuem um caráter
mais empreendedor.
Tabela 1- Organizações sociais tradicionais e empreendedoras.
Fonte: THALHUBER, 2002, apud OLIVEIRA, 2004
O perfil empreendedor vem sendo adotado por muitas empresas, como,
por exemplo, a Danone em São Paulo e Poços de Caldas. A diferença entre
empresas tradicionais e empresas empreendedoras também pode ser observada
no perfil de profissional que elas buscam: empresas empreendedoras buscam
profissionais com espírito de dono, com capacidade de liderança, “visão fora da
caixa”, criatividade, dentre outros.
17
A Figura 1 (HISRICH et al, 2014) traz um esquema sobre como funciona o
empreendedorismo quando o foco é a abertura de um novo empreendimento,
dentro ou fora de uma empresa já consolidada.
Figura 1 – Processo empreendedor de abertura de um novo negócio
Fonte: HISRICH et al, 2014
A Tabela 2 (TEIXEIRA et al, 2011) mostra as principais características de
pessoas empreendedoras segundo diversos autores.
18
Tabela 2 - Resumo das características de pessoas empreendedoras segundo a visão de diversos autores.
Fonte: TEIXEIRA et al, 2011
Pela a Tabela 2, podemos observar que muitos pontos do perfil
empreendedor vem sendo cobrados dos jovens ingressantes no mercado pelas
empresas, como por exemplo, dinamismo, perseverança, buscar informações por
conta própria, ter iniciativa, entre outros. Todas essas características também se
enquadram nas chamadas competências transversais.
Segundo Dornelas (2008) o empreendedorismo no Brasil começou a se
desenvolver com a criação de duas entidades: SEBRAE (Serviço Brasileiro de
Apoio a pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação
de Softwares). Surgiu nesse período o desenvolvimento de das vertentes do
empreendedorismo: empreendedorismo de oportunidade (que visa à geração de
lucro e está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico) e o
empreendedorismo de necessidade (que ocorre quando o individuo empreende
19
por falta de alternativa e emprego). Para o desenvolvimento econômico de um
país é preciso desenvolver o empreendedorismo de oportunidade. No Brasil,
atualmente o maior tipo de empreendedorismo é o de necessidade que resulta em
altas taxas de criação e mortalidade de pequenos negócios. O Brasil começou
então a desenvolver a educação empreendedora visando o público jovem.
Portanto existe uma relação entre o empreendedorismo e o
desenvolvimento econômico de um país. Com a virada do século, surgiu a
necessidade de buscar na literatura uma definição adequada ao
empreendedorismo para que assim, através de estímulos governamentais e da
educação empreendedora em nível superior, seja possível obter resultados
positivos e significativos para economia.
Para Filon (1999), na literatura existe muita confusão quanto ao conceito de
empreendedorismo, isso porque os pesquisadores usam conceitos de suas
próprias disciplinas para defini-lo: para economistas empreendedorismo está
relacionado com inovação e para os comportamentalistas está relacionado com a
criatividade e a capacidade intuitiva do individuo.
3.1.1. Visão economista do empreendedorismo
A linha de pensamento que associava empreendedorismo á economia vem
desde o século XVII. No início do século passado, Joseph Schumpeter já
destacava papel fundamental que os empreendedores desempenhavam na
economia. Segundo Schumpeter, o empreendedor é o motor da economia e a
principal peça para geração e distribuição de riquezas através de inovações
destroem as estruturas vigentes no mercado, a chamada “criatividade destrutiva”
(RODRIGUES et al, 2006). Essa quebra das normas padrões do mercado é
realizada através da implementação de novas tecnologias ou novas formas de
gestão nos negócios que são desenvolvidos. Empreendedorismo também pode
ser associado à inovação: “A essência do empreededorismo está na percepção e
no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios (...) sempre
tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles
20
sejam deslocados do seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações”
(SCHUMPETER ,1928, apud Filion, 1999).
3.1.2. Visão comportamentalista do Empreendedorismo
A linha de pensamento comportamentalista busca identificar características
que indivíduos empreendedores apresentam. Para McClelland (1971), um
empreendedor seria um individuo que exerce controle sobre uma linha produção
que não seja só para seu consumo pessoal. Além de restringir os indivíduos a
certos setores de atividades econômicas, a definição de McClelland não
conseguiu relacionar a necessidade de realização e a busca pelo
desenvolvimento que está associado á personalidade empreendedora.
Com o desenvolvimento das ferramentas de pesquisas
comportamentalistas, no início dos anos 80 foi possível identificar características
das de empreendedores, como otimismo, liderança, inovação, autoconfiança,
sensibilidade, necessidade de realização, iniciativa, tendência a confiar nas
pessoas, dinheiro como medida de desempenho, dentre outros (FILION, 1999).
Segundo Toulouse e Brenner (1992), o fenômeno do empreendedorismo
tem caráter regional. Na era da eletrônica os grandes empreendedores causarem
impactos mundiais, porém o relacionamento entre a população e o empreendedor
se da a nível regional, refletindo a cultura do individuo.
3.1.3. Empreendedorismo acadêmico
Segundo Garcia et al (2012), empreendedorismo no meio acadêmico é
importante instrumento para o desenvolvimento, tanto econômico quanto
tecnológico, de um país em virtude da facilidade da criação de novas indústrias.
Resultado disso é uma série de planos de apoio à criação de empresas Start-ups
de estudantes universitários, gerando efeitos positivos na competitividade das
cadeias competitivas.
21
A Figura 2 (GARCIA et al 2012), demonstra a relação entre o tempo
dedicado ao empreendedorismo pelos estudantes e sua propensão a abrir um
empreendimento.
Figura 2 - Relação entre o tempo dedicado ao empreendedorismo e a propensão à criação de um
empreendimento.
Fonte: GARCIA et al 2012.
Segundo Garcia et al (2012), empreendedorismo no meio acadêmico é
importante instrumento para o desenvolvimento, tanto econômico quanto
tecnológico, de um país em virtude da facilidade da criação de novas indústrias.
Resultado disso é uma série de planos de apoio à criação de empresas Start-ups
de estudantes universitários, gerando efeitos positivos na competitividade das
cadeias competitivas. Isso também serve para destacar a importância das ligas
empreendedoras dentro das universidades e da realização de eventos como
Start-up Weekend dentro das universidades.
3.1.4. Empreendedorismo social
Oliveira (2004) constatou que o tema empreendedorismo social é algo novo
e pouco estudado, tanto no Brasil quanto em outros países. Também foi
22
observada uma confusão entre termos parecidos, mas com significados distintos
como empreendedorismo privado e responsabilidade social.
Segundo Canadian Center of Social Entrepreneurship (CCSE), o
empreendedor social pode vir de qualquer setor da indústria, com as
características de empresários tradicionais de visão, criatividade e determinação,
com focalização na inovação social. Geralmente empreendedores sociais não têm
fim lucrativo e lutam pela idealização de uma causa. Como exemplo podemos
citar ícones históricos pela luta dos direitos humanos como Matin Luther King e
Gandhi.
É importante estabelecer uma diferença entre o individuo que pratica
empreendedorismo social e uma empresa que também o pratica. Para Yamamoto
(2014), os indivíduos utilizam as práticas empreendedoras para causar um
impacto positivo na sociedade, enquanto as organizações e empresas oferecem
suporte para que os empreendedores sociais consigam realizar suas projeções.
3.1.5. Empreendedorismo e Economia
De acordo com Barros & Pereira (2008) impacto econômico do
empreendedorismo fundamenta-se na teoria econômica de Schumpter e no
crescimento endógeno. No começo do século passado, o empreendedor era
considerado o motor da economia, uma vez que desafiava as empresas
tradicionais e assimilava inovações no mercado através da criatividade destrutiva.
Contudo, nos anos 80 foi observado que somente empresas de grande porte
poderiam investir em pesquisas de inovação e desenvolvimento de produtos
(P&D), levando assim a um processo de acumulação criativa.
A Figura 3 (BARROS & PAREIRA, 2008) apresenta uma esquematização
de como o empreendedorismo poderá afetar a economia de uma região.
23
Figura 3 – Empreendedorismo e Desenvolvimento econômico
Fonte: Barros & Pereira (2008)
A pratica de empreendedorismo esta diretamente relacionada com o PIB
de um país, bem como a taxa de desemprego e assimilação de novas
tecnologias. Essa pratica vem sendo muito praticada entre os jovens ingressantes
no mercado. Como Ramos (2005, apud Santos et al, 2008) analisou, a vida
empreendedora apresenta vantagens que atrai os jovens, como por exemplo,
começar no seu próprio ritmo, flexibilidade de horário, obtenção de lucro,
satisfação oferecida ao cliente e suporte e treinamentos oferecidos.
3.1.6. Empreendedorismo e Engenharia
A Engenharia teve sua origem de maneira empreendedora: da necessidade
de melhorar a qualidade de vida e visa a otimização de processos, elaboração de
24
projetos e criação de novos produtos no mercado. Por isso, é suma importância
que o empreendedorismo seja incentivado na engenharia.
Segundo Rotta e Ribeiro (1998), as empresas estão se tornando cada vez
mais flexíveis, inovadoras e estão buscando perfis de profissionais capazes de
atender a essa nova realidade. A área de Engenharia é cercada de muita
expectativa, uma vez que está diretamente relacionada com planejamento,
desenvolvimento em níveis técnicos, operacionais e estratégicos dos
empreendedimentos. A Engenharia causa um impacto direto no desenvolvimento
social, uma vez que está ligada ao planejamento urbano, ao saneamento básico,
ao planejamento ambiental, ao desenvolvimento de produtos manufaturados,
entre outros. A Figura 4 ilustra a aplicação da engenharia na Idade Medieval.
Figura 4 – ilustração medieval da aplicação da engenharia.
Fonte: http://cidademedieval.blogspot.com.br/2010/10/revolucao-industrial-medieval-os.html
Para Prata (1999, apud PELLOGIA, 2001), a necessidade de fazer, criar e
resolver problemas, com recursos tecnológicos disponíveis ou não, confere ao
engenheiro sua identidade profissional. O engenheiro é único nessa profissão e
acaba moldando o mundo em que vivemos.
Segundo Sacaruda (1999), a Engenharia tem suas origens na Europa
Renascentista. Engenharia deriva da palavra em latim ingenium, que significa
gênio, talento criativo, potencial inventivo, um dom inato próprio aos grandes
artistas e sábios.
Além de toda fundamentação teórica dentro de um curso de Engenharia, os
alunos têm conhecimento de organização industrial, psicologia e direito. Portanto
25
o engenheiro tem uma versatilidade muito grande dentro de qualquer
empreendimento. Essa necessidade da criação de uma educação
empreendedora já vem sendo observada em escolas de engenharia, através de
disciplinas específicas e das ligas empreendedoras.
3.2. Intraempreendedorismo
De acordo com Branco (2011), empreendedorismo empresarial ou
intraempreendedorismo é um conceito novo na literatura e se refere a um
comportamento que os trabalhadores assumem. Guth e Ginsberg (1990)
ressaltam que o intraempreendedorismo está relacionado a dois fenômenos do
processo: o surgimento de novos negócios em organizações já existentes, ou
seja, inovação interna, e a transformação pela renovação das ideias chaves
correndo um certo risco.
Como foi observado por Emmendoerfer et al (2008), o termo
intraempreendedorismo está muito presente na pop-management (literatura
popular de negócios) em reportagens e noticias em revistas eletrônicas, porém
não se encontra muita informação na literatura.
Segundo Champion (1988), intraempreendedores são pessoas criativas e
inovadoras que utilizam suas idéias para o desenvolvimento de corporação, e não
para obter lucro pessoal.
Segundo Pinchot (1985), que é considerado o pai do
intraempreendedorismo, uma pessoa intraempreendedora seria o individuo que
através da sua criatividade realiza a gestão criativa, introduzindo novos produtos,
serviços, tecnologias e metodologias visando atingir o crescimento da
organização. São pessoas sonhadoras, visionários com uma necessidade de agir,
dedicando grande parte do seu tempo e estabelecendo metas pessoais, altos
padrões, superando desafios e erros, e sendo leais ao negócio desenvolvido.
26
Tabela 3 – Terminologia do empreendedorismo corporativo que são relacionáveis ao Empreendedorismo interno
Fonte: Antonci (2001).
A Tabela 3 mostra como os termos relacionado com o empreendedorismo
interno foram evoluindo ao longo dos anos.
Segundo Antonci (2001), a atitude intraempreendedora pode ser definida
como a determinação na busca de solucionar um problema de forma criativa ou
desafiar os antigos modelos de gestão, produção, serviços e situações, sendo um
processo interno da empresa. Portanto, as empresas utilizam o
intraempreendedorismo como uma forma de obter desenvolvimento interno. A
figura 5 (BRANCO, 2011) abaixo exemplifica como o intraempreendedorismo
pode ser usado pelas empresas no desenvolvimento interno.
27
Figura 5 – esquematização da utilização de intraempreendedorismo em grandes empresa.
Fonte: BRANCO, 2011.
3.3. Inovação
Segundo Benedetti et al (2006) é importante ressaltar o crescente interesse na
forma como a inovação pode impulsionar um empreendimento. O processo de
inovação é algo continuo e é motivado pela busca de vantagens competitivas. A
principal fonte de criatividade esta relacionada com a própria personalidade do
empreendedor. De acordo com Frangos (2010, apud BRESSAN, 2013), a
inovação está relacionada com a competitividade entre o velho e o novo,
agregando valor aos negócios da empresa.
O conceito de inovação está associado com criatividade e leva a adoção do
intraempreendedorismo nas empresas (CHIEH & ANDREASSI, 2008). Segundo
Cruz (2008), inovação é um processo dinâmico onde uma idéia nova é
implementada para criar um novo valor para sociedade. Melhorar não é a mesma
coisa que inovar se não houver uma expansão do valor atribuído ao objeto.
28
A inovação, de acordo com Siguaw et al (2006), deve ser resposta a uma
necessidade econômica, onde mudança e ação ganham caráter recíproco: a
oportunidade de uma inovação gera uma ação que resulta na mudança do
produto, serviço ou aplicações comerciais. Para Drucker (2005), a oportunidade é
a fonte de inovação, uma vê que expõe a necessidade de criação para o
empreendedor.
Segundo Bressan (2013), o processo de inovação depende de uma série de
incentivos organizacionais, como por exemplo, a alocação de recursos, criação de
cultura e ambiente facilitador. È importante ressaltar o papel gerente nesse
processo, que através das suas ações diárias pode tanto incentivar como
bloquear o pensamento inovador em seus funcionários.
A inovação é um importante processo para o desenvolvimento do mercado,
uma vez que incentiva a competição e leva ao melhoramento da qualidade de
produtos e processos envolvidos. Atualmente, existem várias ferramentas
gratuitas na Internet que ajudam o individuo a organizar suas idéias e a
desenvolver um processo criativo de inovação.
Bressan & Toledo (2011, apud BRESSAN, 2013) afirmam que oferecer todo
suporte para estimular a criatividade e a inovação dentro de uma empresa não
significa necessariamente sucesso. Isso se dá porque a inovação depende de
fatores como economia do momento, capacidade do individuo de enxergar
oportunidades e assumir riscos, modelo mental utilizado, entre outros.
Vettorato (2008) discutiu a importância dos incentivos à inovação serem
apoiadas pela legislação brasileira, uma vez que a inovação também é base da
interação entre as Universidades e os setores de produção, colaborando para o
desenvolvimento tecnológico do país.
29
4. Resultados e Discussão
A ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA é a mais recente unidade da
USP. Nasceu da transferência dos alunos e cursos da extinta FAENQUIL
(Faculdade de Engenharia Química de Lorena) para USP, em 29 de maio de
2006. Possui atualmente 209 funcionários e 102 docentes.
No ano de 2001, o Governo do Estado de São Paulo solicitou que a
Instituição FAENQUIL se integrasse a uma das Universidades Estaduais
Paulistas. Foi então que a USP, reconhecendo a excelência acadêmica e
científica da FAENQUIL, declarou-se interessada em absorvê-la, vislumbrando a
imediata criação de um campus no Vale do Paraíba.
A Faculdade, que já atuava no ensino superior há 37 anos, graduou mais
de 2300 profissionais que hoje se espalham por grandes indústrias e Instituições
de ensino de todo país.
A EEL possui dois campus na cidade de Lorena que atendem, em média,
1600 alunos por ano. Atua em áreas de pesquisas estratégicas para o
desenvolvimento nacional buscando novos produtos e processos que
impulsionem o progresso científico e tecnológico do país nos campos da:
Biotecnologia Industrial, Ciência e Engenharia de Materiais e Engenharia
Química.
Hoje em dia oferece cursos de Engenharia Química Diurno e Noturno,
Engenharia Bioquímica, Engenharia Ambiental, Engenharia de Material,
Engenharia Física e Engenharia de Produção. Também oferece cursos de pós-
graduação.
A EEL tem um histórico de desenvolvimento de projetos inovadores como
o pró-álcool que causam impacto direto na sociedade e no mercado de trabalho.
Portanto, a EEL esta sempre atenta às novidades de mercado buscando
introduzir na grade curricular, oferecendo já a matéria para seus estudantes.
30
4.1. AIESEC Vale do Paraíba
Segundo o relato de Leandro Noel, em 1999 os alunos do ITA (Instituto
Tecnológico de Aeronáutica) tiveram seu primeiro contato com membros da
AIESEC GV. Foi então que surgiu a idéia de trazer para o ambiente estudantil do
Vale do Paraíba essa organização que desenvolve milhares de estudantes ao
redor do mundo. Em 2011 a AIESEC ITA começou um processo de expansão e
chegou até as cidades de Lorena, Taubaté e Guaratinguetá, passando a se
chamar AIESEC Vale.
No ano de 2012 foi inaugurado o escritório da AIESEC Vale em Lorena
localizado na FATEA. Apesar da maioria dos membros pertencerem a Escola de
Engenharia de Lorena, a AEISEC também atende os alunos da FATEA e da
UNISAL. Oferecendo cursos de línguas ministrados por estrangeiros em todas as
faculdades e programas de intercâmbios sociais e coorporativos.
Devido a seu princípios e valores, a entidade AIESEC é um ambiente muito
propicio para que o aluno desenvolva o chamado empreendedorismo social.
Muitos alunos ao ter contato com a rotina de trabalho, valores e ferramentas
muitos estudantes acabam realizando projetos sem fins lucrativos associados
com as ONGs presentes na cidade.
Como exemplo, podem-se mencionar projetos sócio-educativos realizados
com a SOS-Lorena e com a Provin, onde os estudantes fazem arrecadações e
ministram aulas para crianças carentes.
Além disso, a AIESEC oferece um ambiente onde a criatividade e a
inovação são bem vistas e apoiadas. A organização busca sempre manter seus
membros em contatos com eventos como Start-up Weekend e Feiras de
Empreendedorismo, chegando até mesmo a oferecer seu próprio evento com
temáticas atuais do mercado de trabalho: o Youth 2 Business.
31
4.2. Núcleo de Empreendedorismo de Lorena
No ano de 2013 a estudante de Engenharia Química Ana Letícia, junto com
outros alunos, formaram o Núcleo de Empreendedorismo de Lorena, também
conhecido como EmprEEL. A partir de então a rotina de trabalho consistiu na
elaboração de um Plano de Negócios, freqüentar e conhecer outros núcleos de
empreendedorismo do Brasil e o que ele fazem.
O EmprEEL percebeu que a necessidade que a EEL tinha em trazer
palestrantes de fora, sem toda a burocracia enfrentando por externos para entrar
dentro da Universidade. Em parceria com outras entidades da EEL a EmprEEL
desenvolveram uma série de eventos e atividades voltados para mostrar o
cotidiano de profissionais formados e já atuantes no mercado de trabalho. A
Figura 6 mostra os atuais membros do EmprEEL no evento voltado para imersão
de alunos que acabaram de começar um curso de engenharia em um dia de
trabalho de um engenheiro formado e atuante no mercado.
Figura 6 – Membros do EmprEEL da Escola de Engenharia de Lorena
Fonte: arquivo pessoal.
32
O foco do EmprEEL é desenvolver o espírito empreendedor nos
estudantes, de forma a levá-los a praticar empreendedorismo de oportunidade e
intraempreendedorismo. Segue abaixo o relato do André Fenti Yamamoto, atual
presidente do EmprEEL:
“O Empreendedorismo para mim, se resume em
inovação e execução. Os empreendedores conseguem
enxergar em um problema uma oportunidade e, a partir
disso, eles criam idéias, trabalham em cima delas para
torná-las mais robustas e tomam iniciativa para concretizá-
las. As características pessoais, que são cada vez mais
valorizadas pelas empresas, fazem parte da natureza de um
empreendedor e podem ser desenvolvidas na prática.
Entretanto, não há como medir a liderança de uma pessoa
em uma prova escrita; não há como colocar uma inovação
em prática sem colocar a mão na massa; e as empresas
precisam de pessoas que façam a diferença e que
agreguem valor, garantindo assim a vantagem competitiva
do negócio. O incentivo ao comportamento do
empreendedorismo, portanto, tende a ser uma prática cada
vez mais valorizada dentro da formação acadêmica dos
estudantes e é por meio desse incentivo que profissionais
mais qualificados estarão disponíveis ao mercado de
trabalho”.
4.3. Mercado de Trabalho
Segundo SILVEIRA (2005), a demanda de engenheiros formados no mundo
atende a duas necessidades básicas do mercado: ocupações no sentido estrito
(ou seja, corresponde à formação técnica) e ocupações no sentido estendido (ou
seja, conjuntos de ocupações que os formados em engenharia estão aptos a
assumir).
33
O mercado de trabalho está exigindo um perfil profissional que está além da
grade curricular técnico de um engenheiro, o que inclui o desenvolvimento das
chamadas Competências Transversais: comunicação, liderança, trabalho em
equipe, gerenciamento, visão de negócios e criatividade. Hoje em dia, a tendência
é que cada vez mais os engenheiros assumam funções gerenciais. (YONAMINE,
2012).
34
5. Conclusão
Não existe uma definição clara para os termos empreendedorismo e
intraempreendedorismo, mas sua aplicabilidade dentro do campo da Engenharia
é algo muito claro e concreto. Os jovens estudantes são incentivados cada vez
mais a desenvolver o perfil empreendedor que o mercado de trabalho tanto vem
exigindo.
O empreendedorismo e todo o processo de inovação que ele engloba é uma
forma de incorporar novas tecnologias e técnicas no mercado, estimulando assim
a competitividade entre as empresas.
A Engenharia é uma profissão muito importante na indústria, pois fornece
para o mercado lideres capazes de enxergarem soluções e grandes
oportunidades de negócios. Portanto, é muito importante que durante sua
formação, o estudante de engenharia tenha possibilidade de desenvolver suas
características empreendedoras, como por exemplo, visão fora da caixa, espírito
de liderança, capacidade de assumir riscos, entre outros.
A literatura também aponta o uso do empreendedorismo como uma
ferramenta de desenvolvimento econômico, que deve estar associada à
comunidade acadêmica do país e deve receber incentivo do governo. No Brasil, o
surgimento crescente de empreendedores se deu na década de 80, com o
desenvolvimento de organizações como SEBRAE, que até hoje atuam no
desenvolvimento de jovens estudantes.
A Escola de Engenharia de Lorena sempre seguiu as tendências exigidas pelo
mercado. Atualmente ela já oferece em sua grade curricular matérias
relacionadas com Empreendedorismo. Complementando ainda a formação dos
alunos existem entidades acadêmicas que praticam tanto o empreendedorismo
social quanto o coorporativo. A formação de profissionais com características
empreendedoras traz um beneficio tanto econômico quanto social e deve ser
35
associada com inovação, desenvolvimento econômico, liderança, capacidade de
assumir riscos e lidar com problemas de forma eficiente.
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