UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE
PAULO CÉSAR JUNGER BEZERRA
RIO DE JANEIRO
2009
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A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE
PAULO CÉSAR JUNGER BEZERRA
Monografia apresentada à
Universidade Cândido
Mendes, como requisito
parcial para obtenção de grau
de especialista em Logística
Empresarial.
Orientador: JORGE TADEU
RIO DE JANEIRO
2009
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RESUMO
Para muitos estoques é somente armazenar ou guardar mercadorias ou qualquer outro tipo de objeto que possa ser estocado. O estoque vai muito mais além do que somente armazenar e guardar, é um dos principais fatores de resultado em uma empresa. O acompanhamento de sua evolução e de seus consumos para produção é um processo de controle adequado, são críticos para uma lucratividade e competitividade empresarial, e um de seus critérios básicos é a minimização dos custos de ter ou não ter estoque. Este trabalho tem por principal objetivo, demonstrar que tipo de conhecimento é preciso ter para produção de indicadores, melhoria e aperfeiçoamento das técnicas e finalmente os suportes necessários à gestão de estoques. Dividimos o presente estudo entre capítulos, que são: I - Gestão de estoques; II – Métodos de valorização de estoque e III – Problemas de estoque. A presente monografia será realizada através da revisão de bibliografia, ou seja, utilizaremos como metodologia o estudo de diferentes escritos sobre a temática de estudo, estando entre os aportes utilizados, livros, artigos de periódicos, textos de sites e a bibliografia pertinente ao tema.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I; A GESTÃO DE ESTOQUES 06
1.1 Definições 10
1.2 Tipos de Estoques 10
1.3 Objetivos da Gestão de Estoques 11
1.4 - Níveis de Estoques 12
1.4.1 Estoque Mínimo 14
1.4.2 Lote Econômico de Suprimento 14
1.4.3 Estoque Máximo 15
1.5 Giro de Estoque 15
1.6 - Custo de Estocagem 16
1.7 – Características 17
1.8 – Inventário 17
1.8.1 - Inventário de Estoque 18
1.9 - Medição de Contagem 18
1.10 - Método ABC de Inventário de Estoque 20
1.11 - Inventário Permanente 20
1.12 - Inventário Periódico 21
1.13 - Preparação do Inventário Físico 21
1.14 - O Corte para o Inventário Físico 21
1.15 - Arrumação Física 22
1.16 - Registro do Preço 22
1.17 - Arrumação do CMV 22
1.18 - Exemplo de Formulário para Levantamento de Inventário 22
CAPÍTULO II: MÉTODOS DE VALORAÇÃO DO ESTOQUE 23
2.1 Método de Avaliação de Estoques 24
2.2 PEPS OU FIFO 24
2.3 - UEPS ou LIFO 24
2.4 Custo Médio 25
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2.5 - Determinação do estoque de proteção 25
2.5.1 - Estoque de Proteção (EP) 25
2.5.2 - Ruptura de Estoque 25
2.5.3 - Pedido de Suprimento 24
2.6 - Previsão de estoques 26
2.7 - Tipos de Estoques 26
2.8 - Estoque de Trânsito 28
2.9 - Estoque de Reservas 28
2.10 – Previsão 29
2.11 - Metodologia da Previsão 29
2.12 - Demanda Média 29
2.13 – Incerteza 30
2.14Estoques de Segurança 31
CAPÍTULO III: PROBLEMAS DE ESTOQUE 32
3.1 - Custo de Falta no Estoque ou de Penalidade 33
3.2 - Custos Devidos a Modificação na Taxa de Produção 34
3.3 – Procura 35
3.4 - Tempo de Espera (Lead Time) 36
3.5 - Custos de Produção ou de Compras Variáveis 37
3.6 - Perturbações do Planejamento e Controle da Produção 37
3.7 - O papel do controller no estoque 38
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 42
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INTRODUÇÃO
A Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do
fluxo e armazenagem de matérias prima, inventário em processo, produtos
acabados e informações correlatas do ponto de origem ao ponto de consumo
em conformidade com os requisitos do cliente. O investimento na logística é
uma estratégia na qual as empresas do Brasil vêm apostando nos últimos
anos, pois ela se configura como um setor estratégico da produção de bens e
serviços.
Logo, é possível perceber que a Logística deve ser utilizada no mercado
como ferramenta para diferenciação competitiva, e este diferencial é realmente
a busca pela redução de custos, fazendo com que o produto chegue mais
barato que o do concorrente.
Hoje a Logística é tratada como estratégia para sobrevivência das
empresas no mercado em que atuam principalmente se são do setor de
distribuição de produtos ou materiais, ficando clara a necessidade de
determinadas empresas buscarem a excelência logística em suas operações.
Podemos verificar que o mercado está cada vez mais dinâmico, e que o
empresário deve ficar atendo às mudanças, quebrando paradigmas,
redesenhando seus processos, desenvolvendo projetos de reestruturação
física, treinando suas equipes, informatizando-se, e, por último desenvolvendo
a sua logística.
Nesta perspectiva, é que se encontra a presente monografia, já que
intentamos refletir sobre os procedimentos logísticos que incidem diretamente
sobre o gerenciamento de estoque.
Portanto, o estudo em tela, se justifica na medida em que, estudos que
versem sobre o tema, são necessários e fundamentais para o alargamento da
reflexão em torno dos procedimentos logísticos que afetam as dificuldades
encontradas no gerenciamento dos estoques.
Os estoques são criados, para a independência das etapas produtivas,
permitindo que qualquer problema em uma das etapas não seja transferido
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para as demais. Outra função é a de permitir uma produção constante,
garantindo a estocagem do produto principalmente em períodos sazonais.
Os estoques representam um enorme investimento financeiro, deste
modo, constituem um ativo circulante muito necessário para que a empresa
possa produzir e vender com menor risco possível. A administração dos
estoques apresenta alguns aspectos financeiros que exigem um bom
relacionamento com o financeiro, pois esse visa o lucro, enquanto os estoques
estão voltados para a facilitação do fluxo físico de materiais e o abastecimento
à produção.
Desta forma, é possível perceber que as empresas devem estabelecer e
implementar políticas de estoques com base em considerações de natureza
estratégica e isto requer o desenvolvimento de todo um processo gerencial. O
gerenciamento de estoques é o processo integrado pelo qual são obedecidas
as políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques.
Na atualidade as informações de estoques encontradas nos livros de
contabilidade, controladoria e auditoria tratam de forma genérica o assunto.
Porém, torna-se necessário que o controller tenha conhecimento mais
detalhado de um tema tão importante e complexo. As empresas têm um grande
cuidado e estão sempre buscando as melhores aplicações para seus recursos
financeiros disponíveis em seu caixa e banco.
No entanto, pode haver perda destes mesmos recursos através da conta
estoque quando, por exemplo, uma mercadoria adquirida de forma indevida ou
desnecessária, torna-se obsoleta e ao longo do tempo, alem de ser um capital
não remunerado, será provavelmente vendida ou sucateada por um valor
inferior ao iniciante adquirido. Outro exemplo seria estocagem em excesso.
Empresas que possuem altos níveis de estoque podem comprometer seus
índices de liquidez.
Este trabalho tem por principal objetivo, demonstrar que tipo de
conhecimento é preciso ter para produção de indicadores, melhoria e
aperfeiçoamento das técnicas e finalmente os suportes necessários à gestão
de estoques. Para muitos estoques é somente armazenar ou guardar
mercadorias ou qualquer outro tipo de objeto que possa ser estocado. O
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estoque vai muito mais além do que somente armazenar e guardar, é um dos
principais fatores de resultado em uma empresa. O acompanhamento de sua
evolução e de seus consumos para produção é um processo de controle
adequado, são críticos para uma lucratividade e competitividade empresarial, e
um de seus critérios básicos é a minimização dos custos de ter ou não ter
estoque.
Dividimos o presente estudo em capítulos, respectivamente: I - Gestão
de estoques; II – Métodos de valorização de estoque e III – Problemas de
estoque.
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METODOLOGIA
A presente monografia será realizada através da revisão de bibliografia,
ou seja, utilizaremos como metodologia o estudo de diferentes escritos sobre a
temática de estudo, estando entre os aportes utilizados, livros, artigos de
periódicos, textos de sites e a bibliografia pertinente ao tema.
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CAPÍTULO I: A GESTÃO DE ESTOQUES
1.4 -Definições
Sob o ponto de vista da gestão da produção, a finalidade precípua de
estoque é alimentar o fluxo de produção/vendas, de forma continua e uniforme,
evitando as interrupções. Por outro lado, se a gestão financeira da empresa
informa que a firma não dispõe de capital suficiente para manter aqueles níveis
de estoques determinados pela gestão da produção, esta terá que se adaptar
aos recursos financeiros disponíveis, portanto, risco maior de perturbações no
fluxo produção-venda.
Pode também acontecer, contrariamente, que a empresa disponha de
capital suficiente e deseje investi-lo em estoque, seja para uso próprio, seja
para revenda. Neste ultimo caso, trata-se então de outra atividade da empresa,
de caráter comercial, ou seja, a compra e a revenda de determinado material,
que pode ser uma das matérias-primas da empresa ou um dos produtos semi-
acabados, utilizado também por outras empresas.
Em ambos os casos, contudo, tanto no caso de estoque insuficiente por
insuficiência de capital, como no caso de estoque superabundante, para
investimento ou atividade comercial, deve distinguir a gestão de estoque para a
produção, acima enunciada, da gestão de estoque devido à insuficiência ou a
abundância de recursos financeiros. O único ponto de vista aqui adotado é o da
gestão para a produção.
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1.5 -Tipos de Estoques
Os estoques que interessam a gestão da produção são os de matérias-
primas, produtos em fabricação, produtos acabados e materiais indiretos.
Matérias-primas ou materiais diretos (assim chamados por oposição aos
indiretos) são aqueles cujo processamento leva ao produto acabado e,
portanto, estão diretamente incorporados neste. Seu consumo é proporcional
ao volume da produção.
Produtos em fabricação (os semi-acabados, ou ainda produtos em
curso) são materiais que estão em estágio intermediário de elaboração.
Encontra-se, pois, em diferentes fases do processo de transformação da
matéria-prima no produto acabado. Produtos acabados, como o próprio nome
revela indica a fase final do processo de transformação da matéria-prima. Sua
venda ao consumidor representa o objeto do negocio da empresa.
Os materiais indiretos não figuram no produto acabado, mas concorrem
indiretamente no processo de produção industrial. Seu consumo, de um modo
geral, não é proporcional ao volume de produção. Uma analise dos materiais
indiretos poderia classificá-los, simplesmente, em dois grupos: os indiretos de
consumo fixo, isto é independentes do volume da produção, e os diretos
variáveis, que variam mais ou menos proporcionalmente ao volume da
produção. Na prática, eles seriam realmente classificados dentro de uma gama
de variabilidade, indo desde os realmente fixos até os que variam em ritmo
mais do que proporcional, passado pelos semi-fixos ou semi-variáveis.
O processo de produção industrial pode ser interpretado, sob o ponto de
vista da gestão de estoques, como um fluxo de materiais entre quatro
reservatórios, que são os quatro tipos de estoques acima mencionados, a
saber, matéria-prima, produto em fabricação, produto acabado e materiais
indiretos.
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1.6 Objetivos da Gestão de Estoques
Por gestão de estoques entendemos o planejamento do estoque, o seu
controle e a sua retroação sobre o planejamento. O planejamento consiste na
determinação a priori dos valores que o estoque terá com o correr do tempo,
bem como a determinação das datas de entrada e saída dos materiais do
estoque e a determinação dos pontos de pedido do material.
O controle consiste no registro dos dados reais, correspondentes aos
planejamentos, abaixo mencionados, estes poderão naturalmente diferir
daqueles, e tanto mais quanto maior for o período abrangido entre o
planejamento e o controle.
Fornecedor para recompor o estoque de materiais indiretos, estoque de
matéria-prima, estoque de produtos em fabricação, estoque de produtos
acabados para chegar ao cliente.
A retroação consiste na comparação dos dados de controle com os
dados do planejamento, a fim de constatar os desvios deste, determinar as
causas do desvio e, quando for o caso, corrigir o plano de modo a torná-lo mais
realista fazendo com que o planejamento e o controle sejam cada vez mais
coincidentes.
A própria definição de gestão de estoque mostra os seus objetivos, que
são, pois, essencialmente, planejar, controlar e re-planejar o estoque, isto é, as
quantidades de materiais que entram e sai às épocas em que ocorrem estas
entradas e saídas, o tempo que decorre entre estas épocas e os pontos de
pedido dos materiais. As relações entre as quantidades que entram e saem, e
a época em que isto ocorre, fornecem também os ritmos dos suprimentos
(entradas) e dos consumos (saídas) dos materiais.
Estes objetivos da gestão de estoque podem ser praticamente atingidos
através do exercício das seguintes funções principais:
• Fazer o cálculo do estoque mínimo;
• Fazer o cálculo do lote de suprimento;
• Fazer o cálculo do estoque máximo;
• Emitir a ficha de estoque completa;
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• Manter atualizada a ficha de estoque;
• Re-planejar os dados quando surjam razões para modificações;
• Emitir solicitações de compra para os materiais cuja compra tenha-lhe
sido delegada pelo planejamento e controle da produção, ao qual esta
função pertence. Seria o caso, por exemplo, dos materiais comprados
automaticamente a partir das indicações da ficha de estoque;
• Fornecer aos demais órgãos da empresa, os dados que lhe são
solicitados, mediante autorização do planejamento e controle da
produção, ao qual deve ser, normalmente subordinado;
• Receber o material que entra juntamente com a nota de entrega;
• Identificar o material com o código interno da empresa;
• Guardar o material;
• Lançar a entrada do material na ficha de estoque;
• Conservar o material nas condições mais seguras;
• Entregar a matéria mediante a requisição;
• Lançar a saída do material na ficha do estoque;
• Reservar o material mediante as notas de empenho;
• Guardar a documentação de entrada e saída;
• Organizar o almoxarifado e manter sua organização.
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1.4 - Níveis de Estoques
A determinação dos níveis de estoque, na fase do planejamento,
consiste basicamente na fixação do estoque mínimo, do lote de suprimento e
do estoque máximo.
1.4.1 Estoque Mínimo
Estoque mínimo visa a manter ininterrupto o fluxo do consumo quando
ocorrer situações anormais de suprimentos a/ou de consumo. As situações
anormais que consideremos especificamente, neste caso consistem no atraso
do prazo de entrega do fornecedor e no aumento do ritmo de consumo.
Ao se trabalhar com os valores máximos, o risco de se ficar sem estoque
é, praticamente nulo. Mas o estoque mínimo será, neste caso, um “mínimo-
máximo” que exigirá maior investimento de capital em estoque. Se o custo da
falta de estoque é mais importante do que o custo de investir demais no
estoque, este poderá, então, ter o valor “mínimo-máximo”. Ao trabalhar com os
valores mínimos para cada uma das grandezas, ter-se-á realmente um estoque
“mínimo-máximo”. O risco de se ficar sem estoque é o maior possível, mas, em
compensação, o investimento no estoque é o menor possível, dentro dos
pressupostos adotados.
Considerando-se, todavia, que a maioria das empresas brasileiras não
trabalha com estoques mínimos, e que a minoria que adota estoques mínimos
costuma calculá-los em bases empíricas.
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1.4.2 Lote Econômico de Suprimento
Por suprimento entendemos o abastecimento do estoque, seja pela
compra, seja pela fabricação. Trataremos agora de lote econômico de compra.
O lote econômico de compras é aquele que torna mínimo os custos de
se obter e de se manter o estoque. Os custos para manter o estoque são todos
aqueles em que a empresa incorre pelo fato de ter materiais armazenados, o
principal dele é o custo do juro de remuneração de capital investido no estoque.
Há muitos outros como os seguros, por exemplo, mas em muitos casos eles
são pequenos quando comparados ao custo do juro acima mencionado.
1.4.3 Estoque Máximo
Estoque máximo é igual à soma o estoque e do lote do suprimento. Isto
é verdade na maioria dos casos de gestão de estoque. Não é, porém, no caso
em que há simultaneidade de suprimento e de consumo. Podemos então
escrever: Estoque Maximo = estoque mínimo + lote de suprimento O lote de
suprimento poderá ser econômico ou não.
Em condições normais de equilíbrio entre o suprimento e o consumo, o
estoque oscilará entre os valores Maximo e mínimo. Lembramos que estes
níveis de estoque são validos sob o ponto de vista da gestão da produção, e na
sua determinação não entram considerações de ordem financeira nem
mercadológica, como inflação, especulação ou investimento.
Como o estoque Maximo é uma função do lote de suprimento e do
estoque mínimo, ele evidentemente, variará todas as vezes que uma ou as
duas parcelas acima variarem.
Estoque máximo sofre limitações também de ordem física, como espaço
para armazenamento, por exemplo, as quais deverão também ser levada em
consideração na sua determinação. Pode ocorrer ainda que a empresa não
possa investir naquele nível de estoque, por não dispor dos recursos
financeiros necessários. Restam-lhe então duas alternativas.
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a) Diminuir o tamanho do lote de suprimento, comprado mais vezes por
ano. Neste caso, se o lote tinha um tamanho econômico, deixará de tê-lo e os
custos para obter e para manter não mais serão mínimos. Isto é o que pode se
chamar de um custo de falta de capital, assim como um juro é custo para ter
capital.
b) Diminuir o tamanho do estoque mínimo, o que terá um risco maior de
o estoque chegar a zero. Neste caso, o custo de falta de capital será, em ultima
analise, um custo de falta do estoque.
Finalmente, é possível ainda diminuir tanto o tamanho do lote como o de
estoque mínimo, quando a falta de capital torna-se maior. É sempre provável,
porém, diminuir o tamanho do lote a diminuir o estoque mínimo, a fim de evitar
a paralisação da produção por falta de estoque.
1.5 Giro de Estoque
O giro de estoque ou ralação de estoque é a relação que existe entre o
consumo e o estoque médio. E consumo é expresso em unidades por unidade
de tempo, (dia, mês ou ano). O estoque médio deve ser expresso em inverso
de unidade de tempo, ou em “vezes”, como se diz na pratica, isto é, “vezes” por
dia, ou por mês ou por ano etc. Diz-se que o giro do estoque é de tantas vezes
ao ano, por exemplo.
Para ilustrar, suponhamos que o consumo seja de 1.000 unidades por
mês e que o estoque médio mensal seja de 100 unidades. Diz-se então que o
giro do estoque é de 10 vezes ao mês, ou ainda, que o estoque “girou” 10
vezes ao mês.
Pode-se também obter giro através de valores monetários de custo ou
de venda. Giro = Vendas / Estoque médio ao preço de venda. Giro = Valor de
custo das vendas / Estoque médio ao valor de custo
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1.6 - Custo de Estocagem
Entende-se como custo de estocagem todos os custos em que incorre o
material estocado, sejam os de natureza física, como o custo do espaço, do
pessoal, dos materiais indiretos nos serviços de armazenamento (por exemplo:
lubrificantes, anti-corrosivos, em combustíveis etc), sejam os de natureza
econômica, como seguros, juros de remuneração do capital investido no
material estocado etc. Os custos de estocagem são tratados como custos de
fabricação e por isto são apropriados à produção através de coeficientes
obtidos dos mapas de rateio primário e secundário. São importantes e
consideráveis, cuja redução se impõe, através do uso de todas as técnicas
conhecidas de racionalização dos almoxarifados, incluindo mecanização em
níveis crescentes quando for o caso, a minimização do custo de estocagem é
sempre um objetivo a ser alcançado.
1.7 – Características
Os estoques assumem diferentes significados conforme o tipo de
empresa onde ele seja considerado, mas sempre traz a conotação de algo à
disposição, seja de vendas (como as mercadorias nas empresas comerciais ou
os produtos acabados nas empresas industriais), seja de transformação (como
as matérias-primas ou materiais em processo), seja de consumo (o estoque de
material de consumo pode acontecer tanto em empresas comercial, industrial,
como na de serviço).
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1.8 – Inventário
Inventário no sentido contábil amplo da palavra é o processo de
verificação de existências na empresa. As existências podem ser: Mercadorias,
Materiais, Produtos (estes são os mais comuns de serem inventários) ou outros
bens como imobilizado, e até mesmo contas a receber ou a pagar bem como
outros que se julguem necessários ou convenientes. Inventário, no sentido
restrito, refere-se ao processo de verificação das existências dos estoques;
portanto, faz parte do controle de estoque. Dessa forma, a verificação, a
contagem física do bem, in loco, caracteriza o inventário.
1.8.1 - Inventário de Estoque
O inventário de estoque consiste no levantamento das quantidades dos
itens existentes no estoque em determinada época. O inventário pode ser
contábil ou físico. O inventário contábil é aquele feito por meio de contas, na
ficha de estoque, somando-se as entradas e subtraindo-se as saídas.
O inventário contábil pode ser periódico ou permanente. Este último
consiste em registrar todas as entradas e todas as saídas de estoque, através
dos lançamentos na ficha de estoque, e em calcular o saldo existente em
estoque imediatamente após cada entrada e cada saída.
O inventário contábil periódico consiste em registrar apenas as entradas.
Periodicamente, determina-se o saldo e então, por diferença, conhecem-se as
saídas. A determinação periódica do saldo é feita através do inventário físico
do estoque.
O inventário físico do estoque consiste na determinação das
quantidades estocadas, através da medição e da contagem, em determinada
época. Esta época, em geral, é o fim do ano, mas pode também se estender
durante todo ano, conforme se explicará mais adiante. O inventário físico é
elemento de controle de utilidade básica para a gestão da produção e para a
gestão financeira. Esta utilidade básica é justamente a de informar, com a
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maior precisão possível, a quantidade de material realmente estocado. Para o
financeiro o inventário serve de base para avaliação dos estoques cuja os
resultados serão levados a balanço para avaliação de lucro ou perdas. Para a
produção o inventário as disponibilidades para a produção e serve de base à
determinação das quantidades a produzir, tendo em vista as vendas
planejadas.
Inventario físico rotativo consiste na determinação de uma ordem de
prioridade entre os itens a serem inventariados e a determinação das épocas
respectivas de inventario. Esta organização tem a vantagem de reduzir ao
mínimo o tempo em que a fábrica deve parar por causa do inventário físico,
sendo mesmo possível que não precise parar totalmente. A desvantagem de
inventário é no fim do ano por que apenas os itens que foram contabilizados
naqueles dias é que terão maior probabilidade de terem seus saldos corretos,
em quanto os outros itens inventariados rotativamente em outras épocas já
serão, no fim do ano, saldos contábeis tirados das fichas de estoque.
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1.9 - Medição de Contagem
A determinação do número de unidades de certo item de estoque é feita
naturalmente pela simples contagem. Mas se o número de itens estocados for
muito grande, é mais vantajoso pesá-lo e dividir o peso total pelo peso de um
item, obtendo-se assim meio que indiretamente o número de itens.
A pesagem é uma forma de medição. A medição consiste
essencialmente na comparação do item que se deseja medir com um objeto de
medida conhecido, em geral é mais rápido medir do que contar, pois a
contagem só é eficaz quando é rápida. Em quanto os métodos de medição são
métodos aproximados, por tanto os de contagem poderiam ser exatos, se não
fossem os erros humanos causados pela fadiga ou displicência. A eficácia da
contagem pode ser aumentada por meio de dispositivos mecânicos,
eletromecânicos e eletrônicos. Mesmo nestes casos podem ocorrer falhas
causadas por defeito de aparelhagem. O inventário físico será mais rápido
quanto mais o forem os métodos de contagem e medição.
1.10 - Método ABC de Inventário de Estoque
Consiste este método em determinar prioridade para inventariar itens de
estoque pelo estabelecimento de três classes de itens, designados
respectivamente pelas letras A, B e C. Os itens da classe A são os de maior ou
menor quantidade e menor custo unitário. Os itens da classe B são os
intermediários das classes A e C. A vantagem do método ABC está em que
uma propriedade para o inventário físico, a qual tem um caráter racional de
cunho nitidamente econômico. Os itens de estoques serão inventariados na
ordem A B e C. Não havendo tempo suficiente para inventariar todos os itens
do estoque em determinada época, fim do ano, por exemplo, ter-se-á, por este
método, no tempo disponível, inventariado a maior parte do estoque, em valor.
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1.11 - Inventário Permanente
Desde que o controle de estoque forneça permanentemente o valor dos
estoques com certeza da existência das quantidades correspondentes, diz-se
que o regime de controle de estoque é permanente; e o inventario é
permanentemente conhecido através do controle. Dessa forma, em qualquer
momento eu conheço o meu estoque.
1.12 - Inventário Periódico
É o inventário levantado no fim de cada período contábil, geralmente
adotado quando o permanente é inviável. Por isso, é comum observar em
empresas comerciais uma placa ou faixa, colocada na fachada da loja, em fim
de ano: “fechada para inventário”.
1.13 - Preparação do Inventário Físico
Para realização do inventário físico é costume usual uma preparação
prévia do corte de compras e de vendas. A proibição de qualquer entrada e
saída de mercadoria, a escolha de uma data com tempo necessário para
efetivar a contagem sem o atendimento de clientes (nem de qualquer outro
elemento estranho ao inventário) são requisitos indispensáveis. A data
escolhida geralmente deve recair em domingos, se possível, senão em período
noturno (o que não é muito recomendável). A data deve coincidir com o último
dia do período contábil.
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1.14 - O Corte para o Inventário Físico
O corte de compras e vendas consiste na escolha criteriosa de qual é a
última nota fiscal de compras e qual é a última nota fiscal de venda a ser
considerada nos registros fiscais e contábeis, cuidando-se para que a
mercadoria correspondente à compra seja considerada e as correspondentes
às vezes sejam retiradas antes do inicio da contagem.
1.15 - Arrumação Física
Além do corte, efetua-se uma minuciosa arrumação física corrigindo-se
erros comuns na movimentação de mercadorias, como, por exemplo, o mesmo
tipo de mercadoria em mais de um lugar por falta de espaço adequado e
outros.
1.16 - Registro do Preço
Após a contagem deve ser registrado o preço para cada item, de acordo
com um dos critérios de atribuição de preços de modo consistente. Os critérios
de atribuição de preços serão analisados em seguida em tópicos especiais.
1.17 - Arrumação do CMV
Finalmente, os preço serão multiplicados pelas quantidades e obtidos os
valores de cada item. Estes deverão ser somados para efetuar a contabilização
do valor total do inventário e para obter na contabilidade o CMV do período.
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1.18 - Exemplo de Formulário para Levantamento de Inventário Físico
É comum e usual elaborar também um formulário para registrar os
resultados da contagem do inventário e de sua valorização. Existem muitos
modelos que variam de empresa para empresa. Em algumas multinacionais de
origem alemã se utilizam um formulário individual por item em várias vias,
denominado. “TAG”, às vezes emitido previamente por computador, cabendo
ao inventariante apenas a conferencia e a indicação de eventuais diferenças ou
omissões. Em outras, de origem americana, muda a denominação para “SLIP”
e os procedimentos também assumem peculiaridades próprias, se bem que o
objetivo é o mesmo, ou seja: exatidão no levantamento do inventário e eficácia
para que não haja desperdício de horas de operação da empresa.
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CAPÍTULO II: MÉTODOS DE VALORAÇÃO DO ESTOQUE
2.1 -Método de Avaliação de Estoques
A legislação brasileira sobre avaliação de estoque dispõe que os
estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou de mercado, o que for o
mais baixo. Em uma economia inflacionária os valores de mercado serão
normalmente maiores que os valores de custo de aquisição, do que resultaria
serem os estoques normalmente avaliados pelo valor de custo. A legislação
brasileira é omissa quanto ao método pelo qual se avaliará o valor de custo, o
que nos faria entender que qualquer método de avaliação pelo custo que não
resultasse em um aumento do valor de estoque poderia ser usado.
Há pelo menos três métodos conhecidos de avaliação pelo custo que
não implicam em aumento do valor do estoque: Os métodos do (UEPS, PEPS
e o CUSTO MÉDIO), o custo médio ponderado é o mais conhecido no Brasil e,
na maioria dos casos, o único realmente conhecido. O UEPS, por ser o mais
conveniente em uma economia inflacionária, está cada vez mais adotado, em
detrimento do método do custo médio ponderado. O PEPS, por ser o mais
conveniente em uma economia deflacionária era muito utilizado nos Estados
Unidos nas épocas de deflação. Hoje em dia, quando é utilizado, é por mera
tradição.
2.2 PEPS ou FIFO
Sigla tirada da expressão Primeiro que Entra, Primeiro que Sai traduzida
do inglês “First In, First Out”. Refere-se ao critério de considerar o CMV como
sendo o correspondente ao custo de compra da mercadoria mais antiga
remanescente no estoque.
Em outras palavras, vamos dando baixa nas primeiras compras à
medida que as mercadorias vão sendo vendidas. O raciocínio é que vendemos
primeiro as mercadorias mais antigas.
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2.3 - UEPS ou LIFO
Sigla tirada da expressão Último que Entra, Primeiro que Sai, traduzida
do inglês “Last In, Frist Out”. Refere-se ao critério de considerar o CMV como
sendo o correspondente ao custo de compra da mercadoria mais recente
remanescente no estoque. Este critério se aproxima do custo de reposição, e
atende ao principio do “Conservadorismo”, mas é considerado ilegal na
legislação brasileira.
2.4 Custo Médio
É o critério de considerar como CMV a média ponderada das diversas
compras do mesmo item.
2.5 - Determinação do estoque de proteção
2.5.1 - Estoque de Proteção (EP)
Ou chamado, ainda estoque de segurança, é a quantidade mínima que
deverá existir imobilizada em estoque, a fim de atender às eventuais flutuações
desfavoráveis na demanda e no prazo de entrega.
2.5.2 - Ruptura de Estoque
É a ultrapassagem da demanda em relação ao nível zero de estoque. Essa
ocorrência se realiza quando uma requisição de material é apresentada ao
estoque e esse já encontra em zero.
26
2.5.3 - Pedido de Suprimento
É o prazo, geralmente em meses, que decorre entre dois ciclos
sucessivos. O período de suprimento para um artigo comprado em 12 ciclos
por ano será, obviamente, um mês.
2.6 - Previsão de estoques
De certo modo, os estoques tornam possível um sistema racional de
produção. Sem eles, não poderíamos realizar um fluxo regular de produção
obter uma utilização razoável das máquinas e custos admissíveis de
manuseamento de materiais, ou oferecer um serviço aceitável aos fregueses
para centenas de artigos considerados como itens de “estoques”.
Em cada fase, tanto de produção quanto de distribuição, os estoques
desempenham a função vital de desacompanhamento das várias operações da
seqüência, que começa com as matérias-primas, estende-se ao longo de todas
as operações de fabricação até o armazenamento de mercadorias acabadas, e
continuam daí para os armazéns de distribuição e casas de vendas a varejo.
Para cada atividade desta seqüência, os estoques tomam as operações
necessárias suficientemente independentes umas das outras, de modo que
possam ser realizadas a baixo custo.
Assim, quando se encomendam matérias-primas, pede-se um
suprimento bastante grande para justificar o gasto adicional de expedir o
pedido e de transportar o material para a fábrica. Quando se expedem as
ordens de produção de peças e produtos, também procuramos fazê-las
suficientemente vultosas para justificar o custo de expedição das ordens e de
preparo das máquinas para executar as operações necessárias.
De outro modo, os custos de expedição das ordens e o preparo das
máquinas podem facilmente torna-se proibitivos. Processar as peças em lotes
através do sistema também tende a reduzir os custos de manuseio, por que as
peças podem ser manuseadas em grupos. Da mesma maneira, ao distribuir os
produtos acabados entre os armazéns e outros pontos de estocagem, os
27
custos de manuseio e transporte por unidade baixam, se puderem ser
expedidos em quantidade. Os estoques não são apenas desejáveis, eles são
vitais para uma produção a baixo custo.
Essas vantagens parcialmente anuladas, quando consideramos a
produção feita segundo especificação do freguês. Como o tamanho do lote é
estabelecido pelo o pedido do freguês e essa encomenda pode nunca vir a ser
repetida, não nos podemos arriscar a fabricar quantidades extras.
Dessa forma, os custos de expedição das ordens, manuseio de material
e preparo das máquinas são exatamente tão elevados para um lote feito por
encomenda quanto para um lote de tamanho. De modo semelhante, quando se
despacha à encomenda para o freguês, não nos podemos valer dos preços
estabelecidos para o frete de todo um caminhão ou de todo um vagão. Se o
freguês fizesse o pedido de uma única peça, todas essas despesas teriam de
ser incluída no preço da mesma. É fácil verificar que encomendas especiais de
vulto pequeno são extraordinariamente dispendiosas.
Infelizmente, a questão de estoque não é unidimensional, o que torna o
estoque precisamente um problema na operação de um sistema de produção.
Se não houvesse um nível ótimo para tomar como objetivo, não haveria
qualquer problema. Qualquer pessoa poderia seguir a regra simples: “tenha
estoques tão grandes quanto for possível”. Os estoques exigem a imobilização
de capital e, por isso, existe um custo de oportunidade associado com seu
valor. Não somente isto, mas eles exigem espaço valioso e absorvem
despesas com seguros e taxas. Não é raro que uma empresa manufatureira
tenha 25 por cento do total do capital investido imobilizado sob a forma de
estoque.
Assim, temos um conjunto de custos que são fixados pelo vulto da
ordem de aquisição ou de produção e outro conjunto de custos que crescem
com o nível de estocagem. O primeiro conjunto de custos exerce pressão no
sentido de guardar lotes de compra e produção a fim de manter custos
unitários de ordem de encomenda a um nível razoável. Estamos tratando de
outro problema, requerendo uma boa administração encontre diretrizes e
28
regras de decisão, que tenham o efeito de equilibrar os vários custos
antagônicos dentro de um sistema em consideração.
2.7 - Tipos de Estoques
Para distinguir os diversos dados e tipos de estoques que podem ser
susceptíveis de análise tomemos como exemplo o sistema elementar fábrica-
armazém mostrado na figura a cima. A fábrica manufatura tem certo número de
produtos, mas só consideremos um deles. Para esse produto existe uma
demanda média de 200 unidades por semana feita ao armazém. O
procedimento normal do armazém é preparar um pedido à fábrica para entrega
de novas unidades, quando seu estoque cai para um nível crítico denominado
de estoque mínimo. É preciso uma semana para preparar o pedido, tê-lo
aprovado e expedido e finalmente entregue à fabrica. Uma vez recebido, a
fábrica leva duas semanas para prepará-lo, colocar no caminhão, expedi-las e
descarregá-las no armazém.
2.8 - Estoque de Trânsito
O armazém deve manter no mínimo um estoque capaz de atender à
demanda durante o transito entre o pedido à fabrica e sua entrega. O estoque
médio de trânsito é o produto de entrega pelo ritmo da demanda, ou seja, no
caso considerado, 2 x 200 = 400 unidades. A qualquer tempo, 400 unidades
devem estar-se deslocando da fábrica para o armazém ou, num mesmo
sentido, o armazém deve manter um estoque que leve em consideração tal
fato. O retardo devido ao tempo de encomenda de uma semana tem o efeito de
um tempo de transporte, uma vez que o armazém deve também manter
estoque para cobrir tal retardo. Esse ponto é de caráter geral cada retardo
existente no sistema gera a necessidade de um estoque de trânsito. Dentro de
29
um sistema de produção, ele é denominado estoque em processamento, mas
na maioria dos casos, é chamado simplesmente estoque.
2.9 - Estoque de Reservas
Sabemos que é normalmente necessário manter um estoque de
reservas que proteja contra variações imprevisíveis de demanda de tempo e do
suprimento. A fim de não ficar sem disponibilidades no armazém, um estoque
de reserva de 300 unidades seria necessário. Como veremos são de grande
importância para o estabelecimento de modelos de estocagem, as técnicas que
levam em conta a incerteza dos fatores.
2.10 – Previsão
A previsão da demanda é uma entrada crítica para alguns dos mais
importantes modelos de decisão no âmbito da administração de produção e
operações, particularmente para aqueles que dizem respeito a estoques,
planejamento e programação integrados e controle de produção. Na realidade
as previsões também representam uma entrada crítica para o projeto de
sistemas produtivos, porque são um fator direto da determinação do projeto
mais econômico de produção, processamento, equipamento, ferramental,
capacidades e planos de instalação.
2.11 - Metodologia da Previsão
A metodologia da previsão é aplicável às necessidades de orientar as
operações correntes de artigos estocáveis. A orientação dessas operações
correntes está intimamente ligada não somente ao problema dos estoques,
mas também às funções de planejamento e programação da produção.
Modelos de demanda relativa de produtos ou serviços específicos podem variar
30
muito, mas em geral podem ser reduzidos a cinco componentes: demanda
média, tendências da média, efeitos de estação, efeitos cíclicos e variações
aleatórias.
2.12 - Demanda Média
Quando examinamos a demanda média para todo o período de três
anos e meio não tem sentido, pois a tendência é um fator importante. Logo, é
necessário obter alguma espécie de média móvel, a fim de dar ênfase à
experiência recente e estimar o efeito da tendência de variação da demanda.
Além disso, a estimativa da demanda para o período seguinte deve
tomar em consideração a variação sazonaria que se espera. Finalmente, não
queremos ser influenciados pelas variações aleatórias da demanda ao
fazermos uma estimativa do período seguinte, ou melhor, desejamos
estabelecer a demanda esperada com os limites prováveis da variação
ocasional em torno do valor esperado.
O meio comum de reduzir os efeitos das variações aleatórias sobre a
demanda é o de se estimar a demanda média por meio de um determinado tipo
de média móvel. A média móvel relativa a um período de três meses é, muito
mais estável, porque a demanda de cada período individual de um mês passa
a receber um peso de somente um terço. Os valores extremos são
desprezados: se eles são simples variações aleatórias da demanda, não
somos fortalecidos por eles ao avaliarmos a demanda, pela média móvel de
três meses. Efeito regularizador maior se obtém, tornando-se a média de
período mais longo, como se verifica pela média móvel relativa há cinco meses.
Os valores extremos são desprezados em maior número, porque cada período
individual somente recebe o peso de um quinto na média móvel
correspondente.
31
2.13 – Incerteza
Até aqui, vimos considerando uma estrutura ideal do problema de
estocagem colocada além de limites razoáveis da realidade com o intuito de
discutir as soluções formais dos tamanhos dos lotes. Consideramos uma
demanda constante, tempos de adiantamento constantes, e ritmos de produção
constantes.
Na verdade, nenhuma dessas hipóteses corresponde a situações reais.
Ainda que a demanda média possa ser de 2.500 unidades por ano, a demanda
diária poderá não ser muito bem representada por 2.500 / 250 = 10 unidades. É
possível não ter nenhum pedido hoje e, no dia seguinte, receber um pedido de
100 unidades, nenhum outro na semana seguinte e, então, encomenda de 25,
50 e 5 respectivamente em três dias consecutivos. A demanda do consumidor
é quem controla essa cadência e ninguém ainda inventou um processo de
impor ao freguês a ocasião em que se deve fazer seu pedido. Do mesmo
modo, os intervalos de tempo necessários ao suprimento não são constantes.
Poderá acontecer que o fornecedor leve mais tempo que o usual para
satisfazer a uma encomenda. Por se achar ele próprio com falta de estoque,
porque sofreu avaria no equipamento, por causa de conflitos trabalhistas ou
uma série de outras causas de atraso. O momento de uma exposição por parte
do fornecedor também está sujeito a incerteza. O resultado disso tudo é que
nenhum sistema prático pode depender de um plano baseado nas estruturas
de balanço de estoques.
32
2.14Estoques de Segurança
As variações na demanda e no prazo de fornecimento são comumente
absorvidas pela constituição de estoques de segurança ou de reservas. O vulto
desses estoques extras depende da estabilidade da demanda e do suprimento
com relação a nossa maior ou menor disposição para ficarmos privados de
estoque. Se estivermos determinados a quase nunca ficarmos sem estoque,
essas reservas mínimas planejadas tem de ser muito elevadas. Se as
necessidades dos serviços permitem a anulação dos estoques e protelação
dos pedidos, os estoques de seguranças podem ser moderados. O nível do
estoque de reservas é estabelecido, de modo que o balanço do estoque
atingiria zero durante o tempo de espera da renovação, no caso da demanda
se aproximar do máximo previsto.
A determinação dos estoques de segurança se transforma, por
conseguinte, num conhecimento da distribuição da demanda durante o tempo
de espera juntamente com uma decisão a respeito do risco que estamos
dispostos a correr de que o estoque venha a acabar. Isso é mostrado pela
representação da demanda. É fácil verificar que, pela forma da curva de
demanda, para os altos níveis de segurança, o estoque de reservas necessário
sobe desproporcionalmente e, portanto, o custo de garantir essa proteção se
eleva no mesmo ritmo.
33
CAPÍTULO III: PROBLEMAS DE ESTOQUE
Após alguma reflexão torna-se aparente que os problemas de estoque
penetram em muitos campos e surgem em muitos contextos. Por exemplo, a
gerência de uma companhia de aviação tem que decidir quando iniciar um
curso de treinamento para aeromoças e qual o tamanho das turmas.
Se o número de aeromoças “produzidas” for grande demais, a
companhia terá que pagar o salário das que sobram. Se o número for
insuficiente, a companhia terá que cancelar certos vôos ou, então, tomar
medidas de emergências; ambos os casos envolvem custos de ruptura. A
maioria dos problemas de “força de trabalho” são, tipicamente, problemas de
estoque.
As companhias fornecedoras de energia elétrica precisam determinar
quando acrescentar transformadores turbo - elétricos a sistema, e qual o
tamanho desses geradores. Apesar de o problema envolver apenas uma peça
de equipamento (que custa vários milhões de dólares) sua capacidade
(quantidade) pode variar. Conseqüentemente, este problema refere-se também
a “quando” e a “quanto”. Se o gerador comprado for grande ou se for adquirido
antes do tempo, o resultado será capacidade ociosa, a qual envolve um custo
(depreciação e manutenção). Se a capacidade não for suficiente ou se a
compra for feita muito tarde, perder-se-ão vendas e a reação dos consumidores
e das autoridades públicas será desfavorável. Estas reações envolvem custo
de ruptura.
A pergunta “Qual o capital de giro que uma empresa deve manter?”
também constitui um problema de estoque. Se o capital disponível for
excessivo, a empresa perderá os rendimentos que seriam obtidos pelo
investimento de excesso – um custo de posse; se o capital disponível for muito
pouco, quantias adicionais terão que ser obtidas a taxas de juros muito altas –
um custo de ruptura. A obtenção de empréstimos também envolve custos de
preparação. Apesar dos problemas de estoque nos surgirem mais variados
contextos, os mais comuns são a compra e a produção de bens.
34
3.1 - Custo de Falta no Estoque ou de Penalidade
Custos que surgem quando um item de que se necessita não existe em
estoque. Às vezes, a falta do item não chega a ocorrer, pois podem tomar-se
medidas de emergência para assegurar que as entregas obedeçam às datas
especificadas pelo cliente. Entretanto, certos custos associados a medidas
deste tipo: maiores despesas de transporte (frete aéreo em vez de rodoviário);
maiores custos de preparação ou de horas extras; despesas administrativas ou
o custo da alteração de um programa de produção já estabelecido. Pode ser
que exista também o custo das unidades de produção que ficam de reservas e
são usadas apenas em caso de emergência. Estas unidades podem estar
obsoletas ou desgastadas e apresentar custos de produção mais que os
demais equipamentos.
Quando não se cumprem às datas de entrega e os itens faltam
efetivamente, os custos são geralmente menos tangíveis. No caso de matéria-
prima, produtos semi-acabados ou peças sobressalentes, o custo de ruptura
pode referir-se ao custo de instalações ociosas ou de interrupções no programa
de produção. Por outro lado, as faltas podem provocar o cancelamento de
pedidos e a perda de vendas que, por sua vez, provocam a perda da boa
vontade dos clientes. Esta última envolve um custo difícil de calcular, mas cuja
magnitude pode ser estimada com precisão razoável empregando-se a técnica
das funções de troca.
Os custos de ruptura são geralmente representados de duas maneiras.
Na primeira admite-se que os custos são proporcionais tanto à quantidade que
falta quanto à duração da falta. Esta representação aplica-se apenas nos casos
em que a mercadoria pode ser entregue com atraso e a falta não provoca uma
queda na procura. Corresponde à perda da boa vontade dos clientes ou ao
custo de instalações ociosas. Na segunda representação liga-se um custo fixo
a cada vez que uma falta ocorre. Este custo cobre pelo menos o lucro perdido
na encomenda e pode incluir um componente para compensar a perda da boa
vontade dos clientes.
35
3.2 - Custos Devidos a Modificação na Taxa de Produção
Neles se incluem os custos de preparação que ocorrem quando se
modifica a taxa de produção de zero para um valor positivo. Quando se trata de
uma compra, incluem as despesas administrativas fixas, ligadas ao pedido.
Outro custo que dependem das modificações nas taxas de produção são
as despesas com a contratação e o treinamento de mão-de-obra adicional e
com a demissão de pessoal. Esta última pode ser elevada, especialmente nos
casos em que os acordos sindicais estabelecem um critério de antiguidade
para a promoção do pessoal. Certo volume de demissões poderá então dar
origem a atribuições novas para grande parte da força de trabalho, o que
representa um “processo de aprendizagem”, para que cada homem se
acostume com as tarefas modificadas. Durante esta fase, as taxas de produção
poderão ser relativamente baixas, o número de peças rejeitadas pela inspeção
poderá ser altos custos de fiscalização.
36
3.3 – Procura
É o número de itens que irão ser solicitados em cada período. Isso não é
necessariamente igual à quantidade vendida, de vez que da parte da procura
pode ter sido satisfeita devido às faltas ou atrasos. Corresponde, realmente, à
quantidade que seria vendida se tudo o que foi procurado estivesse disponível.
Pode-se conhecer (ou pretender conhecer) exatamente a procura.
Quanto isto ocorre, uma decisão sobre a reposição do estoque não afeta os
custos que se verificam após as decisões subseqüentes. Por outro lado,
podemos ter situações em que a procura só é conhecida aleatoriamente, ou
seja, obedece a uma distribuição de probabilidades. Neste caso, uma decisão
pode afetar as que se seguem.
A fim de exemplificar a interdependência de decisões seqüenciais,
consideremos uma situação na qual níveis de estoque devam ser verificadas
mensalmente e na qual deva tomar uma decisão sobre a conveniência de
iniciar a produção de um lote. Pode ocorrer que o nível de estoque seja tal que
o risco de faltar mercadoria naquele mês não compense o custo de
preparação.
Entretanto, é quase certo que tenhamos que produzir um lote no próximo
mês; assim, ao considerarmos os custos nos dois meses, poderemos concluir
que é vantajoso começar a produzir no primeiro mês. Além disso, quando
decidimos produzir, não podemos determinar o tamanho do lote sem
considerar sua influência nos meses seguintes. Os problemas desta natureza
são denominados dinâmicos e raramente têm soluções matemáticas explícitas.
Entretanto, existem algumas técnicas eficazes para o cálculo de aproximações
numéricas.
37
3.4 - Tempo de Espera (Lead Time)
É o intervalo decorrido entre a colocação de um pedido e a sua chegada
e atendimento no estoque. Se o tempo de espera for conhecido e diferente de
zero, tudo o que se tem a fazer é antecipar o pedido de um intervalo igual a ele.
Se, tratar-se de uma variável que só é conhecida aleatoriamente, o problema
se torna mais difícil. Quando a procura e o tempo de espera são conhecidos
apenas como probabilidades, o volume e a data do recebimento do estoque
são encontrados considerando-se os custos esperados de posse e de procura,
durante o período dos tempos de espera.
3.5 - Custos de Produção ou de Compras Variáveis
Em alguns casos existem descontos por quantidade; isto é, o custo
unitário do número de unidades compradas. Por exemplo, para compras até
1.000 unidades, o custo unitário pode ser uma unidade monetária. No caso de
se comprar 1.000 unidades ou mais, o custo unitário pode ser 95 centavos.
Neste caso, seria mais barato comprar 1.000 unidades do que qualquer
quantidade entre 950 e 1.000, mesmo que o excesso tivesse de ser jogado
fora. Nas situações deste tipo, pode ser mais barato comprar mais do que o
lote econômico a fim de aproveitar o desconto.
38
3.6 - Perturbações do Planejamento e Controle da Produção
As perturbações que mais comumente ocorre no planejamento da
produção e fazem com que o controle se diferencie do planejamento são as
seguintes:
• Falta ou atraso de material;
• Falta ou atraso da mão-de-obra;
• Falta de máquinas devido a quebras ou a panes;
• Falta de energia;
• Falta de água e/ou vapor, ou de qualquer outro suprimento;
• Atraso nos tempos de fabricação, devido à ineficiência do homem e/ou
da maquina;
• Outras.
Há dois instantes, no processo de produção industrial, importantes para
que se possa avaliar a eficiência do planejamento e controle da produção: o
inicio e o fim da produção. Se a produção se iniciar e terminar, também, na
data prevista, isto é sintoma de bom funcionamento do planejamento e controle
da produção, mas não significa necessariamente que não tenha havido falhas
no pagamento. Pode significar, também, que os atrasos intermediários
compensados, de modo a manter a data final.
39
3.7 - O papel do controller no estoque
Sendo o estoque um importante item do ativo, a atuação do controller
sobre ele é decisiva para a empresa. Como membro da cúpula dirigente e
representante do executivo-chefe, o controller participa de todas as decisões
da estocagem. É ele que monta o sistema de registro contábil capaz de
controlar eficazmente o estoque e evitar fraudes e roubos. Os fluxos de entrada
e saída dos estoques, bem como seu custeio, devem obedecer a todos os
requisitos fiscais. Também ao supervisionar o sistema orçamentário da
empresa o controller deve fixar, juntamente como os responsáveis pelos
setores, os níveis ideais de estoque e os investimentos correspondentes.
Por fim cabe-lhe emitir relatórios periódicos sobre o controle, levando ao
conhecimento dos executivos responsáveis e da cúpula dirigente os fatos
relacionados com o estoque da empresa.
Podemos verificar, o quão amplo é a função do controller no estoque de
uma organização. Ele precisa ter uma visão geral do assunto, tendo em vista
ser um item do ativo que, mal administrado, pode levar a empresa
comprometer seu capital de giro, levando a tomar empréstimos para saneá-los,
podendo ate com isso reduzir suas margens de lucro ou quem sabe prejudicar
a continuidade do próprio negocio.
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CONCLUSÃO
A monografia foi dividida por capítulos para um melhor entendimento
sobre o tema abordado. Ao longo do texto vimos, dentre as características e
definições, como funciona a gestão de estoque, os seus tipos, objetivos e
níveis. Por sua vez foi abordado como a gestão se aplica ao estoque mínimo
ao lote econômico de suprimento, ao estoque máximo o seu giro e custo de
estocagem.
Em seguida tratamos sobre o inventário, sobre medição e contagem,
método ABC os tipos permanentes e periódicos e, colocou-se também em
discussão a preparação o corte e arrumação para o inventário físico, o registro
de seus preços e a preparação do CMV.
Analisamos ainda os métodos e valoração de estoque, tais como PEPS,
UEPS e CUSTO MÉDIO. Foi comentada ainda a determinação do estoque de
proteção, abordando tópicos como rupturas e pedido de suprimento. Também
analisamos a previsão de estoque, suas funções e seus tipos, os métodos, a
demanda média, incerteza e de segurança. Mostrou-se também o custo de
falta ou de penalidade, modificação na taxa de produção, procura, tempo de
espera e etc.
Nesta perspectiva, o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo
de aprimorar os conhecimentos do controller sobre estoque, tendo em vista o
pouco aprimoramento dos livros de contabilidade e controladoria sobre um
assunto de extrema importância, vital nas organizações atualmente.
Por isso utilizou-se pesquisa bibliográficas em livros de administração da
produção, a fim de aprimorar tais conhecimentos. Com o questionamento de
que tipo de informações gerenciais é necessário para se obter à melhoria do
desempenho dos estoques em uma organização, aprofundou-se a pesquisa
filtrando-se todos os tópicos inerentes ao assunto, buscando para isso
exemplos que facilitassem a compreensão de todos que possam vir a utilizar o
trabalho.
Foram também pesquisados os tipos de controles internos e os cuidados
necessários para o seu funcionamento e eficácia. Com relação aos custos da
41
falta de estoque, que surgem quando um item de que se necessita não existe
em estoque. Às vezes, a falta do item não chega a ocorrer, pois podem tomar-
se medidas de emergência para assegurar que as entregas obedeçam às
datas especificadas pelo cliente.
Entretanto, certos custos associados a medidas deste tipo: maiores
despesas de transporte, maiores custos de preparação ou de horas extras;
despesas administrativas ou o custo da alteração de um programa de produção
já estabelecido, e etc. o objetivo não é estar somente focado ao aspecto
contábil, mais também aos fatos gerenciais, tendo em vista as novas
perspectivas que a contabilidade vem adquirindo atualmente.
Com relação a controladoria especificamente procurou-se tratar do papel
do controller no estoque de uma organização, modernos métodos utilizados
para avaliação de desempenho empresarial, por ultimo foram produzidos
alguns estudos de caso em gestão de estoque.
Com isso foi possível se gerar uma visão geral de estoque e ainda focar
seu papel e sua importância dentro de uma organização.
42
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