UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
SISTEMA SAP/R3 - FERRAMENTA PARA CONTROLE EM
EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO
Por: Alexandre Rizzuto de Oliveira
Orientadora
Profª. Ana Cristina Guimarães
Rio de Janeiro
2004
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
SISTEMA SAP/R3 - FERRAMENTA PARA CONTROLE EM
EMPRESAS DE TRANSPORTE AÉREO
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como condição prévia para
conclusão do curso de pós-graduação “lato
sensu” em Auditoria e Controladoria.
Por: Alexandre Rizzuto de Oliveira
3
AGRADECIMENTOS
Ao contador e analista de planejamento de
custos Sérgio Lobato Raposo pela ajuda nos
textos. Aos amigos Márcio Antônio de Léo
Louzada e Paulo Roberto de Souza Monção
pelos computadores cedidos e a todos os
autores que pesquisei.
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia a minha esposa Cibele
que esteve presente em todas as pesquisas
realizadas e no desenvolvimento do trabalho.
A Deus por estar presente em cada momento
que precisei e a minha mãe que sempre
investiu e acreditou em mim.
5
RESUMO
Esta monografia tem como objetivo apresentar uma ferramenta que
possibilita o controle interno do faturamento de uma empresa aérea. Esta
ferramenta é o Sistema SAP R/3 que funciona com adaptações específicas
para esse tipo de empresa.
O conhecimento deste Sistema Integrado de Gestão serve como base
de estudo e estímulo para as empresas que possuem especificidades e que
necessitam de um sistema que atenda às suas necessidades.
Será apresentado o fluxo que ocorre no processo de faturamento, os
resultados que são obtidos através das informações acumuladas no sistema e
os pontos fortes e fracos da sua utilização.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para realização desta monografia foi uma
pesquisa bibliográfica, documental e exploratória procurando mapear o
processo de faturamento no Sistema Integrado de Gestão SAP R/3, de uma
empresa de transporte aéreo.
As bases para realização do trabalho foram as referências bibliográficas
e experiência profissional como usuário do processo nos Módulos de Finanças
(FI), Controladoria (CO) e Materiais (MM).
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I– O Sistema SAP R/3 10
CAPÍTULOII –Módulos SAP R/3 14
CAPÍTULO III –Transações no Gerenciamento de Materiais (MM)18
CAPÍTULO IV –Relatórios Gerenciais 22
CONCLUSÃO 24
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 26
ÍNDICE 27
FOLHA DE AVALIAÇÃO 29
ATIVIDADES CULTURAIS 30
8
INTRODUÇÃO
O mercado brasileiro vem presenciando, nos últimos anos, uma
demanda crescente por pacotes de sistemas integrados de gestão, os
chamados sistemas ERP – “Enterprise Resource Planning” (ou, em português,
SIG – “Sistema Integrado de Gestão”). Estes pacotes tem como característica
principal a unificação de todos os sistemas de informação que atendem as
diversas áreas da empresa, em torno de uma base de dados única, diminuindo
a redundância dos dados e aumentando a qualidade e a eficiência do fluxo de
informações.
As informações passam a fluir de forma mais rápida, assim como as
decisões empresariais passam a ser tomadas mais rapidamente e com bases
mais reais do ambiente em que está inserida.
Dentre os vários sistemas de gestão disponíveis no mercado, o SAP R/3
é reconhecidamente um dos melhores em nível mundial, mas exige altíssimos
investimentos em novos computadores, equipamentos e serviços de
consultoria para sua efetivação. Um projeto SAP para uma grande companhia
pode custar por volta de US$ 5 milhões.
O Sistema SAP/R3 tem como principal objetivo fornecer informações
gerenciais até seu último nível de detalhes, seja em cada módulo específico ou
de forma integrada com os demais, em tempo real proporcionando inúmeras
variedades de relatórios e direcionando para a melhor tomada de decisão.
O primeiro capítulo apresenta o sistema integrado de gestão SAP R/3.
No capítulo II são apresentados todos os módulos disponíveis no
sistema SAP R/3.
O Capítulo III descreve as transações do sistema eletrônico de
faturamento no módulo de Gerenciamento de Materiais (MM) e será
demonstrado o fechamento do faturamento através dos dados inseridos nas
transações inicialmente realizadas.
9
O Capítulo IV apresenta os relatórios gerenciais gerados através dos
dados oriundos do fechamento do faturamento e que permitem uma visão geral
e abrangente para uma melhor tomada de decisão.
A conclusão apresenta os pontos fortes e fracos, os benefícios, fatores
críticos de sucesso na utilização do Sistema SAP R/3 no faturamento e faz
algumas observações relevantes.
10
CAPÍTULO I
1. O SISTEMA SAP/R3
1.1 O que é um ERP?
Segundo Hicks (1997), o Enterprise Resource Planning:
“é uma arquitetura de software que facilita o fluxo de
informação entre todas as funções dentro de uma
companhia, tais como logística, finanças e recursos
humanos.”
O ERP automatiza os processos de uma empresa, com a meta de
integrar as informações através da organização, eliminando interfaces
complexas e caras entre sistemas não projetados para conversarem. Desta
forma, todos os processos de uma organização são colocados dentro de um
mesmo sistema e num mesmo ambiente.
Com o ERP, a redundância de informações é eliminada, pois ele faz
com que todos os usuários olhem para uma única fonte de dados,
independentemente das tarefas que realizam. Este banco de dados é único e,
contém e integra todos os dados que a empresa manipula e mantém,
interagindo com todas as aplicações no sistema. Desta forma não há
redundâncias, inconsistências, repetições de tarefas como a entrada de dados
em duas ou mais aplicações, assegurando-se a integridade das informações.
Devido também a este banco de dados comum, decisões podem ser
tomadas olhando-se através da companhia. Antes era preciso olhar para
unidades operacionais separadas e então coordenar as informações
manualmente ou reconciliar dados através de inúmeras interfaces entre
pacotes diversos.
Freqüentemente as empresas têm grandes expectativas em relação aos
sistemas ERP, esperando-se que eles melhorem todo o funcionamento do
negócio do dia para noite. No entanto, esta é uma percepção errada, e uma
11
das razões é o fato de que o ERP não resolve problemas relacionados à
procedimentos, ou seja, um sistema não é capaz de solucionar problemas
decorrentes da falta ou do não cumprimento de procedimentos internos, assim
como da presença de controles fracos dentro de uma empresa.
Para Lieber (1995):
“O ERP permite que a empresa padronize seu sistema de
informação.”
e, segundo Sheridan (1995):
“O ERP, na essência, fornece a informação certa à
pessoa certa, na hora certa.”
O ERP fornece ainda às empresas grande agilidade e confiabilidade das
informações, eliminando retrabalhos e operações manuais antes amplamente
executadas.
1.2 Módulos e Processos
Os sistemas ERP são comerciais e didaticamente divididos em
módulos. Módulos financeiro, de controladoria, de materiais, vendas, de
produção, qualidade, de recursos humanos, e assim por diante.
É importante, no entanto, salientar a diferença entre dois conceitos: módulos e
processos.
Cada módulo dos sistemas de gestão integrada contempla
funcionalidades relacionadas à área de atuação específica. Os módulos
financeiros e de controladoria abrangem, por exemplo, funcionalidades de
contabilidade geral, faturamento, contas a receber, contas a pagar,
contabilidade de centros de custos, gestão de ativos, etc. Já o módulo de
materiais contempla, entre outras, as funcionalidades de compra e controle de
estoques.
No entanto, ao considerar-se processos, verifica-se que estes
atravessam vários módulos do ERP. Por exemplo, o processo de custos
abrange os módulos de produção, de materiais, além dos módulos financeiro e
controladoria.
12
A implantação destes sistemas é geralmente realizada por uma equipe
dividida em módulos, sendo que a integração destes módulos possibilita o
fluxo dos processos dentro do sistema.
Com relação ainda aos módulos, de uma forma geral todos os sistemas
ERP de fornecedores estrangeiros passam por uma adaptação à legislação
brasileira, chamada de localização. Nesta localização é feita, por exemplo, a
adequação às exigências fiscais e a absorção total dos custos do mês,
respectivamente nos módulos financeiro e de controladoria.
1.3 Contabilização das classes custo e receita no sistema R/3
A Contabilidade das classes de custo e de receita faz parte do
componente Contabilidade de centro de custo (CO-OM-CCA) no qual os custos
que ocorreram durante um período de liquidação são entrados e organizados.
Isto não vem a ser controlling de custos, mas uma classificação de dados
estruturada que vem a constituir a base de controlling de custos.
Em uma estrutura de contabilidade integrada como o sistema SAP R/3,
uma entrada de dados de custos complexa não é necessária porque cada
operação contábil relevante para o controlling de custos disponibiliza não
apenas informações detalhadas sobre o componente de aplicação de
Controlling (CO) da classe de custo, mas do próprio objeto de classificação
contábil. Cada consumo de recursos na Administração de material (MM), cada
faturamento em Vendas e distribuição (SD), e cada movimento externo na
Contabilidade financeira (FI) flui diretamente através da conta do Razão para o
objeto de classificação contábil correspondente.
O objetivo da entrada de dados pode ser limitado a uma parte dos
custos adicionais e de sobretaxas. Se, por exemplo, a depreciação de
equipamento for transferida do Gerenciamento do imobilizado, um encargo de
delimitação de custo precisa ser calculado em CO.
Além disso, o componente de aplicação CO do sistema SAP R/3 tem a
tarefa de identificar quais custos ocorrem em subdivisões de uma corporação e
aonde os fluxos de custos ocorreram. Uma listagem completa dos custos é
13
exibida juntamente aos objetos de classificação contábil que os geraram (tais
como centros de custo, ordens, projetos, etc.).
O fluxo de custos em CO pode induzir à necessidade de reconciliação
entre contabilidades interna e externa no caso de controlling interempresarial
ou válido para várias divisões. Reconciliação também ocorre em contabilidade
das classes de custo e de receita.
14
CAPÍTULO II
2. MÓDULOS SAP R/3
Segundo o site http://www.pelissari.com.br/sap_r.htm/04/11/2003/17:30h os módulos
que serão apresentados abaixo estão aptos a demonstrar soluções de alto
nível de desempenho e produtividade.
Os módulos MM (Gestão de Materiais) e FI (Finanças e Contabilidade
Geral) são de fundamental importância para o faturamento.
A integração desses módulos trará uma maior velocidade nas
informações solicitadas e uma menor burocratização dos processos a serem
vistos.
2.1 MM – Gestão de Materiais:
• Administração do cadastro de fornecedores
• Administração do cadastro de materiais
• Controle de Estoques / Inventário
• Movimentação de materiais (entradas, saídas, transferências)
• Requisição, Cotação, Contrato e Pedido de Compras
• Envio de documentos (cotação, pedidos) por e-mail
• Configuração de impostos para Importação (exceto o trâmite de
documentos de regulamentação de importação exigidos pelo governo
brasileiro)
• MRP – Materials Resource Planning
• Entrada de Mercadorias
• Entrada de Nota Fiscal
• Controle e Medição de Serviços executados
• Livros Fiscais
2.2 SD – Vendas e Distribuição:
15
• Administração de pedidos de vendas
• Administração do cadastro de produtos
• Condições (preços, impostos, etc.)
• Parceiros de venda (vendedores, clientes, fornecedores, etc.)
• Gerenciamento de crédito
• Configuração de Relatórios para análise Gerencial
• Expedição, Pedido de entrega, Embarque / entrega
• Faturamento
• Devoluções
• Livros Fiscais
2.3 FI – Finanças e Contabilidade Geral:
• Plano de Contas
• Lançamentos na Contabilidade Geral
• Compensação manual de contas da Contabilidade Geral
• Contas a Pagar (Comunicação com Bancos)
• Contas a Receber (Comunicação com Bancos)
• Operações de encerramento de períodos
• Fluxo de caixa
2.4 AM – Ativo Imobilizado:
• Configuração das áreas de Avaliação Patrimonial
• Configuração dos dados básicos e operações de Controle Patrimonial
• Depreciações
• Controle de CIAP (Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente)
2.5 TM – Gerenciamento de Viagens e Reembolsos:
• Lançamentos de Viagens
• Lançamentos de Reembolsos diversos
• Integração com módulo Financeiro para lançamento automático de
créditos/débitos
16
• Definição de estratégias de aprovação dos documentos envolvidos
2.6 CO – Controladoria e Custos:
• Dados mestre de centros de custo, lucro e classes de custo
• Contabilidade por centros de custo
• Contabilidade por centros de lucro
• Material-ledger
• Custeio Brasil
2.7 PP – Planejamento da Produção:
• Administração de dados mestres (materiais, listas técnicas, centros de
trabalho, roteiros)
• MPS e MRP
• Administração de ordens de produção
2.8 PM – Manutenção de Planta:
• Configuração de todo o sistema de Manutenção
• Equipamentos e Objetos Técnicos
• Listas Técnicas de Manutenção
• Manutenção Preventiva (Roteiros, Planos e Programação)
• Administração de Notas e Ordens de Manutenção
• Custos de Manutenção
• Integrações do PM com MM e CO
2.9 QM – Gerenciamento da Qualidade:
• Administração de dados mestres (materiais, planos de controle)
• Notas de Qualidade
• Inspeções de Qualidade (QM na Produção)
• Integração com calibração de equipamentos de teste (PM-QM)
3.0 HR – Gerenciamento de Recursos Humanos:
17
• Administração da Estrutura Organizacional
• Recrutamento e Seleção de Pessoal
• Administração de Pessoal
• Benefícios
• Administração Salarial
• Administração de Eventos de Treinamentos
• Administração da Freqüência
• Folha de Pagamento
• Planejamento de Custos
• Planejamento e Desenvolvimento de Pessoal
• Sistema de Informações de Pessoal
• Apontamento de horas trabalhadas integrado com custos – CATS (Cross
Aplication Time Sheet)
• Manager´s Desktop
3.1 EH&S – Medicina e Segurança do Trabalho:
• Mapeamento das áreas de risco
• Registro e gerenciamento dos acidentes de trabalho
• Agendamento e registro dos exames médicos ocupacionais
• Registro dos atendimentos ambulatoriais
18
CAPÍTULO III
3. TRANSAÇÕES NO GERENCIAMENTO DE MATERIAIS
(MM)
3.1 Função ZMEB
É uma transação, ou seja, uma operação, que informa os vôos
realizados em uma determinada localidade em um determinado dia.
A ZMEB indica o número do vôo, a quantidade de passageiros à bordo,
por classe, e a respectiva quantidade de refeições embarcadas para que seja
criado o pedido de refeição (PO). Esse pedido é formado através de
informações originadas em bancos de dados como seqüência de serviços que
determina o tipo de refeição que deve ser embarcada em cada vôo, lista de
preços que estabelece o valor de cada refeição, o tipo de equipamento que
será utilizado e o mestre de material que contêm os códigos dos serviços.
Os dados, número do vôo e número de passageiros à bordo, são
informados pelo setor de planejamento que recebem as informações do
Departamento de Aviação Civil – DAC. Já a quantidade de refeições
embarcadas é informada pelo supervisor que trabalha na localidade.
O fornecedor envia arquivos eletrônicos que contêm quantidade de
refeições, preço e o tipo de serviço embarcado.
3.2 Função ZMC2
Essa operação verifica através de um processo eletrônico se os reports
(vôo, serviços, quantidades e preços) do arquivo do fornecedor estão de
acordo com a criação do pedido de refeição do vôo (PO), elaborado pela
transação ZMEB e os bancos de dados citados acima.
Caso o arquivo do fornecedor esteja de acordo com o pedido de
refeição criado o sistema gera uma crítica positiva, isto é, uma mensagem que
informa “Good Receipt OK”. Mas em caso contrário é gerada uma crítica,
“Good Receipt Problem”, indicando as diferenças para análise. Essas
19
diferenças após serem analisadas, pelo setor de faturamento, são corrigidas e
será executado o arquivo do fornecedor criando uma pasta para ser
processada na transação SM35.
3.3 Função SM35
Essa transação é responsável pelo processamento eletrônico da pasta
criada pela ZMC2 gerando a contabilização das refeições embarcadas de
acordo com cada conta e os seus respectivos centros de custo. Por exemplo, a
refeição de um tripulante é contabilizada em uma conta e um centro de custo
específicos para esse tipo de serviço.
O sistema criará automaticamente um número de documento onde
serão efetuados os lançamentos contábeis da seguinte forma:
Débito Crédito
Despesa Conta de Ligação
Fonte: helpdesk SAP R/3.
A conta de ligação é uma conta que substitui a conta do fornecedor
até a entrada da fatura no sistema.
3.4 Função ZMC4
Verifica se o valor total da fatura emitida pelo fornecedor é o mesmo
valor das refeições embarcadas processadas através da transação SM35.
Após essa conferência o sistema criará automaticamente uma nova pasta que
irá ser processada pela SM35 realizando nova contabilização onde serão
efetuados os seguintes lançamentos contábeis:
20
Débito Crédito
Conta de Ligação Fornecedor
Fonte: helpdesk SAP R/3.
3.5 Função FBL1
É utilizada pelo setor financeiro para verificar os valores a pagar aos
fornecedores após todos os processos acima.
Será creditado automaticamente no banco, agência e conta do
fornecedor os valores disponíveis no Sistema SAP/R3.
O sistema fará a última contabilização:
Débito Crédito
Fornecedor Banco
Fonte: helpdesk SAP R/3.
3.6 Fechamento do Faturamento
O responsável fará a conferência dos valores contidos no sistema e os
do fornecedor. Após a primeira conferência é dada entrada nos dados,
enviados pelo fornecedor, no sistema SAP, o qual verificará a consistência dos
mesmos com os dados de entrada de mercadorias nele contidos.
Se todas as informações estiverem corretas, a fatura é emitida pelo
fornecedor para pagamento, em caso contrário, deverá ser identificado o dado
incorreto que será corrigido baseado no documento onde estão registrados as
refeições embarcadas em cada vôo, chamado delivery, e após o acerto que
pode ocorrer em favor de qualquer uma das partes (empresa ou fornecedor)
poderá se emitir a fatura para pagamento.
21
Com a fatura em mãos é alimentada a transação ZMI1 que contém
dados como: número da fatura, aeroporto, fornecedor, período da fatura, meio
de pagamento, data de vencimento, valor do INSS, valo do IR, valor total entre
outras informações que serão utilizadas pela Controladoria para registro e
posteriormente pelo Setor Financeiro que realizará o pronto pagamento.
Todos os valores pagos e os a pagar a um determinado fornecedor
poderão ser visualizados pela transação FBL1 (já citada no capítulo anterior).
Após realizado todo o processo de fechamento do faturamento o
sistema estará apto a gerar qualquer tipo de relatório que seja necessário a
gerência, direção ou setor da empresa.
22
CAPÍTULO IV
4. RELATÓRIOS GERENCIAIS
Os relatórios R/3 são basicamente programas no SAP. Os programas
são compostos pelo código e sintaxes, que são executados internamente para
realizar uma função. No relatório, essa função é recuperar e produzir dados.
O sistema SAP está baseado em um grande banco de dados que
mantém todas as informações que serão usadas nos relatórios.
As telas de seleção são a chave para produzir a saída desejada nos
relatórios e também fornecem flexibilidade a eles. Uma tela de seleção aparece
sempre que é executado um relatório no R/3, fornecendo uma oportunidade de
especificar exatamente quais dados gostaria de ver em sua saída. Os dados
fornecidos em suas telas de seleção SAP são armazenados em campos, que
estão contidos em tabelas. Essas tabelas são conectadas através de relações
extensas.
O R/3 permite programar um relatório para ser executado em um
momento específico (ou depois de um evento específico, através do fluxo de
trabalho).
Os relatórios são gerados por 2 (duas) transações específicas que
reúnem os dados constantes em todas as transações mencionadas no capítulo
III, o que é chamado de integração no sistema SAP/R3.
A transação MCSJ reúne todas as informações referentes a uma
determinada característica como vôo, equipamentos, materiais, mercadorias,
total pago... que deve ser especificada no momento da pesquisa, assim como o
período de análise, para geração do relatório correspondente ao que foi
solicitado.
Por exemplo, se desejarmos visualizar em um determinado vôo o tipo
de serviço embarcado, a quantidade e o lançamento contábil deveremos
preencher os campos de vôo e da data desejada. Será gerado
automaticamente um relatório com os dados mencionados.
23
Esta transação também é utilizada durante o processo de
faturamento, pois é útil para acompanhar a entrada de dados (antes mesmo do
fechamento do faturamento) para visualização de divergências de valores. Em
caso de divergência em favor da empresa não há bloqueio por parte do
sistema, mas em situações em que o engano tenha ocorrido em favor do
fornecedor o SAP aponta o erro impossibilitando a continuação do processo até
o pagamento.
A segunda transação é a KSBB que fornece relatório contábil por
centro de custo, isto é, apresenta o montante mensal acumulado durante o ano
em cada conta (como a de alimentação, por exemplo). Esse tipo de relatório é
utilizado na análise da diretoria e como base para elaboração do orçamento da
empresa, pois é possível fazer a previsão do gasto para uma determinada
conta. É importante analisar o custo de cada vôo para avaliar a viabilidade em
manter um certo tipo de alimentação ou não, pois esse custo refletirá no preço
da passagem aérea por ser um indicador em caso de aumento.
Esta transação depende do sistema estar instalado e em
funcionamento em todas as localidades onde há operação da empresa.
As transações MCSJ e KSBB são específicas para geração de
relatórios, porém a ZMI1 (detalhada no capítulo III) também é de utilidade para
fornecer os valores que deverão ser pagos aos fornecedores, além do
montante gerado por cada vôo. Na verdade a ZMI1 dá uma visão geral do que
pode ser visto de forma detalhada pela MCSJ.
Os relatórios gerenciais são gerados automaticamente após o
lançamento de dados em qualquer uma das fases do processo de faturamento.
Esses relatórios são o resultado da integração de informações que favorecem a
eliminação da redundância dos dados e que aumentam a qualidade e a
eficiência do fluxo de informações que atendem às diversas áreas da empresa.
O sistema SAP R/3 contém tabelas que possuem um mecanismo que
ao ser acionado conduz o programa a um certo rumo de tomada de decisão,
dependendo das necessidades de seus gestores.
24
CONCLUSÃO
A monografia apresentada tentou mostrar a importância de um
controle interno eficiente dentro das organizações, porém para que isto
aconteça essas organizações precisam investir alto em um sistema de gestão.
E o SAP R/3 demonstra ser uma ferramenta capaz de atingir esse objetivo.
Para o segmento de transporte aéreo ele é fundamental, pois esse
tipo de ERP possui um alto nível de integração entre as suas tabelas o que
facilita o controle interno e permite maior confiabilidade dos dados
apresentados em seus relatórios gerenciais.
A nível de faturamento dentro desse tipo de empresa, o SAP R/3
mostra-se eficiente para análise e decisão empresarial, pois dá uma visão
global dos seus custos dentro das suas operações diárias.
Mesmo assim, a utilização de um Sistema Integrado de Gestão como
o SAP R/3 para controle do faturamento apresenta pontos fortes e fracos
demonstrados abaixo:
« Pontos Fortes:
a) uma base de dados única;
b) agilidade no fluxo de informações;
c) controle interno de custos;
d) acompanhamento de resultados da empresa;
e) obtenção, a qualquer momento, das informações de contas a pagar;
f) agilização do processo de consolidação da previsão (anual) e
acompanhamento (mensal) do orçamento da empresa;
g) constitui-se em um meio para a transformação de uma organização
orientada por funções para uma orientada por processos.
25
« Pontos Fracos:
a) possibilidade de modificação de dados que não foram gerados
automaticamente;
b) deve ser adaptado às necessidades de cada tipo de empresa;
c) exige alto investimento de tempo, pessoas e equipamentos para sua
implementação e operação;
d) redução de pessoal;
e) resistência às mudanças por parte dos usuários do sistema.
O sistema SAP R/3 não aponta todas as incorreções ou divergências e
nem pode garantir a total confiança dos dados, mas os benefícios obtidos com
a integração e controle sistemático das informações fazem com que o sistema
SAP R/3 seja uma importante ferramenta gerencial.
26
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
PÁGINAS DA INTERNET: http//www.SAP.com
http//www.google.com.br
http//www.estado.com.br/jornal
http//www.wa.com.br
LAROCCA, Danielle. SAP R/3 – Ferramentas de Relatório. Rio de Janeiro,
Editora Ciência Moderna Ltda., 2000.
MORAIS, Sandra Maria R. Um Estudo da Implementação de Sistemas
Integrados de Gestão e sua Evolução para o e-Business. Tese de pós-
graduação – NCE – UFRJ. Março, 2000.
HYPOLITO, Christiane Mendes; PAMPLONA, Edson de Oliveira. Sistemas de
Gestão Integrada: Conceitos e Considerações em uma Implantação. XIX
Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP – Anais eletrônicos,
Nov 1999.
SAP R/3 – CD ROM da SAP.
CARDOSO, Rogério. R/3 Upgrade 4.6 – Processo de Catering – Refeições.
Apostila de treinamento, Jan 2001.
27
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
O SISTEMA SAP R/3 10
1.1 – O que é um ERP? 10
1.2 – Módulos e Processos 11
1.3 – Contabilização das classes custo e receita no sistema R/3 12
CAPÍTULO II
MÓDULOSSAP R/3 14
2.1 – MM – Gestão de Materiais 14
2.2 – SD – Vendas e Distribuição 14
2.3 – FI – Finanças e Contabilidade Geral 15
2.4 – AM – Ativo Imobilizado 15
2.5 – TM – Gerenciamento de Viagens e Reembolso 15
2.6 – CO – Controladoria e Custos 16
2.7 – PP – Planejamento da Produção 16
2.8 – PM – Manutenção de Planta 16
2.9 – QM – Gerenciamento da Qualidade 16
3.0 – HR – Gerenciamento de Recursos Humanos 17
3.1 – EH&S – Medicina e Segurança do Trabalho 17
28
CAPÍTULO III
TRANSAÇÕES NO GERENCIAMENTO DE MATERIAIS (MM) 18
3.1 – Função ZMEB 18
3.2 – Função ZMC2 18
3.3 – Função SM35 19
3.4 – Função ZMC4 19
3.5 – Função FBL1 20
3.6 – Fechamento do Faturamento 20
CAPÍTULO IV
RELATÓRIOS GERENCIAIS 22
CONCLUSÃO 24
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 26
ÍNDICE 27
29
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia: Sistema SAP R/3 – Ferramenta para controle em
empresas de transporte aéreo
Autor: Alexandre Rizzuto de Oliveira
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
Conceito Final: