UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CULTURA POPULAR COMO PRATICA DE ENSINO NAS
UNIVERSIDADES PÚBLICAS
Por: Simone Santos Côrtes
Orientadora
Professora: Monica Melo
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CULTURA POPULAR COMO PRÁTICA DE ENSINO NAS
UNIVERSIDADES PÚBLICAS
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito
parcial para obtenção do grau de
especialista em Docência do Ensino
Superior.
Por: Simone Santos Côrtes
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AGRADECIMENTOS
Quero agradecer em primeiro lugar a Deus que é minha inspiração maior, aos mestres que com grande generosidade nos deram a oportunidade de construirmos novos e valorosos conhecimentos, que nos possibilitará grandes conquistas. Aos meus queridos colegas de turma que se fizeram presente de forma completamente especial, certamente muitas amizades estão sólidas nessa nossa grande caminhada A minha família que é minha estrutura de vida.
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DEDICATÓRIA
A todos que buscam no ensino a “saída” para a liberdade. A minha filha Fernanda Vieira e o meu marido Luis Fernando Vieira que são minha eterna inspiração.
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RESUMO
Sabemos que a educação no Brasil passou e ainda passa por grandes
obstáculos, porem de alguns anos pra cá, com esforço de poucos, podemos
dizer que, já obtivemos grandes conquistas, mas devemos concluir também
que, ainda há muito que se fazer. Se pararmos para pensar na educação
desde o descobrimento do Brasil, vamos entender que vivemos alguns séculos
completamente na escuridão. A nossa cultura é responsável por grandes
mudanças, pois o nosso povo capita com facilidade as informações contidas
nas diversas formas de arte, que se propaga por todo o país, essa troca de
informações possibilita um grande avanço em todas as áreas, pois um povo
melhor informado cresce e faz quem está ao seu redor crescer cada vez mais.
A sede de se informar e passar informações traduz hoje uma sociedade que
busca o melhor sob todos os aspectos.
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METODOLOGIA
A minha monografia se constituiu de uma forma completamente voltada
para a área da cultura popular, buscando influir de forma lúdica, para facilitar a
didática do ensino. Com trabalhos em diversas atividades artísticas pontuando
oniricamente as matérias e em qualquer área Humana, que o docente se
propuser a ensinar.
Mostrei que a cultura popular pode ser um grande facilitador na vida
acadêmica, de docentes e discentes, basta que todos estejam integrados á
construção de novos conhecimentos. Com cultura popular como forma de
ensino podemos apreender com mais alegria e disponibilidade para aquilo que
nos propomos.
Para que esse trabalho fosse desenvolvido busquei informações dos
mais variados autores, felizmente em nosso país existem muitos Doutores das
artes, que vivem suas vidas em função de nossa cultura como um todo, isso
certamente facilita não só na construção de uma monografia, mas influência a
vida cotidiana de todos nos, entre eles posso citar: Ivam Cavalcante Proença,
José Ramos Tinhorão e Luis Fernando Vieira.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
VISÃO GERAL DA CULTURA POPULAR
NO ENSINO 11
CAPÍTULO II
APLICAÇÃO DA CULTURA POPULAR NO ENSINO 25
CAPÍTULO III
COMO UTILIZAR A CULTURA POPULAR COMO FERRAMENTA DE ENSINO 47
CONCLUSÃO 54
BIBLIOGRAFIA 57
ÍNDICE 60
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INTRODUÇÃO
A cultura popular nos dá uma diversidade muito grande de
expressão, são dezenas de seguimentos artísticos que abordam desde o mais
simples adorno doméstico, a mais requintada vestimenta usada nas muitas
apresentações nas festas de nossos folguedos.
Reflete muitas vezes a vida cotidiana dos habitantes de uma
determinada região, que através de seus hábitos, costumes, de suas
necessidades imediatas, mostra nesta ou naquela religião, nas brincadeiras de
rua, nos textos, literários, no teatro, na música em fim sem sentimentos
coletivos, uma forma de fixar na memória, sua identidade apresentando ano
após ano, de geração em geração, a cristalização de uma tradição, numa
marca na história do país.
Muitas dessas apresentações podemos usar como estudo nas
Universidades, fazendo de forma lúdica o ensino, sobre os assuntos abordados
em festas, através de suas múltiplas manifestações artísticas.
No trabalho serão utilizados temas musicais, texto literários, e
imagens de filmes e programas de televisão, para exemplificarmos uma forma
de transmitirmos informações hora usadas na história do Brasil, ou num fato
sociológico, mas sempre com um olhar didático facilitando a compreensão de
quem nos se propõe a ensinar.
Podemos dizer que a forma de se utilizar a cultura popular, como
um método de transmissão de conhecimento usando a linguagem e a
ambientação que o aluno nela estiver vivenciando.
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No ensino contaremos com o apoio de material tecnológico
específico (áudio visual), dando desta forma maior visualização as informações
apresentadas.
O ensino é cada vez mais amplo, em decorrência da cumplicidade da
educação, agentes da ação didática aparecem alem do espaço escolar, hora
atuando em sindicatos, em empresas ou nos meios de comunicação de massa
de massa, por tanto se faz necessário um ensino crítico, com o professor,
investido de educador, com compromissos políticos e de formação, mas
também uma prática didática que transmita ao aluno, conhecimento, e
principalmente desenvolvimento de suas capacidades criticas e mentais.
Uma consciência política pode ser traduzir pelo professor em eficácia
e efetividade ao refletir na ampliação do nível cultural do aluno, assegurando
rendimento satisfatório, ajudando-o a ter pensamento autônomo, coragem de
duvidar e questionar a realidade, dando condições do aluno elaborar respostas
criativas e práticas.
O professor deve criticar a escola, mas também, seu método e
conteúdo, objetivando lançar um olhar aos movimentos sociais, de forma a se
observar que nas classes subalternas, se faz uma legítima cultura na
democratização do ensino devemos ter um olhar constante ao bem coletivo, e
que a elite cultural nem sempre inclui o povo, mas o matem submisso.
A sociedade não pode excluir na educação as classes pelos
conflitos gerados por ela, pois nas condições e antagonismos, estão
representantes de um povo como todo. A inclusão é uma meta que deve ser
utilizado como propriedade no ensino, para possamos reduzir as diferenças.
A cultura popular, representada na educação dos trabalhadores
(Associações, Sindicatos, comunidades, mostram um pensar ainda não
legitimado pela sociedade) ficando os educadores a margem dessas
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observações e preocupações legítimas, muitas vezes distanciadas pelos
métodos, conteúdos e práxis da educação formal.
É na inclusão de todos que vamos formar uma consciência critica, e
para isto, temos que observar de forma ampla uma estruturação onde caibam
todas as diferenças, e isto se faz, com trabalho, esforço, disciplina,
persistência, com olhares diversos e principalmente múltiplos.
Conforme a pedagogia do oprimido, Paulo Freire – Ed. Paz de Terra –
segunda Ed. 1945 pagina 44.
A pedagogia do oprimido, humanista é libertadora, terá dois
momentos distintos. O primeiro, que o oprimido vão desvelando o mundo de
opressão, e vão comprometendo-se nas práxis coma sua transformação; o
segundo, em que transformada a realidade opressora, essa pedagogia deixa
de ser do oprimido e passa a ser a pedagogia dos homens em processo de
permanente libertação.
A cultura popular rompe de certa forma com a história oficial,
precisamos colocá-las em direções que forme uma base real, traçando analises
que possam trazer informações das necessidades de todas as classes sociais
para a correta formação de um profissional para o mercado de trabalho.
O olhar da didática na junção da cultura popular e a literatura podem
ser feito na convergência de necessidades do público que adota.
Aqueles poemas de cordel enfocam os problemas da mulher, a condição de
submissão, discriminação desde pela sexualidade, sempre usando a poesia
como uma forma de alertar, e reivindicar mudanças sociais.
Por tanto a cultura também pode ser uma aliada no ensino da antropologia,
política e ciência social.
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CAPÍTULO I
VISÃO GERAL DA CULTURA POPULAR NO ENSINO
A pesquisa vai apresentar a visão sobre aplicação da cultura
popular no ensino superior é muito simples, talvez seja uma adaptação do
método Paulo Freire usado no ensino fundamental, aumentado com as lentes
da diversidade cultural do nosso país.
Cotidianamente o aprendizado se torna mais pratico quando usado de uma
forma lúdica, para retermos uma informação ela fica mais fácil quando usada
numa canção, a fotografia ou uma tela nos dá uma maior dimensão histórica,
do que apenas uma fala sobre este ou aquele aspecto geográfico,
representação teatral, faz com que aquela história apresentada seja fixada
mais rapidamente, portanto as atividades artísticas nos proporcionam um
aprendizado com laser, produzindo um resultado mais eficaz na apresentação
do conteúdo didático.
A aplicação deste método a princípio pode parecer difícil, mas não
é, é sim, mais trabalhoso porque precisamos adaptar nossas aulas as mostras
artísticas e culturais, mas numa pesquisa objetiva logo encontramos, um
resultado eficiente.
O som e imagem quando aplicados a um texto, nos faz perceber
com maior nitidez, aquela informação que queremos dar, uma percepção a
mais dada ao aluno, fazendo-o reter no seu inconsciente dados que se forem
relacionados à matéria realçam os conhecimentos, dado uma associação
imediata do que for proposto.
As aulas ficam mais leves e interessantes dando-a a oportunidade
de passar um maior número, sem o natural cansaço que quantidade de novas
informações, no limitado espaço de tempo que uma aula nos permite.
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Hoje, com as novas tecnologias fica muito atraente o uso desses
recursos possibilitando as instituições de ensino, e até os próprios professores
arcarem com os recursos financeiros usado nesse tipo de ensino. O
computador nos dá múltiplas utilizações, de ao projetar uma foto, imagem,
som, ou outro recurso audiovisual, de desdobrar simultaneamente um texto,
daquilo que for mostrado.
O texto que o professor utilizar desenvolvendo nesse programa será
minimizado no futuro, quando o professor poderá projetá-lo ,diminuindo as
preparações das aulas que estão todas embutidas em cds, que serão
atualizados nas mudanças que se fizerem necessárias, aumentando dessa
maneira o tempo disponível para o professor fazer argüições, observações e
respostas as dúvidas que os alunos tiverem.
A cultura popular não é só uma forma de prender o aluno, na
matéria que se apresenta, mas também de aumentar os recursos didáticos de
se passar conhecimento, trazendo recursos que o mundo dispõe, em
aprendizado prazeroso fora dos bancos escolares, dentro do cotidiano do
aluno, aliando recursos que se podem obter nas faculdades, bibliotecas,
centros culturais, e muitas vezes na própria residência do aluno.
Exemplos práticos:
Podemos utilizar o samba enredo auxiliando o ensino de história, é um
importante apoio didático, desde os primórdios (década de vinte), o tema de
samba enredo esteve ligado diretamente a história do Brasil.
Na década da comemoração dos 500 anos de descobrimento,
desenvolveram-se enredos abordando nossa história, os sambas destes
desfiles são verdadeiras aulas sonoras, que podem ser reproduzidas em salas
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de aula, através de aparelhos, ou cantadas ao vivo pelo professor e alunos,
seguindo um folheto com a letra da música.
No ano novo, a Liesa, Prefeitura e Itamaraty se uniram para
comemorar a data com um carnaval temático, foram definidos temas, e as
escolas escolhidas desenvolviam.
Não houve uma lógica cronológica para descrever o enredo, nem a
obrigatoriedade na escolha do tema, portanto uma escola poderia desenvolver
o mesmo aspecto estético que outra, mudando apenas o enfoque artístico,
através da estética de seus diferentes (componentes e carros alegóricos) e a
música (samba de enredo). No próximo capítulo será demonstrado de forma
didática, os exemplos aqui citados.
A Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, escolheu a formação da
república, e criou “Ordem e Progresso, amor e folia no milênio da fantasia”, do
carnavalesco Jaime Cesário.
A Acadêmicos da Grande Rio, escola de Duque de Caxias, conta a
história do Brasil, através dos festejos carnavalescos como o enredo: “Carnaval
a Vista – não fomos catecsados, fizemos Carnaval.” Do carnavalesco Max
Lopes, no desfile apresenta as três raças, branco, índio e negro, que mesclada
formaram nossa grande festa – o Carnaval.
A Unidos de vila Isabel, do bairro carioca com o mesmo nome, cria o
enredo “Academia Indígena de Letras,”- sou índio, eu também sou mortal,
criação de Osvaldo Jardim, onde apresenta costumes da cultura indígena, sem
rion histórico, mas onde apresenta as diferenças as cultura Portuguesa.
A Caprichosos de Pilares, do bairro de Pilares zona norte do Rio de
Janeiro, aborda a história do Brasil, no século xx, sob a ótica cultural num
enredo de Eteraldo Brandão, intitulado “Brasil, teu espírito é santo”
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A tradição traz um enredo intitulado “Liberdade” sou negro raça e
tradição de Orlando, com temáticas sobre o negro, suas crenças, lutas,
costumes e afirmação de uma raça que justifique sua identidade.
A Mocidade Independente de Padre Miguel, escola da zona norte do
rio, traz um enredo intitulado “verde, amarelo, branco e azul”, colorem o ano
2000”do carnavalesco Renato Lage, uma visão do índio que vem do futuro até
nós, sobre as riquezas das nossas florestas, metais, fauna e nossa geografia
crisimental.
A Portela do bairro de Osvaldo Cruz, (zona leste do Rio de Janeiro),
traz um enredo “trabalhadores do Brasil a época de Getulio Vargas,” criado por
José Félix, mostra a trajetória política de Getúlio Vargas com suas iniciativas
econômicas e sociais.
A Unidos da Tijuca, do Morro do Boreu, na Tijuca (zona leste do Rio
de Janeiro), com enredo “terra dos papagaios, navegar foi preciso.” de Chico
Spinoza, mostra como o português caiu no nosso país na chegada ao Brasil.
A mangueira, a mais tradicional escola de samba carioca,
apresentou o enredo “Dom Obá II – Rei dos Esfarrapados,” de Alexandre
Lousada, contra a luta de geração em geração, mostrando a fibra do negro,
que apesar de muitos serem de origem nobre, aqui lutaram para firmarem-se
com homens livres.
A acadêmicos do Salgueiro apresentou o enredo “Sou Rei, Sou
Salgueiro, meu reinado é brasileiro.” De Mauro Quintaes mostra a história do
nobre D. João.
A Imperatriz Leopoldinense, nascida no bairro de Ramos, trouxe o
enredo “Foi seu Cabral de descobriu o Brasil, dois meses depois do carnaval.”
De Rosa Magalhães, uma visão do mundo quando o Brasil foi descoberto.
A União da Ilha do Governador traz o enredo “Pra não dizes que não
falei das flores.” De Mário Borrielo, onde aborda a Ditadura Militar, e
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desenvolve o tema mostrando a importância da liberdade, enfatizando pessoas
que lutaram por ela, e instituições que apoiaram ahsfdyd política.
A Beija Flor, escola de Nilópolis (Baixada Fluminense), apresenta o
enredo “Brasil, um coração que pulsa forte, pátria de todos ou terra de
ninguém.” A comissão do carnaval, faz uma abordagem espírita na formação
dos brasileiros, baseado no livro de Chico Xavier.
A Vira douro, escola de Niterói, trouxe o enredo “Brasil: visões de
paraísos e infernos.” De Joãozinho trinta , inspirado acreditava-se na visão do
português, que o Brasil , era um paraíso na terra , já o negro achava que era o
inferno. Portanto, temas não faltam para falar de nossa cultura, que desde o
século XIX é obrigatório no currículo escolar, elemento forte na formação de
nossa nacionalidade.
Com as mudanças sociais, mudam-se as propostas na educação, e
o ensino passa a ser questionado. Dentro do mesmo processo musical de
transmitir conhecimento podemos usar o samba como exemplo, de mostrar
diversos enredos, “quatro sendo de moda e costumes”, de Matinho da Vila,
podemos pensar a formação de nosso pro, a miscigenação que compõe nossa
dualidade e a bondade , quando falamos de raça negra , e seu sonho de
liberdade podemos citar o samba de Paulinho da Viola “uma história diferente
foi o compositor Aurinho da Ilha em” Histórias de liberdade do Brasil “(cantado
por Martinho da Vila), ligadas as lutas dos negros.
O samba “como era verde o meu Xingu” (Dico da Viola e Paulinho
Mocidade), canta a beleza da terra, e liberdade dos donos das terras, os índios.
Nossa identidade cultural foi cantada por Carmem Miranda, nos EUA
do norte, através do samba Brasil pandeiro do compositor Assis Valente.
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1.1- FERRAMENTAS PARA O USO DA CULTURA POPULAR NO
ENSINO.
1.1.1- DIDÁTICA
A palavra de origem grega prove da “DIDAKTIKE”, que significa maneira
(arte) de ensinar, é uma técnica e pratica que experimenta através da pesquisa
novas formas de ensino, e dão possibilidades de novas formas de proceder o
ensinamento.
É uma vertente da pedagogia, e está ligada ao conteúdo do ensino e aos
procedimentos específicos para se construir o conhecimento. A pedagogia
pode ser considerada a ciência e arte na educação, e a didática do ensino.
No uso diário a didática é uma ferramenta do professor evoluindo
sempre, reforçando os conceitos fundamentais das disciplinas, aperfeiçoando e
atualizando através do conhecimento de novas técnicas utilizadas em salas de
aula.
Groh define como tema fundamental os objetivos - sócios - político-
pedagógicos da educação escolar, os princípios didáticos, os conteúdos
escolares, os métodos de ensino, a aplicação de técnicas e recursos na
avaliação da aprendizagem.
O professor tem que ter atributos pessoais, que vão valorizar e
facilitar, o ensinamento, como clareza, boa dicção, simpatia, recursos visuais,
condições físicas da sala de aula (iluminação, temperatura, etc..) agregam
valores que colaboram para o desempenho positivo de uma boa aula. Ao
quebrar a rotina, buscamos ferramentas diversificadas ampliando a visão e o
entendimento aluno sobre a matéria ministrada.
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A quebra da monotonia na didática dá uma nova dimensão à aula,
colocando em alerta o aluno e facilitando o aprendizado, podemos adicionar a
essa quebra aulas praticas em laboratórios ou em pesquisas de campo.
Aula planejada previamente imprime recursos próprios e objetivos
ao desempenho. A interação entre professor e aluno, torna o aprendizado mais
fácil e menos monótono, trazendo conhecimento científico aliado ao
aprendizado mais prazeroso dessa forma o ensino estimula, dirige incentiva,
impulsiona o processo educacional.
1.1.2- FERRAMENTA DE ENSINO
O Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular da
UFPB disponibiliza o site, www.museouuppo.com.br, com bancos de dados e
pesquisa ampliando as informações tanto para pesquisa de campo como textos
para consulta pública (em loco ou pela internet). Nas aulas de História Geral
podemos adotar o livro “Rei Arthur e os Cavaleiros da Távora Redonda” de
Cícero Pedro de Assis, lançado pela editora Nova Alexandria (SP).
Essa história também pode ser acompanhada no cinema na década
de cinqüenta do século xx, em filme dirigido por Richar Thorpe, ou na produção
de 2004 de Antoane Furque com a produção de “Rei Arthur”. São mais de vinte
filmes sobre o tema, tendo se destacado o filme “excalibur” de John boorman,
versão fiel da lenda popular.
Câmara Cascudo, sita que os livros do povo tiveram em versão de
cordel, a adaptação dos clássicos como, Donsela Teodora, Rosa de Milão,
Genoveva de Barbante, Imperatriz Porcina e dezenas de personagens
clássicos universais em sextilhas de cordel.
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“As aventuras de Robson Crusoé” e “Aventuras de Simbá, o
marujo”, adaptações feitas para o cordel por Cícero Pedro de Assis, pela
editora Luzeiro.
Jotacê Freitas no livro Cordel, pedagógico trás teoria, técnica e
práticas da literatura de Cordel em sala de aula, usado para facilitar o
aprendizado da leitura e da escrita. O livro expõe a prática na área educacional
realizada por 12 anos, por um dos poetas mais produtivos da Bahia parte do
texto desse livro é resultado do trabalho de conclusão do curso “Especialização
apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialistas em
Arte na Educação para o curso do Instituto de Educação Superior de Afonso
Claudio – ISEAC- ES.
Em Belo Horizonte (MG) encontramos o centro popular de cultura e
desenvolvimento CPCD- que promove a educação popular a partir da cultura
formada como matéria prima de ação institucional e pedagógica.
Podemos obter informações relevantes para o ensino no portal do
professor, criado pelo Ministério da Educação oferecendo informações nas
seguintes áreas: Espaço de aula, Jornal do Professor, Recursos Educacionais,
Cursos e Materiais, Interação e Colaboração e Links. “Outros pontos de apoio:
“Saber Cultural”, “Salada Cultural – Arte”, Século XXI”,” Site de apoio ao
educador.”
O Cinema é uma ferramenta importante em sala de aula, podendo o
filme influenciar positivamente o comportamento, desenvolvendo assuntos e
temas diferentes dentro do contexto de aula. O filme tem que ter um tratamento
especial, não apenas como de um expectador comum a participação do aluno
deve ser feita após a exibição num amplo debate com todos.
O domínio pelo conteúdo pelo professor pode ser notado no seu
envolvimento com o tema enfocado, interagindo aluno e professor,
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estabelecendo dessa forma uma relação social. Isso fortalece a abertura a
novas tecnologias criando-se uma nova visão na Educação. ´
É uma forma dinâmica de se estabelecer uma possibilidade de
melhorar a qualidade de ensino. O Filme não pode estar desvinculado do
projeto pedagógico com enriquecimentos paralelos sobre moral cultura e
sociedade. As imagens fazem parte da cultura do homem, assim como a
própria escrita, o uso dos recursos áudios visuais engrandecem as aulas
tornado-a com mais qualidade e envolvendo a todos, trazendo os alunos para o
tema sugerido pelo docente.
O senso critico deve ser construído não apenas para questões políticas
e sociais, mas para uma critica no todo, psicológica, mental, corporal, em fim,
em todos os sentidos do ser humano.
Com o auxilio do áudio visual, tornamos os alunos mais reflexivos e
críticos nas diversas áreas da vida, analisando os contextos políticos, sociais,
culturais e interpessoais.
Não é só uma mudança pedagógica a inserção do filme em sala de
aula, é uma mudança no processo de aprendizagem, com diferentes
abordagens, pois com eles usamos linguagens como meios de produzir,
comunicar e expressar idéias, usufruindo novas informações.
A projeção é um meio de ensino e será completado pelo professor
na intervenção dos debates e na inclusão de informações no decorrer da aula.
O objetivo e foco sobre a matéria devem ser observados pelo professor e se
possível conscientizar e interagir com outros professores para que dentro da
ótica de suas matérias completem informações na área de cada um.
Segundo a filósofa Marilena Chaui:
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“Faz uma abordagem do termo através de sua
etimologia. Dessa forma revela que o termo cultura vem
do verbo latino, “collerr” que originalmente era utilizado
para o cultivo ou cuidado coma planta. Por analogia o
termo foi empregado para outros tipos de cuidados, como
o cuidado com as crianças ou puericultura, o cuidado com
os Deuses, ou culto e etc... Cultura era então o cuidado
com tudo que dissesse respeito aos interesses do
homem, que fosse material ou simbólico, para a
manutenção desse cuidado era preciso a preservação da
memória e a transmissão de como deveria se processar
esse cuidado, daí o vínculo com a educação e ao cultivo
do espírito. O homem culto teria então uma interioridade
“cultivada para a verdade e a beleza, inseparáveis da
natureza e do sagrado. No século XVIII o tempo vai se
ligar a um outro. Saber, o vocábulo civilização. Essa
ligação se estabelecera positiva ou negativamente
conforme a linha de pensamento. “Para os românticos,
enquanto a civilização expressa artificialmente,
convenção, “Sujeição da sensibilidade e do bem natural
aos espertinhos da razão artificiosa,” A cultura era
bondade da interioridade espiritual.” (Russeau) a partir do
conceito de Russeau, percebemos o germe do
desenvolvimento ou aperfeiçoamento do ser humano. A
cultura era medida de uma civilização, não era concebida
como natureza, como viam os românticos, mas específico
da natureza humana, isto é, o desenvolvimento autônomo
da razão, na compreensão dos homens, da natureza e da
sociedade para criar uma ordem superior, (civilizada)
contra a ignorância e a superstição”( Dissertação de pós
graduação de Geralda Magela da Purificação Longas,
pg.52)
21
Peter Burk, historiador Inglês observa que a Alemanha, um dos países
retardatários (a formação dos estados nacionais na Europa) onde começa a
surgir uma série de termos para definir essas produções do povo.
Essa visão sobre cultura popular passou a ser aceita pelos setores
cultos da sociedade, interessando-se por poesia popular, contos populares e
música popular.
Em “Cultura popular, revisitando um conceito historiográfico.” Roger
Chartier faz suas próprias teorizações acerca do termo, cultura popular, ele
inicia suas análises de uma forma um tanto desconcertante, quando já na
primeira frase afirma que a cultura popular é uma categoria erudita, ao mesmo
tempo em que afirmação é óbvia, ela explicita o que muitas vezes se encontra
em estado latente, como possibilidades, mas não, da mente claro, ressaltando
o risco de simplificação, as diversas definições de cultura popular, a da modelo
de abordagem e interpretação, a saber, o primeiro pensa a cultura popular
como autônoma, com lógica própria e completamente irredutível a cultura
letrada; o segundo focalizando a hierarquias existentes no mundo social
percebe a cultura popular em suas” dependências e carências em relação a
cultura dos dominantes” (Chartier, 1995)
Na teoria literária encontramos o russo Mkhail Bakhtin, em
importante analise da cultura popular, quando investiga esse assunto com
pretensão de encontrar nele, as matrizes da obra do escritor Francês François
Rabelais, para situar o leitor na problemática do autor renascentista, Bakhtin
tenta produzir uma teorização do grotesco e da cultura carnavalesca, tomando
estes como peças chaves para a compreensão da cultura cômica popular na
idade média e do renascimento. Afirma que o riso popular é um dos aspectos
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mais importantes no que diz respeito ao conjunto das criações populares, mas
que a despeito disso, ele é um dos itens menos estudados.
No Brasil os estudos começam na segunda metade do século XIX
sob os auspícios da construção da identidade nacional, e isto que insinua o
trabalho de Silvio Romero.
A Wikipédia define assim: Cultura popular, Cultura de massa é a
cultura vernacular- isto é, do povo, cultura popular pode ser definida como
qualquer manifestação cultural (Dança, Música, Festas, Literatura, Folclore,
Arte e etc...) em que o povo produz e participa de forma ativa.
Características e o que diferencia e classifica um povo, é o que dá o
tom e a cor a uma dada sociedade e abrange um modo de vida. Uma opinião
amplamente sustentada é que a cultura popular tende a ser superficial. Os
itens culturais que requerem grande experiência, treino ou reflexão para serem
apreciados, dificilmente se tornam itens da cultura popular.
Ao contrário da cultura da “cultura de elite.” a cultura popular surge
das tradições e costumes e é transmitida de geração em geração,
principalmente de forma oral. O conteúdo da cultura popular é determinado em
grande parte pelas indústrias que disseminam o material cultural, como por
exemplo: as indústrias do Cinema, Televisão e Editoriais, bem como os meios
de comunicação. No entanto, a cultura popular não pode ser descrita como
produto conjunto dessas indústrias, pelo contrário é o resultado destas.
O mais importante na arte popular ou cultura popular, não é o objeto
produzido, mas sim o artista, o povo, a periferia, isso faz com que a arte
popular seja contemporânea ao seu tempo.
A na arte popular ou cultura popular constitui um tipo de linguagem
por meio da qual, o homem do povo expressa sua luta pela sobrevivência –
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cada objeto é um momento de vida, ele manifesta o testemunho de algum
conhecimento, a denúncia de alguma injustiça.
É ao mesmo tempo conservadora e inovadora. Ligada a tradição,
mas com novos elementos que surgem com o tempo – a inspiração da cultura
popular vem dos acontecimentos corriqueiros, diferente da cultura erudita, que
é ensinada nas escolas, e que às vezes é vista como um “produto” e faz parte
de uma elite.
Ao ver a cultura como algo amplo, sem ser um produto, chega-se a
conclusão que toda cultura é por definição popular. Não existe cultura
pertencente a um único grupo social, toda cultura é baseada em fatos
históricos sociais que implicam na formação cultural e na aceitação de valores
e costumes.
1.1.3 FONTES
A Cultura de massa tem múltiplas origens é alimentada
principalmente a custa das indústrias que tem lucros a inventar e promover
material cultural (...)
(...) Uma segunda fonte da cultura popular muito diferente das primeiras é o
folclore (...)
Estudos
(...) Os estudos culturais populares são uma disciplina acadêmica que
estuda a cultura popular (...)
É nesta questão que situamos o nosso trabalho, colocando o olhar
acadêmico pelo prisma da cultura popular, usando técnicas e dispositivos
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pedagógicos para interpretar disciplinas que sejam olhadas pelo povo em suas
diversas manifestações populares.
Taylor, afirmava que “cultura é um conjunto de idéias, comportamentos,
símbolos e práticas sociais, artificiais (isto é, não naturais ou dialógicas)
aprendem de geração por meio da vida em sociedade”. Nem sempre a cultura
de massa é a cultura do povo, a de massa pode estar ligada a cultura
industrial, a do povo raramente está, é feita pelo homem comum, o homem do
povo.
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CAPÍTULO II
APLICAÇÃO DA CULTURA POPULAR NO ENSINO
Temos que observar que a relação da cultura popular com o ensino,
é lúdica, servindo como motivação para ilustrar os conteúdos. Quando fizemos
a utilização dos sambas de enredo como exemplo para as aulas de histórias,
citamos apenas o fato histórico, aqui faremos seu uso didático na aula.
Neste capítulo também apresentaremos, outros tipos de
manifestações artísticas para serem utilizados nas demonstrações áudio
visuais no programa de ensino, proposta pela ementa de cada matéria que for
citada.
Começaremos então pelo uso do samba de enredo, nas aulas de
história, conforme já citamos no capítulo anterior, no ano em que prestamos
homenagem aos 500 anos de descobrimento, a Liesa (liga das escolas de
samba), orientou seus associados, a utilizar nos enredos temas alusivos a
história do Brasil.
No livro “sinal fechado, a música brasileira sob censura”, de Alberto
Moby ele cita nas paginas 8 e 9, uma referência sobre o uso da musica popular
nos estudos acadêmicos:
“(...) apesar do papel fundamental na cultura brasileira, a
música popular tem sido relegada com objeto de estudo,
dos memorialistas, que tratam como elemento de ligação
entre suas experiências pessoais e um passado cultural
idealizado aos profissionais da área de letra, cujo
interesse pela música não erudita urbana está vinculado
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exclusivamente ao discurso poético contido nas canções,
ou a alguns pesquisadores diletantes e jornalistas
encarregados no noticiário musical...” (Pgs. 8 e 9)
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Porto da Pedra, de São
Gonçalo, em seu samba de enredo, desenvolveu um tema alusivo a República
(formação), e seu carnavalesco Jaime Cesário, criou o desfile “Ordem e
Progresso, amor e folia no milênio da fantasia.”
“Brilhou no céu
O ideal da liberdade
O país querendo ser feliz
Sonhou com a igualdade
Mais sem união e amor
Não da para melhorar
Os republicanos
Buscaram na França
Idéia pro Brasil mudar
E sem se importar
Com o apoio do povo
Poder queriam conquistar.
Ordem e progresso
Tem que produzir
A união da fé (com muito Aché)
Mais sem amor não vai construir
A integração que quer.
O povo fez-se independente
Caminhou
Com muito amor
Fez a folia
27
E nossa cultura agitou
Se povo e governo pudessem brindar
Um elo de amor e paz
Na festa dos 500 anos
Não separa jamais
Sacode a cidade, levante o astral
E o tigre di novo nesse carnaval
Com ordem, progresso, amor e folia
“Saudando o milênio, tudo é carnaval.” (Silão Ricardo
Góes, Ronaldo Soares, Chocolate e Fernando Lima, ano
de 2000)
No Grêmio Recreativo Escola de Samba, Acadêmicos do Grande
Rio, o carnavalesco Max Lopes, desenvolveu o enredo sobre as três raças que
serviram de base na miscigenação brasileira, branco, índio e negro e
desenvolve o tema “Carnaval a Vista: não fomos catequizados”, com o desfile
ao som do samba de enredo de J. Mendonça, Pedrinho, Messias, e Mingau,
com a seguinte letra:
“Naveguei e cheguei
Bons ventos me trouxeram d'além mar
Monstros marinhos, tempestades vieram pra me assustar
Ao chegar, festeja o dono da terra
Fui rezar a primeira missa e esse solo abençoar
na brasilinda melodia curubins
Terra brasilis e o seu cantar feliz
Toca gaiteiro e espanta a tristeza
Que a festa é tupiniquim e portuguesa
E o cordão não parava de aumentar
Quem vem pra conhecer, já não quer mais voltar
Margeando o Chico eu vou
28
Ouvindo a batucada de Sergipe
Toca bumbo toca Zé Pereira
E sambando vem quem vier
Se deixar eu canto a noite inteira
Mas batuque no terreiro meu sinhô não quer
Verdade
Se tornou realidade
Enfim o carnaval da liberdade
Bate tambor me leva que eu quero ir
Amor vem fazer sorrir
Abram alas Grande Rio vem aí, vem brindar
Lança-perfume, pois o baile vai começar
A praça é nossa e o povo quer sambar
Desperta Brasil
Eu quero é paz tristeza nunca mais
Se alguém cuidar da juventude
Ó pátria mãe gentil
Outros 500 serão nos anos 2000.(J Mendonça, Pedrinho,
Messias e Mingau, ano de 2000)
O Grêmio Recreativo Caprichos de Pilares, com enredo de Eteraldo
Brandão.
Brasil eu amo você
Meu país abençoado
Brasil de JK, JQ, JG
Memórias de um passado
Brasil virou o jogo na arena
29
Roubou a cena
O bom senso idolatrado
E a Caprichosos
Agradece e bate palma
Se Deus é brasileiro
O povo é a alma
O violão, a bossa nova
Uma canção do Rei
O coração, a lei
Nos caminhos da saudade
A esperança, a paz
Diretas a sua vontade
Na alegria dos carnavais
Vencemos, dançamos
De cara pintada tiramos
Deu pra ver
O que é amar
Nossa Pátria mãe gentil
Hoje a festa é sua
É só comemorar
Meu Brasil
Capricha na virada, amor, amor
O futuro é todo seu
O espírito é santo, é guerreiro
Sou mais você, valeu.
(Mauro,Chaundinho, J. Bodão e Marco do Swing no ano
2000)
30
Grêmio Recreativo Escola de Samba Tradição, Os compositores
Jorge Macumba, Erô Baianinho, Juraldra da Tradição, fizeram o samba
“liberdade, sou negro raça e tradição”, cantando a saga dos negros desde a
libertação, até nesses dias inspirados soirhjb de Orlando Junior.
Liberdade
Sou negro, raça e Tradição
Vim de Angola, da minha mãe África
Num navio negreiro, clamando por Zambi
Vim para um solo bonito e maneiro
Caí na senzala para trabalhar
Mas negro é forte, valente e guerreiro
Até hoje se ouve um lamento ecoar (ôôô)
Ôôô... ôôô... ôôô
Baiana gira baiana
A alma do carnaval Dance pro seu Orixá (bis)
Vamos firmar a Kizomba
Fazer o povo sambar
Maracatu
Maculelê e cavalhadas (valeu Zumbi)
Valeu Zumbi
O negro é rei nas batucadas
Na arte, o negro encanta
Cultura tradicional
É resistência do samba
Hoje é só felicidade
Negro quer comemorar
Parabéns pra você
31
Que foi descoberto em 22 de abril
Desperta gigante
Chegou tua hora (bis)
Pra frente Brasil(Jorge Macumba, Erô Baianinho e
Juraldra, ano 2000)
Gremio recreativo Escola de Samba Mocidade Independente Padre
Miguel, enfocando o Indio , e comentando sobre nossas riquesas minerais , e
personagens exuberantes ,Ricardo Lage ,trouxe para a avenida o enredo
“Verde, Amarelo, Branco e Azul , colorem o ano 2000,” desenvolvido
musicalmente por Dico da Viola; Jefinho ; Marquinho Indio ; e Marquinho PQD.
O coração do mundo está em festa
E bate forte nesse carnaval
Mas a saudade
de uma forma iluminada
Vem trazendo visitantes
do espaço sideral
É bom recordar o que já passou
Também vou mostrar
como estou
Eu quero aprender
um pouco mais a caminhar
Com os índios do futuro viajar
E mergulhar nessa paixão
Com as cores da bandeira
no meu coração
Oh! Meu Brasil,
esperança que pode curar
Encantos mil,
e um segredo pra se desvendar
32
Riqueza que desperta
o avanço cultural
Reflete muito mais
que o brilho do metal
Oh! Meu Brasil,
o infinito quando toca o mar
Num beijo anil,
um cenário que me faz sonhar
Que o amor pode guiar
o novo amanhecer
E a gente ensinar o que é viver
Viver em paz pra ser feliz
É só amar nosso país
É preservar o que se tem
Seguir a Deus, plantar o bem
É abraçar o nosso irmão
Ao inimigo só perdão
A nossa estrela vai brilhar
E a luz da paz eternizar
Canta, Brasil(Dico da Viola; Jefinho; Marquinho Indio e
Marquinho PQD, ano 2000)
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela , no enredo
“Trabalhadores do brasil - A Época de Getúlio Vargas”,no temas de José Félix,
fala do Presidente e dos ganhos dos trabalhares com carteira de trabalho,
férias e horário fixo , alem de outros direitos desenvolvido no samba de enredo,
criado por , Amilton Damião , Edynei, Zezé do pandeiro e Edinho Leal.
O raiar de um novo dia
Desafia meu pensar
Voltando à época de ouro
Vejo a luz de um tesouro
33
A Portela despontar (lálalaiá)
Aclamado pelo povo, o Estado Novo
Getúlio Vargas anunciou
A despeito da censura
Não existe mal sem cura
Viva o trabalhador ôôô
Nossa indústria cresceu (e lá vou eu...)
Jorrou petróleo a valer...
No carnaval de Orfeu
Cassinos e MPB
O Rei da Noite, o teatro, a fantasia
No rádio as rainhas, a baiana de além-mar
Tantas vedetes, cadilacs, brilhantina
Em outro palco o movimento popular
E no Palácio das Águias
Ecoou um grito a mais
Vai à luta meu Brasil
Pela soberana paz
Quem foi amado e odiado na memória
Saiu da vida para entrar na história
Meu Brasil-menino
Foi pintado em aquarela
Fez do meu destino
O destino da Portela
(O raiar...)(Amilton Damião, Edynei, Zeze do Pandeiro e
Edinho Leal, ano 2000)
O Gremio Recreativo Escola de Samba Unidos da Tijuca , onde Chico
espininoza desenvolve o tema “terra dos papagaios, navegar foi preciso”,
contando a chegada dos portugueses em nosso país , em samba enredo
desenvolvido por Edson de Oliveira , Henrique Badá e Jacy Inspiração.
34
Brasil, Brasil, Brasil
Pra falar de ti em poesia
Folheando a história
No tenebroso mar da imaginação
Lembro que a viagem foi traçada
Calmaria fez mudar a direção
Hoje a Tijuca faz a festa
E mostra o valor dessa união
Caravelas ao mar, expedição
Obrigado Cabral, quanta emoção
Terra à vista!
O despontar dessa nação
O índio, a fauna, a flora
Paraíso de encanto e sedução
Nesse encontro com os portugueses
Um momento tão divino
Cada qual se fez irmão
Rezando a missa
Todo mundo em comunhão
Brasil, tu já não és mais um menino
E seguindo o meu destino
Seja lá por onde for
Vou te redescobrindo a cada dia
Na grandeza do teu povo
E no teu solo promissor
É lindo ver tremular
Bem alto o teu pavilhão
E repartir esta alegria com a multidão
Paz, amor e esperança
Uma voz anunciou
É chegada a nova era
35
Abençoada pelo Criador (Edson de Oliveira, Henrique
Badá e Jacy Inspiração, ano 2000)
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mangueira, conta a história
dos negros e seu líder , em “ Dom Obá II – Rei dos esfarrapados” , no enredo
de Alexandre Louzada no samba de enredo de Marcelo D’Aguiã , Bisuca ,
Gilson Berrnini e Valter Veneno.
Dom obá ii - rei dos esfarrapados, príncipe do povo
Axé, mãe áfrica
Berço da nação iorubá
De onde herdei o sangue azul da realeza
Sou guerreiro de oyó
Filho de orixás
Vim da corte do sertão
Pra defender a nossa pátria mãe gentil
Sou "dom obá", o príncipe do povo,
Rei da ralé
Nos meus delírios, um mundo novo
Eu tenho fé
No rio de lá
Luxo e riqueza
No rio de cá
Lixo e pobreza
Freqüentei o palácio imperial
Critiquei a elite no jornal
Desejei liberdade
500 anos Brasil
E a raça negra não viu
O clarão da igualdade
Fazer o negro respirar felicidade
36
Sonho ou realidade?
Uma dádiva do céu (do céu, do céu)
Vi no morro da mangueira
Sambar de porta-bandeira
A princesa Isabel(Marcelo D’guiã, Bisuca, Gilson Berrnini,
e Valter Veneno,ano 2000)
No Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro,
o carnavalesco Mauro Quintaes, conta a história econômica do brasil na é poça
de dom João VI , e o progresso trazido para as artes com as riquezas
conquistadas, o samba de enredo é de Fernando Baster , JC Colto , Jaó da
Valsa, Touro e Wander Pires.
Senhor, olhai por nós
Iluminai este momento
Os nossos corações
E as emoções estão ao vento
Navegando o passado
Nas águas do meu pensamento
E hoje...
A história vem mostrar
A transmigração da realeza
Chegando à Bahia, trazendo luxo e riqueza
E no Rio de Janeiro, a corte veio encontrar
No carioca maneiro, um povo festeiro a comemorar
Roda baiana bonita
Vem no balanço do mar (bis)
O teu sorriso clareia meu olhar
Mudando o rumo da economia, meu Rio seria
A grande atração comercial... Gira, gira capital
37
Dom João está sorrindo
Curtindo seu reinado tropical
Nova estrutura, arte e cultura
E veio a coroação
Criou-se um legado de artistas
Que ao mundo encantou
E nessa caravela futurista
Sou mais um sambista, me leva, que eu vou
Vou brincar com meu amor...
Vou brincar com meu amor, eu vou que vou
Nessa viagem de alegria, Salgueiro eu sou (bis)
Parabéns, meu Brasil
Vem comigo, arrebenta bateria.(Fernando Baster, JC
Colto, Jaó da Valsa, Touro e Vander Pires, ano 2000)
No Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense ,
no enredo “Foi seu Cabral que descobriu o Brasil”, de Rosa Magalhães ,
também conta a história do descobrimento, nos versos de Mrquinho Lessa ,
Guga, Tuninho Professor, Amaurizão e chopinho.
Quem descobriu o Brasil , foi seu Cabral, no dia 22 de
abril , dois meses depois do carnaval.
Terra à vista!
O grito de conquista do descobridor
A ordem do rei é navegar
E monopolizar riquezas de além-mar
Partiram caravelas de Lisboa
Com o desejo de comercializar
As especiarias da Índia
38
E o ouro da África
Mas, depois, o rumo se modificou
Olhos no horizonte, um sinal surgiu
Em 22 de abril, quando ele avistou
Se encantou
Tão linda, tão bela!
Paraíso tropical (bis)
Foi seu Cabral quem descobriu o Brasil
Dois meses depois do carnaval
Terra... abençoada de encantos mil
De Vera Cruz, de Santa Cruz... Brasil
Iluminada é a nossa terra
O Branco, o negro e o índio
No encontro, a origem da nação
E hoje, a minha escola é toda raça
Convida a "massa" e conta a história
São 500 anos vivos na memória
De luta, esperança, amor e paz
Eu quero é mais
Viver feliz, oi (bis)
Sambando com a Imperatriz (Marquinho Lessa, Guga,
Tuninho Professor, Amaurizão e Chopinho,ano 2000)
No Grêmio Recreativo Escola de Samba Ilha do Governador, teve
seu enredo desenvolvido por Mário Borrielo, e samba de enredo de Franco,
Marquinho do Banjo e Niva, no seguinte tema: “Pra não dizer que não falei de
flores”, onde falam das músicas e espetáculos proibidos pela ditadura militar.
39
“Vô", eu "vô"que "vô"! cantando em verso e prosa!
Vou abrir meu coração! (eu vô, eu vô!)
Vou me libertar no perfume desse mar, num mar de rosas!
Vou das cinzas pra folia! Minha arma é uma flor!
E vestido de alegria vou florir esta avenida pra falar de
amor!
Vem! Vamos embora!
Quem faz a hora bota o "bicho" para "correr"! (bis)
Vem, vem, vem, que tá na hora!
A Ilha canta não espera acontecer!
Eu "vô" botar a boca no mundo!
Pode até me "censurá" mas a terra é do "hôme"!
Carcará é um pega, mata e come!
Quem tem fé na paz de Deus e na mão que faz a guerra!
Não vi, não sei! Se ouvi, neguei! Calei, mas resisti!
Num anjo, mãe de um querubim, nas guerrilhas do
Pasquim!
Caminhando e cantando, seguindo a canção
Voltei "nas águas" do refrão!
Marcha soldado! Bate tambor! Ôôô!
Que o "barco da volta" chegou pra ficar! Ai, iaiá! (bis)
Rasga no peito esse meu coração! Meu amor!
Mais do que nunca é preciso cantar! Ai, ioiô!(Franco,
Marquinho do Banjo e Niva,ano 2000)
Em “Brasil um coração que pulsa forte , pátria de todos ou terra de
ninguém”, feito pela comissão de carnaval da escola, abordando a formação
espírita dos brasileiros com samba de enredo de Igor Leal e Amendoin , foi
desfile feito pelo Gremio Recreativo Escola de Samba Beijaflor de Nilópolis.
40
Luz celestial que ilumina
Astros abrem a porta divina
Guiando a navegação
Descobrindo esta nova nação
Semente de uma nova era
Paraíso de belezas naturais
Índios guerreiros de pele dourada
E alma purificada
Habitavam este solo colossal
Corsários e aventureiros
Invadem Cruzeiro pela ambição
Lutaram e colonizaram
A pátria de todos os povos então
E o negro aqui chegou... chegou
O seu canto de fé ecoou... ecoou
Liberdade pra ser feliz... feliz
O braço forte que ergueu nosso país
Assim
São Vicente veio a encantar (obá, obá)
Berço da democracia
A primeira cidade do Brasil
Meu Rio, eu sonhei!
Que o Senhor havia nos dado a mão
Que havia ordem, progresso e perdão
E um ser de luz a iluminar
E hoje eu canto
Ó pátria amada! Me envolvo em seu manto
Por essa terra sem dono, sem leis
Pra ver o sonho que sonhei
Me abraça amor com seu calor
41
Faz pulsar meu coração
Sou Beija-flor e trago a paz
Nos olhos da geração(Igor Leal e Amendoin,ano 2000)
Joãozinho Trinta desenvolveu para o Gremio Recreativo Unidos do
Viradouro o tema: “ Brasil visões de paraisos e infernos”, paraiso para o
branco(portugues), e inferno para o negro (africano) , explorado como escravo ;
o samba de enredo foi criado por Gilberto Gomes, Gustavo, Dadinho, PC
Portugal e Mocotó.
Na era medieval começa o meu carnaval
No paraíso eu me vesti de branco
E no "martírio eterno", o vermelho é meu manto
Navegando ao Oriente, "Seu" Cabral
O "Jardim das Delícias" descobriu
"Seu " Caminha escreveu o que ele viu
Maravilhas do Brasil
Bordunas, tacapes e ajarés
Na dança o índio põe ao seus pés
Mas nascem idéias diversas, são mentes perversas
Não foi essa a lição dos pajés
Ire, ire, pra agba yê
O negro canta, o negro dança em liberdade
Ire, ire, pra agba yê
Pra agba yê, felicidade
Bem longe daqui, na festa da coroação
O negro africano, nos seus desenganos
Desfaz-se dos planos, pro branco explorar
Preso nas correntes da vida
São marcas que jamais esquecerá
Mas o tempo passou e a felicidade eu vejo brotar
42
Na luz da esperança, há paz e alegria
Pro Rei do universo abençoar
O dia vai raiar, amor, amor
Com a Viradouro eu vou, eu vou, eu vou
Meu canto de amor se espalha no ar
Quinhentos anos vamos festejar.(Jilberto Gomes,
Gustava, Dadinho, PC Portugal e Mocotó, ano 2000)
2.1 Cordel
Não só o samba de enredo, pode servir de exemplo em sala de
aula, outros gêneros poderão ser usados , como as músicas de carnaval, como
o samba carnavalesco, as marchinhas , que com irreverência, humor e sátiras
descreviam o cotidiano carioca , e diversos aspectos de nossa sociedade.
Podemos diversificar as aulas com um outro tipo de manifestação
artística popular , abrangendo com os temas desenvolvidos, várias matérias ,
aproveitando o uso da história do Brasil , podemos citar centenas de livretos de
cordel que falam sobre o tema , poderá ser usado apenas dois como ilustração
para as aulas sobre o “Centenário da República” e “Tiradentes.”
Falando da Republica , José João dos Santos , mestre Azulão ,
escreve o livreto “Cem anos da República na literatura de Cordel”, com 28
páginas, e ilustração de Everaldo.
...“Era Manoel Teodoro
Da Fonseca sem engano
O ilustre Marechal
Nordestino Alagoano
Que ajudou a proclamar
O poder Republicano”...
43
... “Foi Marechal Deodoro
Um militar muito ordeiro
Nasceu lá em Alagoas
Filho de Pobre Roceiro
Mas chegou até ser chefe
De estado Brasileiro ...
... “Deodoro já tenente
Depois foi capitão
Comandou diversas tropas
Debelou revolução
Participou de campanha
ganhando honra e brasão
Na guerra do Paraguai
Para lá também marchou
Com exército de Osório
Das lutas participou
Vendo morrer dois irmãos
Depois pro Brasil voltou”
Voltou como coronel
E honrado brasileiro
Portando fé de ofício
Chegou ao Rio de Janeiro
Em setenta e quatro , era
Promovido a brigadeiro ...”,
O cordel conta então toda trajetória do Marechal, sua ida a fronteira
, promoção a Marechal de campo , os rompimentos diplomáticos do Brasil , a
Proclamação, sua posse como presidente , conta em verso a história , citando
outros nomes com Benjamim Constant , Dom Pedro , Marechal Floriano , entre
outros , é um passeio poético na nossa história , dando ao aluno a
44
oportunidade de conhecer fatos , de forma divertida e de fácil memorização ,
porque se o aluno decorar os versos , com certeza irá guardar mais
informações preciosas sobre a nossa história, o folheto reforça a aula dada ,
mas não a substitui.
Apolônio Alves dos santos , escreveu cordel sobre “ Tiradentes , o
matir da Independência.” De oito páginas . Assim ele começou o folheto.
“ Joaquim José da Silva
Xavier , o nome seu
Que pela conjuração
Mineira , muito sofreu
O qual como grande herói
Por sua pátria morreu”...
Ele conta toda história de inconfidência , seus delatores , a prisão
feita pelo Visconde de Barbacena , a prisão no Rio , o enforcamento , a posição
dos políticos , enfim , a história de Tiradentes , resumida em verso , termina
assim :
“... Aqui findei de contar
A morte de Tiradentes
Leitores citei algumas
Vidas de alguns presidentes
E por não ter mais espaço
Sinto ânsias atraentes.
Em todos os aspectos de nossa cultura a literatura de Cordel está
presente , comentado fatos históricos , nomes de políticos , ecologia , reforma ,
agrária , folclore , pessoas famosas , até fatos corriqueiros que podem ser
analisados a luz da antropologia ou da psicologia.
45
Como ilustração citarei alguns autores e seus respectivos temas :
“Brasil de ontem e de hoje (Azulão) ; “ Velho Graça ,100 anos de Graciliano”
(Azulão) ; “Gregório, Carlos Lacerda e o Cristo Getúlio Vargas” (Jota
Rodrigues); “Paschoal Carlos Magno” ( Gonçalo Ferreira da Silva) ; “Umberto
Peregrino”.
(Raimundo Santa Helena) ; “Jorge amado em Cordel” ( Valeriano Felix dos
Santos) ; “ Mestre Cascudo” (Gonçalo Ferreira da Silva); “ A reforma agrária e o
movimento dos sem terra” ( Jota Rodrigues) ; “Proteja o meio ambiente”
(Azulão); “ A biografia de lampião” ( José Severino Cristovão); (Trechos da vida
de Lampião” (Expedito Sebastião da Silva) :
“Zumbi, Rei dos Palmares” ( Valentino Felix dos Santos), e milhares de outros
temas.
Em Santa Tereza existe a casa de “cultura São saruê” que abriga a
“Academia de Literatura de Cordel” ; onde encontramos peças de artesanato ,
biblioteca , arquivo histórico , escola de arte , centro de estudos e editoração de
Cordel.
O próprio livreto de apresentações da casa de cultura é em formato
de livreto , e em versos. A casa fica na Rua Leopoldo Froes , 83 santa Tereza ,
desta forma o professor pode preparar suas aulas tendo o Centro Cultural
como apoio, que terá em livretos sobre diversos assuntos para as matérias
dadas em sala de aula.
Não podemos deixar de reiterar que apenas na música e na literatura de
cordel temos elementos para ilustrar as aulas , mas também no Cinema,
Novela ,Teatro , Artes Plásticas, Folguedos em fim, em inúmeras
manifestações artísticas.
... Para encerrar, nosso modo de aplicar a cultura popular, vamos enfatizar
sua utilização em sala de aula com o uso da tecnologia.
46
Vasquez em seu livro “As idéias estéticas de Max” faz as seguintes
observações:
“ (...) as relações entre a produção e o consumo , na
sociedade capitalista , encontram- se mistificadas , já que
nela a produção não está a serviço do homem , não se
acha dirigida para a satisfação de suas necessidades ,
mas para a criação de mais valia. Aparentemente o
consumo e o gozo influem sobre a produção , determinam
sua direção e extensão , mas, na realidade , o próprio
consumo se encontra dirigido e organizado no sentido de
satisfazer as exigências da produção (...)
Portanto, a tecnologia será apenas uma ferramenta de apoio
didático, e sua aplicação, será feita com os conhecimentos específicos de cada
matéria. (Conforme citação do pesquisador e professor Luis Fernando Vieira.)
em seu artigo na Revista UNIG.- número 5 da Universidade Iguaçu.
47
CAPÍTULO III
COMO UTILIZAR A CULTURA POPULAR COMO FERRAMENTA DE ENSINO
As citações das diversas atividades artísticas populares como
ferramentas de ensino , não serão para substituir o conteúdo ditático das
ementas , mas para complementar de forma lúdica as informações , ou seja ,
tornando através de exemplos audio visuais as aulas mais leves e atraentes ,
formando no uncosciênte do aluno uma ligação mais rápida entre o conteúdo
acadêmico e os exemplos visuais e auditivos.
Quando citamos os sambas de enredo , queremos dar ao aluno uma
idéia do feito histórico , usamos então o projetor de imagens mostrando as
letras do enredo , e simultaneamente sua musica , isto tudo depois do
professor ter dado as informações acadêmiocas que ajustem com o tema de
Escola de Samba. Não é, por tanto uma substituição do conteúdo da matéria
pela letra de Samba de Enredo , mas um apoio , para a fixação das
informações dadas.
Enfatizamos o Samba de enredo por ser um instrumento audio
visual de fácil acesso para todos , não só através dos diversos canais de
comunicação como internet etc... como também , através dos diversos
veículos que comecializam Cds e Dvds.
Hoje , temos ,livros que foram transformados em histórias gravadas
em Cds, temos contos completos , a disposição de todos em bibliotécas , e em
coleções vendidas nas bancas de jornais.
Para exemplificar , a revista caras produziu uma coleção chamada
“Livro Vivo” , onde alem do livro impresso , produziu em Cd , entre os livros
publicados estão: “Dom Casmurro” (Machado de Assis) ; “Senhora” (José de
Alencar); “O cortiço” (Aluizio Azevedo) ; “ A ilustre Casa de Ramiris” (Eça de
48
Queiroz); “ O guarani” (José de Alencar) ; “ Memórias Póstumas de Brás
Cubas” (Machado de Assis) ; “ Triste fim de Policarbo Quaresma” (Lima
Barreto) ; “A escrava Isaura” (Bernardo Guimarães); “ A Moerninha” (Joaquim
Manoel de Macedo), por tanto é uma forma de se levar um conteúdo literário ,
através de um instrumento de comunicação popular, que é a revista e o
Cd.Não é propriamente cultura apenas popular , mas uma forma popular de se
mostrar a cultura fora dos padrões convencionais dados em sala de aula,
servindo a audição com substituição da leitura, permitindo ao aluno uma opção
de conhecer a obra de autores brasileiros, fora da sala de aula ou da biblioteca,
levando a história através de fones de ouvido a ourtos lugares onde o aluno se
encontre, restaurante ,praia ou outros lugares quaiquer , alem de se
democratizar o ensino, diversificando o local de aprendizagem.
Histórias gravadas, teatralizadas , escritas em versos , filmadas e
televisadas, formam ferramentas diversas de apresentação de conteúdos
didaticos e do ensino formal , o apoio da cultura popular é mais um dos
aspéctos dessa diversidade, é uma forma unírica de se demonstrar
conhecimentos em multiplas áreas do saber.
O Ministério da Educação e Cultura através da funarte produziu
vídeos intitulados “brasilianas” , onde aborda assuntos da nossa cultura popular
, que vão desde a demonstração de uma peça de teatro de marionetes , a um
documentário sobre o bumba-.meu-boi , ou a Caitira. É uma série abordando
pessoas , fatos curiosidades ligadas a cultura do povo , folclore, e assuntos
rurais como a Medicina Popular.
Alem dos vídeos citados , o cinema brasileiro possui em sua
cinematografia diversos filmes relatando livros e autores, através de contos ou
documentários (curtas e longas metragens).
A televisão também se apropriou da literatura para apresentar
trabalhos teatralizados como o “ Sítio do Picapal Amarelo” , de Monteiro
49
Lobato, tornando-se um veículo de entretenimento , informação e laser ,
conquistando prêmios internacionais , e seus trabalhos vendidos para dezenas
de países de todo o mundo. O conteporâneo Ariano de Suassuna teve suas
peças adaptadas para televisão, mostrando o seu trabalho para milhões de
espectadores como aconteceu no “Auto da Compadecida” , que também virou
filme.
No livro “Musica” – O nacional e o popular na cultura brasileira; de
Enio Squeff e José Miguel Wisnick , fizeram a seguinte observação sobre a
cultura popular:
(...) “ O popular em trasformação convivi com dados da
música internacional e do cotidiano cidadino como veem
no popular distânciado um ethos platônico, acham que le
deve retornar de forma organizadamente pedagógica para
devolver o carater perdido pela cultuira de massa.
Acontece que esse retorno nunca pode se dar, essa
regreção á origem não encontra o entervalo para se
impor, rastada na esteira do processo tecnológico –
economico onde rola o caus heteronímico do mercado.
Em ves de olharde frente esse processo, O programa
musical nacionalista resiste até quanto pode (...)”(Pgs.148
e 149)
Gostaria de resaltar o conseito de texto, no trabalho executado, e que foi
usado como uma ferramenta basica no cápitulo anterior para isto nos valemos
de Herculando de Carvalho que diz, no texto de Ivan C. Proença, no livro
Memórias do Carnaval.
50
“ Precisamos agora de realizar uma outra distinção, que,
de resto , já ficou implícita no que até dissemos, mas que
convem compreender bem claramente e, para isso, tornar
explícita: a distinção entre texto propriaqmente dito e texto
escrito. Quando na linguagem corrente se fala de texto é
o segindo que esta palavra normalmente se entende. Não
é porem a eleque nos referimos quando aqui usamos
desse termo: para nós será texto própriamente dito ou em
sentido próprio o produto imediato do acto da fala, quer
ele seja materialmente explicitado, quer se conserve no
interior da consciência do sugeito falante, sob as formas
de um significante ( ou combinação de significantes),
traduzido ou, ao menos, sempre susceptível de se traduzir
em “palavras sonoras”, numa cadeia de vibrações fisicas
produzidas pelo “ aparelho fonador” do sujeito emissor e
captaveis pelo ouvido: produto em relação ao qual o texto
escrito é algo de secundário, enquanto constitui
unicamente a sua fixação ou representação gráfica. Esta
representação pode ser de todo faltar e falta, de facto,
muitas vezes. O texto de que falamos, pelo contrário
nunca falta, desde que exista um acto verbal, embora
possa não se manifestar oralmente, como sucede nos
actos de fala silênciosos, que tem como produtos textos
silênciosos aos quais, tanto como os outros, podem ou
não fixar-se por escrito.” (pag. 32)
A designação de texto, encontrada na forma latina textus, us , s.m-
tecido , em lançamento, textura, texto. Portanto, o texto é uma artefato fono-
sintático- semantico, onde processamos com profundidade a fim de ficar
evidente seu carater de operação translinguistica.
51
Nosso corpo de textos advem da oralidade, ligando-se a outros
textos , como por exemplo, o texto oficial oferecido pela Escola sobre História
do Brasil, ou as palavras chaves (sinpse) oferecida aos compositores.
Considero então a definição usada por Favero e Koch( Favero,
Leonor Lopes “Coesão e coerências textuais”,
“...texto em sentido amplo, designando toda e qualquer
manifestação da capacidade textual do ser humano (uma
música, um filme, uma escultura, um poema etc.) e em se
tratando de verbal temos o discurso, atividade
comunicativa de um sujeito, numa situação de
comunicação dada, enclobando o conjunto de enunciados
pelo lucutor (ou pelo lucutor e interlocutor,no caso dos
diálogos) e o evento de sua enunciação.” (pg.25)
Tomamos como referência não só propriamente o universo verbal,
mas o extra- linguistico, pois sem significado leva em conta fatores históricos e
sociais.
Na leitura do samba de enredo, propomos uma relação coma
História do brasil, no seu amplo sentido, não só os eventos históricos mas sua
extenção variavel. Não é apenas a história (fatos e vultos) mas sua paticipação
no momento que são colocados, expressando o imaginário de seu contexto
histórico, portanto procuramos localizar como lidam os sambistas com os
traços culturais, em seu universo como um todo.
O Samba enredo
“ Um contador de histórias é justamente o contrário do
historiador, não sendo um historiador, afinal de contas,
mais do que um contador de histórias. Porque essa
diferênça? Simples, leitor, nada mais simples. O
52
historiador foi inventado por ti, homem culto, letrado,
humanista; o contador de histórias foi inventado pelo
povo, nunca leu Tito Lívio, e entende que contar o que se
passou é só fantasiar.”
Machado de Assis (Dissertação de pós graduação de
Geralda Magela, Pag.23)
As possíveis falhas na linguagem, a forma coloquial de se dizer o
fato histórico, é elucidado neste texto de Ivam Cavalcante Proença em
Mémorias do Carnaval (já citado):
“...Engano pensar-se que existem em Sambas-de-Enredo
erros de concordância , regência ou sinclitismo. Não há.
Tal como acontece com o cordel, com as manifestaçoes
em geral, de tradição oral, a letra do samba-de-enredo
possui sua sintáx interna, isto é, aquela que serve à
comunicação específica popular. Há que se observar,
apenas, se a construção se mostra adequada á realidade,
aquele contexto vocabular, linguístico do povo. É preciso
que o estudioso, o pesquisador , o “julgador” conheça os
componentes estruturais dessa “sintáx interna” própria,
peculiar. Aqui, neste universo, popular, não há erros em
presença da chamada gramatica normativa. Se, ao
escritor, digamos erudito , se permite libertação das
normas(já que ele bem as conhece), em benefício da
criatividade, por que exigir do compositor popular
fidelidade a elas, se ele, a final, consegue estabelecer a
ponte comunicação em seu meio? O único parâmetro, no
caso, é “adequação” ao contexto em que se produziu o
texto e a própria condução da “narrativa”. Por outro lado,
os “erros de ortografia, acentuação, são irrelevantes.”
(Pg.34)
53
Estamos sugerindo a cultura popular como uma forma de se integrar
o popular ao erudito , a sabedoria do povo ao saber acadêmico com pequenas
diferênças ,mas de grande profundidade no contexto final, utilizando as
moderas ferramentas , ao uso acadêmico através de uma demonstração
artística utilizando tecnicas e aparelhos modernos.
O que antigamente, usávamos em sala de aula, era apenas, a
palavra do professor, e o giz no quadro negro. Hoje, contamos com uma
diversidade muito grande de recursos que vão desde a simples oratória do
professor, ao mais sofisticado dos computares, integrando sons, imagens, e
dispositivos que fazem uma variedade de informaçãoes colorindo as aulas
como um caleidoscópio didático. Temos ainda recursos como canetas a laiser ,
microfones( lapela,pedestal de mão) tabletes, e um inimaginável número de
instrumentos, que fazem interatividade entre o mestre , a matéria e o aluno.
54
CONCLUSÃO
Nossa sugestão é se colocar a cultura Popular a cerviço do saber
acadêmico, utilizando suas diversas manifestações , apenas, como apoio
didático.
No programa de televisão “Escolinha do Professor Raimundo” entre
uma piada e outra, vários personagens questionam fatos que depois são
esclarecidos pelo mestre, mostrando de forma divertida, várias vertentes de
nosso saber culto.Claro, que não estamos fazendo apologia do humor , da
piada, em sala de aula, mas o uso, das ferramentas que a arte nos empresta ,
e que utilizamos , tornando nossos ensinamentos mais acessiveis ao aluno
levando a leveza de nossa cultura popular como encadeador de
conhecimentos.
A grande cartada em sala de aula é o uso da cultura popular aliada
a tecnologia servindo-se da imagem e do som , como um grande chamariz para
o saber erudito. De maneira alguma a cultura popular irá substituir a aula
formal, será apenas uma coadjuvante no desenvolvimento da aula, uma
maneira de levar ao aluno a matéria , prendendo seu interesse e de uma forma
interativa levar conhecimentos ao aluno. A cultura popular seria uma
ferramenta a mais no ensino acadêmico.
Em relação ao samba de enredo, no caso os aqui citados,
observamos que o povo gosta do discurso oficial, e nele coloca fé, a história,
corresponde ao que é idealizado no desfile. Todos querem que a realidade seja
tal é qual a que desenvolve no canaval, sem diferenças, sem conflitos, sem
opressão, onde todos são verdadeiramente senhores.
O Samba de enredo e as Escolas de Samba, ficam dentro das
possibilidades históricas, entre a realidade e a fantasia. O homem herudito
também pensa asim com ufanismo mudando apenas o campo onde se produz
55
o trabalho, sempre estruturado no nacionalismo, articulado pelas elites
dominantes.
O enredo oficializa a dominação ideológica confirma a história
oficial, a revelia da história real. O texto na execução das aulas, é apenas uma
ferramenta que o professor pode ultilizar nas aulas de história, ciência, biologia
ou outra matéria qualquer.
Com cultura e tecnologia, a produção artística pode torna-se uma
industria, e seu rítimo acompanhar o consumismo, por tanto se mal canalizadas
essa associação pode ser negativa. A sesibilidade do artísta deve sempre
suplantar a avidez comercial.
A cultura de massa está ligada aos grandes espetáculos, repletos de
recursos pirotécnicos, embalando de forma artificial, um produto que na origem
tem qualidade, mas para atender o mercado, torna-se descartável. Esse
cuidado devemos ter quando usamos cultura e tecnologia em sala de aula, o
fim é mais importante que os meios.
Observar a cultura popular e acultura de massa que são diferentes da
cultura do povo , nem toda cultura popular é uma cultura do povo, temos então
que usar o bom senso para não cairmos numa cultura íbrida, comercializada e
massificante.O bom senso do professor ao fazer uma análise critica dos
conteúdos, fará a diferença no resultado final.
O cuidado com o conteúdo tem que ser observado, para que ao
elaborarmos um plano de aula, não deixemos que a produção audio visual seja
mais importante que o conteúdo.
A elaboração didática, deve ser realizada baseada em informações
acadêmicas, embasadas em pesquisas, estudos e leituras, sempre
privilegiando o olhar acadêmico.
56
Um robusto conteúdo bibliográfico pode ilustrar de forma objetiva e
elucidativa, a mais complexa e eterogênea das informações exigidas pela
matéria, a tecnologia irá apenas espelhar o material dado em sala de aula,
produzindo uma atmosfera benéfica ao aprendizado.
Todo conteúdo construido entre aluno e professor, terá facil integração,
estabelecendo no cotidiano um elo eficaz entre as partes, desta forma
harmônica o aprendizado fluirá sempre que se fizer necessário, a sua
compreenção refletirá no seu desempenho profissional.
57
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Dissertação de pós - graduação – Luis Fernando Barciela Vieira.
Revista UNIG – Universidade Iguaçu – 2002 – Artigo Luis Fernando Vieira.
- LPS e CDS, Diversos Coleção (Coleção da Autora)
- Filmes e DVDS diversos (Coleção da Autora)
60
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
1.1VISÃO GERAL NA CULTURA POPULAR NO ENSINO
1.1 – FERRAMENTA DO USO DA CULTURA POPULAR NO ENSINO
1.1.1 – Didática 16
1.1.2 – Ferramenta de ensino 17
1.1.3 – Fontes 23
CAPÍTULO II
APLICAÇÃO DA CULTURA POPULAR NO ENSINO
2.1 – Cordel 42
CAPÍTULO III
COMO UTILIZAR A CULTURA POPULAR COMO FERRAMENTA DE ENSINO
47
61
CONCLUSÃO 54
BIBLIOGRAFIA 57
ÍNDICE 60