UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A PSICOTRICIDADE E OS BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO E DA
REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA NOS CASOS DE DISTÚRBIOS
PSICOMOTORES EM ALUNOS DE 2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Por: Miriã da Silva Antunes
Orientador
Profª. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A PSICOTRICIDADE E OS BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO E DA
REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA NOS CASOS DE DISTÚRBIOS
PSICOMOTORES EM ALUNOS DE 2 A 5 ANOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em psicomotricida.
Por: Miriã da Silva Antunes
AGRADECIMENTOS
....ao amigo Psicólogo Renan Almeida,
que me auxiliou em minhas pesquisas
bibliográficas. A professora Fátima Alves
que tanto me ajudou neste trabalho e aos
meus queridos alunos.
DEDICATÓRIA
... A Deus em primeiro lugar e a minha
querida mãe Marilúcia da Silva Antunes.
RESUMO
Este presente trabalho vem falar sobre o que é a psicomotricidade e quais
são distúrbios psicomotores que possam vir a aparecer em alunos de 2 a 5 anos
que estão com idade de cursar a educação infantil e como ela poderá a virem
auxiliar os profissionais da educação em seu contexto escolar. Pretende também
estudar quais são alguns benefícios que a educação e a reeducação psicomotora
possam vir a oferecer as aulas para as crianças dessa faixa etária que estão
neste segmento da educação, bem como analisar aspectos motrizes dessas
crianças, buscando referências para possíveis diagnósticos, para um possível
tratamento.
METODOLOGIA
O presente trabalho é um estudo aprofundado sobre o que é a
psicomotricidade e qual o seu papel no contexto escolar. Saber qual é o papel da
psicomotricidade nas aulas para alunos com 2 a 5 anos da educação infantil.
Analisar quais os possíveis benefícios que educação psicomotora possa vir
a ter para auxiliar na motricidade dessas crianças, possibilitando um pleno
desenvolvimento dessas capacidades.
Compreender o que é distúrbios psicomotores, seus sintomas e
características. Avaliar quais são os distúrbios psicomotores e como diagnosticá-
los em alunos que estão cursando a educação infantil.
Perceber os possíveis benefícios que a reeducação psicomotora venha a
oferecer aos alunos que possam distúrbios psicomotores ou que possam vir a tê-
los.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 08
CAPÍTULO I - A psicomotricidade no contexto escolar ...................................... 10
CAPÍTULO II - O papel da Educação Psicomotora. .............................................. 16
CAPÍTULO III - Distúrbios Psicomotores e a Reeducação psicomotora ............... 27
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 38
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 40
WEBGRAFIA ........................................................................................................ 42
ÍNDICE ................................................................................................................. 43
8
INTRODUÇÃO
Há muito tempo vem se falando sobre a imobilidade das crianças dentro
das escolas e como estes corpos são tolhidos de se movimentar. Por muitas
vezes essa imobilidade e esse tolhimento e causado por alguns educadores que
seguem regras e procedimentos muitas das vezes não cabíveis a uma lógica que
se pretende dentro dos objetivos da Educação Infantil, que é um pleno
desenvolvimento motor, psicológico, social e afetivo de uma criança.
Movimentar-se é uma necessidade natural da criança, principalmente nesta
faixa etária de 2 a 5 anos de idade, subir, balançar, se pendurar, equilibrar, entre
outras, são habilidades naturais, porém, que precisam ser trabalhadas e é nesta
vertente que a psicomotricidade vem se respaldar.
Entendemos o ser humano como um todo, sendo assim é um ser holístico
possuidor de corpo, mente e emoção. E sabendo disso é que trataremos no
primeiro capítulo sobre o que é a psicomotricidade e a importância dela nas
etapas inicial da Educação Básica e como ela poderá servi de auxilio durante
aulas no período do ano letivo.
Dentro desta perspectiva falaremos no segundo capítulo sobre a
Educação Psicomotora, como ela atuará no desenvolvimento motor da criança
desde o maternal até a idade da pré-escolar. Como essa educação pode viabilizar
um bom desenvolvimento das funções psicomotoras preparando-as para
experiências. Deste modo poderemos perceber se os alunos possuem algumas
dificuldades que podem ser chamados de distúrbios e nesses casos Distúrbios
psicomotores.
No terceiro capítulo abordaremos sobre esses distúrbios, como
aparecem e quais são eles. Comentaremos também sobre a Reeducação
Psicomotora e como ela pode vir a sanar esses distúrbios ou ao menos amenizá-
9
los, que posteriormente poderão acarretar problemas de aprendizado, se não
forem cuidados adequadamente.
Os estudos desses eventos supracitados são de extrema importância
para a vida do professor e quem mais tem a ganhar são os alunos, pois terão
realmente uma educação completo, desenvolvendo-se bem em todos os
aspectos, físico, motor, social, emocional e cognitivo.
10
CAPÍTULO I
A PSICOMOTRICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR
Atualmente muito vem se falando sobre a educação e como ela tem o
poder de influenciar e transformar as pessoas e principalmente na faixa etária de
2 a 5 anos de idade, em todos os seus aspectos (físico, social, intelectual, dentre
outros) e graças a isso as escolas estão com um olhar diferenciado e desafiador,
utilizando-se de novas vertentes para fazer com que este indivíduo que está
dentro da escola possa se tornar um ser completo e pleno em todos os âmbitos
de sua vida. E para que tal aconteça, aproximadamente na década dos anos 70,
para ser mais precisa nos anos de 1978, introduziu-se nas aulas de educação
física o conteúdo chamado Psicomotricidade, que segue essa linha de trabalho.
1.1 – Um breve histórico da Psicomotricidade
A psicomotricidade no início era um termo de domínio médico,
especificamente utilizado pela neurofisiologia. Eles tinham um pensamento
racional e dicotômico do homem, ou seja, o ser humano era divido em corpo e
mente e esses vivem separadamente um do outro.
Segundo LUSSAC, 2008 p.1, em 1870, os médicos nomeiam a
psicomotricidade, como uma expectativa de tentar caracterizar fenômenos
patológicose clínicos, porém sua 1ª pesquisa tem enfoque neurológico.
Segundo SOUZA, 2004, p.2, Dupré um psiquiatra francês, formulou a
noção de psicomotricidade através de uma filosofia psiquiátrica evidenciando o
paralelismo psicomotor, ou seja, a associação estreita entre o desenvolvimento da
motricidade, inteligência e afetividade.
De acordo com LUSSAC, 2008, p.1, em seu artigo Psicomotricidade:
História, desenvolvimento conceitos, definições e intervenções profissionais a
11
psicomotricidade nas escolas brasileiras foi norteada pela escola francesa na
primeira década do século XX, na época da 1ªGuerra Mundial, quando as
mulheres dos militares brasileiros precisaram entra no mercado de trabalho, e
precisaram deixar seus filhos em creches e escolas francesas.
Em 19 de abril de 1980 é fundada a SBTP (Sociedade Brasileira de
Terapia Psicomotora), por vários profissionais brasileiros incentivados por
profissionais estrangeiros ela está diretamente ligada a Sociedade Internacional
de Terapia Psicomotora (SITP). A SBTP tem por finalidade agregar os que vêm
formados e trabalham na área. Não possuí fins lucrativos. Seu caráter e de cunho
científico-cultural.No dia 08 de maio de 1986 ocorre a mudança do nome SBTP
(Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora) para Associação Brasileira de
Psicomotricidade, porém mantendo o nome fantasia de SBP, tudo isso para poder
se cumprir o Novo Código Civil Brasileiro. (SBP)
1.2 – O que é Psicomotricidade
É a ciência que tem como objetivo de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetivos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (S.B.P.,1990)
Com base na citação assim podemos dizer que a Psicomotricidade é a
relação do corpo de um indivíduo com o meio onde vive sendo influenciado pelas
relações afetivas e como esse corpo lida com suas emoções expressando- se em
formas motrizes.
Há muitos anos já se vinha falando a respeito do ser humano da
importância do corpo e sobre como estudar esse corpo. Platão apud Lorenzo
(1995,17) apresenta a dicotomia psico-mototricidade pela cisão corpo e alma.
(SOUZA, 2004, P.1)
12
A psicomotricidade pode ser definida como o campo
transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências
recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a motricidade. Desde
os tempos mais antigos, a relação do corpo com atividades
culturais humanas e com a sobrevivência inquestionável.
(FONSECA, 2009)
No início a psicomotricidade se denominava como um pensamento racional
e dicotômico no que tange às noções de corpo e mente (SOUZA, 2004). Eles
viam o ser humano como um ser fragmento, não tendo integração desses dois
filamentos para uma completa realização de movimentos, ou seja, um
interdependia do outro.
Segundo LUSSAC, 2008, p.1, Dupré em 1909, na França começam a
fazer estudos sobre o homem e começa há observar que este homem não é um
ser dicotômico, e sim um indivíduo possuído de motricidade, inteligência e
afetividade, ou seja, o homem e um ser tricotômico, que para um bom
desenvolvimento este três estão totalmente interligados e não há como separá-
los.
Nessa mesma visão podemos dizer que a emoção não pode estar separa
de estes outros dois segmentos (mente e corpo), pois o desenvolvimento da
criança depende disso da emoção da afetividade.
A psicomotricidade é algo de grande amplitude, pois o individuo é um ser
complexo e ainda mais crianças que estão prontos a descobrirem o mundo e para
aprenderem e apreenderem muitas coisas.
Como já falamos no início a psicomotricidade faz com que o indivíduo se
relacione com o meio em que ele nasce e vive (meio-ambiente; relação com meio
externo) e consigo mesmo (relação interna)para que ocorra um desenvolvimento
de sua capacidade cognitivas e motoras para que aja um bom aprendizado.
13
...o meio ambiente envolvente onde o indivíduo nasce e se desenvolve e reproduz, pressupõe, necessariamente, uma transcendente mediatização social e uma elaborada transferência e aprendizagem cultural. (FONSECA, 2010,P.13)
1.3 – A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A fase mais importante do desenvolvimento de um ser humano é a
infância, pois é nela que acontece a aquisição de conhecimento e da
aprendizagem. Vamos nos atentar neste momento a faixa etária de 2 a 5 anos
que compreende as turmas de maternal e pré-escolar. Ao observamos esta
crianças podemos ver o quão grande poder de movimentação possuem essas
crianças, elas experimentam e deixam se experimentar a toda sorte de novidades.
Sua interação com o meio em que vive (escola) e as suas relações interpessoais
são intensas.
Essa faixa etária de 2 a 5 anos compreende as fases Sensório-Motor e
Pré-operatório na teoria Piagetiana. O estágio Sensório –Motor que compreende
a faixa etária de 0 a 2 anos e o estágio em que o bebê encontra-se em um
mundo desconhecido com várias oportunidades e possibilidades a serem
descobertas, seu grau de afetividade e totalmente relacionado a figura materna.
Ao longo desses 2 anos a criança diferencia o que é dela do que é do mundo,
adquire noção de casualidade, espaço e tempo, interage com o meio
demonstrando uma inteligência fundamentalmente prática.(PALANGA, 2001,p.24)
Já no estagio Pré-operatório que compreende as idades de 2 a 7 anos
podemos observa que o aparecimento da função simbólica, ou seja, o
aparecimento da linguagem. PALANGA, 2001, p.25, o principal processo desse
período é a capacidade simbólica instalada em suas formas diferentes: a
linguagem, o jogo simbólico, a imitação postergada, etc. A criança nesta fase á
capaz de distinguir um significante (imagem, palavra ou símbolo) do seu
significado (objeto ausente). A criança começa a diferenciar a fantasia do real. Há
também a predominância da conduta egocêntrica, ou seja, a criança vê o mundo
14
de acordo com suas próprias expectativas, pensamento centrado no próprio ponto
de vista.
Instala-se também o desejo de explicações dos fenômenos denominada
fase dos “porquês”.
Com base nisso vemos que esses períodos são totalmente apropriados
para que o assunto psicomotricidade venha a ser inserido no contexto escolar
para que possa vir a auxiliar os professores dessas turmas tanto aos professores
regentes quanto aos profissionais de educação física.
De acordo com VIEIRA, 2010, ASSUNÇÃO E COELHO, 1997, p.108, diz
que a psicomotricidade é a educação do movimento com atuação sobre o
intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções
neurológicas e psíquicas.
A Psicomotricidade no contexto escolar principalmente na primeira etapa
da Educação Básica que a Educação infantil, tem como objetivo auxiliar no
desenvolvimento motor, afetivo e social do aluno, através de atividades lúdicas
que possam alcançar os educando, fazendo com que eles se exercitem de forma
lúdica e espontânea.
Sabemos que o corpo fala se sentimos algo que não podemos dizer com
palavras ele irá se expressar por movimentos, através da dor ou de um sorriso. A
psicomotricidade não busca somente a eficiência de movimentos, mais também a
eficiência psicológica.
A criança por meio da psicomotricidade terá possibilidade de vivencia este
corpo através da pratica corporal do movimento. Ela por si só já se alto
experimenta e através de atividades que explorem a expressão corporal e o
esquema corporal através de brincadeiras, serão de grande valia para que este
corpo vivido se interaja consigo com o outro.
15
A psicomotricidade esta diretamente inserida nas aulas de Educação
Física, pois a todo o momento o professor se utiliza de estratégias para fazer com
que seu aluno possa experimentar atividade que irão desenvolver as funções
motoras desse aluno. O professor é uma espécie de mediador onde ele tem a
função de ser um agente facilitador, ou seja, um estimulador do movimento, pois a
criança por ela mesma já o faz, porém precisa de alguém para a orientar de forma
correta. O professor não gera o movimento e sim a criança. O educador só
propicia ao educando a possibilidade de se desenvolver-se por completo, ou seja,
visa o desenvolvimento global do aluno.
La Psycomtricité est le desir de faire, du vouloir faire; lesavior foire
et le pouvoir faire. (DEFONTAINE APUD OLIVEIRA, 2001, P.28 –
LUSSAC, 2008, p.1)
A psicomotricidade é um caminho, é o desejo de fazer, de querer
fazer; o saber fazer e o poder fazer.. (DEFONTAINE APUD
OLIVEIRA, 2001, P.28 – LUSSAC, 2008, p.1)
CAPÍTULO II
16
O PAPEL DA EDUCAÇÃO PSICOMTORA
No meio escolar encontramos várias opções de conteúdo a serem
abordados dentro das escolas de acordo com cada modalidade de ensino.
Restringiremos-nos nesta pesquisa ao primeiro nível escolar da Educação Básica,
que é a Educação Infantil, mais precisamente com crianças de 2 a 5anos de
idade, pois entendemos ser a fase onde a criança tem uma maior gana de
aprendizagem, pois tudo é novo, interessante. E como umas das opções de
conteúdos para esta fase, vemos como primordial a Educação Psicomotora, que
poderá ser trabalhada de forma conjunta com outros conteúdos.
A educação infantil é a fase escolar que tem maior
importância, pois é quando ainda é possível melhorar a estrutura
para uma boa adaptação à realidade, com menos defesas
neuróticas. (LAPIERRE, 1986, p.74)
De acordo com CAMPÃO, 2008, p.1, quase todas as teorias do
desenvolvimento humano admite que a idade pré-escolar é de fundamental
importância na vida, por ser esse período em que fundamentos da personalidades
do indivíduo começam a tomar formas claras e definidas, e é nessa visão que a
educação psicomotora vem se integrar, ou seja, oferecer atividades para que
essa formação de personalidade possa acontecer.
A educação psicomotora tem um papel importante no processo ensino-
aprendizagem na vida de uma criança, pois nela existe uma oportunidade de que
em cada atividade proposta, se apresenta situações desafiadoras para os alunos,
para que eles possam transpassar seus limites e dificuldades.
17
2.1 – A EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
Podemos definir a Educação psicomotora como um conjunto de
atividades recreativas e lúdicas, com objetivos pré-estabelecidos e que
possibilitam o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor da criança. O
fator principal da educação psicomotora deve ser o desenvolvimento global do
aluno. Devemos priorizar o desenvolvimento do educando como um todo não
separando a parte cognitiva da motora, nem a afetiva do social.
Entendemos também que a educação psicomotora pode ser associada
como uma educação pelo movimento, pois pelo movimento a criança aprende
sobre os limites de seu corpo, até onde ele pode ir. A consciência corporal, e o
esquema corporal, traz essa possibilidade de experimentação.
Segundo LE BOULCH, 1987, p.15, o objetivo central da educação pelo
movimento é contribuir ao desenvolvimento psicomotor da criança, de quem
depende, ao mesmo tempo, a evolução de sua personalidade e o sucesso
escolar. Uma educação pelo movimento possibilita ao aluno um desenvolvimento
global através do próprio movimento, da ação e da experiência de troca de aluno
professor e professor-aluno.
Neste contexto podemos observar que uma criança que explore bem seu
corpo, através da criatividade da expressão corporal e seja capaz de entendê-lo,
tem grandes possibilidades de ter grande êxito na sua vida escolar no que se diz
respeito à parte cognitiva.
Consideramos que um excelente e importante instrumento de trabalho para
a Educação Psicomotora são os jogos e as brincadeiras, pois de acordo com
CAMPÃO, 2008, p.1, eles servem para auxiliar o desenvolvimento das crianças,
seja no plano motor, afetivo ou cognitivo com finalidade de promover um estilo de
vida ativo e saudável, conduzindo a uma qualidade de vida satisfatória.
18
2.1.1 – A BRINCADEIRA E O JOGO NA EDUCAÇÃO
PSICOMOTORA
Ao observarmos uma criança, podemos perceber que a todo o momento
ela brinca com o outro e até mesmo sozinha, pois isto é algo natural. Na escola,
para ser mais precisa na educação infantil, conseguimos ver este contexto mais
nitidamente, lá à brincadeira além de proporcionar prazer, porque a criança brinca
por prazer, traz também proporcionalmente a interação social.
Para WALLON,2007, p.54, o brincar seria, segundo Ch.Bühler, uma etapa
de sua evolução total, ela mesma composta de períodos sucessivos. A cada
momento que a criança brinca ela se desenvolve afetivamente, socialmente,
cognitivamente e motoramente.
A brincadeira é algo que oferece à criança a oportunidade de desenvolver
sua capacidade cognitiva. Sua imaginação é totalmente aguçada, bem como sua
criatividade. Ela se permite criar um mundo só seu. Dentro das aulas de educação
psicomotora o professor ou especialista deve ser o canal de mediação, levando
sempre novos possibilidades e artifícios para que essa imaginação se
desenvolva. Uma criança que consiga criar e contar pequenas histórias nesta fase
de 2 à 5 anos, no futuro poderá se tornar um educando sem grandes problemas
na área de redação, pois já terá esse esquema cerebral bem definido, porque seu
lado esquerdo do cérebro (hemisfério esquerdo), que é responsável pelo
vocabulário dentro outras funções, já terá obtido bastante estímulos.
Segundo WALLON, 2007, p.54, a brincadeira do faz de conta, cujo
exemplo típico é brincar de boneca, montar uma vassoura como se fosse um
cavalo etc., intervém uma atividade cuja interpretação é mais complexa, mas
também mais próxima de certas propostas de definição do brincar mais bem
diferenciadas. Podemos então dizer que o faz de conta se associa com a
simbologia, pois em ambos a criança utiliza a imaginação.
19
FREIRE, 2009, p.37, diz que segundo teorias, a criança tem acesso ao
símbolo entre um e dois anos mais ou menos. Nesta faixa etária a criança já esta
começando a frequentar o espaço escolar e é através dos brinquedos simbólicos,
da convivência com outras crianças, que ela poderá desenvolver área cognitiva,
motora, afetiva e social. De acordo com COSTA, 2010, Segundo ARNOLD
GESELL (1985) a criança de quatro anos têm espírito vigoroso e afirmativo,
avançam por jatos de imaginação e movimento dominando seu equipamento
motor, incluindo voz, por isso é muito faladora. As crianças de cinco anos já
conseguem lidar melhor com turbilhão das descobertas do ano anterior, o que já
pode trazer sentimentos de calma e segurança, seu domínio motor delicado
evoluiu e ela mostra-se sincera, risonha, sensível e responsável, verdadeiramente
à vontade em seu mundo, com certa tendência para uma grande “faladora”,
expressando e criando ideias e ações.
O brinquedo simbólico é tão rico para o desenvolvimento da
criança que uma análise superficial nem de longe chega a
apreender todas as suas possibilidades. (FREIRE, 2009, p.40)
No brinquedo simbólico poderemos observa que o corpo será o
instrumento de trabalho, não somente ele, mais consideramos o primordial, pois é
através dele que a criança irá se expressar. Neste contexto podemos dizer
também que a expressão corporal e a imagem corporal também estão em
evidência neste aspecto, o da simbologia.
A criança não só brinca, ela joga também. O jogo é outro recurso
importante durante as atividades físicas das crianças que estão na educação
infantil para ser mais precisa, entre crianças de 2 a 5 anos. O jogo tem sua
importância devida contribuir para o desenvolvimento integral da criança. É
através do jogo que poderão acontecer mudanças nos aspectos físicos,
intelectuais, morais, afetivos, dentre outros. A criança pelo jogo poderá vivenciar e
experimentar situações de conflitos, tomadas de decisões, e outros.
20
Segundo o Referencial Curricular Nacional (1998), para a Educação
Infantil, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa
brincar ter prazer e alegria para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio
entre ela e o mundo, portanto, a atividade escolar deverá ser uma forma de fazer
e de trabalho, fazendo com que a criança tenha um desenvolvimento completo.
Segundo GIOCA, 2001, p.7, a criança repete no jogo as impressões que
vivência no cotidiano. O jogo é uma atividade que a criança necessita para atuar
em tudo que a rodeio e desenvolve seu conhecimento.
O jogo proporciona as crianças um domínio das habilidades físicas,
motoras e até mesmo da comunicação. Por meio dele, a vivência dele a criança
desenvolve seu intelecto, através da à atenção que é imposto pelo próprio jogo.
Sua imaginação também é ativada, pois todos os seus desejos e vontades são
expressos pelo jogo. Podemos dizer que o jogo é essencial na vida de uma
criança toma posse daquilo que ela vê da realidade.
Segundo GIOCA, 2001, p.27, na faixa etária de 2 a 4 anos,
aproximadamente, onde se verifica a presença dos verdadeiros jogos simbólicos,
instala-se uma forma de jogo aparente mente diferente, caracterizada pela
projeção de esquema de imitação.
De acordo com PIAGET (1946), o jogo simbólico, faz parte da fase pré-
operatória (dos 2 aos 6 anos de idade), onde a criança, além do prazer, começa a
utilizar a simbologia. A função simbólica já está estruturada e começa a fazer
imagens mentais e já domina a linguagem falada. Com base no trecho assim
podemos dizer que os jogos simbólicos que necessitam de representação, ou
seja, a criança precisa diferencia o significante do significado. Nos jogos
simbólicos a uma presença muito grande do prazer e a descoberta do significado
das coisas.
A criança a todo o momento vivência o jogo simbólico. Podemos citar aqui
algumas situações, quando a criança imita sua mãe ou seu cuidador nos serviços
21
diários e domésticos, quando ela brinca de “faz-de-conta” transformando objetos
do cotidiano para ser transforma no objeto imaginado, como por exemplo, o lençol
coma a capa de super-herói. Quando o mundo o seu tom de voz para contar algo
que aconteceu para imitar o emissor da frase. Dentre outras situações. Podemos
dizer que o jogo simbólico é algo natural na vida da criança e dentro da escola
cabe aos educadores incentivá-lo e oferecer recursos para que a estimulação
esteja sempre presente nas mentes dos educandos. Consideramos que algo
muito importante que este de tipo de jogo possibilita é o desenvolvimento do
aspecto intelectual e cognitivo da criança, devido à faixa etária (2 a 5 anos) já esta
pré-disposta a está realidade, isto é, do imaginário.
2.2 – AS FUNÇÕES PSICOMOTORAS DENTRO DA EDUCAÇÃO
PSICOMOTORA
Para se desenvolver um bom trabalho psicomotor na vida de criança na
faixa etária de 2 a 5 anos de idade que cursam a educação infantil dentro de uma
escola usamos alguns recursos, conceitos e conteúdos, e dentro da
psicomotricidade e para ser mais precisa na educação psicomotora temos dois
filamentos que vem a ser tornar algo de sumo importância para um bom
desenvolvimento motor na vida dos alunos, que são os funções psicomotoras. Os
educadores físicos devem conhecê-los bem e saber como utiliza-los em suas
aulas.
De acordo com ALMEIDA, 2007, p.27, Le Boulch (1982), defende que a
educação psicomotora deve ser como uma educação de base da escola primária.
Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares e escolares; leva a criança a
tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar
o tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos.
Podemos dizer que as funções psicomotoras são recursos que priorizam
determinada parte do corpo e/ou habilidade, para serem trabalhadas
separadamente com atividades específicas para cada área. Alguns autores
22
também a chamam de estruturas funcionais da psicomotricidade, elementos
psicomotores e aspectos do desenvolvimento psicomotor. Dentro das funções
psicomotoras encontramos: a coordenação motora, tônus, equilíbrio, esquema
corporal, imagem corporal, lateralidade, orientação e estrutura espaço temporal,
ritmo, percepções.
A coordenação motora ou coordenação geral ou coordenação global é
aquela que envolve uma ação simultânea de vários grandes e pequenos grupos
musculares para a execução de um movimento. Ela é dividida em: coordenação
motora ampla ou grossa, fina, óculo-manual ou visiomotora, óculo-pedal ou
visiopedal, coordenação audiomotora. Esse tipo de coordenação permitirá que o
educador proporcione ao educando atividades lúdicas e educativas que
desenvolvam melhor esta área motora. Uma atividade que vemos a presença da
coordenação motora global são as brincadeiras de “piques”, pois nelas a criança
utiliza-se os movimentos dos membros superiores e inferiores para se
movimentar.
O tônus, diz respeito à simplesmente da capacidade de contrair e relaxar
os músculos. A criança deve saber com que intensidade ela de exerce sobre o
musculo para realizar algum movimento, por exemplo, ao segurar uma bexiga ela
deve usar menos pressão nos dedos do que segurar uma bola de borracha. É
nisto que o tônus vem trabalhar em saber diferenciar a pressão que será exercida
em cada movimento.
Equilíbrio é um fator muito presente na vida da criança, pois ela já vem
nesse processo de equilibra-se desde os seus primeiros meses de vida, ao
levantar o pescoço enquanto engatinha, nas tentativas de se erguesse, nos seus
primeiros passinhos, em suas corridinhas e ao longo de sua vida. No caso da
função psicomotora – equilíbrio, é a capacidade de se manter sobre uma base
reduzida de sustentação do corpo em relação a determinada situação,
envolvendo uma combinação e coordenação adequada dos músculos, uma
atividade em que vemos o equilíbrio e andar sobre uma corda estendida no chão.
23
De acordo com MACHADO E NUNES, 2011, p.32, o equilíbrio reúne um
conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmico (com movimento); o
equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em
determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa postura
sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em
movimento, determinando sucessivas alterações da base de sustentação.
O esquema corporal é uma das funções psicomotoras mais importantes a
ser desenvolvida em crianças que estão na educação infantil, pois é através dela
que a criança toma consciência do seu próprio corpo e de suas partes tornando
possível que ela se relacione com meio em que esta, com objetos que a cerca e
com o outro. O corpo é objeto de estudo da psicomotricidade, por isso o
esquema corporal é algo de grande interesse para a educação psicomotora, por
possibilitar que a criança conheça a si mesmo e ao outro.
É através do corpo que a criança vai descobrir o mundo,
experimentar sensações e situações, expressar-se, perceber-se e
percebe as coisas que a cercam... Ela representa a experiência
que cada um tem de seu corpo, quando em movimento ou em
posição estática em relação ao meio. (ALVES, 2008, p.49 e 50)
De acordo com ALVES, 2008, p.51 e 52, diz que o esquema corporal se
divide em três etapas de desenvolvimento. A primeira etapa é a do corpo vivido
que corresponde à fase da inteligência sensório-motora de Piaget. Essa etapa é
denominada pela experiência vivida pela criança através da exploração do meio.
A segunda etapa é a do corpo percebido ou descoberto, que corresponde à
organização do esquema corporal devido à “função de interiorização”. E terceira
etapa é a do corpo representado, nesta etapa, observa-se a estruturação do
esquema corporal, pois já apresenta a noção do todo, e das partes do seu corpo,
conhece as posições e mantém um maior controle e domínio corporal.
Outra função muito importante para a psicomotricidade e a imagem
corporal, ela é uma denotação da mente de forma inconsciente que a criança ou
24
até mesmo o adulto faz do próprio corpo, isso acontece desde o momento em que
este corpo começa a se conscientizar de suas partes e membros. A imagem
corporal diz respeito também sobre a relação do seu corpo com outros objetos ou
com relação à outra pessoa.
A imagem corporal diz respeito aos sentimentos do indivíduo em
relação à estrutura de seu corpo como a bilateralidade,
lateralidade, dinâmica e equilíbrio corporal. As relações entre o
corpo e os objetos situados no espaço ao seu redor referem-se
aos conceitos direcionais do indivíduo e á consciência de si
próprio e do desempenho do que ele cria no espaço. (ALVES,
2008, p.53)
Podemos entender, depois destas duas explanações que o esquema
corporal é a noção que a criança tem do próprio corpo em relação ao meio em
vive e com outro, já a imagem corporal é como ela vê a si mesmo dentro de um
determinado contexto.
A lateralidade é a função psicomotora que diz respeito à noção de
localização, dominância e posição deum indivíduo. Ela proporciona a criança
realizar movimentos utilizando-se das duas partes do corpo, isto é, o lado direito e
o lado esquerdo do corpo Através de atividades educativas pela educação
psicomotora é capaz de se descobrir qual é a dominância da criança, qual
hemisfério cerebral será dominante. Se a criança tiver dominância cerebral
esquerda, ela terá mais habilidade de utilizar sue lado direito do cérebro isso o
caracteriza como destro e se tiver uma dominância cerebral direita ela terá mais
facilidade de utilizar o lado esquerdo do corpo isso o caracteriza como canhoto,
isto porque o cérebro para manda seus comandos (impulsos neurais)
cruzadamente. Há também a possibilidade da criança se utilizar-se dos dois
hemisférios cerebrais sem predominância de nenhum deles, esta criança poderá
ser caracterizada como ambidestra.
A lateralidade é uma condição que a criança irá descobrir aos
poucos. Ela poderá perceber que será muito útil à sua própria vida
25
poder executar dois ou mais movimentos simultaneamente e em
lados opostos. (ALMEIDA, 2007, p.61)
Dentro da lateralidade podemos também destacar um aspecto de
desenvolvimento chamado direcionalidade que podem ser trabalhados
conjuntamente. Segundo GALLAHUE, 1982, p.7, direcionalidade é a projeção
externa da lateralidade. É dar dimensão aos objetos no espaço. Direcionalidade
adequada depende de uma lateralidade adequadamente estabelecida. Ela é
importante para os pais e professores porque é um componente básico para a
aprendizagem básica da leitura.
Orientação e estruturação espaço-temporal é a noção e/ou conscientização
que a criança tem do seu corpo em relação ao objeto e também o conhecimento
de como a criança situa o seu corpo no espaço em relação a referenciais que
estão móveis e imóveis, por exemplo, pular corda, a criança deve ter noção de
seu corpo com relação à corda, saber o tempo exato de pular. Para se executar
este movimento a criança deverá saber e perceber a velocidade que deverá usar
para o seu deslocamento até o objeto. Para saber orientar-se de acordo com o
espaço e com o tempo é necessário, também ter noções de perto, longe, em
cima, em baixo, dentro e fora, ao lado de, antes e depois. Um bom
desenvolvimento da orientação e estruturação depende de um bom
desenvolvimento da consciência corporal e de sua lateralidade. Segundo ALVES,
2008, p. 69, a lateralização é a base da estruturação espacial e é através dela
que uma criança se orienta no mundo que a rodeia.
Para Piaget, a orientação e a estruturação espaciais são
importantes todo o tempo, em nossa criança interior que, se não
trabalhada a contento, deve colocar-se em relação ao espaço e
reestruturar-se em relação ao tempo. (ALVES, 2008, p.73)
O ritmo é a ordenação constante e periódica de um ato motos. Para ter
ritmo é preciso ter organização espacial. O ritmo esta diretamente ligada à
orientação e a estruturação espaço – temporal. Segundo MACHADO E NUNES,
26
2011, p.35, fala que o ritmo diz respeito à movimentação própria de cada um.
Existem ritmo lento, moderado, acelerado, cadenciado e noção de duração e
sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo.
Por último temos a percepção. A percepção, de acordo MACHADO E
NUNES, 2011, p.36, é a capacidade de obter informações sobre um ambiente,
distinguir que cada informação contém, envolvem a discriminação de formas,
tamanhos, cores, sons etc. Ela pode ser abordada da seguinte maneira:
percepção auditiva, olfativa, tátil, gustativa, visual, corporal, temporal e musical.
Dentro das várias linhas da percepção queremos destacar a percepção
corporal, temporal e a musical. Sobre a percepção corporal, podemos dizer que é
a consciência que o individuo tem do próprio corpo e uma das atividades que vem
a desenvolver esta função psicomotora e a expressão corporal. Para ALMEIDA,
2007, p.123, o objetivo da expressão corporal é que a criança se reconheça como
humana dotada de limitações e de reações ora imperceptíveis para ela, mas
perceptível para o outro com o qual ela convive. A percepção temporal, que é a
noção que o individuo tem de acontecimentos de fatos ocorrido, isto é, noção de
tempo, por exemplo, ontem, hoje, amanhã, etc. Já a percepção musical
ALMEIDA, 2007, p.67, diz que essa percepção pode ser desenvolvida a fim de
que a criança apure a audição para o reconhecimento e a prática da fala, mas
também para criar uma audição seletiva para musicalização que envolve cada
ambiente, seja ele educacional ou não.
27
CAPÍTULO III
DISTÚRBIOS PSICOMOTORES E A REEDUCAÇÃO
PSICOMOTORA
Na educação infantil nas fases do maternal e do pré-escolar (2 a 5 anos),
através de alguns movimento e atividades psicomotoras, iremos observar que
alguns alunos poderão ter algumas dificuldades em realizar alguns gestos e essas
dificuldades podem chamar de Distúrbios Psicomotores. Fazendo a observância
do mesmo devem-se realizar atividades que possam amenizar ou até mesmo
sanar essas deficiências. As atividades que auxiliaram no processo de tratamento
desses distúrbios chamarão de Reeducação Psicomotora.
3.1 – DISTÚRBIOS PSICOMOTORES
De acordo com CAPÃO, 2008, p.1, quase todas as teorias do
desenvolvimento humano admitem que a idade pré-escolar é de fundamental
importância na vida, por ser esse o período em que os fundamentos da
personalidade do indivíduo toma forma clara e definidas.
Segundo ERIKSON, 1950, p.227 à 238, as idades de 2 a 5 anos
compreendem as fases da idade as três primeiras fases do homem (teoria da 8
idades do homem). Em sua teoria ele diz que em cada idade há um paradoxo, ou
seja, um conflito entre um ponto positivo e outro negativo. Conhecer esses
conflitos de acordo com cada fase é de suma importância, pois entendemos que é
nas brincadeiras e jogos que a criança realmente mostra seu verdadeiro caráter,
isto é, suas verdadeiras emoções e reações e o que realmente é. Essas três
fases são:
Confiança básica versus Desconfiança: a relação afetiva é exclusivamente com
sua mãe ou seu cuidador, a criança sente-se protegida e segura e desenvolve o
28
sentimento básico de confiança na vida. Ela se sente retraída, desprotegida, tem
medo e aprende a desconfiar do mundo se o ambiente for desfavorável.
Autonomia versus Vergonha e dúvida: a relação afetiva é com seus pais. Sente-
se independente atreve-se a fazer coisas novas e desenvolver as suas
capacidades. Há nessa fase um controle excessivo dos pais, por isso não se
atreve a algumas coisas, presença de dúvidas, por isso aprende algumas coisas
mais tarde.
Iniciativa versus dúvida: Seu laço afetivo e estendido por toda a família. E á fase
da educação infantil (pré-escolar). Há um aumento do desenvolvimento de sua
autonomia, é ativa e procura impor suas vontades, há também interesses pela
sexualidade e a manipulação dos órgãos genitais. Se essa iniciativa não for
frequentemente um objetivo de punição isso se tornara um objeto de culpa.
Conhecer essas características é importante, pois através da observância
de comportamento poderemos avaliar se este é de caráter motor ou psicológico,
ou sendo os dois juntos.
Podemos dizer que os distúrbios psicomotores, são alterações de
movimentos de acordo com as fases do desenvolvimento humano, que atingem a
conjunção das áreas/funções psicomotoras.
Segundo, BRITO, 2011, p.1, o distúrbio psicomotor significa um transtorno
que atinge a unidade indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e
pela motricidade. Distúrbio Psicomotor esta ligado a problemas que envolve o
indivíduo em sua totalidade. Os distúrbios psicomotores pode se apresentar
através de comportamentos como: desajeitado jeito de andar, aparência cheia de
torpor e inabilidade, começa a andar tarde, cai muitas vezes, seus movimentos
são lentos, desajeitados e pesados, evitam de participar de jogos, onde podem
ser ridicularizadas e afastadas entre outros. Para podermos entendê-los temos
que e conhecerem quais são os tipos de distúrbios psicomotores.
29
De acordo com GRÜNSPUN, 1988, divide os distúrbios psicomotores nos
seguintes quadros: instabilidade psicomotora, debilidade psicomotora (paratonia e
sincinesia), inibição psicomotora, lateralidade cruzada e imperícia. Segundo
BRITO, 2011, defini-se:
Instabilidade psicomotora: é o tipo mais complexo e que causa uma série de
transtornos pelas reações que o portador apresenta. Predomina uma atividade
muscular contínua e incessante. Algumas características:
- Instabilidade emocional e intelectual
- Falta de atenção e concentração
- Atividade muscular continua
- Falta de coordenação geral e de coordenação motora fina
- Equilíbrio prejudicado, hiperatividade
- Deficiência na formulação de conceitos e no processo da percepção:
discriminação de tamanho, orientação espaço-temporal, discriminação da figura-
fundo, etc.
- Alteração da palavra e da comunicação, atraso na linguagem e distúrbios das
palavras
- Alteração da função motora, atraso nos níveis de desenvolvimento motor e na
maturidade geral
- Alterações emocionais: são impulsivas, explosivas, destruidoras, sensíveis,
frustram-se com facilidade
- Alterações no processo do pensamento: dificuldade para abstrair, pensamento
desorganizado, memória pobre, atenção deficiente
- Têm dificuldades na leitura, escrita e na aritmética (discalculia), lentidão nas
tarefas; dificuldade de copiar do plano vertical para o plano horizontal (doa quadro
para o caderno)
- Babam excessivamente quando pequenas, chupam o dedo, roem unhas, têm
dificuldades no controle dos esfíncteres e são de fácil fatigabilidade.
- Problemas disciplinares graves na família, na escola e na sociedade.
Esses alunos que possuem esses distúrbio, devem ter acompanhamento
individualizado com professor especializado ou fazer parte de pequenos grupos. A
30
criança que a presentam tiques movimentos automáticos, involuntários e
incontroláveis. Esse tiques começam geralmente depois dos 4 anos de idade.
Debilidade Psicomotora: grande dificuldade para relaxar voluntariamente um
grupo muscular. Caracteriza-se pela presença de paratonia e sincinesia.
- Paratonia: é a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer
nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. A criança apresenta
incapacidade de relaxar voluntariamente um músculo. Quando ela corre ou
caminha os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente. Ao caminhar
ou na postura estática apresenta uma certa deselegância. A qualquer tipo de
solicitação, interna ou externa a rigidez aumenta.
- Sincinesia: é a participação de músculos em movimento nos quais eles são
desnecessários. Por exemplo quando colocamos algo numa das mãos de uma
criança com debilidade motora e pedimos que ela aperte o objeto fortemente, sua
mão oposta também fechará. Um teste que para ela é impossível é ficar sobre um
pé só.
Características de crianças com debilidade motora:
- Distúrbio de linguagem (articulação, ritmo e simbolização)
- Hábitos manipuladores: enrolar o cabelo, chupar dedo
- Tremores na língua, nos lábios ou nas pálpebras, bem como nos dedos quando
iniciam uma atividade ou fazem força com eles.
- Atenção deficiente e coordenação motora pobre
- Dificuldade de realizar movimentos finos
- Afetividade e intelectualidade comprometidas (seu aspecto habitual não é de
sofrimento, mas de indiferença e apatia, confundindo frequentemente com
deficientes intelectuais).
- Sonolência maior que a de outras crianças
- Eunerese noturna e até diurna por muitos anos
- Isolamento social e crises de birra ou ansiedade ao enfrentarem situações
difíceis
- Dificuldade na aprendizagem da leitura, escrita e aritmética
31
Como acontecem com a criança que apresenta instabilidade psicomotora,
as crianças que possuem debilidade psicomotora devem ser acompanhadas por
professores especializados, ou fazer parte de pequenos grupos, à medida que
forem se recuperando.
Inibição Psicomotora: algumas características da debilidade psicomotora estão
presentes nesse quadro, com uma distinção fundamental, na inibição psicomotora
existe a presença constante de ansiedade. As crianças com inibição psicomotora
apresentam:
- Estado de ansiedade constante, sobrancelhas franzidas, cabeça baixa
- Problemas de coordenação motora
- Distúrbios glandulares, de pele, circulatórios e tiques, além de enurese
(eliminação involuntária de urina de dia ou a noite) e encorpese (eliminação
involuntária das fezes de dia ou a noite)
- rendimento superior ao das crianças com debilidade psicomotora, mas
fracassam em provas individuais (exames, chamadas orais) por causa da
ansiedade
Diferente dos outros distúrbios psicomotores, os portadores deste distúrbio
apreciam situações novas e se comportam melhor em grupo. Podem frequentar
grupos comuns, desde que sejam acompanhados por professor especializados
algumas vezes por semana.
Lateralidade Cruzada: de acordo com vários autores a existência de um
hemisfério dominante cérebro, que são responsáveis pela dominância da
lateralidade das crianças. Se o lado dominante do cérebro for o hemisfério
esquerdo a criança será destra e se o lado dominante do cérebro for o hemisfério
direito a criança será canhota. A dominância de pé, mão, olho, e do ouvido.
Quando essas dominâncias são trocadas, ou seja, não são do mesmo lado como,
mão direita e pé esquerdo, chamamos este fato de lateralidade cruzada. Esse
distúrbio psicomotor é mais comum entre crianças canhotas do que as destras.
A lateralidade cruzada pode apresentar:
- Mão direita dominante e olho esquerdo dominante
32
- Mão direita dominante e pé esquerdo dominante
- Mão esquerda dominante e olho direito dominante
- Mão esquerda dominante e pé direito dominante
Características de crianças que apresentam lateralidade cruzada:
- Alto índice de fadiga
- Frequentemente quedas (é desajeitadas e desastradas)
- coordenação pobre, não conseguindo desenvolver satisfatoriamente as
habilidades manuais
- Atenção instável
- Problemas de linguagem, especialmente as dislalias (dificuldade de articular
palavras), linguagem enrolada e rápida
- Distúrbio do sono
- Escrita repassada, espalhada, de cabeça para baixo ou ilegível (apresenta
omissões de letras ou sílabas e lentidão)
- Leitura também comprometida
- Intranquilidade, sensações de inadequação ou de inferioridade.
Imperícia: possui inteligência normal, com evidência de uma frustração pelo fato
de não conseguir realizar certas tarefas que requerem uma apurada habilidade
manual.
Essas crianças com imperícia apresentam:
- Dificuldade na coordenação motora fina
- Quebra constantemente objetos
- Letra irregular
- Movimentos rígidos
- Alto indício de fadiga
É um distúrbio de menor gravidade, sua recuperação se dá mais
facilmente. A criança deve ser encaminhada para atendimento individual, uma ou
duas vezes por semana, podendo frequentar uma classe comum.
Sabendo-se de cada característica dos distúrbios psicomotores, se faz
necessário também saber como identifica-los e para tal é importante submeter a
33
criança a uma avaliação psicomotora por meio de exercícios específicos, que
avaliem os seguintes aspectos:
- Qualidade tônica (rigidez ou relaxamento muscular)
- Qualidade gestual (dissociação manual e dos superiores e inferiores)
- Agilidade
- Equilíbrio
- Coordenação
- Lateralidade
- Organização espaço temporal
- Grafomotricidade
Esses exames podem demonstrar se a criança, respeitando sempre as
características próprias da idade e do seu desenvolvimento, se existe atrasos no
desenvolvimento motor e perturbação de equilíbrio, coordenação, lateralidade,
sensibilidade, esquema corporal, estrutura e orientação espacial, grafismo,
afetividade, dentre outros. Esses distúrbios podem ser identificado na idade pré-
escolar (4 ou 5 anos) ou nas séries iniciais ( a partir dos 6 anos) do Ensino
Fundamental, segundo BRITO, 2011.
De acordo com ALVES, 2008, existem também outros tipos de
perturbações com as perturbações da orientação espacial, que se subdivide em:
Motora: perturbações ligadas ao ritmo irregular da respiração do sujeito ou a um
problema auditivo
Psicomotoras: falta de orientação e de organização espaciais
Psicológicas: a criança sofreu um choque afetivo ou vive em ambiente inseguro,
onde não existem pontos de referência suficientes.
ALVES, 2008, ressalta que falha na coordenação motora pode ser
causada pela deficiência de movimentos na primeira infância, podemos dizer que
está fase e a fase do maternal e pré-escola, onde os estímulos psicomotores
34
devem ser bem fortes e presente não só nas aulas de educação física mais em
todos os conteúdos do currículo escolar.
3.2 – REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA E SEUS BENEFÍCIOS
A reeducação psicomotora é uma vertente da psicomotricidade, que é
destina a crianças que possui algum distúrbio ou deficiência em alguma área
motora, cognitiva ou afetiva, que através de atividade lúdicas pode-se haver uma
amenização do problema ou até mesmo sana-la. A reeducação psicomotora deve
ser iniciada imediatamente depois de identificado o problema, quantos mais cedo
à criança começar seu tratamento menor será o tempo do mesmo.
A reeducação psicomotora é a ação desenvolvida em indivíduos
que sofrem com perturbações ou distúrbios psicomotores. (SILVA
E HAENTINGER, 2009, p.11)
De acordo o CIEPRE, 2012, no inicio a reeducação psicomotora era
centrada em uma prática que só se preocupava com o desempenho da criança
frente aos seus métodos, tratava-se de uma prática diretiva mecanicista e
dualista, não levando em consideração que a criança é um ser que expressa
sentimentos e emoções em suas ações.
Segundo com SILVA e HAENTINGER, 2009, o objetivo da reeducação
psicomotora é de retomar as vivências ou as fases de educação ultrapassada
inadequadamente. A reeducação psicomotora vê a criança como um todo e leva
em consideração o movimento. É por isso que uma criança que tenha dificuldades
seja de cunho motor, intelectual ou afetivo deve ser encaminhada para um
acompanhamento pela a reeducação psicomotora, pois ela possui o caractere
provedor de mecanismo que poderão sanar o problema. O psicomotricista que
venha trabalhar nesta vertente de reeducação deve saber como tratar uma
criança que chegue ao seu local de trabalho, seja clinica ou a própria escola em
que estuda. Essa criança precisa de carinho e atenção. Um espaço propício para
um bom desempenho de seu trabalho e da própria vivência da criança é de
35
fundamental importância, bem como materiais adequados de acordo com cada
necessidade. O papel do psicomtricista deve ser de reeducador do movimento.
Para que ocorra uma boa reeducação psicomotora a tranquilidade e a
transferência afetiva entre o reeducador e o reeducando deve este sempre
presente durante as aulas.
A atividade lúdica dentro da reeducação psicomotora deve estar sempre
presente, pois é por meio dela que a criança se sentira mais livre para aprender e
interagir com o outro. A criança a partir de seu interesse por novas atividades faz
com que o seu reeducador busque mais variedades de atividades para que se
reaprendizado seja mais proveitoso. O campo simbólico é algo muito importante a
ser explorado, porque por meio dele podemos usufruir de novas possibilidades
para fazer com que a criança se descubra e se deixe descobrir. A reeducação
traves do lúdico ajuda a resolver problemas a partir do momento em que ele
aparece, a criança aprende a perder menos tempo para solucionar determinada
tarefa que antes demoraria o dobro do tempo para realizar a mesma tarefa, vendo
o seu progresso a criança se tornar mais alegre e sente mais aceita dentro do
espaço escola e consigo mesma.
A reeducação psicomotora deve ter uma durabilidade, pois após o
tratamento a criança deve ter contato com outras crianças para que ele vivencie
experiências como o seu novo modo de ver e movimentar-se, perante as
atividades.
Em SILVA, 2004, vemos que a reeducação psicomotora tem por elementos
básicos de trabalho as perturbações:
Motora: - Atraso do desenvolvimento motor
- Grande déficit motor
- Perturbações de equilíbrio
- Perturbações de coordenação
36
Intelectuais: - Atraso intelectual (as atividades da criança são inferiores a sua
idade real)
Esquema Corporal: - Não reconhece as partes de corpo
Lateralidade: - Confusão de dominância ( direita e esquerda)
Estrutura Espacial: - Dificuldade para localizar-se no espaço e com objetos
Orientação Espacial: - Dificuldade de orientar-se de acordo com acontecimentos
do cotidiano. Ex.: ontem / hoje; amanhã / depois.
- Ritmo irregular
Grafismo: - Má coordenação motora
- Rigidez
- Crispação nos dedos
- Problemas psicológicos
Afetivas: - Se apresentam conjunto com outras perturbações e estão ligadas ao
ambiente familiar.
Em todo transtorno psicomotor há uma perturbação do esquema
corporal, do tônus muscular e da imagem corporal, o que
determina simultaneamente confusões espaciais (por exemplo, na
lateralidade) e rítmicas (em relação ao movimento, às
coordenações e ao equilíbrio da criança). LEVIN, 2003, p.154
Toda criança que possua uma deficiência ou distúrbios psicomotores, tem
direito a reeducação psicomotora, pois priva-la disso e privar que ela tenha uma
vida melhor. Que essa criança se sinta valorizada por ela mesma e pelos outros.
A ausência de reeducação é um abandono da criança em sua
dificuldade de viver de perceber uma imagem valorizante de si, de
37
corresponder convenientemente à expectativa dos que a cercam.
(SILVA, 2004, p.16)
38
CONCLUSÃO
Tendo em vista a apresentação desta monografia, a psicomotricidade é
um conteúdo que esta a cada dia mais inserido dentro do contexto escolar e para
ser mais precisa, na Educação Infantil e podemos dizer que ela é um instrumento
de grande importância nas aulas de Educação Física, para as crianças de 2 a 5
anos que estão em uma fase de pleno desenvolvimento em todos os aspectos de
sua vida.
A psicomotricidade é uma ciência que estuda o indivíduo em seus
aspectos: afetivos, cognitivo, intelectual, emocional, social e motor. Ela tem por
objetivo o desenvolvimento global do aluno e/ou indivíduo. Consideramos que a
criança nesta faixa etária de 2 a 5 anos é mais acessível ao desenvolvimento
desses aspectos, porque sua capacidade de absorção do aprendizado está em
pleno funcionamento mental, e para que isso ocorra a presença da ludicidade,
através dos jogos (simbólicos) e a brincadeira, esteja sempre presente nas aulas
de Educação Psicomotora.
É por meio da educação psicomotora que o aluno vivenciará as várias
atividades para que ele possa desenvolver bem suas funções psicomotoras,
sempre respeitando os limites e a capacidade de desenvolvimento de cada faixa
etária.
Sabemos também que cada criança e um ser próprio dotado de
capacidades e que nenhum indivíduo é igual ao outro, e por isso podem
apresentar algumas dificuldade ou problemas para resolver algumas atividades,
que podem ser de cunho cognitivo, afetivo ou motor. Essas dificuldades
chamamos de distúrbios só podem ser analisados e avaliados a partir dos 4 ou 5
anos idade ou até mesmo a partir dos 6 anos de idade, antes desta faixa etária
não há como fazer um diagnóstico. Quando ocorrem esses distúrbios é
necessário que ocorra uma reeducação do movimento e essa reeducação
chamamos de Reeducação Psicomotora que deve ser feita logo em seguida aao
diagnóstico, porque o quanto antes a solução será mais rápida.
39
Os benefícios que a reeducação psicomotora traz ao aluno são grandes,
pois está criança já esta com a alta estima abalada, e com a reeducação
psicomotora feita em pequenos grupos isso será resgatada e ela se sente melhor
consigo e com a outras crianças.
A apresentação deste trabalho vem acrescentar em nosso currículo o
desejo de se aprofundar mais nos estudos sobre a psicomotricidade, em que se
diz respeito aos distúrbios psicomotores, pois há uma gana de características
para ainda serem aprofundadas que consideramos ser muito interessante e cheia
de atributos para que possamos conhecer o que ocorre com as crianças que
possam vir a ter alguma dificuldade no que diz respeito a resoluções de
problemas.
40
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43
INDICE
FOLHA DE ROSTO .........................................................................................................02
AGRADECIMENTO ................................................................................................... 03
DEDICATÓRIA ........................................................................................................ 04
RESUMO ................................................................................................................. 05
METODOLOGIA ........................................................................................................... 06
SUMÁRIO .............................................................................................................. 07
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 08
CAPÍTULO I
A PSICOMOTRICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR ........................................ 10
1.1 – Um breve histórico da Psicomotricidade ...................................................... 10
1.2 – O que é Psicomotricidade ..................................................................... 11
1.3 – A psicomotricidade na Educação Infantil ..................................................... 13
CAPÍTULO II
O PAPEL DA EDUCAÇÃO PSICOMOTORA ................................................... 16
2.1 – A Educação Psicomotora ............................................................................... 17
2.1.1 – A brincadeira e o jogo na educação psicomotora .................................. 18
2.2 – As funções psicomotoras dentro da educação psicomotora ..................... 21
CAPÍTULO III
DISTÚRBIOS PSICOMOTORES E A REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA .......... 27
3.1 – Distúrbios Psicomotores ................................................................................. 27
3.2 – Reeducação Psicomotora e seus benefícios ............................................... 34
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 38
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 40
WEBGRAFIA .................................................................................................... 42
INDICE ............................................................................................................ 43