UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
Por: Jonathas Cardoso Mesquita
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
Ensino Superior Por: Jonathas Cardoso Mesquita,
orientador Prof. Marcelo Saldanha.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela oportunidade
que me deu e a sabedoria necessária
para busca entendimento, armazenar
conhecimento e disseminá-lo em forma
de pesquisa. À minha noiva pelo apoio
e a paciência que recebi durante as
pesquisas. Aos amigos e professores
do campus Méier pela ajuda ao
finalizar o curso.
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DEDICATÓRIA
Eu dedico esse trabalho a minha noiva
Juliana e seu filho João Víctor, aos meus
filhos Juliana, Renata e Lucas, aos meus
netos Luisa e Kaio e a minha mãe
Jocinea.
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RESUMO
O Enade 2008-2009 divulgou os resultados da avaliação dos cursos
superior pelo MEC, foram avaliados vários cursos em todo Brasil onde
receberam notas de 0 a 500 pontos e apenas 1% das escolas superior
conseguiram a pontuação máxima. No geral somente 21 instituições tiveram a
nota máxima, sendo: onze instituições públicas, tendo nove federais e duas
estaduais e somente dez instituições privadas. O MEC avaliou duas mil
faculdades, universidades, centro universitário e institutos de educação que
deram formação superior a profissionais que passaram pelo crivo dos docentes
e ganharam autorização para atestar, assinar e aprovar projetos que vão
terminar a vida de outrem. Mediante esse resultado cabe um estudo profundo
para ajudar a corrigir as falhas na disseminação do conhecimento, treinamento
para construir habilidade e empreendedorismo na formação de atitude.
Essas falhas podem ser detectadas no decorrer da formação
acadêmica dos alunos, usado o aperfeiçoamento didático do docente, técnicas
avaliativas dos discentes para alcançar os objetivos. Esta monografia tem as
possíveis respostas para ajudar a focar esses objetivos, a aprendizagem.
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METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido com base em uma metodologia
descritiva usando diversos autores como embasamento teórico descrito na
bibliografia. Foram utilizados, também, os resultados do Enade 2008-2009 que
divulgou os resultados da avaliação dos cursos superior pelo MEC, que foram
avaliados vários cursos em todo Brasil.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Desenvolver uma visão ampliada 09
CAPÍTULO II - As práticas didáticas, técnicas e regras para a
aprendizagem. 17
CAPÍTULO III – Processo de avaliação 24
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 40/41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
BIBLIOGRAFIA CITADA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
8
INTRODUÇÃO
De acordo com Almeida (1997) o docente é parte integrante do
processo educativo do indivíduo, mais do que global pelo qual os membros da
sociedade são preparados para a participação na vida social. A disseminação
do conhecimento, ou seja, a prática educativa é um fenômeno universal e
social, uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de
todas as sociedades. Avaliar seus pontos fortes e fracos, criando um plano de
desempenho pessoal faz o docente pensar em algumas técnicas e recursos
que torne suas aulas atrativas, estimulantes e motivadoras para os discentes.
Ao estudar a educação nos seus aspectos sociais, econômicos, políticos e
psicológicos pode descrever e explicar o tal fenômeno. Pode recorrer à
filosofia, à história, à sociologia, à economia e à psicologia, onde esses
estudos acabam por convergir na didática, uma vez que esta reúne suas
essências de conhecimentos, objetivos e modos de ação pedagógica nas
universidades.
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CAPÍTULO I
Desenvolver uma visão ampliada
1.1 As ações Educativas
As ações educativas exercem influência sobre os indivíduos e estes,
ao assimilarem e recriarem essas influências torna-se capaz de estabelecer
uma relação ativa e transformadora em relação ao meio social. Tais influências
se manifestam através de conhecimento, experiência, valores, crença, modo
de agir, técnicas e atitudes que agrega valores no caráter profissional do
formando.
O docente do ensino superior, ao assumir o papel de educador,
talvez tenha, às vezes, a sensação de inadequação para determinada matéria.
É exatamente nesse momento que ele precisa investir na elaboração de um
plano para melhorar o ensino e a sua adequação, usando os recursos e meios
para alcançar seus objetivos, a aprendizagem. A pedagogia da esperança e da
autonomia segundo Freire: “Uma questão de horizontes”. “... Mais do que um
ser no mundo, o ser humano se tornou uma presença no mundo e com os
outros. Presença que reconhecendo a outra presença como um “não eu”
se conhece como “si próprio”. Presença que se pensa a si mesmo, que
se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz, mas
também do que sonha, que constata, compara, avalia, valoriza, que
decide, rompe. “ (Freire, 1974)
1.2 O Mundo Moderno
As transformações dinâmicas, as mudanças sociais e as exigências
do mundo moderno, colocaram o ensino superior formal como um produto dos
mais importantes a ser adquirido. Onde podemos fazer os seguintes
questionamentos:
• Ensinar a conhecer? (Possibilidade de aprender);
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• Ensinar a conviver? (Relações interpessoais para conviver com o
grupo);
• Ensinar a fazer? (Conhecimento e conhecimento quando se
transforma em ação);
• Ensinar a ser? (Autocrítica, Auto-estima, Auto-motivação, Auto-
análise).
Os professores em sala de aula baseiam-se, há séculos, em crença
fortemente sedimentada. Essa é alimentada por uma força que pode ser
chamada de “hábito de resistência” a uma mudança mais profunda e a quebra
de paradigmas. Em seu artigo, o professor Julio Cesar Furtado dos Santos
escreveu: “Tais resistências nada é do que o sinal claro de que não
sabemos outra forma de caminhar. Temos que desaprender;”
1.3 Planejamento Pessoal do Docente
O planejamento de ensino não poderá ser compreendido de
maneira mecânica e estática, desvinculada das relações entre a instituição de
ensino superior e a realidade histórica mundial. Os conteúdos a serem
trabalhados através do currículo da matéria precisarão estar ligados à
experiência de vida dos alunos (habilidade). Precisam ser conduzidos de forma
que, ao mesmo tempo em que transmitem a cultura acumulada
(conhecimento), contribuem para a produção de novos conhecimentos
(atitude).
As habilidades em qualquer profissão são importantes. O docente,
no entanto, não pode deixar que seja levado à acomodação. Fazer uma
revisão constante em seus métodos e prática de ensino em sala de aula faz-se
necessário, antes mesmo de ser avaliado pela turma no final do curso. Refletir
diariamente sobre essa metodologia inovadora para ensinar, de modo que
esse novo conhecimento vai interferir na forma como trabalhar é fundamental,
para que a experiência, por si só, não o imobilize, levando o professor à rotina
e, conseqüentemente, a um trabalho empobrecido e sem criatividade.
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1.4 Motivação
Talvez o primeiro ponto que há de se entender, em relação aos
alunos, seja a motivação. Com raras exceções, ninguém não entenderá nada
se não estiver motivado na aulas.
A motivação envolve atividades as quais nos levam a um
determinado objetivo. Podemos nos tornar motivados ou estimulados por meio
de necessidades internas ou externas que podem ser de caráter fisiológico ou
psicológico.
Se por algum motivo, ficarmos sem tomar água por algum tempo, o
nosso organismo reagirá de uma forma tal que, constantemente, nos
sentiremos compelidos a buscar nosso objetivo, ou seja, saciar a sede. O
comportamento motivado tenderá a prosseguir até que nosso objetivo seja
alcançado, de forma a reduzir a tensão que estamos sentindo.
Muitas vezes conseguimos driblar a necessidade com outro aspecto.
Se estamos com sono, por exemplo, todo nosso comportamento se voltará a
perseguir o objetivo de acabar com o sono, ou seja dormir. Se, no entanto,
alguma outra coisa nos motivar – um filme na televisão, por exemplo, ou uma
reunião de amigos – o nosso comportamento fará com que os sintomas de
sono sejam temporariamente esquecidos.
A estimulação interna, no entanto, pode não ser de ordem
fisiológica, remetendo o indivíduo à fantasia. Mesmo sem estar com sede, ao
imaginar uma garrafa de refrigerante gelada, pode fazer sentir todos os
sintomas da sede, desta vez não porque o organismo necessita de água, mas
porque a imaginação pôs em funcionamento os mecanismos do corpo que
fariam sentir a mesma sede.
Da mesma forma, um estímulo externo, como a visão de um grupo
de estudantes envolvido em um projeto, pode ocasionar os mesmos sintomas.
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Sempre haverá uma espécie de aprendizado adequado à satisfação
de saciar as necessidades que foram criado pelo docente. Haverá então uma
vontade do aluno em participar de todas as atividades.
Os exemplos baseiam-se em impulsos que se manifestam de forma
fisiológica. Grande parte dos nossos impulsos nos remetem, em sua origem, a
saciar as necessidades básicas, como a sede, sono, fome, proteção do corpo
contra frio, calor e outros.
1.5 Motivação é uma atitude
Os alunos ficam motivados porque aprendem ou aprendem porque
ficam motivados?
Os grandes realizadores afirmam que é preciso motivação para
alcançar seus objetivos. E os especialistas ensinam que um objetivo alcançado
não motiva mais. Então, para preservar suas conquistas permanecer motivado
é tão importante quanto se motivar.
Uma alternativa é empregar a coqueluche do momento no
gerenciamento de carreiras – a competência essencial. Que é, basicamente,
encaminhar os alunos para profissões identificadas com suas habilidades
natas, de tal maneira que eles tenham a tendência de ser mais felizes e
apresentar uma melhor performance que a média. Os docentes, por exemplo,
podem ajudar os alunos a observar as grandes tendências do mercado de
trabalho, dando-os a visão dos empreendedores de sucesso, o carisma dos
líderes, o sorriso, a flexibilidade, a empatia, a ginga, o drible, a sonoridade, o
intelecto, a oratória, o senso de humor, etc... Ou seja, habilidades que podem
ser desenvolvidas uma vez que sejam identificadas pelos alunos, com o auxílio
do professor. Ao construírem suas carreiras baseados nelas, terão melhores
condições para desenvolver seus talentos e colher os frutos – progresso,
prazer e dinheiro. Estas pessoas são remuneradas para fazer o que fariam até
de graça, de bom grado. Logo, é natural serem auto-motivadas.
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Outra possibilidade para ter na motivação uma aliada rumo ao
objetivo, é ir na direção dos seus sonhos mais acalentados; trabalhar para se
aproximar daquilo que você quer conquistar, alegria, prazer, segurança,
fortuna, poder ou seja lá o que for. Foi o que fez Bill Gates quando folheava
tranqüilamente a revista Popular Mechanics, e se deparou com o anúncio de
um kit para montar um computador pessoal. Tá aqui o futuro da informática,
concluiu com a sua mente de nerd, brilhante. Não demorou para comunicar
sua mãe de que nos próximos seis meses estaria incomunicável,
desenvolvendo um software que venderia para a IBM. O nome desse programa
de computador é MS-DOS e o resto é história.
Outra maneira que o docente pode considerar como motivação é o
conhecimento a respeito do próprio estilo de trabalho, a fim de adaptá-los às
suas forças. Por exemplo, há professores que fazem acontecer, enquanto
alguns esperam pelos outros. Há quem faça questão de enxergar todo o
projeto em que está envolvido. E quando recebem uma tarefa podem ficar
desmotivadas se não lhes for explicado onde a sua parte se encaixa no todo.
Enquanto que para outras isto é pura perda de tempo. Há quem prefira decidir
tudo sozinho, com o mínimo de influência externa, enquanto outras precisam
de aprovação e orientação. Há quem note as diferenças, goste de mudanças e
tudo o que é novo, enquanto outras preferem o oposto. Algumas sentem-se
bem trabalhando próximo, outras quando dividem responsabilidades e há
quem tenha êxito trabalhando por conta própria.
Estratégias deste tipo podem ajudar em coisas simples onde os
docente pode ser pontual em seus compromissos. E mais complexas, como
alguém que não está feliz no trabalho e precisa fazê-lo durante vários anos
mais. Porque quer gozar a segurança de funcionário concursado e garantir a
respectiva aposentadoria, por exemplo. Ou o universitário que no meio do
curso descobre que não é o que deseja para a sua vida. E o líder que precisa
conduzir as equipes rumo ao topo, todos os meses, chova ou faça sol.
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O fato é que, para obter resultados positivos consistentes quanto à
motivação, é preciso tratar esta questão de maneira racional. Conhecendo
como ela funciona e as alternativas que você tem, para se motivar e influenciar
as pessoas com as quais se relaciona.
De acordo com Pereira (2008), não basta saber tocar um
instrumento, há que ser ter excelência. Como disse aquele famoso pianista...
“Eu sei quando fico um dia sem treinar. Quando são dois dias os críticos
notam. E, se eu deixar de ensaiar por três dias é a platéia quem sente a
diferença”.
Logo, não dá para depender da vontade para colher bons frutos.
Motivação é uma atitude.
1.6 Criatividade e Inovação
Geralmente associamos a criatividade à arte, à música, ao cinema e
a algumas personalidades que parecem que vieram ao mundo para embelezar
a vida. Porém, todos têm uma idéia diferente a respeito do que é criatividade e
da importância dela na vida de uma pessoa, uma comunidade ou até mesmo
de uma nação. Mas o que é criatividade? Ela não é reservada somente aos
poetas, artistas, músicos e escritores? Claro que não‼
A criatividade é freqüentemente confundida como sendo uma dádiva
mágica que é concedida a poucos, e esses, às vezes, sustentam o rótulo de:
“criativo.” Na verdade essa ferramenta está ao alcance de todos os docentes,
que queiram fazer a diferença em sala de aula. Além de melhorar a
comunicação, prende a atenção dos alunos, pois o espírito criativo tem que ser
livre, vindo de dentro para fora de acordo com a complexidade do assunto
ensinado, com as necessidades existentes que vêem de fora para dentro que é
a expectativa dos discentes.
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1.7 Técnicas para o desenvolvimento da aprendizagem em
aula
A aprendizagem é o ponto central da ação do docente e, para
permitir que esse objetivo seja alcançado da melhor maneira possível, é
fundamental que o professor domine algumas técnicas, que podem ser
recursos audiovisuais, dinâmicas de grupo, internet, quadro-negro, pesquisa,
estudos de caso, entre outras. Muitos docentes do ensino superior são super
exigentes no conhecimento, mas têm descaso total com a tecnologia,
acreditando que é suficiente o domínio de um conteúdo para conseguir que os
alunos aprendam. Na verdade, os profissionais da educação precisam estar
preparados para decidir sobre um conjunto de disposições que favoreçam a
aprendizagem, desde a organização do espaço da sala de aula até a
preparação do material a ser usado. Todas as técnicas são instrumentos e
como tais; necessariamente precisam estar adequadas a um objetivo e ser
eficientes.
Como no processo de aprendizagem trabalhamos com vários
objetivos (de conhecimento, de habilidades, competências, afetivo-emocionais,
de atitudes e valores), é necessário usar múltiplas técnicas, afinal, não é
possível querer ajudar os alunos a conseguirem tantos objetivos usando
apenas uma ou duas estratégias. A variação das técnicas favorece o
desenvolvimento de diversas facetas dos alunos. Além disso, cada grupo de
alunos é diferente do outro. Uma determinada técnica que pode funcionar com
uma turma ou um aluno, pode não ser eficiente com outro por diferentes
razões: o turno da aula, a composição do grupo, a energia do professor, o
estado físico e motivacional do aluno, entre outras. Além do mais, enquanto
alguns aprendem mais ouvindo, outros aprendem mais debatendo, outros
realizando atividades individuais ou em grupos. Uma única maneira de dar aula
favorecerá sempre os mesmos e prejudicará os outros. Também é preciso
considerar que as técnicas são um forte elemento de atuação sobre a
motivação dos alunos e, por isso, a necessidade de variá-las no decorrer de
um curso, evitando que os alunos se sintam “cansados” da aula. Também para
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o professor, variando a maneira de dar as aulas, o curso fica mais dinâmico,
desafiador, na medida em que exige renovação, flexibilidade, criatividade.
No entanto, a instrumentalidade das técnicas traz consigo uma
decorrência: a relatividade da técnica. Enquanto alguns docentes e instituições
de ensino superior desqualificam qualquer importância para o uso da
tecnologia em seus cursos, outros usam dessa tecnologia como chamariz para
seus vestibulares, querendo mostrar modernidade e atualização na formação
de seus profissionais. No entanto, é importante lembrar que só tecnologia
moderna não resolve os problemas educacionais de aprendizagem e
formação. A tecnologia educacional é muito importante desde que venha como
instrumento colaborativo das atividades de aprendizagem. Se não for
proporcionada ao professor formação continuada, serviços e condições
adequadas de trabalho, de nada adiantará alguma tecnologia.
O professor é um educador e como tal tem clareza dos objetivos
educacionais que se pretendem com os alunos. Ele também se responsabiliza
pela gestão das situações da aprendizagem. Diante disso, no campo das
técnicas, espera-se dele atitudes básicas como:
− Ter conhecimento de várias técnicas, bem como o domínio e
sua aplicabilidade;
− Desenvolver a capacidade de adaptação das diversas
estratégias, para que possam ser usadas para atingir seus
objetivos com os alunos individualmente ou em grupos;
− Tornar-se capaz de criar novas técnicas que melhor
respondam às necessidades de seus discentes.
Ou seja, espera-se do professor uma atitude muito ativa e de
intervenção dinâmica no campo das estratégias. No capítulo que segue serão
apresentadas essas técnicas.
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CAPÍTULO II
As práticas didáticas, técnicas e regras para a aprendizagem.
2 Técnicas usadas em ambientes presenciais e universitários.
2.1. Iniciar uma disciplina, aquecer um grupo e/ou
desbloqueá-lo
Ao iniciar um curso ou uma aula, o professor pode utilizar diversas
técnicas para aquecer um grupo de alunos. A idéia é colaborar para que os
membros deste grupo se conheçam melhor, criando um clima mais
descontraído entre eles durante o tempo em que passarão juntos em sala. De
acordo com Masetto, as técnicas são ainda mais fundamentais quando a
classe se mostra apática no início, preparando a turma para um
relacionamento mais vivo e favorável à aprendizagem disciplinar. Com o
método, também é possível expressar expectativas ou problemas que afetam o
clima do grupo e o desempenho de seus membros, os quais professor e
alunos não percebem claramente ou têm dificuldade de expressar. Além disso,
as técnicas são indicadas para desenvolver a originalidade e desinibição dos
alunos, e quebrar percepções preconceituosas que possam vir a surgir entre
os membros da classe.
2.2 Técnicas grupais
• Apresentação simples indicada para grupos pequenos, de 20 a 25
pessoas onde esta estratégia consiste em cada membro do grupo se
apresentar oralmente, contando algumas coisas sobre a sua vida. Além
de nome, idade e formação, o aluno pode falar sobre experiências de
vida, preferências em momentos de lazer e curiosidades pessoais. Os
participantes também podem fazer perguntas, contribuindo para essa
interação.
• Apresentação cruzada em duplas como na apresentação simples onde
esta estratégia também propõe uma apresentação sobre a vida de cada
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membro do grupo. No entanto, nesta técnica, os participantes se
reúnem em duplas durante alguns minutos e se apresentam um ao
outro. Após a troca de informações, um colega deverá apresentar o
outro. A apresentação cruzada costuma ser mais descontraída e
informal e, muitas vezes, cria situações hilariantes e de grande
aproximação entre o grupo. Ela também é indicada para grupos
menores de, no máximo, 30 pessoas.
• Complementação de frases: esta técnica é bastante aconselhável para
turmas muito inibidas, com pouca disposição de se comunicar
oralmente. Para ajudar no desbloqueio, o professor deve preparar
algumas frases em cartões e distribuí-los para cada aluno. Os
estudantes, por sua vez, irão complementar essas frases livremente.
Em seguida, os cartões são recolhidos e redistribuídos novamente de
forma aleatória. Assim, cada aluno agora tem uma frase completa sem
saber por quem ela foi escrita. Eles, então, devem ler a frase em voz
alta para todos os colegas. Nesta apresentação, a inibição é deixada de
lado, já que a leitura não compromete o leitor, levando em conta que
ele não é o responsável pelas palavras. Esta técnica pode ser usada
tanto em grupos pequenos como nos maiores. Entre as frases
sugeridas estão: Vim para este curso...; Nesta disciplina espero
aprender...; Em meus momentos de lazer...; etc.
• Desenhos em grupos é uma técnica que poderá ser usada com
grandes grupos desde que tenhamos espaço físico suficiente. Pode-se
dividir a turma em grupo de cinco a sete pessoas no máximo. Aplica-se
um tema a respeito para que o grupo debata durante 15 minutos,
procurando uma idéia comum. Ao término do tempo o grupo terá que
passar à turma a idéia que chegaram, sem usar a forma de
comunicação oral ou escrita. Ou seja, procuram comunicar-se mediante
outros recursos, como: desenhos, representação estática, dinâmica ou
gestos, etc. O professor terá que levar o material necessário para
aplicar os trabalhos com gestos, desenhos ou outros materiais que se
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julgar conveniente, assim destinar um tempo de 15 minutos para
realização da atividade. Haverá reclamação por parte dos alunos que
não estão acostumados a esse tipo de atividade, alguns dirão não
querer aplicar e outras coisas de ensino fundamental. Responderemos
que desejamos apenas desenvolver outro tipo de comunicação que, em
geral, está embutida em nós, procurando ajudar os colegas de outros
grupos. Ao final de um tempo o grupo se apresenta, pergunta-se a
classe quais as idéias estão sendo comunicada, no final desse tempo o
grupo em que se apresentou se explicar ao demais colega nota-se uma
interação geral entre a turma e professor. Essa técnica permite o
entrosamento entre todos de uma maneira descontraída. É importante
deixar claro pelo professor que essa atividade tem um objetivo e serve
para complementar a disciplina.
• O deslocamento físico leva em conta a necessidade e o desconforto da
carteira, não podemos permitir que os alunos fiquem sentados o tempo
todo. Permitindo um deslocamento físico dos alunos e do professor. O
professor solicita para turma manter um semicírculo ou outra
disposição, interagindo-os em sua aula expositivas. Programar
atividades de grupo em que obriga o deslocamento, aplicando diversas
dinâmicas que permitem essa interação maior durante o tempo de aula.
• Tempestade Cerebral (Brainstorming) é uma técnica de tempestade
cerebral que permite um desbloqueio, um aquecimento da classe, seu
principal objetivo é levar o desenvolvimento da criatividade à produção
de um grande número de idéias em um curto espaço de tempo.
Funcionamento: orienta a classe para a atividade que vai acontecer,
pedindo aos alunos que ao apresentado o tema procure verbalizar
imediatamente sem se preocupar com que irá sair de suas mentes. Sua
principal função é a espontaneidade. O professor apresenta um tema
ou palavra que seja provocador na lousa. Iniciam às verbalizações que
o professor vai registrando na lousa, ao redor da palavra escrita, sem
se preocupar com nenhuma ordem. Depois de um tempo o professor
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encerra as manifestações e, então juntamente com o grupo, começa a
organizá-las solicitando agora a participação de todos para identificar
tudo que seja próximo ao tema registrado na lousa, eliminar as que não
podem ser colocadas em práticas. Pode ocorrer de um tema mexer
com os sentimentos dos alunos carregados de ansiedades e
experiências negativas, assim a tempestade cerebral foi importante
para exporem defesas, os sentimentos negativos com relação ao tema
trabalhado, permitindo que em seguida se entrasse para a discussão
do tema com mais tranqüilidade, buscando e discutindo novas
informações e maior abertura para aprender.
• De que técnicas dispomos para dar sustentação a uma disciplina
durante um semestre ou um ano?
Técnicas usadas em ambientes universitários: são técnicas que
poderão ser usadas em sala de aula, bibliotecas e assim por diante.
Técnicas usadas em ambientes profissionais: quando a
aprendizagem se dá em ambientes da própria atividade profissional
como estágios, escolas, visitas técnicas e etc.
2.3 Aula Expositiva
É a técnica mais usada por professores e deverá seguir os
seguintes critérios: adequação ao objetivo de aprendizagem pretendido e
eficiência para colaborar na consecução deste.
Os professores usam-na para transmitir informações aos alunos;
aos alunos cabe ouvir, anotar e por vezes perguntar, mas em geral, devem
absorver as informações para futuramente reproduzi-las. O aluno fica numa
situação passiva; o que favorece a apatia.
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2.4 Objetivos da aula Expositiva
− Abrir um tema de estudo: ao se iniciar um tema, o professor apresenta
um cenário e coloca a importância, a atualidade do estudo e a
aproximação com o campo profissional.
− Fazer uma síntese do assunto estudado: quando um estudo é realizado
por diferentes grupos ou quando durante uma discussão os pontos
básicos se perdem, é interessante uma aula expositiva para amarrar o
conteúdo.
− Estabelecer comunicações que tragam atualidade ao tema ou
explicações necessárias: o professor pode expor novas descobertas ou
textos, atualizando o conhecimento; podendo transmitir explicações
sobre pontos mais difíceis.
Se o aluno for incentivado a buscar informações, ele conhecerá a
biblioteca, aprenderá a fazer uso dela e buscará fontes acessíveis para maior
desenvolvimento do seu conhecimento.
O professor deverá lembrar-se de algumas medidas indispensáveis
para preparar e ministrar suas aulas utilizando essa técnica, como:
• Na preparação:
− Ter claro o objetivo da aula;
− Planejar a seqüência que será abordada;
− Considerar que há limite de tempo;
− Considerar a classe para quem vai se dirigir;
− Preparar uma notícia atual que chame atenção;
− Slides ou transparências com imagens e
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− Preparar todo e qualquer material com antecedência e verificar se
há devidas condições de uso.
• Durante a aula deverá:
− Deixar claro aos alunos o objetivo da aula;
− Ganhar a atenção dos alunos de início;
− Considerar o ritmo da classe;
− Buscar um “feedback” dos alunos;
− Utilizar-se de recursos auxiliares;
− Procurar manter os alunos em atitude reflexiva.
2.5 Debate com a classe toda
O objetivo é permitir ao aluno expressar-se em público, apresentar
suas idéias e reflexões, ouvir os outros, respeitar opiniões diferentes, defender
e argumentar a partir de suas próprias opiniões.
• Pressupostos básicos para o funcionamento da
técnica:
− O professor deve conhecer bem o assunto;
− O tema deverá ser preparado pelos participantes com leituras ou
pesquisas anteriores que deverão ser trazidos no dia do debate;
− O professor deverá garantir a participação de todos, evitando o
monopólio de informações.
− O professor escolhe um tema, sugere leituras, referências
bibliográficas e orienta para que se façam anotações. No dia do
debate, ocupará o papel de mediador, expõe o tema, fixa um tempo
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e abre a palavra aos alunos. O professor deverá manter as
discussões dentro do assunto e ao final, fechar com algumas
considerações para não deixar questões em aberto. Essa técnica
em geral é bem-sucedida com pequenos grupos.
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CAPÍTULO III
PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Fazendo uma reflexão sobre o conceito de avaliação que temos,
vemos que ele baseia-se em critérios de julgamento no qual o aluno é
aprovado ou reprovado. Este conceito convencional de avaliação se constitui
em: AV= P + N → A/R, ou seja, Avaliação = Prova + Nota = Aprovação ou
Reprovação. Neste conceito o que é valorizado é a nota, mas o que seria a
nota se não o índice de acertos que o aluno teve nas provas?
Segundo Almeida, falta o elemento fundamental da avaliação que é
a aprendizagem. Os alunos não estão interessados em aprender, o que lhes
interessa é a nota, e os professores estariam interessados em que o aluno
aprenda sua matéria, mas os instrumentos utilizados não levam em conta o
processo de aprendizagem.
Ainda que o professor utilize as mais novas tecnologias ou as
inovações tecnológicas disponíveis e permaneça com os antigos métodos de
avaliação, o trabalho inovador não teria nenhum valor. As provas ou trabalhos
são voltados para medir as informações que os alunos disponham em
circunstâncias de tensão e nervosismo. Não estamos acostumados a ver a
avaliação como incentivo à aprendizagem e sim como identificadora de
resultados obtidos.
Os aspectos importantes de aprendizagem como competências,
habilidades e atitudes não são avaliados, assim como o processo de
desenvolvimento do aluno não é acompanhado. Ou seja, as atividades
desenvolvidas durante o ano têm pouco ou nenhum valor diante do valor da
prova que decide a aprovação ou reprovação. O processo de aprendizagem é
composto pela integração dos dois momentos, isto é, que a avaliação valorize
todas as atividades que se realizam durante o período letivo, e as que as
técnicas avaliativas sejam usadas para ajudar o aluno a aprender e não
apenas classificá-lo em situação de aprovação ou reprovação.
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No processo de avaliação de aprendizagem em um curso superior, a
avaliação traz consigo a idéia de nota, de poder, de aprovação ou reprovação,
de autoridade, de classificação de alunos. Todavia, as pessoas não são
homogêneas, os ritmos de aprendizagem variam de indivíduo para indivíduo,
não sendo suficiente um plano para todo o grupo, sem flexibilidade entre os
alunos.
A primeira grande característica de um processo de avaliação é
estar integrado ao processo de aprendizagem como um elemento de incentivo
e motivação a aprendizagem, mas estamos acostumados a ver a avaliação
como identificadora dos resultados obtidos.
Outra característica resulta da primeira: de que forma o processo de
avaliação poderá incentivar e motivar o processo de aprendizagem se não pelo
acompanhamento do aprendiz em todos os momentos de seu processo de
aprendizagem? É necessário um “feedback” contínuo e não apenas nos
momentos esporádicos de uma prova, pois nesse intervalo muita coisa se
aprendeu, outras não, e muitas destas não foram e não serão jamais
recuperadas.
O processo de avaliação está integrado ao processo de
aprendizagem e resulta da inter-relação de três elementos: o aluno, que
procura adquirir aprendizagens; o professor, cujo papel é o de colaborar para
que o aluno consiga seu intento; e um plano de atividades que apresente
condições básicas e suficientes, que permitam ao aprendiz atingir seu objetivo.
Ao se avaliar o desempenho do aluno, deve-se observar se o aluno realiza ou
não o que foi planejado e se o realiza adequada ou inadequadamente.
Na pedagogia crítica de Paulo Freire, a avaliação é diagnóstica e
somática, seus intuitos são de possibilitar ao professor medir o rendimento dos
alunos com vistas na análise de seu próprio rendimento como educador.
Nesse sentido, a avaliação não mais atua como um instrumento punitivo ou
retributivo, mas como um ato de constatação se a ação do professor
possibilitou a seus alunos cumprir os objetivos traçados na programação das
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atividades.
Luckesi acrescenta que a avaliação da aprendizagem escolar
adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto pedagógico
e com seu conseqüente projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral quanto
no caso específico da aprendizagem, não possui uma finalidade em si; ela
subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente
definido.
3.1 Como se Avaliar o Docente e o Discente
3.1.1 Suas Ações como Docente
A sugestão textual de Almeida aponta para uma periodicidade não
muito distante (duas ou três vezes por semestre), para buscar o equilíbrio
naquele período, visando não à dispensa do professor, mas sim, um ajuste na
aplicação do conteúdo. Para tanto, deve-se elaborar técnicas de grupos que
se misturem duas vezes, na ausência do professor, para que tenham maior
liberdade de expressão. Para o professor não é importante quem falou o que
sobre o seu trabalho, mas o que disso tudo poderá ser considerado, visando
um melhor rendimento do professor e conseqüentemente um aproveitamento
melhor por parte do discente.
3.1.2 O Plano de Curso Estabelecido
As dificuldades em se programar um plano, não esbarra tão
somente no grupo “x” de discentes que se tenha naquele período, mas sim, na
forma como este plano será elaborado. O não aproveitamento no processo de
aprendizagem certamente ocorrerá quando essa proposta for inadequada para
o grupo como, por exemplo: as técnicas escolhidas, textos selecionados,
organização das atividades, conteúdo que se propõe a avaliação que se institui
de fato, com o cronograma estabelecido. Nesse caso o programa necessitará
de urgente modificação.
27
3.1.3 A Hetero e a Auto-avaliação
HETEROAVALIAÇÃO: se dá quando se recebem informações de
outras pessoas que colaboram para o desenvolvimento do processo de
aprendizagem. Podem ocorrer de várias formas: pelo próprio professor, os
colegas de turma em atividades coletivas, profissionais ou especialistas
quando em visitas técnicas, sites, programas etc.
AUTO-AVALIAÇÃO: é a capacidade das pessoas de se
aperceberem seu processo de aprendizagem e serem capazes de oferecer a si
mesmas as informações necessárias para desenvolver suas aprendizagens.
Alguns pontos fundamentais para a orientação dos discentes na primeira auto-
avaliação podem ser:
− Colocar claramente os objetivos que deveriam ter sido aprendidos
até aquele momento da auto-avaliação.
− Identificar pelas atividades realizadas e pelos “feedbacks” do
professor ou dos colegas quais dos objetivos foram alcançados.
− Identificar o que em seu trabalho e em seu envolvimento pessoal
facilitou a consecução dos objetivos.
− Identificar o que em seu trabalho e em seu envolvimento pessoal
impediu ou dificultou a consecução dos demais objetivos.
− Que outras aprendizagens adquiriu além daquelas previstas?
− Quais as sugestões para melhorar seu envolvimento e sua
participação na próxima unidade?
3.1.4 O Processo de Avaliação do Planejamento
O entendimento que se tem a respeito deste tema é que o
planejamento não deve ser feito somente observando o cronograma da
Instituição, mas sim, conseguindo detectar em que momento o discente de fato
28
alcançou os objetivos das tarefas lançadas, portanto são os objetivos que vão
dizer:
− O que avaliar;
− De que forma avaliar;
− Qual instrumento ou técnica utilizar para avaliar e
− O que registrar e de que forma.
Deve-se ficar claro para o aluno os objetivos a serem alcançados e
de que forma eles serão avaliados. O professor aí tem um papel fundamental
de fazer com que as avaliações venham coroar ambos os lados, o aluno no
ganho da aprendizagem e o professor por ter sido o canal para essa
realização.
3.1.5 O Processo de Avaliação
É importante que o professor consiga num processo de avaliação
registrar de forma confiável tudo o que ocorrer durante o período com o grupo,
isso facilitará o próprio professor quando precisar fazer algum tipo de
orientação, acompanhamento, encaminhamento etc., para tanto, fica claro
mais uma vez a necessidade do profissional se especializar. O fato de o
docente ter o título de professor, não quer dizer que não precise continuar
estudando.
3.1.6 Nota ou Conceitos. O Que Usar Nesse Processo?
Mais uma vez o professor precisará atentar para forma de pontuar o
aluno. Nesse caso nem sempre o conceito ou nota mais alto, dirá ao professor
se o aluno alcançou ou não os objetivos. Far-se-á necessário então, o uso de
um apanhado de todo processo de aprendizagem, os “feedbacks” do grupo
para, aí sim, procurar reconhecer o aproveitamento do aluno e
conseqüentemente a consolidação positiva do objetivo proposto.
29
3.1.7 Técnicas Avaliativas
Técnicas avaliativas são instrumentos de avaliação de desempenho
na aprendizagem. Tem aplicabilidade em todo o processo de ensino-
aprendizagem, ou seja, serve de instrumento para avaliar não só o aluno, mas
também, o professor, o plano e, porque não dizer, a Instituição, como
formadora de profissionais aptos a participar e desenvolver projetos, de forma
multidisciplinar, visando uma transformação social, através da produção e
aplicação do conhecimento em prol da sociedade.
Diferentemente do que acontecia no passado, por mais
timidamente, abrange não só a prova escrita, oral e prática, mas também o
resultado de trabalhos, pesquisas, participação em debates, seminários,
simpósios, projetos sociais, resolução de problemas, auto e heteroavaliação,
entre tantas outras técnicas. Enfim, integra a avaliação como um processo
contínuo, dia após dia, buscando corrigir erros, redirecionando o aluno para
novas aprendizagens, como um processo natural evolutivo, próprio da
educação como desenvolvimento pessoal de amadurecimento. As técnicas
avaliativas vão variar de acordo com os objetivos educacionais, deixando de
ser um mero instrumento classificatório para ser um meio de incentivo à
aprendizagem.
A avaliação se inicia no momento em que o professor é apresentado
a turma, pois, o processo de ensino-aprendizagem constitui-se em um trabalho
conjunto entre professor e alunos, visto como troca de conhecimento técnico e
conteúdos vivenciais cotidianos, em que pesam os aspectos culturais,
revelando para o docente o contexto do alunado, propiciando a escolha de
uma estratégia de ensino mais adequada ao grupo, podendo ser modificada
quando se fizer necessário, conforme o “feedback”, também considerado como
técnica avaliativa tanto oral, quanto escrita.
Tanto assim que, para Camargo (1997), não existe avaliação sem
relação social e sem comunicação interpessoal.
30
Da mesma forma Darsie (1996), preconiza que a avaliação
apresenta-se de forma impulsionadora da aprendizagem, levando o aluno a
formar consciência do seu próprio processo de aprendizagem, contribuindo
para o progresso do mesmo.
Rabelo (1999) cita Tyler (1949), para corroborar que já naquela
época, a avaliação compreendia um melhor conhecimento do aluno, de forma
a julgar sua aprendizagem durante o processo de ensino e, de forma global, o
resultado de um processo didático. Em seu livro, o autor faça uma tabela
demonstrativa das técnicas avaliativa, relacionada com os seus devidos
objetivos, como segue:
31
Tabela 1 – Técnicas de Avaliação, relacionadas com os objetivos e com o que se avalia
32
3.1.8 Prova Oral e Provas Objetivas
Antes de adentrar especificamente sobre as provas orais e
objetivas, diferenciar a Avaliação Formal da Informal: na primeira, o aluno deve
receber a sua avaliação sempre que uma unidade de ensino termina, aparece
para o aluno em duas situações diferentes: o professor usa o agente avaliativo
em sala de aula tradicional para ajudá-lo no processo de avaliação, neste caso
a avaliação é apresentada ao aluno no momento que o professor definir. De
outra forma, o aluno pode usar o agente para exercitar os conteúdos
ministrados em um curso previamente cadastrado e fazer sua auto-avaliação.
Nesta versão, é escolhido o momento para ser feita a avaliação, tanto pelo
professor, quanto pelo aluno, na Informal, a avaliação se dá sem o
conhecimento prévio do aluno, ou seja, o aluno está sendo monitorado durante
a avaliação sem saber. É importante esta etapa da avaliação porque visa
observar o comportamento do aluno perante as situações que estão sendo
colocadas a ele, identificando assim o perfil do mesmo. Correto optar-se por
não informar ao aluno que está sendo observado porque isto pode gerar um
desconforto no mesmo, podendo não manifestar o seu verdadeiro perfil, não
tem a intenção de amedrontar os alunos durante as etapas de avaliação, ao
contrário, procura deixá-los bastante a vontade para que possam expressar
suas verdadeiras dificuldades e perfis.
Durante o processo de avaliação informal, procuram-se dados que
venham a comprovar as dificuldades dos alunos em determinados assuntos
para que os mesmos possam ser ajudados durante o processo de
aprendizagem e assim não fiquem desmotivados com a sua aprendizagem.
Até porque, em salas de aula tradicionais tem-se evasão, desistências de
alunos por motivos como baixo desempenho, desmotivação e falta de ajuda
para superar suas limitações. Nas salas de aulas tradicionais, os alunos são
observados pelos professores a fim de complementar as avaliações formais.
33
3.1.9 Resultados das Avaliações Formais e Informais
Utiliza-se a avaliação formativa como base para a sua
implementação. Baseado neste, os resultados devem exprimir as habilidades
adquiridas pelo aluno dentro de cada unidade do curso. Dentro do conceito de
avaliação formativa, não importam os instrumentos que serão usados para
verificar o aprendizado do aluno, o importante para este tipo de avaliação é
como serão utilizados os resultados deste processo. A detecção do problema
de aprendizagem obriga o professor a fazer uma análise, devendo utilizar
critérios que serão considerados na obtenção dos problemas de
aprendizagem, como o número de erros igualmente cometidos por alunos de
um mesmo curso, o que com certeza levará a mudança do material de ensino,
mudança de estratégia aplicada ao perfil do aluno, maior ou menor rigor na
elaboração das questões e dos testes.
Há diversas modalidades de avaliação que podem ser empregadas,
dependendo do que se pretende verificar. As formas de avaliação que,
atualmente, parecem ser mais freqüentemente empregadas são a prova
escrita, os trabalhos em grupo, a auto-avaliação, que alguns professores
convidam seus alunos a fazerem sobre o seu próprio desempenho e a
avaliação que às vezes pede para o aluno fazer do curso. Porém a prova
escrita é ainda o principal instrumento de avaliação empregado pela maioria
das instituições. As provas objetivas podem se apresentar de diversas formas:
dissertativa, verdadeiro ou falso, múltipla escolha, perguntas e respostas, etc.,
entretanto, o resultado sempre vai depender da maneira como são propostas
as questões. Se a intenção não for apenas a de verificar quantas informações
o aluno "guardou em sua cabeça", mas sim perceber como o aluno está
aproveitando tudo o que ele aprendeu durante as aulas, para compreender os
temas estudados no curso e para resolver problemas propostos pela disciplina
estudada, então a prova pode ser um bom momento para professores e alunos
efetuarem uma revisão de tudo o que foi ou deveria ter sido aprendido e
perceberem o que ainda pode ser melhorado, mas o aspecto fundamental
34
neste tipo de prova nem sempre é feito, ou seja, quando aluno e professor
refazem a prova juntos a fim de elucidarem tudo que foi cobrado.
A prova oral, na verdade muito pouco utilizada atualmente em
cursos universitários, quer pelo grande número de alunos em sala de aula,
quer pela pouca disponibilidade de tempo, bem como os fatores emocionais
que a envolvem fazem com que sejam substituídas pela avaliação formal,
principalmente a dissertativa.
Em estudo que segue foi criado um questionário aos alunos de duas
universidades sobre as avaliações utilizadas pelos professores, elaborado por:
Acácia Aparecida Angeli dos Santos com regras da Learning evalution in the
university em artigo sobre Psicologia Escolar e Educacional, vejamos:
Tabela 2 - Freqüência e Porcentagem das respostas correspondentes aos tipos de avaliação
Procurou-se também explorar as respostas dos alunos por curso,
visto que poderia haver diferenças entre eles em razão de características
específicas que apresentavam. A análise das respostas sobre o tipo de
avaliação mais utilizada pelos professores encontra-se ilustrada na Tabela 2.
35
Tabela 3 - Freqüência e Porcentagem dos três tipos de avaliação
Obs.: Vale observar que foram consideradas apenas as
modalidades de avaliação mais citadas pelos alunos e que o número de
citações é muito maior que o número de alunos porque cada um assinalava,
pelo menos, uma modalidade para cada uma das disciplinas. Merece destaque
o fato da prova dissertativa individual ser a mais freqüentemente citada em
todos os cursos. Os tipos de avaliação que apareceram como as segundas e
terceiras mais citadas variaram de curso para curso, possivelmente porque as
escolhas refletem as características das disciplinas específicas neles
ministradas.
3.1.10 Registro de Incidentes Críticos
Entre todos os erros, podemos classificar que 79% destes erros são
de percepção, somente 21% são erros lógicos. Técnicas de ensino podem ser
bem aplicadas, dinâmica de grupo pertinente, aulas fabulosas, a prova pode
ser bem elaborada, perguntas dissertativas bem formuladas, opções nas
perguntas colocadas de forma perfeita, porém, tudo isso pode vir por água
36
abaixo se houver erro de percepção. Com isso é fundamental registrar os
incidentes críticos. Onde podemos dividir em três pontos:
Conceitual – como uma técnica de observação. Com essa
ferramenta podemos medir, sobre tudo, as habilidades e atitudes dos alunos.
São relatos reais de episódios importantes no desempenho de um aluno. Um
bom registro desse tipo inclui:
− Uma sentença ou duas sobre o cenário;
− Um relato, o mais literal possível, de conversação, caso haja
exigência.
− Uma descrição detalhada da atuação do estudante;
− Interpretação do desempenho.
Avalia – Estes registros de incidentes críticos, isoladamente, têm
pouca utilidade na apreciação de habilidades e atitudes. Mediante uma série
deles, contudo, é possível levantar hipóteses sobre essas características no
indivíduo; é possível, também, fazer avaliações sobre as próprias condições de
aprendizagem oferecidas pelo professor.
Limitações – É difícil que o professor se treine para discriminar
julgamentos valorativos de descrição objetiva, ou seja, é difícil se isentar de
projetar no aluno sentimentos, idéias etc..., que são do próprio professor.
3.1.11 Lista de Verificação
Existe, de acordo com BURIASCO (2000), uma lista de verificação
destes princípios que apresentamos. Veja só:
Conceitual – Uma lista de palavras, frases ou parágrafos que
descrevem aspectos específicos de comportamento a serem verificados
durante a observação do trabalho de um aluno.
Avalia – A presença ou ausência de determinadas habilidades
observadas no desempenho concreto do aluno. Exemplo disso seria um
37
estudante de medicina que ao examinar um paciente pode ser avaliado na
habilidade ao lidar com os pacientes.
Limitação – Esta lista deverá ser utilizada continuamente durante um
lapso de tempo significativo. Caso contrário, serão adotados somente no
período de observação e, a seguir, abandonados. Lembramos que o
aperfeiçoamento do aluno é gradual.
3.1.12 Prática
Para finalizar podemos usar as provas práticas, muito usada no
DETRAN para se adquirir uma carteira de habilitação provisória. Vejamos:
Conceitual – São provas que requerem equipamentos, laboratórios,
máquinas, enfermarias, atividades de campo, sala de aula, etc..., e onde os
alunos devem agir mostrando aquisição de conhecimentos a habilidades
motoras e intelectuais para desempenharem bem das tarefas ou atividades
propostas.
Avalia – habilidades motoras e/ou intelectuais, inclusive
conhecimentos.
Limitações – A utilização em excesso desse tipo de prova poderá
desestimular o aluno para um estudo mais teórico, igualmente importante e
fundamental, inclusive para realizar bem essa prova.
3.1.13 Diário de Curso
Conceitual – Registro diário e conciso das atividades realizadas no
curso, apresentado uma descrição e crítica a essas atividades: à sua utilidade,
à forma de sua apresentação, às reações que o aluno sentiu e a quaisquer
outras reações referentes aos colegas, ao professor ou à turma como um todo;
e tudo o mais que achar pertinente registrar. Alguns lhe dão mais a
característica de registro de pequenas descobertas ou “insights” que acorreram
durante o dia em termos de seu estudo, de sua pesquisa, de sua vivência na
escola.
38
Avalia – Atitudes, sentimentos.
Limitações - Se for usado só por algum tempo, sem persistência e
continuidade, não servirá para avaliar. Apresentará apenas situações
esporádicas, e os padrões de reações, contradições e incoerências não
aparecerão, o que é fundamental para avaliar atitudes.
3.1.14 Um Plano de Aula
Disciplina: O que ensinar – a matéria propriamente dita.
Componentes: Que recursos serão usados e que pessoas serão alocadas
para alcançar o objetivo final.
Tempo previsto de aula: Quanto tempo será usado.
Objetivo da Aula: Deixar claro o tema da aula e traçar objetivos a serem
alcançado. Provocar a reflexão sobre o processo de avaliação, como forma de
incentivo à aprendizagem, mediante aplicação de novas técnicas avaliativas,
capazes de diagnosticar as deficiências discentes, durante todo o processo de
aprendizagem, de forma a corrigi-las sempre que o aprendizado não estiver
sendo alcançado.
Metodologia: Ter sempre o método bem definido que será usado em cada
aula.
Recursos: Quais os recursos que serão usados durante a exposição da aula
como Data-show, vídeo e material impresso.
Avaliação: Usar métodos coerentes de acordo com os alunos onde eles
precisarão saber como serão avaliados.
39
CONCLUSÃO
Com o aperfeiçoamento dos docentes didaticamente com técnicas
de transferência de conhecimento, na teoria, na prática e com uso das
tecnologias de ponta na formação dos alunos do ensino superior tanto nas
informações acadêmica, habilidade e atitude usando apropriadamente os
métodos de avaliação na formação de profissionais de diversas carreiras
acadêmicas o resultado dos próximos ENADE será bem otimista.
Desenvolver uma visão ampliada aos docentes para o
aprimoramento pessoal constante, ensinar as práticas didática, técnicas e
regras para a aprendizagem resgatará a importância dos professores
universitário na construção de conhecimento cientifico, onde esses
conhecimentos poderão ser transformados em pesquisas lideradas por esse
docente visto que ele se tornará em orientadores na identificação de
problemas que poderá ser encontrada possível respostas para tais problemas.
De acordo com Mc Luhan: “Na escola do futuro não há currículo
nem programas, há apenas pesquisa.” O que todos nós temos a aprender
como os mestres dedicados, capazes de transformar o aluno em pessoas de
sucesso?
Segundo Doug Lemov, em entrevista a revista Época, seria mais
fácil ensinar a teoria do que trabalhar com as habilidades. Assim ele teria a
certeza de que ele era capaz de fazê-lo. O fato é que nossos professores têm
pouca experiência em sala de aula. Com a avaliação do desempenho
individual dos professores permitirá, não só premiá-los de forma mais justa,
mas também fazer algo mais importante: entender como eles trabalham.
Precisamos muito destes profissionais para o desenvolvimento da
humanidade.
40
ANEXO 1
41
ANEXO 2
42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, Ana Maria Freire Da Palma Marques De. A AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM E SEUS DESDOBRAMENTOS. Avaliação : Revista Da
Rede De Avaliação Institucional Da Educação Superior, Campinas, v. 2, n.
2, p.37-50, 1997.
BURIASCO, R. L. C. (2000). Algumas considerações sobre avaliação
educacional. Avaliação Educacional, (22), 155-178.
CAMARGO, A. L. C. O discurso sobre a avaliação escolar do ponto de
vista do aluno. Rev. Fac. Educ. Univ. São Paulo, São Paulo, v. 23, n. 1-2,
jan./dez. 1997.
DARSIE, M. M. P. Avaliação e aprendizagem. Cadernos de Pesquisa, São
Paulo, n. 99, p. 47-59, nov. 1996.
MASETTO, Marcos Tarcisio - Competência Pedagógica do Professor
Universitário – Editora Summus.
RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes,
1999.
43
BIBLIOGRAFIA CITADA
OLIVEIRA, Roseli S; MACEDO, Hercules. Avaliação educacional como
processo de construção do conhecimento. Disponível em:
<http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=4&texto=102>.
Acesso em: fev. 2010.
RIBEIRO, Roberto Vieira. Motivação é uma atitude. Disponível em:
<http://www.motivacaoeresultados.com.br/artigo_ler.asp?id=230>. Acesso em:
20 mar. 2010.
SERRANO, Daniel Portillo. Motivação. Disponível em:
<http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/motivacao.htm>. Acesso em: 16
abril 2010.
SOUSA JUNIOR, Prof. José Geraldo de; PAULA, Irilene Fernandes de (Org.).
SEMINÁRIO INTERNACIONAL UNIVERSIDADE XXI: NOVOS CAMINHOS
PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/novoscaminhoseducacaosuperior.p
df>. Acesso em: 16 jan. 2010.
Discussão On Line sobre Ensino Superior e Artigos Divulgados com
Estatísticas, sendo utilizado no trabalho demonstrativo do Artigo de Acácia
Aparecida Angeli dos Santos.
SANTOS, Julio Cesar Furtado dos – Diretor de Ensino da rede ABEU
ENADE - http://www.inep.gov.br/institucional/
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO..........................................................................................02
AGRADECIMENTO..........................................................................................03
DEDICATÓRIA.................................................................................................04
RESUMO..........................................................................................................05
METODOLOGIA...............................................................................................06
SUMÁRIO.........................................................................................................07
INTRODUÇÃO..................................................................................................08
CAPÍTULO I - Desenvolver uma visão ampliada..............................................09
1.1 As ações Educativas............................................................................09
1.2 O Mundo Moderno................................................................................09
1.3 Planejamento Pessoal do Docente.......................................................10
1.4 Motivação..............................................................................................11
1.5 Motivação é uma Atitude......................................................................12
1.6 Criatividade e Inovação........................................................................14
1.7 Técnicas para o desenvolvimento da aprendizagem em aula.............15
CAPÍTULO II - As práticas didáticas, técnicas e regras para a
aprendizagem..................................................................................................17
2. Técnicas usadas em ambientes presenciais e universitários................17
2.1. Iniciar uma disciplina, aquecer um grupo e/ou desbloqueá-lo.........17
2.2. Técnicas grupais..............................................................................17
2.3. Aula Expositiva................................................................................20
2.4. Objetivos da aula Expositiva............................................................21
2.5. Debate com a classe toda...............................................................22
CAPÍTULO III - PROCESSO DE AVALIAÇÃO................................................24
3.1. Como se Avaliar o Docente e o Discente.....................................26
3.1.1. Suas Ações como Docente..................................................26
3.1.2. O Plano de Curso Estabelecido...........................................26
3.1.3. A Hetero e a Auto-avaliação...............................................27
3.1.4. O Processo de Avaliação do Planejamento........................27
3.1.5. O Processo de Avaliação....................................................28
45
3.1.6. Nota ou Conceitos. O Que Usar Nesse Processo?............28
3.1.7. Técnicas Avaliativas............................................................29
3.1.8. Prova Oral e Provas Objetivas............................................32
3.1.9. Resultados das Avaliações Formais e Informais................33
3.1.10. Registro de Incidentes Críticos.......................................35
3.1.11. Lista de Verificação.........................................................36
3.1.12. Prática.............................................................................37
3.1.13. Diário de Curso...............................................................37
3.1.14. Um Plano de Aula...........................................................38
CONCLUSÃO.................................................................................................39
ANEXO 1........................................................................................................40
ANEXO 2........................................................................................................41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.....................................................................42
BIBLIOGRAFIA CITADA................................................................................43
ÍNDICE..........................................................................................................44
FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................46
TABELAS TABELA 1.....................................................................................................31
TABELA 2.....................................................................................................34
TABELA 3.....................................................................................................35
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: