UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INSERÇÃO DAS INTERFACES DIGITAIS E TECNOLOGIA NO
ÃMBITO EMPRESARIAL
Por: Carla Maria Maia da Cunha Meireles
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INSERÇÃO DAS INTERFACES DIGITAIS E TECNOLOGIA NO ÂMBITO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Pedagogia Empresarial
Por: Carla Maria Maia da Cunha Meireles
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus amigos que sempre me deram apoio e motivação e que nos momentos mais difíceis
estavam sempre ao meu lado. Aos meus professores e orientadores que transmitiram
conhecimentos valiosos o meu muito obrigada.
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DEDICATÓRIA
A Minha Mãe (in memória), ao meu Avô (in memória), e principalmente a minha Avó que, que nunca poupou esforços para me educar. Agradeço do fundo do meu coração, a todas as pessoas que passaram em minha vida e contribuíram de alguma
forma para que pudesse iniciar este curso.
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RESUMO
A integração entre Empresa, Tecnologia e Interfaces digitais é um tema de
grande importância nos dias atuais onde o ambiente laboral é fundamental,
pois torna-se um ambiente propiciador na democratização dos recursos
tecnológicos dentro da Cibercultura. O acesso tecnológico deve ser
acompanhado de ações empresariais enriquecedoras, prevendo a
intencionalidade dos funcionários bem como o preparo dos mesmos cabendo
ao Pedagogo Empresarial a sua constante atualização e difusão dos
conhecimentos, visando à melhoria da produtividade e reconhecimento do
capital intelectual como principal riqueza dentro das organizações. Este
assunto tornou-se relevante por ser atual e reflexivo afinal estamos numa
sociedade sem fronteiras.
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METODOLOGIA
A pesquisa foi feita através da análise bibliográfica. Foram de grande
importância autores como Lévy, Albertini e Lemos. O presente estudo contou
com informações atuais e necessárias para o perfeito desenvolvimento do
tema proposto realizadas através da Internet, que representa uma fonte de
informação de acesso rápido, foram usados diversos livros referentes ao tema
e publicações periódicas seguindo um conjunto de etapas, ordenadamente
dispostas e vencidas na investigação.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Interfaces Digitais nas Empresas 11
CAPÍTULO II - O pedagogo empresarial e as
Tecnologias 28
CAPÍTULO III – Os Avanços Tecnológicos
Empresariais 31
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho retratará em si a integração entre empresa,
sociedade e tecnologia, tema de grande importância nos dias atuais onde as
interfaces digitais assumem papel fundamental para o desenvolvimento das
atividades empresariais.
É notório que o ambiente de trabalho atual é bem diferente do que
existia a algumas décadas atrás. Respiramos tecnologia e com a globalização,
as modificações empresariais são rotineiras. Com o crescimento tecnológico
acelerado uma nova era surge: A era do Conhecimento. O mundo passa por
transformações. Não existem mais limites para as evoluções tecnológicas, a
qualidade é cada vez mais exigida tornando o mercado de trabalho cada vez
mais competitivo. Atender às necessidades dos clientes cada vez mais
exigentes torna-se um desafio. O conhecimento se torna o bem de maior valor
e passa a ser reconhecido como principal fonte de poder e riqueza na
sociedade, nas dimensões empresariais e na nossa vida em geral as
inovações tecnológicas são requisitos para um futuro mais digno, mais humano
e mais moderno.
Neste contexto tecnológico, as empresas devem valorizar a educação
continuada para que não acabem excluídas. Cabe uma adaptação empresarial
na nova realidade. A mudança acelerada gera um ambiente laboral
tecnológico, desafiante, inovador que preserva a troca de conhecimentos.
Os avanços tecnológicos empresariais nas áreas de comunicação e
informática demonstram o quanto estamos dependentes da Internet como
ferramenta de pesquisa tanto no trabalho quanto em nossa vida pessoal,
demonstrando o nascimento de uma nova realidade, de uma nova economia,
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de um novo modelo tecnicista dentro de uma nova sociedade do conhecimento
e dentro de um novo olhar sob o processo de troca das informações.
Pensando-se nesta nova era o Pedagogo Empresarial tem a missão de
levar a gestão organizacional a percepção da importância do conhecimento e
das inovações da atualidade para que possa inserir ao trabalhador uma nova
forma de agir: o pensar tecnologicamente para que ele possa ter melhorias em
suas relações sociais e empresariais.
O acesso tecnológico deve ser acompanhado também de ações
empresariais educacionais, cabendo ao pedagogo empresarial ressaltar e
entender a importância das novas tecnologias da informação e comunicação
com objetivo de ter um olhar diferenciado sobre maquinas, homem e empresa
considerando o quanto as novas tecnologias alteram o cotidiano laboral. Ao
analisar a relação entre as novas tecnologias de informação e comunicação e
os processos empresariais acredita-se que a cultura digital presente nas
empresas aumente as possibilidades de compreensão de conceitos antes
abstratos e que a resolução de problemas torne-se mais rápida e eficaz
gerando credibilidade nas novas linguagens das tecnologias de informação e
comunicação que são fundamentais para alimentar a cultura digital no âmbito
empresarial.
A tecnologia, em todas as suas formas, desempenha um papel
profundo em nossas vidas. As informações não têm mais barreiras e chegam
das mais variadas formas, com rapidez em todos os lugares do mundo. O
cenário atual é que o futuro vive antecipadamente. Inúmeras são as inovações
tecnológicas que surgem em forma de produtos e serviços com características
cada vez mais diferentes das já existentes.
O objetivo deste trabalho é estudar detalhadamente a relação entre
tecnologia e o ambiente empresarial, avaliando a importância da inclusão
digital e do poder inovativo e motivacional dentro do processo organizacional
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da empresa, com o intuito de destacar a importância da tecnologia, caminhar
lado a lado com a pedagogia empresarial e sociedade, já que a correlação
entre interfaces tecnológicas e construção da uma nova era de conhecimentos
é clara. Todos nós fazemos parte deste processo seja criando, fabricando,
reproduzindo ou transmitindo a Tecnologia. Pretende-se destacar a
importância do Pedagogo empresarial frente à tecnologia e os processos de
construção do conhecimento organizacional frente às inovações tecnológicas.
O interesse pelo tema surgiu uma vez que vivemos em um Mundo
globalizado onde a tecnologia está presente em nossas vidas. Existindo assim
uma necessidade de pesquisar como a tecnologia pode ser usada na prática
empresarial para que a mesma auxilie nas necessidades modernas, pois
acredita-se que a aproximação entre as interfaces tecnológicas e empresa nos
ajudem a romper barreiras no processo de crescimento pessoal profissional,
empresarial e universal.
No primeiro capítulo as Interfaces Digitais serão definidas bem como a
importância do seu uso nas empresas.
No segundo capítulo serão apresentadas informações sobre o
Pedagogo Empresarial e a Tecnologia.
No terceiro capítulo será abordado sobre os Avanços Tecnológicos
Empresarias e logo em seguida a pesquisa bibliográfica será concluída.
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CAPÍTULO I
INTERFACES DIGITAIS NAS EMPRESAS
"Inovação nada tem a ver com quanto você gasta, mas com pessoas, liderança e eficácia.''
(Steve Jobs)
Muitas mudanças sociais, culturais, econômicas, tecnológicas e
consequentemente empresariais vêm sendo presenciadas no século XXI. Elas
são marcadas pela influência da globalização, informática, da multimídia e da
realidade virtual. No âmbito empresarial, novas maneiras de agir começam a
ser incorporadas para que as empresas se mantenham vivas e dinâmicas. O
crescimento é gradativo a melhoria nas conduções das atividades empresariais
deve ser constante, pois a construção do conhecimento está atrelada ao
progresso e o progresso é a busca constante de inovações. Fatores como a
economia de tempo, capital e aumento da qualidade são fatores
importantíssimos na relação entre empresa e cliente.
Segundo Steven Johnson:
“Interface é um termo que na informática e na cibercultura
ganha o sentido de dispositivo para encontro de duas ou
mais faces em atitude comunicacional, dialógica ou
polifônica. A ferramenta opera com o objeto material e a
interface é um objeto virtual. A ferramenta está para a
sociedade industrial como instrumento de fabricação, de
manufatura. A interface está para a cibercultura como
espaço on-line de encontro e de comunicação entre duas
ou mais faces. É mais do que um mediador de interação
ou tradutor de sensibilidades entre as faces. (2001: 19).
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Deve-se atentar sobre o poder das interfaces digitais no ambiente
empresarial. O modo de fazer, usar e viver as interfaces só é possível quando
buscamos sentido para o uso desta valiosa ferramenta reconhecendo a
mesma como responsável pelos processos de mudanças e melhorias no
crescimento das organizações. As intefaces digitais não irão garantir em si a
qualidade empresarial, pois, acredita-se na multiplicidade de ações que
formam todo o processo dentro das organizações, ou seja, o importante é o
modo como os usuários vão se apropriar nos procedimentos e das
possibilidades de suas ações.
Clyde Kluckhohn, antropólogo, diz que educar é transmitir aos
indivíduos os valores, os conhecimentos, as técnicas, o modo de viver, enfim, a
cultura do grupo. Desta forma, a cultura é a vida total de um povo, a herança
social que o indivíduo adquire de seu grupo. “Pode ser considerada a parte do
ambiente que o próprio homem criou”. (1963:28)
“Cada geração passa obrigatoriamente por um processo
de aprendizagem diferente, no qual assimila a cultura de
seu tempo e se torna apta a enriquecer o patrimônio
cultural das gerações futuras. E, com certeza, é na
capacidade que têm os grupos de perpetuar a cultura que
reside à possibilidade de progresso. E esse progresso é a
qualificação da tecnologia. A maturidade das equipes e os
processos de construção do conhecimento organizacional
estão diretamente ligados as inovações tecnológicas.
Todo progresso é resultante de uma síntese de
elementos novos com elementos já adquiridos
anteriormente. Assim a cultura é o somatório de todas as
realizações das gerações passadas que se sucederam no
tempo, mais as realizações da geração presente.”
(1963:25)
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Para Clyde a cultura vai se modificando com o tempo. Para ele novas
tendências vão surgindo e com isso a constante busca de novos meios para o
aprimoramento e a perpetuação cultural com base no aprendizado constante.
Acredita-se, portanto que a inserção das interfaces digitais no processo
empresarial como um todo ainda é um grande desafio sendo o Pedagogo
Empresarial peça chave neste processo como mediador e gestor de pessoas e
das interfaces digitais. Novos horizontes podem ser abertos através da
simultaneidade das comunicações e informações aumentando a qualidade da
criação, produção e técnica.
Marco Silva, estudioso da tecnologia, diz que é preciso nos colocarmos
a par da cibercultura, isto é, da atualidade sociotécnica informacional e
comunicacional definida pela codificação digital (bits), pela digitalização que
garante o caráter plástico, hipertextual, interativo e tratável em tempo real do
conteúdo.
“A codificação digital permite manipulação de
documentos, criação e estruturação de elementos de
informação, simulações, formatações evolutivas nos
ambientes ou estações de trabalho concebidas para criar,
gerir, organizar e movimentar uma série de informações.
A cibercultura é um espaço de experiências marcado pela
web. A Internet comporta diversas interfaces. Cada
interface reúne um conjunto de elementos de hardware e
software destinados a possibilitar aos internautas trocas,
intervenções, agregações, associações e significações
como autoria e co-autoria. Pode integrar várias
linguagens (sons, textos, fotografia, vídeo) na tela do
computador. A partir de ícones e botões, acionados pelo
mouse ou de combinação de teclas, janelas de
comunicação se abrem e possibilitam uma coisa
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fantástica chamada interatividade entre usuário –
tecnologia, tecnologia – tecnologia e usuário – usuário. A
hipermídia é a principal função da internet. A web é o
novo momento do capitalismo contemporâneo.
Algumas das interfaces on-line mais conhecidas são chat,
fórum, lista, blog, site e LMS ou AVA.
Como ambientes ou espaços de encontro, propiciam a
criação de comunidades virtuais de aprendizagem,
comunicação e democratização tecnológica.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um
ambiente de gestão e construção integradas de
informação, comunicação e aprendizagem on-line. Ele
pode reunir diversas interfaces integradas. É a empresa
on-line que não se torna restrita à temporalidade do
espaço físico. Cada funcionário poderá tomar decisões
através da analise, interpretações, observações, testes,
elaborações e colaborações da equipe. Ocorre neste
momento uma quebra de barreiras empresariais, pois é
disponibilizado o acesso a uma vasta gama de
informações, fornecendo conteúdo, multimídia para
treinamentos, objetos de aprendizagem, materiais
complementares, reuniões via chat e intranet.” (2005)
As interfaces digitais fazem parte do processo de mudança provocando
a interatividade entre empresa, cliente e funcionários com autonomia para que
todos participem do processo de inovações rompendo barreiras de espaço e
de tempo.
Conforme Sérgio Nauffal em seu artigo Pedagogia e supercultura da
informação:
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“A “supercultura” atual em qual vivemos, as tecnologias
com interfaces dinâmicas como calculadoras,
computadores, TVs e vídeos, estão dentro desta matriz
cultural que os indivíduos criam para si mesmos, onde o
acesso a recursos culturais, muitas vezes distantes, se
expande de maneira considerável, sendo que a essência
da “supercultura” reside nas interfaces dinâmicas. A
interface dinâmica é um componente base das aplicações
multimídia, estabelecendo interações e comunicação
entre a aplicação e o utilizador. A tecnologia é o conjunto
ordenado de todos os recursos empregados na produção
e comercialização de bens e serviços...” (2002)
Lévy reforça que “as realidades virtuais compartilhadas, que podem
fazer comunicar milhares ou mesmo milhões de pessoas, devem ser
consideradas como dispositivos de comunicação ‘todos-todos’, típicos da
cibercultura” (1999, p. 105). Assim, percebe-se que as tecnologias estão à
disposição das empresas como ferramentas que auxiliam no processo de
crescimento da mesma quando utilizadas de forma consciente.
“A tecnologia é produzida dentro de uma cultura e esta
acaba condicionada por aquela, no sentido de que, a
partir da existência de uma dada técnica, a sociedade que
a possui acaba por não mais viver sem ela, pelas
possibilidades que se abrem com essa tecnologia. A
interatividade proporcionada pelo ciberespaço contribui, a
nível global, para a mesclagem cultural, que, em linhas
gerais, manifesta os conhecimentos da inteligência
coletiva, criando, então, a Cibercultura.” (1999:92).
“Explica que o dispositivo comunicacional pode ser
distinto em três categorias: um todos, um-um e todos-
todos. 1- Um-todos: um emissor envia suas mensagens a
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um grande número de receptores. Ex: rádio, imprensa e
televisão. 2- Um-um: relações estabelecidas entre
indivíduo a indivíduo, ponto a ponto. Ex: telefone, correio.
3- Todos-todos: dispositivo comunicacional original,
possibilitado pelo ciberespaço, pois permite “que
comunidades constituam de forma progressiva e de
maneira cooperativa um contexto comum”. Ex:
conferência eletrônica, worl wide web, ambiente de
educação a distância.” (1999, p. 63)
1.1 - Tecnologias da informação e comunicação e cenário empresarial
Novas maneiras de pensar, realizar as tarefas empresariais e de
convivência são definidas no atual momento em que as tecnologias da
informação e da comunicação incorporarm no nosso dia a dia. As Tecnologias
nos processos empresariais e suas possibilidades como mediadoras visam à
construção do conhecimento, do domínio e da técnica.
Castells cita: “Nossa sociedade mudou a dinâmica nas relações que
envolvem troca de informações, migrando do meio geográfico (físico) para o
meio virtual oferecido pelas redes; com isso, houve transformações nas
relações de poder. O poder está nas mãos de quem detém as conexões que
ligam as redes” (p. 566).
Redes constituem a nova morfologia social de nossas
sociedades e a difusão da lógica de redes modifica de
forma substancial a operação e os resultados dos
processos produtivos e de experiência, poder e cultura.
[...] Eu afirmaria que essa lógica de redes gera uma
determinação social em nível mais alto que a dos
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interesses sociais específicos expressos por meio das
redes: o poder dos fluxos é mais importante que os fluxos
do poder. A presença na rede ou a ausência dela e a
dinâmica de cada rede em relação às outras são fontes
cruciais de dominação e transformação de nossa
sociedade: uma sociedade que, portanto, podemos
apropriadamente chamar de sociedade em rede,
caracterizada pela primazia da morfologia social sobre a
ação social (CASTELLS, 1999, p. 565).
As Tecnologias da Informação e da Comunicação. “TIC’s” estão
presentes em todos os lugares, no trabalho e em todas as atividades humanas.
A tecnologia pode ser representada pelos microprocessadores, microchips,
microcomputadores, sistemas mecânicos e nanotecnologia. Com o uso das
“TIC’s” e da Internet, pode-se navegar pelos hipertextos possibilitando a
interatividade, assim o funcionário que interage com as interfaces no espaço
empresarial torna-se mais participativo, comunicativo e criativo. Um funcionário
bem informado é um agente de transformação.
Para os PCNs, segundo Brasil, as tecnologias da comunicação e
informação dizem respeito aos recursos tecnológicos que permitem o trânsito
de informações, que podem ser os diferentes meios de comunicação
(jornalismo impresso, rádio e televisão), os livros, os computadores etc.
(1998:135)
As empresas trazem mudanças consideráveis e positivas para a
sociedade quando as tecnologias são compreendidas e incorporadas
pedagogicamente.
Soares coloca que:
“as tecnologias da comunicação e informação constituem,
na verdade, um dos grupos mais dinâmicos das novas
18
tecnologias, das quais depende a competitividade da
maior parte dos setores industriais. Têm um grande
impacto na organização do trabalho e nos perfis de
capacitação”. (1993:131).
Para analisarmos a tecnologia em suas mais diversas expressões,
cabe citar um dos principais pensadores da pedagogia progressista, o
educador Paulo Freire.
“Freire entendia a tecnologia como uma das “grandes
expressões da criatividade humana” e como “a expressão
natural do processo criador em que os seres humanos se
engajam no momento em que forjam o seu primeiro
instrumento com que melhor transformam o mundo”. A
tecnologia faz “parte do natural desenvolvimento dos
seres humanos”, e é elemento para a afirmação de uma
sociedade (1968:98).
1.2 - Tecnologias nas Empresas
Para incorporar as novas tecnologias nas empresas, é preciso ter
ousadia, representar, interagir, refletir, compreender, atuar na melhoria de
processos e produções, encarar batalhas, articular saberes, ter
intencionalidade para interagir diferentes tecnologias.
Para que as Tecnologias tenham sentido elas devem ser
compreendidas criticamente por todos que participam do processo
empresarial.
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“Alves salienta que, com o surgimento de novas tecnologias, houve
transformações conceituais na sociedade no desenvolvimento de sua
personalidade e como cidadãos, possibilitando sua inserção na cultura e no
mundo do trabalho”. (1998:110).
Lévy, reporta-se à velocidade de surgimento e renovação de saberes e
à mudança da relação com o saber, pois a tecnologia favorece novas formas
de acesso à informação e novos estilos de raciocínio e de conhecimento:
"O ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que
amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções
cognitivas humanas: memória (banco de dados,
hiperdocumentos, arquivos digitais de todos os tipos),
imaginação (simulações), percepção (sensores digitais,
telepresença, realidades virtuais), raciocínios (inteligência
artificial, modelização de fenômenos complexos)."
(1999:157).
Lévy define Ciberespaço como sendo o espaço de comunicação
aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos
computadores. (1999:92).
Quando falamos em tecnologia, não é necessariamente o computador,
falamos também das Interfaces digitais. Mesmo com toda tecnologia disponível
nas empresas é necessária uma formação continuada. Dessa forma, todos os
envolvidos nos processos empresariais poderão romper barreiras de espaço,
qualidade e tempo.
Como afirma Gadotti:
“Na sociedade do conhecimento é preciso múltiplas
oportunidades de aprendizagens, o conhecimento como
espaço de realização humana, de alegria e de
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contentamento cultural; cabe-lhe selecionar e rever
criticamente a informação, formular hipóteses, ser criativa
e incentivadora, ser provocadora de mensagens e não
pura receptora, produzir, construir e reconstruir o
conhecimento elaborado.” (GADOTTI, 2000, p. 251)
Assim, a empresa passa a ser um espaço de troca de conhecimentos.
“A sociedade do conhecimento traduz-se por redes,
‘teias’, árvores do conhecimento, sem hierarquias, em
unidades dinâmicas e criativas, em conectividade,
intercâmbio, consulta entre instituições e pessoas,
articulando contatos e vínculos. (GADOTTI, 2000, p.251).”
Novas formas de trabalho, ensinar e aprender, são os grandes
desafios das empresas. Os blogs, fóruns, chats, por exemplo, podem ser
usados de infinitas formas como recursos empresariais.
O Comércio Eletrônico, do inglês E-COMMERCE, também denominado
de negócio eletrônico é hoje a mais nova forma de se fazer negócios.
Segundo Alberto Luiz Albertin:
"Comércio eletrônico é a realização de toda a cadeia de
valor dos processos de negócios num ambiente
eletrônico, por meio de explicação intensa das
tecnologias de comunicação e de informação, atendendo
aos objetivos do negócio e os processos podem ser
realizados de forma completa ou parcial." (2000:65) Com
o surgimento da Internet, aumentam as possibilidades de
aproximação das pessoas e de ganhos em vários
21
aspectos do processo econômico para empresas de
todos os portes. Albertin através de uma pesquisa
efetuada pela FGV / SP com 1500 empresas de todos os
portes no mercado brasileiro, realizada no segundo
semestre de 1999, observou-se que 90 % delas estavam
presentes na Internet, mas apenas 20% faziam integração
eletrônica com seus fornecedores e clientes, e, observa-
se também, que essa pesquisa realizada indica que há
um potencial de crescimento na área de negócios pela
Internet. (2000: 229).
Albertin define Internet como um conjunto de redes conectadas entre si, que
interligam diferentes tipos de computadores em todo o mundo. (2000 : 40).
Uma das funções dos sistemas de informática é justamente a de facilitar a vida
do homem em suas atividades cotidianas, através da aplicabilidade de
recursos infinitos.
Já Tom Venetianer, define que "Comércio Eletrônico é o conjunto de
todas as transações comerciais efetuadas por uma empresa com o objetivo de
atender direta ou indiretamente a seus clientes, utilizando para tanto as
facilidades de comunicação e de transferência de dados mediados pela rede
mundial Internet". (1999 : 207).
1.3 - Os Processos de Inovação Tecnológica e o Conhecimento
Organizacional
Segundo Reis a inovação pode ser vista como forma de progredir e evoluir:
“Incluem novos produtos, processos e serviços e,
também, mudanças tecnológicas em produtos, processos
e serviços já existentes na organização. Pequenas
alterações em processos que são executados no
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ambiente de trabalho diariamente, por exemplo, podem
ser consideradas inovações tecnológicas. Estas
contemplam tanto produtos ou serviços novos como
aqueles que foram tecnologicamente aprimorados.”
(2004:204).
A Fundação COTEC (1998) apresenta, através do manual Temaguide,
cinco elementos chaves para inovação tecnologia (IT) na organização. Citadin
(2007), embasado no Temaguide, menciona que os elementos formam um
ciclo de aprendizagem iterativo que contempla: a busca por mudanças que irão
gerar inovações; o foco precisa ter como característica fundamental à tomada
de decisões correta para possibilitar a vantagem competitiva a partir das
estratégicas inovativas adotadas; os recursos envolvendo a combinação do
conhecimento novo e o existente para oferecer solução às possíveis
inovações; a implementação e desenvolvimento da inovação, e a
aprendizagem que consiste na criação de um ambiente propício a geração do
conhecimento para que a empresa possa aprender e constantemente se
aperfeiçoar a partir dos acertos e erros ocorridos nas fases anteriores.
Pode-se conceituar a Tecnologia da Informação (TI) como recursos
tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. Está
fundamentada nos seguintes componentes: hardware e seus dispositivos e
periféricos; software e seus recursos; sistemas de telecomunicação; e gestão
de dados e informação. Hoje o conhecimento e valores são compartilhados por
todos com a Tecnologia da Informação (TI) nos processos de negócios.
(REZENDE, 2002)
Segundo Lastres e Ferraz:
“As tecnologias de informação afetam, embora de forma
desigual, todas as atividades econômicas: setores
maduros, como o têxtil, se rejuvenescem; surgem novas
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indústrias, como o software, que constituem a base de
novo processo de desenvolvimento. No cerne dessas
mudanças encontra-se o crescimento cada vez mais
acelerado dos setores intensivos em informação e
conhecimento.” (1999, p. 33)
Sendo assim, “a tecnologia da informação é uma grande capacitadora,
dando aos profissionais da IC enorme força para disseminar os resultados de
seu trabalho e sendo de inestimável ajuda em uma de suas principais
atribuições: a pesquisa secundária.” (KOLB; MILER, 2002, p. 267).
“A Sociedade da Informação é a pedra angular das
sociedades do conhecimento. O conceito de “sociedade
da informação”, a meu ver, está relacionado à idéia da
“inovação tecnológica”, enquanto o conceito de
“sociedades do conhecimento” inclui uma dimensão de
transformação social, cultural, econômica, política e
institucional, assim como uma perspectiva mais pluralista
e de desenvolvimento. O conceito de “sociedades do
conhecimento” é preferível ao da “sociedade da
informação” já que expressa melhor a complexidade e o
dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. (...) o
conhecimento em questão não só é importante para o
crescimento econômico, mas também para fortalecer e
desenvolver todos os setores da sociedade”. (BURCH,
2005, p. 56).
1.4 - Âmbito Empresarial e Cibercultura
A Cibercultura representa uma ferramenta imprescindível porque ela
irá possibilitar a melhoria nos serviços prestados pelas empresas. Os
24
computadores conectados a internet utilizados na empresa demonstram o
poder do ciberespaço empresarial onde ocorre uma redução de custos com o
fluxo contínuo e rápido de comunicação entre empresas, clientes e
fornecedores basta apenas à empresa zelar com o compromisso em
investimentos tecnológicos, a empresa deve se colocar numa posição de
liderança e competitividade.
Cibercultura nasce nos anos 50, com a informática e a
cibernética, tornando-se popular através dos
microcomputadores na década de 70, consolidando-se
completamente nos anos 80 através da informática de
massa e nos 90 com o surgimento das tecnologias digitais
e a popularização da Internet. (LEMOS, 2002, p.107-108).
Lemos (2003. p. 12) complementa o conceito de cibercultura e diz que
“é a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais” e é possível
compreendê-la como “a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica
entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica
que surgiram. com a convergência das telecomunicações com a informática na
década de 70”.
Para Lemos (2003) a cibercultura é a cultura presente, não futura e
exemplifica com home banking, smart cards (cartões inteligentes – com chip),
celulares, palms, voto eletrônico, imposto de renda via rede, entre outros.
A nova dinâmica técnico-social da cibercultura instaura uma estrutura
midiática ímpar na história da humanidade onde, pela primeira vez, qualquer
indivíduo pode, a priori, emitir e receber informação em tempo real, sob
diversos formatos e modulações (escrita, imagética e sonora) para qualquer
lugar do planeta. (LEMOS, 2003, p.14)
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Além da informação, é preciso também conhecer, é preciso interagir
tecnologicamente, qualquer pessoa emitir e receber informações numa
velocidade inacreditável. O objetivo empresarial deverá ser a união entre o
conhecimento e a interação tecnológica, priorizando e definindo os objetivos
nas relações empresariais para que esta cultura não seja vista com olhares
resistentes a cibercultura que segundo Lemos existem leis:
“Uma primeira lei seria a lei da reconfiguração. Devemos
evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento. [...]
trata-se de reconfigurar práticas, modalidades midiáticas,
espaços, sem a substituição de seus respectivos
antecedentes. A segunda lei seria a Liberação do pólo da
emissão. [...] A liberação do pólo da emissão está
presente nas novas formas de relacionamento social, de
disponibilização da informação e na opinião e
movimentação social da rede. Assim chats, weblogs,
sites, listas, novas modalidade midiáticas, e-mails,
comunidade virtuais, entre outras formas sociais, podem
ser compreendidas por essa segunda lei. A terceira lei é a
lei da Conectividade generalizada [...]. As diversas redes
socio-técnica contemporâneas mostram que é possível
estar só sem estar isolado. A conectividade generalizada
põe em contato direto homens e homens, homens e
máquinas, mas também máquinas e máquinas que
passam a trocar informação de forma autônoma e
independente. (LEMOS, 2003, p.22).
Através da Internet e com programas cada vez inovadores e funcionais
as empresas podem melhor administrar e ganhar qualidade e tempo reduzindo
também seus gastos com ligações interurbanas e internacionais. São essas
facilidades nas compras, vendas, pagamentos, entregas, disponibilidade de
produtos em estoque, fichas cadastrais e tabelas, na comunicação entre filiais,
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parceiros, clientes, fornecedores e até entre os próprios funcionários que
demosntram a importância do ambiente laboral estar atualizado frente as
tecnologias.
A relação entre o cliente e as empresas muda o rumo do
desenvolvimento nas organizações permitindo a propaganda através da mala
direta (propaganda via e-mail) e pesquisas também podem ser realizadas
através do e-mail dos clientes como forma melhoria na qualidade dos serviços
prestados, aumentando o poder competitivo em relação à concorrência. O uso
da internet quando bem usado torna-se um diferencial nas empresas que
podem interagir com seus clientes num relacionamento personalizado, seguro,
com um custo bem reduzido em vista dos resultados alcançados independente
do porte da empresa.
Em plena era da informática, a internet é o veículo de comunicação em
que a informação é processada em tempo real, de uma forma interligada e
globalizada. A internet é, então, um instrumento de comunicação formidável,
pois à medida que um texto é acessado, pode-se extrair informações e, a partir
destas, entrar em outras janelas multimídia as quais oferecem uma gama de
possibilidades de informações que, por assim dizer, ampliam o conhecimento.
(LÉVY, 1999: p. 24).
No processo empresarial, a Cibercultura torna-se uma ferramenta
imprescindível porque ela quando bem utilizada possibilita a melhoria dos
serviços prestados, redução das barreiras de comunicação, espaço e tempo e
aumentar o lucro das organizações. Assim podemos perceber que a internet
não é discriminatória pois ela vai igualar às pequenas empresas as grandes as
estratégias podem ser usadas da mesma forma. Os clientes passam a ser
vistos como prioridade e os concorrentes são enfrentados com estratégias
dinâmicas em busca de resultados satisfatórios, tudo isso graças a inserção
das interfaces digitais nas empresas e a evolução tecnológia quando bem
administrada.
27
Lévy retrata sobre o computador e ciberespaço usados de forma
consciente, vão estabelecendo uma outra via, a via do aperfeiçoamento. Neste
intuito, a gama de conteúdos informativos que encontram-se à disposição na
rede é ilimitada.
“Um computador pode recorrer às capacidades de
memória e de cálculo de outros computadores da
rede (que, por sua vez, fazem o mesmo), e também a
diversos aparelhos distantes de leitura e exibição de
informações. Todas as funções da informática são
distribuíveis e, cada vez mais, distribuídas. O
computador não é mais um centro, e sim um nó, um
terminal. (...) No limite, há apenas um único
computador, mas é impossível traçar seus limites,
definir seu contorno. É um computador cujo centro
está em toda parte e a circunferência em lugar algum,
um computador hipertextual, disperso, vivo,
fervilhante, inacado: o ciberespaço em si.” (Lévy,
1999, pg. 44).
Edméa Santos em entrevista para a Tv Brasil, revela que para ela a
Cibercultura é a cultura contemporânea, mediada pelas tecnologias digitais em
rede.
“Na verdade, muitos dizem que as tecnologias são
protagonistas, mas há um processo híbrido entre todo o
desenvolvimento científico, o próprio uso das tecnologias
e seu desenvolvimento, e os usos que os praticantes, os
sujeitos culturais, fazem dessas tecnologias. Em poucas
palavras, é a cultura contemporânea mediada por
tecnologias digitais em rede.” (2011)
28
CAPÍTULO II
O PEDAGOGO EMPRESARIAL E A TECNOLOGIA
“Este não é um trabalho de um único homem. O que é revigorante nesta empresa são duas
coisas: uma, que há um monte de gente realmente talentosa na companhia, pessoas
que ouviam o mundo dizendo a eles que foram derrotados e alguns deles estavam à beira de começar a acreditar nisso. Mas eles não são perdedores. O que eles não tinham era um
bom conjunto de treinadores, um bom plano. Uma boa equipe de gestão. Mas eles têm isso
agora.” Steve Jobs
O Pedagogo Empresarial exerce papel fundamental nas organizações
frente às inovações, mudanças e as novas tecnologias, propiciando a busca
constante do conhecimento e motivação necessária para que as pessoas
sintam-se melhores no ambiente de trabalho e com isso possam ser mais
produtivas, pois sentem-se valorizadas como pessoas e não como objetos. Ele
visa estratégias empresarias por meio de ações que encorajem e aceitem as
mudança impulsionando novas ideias e novos valores ao conhecimento
tecnologico e empresarial com maturidade e vivências. O pedagogo é aquele
que administra uma série de relações que levam ao crescimento empresarial.
Chiavenato reflete sobre o papel do pedagogo empresarial:
“Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação
para que elas aprendam novos conhecimentos,
habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes
29
naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação
básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções,
idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e
comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que
fazem. Formar é muito mais do que simplesmente
informar, pois representa um enriquecimento da
personalidade humana. (1999, p. 290).”
Pinchot irá retratar sobre a necessidade da designação de líderes,
especialização e mudanças na era industrial:
“A Era Industrial criou a necessidade de alguns líderes
para o estabelecimento dos padrões da produção em
massa, de muitos gerentes e de muitos operários para
fazerem tudo isso acontecer. À medida que nossa
economia se volta para produtos e serviços
especializados e as mudanças se aceleram, vamos
precisar de mais líderes e menos gerentes. Muitos que
esperavam uma carreira confortável como gerentes do
conhecido, irão se ver, ao invés, explorando o
desconhecido como líderes intrapreneurs” (1989:166)
As empresas necessitam fazer uma reflexão sobre o cenário que estão
inseridas, pois tecnologia está diretamente ligada a treinamento, motivação,
atualização e investimentos constantes na busca de um padrão visionário de
qualidade. A empresa aliada ao pedagogo empresarial deverá ter sua missão
bem estruturada, caso contrário os valores empresariais estarão vulneráveis a
uma série de desvantagens competitivas. Cabe as empresas com auxílio do
pedagogo empresarial incentivar o espírito de equipe, pensando na qualidade,
no atendimento e na eficiência do trabalho.
30
Para Claver-Cortés et Al Organizational Structure Features Supporting
Knowledge Management Processes as empresas, cada vez mais, adotam
projetos organizacionais flexíveis, estruturas com menos níveis hierárquicos a
fim permitir o diálogo entre equipes e, assim, incentivando a aprendizagem
coletiva para gerar novos conhecimentos. (2007).
Damázio acredita que a tecnologia seja ferramenta indispensável no
processo de produção e desenvolvimento. “Sendo assim, o uso das
tecnologias nas empresas como forma específica de mudança social,
econômica e cultural, ou seja, a tecnologia é elemento integrante e essencial
na organização social.” (DAMASIO, 2007, p. 67).
A empresa aliada ao pedagogo empresarial bem como seus
funcionários devem refletir acerca de novas maneiras de gerenciamento, novos
padrões de eficiência e produtividade pois as tendências e fatores tecnológicos
estão fazendo parte da mudança nas estratégias das empresas destacando e
refletindo acerca da vantagem competitiva:
“Sustentar a vantagem competitiva, inspirando um
aprendizado permanente e um desempenho excepcional
dos valores humanos e, conseqüentemente, das
organizações. (...) o desenvolvimento e a educação de
funcionários, clientes e fornecedores, com o objetivo de
atender às estratégias empresariais de uma organização
como meio de alavancar novas oportunidades, entrar em
novos mercados globais, criar relacionamentos mais
profundos com os clientes e impulsionar a organização
para um novo futuro.” (MEISTER 1999)
Cabe ao Pedagogo Empresarial a missão da gestão organizacional e
tecnológica ajudando os profissionais a buscarem informações necessárias
para atualização constante, pois no cenário competitivo a qual estamos
inseridos não devemos nos tornar obsoletos como as “velhas máquinas”.
31
Devemos aprender a pensar tecnologicamente em busca de melhorias nas
relações sociais e empresariais.
CAPÍTULO III
OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS EMPRESARIAIS
“Estamos apostando na nossa visão.
Preferimos fazer isso a fabricar produtos iguais
aos outros. Vamos deixar outras empresas
fazerem isso. Para nós, o objetivo é sempre o
próximo sonho.” Steve Jobs (1984)
Percebe-se que o cenário competitivo das empresas ao longo dos
ultimos anos vem apresentando profundas mudanças e sendo assim vem
necessitando de adaptações que devem ser rápidas e constantes isso faz
parte da postura estratégica das empresas, para que elas sobrevivam,
cresçam e se mantenham competitivas frente a essa nova era de globalização
da economia e do crescimento acelerado da tecnologia.
A tecnologia encontra-se articulada com o conhecimento. Tornando-se
um instrumento empresarial para que os sujeitos participem do processo de
produção com o conhecimento devido sendo responsáveis tanto como
receptores tanto como transmissores da tecnologia para o âmbito social e
empresarial.
Informações na era do conhcecimento tendem a lapidar talentos de
pessoas e ampliar o poder na disseminação da tecnologia, pois a
transformação competitiva bem-sucedida é um elemento chave para que as
empresas tirem proveito das novas tecnologias que vão surgindo.
32
O desenvolvimento da Tecnologia é um desafio constante no que diz
respeito a sua melhor utilização, no auxilio do gerenciamento e
desenvolvimento das organizações empresariais, bem como na importância da
capacidade do poder inovativo priorizando a comunicação, a informação e a
qualidade.
3. 1 - Inovação na Era do Conhecimento
Para que novas inovações aconteçam torna-se necessário a aquisição
de novas capacitações e conhecimentos, intensificando a capacidade de
indivíduos, empresas, em aprender a aprender e transformar esse aprendizado
em fator de competitividade, qualidade, investimentos constantes e
atualizações. O conhecimento é a base das mudanças que ocorrem nos
Mundo porque é ele que dá início as inovações tecnológicas. O investimento
em um produto novo é fruto de estudos e das tendências sociais. Deve-se
reconhecer que o conhecimento e capacitação são bases fundamentais da
relação entre empresas, clientes e inovações. Segundo Cruz (1998) "o
conhecimento é visto como o recurso mais estratégico e o aprendizado, como
o processo mais importante". Sendo assim as tecnologias de informação dão à
base do conhecimento e a necessidade de investir constantemente em
inovação implica, necessariamente na motivação, no aprendizado constante,
na capacitação profissional.
Os programas de computador, as tecnologias existentes no cénario
empresarial são fundamentais para a comunicação e cooperação entre o
funcionários, clientes e empresa. As inovações tecnológicas são a
demonstração que a competitividade das organizações se mantêm viva.
Demonstram o desenvolvimento econômico e agregação de valores à
produção por meio da intensificação do uso da informação e do conhecimento.
Cassiolato (1999) afirma que: “Na análise das novas tendências influenciando
as políticas de promoção ao desenvolvimento industrial e tecnológico, destaca-
se em primeiro lugar que, na atual era o conhecimento coloca-se como recurso
33
principal e o aprendizado como processo central.” (CASSIOLATO, 1999, p.
185).
A produção e a inovação andam juntas com a ciência, tecnologia,
inovação e educação que são peças essenciais em todas as estratégias de
desenvolvimento. A Tecnologia é uma aliada fundamental as Inovações.
3.2 – Mudanças Organizacionais
No mundo globalizado, somente as empresas que se mostram
competitivas sobrevivem. As empresas devem promover mudanças
organizacionais e se adequarem as transformações sociais.
“A Mudança é a passagem de um estado para outro. É a transição de
uma situação para outra situação diferente. Mudanças representa
transformação, perturbação, interrupção, fratura. A mudança está em toda
parte; nas organizações, nas cidades, nos hábitos das pessoas, nos produtos
e serviços, no tempo e no clima, no dia-a-dia.” (CHIAVENATO, 1996, p. 24)
Com a quebra de barreiras globais e tecnológicas, as empresas podem
atuar nos lugares que desejarem representadas pelas interfaces digitais. As
empresas que não se adequarem as tranformações correm o risco de serem
extintas. A instabilidade é a assombração dos tempos modernos. As mudanças
devem constantes. Atender às novas exigências do mercado torna o
aprendizado uma busca constante. A qualificação crescente, é a meta dessa
nova sociedade empresarial.
Abdul Waheed Khan (subdiretor-geral da UNESCO para Comunicação
e Informação) cita:
“A Sociedade da Informação é a pedra angular das
sociedades do conhecimento. O conceito de “sociedade
34
da informação”, a meu ver, está relacionado à idéia da
“inovação tecnológica”, enquanto o conceito de
“sociedades do conhecimento” inclui uma dimensão de
transformação social, cultural, econômica, política e
institucional, assim como uma perspectiva mais pluralista
e de desenvolvimento. O conceito de “sociedades do
conhecimento” é preferível ao da “sociedade da
informação” já que expressa melhor a complexidade e o
dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. (...) o
conhecimento em questão não só é importante para o
crescimento econômico, mas também para fortalecer e
desenvolver todos os setores da sociedade”. (BURCH,
2005, p. 56).
O uso da tecnologia pode ser encarado como a mais atual fonte de
informação quando aliado ao conhecimento.
3.3 –Inteligência Empresarial e Interfaces Digitais
A Inteligência Empresarial vai permitir às empresas a transformarem dados,
em informações de grande valor. Nas interfaces podemos checar bases de
dados e ver informações importantes para a tomada de decisões. Os
empregados, fornecedores, parceiros de negócio e clientes são importantes
ferramentas do processo da inteligência empresarial. A planilha eletrônica, os
geradores de relatórios, e sistemas são alguns benefícios trazidos pelas
interfaces digitais como soluções na melhoria dos serviços prestados. Cabe ao
profissional apropriar-se desses recursos para antecipar mudanças no
mercado e ações da concorrencia, descobrir futuros e potenciais
competidores. aprender com os seus erros, e ter a oportunidade de conhecer
melhor seus clientes. Aprender constantemente e adaptar-se as novas
tecnologias encarando como um diferencial. Piaget e Vigotsky, ressaltam que o
conhecimento não pode ser transferido, só construído isso vale para os
35
funcionários da empresa. E, é justamente por conta da mudança radical do
significado do conhecimento, que as coisas estão mudando e se
transformando tão rapidamente.O investimento em Inovações tecnológicas
visa um ambiente empresarial colaborativo, informatizado e visionário e
enriquecedor.
3.4- Instrumentos e técnicas de informação e comunicação
É através das técnicas de informação e comunicação que as
oportunidades bem aproveitadas tornam-se significativas e os desafios tornam-
se mais fáceis. Quando nos referimos a avanços tecnológicos, não podemos
esquecer dos sistemas de troca de informações que estão presentes nas
empresas. Almeida e Libaert vêm ressaltar que:
“São múltiplos os instrumentos e técnicas de informação e
de comunicação, novos ou tradicionais, que se encontram
à disposição das organizações: imprensa empresarial,
jornal interno, Intranet, GED (gestão eletrônica de
documentos), ferramentas de gerenciamento da
informação e informações de caráter econômico, etc.
Todos esses instrumentos são empregados para melhorar
a comunicação e os fluxos de informação, e sua
administração é indispensável para a manutenção do alto
nível de inovação e competitividade. Os sistemas de
informação e de seu gerenciamento devem, portanto,
ocupar um lugar estratégico na administração, pois são
eles que garantem o fluxo de informações de dentro para
fora e de fora para dentro das organizações. O
gerenciamento destinado a facilitar as escolhas
estratégicas mais pertinentes permite conhecer melhor o
posicionamento da empresa, conhecer a concorrência,
analisar, organizar, antecipar, ou mesmo controlar os
fluxos de informação, inserindo-os numa lógica de ação.
36
Os diferentes recursos mobilizados pela atividade de
gerenciamento, tais como bancos de dados, CD Rom,
patentes, Internet, imprensa especializada, revistas
técnicas e demais sistemas de informação são parte
integrante do processo de apoio às decisões, reforçam a
visão estratégica e contribuem para a compreensão do
caráter econômico das organizações. É graças à
utilização dos sistemas e da Tecnologia da Informação e
da Comunicação (TIC) que a atividade informacional se
torna mais ampla e duradoura. Os instrumentos de
comunicação à disposição das organizações multiplicam-
se cada dia mais e possuem a particularidade de
coexistirem, sem que isto implique na exclusão uns dos
outros." (ALMEIDA, LIBAERT, 2004).
Da soma entre Tecnologia e empresa nascem os instrumentos e as
técnicas de informação e de comunicação que dão origem as inovações
tecnológicas.
37
CONCLUSÃO
Ao concluir este trabalho, pude perceber a importância da união entre
empresa, tecnologia, informação e conhecimento. O profissional deve ser
inovador e versátil frente aos novos desafios. Ele deve olhar para frente e
aplicar a tecnologia com ousadia e conhecimento, buscar o futuro, apostar e
acreditar no novo, ser transformador, ser criativo, amar aquilo que faz. Ser
responsável na vida profissional objetivando a melhoria na qualidade de vida
da sociedade em que vivemos através das mudanças empresariais e
tecnológicas. A nova era acontece para as empresas e para a sociedade como
um todo. Como pedagogos empresariais, possuimos papel fundamental em
sermos protagonistas dessa mudança. Quem experimenta, ousa, sonha,
planeja, administra as mudanças tecnológicas em busca do crescimento
constante e aperfeiçoamento profissional será capaz de colher frutos
promissores.
A tecnologia não é só mediação, ela funciona como a possibilidade de
entendimentos, recursos, valores interiorizados e multidesafios que nos levam
a determinadas posturas no contexto empresarial. Os computadores são
instrumentos que auxiliam o ser humano em diversas atividades, tanto a nível
empresarial como individual. Enfim, em um mundo globalizado, capitalista e
informatizado as Interfaces Digitais, assim como outros instrumentos
tecnológicos são ferramentas de valiosa importância, pois contribuem
incondicionalmente para o desenvolvimento das atividades empresariais.
O momento atual requer uma reflexão. Precisamos entender que
estamos numa dimensão sem limites, onde os investimentos tecnológicos e
qualificação dos profissionais tornam-se importantíssimos. A aplicabilidade das
Interfaces Digitais no âmbito empresarial deve estar atrelada ao aprendizado
38
constante e ao desenvolvimento interativo. As novas tecnologias de informação
e comunicação vieram para mudar radicalmente nossas vidas, quebrando
velhos paradigmas e transformando as relações pessoais em relações também
virtuais. Tudo isso requer por parte do Pedagogo Empresarial disponibilidade,
vontade e interesse em se atualizar em todas as aréas de sua vida para que
ocorra o crescimento das organizações por meio de um processo de gestão de
negócios eficaz, lucrativa e em especial educativa já que o conhecimento
estará atrelado ao poder, pois quem o detém possui o poder da mudança nas
mãos.
Como Pedagogos Empresariais é de suma importância que estejamos
abertos para as Interfaces Digitais e para as Novas Tecnologias com objetivo
de aceleração no processo de criação, construção e desenvolvimento laboral,
interagindo e acreditando que conhecimento é agente transformador da
realidade em que estamos inseridos para que possamos romper barreiras,
economizar tempo, aumentar a qualidade dos serviços prestados. Devemos
sempre socializar informações, para que a tecnologia seja uma aliada ao
acesso de oportunidades, como facilitadora e mediadora dos serviços no
âmbito empresarial, social e econômico em que estamos inseridos.
39
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43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Interfaces Digitais nas Empresas 11
1.1 – Tecnologias da Informação e Comunicação 16
1.2 – Tecnologia nas Empresas 18
1.3 – Os Processos de Inovação Tecnológica
e conhecimento 21
CAPÍTULO II
O Pedagogo Empresarial e as Tecnologias 28
CAPÍTULO III
Os Avanços Tecnológicos Empresariais 31
3.1 – Inovação na era do conhecimento 32
3.2 – Mudanças organizacionais 33
3.3 – Inteligência empresarial e Interfaces digitais 34
3.4 – Instrumentos e técnicas de informação
e comunicação 35
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 43
44