UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
LEANDRO FERNANDES DA SILVA
ELABORAÇÃO DE PCMAT PARA CANTEIRO DE OBRA:
ESTUDO DE CASO
Florianópolis
2019
LEANDRO FERNANDES DA SILVA
ELABORAÇÃO DE PCMAT PARA CANTEIRO DE OBRA:
ESTUDO DE CASO
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho.
Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo
Florianópolis
2019
LEANDRO FERNANDES DA SILVA
ELABORAÇÃO DE PCMAT PARA CANTEIRO DE OBRA:
ESTUDO DE CASO
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho da Universidade do Sul de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho.
Florianópolis, 25 de Maio de 2019
______________________________________________________
Professor Ms. José Humberto Dias de Tolêdo
Universidade do Sul de Santa Catarina
Аоs meus pais, minha esposa Alessandra,
minha filha Kaiane е a toda minha família que,
com muito carinho е apoio, não mediram
esforços para que eu chegasse até esta etapa de
minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a minha filha Kaiane que muito compreendeu
minha ausência e por ser a minha maior incentivadora e inspiração. Se muitas vezes pensei em
não continuar, foi por você, seu beijo carinhoso ao acordar ou sua alegria ao ver minha chegada
que me davam força para enfrentar o dia e continuar a seguir em frente. Obrigada amor da
minha vida!
Agradeço ao meu pai Vânio e minha mãe Rosana que são os responsáveis pela base de
educação e que me ensinaram a ter coragem, dignidade e maiores valores que se pode ter na
vida. Obrigada pelo apoio constante em todas as etapas de minha vida. Amo muito vocês!
À minha esposa Alessandra, que não mediu esforços para a realização de um grande
sonho. Obrigada pelo companheirismo, amor, dedicação, parceria de todas as horas e troca de
experiência comigo todos esses anos. Essa conquista também é sua, meu amor!
Ao meu orientador Humberto que acreditou no meu trabalho e auxiliou em todas as
etapas deste trabalho. Obrigada pelo empenho!
A todos os professores da Pós-graduação que foram essenciais na minha trajetória
acadêmica.
Por fim, agradeço todos os amigos e amigas que estiveram comigo nessa jornada, vocês,
com certeza, são parte dessa vitória!
“O melhor presente Deus me deu. A vida me ensinou a lutar pelo que é meu.”
(Alexandre Magno Abrão).
RESUMO
A sigla PCMAT significa Programa de Condições e meio Ambiente de Trabalho na
Indústria de Construção e é regulamentado pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18) através
da Portaria 3.214 de 1978.
O PCMAT é um programa que estabelece procedimentos de ordem administrativa, de
planejamento e de organização, que objetivam a implantação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
Indústria da Construção, resumindo, dita uma série de medidas de segurança a serem adotadas
durante o desenvolvimento da obra. Esses procedimentos de segurança, que visam antecipar os
riscos. Para possam ser definidos estratégias para evitar acidentes de trabalho e o aparecimento
de doenças ocupacionais.
Segundo o item da NR 18.3.1 toda construção que terá pico de 20 trabalhadores ou mais
devem elaborar o PCMAT e adotar as medidas de prevenção contidas nele e para obras com 19
trabalhadores ou menos é necessário o PPRA
O PCMAT deve ser elaborado antes do início das atividades. Ele contempla os riscos
de todas as etapas da obra, e por isso não tem validade definida assim periodicamente deve
passar por uma reavaliação global. Na reavaliação deve ser observado seu desenvolvimento, e
também se ele está atendendo plenamente o objetivo para o qual foi elaborado. Se houver
necessidade, deve ser feito ajustes necessários estabelecendo novas metas e prioridades de
segurança.
Palavras-chave: PCMAT, NR-18, SEGURANÇA.
ABSTRACT
The acronym PCMAT means Working Conditions and Environment in
Construction Industry and it is regulated by Regulatory Standard 18 (NR 18) through the
Ordinance 3.214 of 1978.
The PCMAT is a program that establishes administrative, planning and
organization procedures , wich aiming the implementation of control measures, and as well
preventive systems of security in the processes, conditions and working environment in
Construction Industry. Summarizing, it is a series of security measures that should be taken
during the construction development. This security procedures, aim to anticipate risks, enabling
the possibility to create strategies in order to avoid work accidents and the onset of occupational
diseases.
According with the item NR 18.3.1 all the constructions that will have peak of 20
or more employees, should elaborate the PCMAT an adopt the preventive measures contained
in. But, the Constructions with 19 or less employees need the PPRA.
The PCMAT should be elaborated before the start of activities. It contemplates all
the risks of all the stages of the construction, and because of it, doesn’t has expire date set. So,
periodically needs to pass through a global reevaluation. During the reevaluation, should be
noted its development, and also if it is fully meeting the objectives for which it was elaborated.
If needed, adjustments could be made setting new goal and security priorities.
Key Words: PCMAT, NR-18, Security.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Normas regulamentadoras de Segurança ...............................................................20
Tabela 2 – Itens da NR 18.........................................................................................................22
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ................................................................................................. 13
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................ 13
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 13
1.4 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
1.4.1 Objetivo Geral................................................................................................................ 14
1.4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 14
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................... 14
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEORICO .............................................................................................. 17
2.1 RISCOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................ 17
2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS .............................................................................. 18
2.3 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO ....................................................................................................................... 21
2.3.1 PCMAT – Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria de
construção................................................................................................................................ 23
3 ESTUDO DE CASO – ELABORAÇÃO DO PCMAT ..................................................... 25
3.1 CAMPO DE PESQUISA.................................................................................................... 25
3.2 PCMAT .............................................................................................................................. 27
3.2.1 Documentos que integram o desenvolvimento deste PCMAT................................... 28
3.2.2 Metas e prioridades ....................................................................................................... 28
3.2.3 Estratégia e metodologia de ação ................................................................................. 28
3.2.4 Responsabilidades .......................................................................................................... 29
3.2.5 Definição do GHR (grupos homogêneos de risco) ...................................................... 29
3.2.6 Metodologia e equipamentos dos levantamentos e avaliações ambientais ............... 30
3.3 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA E DOS EMPREGADORES ....................................... 30
3.3.1 Proprietário e construtora ............................................................................................ 30
3.3.2 Especificações da obra................................................................................................... 30
3.3.3 Condições ambientais do canteiro de obra .................................................................. 31
3.3.4 Planejamento da obra ................................................................................................... 32
3.3.4.1 O canteiro ..................................................................................................................... 32
3.3.4.2 Área de vivência ........................................................................................................... 32
a) Instalações sanitárias ........................................................................................................... 32
b) Banheiros ............................................................................................................................. 32
c) Chuveiros .............................................................................................................................. 33
d) Local de refeições................................................................................................................. 33
e) Vestiário ............................................................................................................................... 33
f) Instalações elétricas .............................................................................................................. 34
3.4 PROCESSOS CONSTRUTIVOS DAS ETAPAS DA OBRA .......................................... 35
3.5 MATERIAIS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ........................................................... 36
3.5.1 Serra Circular (ver esquema nos anexos) .................................................................... 36
3.5.2 Pistola finca-pino ........................................................................................................... 36
3.5.3 Elevador para transporte de funcionários .................................................................. 37
3.5.4 Elevador de carga .......................................................................................................... 37
3.5.5 Grua ................................................................................................................................ 38
3.5.6 Andaimes ........................................................................................................................ 39
3.5.7 Betoneiras ....................................................................................................................... 39
3.5.8 Bob-cat ............................................................................................................................ 40
3.5.9 Ferramentas ................................................................................................................... 40
3.6 SINALIZAÇÃO ................................................................................................................. 40
3.6.1 Interna ............................................................................................................................ 40
3.6.2 Externa ........................................................................................................................... 41
3.7 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ......................................................................... 41
3.7.1 Pequenos acidentes ........................................................................................................ 41
3.7.2 Acidente de gravidade média e alta ............................................................................. 42
3.7.3 Acidente com óbito ........................................................................................................ 42
3.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .............................................................................. 43
3.8.1 Equipamentos de proteção coletiva – EPC’S .............................................................. 43
3.8.2 Equipamentos de proteção individual – EPI’S ........................................................... 44
3.8.3 Extintores ....................................................................................................................... 45
3.8.4 Incêndio .......................................................................................................................... 45
4 RISCOS DE ACIDENTES ................................................................................................. 46
4.1 RISCOS GERAIS DE ACIDENTES E SEU CONTROLE ............................................... 46
4.2 LIMPEZA DO TERRENO ................................................................................................. 46
4.3 ESCAVAÇÕES .................................................................................................................. 46
4.4 FUNDAÇÕES .................................................................................................................... 47
4.5 ESTRUTURA/FORMAS ................................................................................................... 48
4.6 ARMADURAS ................................................................................................................... 48
4.7 CONCRETAGEM .............................................................................................................. 49
4.8 ALVENARIA ..................................................................................................................... 50
4.9 ACABAMENTO ................................................................................................................ 51
4.10 DIVERSAS ATIVIDADES ............................................................................................. 52
4.11 MANUTENÇÃO PREDIAL PÓS-OCUPAÇÃO (DESTACAR E FORNECER AOS
CONDÔMINOS) ...................................................................................................................... 53
4.12 PLANILHA DE EPI ......................................................................................................... 54
4.12.1 Características dos EPI’s ............................................................................................ 55
4.13 CARTAZES E AVISOS – LOCAIS RECOMENDADOS .............................................. 59
4.14 PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ................................................................... 60
4.15 TREINAMENTO ............................................................................................................. 60
4.16 CONTROLE MÉDICO .................................................................................................... 61
4.16.1 Exames médicos ........................................................................................................ 61
5 CONSIDERACOES FINAIS .............................................................................................. 63
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 64
12
1 INTRODUÇÃO
Construção civil é o nome dado a todo tipo de construção que interaja com uma
comunidade, cidade ou população. O nome construção civil é usado até hoje, pois antigamente,
a engenharia era dividida em duas grandes áreas: civil e militar. Com o tempo, tal divisão foi
perdendo seu efeito e hoje compreendemos por construção civil tudo o que engloba a
participação de engenheiros e arquitetos civis em conjunto com profissionais de outras áreas de
conhecimento. A construção civil é um dos fenômenos de maior representatividade no Brasil,
pois as cidades-polo estão cada vez mais absorvendo moradores das cidades menores e vizinhas.
Assim, a construção de novas estruturas urbanas é uma realidade pela qual observa-se o
crescimento constante dos municípios-polo do Brasil. O papel da construção civil está
diretamente ligado com o bem-estar da população, abrangendo também princípios de cidadania
como inclusão social e divisão ente espaços particulares e públicos (MIKAIL, 2013).
Porém, as dificuldades para a implantação da construção civil são diversas, como:
troca constante de trabalhadores (alto índice de flutuação, principalmente em grandes obras),
baixo grau de escolaridade de muitos funcionários da base (muito são analfabetos ou
analfabetos funcionais), prazo da obra variável (alguns tem prazos curtíssimos e outros se
estendem muito), quantidade de funcionários (existem canteiros como o de loteamentos,
hidrelétricas, pontes com milhares de funcionários), localização da obra (algumas obras ficam
em áreas ermas ou localizadas próximas a cidades pequenas), dificuldades construtivas
diversas, dentre outras (COSTA, 2016).
Para garantir uma melhoria e qualidade da construção civil, as Normas
Regulamentadoras (NRs) foram criadas a partir da Lei nº 6.514 de 1977. A lei alterou o Capítulo
V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativas à Segurança e Medicina
do Trabalho. As NRs foram aprovadas pela Portaria n° 3.214, em 08 de junho de 1978. As NRs
foram criadas para dar um formato final nas leis de Segurança do Trabalho. Foram feitas em
capítulos para facilitar, normatizar e unificar as normas de segurança brasileiras (CAMPINED,
2017).
Para a implantação da construção civil tem-se algumas NRs a serem seguidas, mas
para implantação de canteiros deve-se seguir a NR-18.
A NR 18 foi uma das 28 normas regulamentadoras publicadas pela Portaria nº
3.214, de 08 de junho de 1978. Nesse início, era voltada para "obras de construção, demolição
e reparos". A primeira modificação dessa NR ocorreu em 1983. Mais de 10 anos depois, com o
avanço da tecnologia e das relações de trabalho, a então Secretaria de Segurança e Saúde no
13
Trabalho - SSST iniciou um processo de revisão. Assim, em junho de 1994, um Grupo Técnico
de Trabalho começou a reformulação da norma sob a coordenação da Fundacentro. O projeto
foi à consulta pública e uma comissão analisou as mais de três mil sugestões recebidas. Chegou-
se a um novo texto, submetido à Reunião Tripartite e Paritária, realizada em Brasília/DF, entre
15 e 19 de maio de 1995. Nessa discussão, foi aprovado o texto final, publicado no Diário
Oficial da União de 7 de julho de 1995, com o nome de "Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção" (FUNDACENTRO, 2015).
Este estudo apresentará a elaboração de um PCMAT – Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – para uma obra a ser realizada no
bairro Praia Comprida no município São José/SC.
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO
Implantação de um PCMAT para uma construção a ser realizada em São José – SC.
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Será que a implantação de um PCMAT garante a qualidade do trabalho para os
operários da construção em análise?
1.3 JUSTIFICATIVA
Normas regulamentadoras, como a NR 18, são citadas na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e se aplicam tanto para o empregador quanto para o empregado. Assim, para
as empresas, o não cumprimento dessas diretrizes pode levar às responsabilidades de ordem:
• Administrativa: multas, embargo ou interdição da obra;
• Trabalhista e previdenciária: pode envolver o pagamento de adicionais de
insalubridade e periculosidade, ação civil pública, etc.;
• Tributária: como o aumento da alíquota do SAT/FAP (Seguro de Acidente do
Trabalho / Fator Acidentário de Prevenção);
• Civil e criminal.
De acordo com a NR-18, o PCMAT é obrigatório nos estabelecimentos com 20
(vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos na norma citada e outros dispositivos
complementares de segurança.
14
Seguindo a determinação da NR-18 o construtor também pode obter os seguintes
benefícios:
• Seguir a NR leva a um trabalho com menos risco de ações indenizatórias;
• Permite reduzir gastos com o SAT (Seguro Acidente do Trabalho);
• Atender aos requisitos da norma é uma proteção para a imagem da empresa;
• Garante maior controle dos perigos e riscos de acidentes na construção civil. Isso
resulta em melhoria na produtividade e otimização de recursos.
A prevenção de acidentes de trabalho evita inúmeras despesas pessoais e
patrimoniais, incluindo indenizações por acidentes que podem ser bastante expressivas.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é implantar um PCMAT em uma construção em São José-
SC para que a mesma obtenha uma melhor qualidade produtiva e operacional tanto para os
profissionais que irão acompanhar o processo construtivo como para a empresa responsável
pela construção.
1.4.2 Objetivos Específicos
- Descrever as recomendações da NR-18 para a elaboração de um PCMAT;
- Levantar os riscos ambientais;
- Elaborar o PCMAT.
1.5 METODOLOGIA
Quanto à natureza é aplicada, pois trata-se da implantação de um programa proposto
pela NR-18 em local específico, não sendo possível a reutilização do mesmo em qualquer outra
construção sem a verificação e entendimento das suas condições.
Com relação ao problema é uma pesquisa de cunho qualitativo que segundo
Goldenberg (1997, p. 34): “é uma pesquisa que não se preocupa com
a representação numérica, mas sim com a compreensão do tema” e, quantitativa que segundo
esclarece Fonseca (2002, p. 20), os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados.
Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os
15
resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da
pesquisa.
Já, quanto aos objetivos é uma pesquisa descritiva que segundo Silva e Menezes
(2000, p. 21):
A pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas
padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em
geral, a forma de levantamento.
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa
se enquadra em três tipos, bibliográfica, experimental e estudo de caso. Bibliográfica, pois é
um dos pontos desta que é um levantamento de referências
teóricas já existentes, e publicadas por outros autores (FONSECA, 2002, p. 32). Todas as
pesquisas se iniciam com este modelo de pesquisa, podendo ser somente esse ou misturados
como o caso desta.
Experimental, pois segue um planejamento rigoroso, que consiste em determinar o
objetivo de estudo, selecionar o que é capaz de influenciar e observar todos os pontos
importantes (GIL, 2007).
E o último tipo do ponto de vista de procedimentos técnicos é estudo de caso, pois
se caracteriza pela investigação em campo para levantamento e coleta de dados (FONSECA,
2002).
Este trabalho utiizará o procedimento de estudo de caso pois aplicará os requisitos
da NR 18 em uma construção a ser realizada na cidade de São José-SC.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho de conclusão de curso é composto de quatro capítulos.
O capítulo um faz uma introdução ao trabalho, explanando o porquê
da importância dele, assim como sua justificativa e objetivos. Explica, ainda, como será feito o
trabalho no decorrer do restante.
O segundo capítulo possuirá o referencial teórico que contemplara um breve
histórico sobre a construção civil no país, os riscos de acidentes em canteiros de obra, as normas
regulamentadoras existentes em vigor e sobre a norma regulamentadora 18.
16
O capítulo três apresenta o estudo de caso, descrição da obra em estudo, em que
fase ela se encontra, o que está sendo seguido relacionado à segurança e saúde no ambiente de
trabalho.
No quarto capítulo serão apresentadas todas as etapas da elaboração do PCMAT
realizado seguindo as recomendações da NR 18 na obra a ser implantada.
E, finalmente, as considerações finais do presente estudo.
17
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 RISCOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil oferece muitos riscos. A afirmação vale tanto para as
construtoras quanto para os colaboradores. Há riscos dos mais variados envolvidos em todos os
processos. A execução da obra, por exemplo, apresenta risco de acidentes aos funcionários.
Dentro do escritório, os riscos são financeiros, como, por exemplo, na contratação de prestação
de serviços. Mas, embora a atividade de construção civil apresente muito riscos, é possível
evitar a maior parte deles (SINGE, 2017).
Afinal, quando um colaborador trabalha em um ambiente seguro e confiável, seu
rendimento pode ser ainda maior. Como benefício, se evita problemas graves para o trabalhador
e a empresa.
A indústria da Construção Civil é um dos setores mais importantes da economia do
Brasil. Entretanto, é muito dependente de mão de obra. Com isso, consequentemente, os
acidentes de trabalho nos canteiros de obra apresentam números bastante significativos.
Alguns fatores contribuem para a incidência de acidentes no local de trabalho. Os
sete riscos mais comuns são, de acordo com informações extraídas do sítio virtual da Mongeral
Aegon (2019):
• Desorganização: parece bobagem, mas a falta de organização no canteiro de
obras oferece muitos riscos aos colaboradores. Os problemas se concentram principalmente na
circulação de pessoas e no armazenamento de equipamentos e materiais;
• Falta de atenção: o canteiro de obras exige muita concentração e foco dos
colaboradores. Ao se distrair um funcionário pode se ferir ou causar um acidente com outro
colega de trabalho;
• Queda de Materiais: muito comum no canteiro de obras, a queda de materiais
pode causar acidentes graves. Por isso, é importante lembrar que seus colaboradores devem
seguir as NRs e utilizar os EPIs e EPCs;
• Choques Elétricos: nas tarefas que envolvem energia elétrica, a recomendação
principal é que: este trabalho seja feito por profissional qualificado, com todos os equipamentos
de segurança necessários;
• Queda de altura: para os colaboradores que exercem trabalho em altura acima de
dois metros é extremamente importante utilizar equipamentos de segurança. Tais como: cintos
paraquedistas ou dispositivo de sistemas de ancoragem;
18
• Falta de Sinalização: ao sinalizar de maneira correta e clara o seu canteiro de
obras, informa-se aos colaboradores os riscos presentes em cada área da construção. Isso pode
evitar acidentes. Use de placas, barreiras, fitas zebradas e outros métodos de sinalização;
• Manuseio de Ferramentas: muitos acidentes na construção civil acontecem
porque o colaborador não sabia utilizar uma ferramenta e nem sobre os riscos que ela poderia
oferecer pelo mal-uso. Dar treinamento aos colaboradores e se certeza de que eles sabem
exatamente o que estão fazendo.
Além dos fatores de riscos apontados acima também se pode classificá-los da
seguinte maneira:
• Físicos: energias com as quais o colaborador terá contato, tais como: ruídos,
umidade, pressão, temperatura, entre outros;
• Químicos: agentes que podem ser inalados pelo funcionário, como poeira e
vapor;
• Biológicos: bactérias, fungos ou parasitas que podem atingir o operário;
• Ergonômicos: situações que podem causar desconforto no colaborador, como
movimentos repetitivos e monotonia;
• Acidentes: qualquer fator que coloque o trabalho em riscos de acidentes,
afetando sua integridade física (BRASIL, 2016).
Os riscos encontrados em um canteiro de obras podem ser de todas as naturezas
citadas acima e para analisar e evitar estes riscos tem-se a NR18 que dá todos os parâmetros
necessários para que o canteiro seja considerado seguro e apropriado para seu devido fim.
2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS
Normas Regulamentadoras (NRs) são orientações trabalhistas sobre procedimentos
obrigatórios relacionados à saúde e à segurança do empregado. Ao todo são 37 Normas que as
empresas devem seguir para atuar dentro da legalidade. Cada uma possui seus próprios
parâmetros de regulamentação, com o objetivo de prevenir acidentes e doenças provocadas pelo
trabalho.
As NRs servem como um norte, uma bússola que orienta as ações dos empregadores
para tornar os ambientes mais saudáveis e seguros. Elas promovem e preservam a integridade
física do trabalhador, estabelecem a regulamentação da legislação pertinente à segurança e
19
medicina do trabalho, além de instituir políticas sobre esses assuntos dentro das empresas
(ÁREA SST, 2019).
A primeira vez que o termo foi utilizado foi no artigo 200 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. A
aprovação das primeiras NRs, porém, só foi realizada em 1978, quando o então Ministério do
Trabalho e Emprego (antigo nome da pasta) decidiu padronizar, fiscalizar e fornecer
informações sobre os procedimentos básicos das empresas. A princípio eram apenas 28 Normas
Regulamentadoras, mas hoje este número está quase na casa dos 40 (ÁREA SST, 2019).
Todas as empresas que possuem empregados sob o regime da CLT devem seguir
as Normas Regulamentadoras. Isso inclui empresas privadas e públicas, órgãos públicos da
administração direta e indireta e também os órgãos dos poderes legislativo e judiciário (ÁREA
SST, 2019).
Segundo a CLT, cabe ao ministério do Trabalho a elaboração das Normas
Regulamentadoras. A Portaria nº 1.127, de 2 de outubro de 2003, determina que elas serão
elaboradas seguindo um sistema tripartite paritário, formado por representantes do Governo,
dos trabalhadores e dos empregadores, os três com o mesmo peso de decisão. Para criar uma
NR, é necessário observar as seguintes necessidades:
• Demandas da sociedade;
• Necessidades apontadas pela inspeção do trabalho;
• Compromissos internacionais;
• Estatísticas de acidentes e doenças (ÁREA SST, 2019).
O processo para criação de uma Norma Regulamentadora precisa seguir alguns
passos:
1. Definição dos temas a serem discutidos;
2. Elaboração do texto técnico básico;
3. Publicação do texto técnico básico no Diário Oficial da União (DOU);
4. Instalação do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT);
5. Aprovação e publicação da Norma no DOU.
Com a evolução dessas normas, elas sofreram muitas modificações, sempre
pensando em aumentar a prevenção e proteção ao trabalhador. Mas, verificou-se que as
normas contidas na Portaria nº 3.214/1978 não abrangiam todos os requisitos e necessidades
para se ter essa total segurança para os trabalhadores. Assim, com o passar dos anos foram
surgindo novas NRs, totalizando nos dias de hoje 37, como se pode analisar no quadro 1.
20
Quadro 1 – Normas regulamentadoras de Segurança
Normas Regulamentadoras Descrição
NR – 1 Disposições Gerais
NR – 2 Inspeção Prévia
NR – 3 Embargo ou Interdição
NR – 4 Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho
NR – 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR – 6 Equipamento de Proteção Individual – EPI
NR – 7 Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional
NR – 8 Edificações
NR – 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR – 10 Segurança em Instalações e Serviços de
Eletricidade
NR – 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e
Manuseio de Materiais
NR – 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e
Equipamentos
NR – 13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação
NR – 14 Fornos
NR – 15 Atividades e Operações Insalubres
NR – 16 Atividades e Operações Perigosas
NR – 17 Ergonomia
NR – 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Industria da Construção
NR – 19 Explosivos
NR – 20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis
e Combustíveis
NR – 21 Trabalhos a Céu Aberto
NR – 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR – 23 Proteção Contra Incêndios
NR – 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais
de Trabalho
NR – 25 Resíduos Industriais
NR – 26 Sinalização de Segurança
NR – 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança
do Trabalho (Revogada)
NR – 28 Fiscalização e Penalidades
NR – 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde
no Trabalho Portuário
NR – 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR – 31
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,
Pecuária, Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura
NR – 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de
Saúde
21
NR – 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados
NR – 34
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Industria de Construção, Reparação
e Desmonte Naval
NR – 35 Trabalho em Altura
NR – 36
Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de
Abate e Processamento de
Carnes e Derivados
NR – 37 Segurança e Saúde em Plataforma de Petróleo
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2019).
Como pode ser analisada no Quadro 1, existem 10 NR que podem ser utilizadas
na indústria da construção, são elas: NR 8, 10, 11, 12, 17, 18, 23, 24, 26 e 35. Dentre essas tem
uma que se destaca, pois é a que abrange as prescrições para organização do trabalho,
equipamentos, áreas de produção e convivência, num grande nível de detalhamento para a
proteção e segurança do trabalhador do setor, que é a NR18 – Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Industria da Construção (FERREIRA, 2005). Tendo em vista que ela é a única
totalmente específica para a área, torna-se a principal legislação brasileira para regulamentar a
segurança e condições de trabalho no setor (SIMÕES, 2010).
2.3 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
NR 18 é a Norma Regulamentadora 18, que estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização para implementação e controle de medidas
de segurança na indústria da construção civil. Especificamente, através do PCMAT.
Além de abordar questões próprias e específicas da atividade da construção civil,
como escavações, demolições, soldagem, corte, telhados, dentre muitos outros, a NR 18 ainda
descreve as instruções para outras situações relacionadas ao canteiro de obras, como os
alojamentos e áreas de vivência para os trabalhadores, proteção contra incêndios, entre outros.
A construção civil é um dos setores da economia que mais emprega mão de obra,
porém também é um dos que mais registra acidentes.
De acordo com as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT,
2018), dos aproximadamente 355 mil acidentes fatais que acontecem anualmente no mundo,
pelo menos 60 mil ocorrem nas atividades da construção civil.
22
As causas dos acidentes são as mais diversas, e dentre elas podemos destacar as
mais representativas: quedas de pessoas e materiais, choques elétricos e soterramentos (ÁREA
SST, 2018).
A alta taxa de rotatividade do setor, associada a um baixo nível de formação –
inclusive com muitos trabalhadores analfabetos (apesar deste cenário estar mudando nos
últimos anos) – ajuda a agravar o quadro e dificultar a resolução.
Isso especialmente porque os trabalhadores muitas vezes não são adequadamente
treinados para a prevenção, apesar da norma ser consideravelmente rigorosa neste aspecto.
A OIT considera que a prevenção de acidentes de trabalho nas obras exige enfoque
específico, tanto pela natureza particular do trabalho de construção como pelo caráter
temporário dos centros de trabalho (obras) do setor (ÁREA SST, 2018).
Esse enfoque específico, no âmbito das Normas Regulamentadores, é
aplicado justamente na NR 18, sem prejuízo de outras normas regulamentadoras ou legislações
federais, estaduais ou municipais aplicáveis (CHAVES, 2015).
A NR18 ao todo já teve 22 atualizações. A última atualização realizou-se no ano de
2015. A norma hoje é separada em 39 itens, sendo o 32 revogado em 2011 (BRASIL, 2015),
sendo eles listados na tabela a seguir.
Tabela 2 – Itens da NR18
Item Descrição Item Descrição
18.1 Objetivo e Campo de Aplicação 18.2 Comunicação Prévia
18.3
Programa de Condições e Meio Ambiente
de
Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT
18.4 Áreas de Vivência
18.5 Demolição 18.6
Escavações, Fundações e
Desmonte de
Rochas
18.7 Carpintaria 18.8 Armações de Aço
18.9 Estruturas de Concreto 18.10 Estruturas Metálicas
18.11 Operações de Soldagem e Corte a Quente 18.12 Escadas, Rampas e Passarelas
18.13 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura
18.14
Movimentação e Transporte de
Materiais e
Pessoas
18.15 Andaimes e Plataformas de Trabalho 18.16 Cabos de Aço e Cabos de Fibra
Sintética
18.17 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos 18.18 Telhados e Coberturas
18.19 Serviços em Flutuantes 18.20 Locais Confinados
23
18.21 Instalações Elétricas 18.22
Máquinas, Equipamentos e
Ferramentas
Diversas
18.23 Equipamentos de Proteção Individual 18.24 Armazenagem e Estocagem de
Materiais
18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos
Automotores 18.26 Proteção Contra Incêndio
18.27 Sinalização de Segurança 18.28 Treinamento
18.29 Ordem e Limpeza 18.30 Tapumes e Galerias
18.31 Acidente Fatal 18.32 Dados Estatísticos (Revogado
em 2011)
18.33
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes
CIPA nas empresas da Indústria da
Construção
18.34
Comitês Permanentes Sobre
Condições e
Meio Ambiente do Trabalho na
Indústria da
Construção
18.35
Recomendações Técnicas de
Procedimentos
RTP
18.36 Disposições Gerais
18.37 Disposições Finais 18.38 Disposições Transitórias
18.39 Glossário
Fonte: NR18 (2015)
Neste estudo abordar-se-á o item 18.3 - Programa de Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT e seus subitens.
2.3.1 PCMAT – Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria de
construção
O PCMAT é regulamentado pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18) através da
Portaria nº 3.214 de 1978. É um programa que estabelece procedimentos de ordem
administrativa, de planejamento e de organização que objetivam a implantação de medidas de
controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente
de trabalho na Indústria da Construção.
Resumindo, o PCMAT dita uma série de medidas de segurança a serem adotadas
durante o desenvolvimento da obra. Esses procedimentos de segurança visam antecipar os
riscos para que possam ser definidos nas estratégias para evitar acidentes de trabalho e o
aparecimento de doenças ocupacionais.
24
Segundo o item da NR 18.3.1 toda construção que terá pico de 20 trabalhadores ou
mais deve elaborar o PCMAT e adotar as medidas de prevenção contidas nele. Para obras com
19 trabalhadores ou menos é necessário o PPRA.
A NR 18 no seu item 18.3.2 diz que o PCMAT deve ser elaborado por profissional
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho.
O PCMAT deve ser elaborado antes do início das atividades. Ele contempla os
riscos de todas as etapas da obra e, por isso, não tem validade definida. Periodicamente o
PCMAT deve passar por uma reavaliação global. Na reavaliação deve ser observado seu
desenvolvimento, e também se ele está atendendo plenamente o objetivo para o qual foi
elaborado. Se houver necessidade, devem ser feitos ajustes necessários estabelecendo novas
metas e prioridades de segurança.
25
3 ESTUDO DE CASO – ELABORAÇÃO DO PCMAT
3.1 CAMPO DE PESQUISA
Este PCMAT será elaborado para uma obra de médio padrão localizada no bairro
Praia Comprida próximo ao centro histórico do município de São José/SC. A construção será
composta por apenas uma torre com três pavimentos de subsolo, térreo e sete pavimentos tipo.
Sendo os três pavimentos de subsolo com garagens, o pavimento térreo como hall, área de lazer
3 salas comerciais e sete pavimentos de apartamentos. Para cada pavimento tipo ter-se-á 12
(doze) apartamentos totalizando 84 (oitenta e quatro) apartamentos. A área total do terreno é de
2.451,51m² e a área total construída 15.121,94m².
A obra tem um prazo de execução previsto para três anos e meio, do início dos
trabalhos no terreno até o fim. Este prazo não considera o tempo de projeto, licenças para o
início da obra e o processo de habite-se (Figura 1).
Figura 1: Obra a ser construída no bairro Praia Comprida, no município de São José/SC (1)
Fonte: Dados primários (2019)
26
O programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria de construção –
PCMAT desta construção será elaborado antes do início da referida construção. O canteiro de
obra será dividido em três etapas tendo em vista a geometria do terreno e o planejamento de
construção. Portanto, o primeiro canteiro será provisório com instalação de contêineres até o
final da etapa de concretagem da primeira laje do subsolo 01. Após a desforma dos pilares e o
início dos pilares do pavimento subsolo 02 o canteiro da obra deverá migrar para o subsolo 01.
E, a terceira etapa de mudança do canteiro será quando o pavimento térreo já estiver em
condições para receber o mesmo.
A obra demandará de um número expressivo de funcionários tendo em vista suas
dimensões. A construtora manterá uma equipe técnica básica na obra e o restante será divido
por tipo de serviço com empresas especializadas.
A construtora contará com 07 funcionários registrados em CLT que serão os
seguintes: um engenheiro, um mestre de obras, um encarregado, um almoxarife, um pedreiro e
dois serventes. Existem mais quatro empresas neste projeto, a subcontratada A tem 20
empregados e as subcontratadas B, C, D e E que possuem de dois a cinco empregados. Essas
quatro últimas são encarregadas pela elétrica, hidráulica, operação de máquina, revestimento e
pintura enquanto a primeira é responsável pelo restante das operações.
Ao todo são 47 empregados trabalhando diretamente na obra, além da parte
administrativa que é feita pela administração geral da construtora e não fica no canteiro, mas
no escritório central. (Figura 2)
Figura 2: Obra a ser construída no bairro Praia Comprida, no município de São José/SC (2)
Fonte: Dados primários (2019)
27
3.2 PCMAT
Este PCMAT refere-se ao canteiro da obra do edifício Mirante da Praia, localizada
no município de São José – SC.
A NR-18 (Norma Regulamentadora de Segurança e Medicina do Trabalho do MTE
“Ministério do Trabalho e Emprego”) no seu item 18.3.1.2 referente às obras de construção
civil exige a elaboração deste Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção (PCMAT), para obras com 20 ou mais trabalhadores, para definir quais
as medidas de controle de segurança do trabalho necessárias para prevenir acidentes do
trabalho.
Neste PCMAT entende-se como “TRABALHADORES” todas as pessoas que
adentrarem ao canteiro de obras para executarem quaisquer tipos de serviços permanentes,
intermitentes ou eventuais, independentemente do tipo de vínculo empregatício!
Os principais objetivos deste projeto de segurança do trabalho descrito neste
PCMAT são:
• Garantir, através da implementação de ações preventivas, a integridade física e
a saúde de Todos Trabalhadores desta construção, funcionários diretos e terceirizados,
fornecedores, contratadas, empreiteiras, visitantes e demais pessoas que atuam mesmo que
eventualmente no canteiro de obras;
• Estabelecer um sistema de gestão em Segurança do Trabalho com atribuições e
responsabilidades à equipe que administrará a obra;
• Informar aos trabalhadores, aos proprietários e responsáveis pela execução da
obra e as Contratadas (Terceirizadas), as medidas de prevenção de acidentes do trabalho que
devem ser implementadas antes da execução de qualquer das atividades de construção neste
canteiro de obras;
• Preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores e a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais, conforme estabelece o PPRA (programa de prevenção dos
riscos ambientais) da NR-9 do MTE, e o requisito 18.3.1.1 da NR-18;
• Atender a Legislação Previdenciária e ser um Demonstrativo Ambiental para o
MPAS conforme a IN/DC no 99/2003 e INSS/PRES No 20, de 10/10/2007 suas alterações
posteriores e assim subsidiar a indicação dos Registros Ambientais para elaboração do PPP
(perfil profissiográfico profissional).
28
3.2.1 Documentos que integram o desenvolvimento deste PCMAT
• Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de
dimensionamento das áreas de vivência;
• Avaliação dos riscos ambientais de todas atividades de cada etapa da obra;
• Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e
operações;
• Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
• Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, com sua carga horária.
• Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT para
controlar os riscos ocupacionais.
3.2.2 Metas e prioridades
• Fornecer aos responsáveis legais e equipe de chefia da obra informações técnicas
para a segurança no trabalho de todos trabalhadores e suas atividades;
• Oferecer subsídios ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO para planejamento de avaliações médicas direcionadas à identificação e quantificação
de eventuais alterações do estado de saúde do trabalhador, preferentemente ainda em estágios
sub - clínicos.
3.2.3 Estratégia e metodologia de ação
Para elaboração e desenvolvimento deste PCMAT a obra foi dividida em etapas e
identificados e analisados os Riscos ocupacionais das respectivas atividades que a compõem,
indicando também as medidas ações de prevenção de acidentes do trabalho/atividade e função
do trabalhador.
Portanto, consideram-se etapas do Desenvolvimento deste PCMAT:
• Reconhecimento dos riscos ambientais de natureza Física, Química, Biológica,
Ergonômica e Mecânico (Acidentes);
• Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
• Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
29
• Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
• Monitoramento da exposição aos riscos;
• Registro e divulgação dos dados.
O Reconhecimento dos riscos ambientais conterá as seguintes etapas, quando
aplicáveis:
• A sua identificação;
• A determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
• Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho;
• Identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
• Caracterização das atividades e do tipo de exposição;
• A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
• Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na
literatura técnica.
3.2.4 Responsabilidades
As responsabilidades do empregador, empregados e demais agentes envolvidos
deverão estar em conformidade com os itens 9.4 e 9.5 da NR-09.
3.2.5 Definição do GHR (grupos homogêneos de risco)
Serão consideradas como de um mesmo GHR ou GHE (grupo homogêneos de
Exposição) aquelas funções que correspondem a um grupo de trabalhadores que experimentam
exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte
do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo
grupo (OLIVER, 2019).
Os principais GHR deste canteiro de obras serão: almoxarife, engenharia, mestre
de obra, serventes de apoio, equipe de betoneira, equipe de carpintaria, equipe de armação,
equipe de estaqueamento, operador de guincho de coluna, operador de serra-circular, operador
de policorte, pedreiros gerais, pedreiros da fachada, eletricistas, encanadores, instaladores de
gesso, instaladores de forros, instalação de ar condicionado, pintores, etc.
30
3.2.6 Metodologia e equipamentos dos levantamentos e avaliações ambientais
O levantamento e avaliação ambiental para fins ocupacionais serão realizados
conforme:
• A metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos
estabelecidos pelas Normas de Higiene Ocupacional - NHO da fundacentro;
• Os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE e na ausência destes
os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of
Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos.
Os equipamentos e instrumentos disponíveis para as avaliações ambientais
quantitativas são:
• Audiosímetro de Ruído: marca INSTRUTHERM, modelo DOS-600, no de
série/código de barras 120500397;
• Luxímetro Digital: modelo THDL marca INSTRUTHERM, No de Série
11090441
3.3 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA E DOS EMPREGADORES
3.3.1 Proprietário e construtora
Proprietário/Incorporador: XYZ Construtora e Incorporadora Ltda.
Construtora ou Gestora/Administradora Técnica: ABC Construtora e Incorporadora Ltda
Endereço Fiscal/Telefone: Rua Alfabeto, Praia Comprida – São José/SC
CNPJ: 00.000.000/0001-00
3.3.2 Especificações da obra
Nome do Empreendimento: Mirante da Praia
Endereço/CEP: Rua Luiz Fagundes, Praia Comprida – São José/SC
CEI do INSS: não possui
Características da Edificação: residencial com 01 torres, 84 unidades de apartamentos, 03
unidades de sala comercial, 01 pavto. Térreo, 01 pavto. Garagem 1, 01 pavto. Garagem 2, 01
31
pavto. Garagem 03, 06 pavtos. Tipos, 01 pavimento Ático.
Área Construída: 15.121,94 m2
Resp. Técnico/da Obra e Registro do Crea SC: Leandro Fernandes da Silva – CREA
092.411-0
Localização da obra
3.3.3 Condições ambientais do canteiro de obra
• Á céu aberto com os trabalhadores expostos às intempéries nas etapas de
fundação, acabamentos externos, fachadas, ático, reservatório, e outros externos;
• Em ambiente semi-aberto e protegido dentro das edificações nas etapas da
alvenaria/revestimentos internos, pisos, instalações; gesso, forros, revestimentos cerâmicos,
instalações de esquadrias, pinturas internas, e outros serviços internos.
32
3.3.4 Planejamento da obra
Data de Início Prevista: outubro/2019
Data de Término Prevista: outubro/2022
Quantidade Máxima de Trabalhadores /Dia: 60
Jornada de Trabalho da Obra: Segunda à Quinta-Feira das 07h00min às 17h00min Sexta-
feira das 07h00min às 16h00min; Pausa para almoço de 1 hora.
3.3.4.1 O canteiro
A alocação do canteiro de obra será realizado em três etapas conforme croqui, onde
tem-se além da projeção da planta da obra, a alocação da área de vivência.
3.3.4.2 Área de vivência
a) Instalações sanitárias
As instalações sanitárias provisórias, estarão dimensionadas adequadamente para
atender ao número máximo previsto de trabalhadores (60). Os sistemas construtivos serão
padronizados, assegurando a durabilidade às instalações.
b) Banheiros
Os banheiros serão constituídos de lavatórios, vaso sanitário, mictório tipo calha,
chuveiros plásticos, seguindo o estipulado na NR-18.4.2.4.
As características são:
• A ventilação será natural para o exterior através de aberturas (janelas) de
ventilação;
• As paredes divisórias com altura de 2,10 metros, sendo estas revestidas com
material cerâmico (sobras das obras) até uma altura de 1,50m;
• O piso será revestido com material cerâmico antiderrapante (sobra de obras);
• Cada compartimento contará com recipiente para papéis usados;
33
• Papel higiênico ficará à disposição no almoxarifado, em compartimento
específico e ao alcance de todos os trabalhadores;
• Será realizada limpeza diária no início do expediente e às 13 horas.
c) Chuveiros
Características:
• Os chuveiros serão plásticos com água quente e fria, do tipo coletivo, aterrados
eletricamente;
• Haverá suporte para sabonete e cabide para toalha;
• O piso será provido de material emborrachado e retirado, freqüentemente, para
secagem;
• O piso terá caimento necessário para escoamento da água para a rede de esgoto.
d) Local de refeições
Características:
• Mesas com tampo forrado com material impermeável;
• Marmiteiro tipo banho-maria com capacidade para atender aos usuários;
• Lixeiras para resíduos;
• Limpeza realizada após o café-da-manhã e após o almoço, todos os dias.
e) Vestiário
Características mínimas:
• Com armários e bancos em número suficiente;
• Armários: estes armários serão confeccionados em madeira laminada,
numerados e com fechadura e cadeado. Não será permitida a guarda de bebida alcoólica nem
armas de qualquer natureza;
• Iluminação natural e artificial adequada.
34
f) Instalações elétricas
Características mínimas:
• O quadro geral será aterrado, além de dispor de terminal neutro para alimentar
o sistema monofásico. Manter as portas do quadro fechadas para evitar que os funcionários
encostem nas partes energizadas (“vivas”) e não guardem roupas, garrafas ou outros objetos
dentro dele;
• Os fios e cabos serão extendidos de forma aérea e por locais que não atrapalhem
a passagem de pessoas máquinas e materiais;
• Sempre que se realizarem trabalhos próximos da rede externa elétrica, os
mesmos serão acompanhados por pessoa experiente para avisar quando houver risco de
acidente;
• A rede de distribuição nas instalações de apoio será protegida por eletrodutos
de PVC;
• Não será permitido o uso de gambiarras. Todas as conexões dos equipamentos
serão pelo conjunto “Plug/Tomada”;
• Todos os eletricistas receberão Ordens de Serviço específicas.
35
3.4 PROCESSOS CONSTRUTIVOS DAS ETAPAS DA OBRA
Fase: implantação do canteiro
de obras Fase: revestimentos internos
• tapumes: chapa de
compensado plastificada.
• chapisco: no substrato das alvenarias será utilizado
mistura de cimento e areia grossa; e nos substratos de
concreto com chapisco colante.
• áreas de vivência: estrutura de
madeira, fechamento vertical
com chapas de compensado e
piso de madeira. demais locais
utilizando a estrutura de concreto
da edificação, com teto de
concreto, paredes de chapas de
compensado pintadas, piso de
concreto desempenado.
• fixação da alvenaria nos pilares: através de chapisco
rolado com argamassa colante e telas metálicas.
• argamassa para alvenaria e reboco: produzida em obra
com mistura de cimento, areia e “bianco”.
• alvenaria: em alvenaria de tijolo cerâmico de espessuras
de acordo com o projeto de arquitetura.
• encunhamento de fixação alvenaria nas vigas e/ou
lajes: em argamassa com aditivo tipo “expanssor” ou
similar.
• reboco de paredes internas: tipo paulista (1 camada de
massa); banheiros serão impermeabilizados com argamassa
polimérica.
• reboco de teto/forro: nas áreas internas haverá reboco,
nas áreas comuns utilizaremos forro tipo placas de gesso,
exceto nos subsolos.
fase: fachadas
• reboco das fachadas: aplicação de chapisco e argamassa
confeccionada na obra.
• acabamento das fachadas: predominantemente em
textura com pintura acrílica; parte em revestimento de
pastilha cerâmica.
fase: cobertura
• telhado: estrutura de telhado em madeira e telha de
fibrocimento, calhas impermeabilizadas com manta.
fase: acabamentos
• tetos, paredes e pisos: esquadrias de alumínio anodizadas
com persianas, vidros simples com alto fator de proteção solar, pisos cerâmicos e porcelanato, pintura em paredes
nas áreas frias, bancadas, peitoris e soleiras em granito,
portas/batentes com kit pronto, rodapés em madeira, massa-
corrida, pintura pva, pintura acrílica,
• instalações: sistema de condicionador de ar individual,
para-raios, elevadores, instalações elétricas- telefônicas-tv-
internet, etc..
36
3.5 MATERIAIS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
• As máquinas e equipamentos elétricos serão aterrados adequadamente, a anel
de aterramento.
• Todos os operadores de máquinas e equipamentos receberão instruções via
Ordem de Serviço sobre os métodos mais seguros para cada operação.
3.5.1 Serra Circular (ver esquema nos anexos)
Somente será operada por funcionários qualificados, identificados e com o devido
EPI 3 em 1 (capacete, protetor facial e protetor auricular num só equipamento). Estes EPI’s
ficarão em compartimento próprio próximos da mesa da serra e ao alcance dos operadores.
Atenderá os seguintes requisitos mínimos:
• Coifa protetora;
• Empurradores;
• Caixa coletora de resíduos;
• Chave de ignição;
• Extintor tipo PQS;
• Aterrada eletricamente;
• Ficará sob cobertura;
• Quadros de aviso “Uso exclusivo de carpinteiro” e “Uso obrigatório de EPI”.
Alguns procedimentos básicos:
• Regularmente será verificado o disco de corte.
• Será esvaziada a caixa coletora de resíduos, principalmente no final do
expediente.
• Corte de cunhas somente em madeiras com mais de 30cm (trinta centímetros).
3.5.2 Pistola finca-pino
Somente será operada por funcionário habilitado e credenciado pela Administração
da Obra, deve ainda receber Ordem de Serviço.
37
3.5.3 Elevador para transporte de funcionários
Será utilizado o elevador de cremalheira no canteiro de obra, devendo atender as
seguintes observações:
• O elevador de cremalheira obedecerá as especificações do fabricante para
montagem, operação, manutenção e desmontagem, e estará sob a responsabilidade de
profissional legalmente habilitado, com a emissão de ART;
• Os manuais de orientação do fabricante estarão na obra, para consulta.
Este elevador pode transportar materiais desde que não simultaneamente e com o
comando externo. Na obra dar-se-á prioridade ao transporte de pessoas.
3.5.4 Elevador de carga
Será operado por funcionário qualificado e devidamente identificado.
• O posto de trabalho, do operador, será isolado com paredes de madeira
compensada, inclusive com cobertura e porta com cadeado;
• Todas as partes móveis da força motriz serão protegidas;
• O sistema de comunicação será feito via campainha elétrica;
• A mesa do elevador será provida de sinalizador acústico, para ser acionado
durante sua movimentação;
• Em toda a extensão da obra e acompanhando a torre, será instalado o Tubo-fone;
• A cabina será fechada nas laterais e na parte posterior, por painéis até a altura da
cobertura basculante da mesa;
• Na altura das plataformas em contato com a torre do elevador, serão colocados
anteparos com no mínimo 1,80m envolvendo a torre, principalmnete nos locais de possíveis
contatos acidentais;
• Terá livro de manutenção periódica, assinado pelo responsável;
• Será feita inspeção diária visual pelo operador verificando as condições do cabo
de aço, mesa do elevador, campainha, tubo-fone, fim de curso e freios;
• Toda e qualquer irregularidade será comunicada pelo operador imediatamente
ao mestre-de-obra e ao responsável pela Administração da obra;
• Será sinalizado com os avisos “capacidade máxima”, “proibido transporte de
pessoas”;
38
• “ Não coloque a cabeça no Poço do elevador” em todas as lajes, próximo à torre;
• A torre do elevador será revestida com tela nas faces laterais e posterior, até dois
metros acima da última parada, para proteção contra a queda de materiais além de seus limites;
• A torre será afastada da beirada da laje no máximo 20cm;
• O acesso à torre do elevador terá cancela, afastada a um metro da borda da laje.
3.5.5 Grua
Este equipamento de guindar atenderá às seguintes orientações:
• A ponta de lança e o cabo de aço ficarão afastados, no mínimo, a três metros de
qualquer obstáculo e terá afastamento da rede elétrica conforme orientação da CELESC;
• O primeiro estaiamento da torre fixa ao solo será no oitavo elemento e a partir
daí de cinco em cinco elementos;
• Sempre que o equipamento de guindar não estiver em operação, a lança será
colocada em posição de descanso;
• Não será realizado trabalho sob intempéries desfavoráveis (principalmente em
prenúncio de chuva, durante a chuva, e ventos fortes), que exponham a risco aos colaboradores
da área, e principalmente terceiros;
• A grua estará aterrada eletricamente, e se necessário, disporá de pára-raios
situado a dois metros acima da ponta mais elevada da torre;
• O moitão necessariamente disporá de trava de segurança;
• As áreas de carga e descarga serão convenientemente delimitadas, permitindo o
acesso às mesmas somente ao pessoal envolvido na operação;
• A grua disporá de alarme sonoro que será acionado pelo operador sempre que
houver movimentação de carga;
• Outras orientações para operação deste equipamento serão realizadas em
conformidade com as recomendações do fornecedor do equipamento;
• As áreas de carga e descarga, dentro do raio de ação da lança serão
constantemente vigiadas e isoladas de forma a prevenir acidentes. O responsável será designado
pelo engenheiro da obra. A comunicação do vigilante com o operador da grua será
necessariamente via rádio.
39
3.5.6 Andaimes
Além das orientações do fornecedor dos andaimes, serão consideradas as seguintes
observações:
• A montagem, movimentação e desmontagem dos andaimes, será supervisionada
pelo técnico de Segurança da obra para evitar riscos de acidentes, principalmente com redes
elétricas e queda de componentes, que possam atingir não somente aos trabalhadores da obra,
como a pedestres;
• O andaime suspenso disporá de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas
cabeceiras;
• Todos os andaimes suspensos serão numerados, e no livro da obra registrado o
nome da(s) pessoa(s) que estiverem nesses equipamentos diariamente;
• Deve ser feita verificação diária das condições dos cabos de sustentação,
assoalho e do cabo guia de segurança, dos balancins;
• Os andaimes fachadeiros fixos, se utilizados, disporão de tela de proteção, desde
a primeira plataforma de trabalho até pelo menos dois metros acima da última plataforma;
• Após o uso dos andaimes suspensos, devem ser devidamente ancorados à
estrutura do prédio.
3.5.7 Betoneiras
Serão utilizadas betoneiras com carregador e misturador, operadas apenas por
funcionário qualificado, identificado como tal e com os EPI’s necessários (ver planilha EPI X
Função). A betoneira obedecerá os seguintes requisitos mínimos:
• Ficará sob cobertura;
• Terá sua área isolada com barreira ou cancela;
• Seus componentes serão revisados periodicamente (proteções na transmissão de
força principalmente);
• Limpeza do equipamento somente no final do expediente e com o equipamento
desligado, colocando sempre um calço de suporte na caçamba.
40
3.5.8 Bob-cat
Será operado por funcionário habilitado e identificado. Durante os serviços os
cuidados serão os mesmos do trator comum. Nos serviços realizados no subsolo deve-se utilizar
máscara contra gases e abafador de ruído. O Bob-cat deverá trabalhar com giroflex e cabina em
perfeito estado.
3.5.9 Ferramentas
O Almoxarifado disporá de todas as ferramentas necessárias à etapa da obra. Caso
algumas ferramentas, equipamentos, instrumentos ou similares precisem ser alugados, os
mesmos deverão acompanhar garantia explicitada em documento próprio, de funcionamento e
de manutenção realizada nos equipamentos alugados.
• Antes da saída (das ferramentas) do almoxarifado será verificado o
funcionamento da máquina ou equipamento. Verificação visual;
• Serão periodicamente vistoriadas todas as ferramentas e equipamentos de apoio,
nas suas proteções, estado, fiação elétrica e outros considerados necessários e recomendados
pelos fabricantes;
• Se a ferramenta requerer EPI específico, o responsável do almoxarifado
entregará a Ferramenta e o EPI obrigatoriamente. (Ex. entalhadora é óculos de segurança);
• Especial atenção para a pistola de fixação à pólvora. Deve ser verificado
principalmente o bocal protetor e seguir as instruções do fabricante. O operador
obrigatoriamente usará abafador de ruído e será submetido às avaliações constantes de
audiometria pelo serviço médico do SESI/SC.
3.6 SINALIZAÇÃO
3.6.1 Interna
Toda a obra será sinalizada com avisos e cartazes, informando sobre Riscos,
Atenção e Avisos, conforme orientações da assessoria de segurança do trabalho e material do
Sinduscon/SC/ SECONCI/SC.
41
3.6.2 Externa
Na sinalização externa serão atendidos os critérios para Bloqueio de testada de Obra
e Trânsito de Veículos de Carga e Descarga da Urbanização de São José/SC
A execução de serviços externos (fora dos limites do canteiro, principalmente na
rua) será sinalizado com cavaletes, cones, fita zebrada e um orientador de trânsito veicular e de
pedestres, quando necessário. Ainda deve ser observado o seguinte:
• Na eventualidade de obstrução temporária do passeio para fins de descarga de
materiais, deverá ser providenciado cordão de isolamento, em volta do veículo, de maneira a
criar um corredor para passagem do pedestre;
• Durante a descarga de concreto usinado, será utilizado cordão de isolamento,
como descrito no item anterior. Pode ser utilizada fita zebrada fixa em balizas, e como
complemento cones de sinalização;
• Antes da execução de qualquer serviço na rua verificar e certificar-se que não
exista risco contra terceiros. Devemos priorizar a segurança dos pedestres (principalmente
crianças) e veículos.
3.7 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
Em caso de ocorrência de acidente, onde a vítima precise ser removida para centro
de atendimento médico, serão tomadas as seguintes providências:
• Hospital: o hospital mais próximo que deve ser procurado em caso de acidentes
é o REGIONAL, situado na Rua Adolfo Donato da Silva, s/n - Praia Comprida, São José –
Fone: (48) 3271-9000.
3.7.1 Pequenos acidentes
• Encaminhar a vítima para o almoxarifado do canteiro, onde se encontra o
material de primeiros socorros, e funcionário treinado em primeiros socorros para o
atendimento;
• A caixa de primeiros socorros estará abastecida com: sal de fruta, mercúrio,
esparadrapo, analgésico em gotas, analgésico em comprimidos, gazes, pomada para
queimaduras, ataduras, algodão, luvas de procedimento, tesoura ponta romba. O Serviço de
42
Saúde e Segurança controlará periodicamente os mesmos.
• Comunicar ao setor de segurança no trabalho, pelo (048) 99155-1670.
3.7.2 Acidente de gravidade média e alta
Se esta for a situação, tomar as seguintes providências:
• Acionar o SAMU pelo telefone 192, ou o convênio de remoção médica;
• Comunicar à Administração da Obra, ao setor de segurança do trabalho ou ao
departamento de recursos humanos;
• A assistência social deverá acompanhar o desenvolvimento do quadro do
funcionário acidentado.
3.7.3 Acidente com óbito
• Comunicar à Administração da Obra, ao setor de segurança do trabalho ou ao
departamento de recursos humanos;
• Comunicar a Polícia Civil pelo fone (48) 3241-9200;
• Isolar a área do acidente;
• Comunicar à Delegacia Regional do Trabalho pelo fone (48) 3259-5090;
• Não mexer no local até liberação por parte da polícia ou DRT;
• A assistência social da empresa deverá acompanhar e orientar à família da vítima
nos trâmites legais necessários e no apoio psicológico necessário durante e na sequência do
evento. Todo apoio deve ser realizado de forma a mitigar o sofrimento de um acidente tanto ao
acidentado como à família do acidentado.
Em todas as situações, o departamento de pessoal, emitirá a Comunicação de
Acidentes do Trabalho – CAT , com a seguinte destinação (conforme ordem de serviço do INSS
nº 329, de 26.10.93):
• 1ª via ao INSS;
• 2ª via ao SUS;
• 3ª via ao sindicato dos trabalhadores;
• 4ª via à empresa;
• 5ª via ao segurado ou dependente;
• 6ª via à DRT/Ministério do Trabalho.
43
Igualmente será preenchido o Anexo I da NR-18, com a seguinte destinação:
• 1ª via para Fundacentro/CTN. Rua Capote Valente, 710 – Pinheiros – São Paulo
– SP – CEP: 05409-009;
• 2ª via para Seconci/SC. Av. Mauro Ramos, 1366 - Centro, Florianópolis - SC,
88020-302.
3.8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
3.8.1 Equipamentos de proteção coletiva – EPC’S
Equipamento de Proteção Coletiva, diz respeito ao coletivo, ao grupo a ser
protegido. Quando há risco de acidente ou doença relacionada ao trabalho, a empresa deve
providenciar EPC, visando eliminar o risco no ambiente de trabalho.
Estes são os EPC’s mínimos a serem utilizados durante a construção da obra:
• Plataformas de proteção;
• Guarda-corpo;
• Proteção de aberturas no piso;
• Proteção de escavações;
• Proteção de pontas de vergalhões;
• Corda de segurança;
• Tela de proteção;
• Proteções de partes móveis de máquinas e equipamentos;
• Proteções para terceiros (passeios e logradouros);
• Proteção de entrada da obra;
• Passarelas;
• Rampas;
• Escadas de mão;
• Barreiras de proteção (ex. tapume).
Obs. Todo o perímetro da obra será devidamente isolado com tapumes de forma a
evitar o ingresso de pessoas estranhas à obra e que possam colocar-se em situação de risco.
44
3.8.2 Equipamentos de proteção individual – EPI’S
A empresa fornecerá aos trabalhadores, como medida complementar de segurança,
atendendo o disposto no quadro do anexo 12:
• Calçado fechado de couro resistente para proteção dos pés do trabalhador com
solado antiderrapante;
• Botas impermeáveis somente para trabalhos de lançamentos de concreto ou em
terrenos encharcados;
• Luvas adequadas ao serviço a ser executado (raspa de couro para trabalhos
grosseiros e de borracha para aplicação de massas);
• Cinto de segurança do tipo pára-quedista para trabalhos em alturas superiores a
2m (dois metros);
• Protetor facial ou óculos de proteção e abafador de ruído para os trabalhos com
serra circular;
• Capacete de segurança nas seguintes cores:
➢ Branco: administração e comando;
➢ Verde: carpinteiros;
➢ Vermelho: eletricistas e encanadores;
➢ Amarelo: armadores;
➢ Azul: servente;
➢ Marrom: pedreiros;
➢ Laranja: visitantes.
• Óculos e protetores faciais com filtros de luz para os soldadores;
• Óculos de segurança contra impactos, para trabalhos com esmeril e
apicoamento de concreto;
• Óculos de segurança contra poeiras e respingos, para serviços de lixamento de
concreto, pinturas e outros;
• Outros equipamentos de proteção individual adequados a riscos específicos, tais
como:
• Capas impermeáveis, para chuvas;
• Luvas com enchimento de borracha especial, para vibrações de marteletes;
• Perneira, mangote e avental de raspa, para trabalhos com solda;
• Outros a critério da segurança no Trabalho.
45
3.8.3 Extintores
Serão colocados extintores (todos de no mínimo 6Kg) contra princípio de incêndios
nos seguintes locais:
• Almoxarifado: 01 PQS (Pó Químico Seco) e 01 água pressurizada;
• Serra Circular: 01 PQS;
• Local de refeições: 01 PQS e 01 água pressurizada;
• Cabina do Guincheiro: 01 PQS;
• Administração da obra: 01 PQS;
3.8.4 Incêndio
Princípio de incêndio que não possa ser controlado, ligar imediatamente para o
Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
46
4 RISCOS DE ACIDENTES
4.1 RISCOS GERAIS DE ACIDENTES E SEU CONTROLE
A seguir a relação dos possíveis riscos à integridade física dos trabalhadores e
terceiros, que podem acontecer durante os diversos serviços da obra, e as correspondentes
medidas de eliminação ou neutralização e controle por meio de Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC’s) e ou medidas administrativas de correção e finalmente por Equipamentos de
Proteção Individual (EPI’s).
4.2 LIMPEZA DO TERRENO
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Remoção de
vegetação arbustiva,
com ferramentas
manuais.
Ataque de animais
peçonhentos e
ferimentos por
ferramenta de
limpeza.
Retirar ou escorar
solidamente árvores,
rochas, equipamentos,
materiais e objetos de
qualquer natureza,
quando for constatado
comprometimento de
sua estabilidade. Usar
luvas de raspa de
couro, botas de cano-
longo.
---
Remoção de
vegetação arbustiva,
com equipamento
autopropulsado.
Risco de acidentes
com o veículo.
Poeiras.
Abafador de ruído (se
necessário), máscara
contra poeiras.
Na entrada e saída do
terreno, sinalizar
adequadamente o local,
inclusive com anteparos
(cavaletes)
Remoção de
cobertura florestal
com motosserra ou
outro equipamento.
Risco de acidentes
com o equipamento de
corte.
Atender as Ordens de
Serviço –OS-emitidas.
---
4.3 ESCAVAÇÕES
Além do atendimento ao regulamento da NR-18-6, deve ser atendido o disposto na
NBR 9061.
47
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Escavação manual ou
com máquina.
Risco de
desabamento.
Quedas em nível e em
diferença de nível.
Inalação de poeiras.
Usar capacete, bota de
borracha com solado
antiderrapante.
Abafador de ruído,
para o operador da
máquina, se
necessário e Máscara
contra poeiras, quando
houver excesso de
poeira.
Pranchões (escorados
horizontalmente se
necessário em taludes
superiores a 1,20m),
Escadas de saída de
emergência. Muros,
edificações vizinhas e
todas as estruturas
adjacentes devem ser
escoradas.
O material retirado deve
ficar a distância superior
à metade da
profundidade, medida a
partir da borda do talude.
Escavação manual ou
com máquina.
Risco de choque
elétrico.
Botas impermeáveis. Verificar a existência de
cabos elétricos
subterrâneos e desligar os
mesmos.
Não permitir a entrada de
pessoas não autorizadas a
este local de trabalho.
4.4 FUNDAÇÕES
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Cravação de estacas
(equipamento: golpe
de martelo por
gravidade).
Risco de estouro da
estaca, podendo
atingir aos
trabalhadores.
Operador do Utilizar
abafador de ruídos,
luvas de raspa, botinas
de segurança.
Cuidado com cabos
elétricos aéreos, evitar
contato com o braço
da máquina. Deve
ficar no tambor do
cabo do pilão, seis
voltas. O operador do
equipamento deve ser
qualificado.
Arranques Risco de ferimentos
(eventuais cortes por
ferro) com as esperas
ou arranques
desprotegidos.
Equipamentos
rotineiros de proteção
individual.
Proteger as pontas dos
vergalhões
(arranques).
Abertura de valas Risco de
soterramento.
- Utilizar
pranchões escorados
horizontalmente.
48
4.5 ESTRUTURA/FORMAS
O Quadro abaixo mostra os Riscos, os EPI’s e os EPC’s necessários para evitar
acidentes durante esta fase da obra.
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Confecção das
fôrmas
Contusões nas mãos
(martelo), cortes
severos nas mãos,
partículas aos olhos,
barulho pela serra
circular (100dB(A)).
Protetor facial ou
óculos de segurança,
abafador de ruído.
Não confeccionar
cunhas com madeiras
menores de 30 cm.
Proteções no disco da
serra, proteções frontal e
posterior da mesa,
extintor do tipo PQS de
4kg. Ou mais.
Montagem das
fôrmas
Quando da montagem
dos pilares ou vigas
externas (periferia de
laje), existe o risco de
quedas em diferença
de nível. Assim como,
quando do lançamento
de fundos de viga a
partir da cabeça dos
pilares.
Cinto de Segurança
tipo pára-quedista.
Plataforma de proteção
em balanço, na 2º laje
(fixa) e posteriormente
de três em três lajes
(móvel). Para a
montagem de pilares
externos engatar o cinto
de segurança no grampo
de segurança.
Desmontagem das
fôrmas
Ao realizar a
desforma pelos
pilares, soltando-se os
tensores, existe o risco
de quedas em nível e
diferença de nível,
assim como a queda
de objetos para dentro
e fora dos limites do
empreendimento.
Risco de ferimentos
por pregos das
madeiras. Contusões
nas mãos. Detritos nos
olhos.
Utilizar cinto de
segurança tipo pára-
quedista, botina de
segurança, luvas de
raspa de couro, óculos
de segurança.
Manter o local
organizado e livre de
entulhos.
Retirar ou rebater
pregos das madeiras
da desfôrma.
Plataforma de proteção
fixa em balanço na 2º
laje (fixa) e
posteriormente de três
em três lajes (móvel).
4.6 ARMADURAS
O quadro abaixo mostra os Riscos, os EPI’s e os EPC’s necessários para evitar
acidentes durante a realização desta atividade.
49
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Confecção e
montagem: Armação
de ferro, disco de
corte, lixadeira para
concreto
Ferimento nas mãos,
Detritos nos olhos,
poeiras,
Quedas em nível.
Luvas de raspa,
máscara
contra poeiras, óculos
amplos
visão.
Proteções no policorte,
coifa e partes móveis.
Deve ficar instalado a
Policorte sob
cobertura.
TRANSPORTE: DA
BANCADA AO
LOCAL DE
MONTAGEM OU
COLOCAÇÃO
DEFINITIVA.
Problemas de postura,
principalmente
quando transporte nos
ombros das
armaduras prontas.
Ombreiras, luvas de
raspa, botina
(preferencialmente
com ponta de aço).
Montagem na Laje:
Trabalhos em periferia
de laje,
com altura superior a 2
metros
do nível do solo
Queda em diferença
de nível.
Cinto de segurança
tipo pára-quedas.
4.7 CONCRETAGEM
O Quadro abaixo mostra os Riscos, os EPI’s e os EPC’s necessários para evitar
acidentes durante esta atividade.
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Concretagem geral,
ponta do mangote,
adensamento do
concreto
Queda em diferença
de nível,
estouro do mangote,
respingos do concreto,
queda e choque
elétrico.
Cinto de segurança,
bota de
borracha, óculos ou
protetor
facial, sobre calça de
PVC.
Guarda-corpo,
Plataforma de proteção
em balanço, na 2º laje
(fixa) e depois de três em
três lajes (móveis).
Grampo de segurança
deve ser colocado
próximo aos arranques de
periferia. A fiação elétrica
deve estar devidamente
isolada.
Concretagem em
periferia de laje e
recebimento de
gericas na mesa do
guincho de carga.
Quedas em diferença
de nível e em nível.
Queda no poço do
elevador. Impacto da
mesa de elevador em
parte doe corpo de
trabalhador
imprudente.
Cinto de segurança e
os demais necessários.
Supervisionar à
equipe de carga e
descarga do guincho,
para evitar que
coloquem a cabeça
dentro da torre do
elevador.
Guarda-corpo,
Plataforma de proteção
em balanço, na 2º laje
(fixa) posteriormente de
três em três lajes (móveis)
50
Operações de
bombeamento, e
manobra da
Betoneira (na rua).
Risco de
atropelamento,
durante as operações
de estacionamento,
descarga e saída doa
betoneira.
O funcionário que irá
dirigir as operações
para o
estacionamento,
utilizará colete com
pintura refletiva.
A testada da rua será
sinalizada por meio de
cones, fita zebrada e
cavaletes. Atenção
redobrada com terceiros.
As áreas de acesso desde
a descarga do concreto
até o guincho estarão
desobstruídas e
regularizadas.
Transporte de
concreto por Guincho
de carga e gericas.
Queda em diferença
de nível
(principalmente ao
poço do elevador).
Queda em nível.
A equipe de descarga
(retirada das gericas
da mesa do guincho)
deverá utilizar cinto
de segurança, quando
estiverem próximos
4.8 ALVENARIA
O Quadro abaixo mostra os Riscos, os EPI’s e os EPC’s necessários para evitar
acidentes durante esta fase da obra.
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS RISCOS EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Preparo de massa.
Queima de cal.
Irritações para os olhos
---
Marcação de
alvenaria de vedação
Risco de ferimento por
pregos. Risco de queda
em diferença de nível
(ao realizar a vedação de
periferia), Queda de
materiais sobre membros
inferiores durante o
transporte dos tijolos.
Assegurar a limpeza do
andar (remover
gastalhos, pregos da
estrutura, aços de
amarração de pilares e
vigas, poeiras e
materiais soltos).
Realizar o transporte dos
blocos (tijolos) de forma
segura. Utilizar botina
de segurança. Cinto de
segurança tipo pára-
quedista em periferia de
laje.
Plataforma de
proteção inferior.
Tela de proteção
entre as plataformas.
Assentamento dos
blocos (tijolos).
. . . queda das paredes
levantadas
(principalmente quando
recém-concluídas). Pode
acontecer reação
Luvas de látex As paredes
levantadas devem ser
fixadas firmemente
por meio de cunhas
ou bisnaga (entre a
viga e o bloco).
51
alérgica dermatológica
pelo uso da massa.
Colocação de
prumadas externas
Quedas em diferença de
nível
Utilizar cinto de
segurança tipo pára-
quedista, engatado a
corda auxiliar.
As periferias das lajes
devem estar
adequadamente
protegidas.
Emboço interno e
externo, serviços
gerais de
contrapisos.
Irritações
dermatológicas.
Quedas em diferença de
nível e em nível.
Utilizar cinto de
segurança tipo pára-
quedista, engatado a
corda auxiliar.
Aberturas nos pisos
devem ter proteção
provisória.
Montagem de
balancim
Queda em diferença de
nível.
Ferimentos nas mãos
pelo cabo de aço.
Utilizar cinto de
segurança tipo pára-
quedista, engatado a
corda auxiliar.
Utilizar luvas de raspa
de couro.
Manter as áreas
abaixo dos balancins
devidamente isoladas
e protegidas.
Trabalhos na
fachada com
balancim
Queda em diferença de
nível.
Utilizar cinto de
segurança tipo pára-
quedista, engatado a
corda auxiliar.
Manter as áreas
abaixo dos balancins
devidamente isoladas
e protegidas.
4.9 ACABAMENTO
O Quadro abaixo mostra os Riscos, os EPI’s e os EPC’s necessários para evitar
acidentes durante esta fase da obra.
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’S/Cuidados EPC’S/Prevenção
Serviços de
regularização de
superfícies.
Inalação de poeiras,
principalmente pelo
lixamento de
superfícies.
Dermatites e
conjuntivites.
Queda em nível e
diferença de nível.
Utilizar máscara
contra poeiras.
Utilizar luvas
impermeáveis.
Contra quedas utilizar
bancada de trabalho
adequado e nunca
latas improvisadas.
O poço do elevador
deve estar
adequadamente
fechado.
Pintura interna e
externa
Irritações
dermatológicas. Quedas em diferença
de nível e em nível.
Luvas impermeáveis.
Óculos de segurança, preferencialmente
ampla visão.
Cinto de segurança,
na pintura externa,
engatado a corda
auxiliar de segurança.
Proteções nas áreas
abaixo dos serviços. Isolando, mantendo
ou colocando
plataforma de
proteção.
52
Pastilhado Quedas em diferença
de nível.
Utilizar cinto de
segurança do tipo
pára-quedista,
engatado a corda
auxiliar.
Proteções nas áreas
abaixo dos serviços.
Isolando, mantendo
ou colocando
plataforma de
proteção.
Limpeza de fachada
com produto
químico.
(pastilhado,
cerâmica, concreto)
Quedas em diferença
de nível.
Queimaduras por
produto químico, nas
mãos e rosto.
Utilizar cinto de
segurança do tipo
pára-quedista,
engatado a corda
auxiliar.
Utilizar luvas
impermeáveis.
Utilizar protetor facial
Proteções nas áreas
abaixo dos serviços.
Isolando ou colocando
plataforma de
proteção.
4.10 DIVERSAS ATIVIDADES
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’s cuidados EPC’s prevenção
Impermeabilização Queimaduras pelo
GLP.
Intoxicação, via
respiratória,
principalmente em
locais confinados.
Incêndio e explosão
do GLP.
Cortes.
Prestar muita atenção
ao uso do bico de
fogo. Utilizar luvas de
raspa de couro.
Utilizar máscara
respiratória,
principalmente em
locais confinados.
Ter sempre por perto
Extintor de incêndio.
Para evitar cortes
pelos estiletes, utilizar
sempre luvas.
Os locais confinados
devem possuir
ventilação e
exaustores. Trabalhar
sempre em duplas.
Instalações elétricas
provisórias e
definitivas
Choque elétrico.
Botinas de segurança
sem partes metálicas.
Óculos de proteção.
Luvas isolantes.
Não deixar partes
vivas nas instalações
provisórias.
Não realizar serviços
em circuitos
energizados.
Serviço autorizado
somente a trabalhador
qualificado.
Utilizar materiais
especificados no
projeto.
53
Organização e
limpeza no canteiro
Riscos diversos de
acidentes.
Utilizar sempre
Capacete e botina de
segurança.
Manter sempre as vias
de circulação, escadas
e passagens
desobstruídas.
Manter os entulhos
afastados da periferia
das lajes
4.11 MANUTENÇÃO PREDIAL PÓS-OCUPAÇÃO (destacar e fornecer aos condôminos)
Um dos grandes problemas e que trazem graves riscos de acidentes numa edificação
habitada está relacionada com a limpeza e reparos que normalmente são necessários nas
edificações. Como a maior parte das edificações carecem de pontos específicos para a
realização das atividades de manutenção, as mesmas devem ser realizadas de forma muito
criteriosa pelas empresas contratadas para a manutenção. Na medida do possível os prédios
devem prever pontos para fixação de plataformas, cadeirinhas, eventuais mãos francesas para
colocação de telas de proteção e outros.
ATIVIDADES E
OPERAÇÕES
PRINCIPAIS
RISCOS
EPI’s cuidados EPC’s prevenção.
Observações.
Limpeza de fachada Queda em diferença
de nível. Muito grave.
Cinto de segurança
preso a cabo guia
independente, botina
antiderrapante, luvas
impermeáveis e roupa
adequada.
Logo abaixo da fachada,
isolar a área
considerando o a
projeção da altura efetiva
de trabalho.
A cadeirinha utilizada
deve atender as normas
de segurança, nunca
devendo ser utilizada
cadeira improvisada de
madeira.
Pequenos reparos
em fachada
Idem Anterior Idem
Anterior
Idem
Anterior, com a
possibilidade de
instalação de tela de
proteção e coberturas de
passagem e de proteção
em residências vizinhas.
Limpéza da caixa
d’água
Afogamento, asfixia. Não entrar na caixa
d’água sem a mesma
estar completamente
esvaziada. Retirar a
tampa de proteção e
afastarse por alguns
54
minutos para a saíde de
eventuais vapores.
Realizar trabalhos
sempre em dupla (para
eventual auxílio).
OBS.: CRONOGRAMA
A obra será executada em conformidade do cronograma físico-executivo do
empreendimento. Assim, o cronograma de implantação das medidas de proteção constantes no
PCMAT, devem ser elaborados de maneira tal que acompanhem o físico-executivo.
4.12 PLANILHA DE EPI
Apresenta-se, na sequência, a planilha de EPI.
55
4.12.1 Características dos EPI’s
✓ Protetor Facial: equipamento destinado à proteção do rosto dos colaboradores;
Utilização: deverá ser utilizado em serviços com riscos de projeções de quaisquer tipos de
partículas sobre o rosto do funcionário, como durante o abastecimento de material combustível
(lenha) ao forno.
Conservação: manter sempre limpo para boa visibilidade. Utilizar apenas pano macio, água e
sabão neutro para limpeza. Nunca solventes.
FUNÇÃO X EPI
(O:Obrigatório
E: Eventual)
Cap
acete
Ócu
los
de
segu
ran
ça
Ócu
los
am
pla
vis
ão
Ó
cu
los
para
sold
a
Másc
ara d
e
sold
ad
or
Esc
ud
o p
ara
sold
ad
or
Másc
ara
pan
orâm
ica
Másc
ara
sem
ifacia
l
Másc
ara
desc
artá
vel
Prote
tor
facia
l
Prote
tor
au
ric
ula
r
Aven
tal
de
rasp
a
Administração O
Almoxarife O
Armador O E E
Azulejista O E E
Carpinteiro O E E E E
Carp. Serra
circular
O O O O E
Eletricista O E E
Encanador O E E
Eq. Concretagem O O E
Eq. Mont. Eqpa. O
Op. Betoneira O O O E O
Op. Empilhadeira O E
Op. Elevador carga O E
Op. Elevador
pessoas
O
Op. Máq. e Eqp. O E
Operador
martelete
O O E E O O
Operador policorte O E O O O
Pastilheiro O E
Pedreiro O E E
Pintor O E E E E E
Poceiro O E
Soldador O O O O O E O
Servente O E
Vigia O
56
✓ Protetor Auricular: equipamento destinado à proteção das pessoas que
trabalham em locais com ruído elevado e acima dos limites de tolerância.
Utilização: deverá ser utilizado pelos funcionários que trabalham nos britadores, moinhos,
operação da máquina, corte de materiais por disco, esmerilhadeiras, lixamento de peças
metálicas, e outras onde o ruído for alto.
Conservação: manter sempre limpo para boa higiene e conforto. Solicitar a substituição, para
higienização mensal ou de acordo com a periodicidade de utilização.
✓ Capacete: equipamento destinado a proteger a cabeça contra impactos
contundentes.
Utilização: deverá ser utilizado pelos colaboradores dos setores de produção constantemente,
e sua conservação é guarda é de responsabilidade do empregado.
Conservação: manter limpo e evitar danos no casco e na carneira.
✓ Luvas de raspa de couro (ou equivalente): equipamento utilizado para a
proteção das mãos e punhos, contra riscos de ferimentos por corte, lacerações etc.
Utilização: deverá ser utilizada nos serviços de levantamento e transporte de materiais, e em
todos aqueles que tragam riscos às mãos dos funcionários da área de produção.
Manutenção: deverá ser solicitado um equipamento novo, quando o mesmo não apresentar
condições de uso. Não deve ser submetido à umidade.
✓ Vestimenta de Trabalho: roupa para trabalho destinada a proteger o corpo do
funcionário do contato com as partículas em suspensão (poeiras). Recomenda-se roupa em
tecido resistente, porem leve e confortável com mangas compridas e do tipo macacão.
Utilização: deverá ser usado durante os trabalhos na produção da cal e calcário, observando
que a barra da calça deve ficar sempre por cima do calçado de segurança.
Manutenção: o funcionário deve providenciar sua limpeza e manutenção. Somente será
entregue uma nova muda contra a entrega da anterior.
✓ Cinto de Segurança: equipamento destinado a limitar uma possível queda
durante a execução de um trabalho que esteja sendo realizado a mais de dois metros de altura
do piso.
Utilização: deverá ser utilizado em trabalhos superiores a dois metros de altura, principalmente
durante a manutenção ou reparos de coberturas ou outros. O cinto deve ser o tipo paraquedista.
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Manutenção: evitar o contato com materiais cortantes e químicos. Revisar, antes do uso, as
condições das costuras, das partes metálicas, das conexões, do rabicho (não utilizar se o cabo
tiver suas fibras soltas) e do mosquetão, assim como o deve ser revisado o cabo auxiliar de
segurança, seu estado e sua correta fixação.
✓ Avental de raspa: equipamento destinado à proteção do tronco e parte das
pernas do trabalhador, quando da execução de serviços de solda, manipulação de peças com
rebarbas e outros.
Utilização: deverá ser utilizado quando da execução de serviços de solda, peças cortantes,
proteção contra fagulhas (ex. no esmeril).
✓ Máscara contra poeiras: equipamento destinado à proteção respiratória dos
trabalhadores contra poeiras incômodas, como a cal e calcário.
Utilização: deverá ser utilizada quando no ambiente de trabalho houver poeiras inertes, cuja
concentração seja desconfortável para o trabalho. Pela quantificação realizada na empresa e
análise desses particulados, recomendamos o uso de máscaras simples contra poeiras
(descartáveis) do tipo de fibras não-tecidas e que possui tira metálica para amoldar ao tipo de
nariz e um elástico para prender a máscara à altura do nariz.
Conservação: após o uso deve ser limpo e guardado em local seco, ventilado, evitando umidade
e a exposição a contaminantes. Deverá ser trocado sempre que se encontrar saturada, perfurada,
rasgada ou com falta de vedação.
✓ Calçado de Segurança: calçado destinado à proteção dos pés do trabalhador.
Utilização: deve ser utilizado em todos os locais de produção da empresa, durante toda a
jornada de trabalho.
Manutenção: o calçado deve ser periodicamente limpo e engraxado para manter o couro macio.
Não deve ser submetido a locais com excesso de umidade, para tal deve ser utilizada bota de
borracha.
✓ Óculos Ampla Visão: equipamento destinado a proteger os olhos dos
trabalhadores contra partículas e poeiras em suspensão e produtos químicos.
Utilização: deverá ser utilizado durante o britamento, ensacamento e carregamento dos
produtos, assim como no manuseio de produtos químicos, lixamento, pintura e similares.
Conservação: devem ser mantidos sempre limpos. Utilizar pano macio, água e sabão neutro.
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✓ Eventuais necessários: Quando da ocorrência de fatos novos (condições
esporádicas e não comuns), deve ser utilizado o EPI adequado à nova condição, consultando à
Assessoria de Segurança e Saúde do Seconci/SC pelo (48) 3251-7700.
✓ Obs: TODOS OS EPI’S DEVEM POSSUIR C. A (Certificado de
Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego).
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4.13 CARTAZES E AVISOS – LOCAIS RECOMENDADOS
TIPO DE CARTAZ LOCAL RECOMENDADO
Uso Obrigatório de Máscara
de Respiração
Próximo a betoneiras, queima de cal, recintos fechados de
pintura ou colocação de carpete (com cola), corte de
tijolos ou cerâmica.
Coloque o Lixo na Lixeira No local de refeições, no vestiário, no almoxarifado, na
sala do mestre, do engenheiro.
Uso Obrigatório de Capacete Principalmente na entrada da obra (ao lado do relógio
ponto), no balcão do almoxarifado e outros a critério da
empresa.
Use Protetor Auricular Próximo à serra circular, policorte, pistola pregadeira
(pneumática) e a máquinas muito ruidosas (colocar um
cartaz na caixa da pistola finca pinos, da maquita etc).
Obrigatório Uso de Luvas Próximo a locais de fechamento com alvenaria,
concretagem, carga e descarga de materiais, preparação de
ferragens, lavagem de pastilhas, impermeabilização
Obrigatório Uso de Botas Em locais com excesso de umidade, fundação,
concretagem, queima de cal, preparo de argamassa.
Uso Obrigatório de Óculos de
Segurança ou Protetor Facial
Próximo de equipamentos tipo: serra circular, policorte,
maquita, ou em pedestais próximo de serviços com
entalhadoras, chapisco, emboço de parede e teto,
concretagem, vibradores, lavagem de pastilhas e outros a
critério da empresa.
Primeiros Socorros Colocar na caixa de primeiros socorros ou no Ambulatório
médico.
Cuidado! Queda de Objetos Colocar nos locais de projeção da fachada
Uso Obrigatório de Cinto de
Segurança
Colocar em pedestal próximo das beiradas da laje em
execução, afixar dentro do balancim e divulgar para
serviços de montagem de torre de elevador.
Cuidado! Eletricidade Nas caixas de distribuição elétrica e locais energizados.
Não Fume neste Local No almoxarifado, no local de refeições, no vestiário e nos
locais com manuseio de inflamáveis.
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4.14 PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
• Todos os EPI’s fornecidos aos colaboradores, serão anotados em ficha própria e
individual onde obrigatoriamente deverá constar o nº do Certificado de Aprovação – C.A. e
data e assinatura do recebedor do EPI.
• Para o fornecimento de um novo EPI, o funcionário entregará o EPI objeto da
substituição.
• Todos os trabalhadores estarão legalmente contratados, tanto os próprios como
os terceirizados.
• Os Atestados de Saúde Ocupacional – ASO, ficarão na administração da obra ou
no almoxarifado, para fins de consulta do Ministério do Trabalho. Inclusive dos empreiteiros.
• Serão realizadas vistorias periódicas de Segurança e Saúde pela Assessoria de
Segurança do Sinduscon/Seconci, com elaboração de relatório de campo e circunstanciado.
Estes relatórios serão encaminhados à administração da obra para a correção de eventuais
irregularidades.
o Em todas as reuniões gerais sobre o andamento da obra, será apresentado
relatório da segurança e saúde no canteiro, pela assessoria de segurança do Sinduscon/Seconci.
• Todos os funcionários receberão Ordens de Serviço – OS, já mencionadas
anteriormente.
• Todos os funcionários deverão estar imunizados contra o Tétano.
• Empreiteiros também deverão atender as disposições da NR-7 e 18.
Principalmente no tocante a treinamentos, ordens de serviço e aos exames médicos.
• Fica à disposição dos empreiteiros o PCMAT da obra, para consulta e
acompanhamento.
4.15 TREINAMENTO
Todos os funcionários receberão treinamento inicial e periódico em Saúde e
Segurança, a ser administrado pelo Sinduscon/Seconci com carga horária total de seis horas,
que serão distribuídas acompanhando o cronograma de execução da obra. Treinamentos
periódicos serão realizados a cada sessenta dias úteis pelo pessoal da segurança do trabalho do
Seconci/PR, conforme agenda própria.
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O treinamento contemplará os seguintes assuntos:
• O mundo do trabalho
➢ A importância da Construção Civil;
➢ Responsabilidade.
• A Segurança:
➢ A Comissão de Prevenção de Acidentes – CIPA;
➢ O Serviço de Saúde e Segurança – SESMT;
➢ Principais Riscos de acidentes e Mapa de Riscos;
➢ Equipamentos de Proteção (EPI’s e EPC’s)
➢ Praticando a prevenção.
• A Saúde e Higiene:
➢ Bons hábitos de higiene;
➢ Saúde do corpo;
➢ Saúde dos dentes;
➢ Doenças sexuais;
➢ Doenças da pele;
➢ Como evitar as doenças no trabalho.
4.16 CONTROLE MÉDICO
O PCMSO é desenvolvido pelo Seconci/SC, com programação própria e que pode
ser consultada pelo RH da empresa para eventuais dúvidas relacionadas a procedimentos.
Todos os funcionários serão monitorados pelos médicos do Seconci, atendendo as
disposições legais em vigência.
4.16.1 Exames médicos
A planilha Exames X Função mostra os tipos de exames que serão realizados para
as diferentes funções e sua periodicidade conforme critério do médico do trabalho do
Seconci/SC.
Eventualmente o Médico do Trabalho do Seconci acompanhará aos técnicos do
Seconci/SC nas vistorias de orientação para poder levantar situações de risco à saúde. Os riscos
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à saúde serão abordados pelos técnicos periodicamente e comunicados ao médico do trabalho
para análise, avaliação e tomada de providências.
O PCMSO, inicialmente consta como diretriz do empreendimento a ser executado,
o mesmo será efetivamente consolidado quando do início do empreendimento, acompanhando
as etapas da obra e seguindo os relatórios ambientais de riscos à saúde a serem realizados
periodicamente pelos técnicos da empresa.
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5 CONSIDERACOES FINAIS
A NR18 é a principal norma regulamentadora para trabalhos em construção civil,
ela é complementada por outras, como NR9 e NR35, mas é ela que rege toda a parte de
segurança de uma obra. Ela deve ser aplicada em várias etapas da obra, ou seja, tem que ser
acompanhada do início ao fim.
O PCMAT apresentado será aplicado a partir do mês de Outubro, portanto a obra
ainda está no período de aprovação de orçamentos.
Assim que se iniciarem os serviços o PCMAT passará por uma nova revisão para
que nenhum item da NR-18 deixe de ser aplicado durante a execução da obra.
Sabemos da difícil tarefa de se fazer atender todos os itens deste PCMAT e o quanto
é necessário o trabalho de repetição com todos que passarão por esta construção, mas também
sabemos que apenas desta maneira iremos chegar no final com toda a segurança e com baixos
índices de acidente.
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REFERÊNCIAS
ÁREA SST. Saúde e segurança no trabalho: normas regulamentadoras. 2019. Disponível
em: <https://areasst.com/normas-regulamentadoras//>. Acesso em: 06 out. 2019.
ÁREA SST. Saúde e segurança no trabalho: NR 18 (PCMAT). 2018. Disponível em:
<https://areasst.com/nr-18-pcmat/>. Acesso em: 06 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Saúde e segurança no
trabalho. 12/09/2016. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2323-
saude-e-seguranca-no-trabalho/>. Acesso em: 06 out. 2019.
MONGERAL AEGON. Conheça as 7 principais causas de acidente de trabalho.
30/01/2019. Disponível em: <https://www.mongeralaegon.com.br/blog/educacao-
financeira/artigo/causas-de-acidentes-de-trabalho>. Acesso em: 06 out. 2019.
OLIVER, Rodrigo. Grupo homogêneo de exposição, saiba tudo sobre o GHE! 2019.
Disponível em: <https://prolifeengenharia.com.br/grupo-homogeneo-de-exposicao-veja-o-
que-e/>. Acesso em: 06 out. 2019.
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