UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MARLISE VIEIRA TEODÓSIO
Proposta de Gestão de Estoque
para a Farmácia de Dispensação (Sazonal)
São José 2008
MARLISE VIEIRA TEODÓSIO
Proposta de Gestão de Estoque
para a Farmácia de Dispensação (Sazonal)
Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação –
apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração da Universidade do Vale do
Itajaí.
Professor Orientador: Dr.Prof. Jairo César Ramos Vieira
São José
2008
MARLISE VIEIRA TEODÓSIO
Proposta de Gestão de Estoque
para a Farmácia de Dispensação (Sazonal)
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e
aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de
Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em [dia, mês e
ano – constante da ata de aprovação]
Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – Campus São José
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
Prof. Dr.Jairo César Ramos Vieira
UNIVALI – CE de Biguaçu Professor Orientador
Prof. Dr.Rosalbo Ferreira
UNIVALI – CE de São José Membro da banca
Prof(a) Dra. Nome do Professor (a) Orientador(a)
Univali – Campus São José Membro
iii
Dedico esse trabalho aos meus pais, especialmente, a minha mãe que sempre me apoiou e ajudou em tudo que estava ao seu alcance. Também, agradeço a todos que me incentivaram e apoiaram a fazer esse estudo, pelo qual, foi necessário bastante esforço e dedicação.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos espíritos de Luz e a Deus, por ter me protegido e me
acompanhado em todos os momentos de minha vida, garantindo força e ânimo para a
realização deste curso.
A minha mãe, Marly por estar sempre buscando me incentivar para o alcance dos
meus objetivos, acreditando no meu potencial e sempre em prontidão para ajudar em tudo o
que mais precisei.
Aos meus parentes, que torceram por essa grande conquista mesmo aqueles que por
algum motivo estejam distantes, no entanto, acreditando na minha capacidade.
Ao meu melhor amigo e querido companheiro Célio Júnior, que sempre me apoio em
todos os aspectos da minha vida, me erguendo e me incentivando para o alcance dessa grande
vitória.
Ao atencioso orientador, professor Jairo César Ramos Vieira, que sempre estava
disposto para auxiliar e apoiar no que fosse necessário, para a conclusão deste valioso
trabalho.
Aos meus professores e colegas de Universidade que contribuíram significamente para
a qualidade da minha formação, através de suas experiências, valores e o que acreditam ser
realmente importante para essa vida, em especial, a professora Evelize Martins de Souza, a
professora Kéllen Coelho, a professora Ana Paula Sohn, a professora Josiane da Luz, ao
professor Rogério Martins, a entre outros, sempre muito simpáticos e prestativos.
Agradeço aos amigos que compõem a Farmácia em estudo, em especial a Lívia e a
Carol, pela consideração para com a minha pessoa e por ter meu apoiado através do estágio, a
realização deste.
Enfim, agradeço a todos que fazem parte do grupo UNIVALI que de alguma forma
contribuíram para eu ter força de terminar o curso, sendo por um olhar, uma palavra ou um
gesto, meus singelos agradecimentos.
v
“A Felicidade depende das qualidades próprias
do indivíduo e não do estado material do meio
em que se acha”. Allan Kardec
RESUMO
TEODÓSIO, Marlise Vieira. Proposta de Gestão de Estoque para a Farmácia de Dispensação (Sazonal). 2008. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2008. O trabalho de conclusão de curso tem como propósito de aperfeiçoar o controle de estoques
da Farmácia de Dispensação, que faz parte de uma rede em nível nacional. Por essa ser uma
farmácia de pequeno porte e aberta cerca de um ano, em região Litorânea, sentiu-se a
necessidade de aprimoramento quanto à forma de gerenciamento do estoque. O presente
estudo contribuiu para apresentar ao Gestor, procedimentos que tornem mais fácil à tomada
de decisão quanto à previsão e ao controle dos itens de maior importância. Dessa maneira,
tornou-se viável a elaboração do estudo a partir da análise frente à Curva ABC e Previsão de
Demanda. Durante o período de estágio, além de observar diversos fatores no ambiente, foi
compreendida a forma como o Gestor efetuava o controle de estoque. No presente estudo,
foram levantados conceitos teóricos embasados em fonte bibliográfica. e obtidas informações
através do Gestor, sendo apresentado o relatório de vendas trimestral, utilizando-se de uma
planilha. Após a coleta de dados, foram escolhidos alguns produtos para apresentá-los
graficamente a fim de garantir uma maior compreensão do que se pretendia alcançar. De
forma a facilitar o aprendizado, optou-se por delimitar o estudo em uma linha de produtos de
determinado laboratório, devido a grande diversidade de itens vendidos na Farmácia. Para a
realização do mesmo, o método de pesquisa teve uma abordagem quantitativa, além de ser do
tipo exploratório, pelo fato de oportunizar soluções quanto aos problemas enfrentados nessa
área de interesse. Além disso, o trabalho pode ser caracterizado como descritiva por
estabelecer uma série de características no ambiente em que a farmácia está inserida.
Apresentou-se ao final deste estudo, a relação de medicamentos classificados de acordo com o
seu grau de importância, através da Classificação ABC, tal como, o reflexo diante do seu
valor de venda. Além disso, foi apresentada graficamente a quantidade de itens desejáveis
através dos modelos de previsão.Concluiu-se, portanto, a necessidade do Gestor utilizar como
ferramenta de apoio, o estudo frente à Previsão de Demanda, como também, possuir um maior
direcionamento perante os produtos, no qual, refletem o lado positivo das vendas, a fim de
atingir melhorias no controle de estoques.
Palavras-chave: Gestão de estoque; Classificação ABC; Previsão de Demanda.
ABSTRACT
TEODÓSIO, Marlise Vieira. Proposta de Gestão de Estoque para a Farmácia de Dispensação (Sazonal). 2008. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2008.
The work of course conclusion has as intention to perfect the control of supplies of the
Pharmacy of Dispensação, that is part of a net in national level. For this being a pharmacy of
small opened transport and about one year, in Littoral region, felt it necessity of improvement
how much to the form as of management of the supply. The present study it contributed to
present the Manager, procedures that become more easy the taking of decision how much to
the forecast and the control of the item of degree of bigger degree of importance. In this way,
the elaboration of the study from the analysis became viable front the Curve ABC and
Previsão de Demanda. During the period of period of training, beyond observing diverse
factors in the environment, the form was understood as the Manager effected the supply
control. In the present study, based theoretical concepts in bibliographical source had been
raised. e gotten information through the Manager, being presented the quarterly report of
sales, using themselves of a spread sheet. After the collection of data, had been chosen some
products to present them graphically in order to guarantee a bigger understanding of what it
was intended to reach. Of form to facilitate the learning, it was opted to delimiting the study
in a line of products of determined laboratory, which had the great diversity of item vendidos
in the Pharmacy. For the accomplishment of the same, the method searches had a quantitative
boarding, beyond being of the exploratório type, for the fact of oportunizar solutions how
much to the problems faced in this area of interest. Moreover, the work can be characterized
as descriptive by establishing a series of characteristics in the environment where the
pharmacy is inserted. It was presented the end of this study, the classified medicine relation in
accordance with its degree of importance, through the Classification ABC, as, the
consequence ahead of its value of sales. Moreover, the amount of desirable item through the
forecast models was presented graphically. It was concluded, therefore, the necessity of the
Manager to use as tool of support, the study front to the Forecast of Demand, as well as, to
possess a bigger aiming before the products, in which, they reflect the side positive of the
sales, in order to reach improvements in the control of supplies.
Word-key: Management of supply; ABC classification; Forecast of Demand.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- evolução de administração de materiais............................................................10
Quadro 2- tipos de estoques existentes...............................................................................13
Quadro 3 - objetivos do planejamento e controle de estoque.............................................13
Quadro 4 - funções do estoque............................................................................................18
Quadro 5 - tipos de demanda..............................................................................................20
Quadro 6 - características dos métodos..............................................................................22
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – curva ABC em relação aos medicamentos genéricos......................................39
Gáfico 2 - curva abc em relação aos medicamentos genéricos..........................................39
Gráfico 3 – função polinomail............................................................................................41
Gráfico 4 – função logarítmica...........................................................................................42
Gáfico 5 - modelo linear....................................................................................................43
Gráfico 6 – médias móveis de três períodos.......................................................................43
Gáfico 7 - médias móveis de dois períodos.......................................................................44
Gráfico 8 – função logarítimica..........................................................................................45
Gráfico 9 – função linear ....................................................................................................45
Gáfico 10 - função polinomial 5 ........................................................................................46
Gráfico 11 – função móvel de 3 períodos...........................................................................47
Gáfico 12 - função móvel de 2 períodos............................................................................47
Gráfico 13 – função logarítimica........................................................................................50
Gráfico 14 – modelo linear.................................................................................................50
Gáfico 15 - médias móveis de três períodos......................................................................51
Gráfico 16 – médias móveis de ois períodos......................................................................51
Gáfico 17 - métodos médias de dois períodos...................................................................52
Gáfico 18 - função polinomial 5........................................................................................52
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – capacidade de produção versus estoques ..........................................................16
Figura 2 - atividades conectadas ao processo de demanda................................................23
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração1 – planilha de relatório de vendas de produtos .................................................33
Ilutração 2 - relatório de vendas de produtos.....................................................................38
Ilutração 3 – relatório de vendas diárias do produto 2462 .................................................41
Ilustração 4 – relatório de vendas semanais do produto 2462............................................41
Ilustração 5 - relatório de vendas diárias do produto 11591...............................................45
Ilustração 6 - relatório de vendas semanais do produto 11591...........................................45
Ilustração 7 – relatório de vendas diárias do produto 11925..............................................49
Ilustração 8 – relatório de vendas semanais do produto 11925..........................................49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................01
1.1 Descrição da situação problema .........................................................................................03
1.2 Objetivos.............................................................................................................................05
1.3 Objetivo geral .....................................................................................................................05
1.4 Objetivos específicos..........................................................................................................05
1.5 Justificativa.........................................................................................................................06
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................08
2.1 ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ...........................................................08
2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES .......................................................12
2.2.1 funções dos estoques .......................................................................................................16
2.3 PREVISÃO DE DEMANDA.............................................................................................18
2.3.1 Modelos quantitativos de Previsão ..................................................................................24
2.3.2 Método da média móvel ..................................................................................................25
2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES ..............................................................................26
2.4.1 Classificação ABC...........................................................................................................26
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO.......................................................................................31
3.1 Delineamento do estudo .....................................................................................................31
3.2 Delimitação do estudo ........................................................................................................32
3.3 Instrumento de coleta de dados ..........................................................................................32
3.4 Instrumento de análise de dados.........................................................................................33
4 PROPOSTA DE GESTÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA ..................................35
4.1 CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA ......................................................36
4.1.1 Classificação ABC...........................................................................................................36
4.1.2 Previsão de Demanda ......................................................................................................39
4.2 Planejamento na área de estoque........................................................................................52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................53
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................56
APÊNDICE..............................................................................................................................58
1
1 INTRODUÇÃO
Estamos diante de um mercado altamente competitivo e acelerado, em que
mudanças vão surgindo e transformações devem ser feitas, a fim de conseguir
acompanhar esse mercado. Diante disso, os gestores devem estar preparados para
administrar organizações, buscando o aprimoramento através de novos
conhecimentos e técnicas. É importante considerar que a eficácia organizacional
será atingida a partir da visão do gestor na área em que atua. Existem diversas
habilidades essenciais para um administrador ser eficaz, uma delas está justamente
em saber conciliar os interesses com as prioridades necessárias da empresa, como
também, definir o que, como e quando definir estratégias e metas a serem
alcançadas em certo período. Além das funções, tais como, Além das funções
básicas de, planejar, organizar, liderar e controlar diante de seu grau de
competência.
O administrador de materiais deve ser um visionário, cujo segredo deverá
estar em torno da produção, ou seja, dos recursos a serem utilizados, das pessoas a
executarem os serviços, da eficiência das máquinas e serviços, da quantidade de
itens necessários no estoque para alcançar o resultado esperado, além de outras
funções competentes ao cargo.
A área da Administração de Materiais está relacionada com o processo em
si, ou seja, preocupa-se com os recursos a serem utilizados na produção, de forma
que, estabeleça-se o equilíbrio entre os interesses econômicos, financeiros e
operacionais.
A integração dos setores é de grande importância para garantir o sucesso da
organização, pois, as atividades são administradas de maneira sistêmica e
interdependente. Dessa forma, existe a necessidade de prevalecer uma
comunicação clara, eficiente e transmiti-la a todos os integrantes, que compõem o
ambiente interno da mesma.
Cabe a administração de materiais balancearem os objetivos da empresa
com os objetivos de marketing, finanças e produção a fim de aumentar a
eficiência dos serviços. Dessa forma, a sua importância está em coordenar o
fluxo de materiais de modo que o serviço ao consumidor seja mantido e os
recursos da empresa utilizados adequadamente (ARNOLD, 1999).
2
A administração de materiais, conforme Francischini e Gurgel (2002, p.5),
podem ser definida como, “a atividade que planeja, executa e controla nas
condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das
especificações dos artigos a compras até a entrada do produto terminado ao
cliente”.
Este trabalho parte do interesse da acadêmica em apresentar para o gestor
da Farmácia de Dispensação, melhorias quanto ao gerenciamento da
organização, diante de alguns aspectos que envolvem a Área da Adminstração de
Materiais, entre eles estão o estudo quanto à Previsão de Demanda,
especificamente, fará parte de uma amostragem de medicamentos, como
também, visa apresentar sugestões que envolvem critérios a serem considerados
de extrema importância, para a otimização dos resultados e a eficiência no
processo. O estudo também compreenderá às problemáticas da metodologia
multicritério de apoio à decisão, cujo objetivo está em auxiliar quanto ao
processo decisório.
Estima-se que, para garantir resultados satisfatórios o gestor deve possuir
uma visão geral e ampla, no que, diz respeito ao ambiente interno da
organização. Devem estar cientes quanto às atitudes e procedimentos dos
funcionários, fornecedores, clientes, como também, estar atento às mudanças
ocorridas no ambiente externo e que podem influenciar o comportamento e às
decisões da organização. Para a consecução dos objetivos, torna-se necessário
compreender o estudo na área de gestão de estoques, pelo qual, envolve a
previsão de determinados produtos, de acordo, com a sua demanda, para uma
tomada de decisão mais segura e com grande possibilidade de retorno lucrativo, a
fim de, tornar-se cada vez mais competitivo no ramo da saúde.
O controle do estoque da Farmácia é administrado através do gerente, pelo
qual, ocupa o cargo de Farmacêutico. Pelo fato de possuir noções administrativas
facilita o entendimento de maneira simplificada quanto ao processo e o
surgimento de idéias para a tomada de decisão. No entanto, não existe um
profissional da área de Administração de Materiais, para aprimorar o
conhecimento quanto às técnicas e melhores procedimentos a serem
direcionados, que devem, diante de algum imprevisto ou circunstância, obter
uma solução para o problema.
3
Diante desse fato, surge a oportunidade para a acadêmica em demonstrar
interesse quanto à área em estudo, de maneira a apresentar o conhecimento
adquirido ao longo da permanência junto à Universidade, além disso, trazer à
tona diferentes opiniões de estudiosos a respeito do assunto, cujo objetivo está
em esclarecer às dúvidas e favorecer quanto ao aprimoramento dos métodos e
técnicas para a organização.
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA
Vários estudos realizados por profissionais da área de administração de
materiais vêm comprovando a importância do gestor em estar preparado para
analisar os fatos, priorizar oportunidades, como também, saber tomar decisões
emergenciais, no que diz respeito aos processos internos e externos da organização.
A área de Administração de Materiais vem sendo realizada nas empresas desde os
primórdios da Administração. Ela vem aumentando espaço nas organizações, pois,
estudos comprovam à necessidade de controlar os processos desde ao fornecedor
das matérias-primas, passando pelo fluxo de transformação dessa matéria-prima
em produtos intermediários e, finalmente, chegando à ponta de consumo, nas
prateleiras e nas gôndolas dos varejistas e clientes (GONÇALVES, 2004).
O estudo em Farmácia de Dispensação aparece como oportunidade de
apresentar sugestões de forma a aumentar a eficiência dos processos. O fato de a
mesma ser uma farmácia de pequeno porte, portanto, com um layot comprometido,
dificulta o processo de compra, no entanto, a demanda é alta, pois ela é bastante
nomeada no mercado.
O controle de estoque da farmácia é administrado pelo gerente, no qual, é
farmacêutico e o mesmo, possui o controle dos itens através de planilhas de
vendas, no qual, os produtos são quantificados, na medida em que saem da
farmácia, ou seja, aqueles que são vendidos. Diante disso, o controle maior está
nos itens que equivalem um valor alto de venda, pois oferece uma maior
lucratividade para a rede.
4
A farmácia está situada em zona turística, portanto, existe uma maior
procura em épocas de temporada. Diante desse fato, é característica a procura por
certo item de acordo com o período.
A compra de itens é realizada pelo gerente, no qual, visualiza a quantidade
de itens da farmácia através do balanço e solicita para o fornecedor a quantidade
necessária para o período em que acredita ser o ideal, de acordo com a sua procura.
O gestor possui o controle diário dos itens que saem da farmácia e faz o
acompanhamento do fluxo de clientes no estabelecimento. Dessa forma, busca
atender a clientela da melhor forma possível, garantindo os produtos que lhe
convém, através da compra com fornecedores.
A Farmácia de Dispensação trabalha com medicamentos diversos e alguns
produtos de perfumaria, em grande quantidade e variedade, diante disso, torna-se
viável esse estudo, de maneira a identificar os que deverão ser classificados como
críticos daqueles com grau de importância menor.
Um fator a ser levantado é que a tradição da rede está em colocar como
administrador um farmacêutico, que na maioria das vezes, terá noções
administrativas apenas vivenciadas na farmácia ao invés do profissional de
administração de materiais. Isso pode ser um pouco conflitante e poderá resultar
numa série de dificuldades para a garantia de eficiência da mesma.
Conforme Gonçalves (2004), “se os investimentos em estoque forem bem
otimizados e bem administrados tanto em termos de negociações e estratégias de
aquisição quanto de dimensionamentos dos estoques e projeto de sistemas de
distribuição, eles poderão ser significamente reduzidos e otimizados com elevados
ganhos para as empresas”.
O objetivo principal da área de gestão dos estoques é o de oferecer garantia
do suprimento dos materiais necessários ao bom funcionamento da empresa,
evitando faltas, paralisações eventuais na produção e satisfazendo às necessidades
dos clientes e usuários. No que diz respeito à área de gestão de compras,
compreende-se da sua importância em assegurar o suprimento dos bens e serviços
necessários, tanto para a produção quanto para as demais atividades da empresa
(GONÇALVES, 2004).
Acredita-se que, o principal problema e dificuldade quanto ao controle da
gestão de estoques, está justamente em prever a quantidade necessária de
medicamentos para a farmácia, pois, existe uma enorme variedade oferecida ao
5
mercado, no qual, são informações transmitidas para a mídia, portanto, o
consumidor busca satisfazer a sua necessidade através da divulgação do produto.
Dessa forma, torna-se necessário buscar o conhecimento frente às novidades
quanto aos medicamentos oferecidos, pois, a concorrência pode estimular às
vendas aos clientes e, portanto, conquistar novos clientes através de preços
atrativos, produtos iguais ou similares e mais vantajosos. Além da previsão de
demanda a ser considerado importante para ser analisado, está em compreender as
etapas decisórias para a tomada de decisão e estar preparado para enfrentar
ocorrências advindas do ambiente externo.
Sendo assim estabelece-se a seguinte situação-problema: como contribuir
para aumentar a eficiência quanto ao gerenciamento dos estoques na Farmácia de
Dispensação?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo Geral do trabalho está em aperfeiçoar o controle de estoques da
Farmácia de Dispensação.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos do trabalho são:
• Realizar a Classificação dos itens de estoque fornecidos por um
determinado laboratório, evidenciando os itens mais importantes;
• Fazer previsões de demanda dos itens selecionados mais vendidos do
estoque, considerando a influência do fator “sazonalidade”.
• Propor melhorias para o planejamento e o controle do estoque da farmácia.
6
1.3 JUSTIFICATIVA
O trabalho a ser realizado buscará compreender melhor a realidade atual da
gestão de estoque na farmácia, como também, oportunizar o aprendizado para a
área de administração de materiais. “A gestão de estoques constitui uma série de
ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem
utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem
manuseados e bem controlados” (MARTINS, 2000, p.155).
A administração de estoque está relacionada com a possibilidade de estimar
valores a partir da observação e análise frente a determinados itens, num dado
período. Portanto, torna-se de suma importância a busca por informações, quanto
ao que é consumido pelos consumidores. Sendo que, quanto mais coerente e
preciso for à informação diante dos produtos mais vendidos e menos vendidos,
melhor para se consegue fazer uma previsão (FRANCISHINI, 2002). Dessa forma,
torna-se importante a previsão de demanda, de maneira com que se evite gastar
com algo desnecessário, sem saída e que acabam ficando obsoletos, além de
ocupar espaço nas prateleiras.
Torna-se importante neste trabalho o conhecimento quanto algumas
técnicas para auxiliar no processo de mensuração dos itens existentes no estoque,
tal como, o grau de importância com relação a determinados itens e com isso o
grau de importância em nível de lucratividade para a organização.
O projeto de aplicação será viável para a organização de forma a contribuir
com o levantamento de dados, a fim de apresentar variáveis positivas ao aumento
da produtividade, e conseqüentemente torná-las favoráveis para aumentar a
eficiência e a forma como as atividades são realizadas rotineiramente.
O estudo do trabalho ao acadêmico possibilita conhecer melhor o ambiente
de trabalho no qual está inserido, além disso, o aprendizado mais aprofundado
permite aprimorar os seus conhecimentos na área de Administração de Materiais,
como também, poderá surgir como uma oportunidade de crescimento na
organização.
A relevância do projeto para a Universidade consiste na formação
profissional do acadêmico, na sua área de atuação, de forma a proporcionar o
encaminhamento desse profissional ao mercado de trabalho, através da
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qualificação e excelência do Curso desenvolvido ao longo de sua trajetória
acadêmica.
8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A administração de estoque é importante pelo fato de fazer parte itens
tangíveis e necessários para o andamento dos processos. Dessa forma, torna-se
importante mensurar o quanto de material ou produto é necessário adquiri-lo, pois,
busca-se nas organizações diminuir ao máximo o desperdício e sim maximizar o
lucro decorrente da venda dos produtos. O objetivo está em melhor utilizar os
recursos, de maneira racional, através da passagem de informações para todos que
compõem o ambiente organizacional, quanto à importância dessa concepção. Essa
mentalidade trará possivelmente grandes chances de obter um retorno lucrativo e
possibilitar ao gestor investir em novas fontes de investimento e assim estar apto
para inovar os produtos e serviços, tal como, expandir o seu negócio, além de
aumentar a sua competitividade perante a concorrência.
O controle de estoque é necessário existir, para saber como está o
andamento do negócio, o que fazer para melhorar a eficiência dos processos,
também, para tornar mensurável alguma meta ou objetivo a ser alcançado pela
equipe, além de obter um índice quanto aos resultados obtidos ao longo de um
período, a fim de atingir a eficácia organizacional.
A função de controle é definida como um fluxo de informações que permite
comparar o resultado real de determinada atividade com seu resultado planejado.
Esse fluxo de informações pode ser visual ou oral, mas recomenda-se que seja
documentado para que possa ser analisado, arquivado e recuperado quando
necessário (FRANCISCHINI, 2002, p.148).
Este capítulo parte dos aspectos mais gerais do trabalho, tais como a
descrição dos fundamentos da área de Administração de Materiais, em direção aos
aspectos mais específicos, tais como, a área de administração de materiais, o
planejamento e controle de estoques, as funções dos estoques, a previsão de
demanda e a classificação de estoques.
2.1 ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Vivenciamos a era da informação, na qual as informações são disseminadas
mais rapidamente, através dos vários meios da comunicação, entre eles, jornais,
revistas, internet, rádio, e outras fontes. Essas fontes facilitam ao aprendizado para
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diversas pessoas e podem propiciar o aumento de idéias criativas e inovadoras para
muitas organizações. Diante dessa concepção, muitos administradores preparam as
organizações em que atuam com novas técnicas de mensuração quanto à qualidade
dos processos e serviços, de maneira a estarem aptas e preparadas para enfrentar
mudanças, advindas a partir de novas tecnologias apresentadas para o mercado. De
forma a facilitar esse processo de qualidade, é que se torna viável a aplicação de
um estudo mais aprofundado quanto ao controle na área de administração de
materiais para melhor aperfeiçoar os resultados e apresentar aos integrantes do
ambiente interno, técnicas e formas de trabalho que tornem a rotina de trabalho
mais eficiente e produtiva (PETRÔNIO, 2000).
Para Viana (2002, p.40), “o administrador é o profissional a quem cabe o
gerenciamento, o controle e a direção de empresas na área de sua habilitação,
buscando os melhores resultados em termos de lucratividade e produtividade”.
Ainda para o mesmo, “o administrador prevê, planeja, organiza, comanda e
controla o funcionamento da máquina administrativa privada ou pública, visando
aumentar a produtividade, rentabilidade e controle dos resultados”. “Determina os
métodos gerais de organização e planeja a utilização eficaz de mão-de-obra,
equipamentos, material, serviços e capital”.
A área de Administração de Materiais vem evoluindo desde os tempos
remotos, sendo que, no século XVII foi criado no exército francês o cargo de
“marechal general deslogis”, em que o mesmo era o responsável pela organização
diante dos materiais utilizados na guerra, entre eles, os suprimentos e o transporte,
sendo assim, conhecido atualmente como a área que engloba a Logística
(FRANCISCHINI E GURGEL, 2002).
A partir da Revolução Industrial do século XVIII iniciou-se nas
organizações o gerenciamento em torno de algumas atividades, entre elas, o
suprimento de capital, pessoal e material, a produção ou conversão e a venda e
distribuição. A evolução a partir dessa época permitiu aumentar a compra dos
materiais a serem julgados necessários para as indústrias, como também, foram
surgindo áreas interdependentes da produção, com o propósito de auxiliar o
processo de maneira geral (FRANCISCHINI E GURGEL, 2002).
O quadro 01 apresenta alguns pontos sobre a Evolução da Administração
de Materiais.
10
Percepção
Empresarial
Situação
Inicial
Processo de
Evolução
Estágio
Avançado
Situação
Atual
O
Administrador
de Materiais
Pessoa de
Recados
Funcionário a
serviços da
produção
Executivo a
serviço da
produção
Executivo que
administra
60% dos
custos e das
despesas
Perfil do
Profissional
Pessoa bem
considerada
Burocrata
eficiente
Conhecedor de
administração
comercial e de
mercados
Executivo
com preparo
técnico,
econômico e
legal
Progresso do
Profissional
Sem
possibilidades
Comprador Planejamento
do Negócio
Diretor
Executivo
Atividades da
Administração
de Materiais
Faz despesas Evita falta e
desmobiliza
estoques
excedentes
Planejamento
Estratégico
Concentração
em uma visão
de melhoria
dos resultados
Quadro 01 - Evolução da Administração de Materiais.
Fonte: Francischini & Gurgel (2002, p. 4).
De acordo com Francischini e Gurgel (2002 p. 5),“ Administração de
Materiais pode ser definida como sendo “ a atividade que planeja, executa e
controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo
das especificações dos artigos a comprar até a entrada do produto terminado ao
cliente”.
A área de Administração de Materiais é responsável pelo abastecimento,
planejamento e reaproveitamento de materiais e produtos. Dessa forma,
compreende-se a importância de um responsável que saiba aproveitar ao máximo
os recursos a serem produtivos para a organização, como também, administrar de
forma eficiente o equilíbrio econômico e financeiro (FRANCISCHINI E
GURGEL, 2002).
11
Compreende-se ser essa área a que, propõe para as organizações a obtenção
do máximo valor dos recursos, além disso, facilita aos gestores projetarem
processos produtivos que tornem eficientes ao máximo. De acordo com Gonçalves
(2004, p.2), “administrar materiais é uma atividade que vem sendo realizada nas
empresas desde os primórdios da administração”. Ela tomou um grande impulso a
partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras das
empresas, tendo como principal objetivo atender às necessidades e expectativas
dos clientes.
Segundo Arnold (1999, p.20), “administrar operações significa planejar e
controlar os recursos utilizados no processo: trabalho, capital e material. Todos são
importantes, mas o melhor modo de a administração planejar e controlar são por
meio do fluxo de materiais”.
Normalmente a área produtiva e a financeira possuem idéias conflitantes
nas organizações, de certa forma, a segunda, é responsável pela parte orçamentária
e estipula valores a serem gastos para um determinado período, enquanto que, a
área produtiva é responsável em produzir quantidades conforme o planejamento e
programação (FRANCISCHINI E GURGEL, 2002).
De acordo com Martins Petrônio (2000, p.5):
A administração dos recursos materiais engloba a seqüência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final.
O setor responsável pela a administração de materiais permite avaliar, quais
são as necessidades totais para o processo produtivo, ou seja, quais materiais são
necessários para atingir a eficácia organizacional, dentre eles, está o material de
expediente, material auxiliar, material de manutenção, matéria-prima, material e
peças em processos e produtos acabados, e todos aqueles essenciais ao bom
funcionamento das atividades. Seguindo esse pensamento, o termo controle de
estoques, dentro da logística, permite priorizar os materiais e produtos necessários
para oferecer continuidade aos afazeres, e estando de acordo com os parâmetros
orçamentários estipulados pela empresa (POZO, 2002).
12
Para Pozo (2002), a principal função da administração de estoques, está
justamente em usar de maneira racional e sistemático os recursos envolvidos na
área de estoques.
De acordo com Gonçalves (2004) o objetivo da administração de materiais
está em conciliar o suprimento necessário para gerir a organização de forma a
otimizar os recursos financeiros e operacionais.
Segundo Petrônio (2006, p. 262), “as principais atribuições da área de
materiais são: compra, programação da produção, armazenamento e logística”.
A administração de materiais necessita de pessoas qualificadas, que se
utilizam técnicas e procedimentos, para melhor desempenhar os serviços e
aproveitar os recursos da melhor forma possível, a fim de atingir a eficácia
desejada (Petrônio, 2000).
2.2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES
Muitas organizações obtêm vantagem competitiva entre as outras por
diversas maneiras, no entanto, algumas se utilizam estoques bastante organizados,
em que os mesmos atendem às perspectivas da clientela. Dessa maneira, os
estoques aparecem como fundamentais em diversos setores, apresentando-se como
elemento regulador, quer do fluxo de vendas, no processo comercial, eles sempre
foram alvo da atenção dos gerentes (PETRÔNIO, 2000).
Define-se estoque como “quaisquer quantidades de bens físicos que sejam
conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo”
(FRANCISCHINI E GURGEL, 2002, p.81).
O quadro 2 representa os tipos de estoques existentes.
1. Estoques de matérias-primas: materiais e componentes comprados de
fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não sofreram
nenhum tipo de processamento.
2. Estoques de materiais em processo: materiais e componentes que sofreram
pelo menos um processamento no processo produtivo da empresa compradora
e aguardam utilização posterior.
13
3. Estoque de produtos auxiliares: peças de reposição, materiais de limpeza,
materiais de escritório, etc.
4. Estoque de produtos acabados: produtos prontos para comercialização.
Quadro 02 – Tipos de estoques existentes
Fonte: Francischini & Gurgel (2002 p. 81).
A função de planejar e controlar estoque são fatores primordiais para uma
boa administração no processo produtivo. Essa atividade permite ampliar a visão
de materiais existentes e necessários no ambiente de trabalho, como também,
permite mensurar os itens de maior importância daqueles com pouca atratividade.
O objetivo da política de estoques é o de não deixar faltar material ao processo de
fabricação, como também, evitar alta imobilização aos recursos financeiros da
organização (POZO, 2002).
O quadro 03 representa os objetivos do planejamento e controle de estoque.
1. Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material auxiliar,
peças e insumos ao processo de fabricação;
2. Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às
necessidades vendidas;
3. Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;
4. Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de
vendas;
5. Prevenir-se contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
6. Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros;
7. Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de
curto, médio e longo prazos, das necessidades de estoque;
8. Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os
volumes de vendas, prazos, recursos e seu efeito sobre os custo de venda do
produto.
Quadro 03 - Objetivos do planejamento e controle de estoque.
Fonte: POZO (2002 p.35).
14
De acordo com Viana (2006), a administração de materiais compreende a
utilização de técnicas e procedimentos, que tornam mais confiáveis os processos e
que facilitam a avaliação sistemática, a fim de alcançar o resultado esperado.
Os estoques assumem papel cada vez mais importante nas organizações. “É
visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará
valor para o consumidor final” (PETRÔNIO, 2000, p.133).
A sua manutenção requer certo controle, pois, o profissional da área de
planejamento e controle de estoques, está cada vez mais exigente quanto a
otimização dos gastos e a diminuição dos desperdícios, tanto em empresas
industriais como comerciais. Dessa forma, para facilitar o andamento das
atividades, tais como, a entrada e a saída de produtos ou suprimentos são
importantes à utilização de banco de dados que permitam visualizar vários aspectos
relacionados ao mesmo (VIANA, 2002).
Segundo Viana (2002, p. 109), o estoque pode ser considerado como
“representativo de matérias-primas, produtos acabados, materiais administrativos e
suprimentos variados”. Além disso, pode ser definido como:
[...]Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, conseqüentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão”. Além disso, “reserva para ser utilizada em tempo oportuno. (VIANA, 2002, p. 109-110).
O estoque precisa ser bem administrado pela pessoa responsável, em razão
de evitar comprar itens desnecessários, ou seja, o de adquirir no caso produtos, o
mínimo possível para atender a demanda. Lembrando que, a manutenção de
estoques requer investimentos e gastos elevados. Dessa forma, torna-se importante
essa concepção e esse é o desafio do profissional, o de estar apto a adaptar às
mudanças do ambiente externo ao interno, através da observação, análise e poder
de decisão entre o que é primordial e necessário em um determinado período de
tempo para a organização (VIANA, 2002).
De acordo com o pensamento do autor, as principais causas que exigem
estoque permanente para o imediato atendimento do consumo interno e das vendas
15
nas empresas são o da necessidade de continuidade operacional; a incerteza da
demanda futura ou de sua variação ao longo do período de planejamento; além
disso, a disponibilidade imediata do material nos fornecedores e cumprimento dos
prazos de entrega (VIANA, 2002, p. 116).
Para Arnold (1999), os estoques são materiais e suprimentos que uma
empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou
suprimentos para o processo de produção.
Conforme Arnold (1999, p. 265) em termos financeiros, os estoques são
muito importantes para as empresas de manufatura. No Balanço Patrimonial, eles
representam de 20% a 60% dos ativos totais. À medida que os estoques vão sendo
utilizados, seu valor se converte em dinheiro, o que melhora o fluxo de caixa e o
retorno sobre o investimento.
Uma empresa que deseja maximizar seu lucro terá alguns objetivos a serem
atingidos perante a administração de estoques, entrem eles está o da excelência no
atendimento aos clientes, a operação de fábrica de baixo custo, e o mínimo
investimento em estoque (ARNOLD, 1999).
Os gestores de empresas que trabalham com atendimento aos clientes
sabem da importância de satisfazer às necessidades dos mesmos, dessa maneira,
estudam previsões de demanda, para que não ocorra a falta de produtos e
conseqüente insatisfação da clientela. Dessa forma, mensuram a eficácia da
administração de estoques, através da previsão de materiais e serviços a serem
prestados com qualidade e eficiência (ARNOLD, 1999).
Conforme o autor, Arnold (1999) se o gestor souber administrar bem os
estoques, de maneira, a alcançar o equilíbrio dos produtos, irá atender a demanda e
proteger a empresa quanto a incerteza.
Viana (2006, p. 115) acredita que “a manutenção de estoque requer
investimentos e gastos elevados”. Evitar a sua formação ou, quando muito, tê-los
em número reduzido de itens e em quantidades mínimas, sem que, em
contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários,
consumidores em geral, representa um ideal conflitante com a realidade do dia-a-
dia.
Existem alguns pontos a serem analisados pelo profissional de compras, o
primeiro deles é atender a demanda por determinado produto, havendo a
necessidade de estoques de produtos acabados para atender a essa procura, outro
16
caso importante é, estar prevenido se ocorrer de não existir matéria-prima
suficiente para acompanhar as necessidades da produção. (FRANCISCHINI E
GURGEL, 2002).
Figura 1 – Capacidade de produção versus estoques
Fonte: Francischini & Gurgel (2002 p. 82).
A figura acima, Capacidade de produção versus estoques apresenta a força
da produção em garantir os recursos necessários para o ideal funcionamento das
atividades, como também, a capacidade de administrar com eficiência esses
recursos. No entanto, cabe ressaltar que a captação de suprimentos e recursos
dependerá de valores advindos da área financeira e essa interdependência poderá
gerar conflitos conforme os interesses organizacionais.
2.2.1 funções dos estoques
O ambiente interno de uma empresa é composto de pessoas que interagem
entre si, na busca de objetivos e metas a serem atingidas, como também, máquinas
e equipamentos para o funcionamento do processo, além dos produtos para a venda
e os materiais necessários, a fim de garantir o bom funcionamento dos resultados.
(FRANCISCHINI E GURGEL, 2002).
A meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de vendas, em reserva de caixa e em estoques.
Necessidades da
Operação Industrial e
Comercial
Gestão de Estoque para conciliar
interesses e determinações diversas
Restrições impostas pela
necessidade de concentrar
os recursos financeiros no
caixa central da empresa
17
Espera-se que o dinheiro investido em estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas. (FRANCISCHINI E GURGEL, 2002, p. 81).
Conforme Arnold, (1999, p. 268), “na produção por lotes, o propósito
básico dos estoques é separar o suprimento da demanda. O estoque serve como um
armazenamento intermediário entre alguns fatores, tais como, a oferta e demanda;
a demanda dos clientes e produtos acabados; os produtos acabados e a
disponibilidade dos componentes; as exigências de uma operação e resultado da
operação anterior; inclusive, as peças e materiais necessários ao início da produção
e fornecedores de materiais”. Segundo o autor, os estoques podem ser
classificados de acordo com as funções que desempenham.
O estoque pode desempenhar diversas funções de acordo com o modelo de
gestão da organização e conforme a necessidade das operações (HEIZER &
RENDER, 1999.).
1. Ter em disponibilidade uma quantidade de bens para atender a uma demanda
antecipada por parte dos clientes e fornecer uma “seleção” de bens.
2. Desvincular os fornecedores da produção e vice-versa. Por exemplo, se os
suprimentos de uma empresa variam em quantidade, matérias-primas extras para
estoque podem se tornar necessárias para “desvincular” os processos de produção
dos fornecedores. De maneira análoga, se a demanda pelos produtos só é elevada
durante o verão, uma empresa pode preparar seu estoque durante o inverno e assim
evitar custos da falta de material e das faltas de estoque no verão. Esse
procedimento “desvincula” a produção da distribuição.
3. Aproveitar a vantagem dos descontos por quantidade, porque as compras em
quantidades maiores podem reduzir o preço dos bens ou da entrega.
4. Resguardar contra a inflação e aumentos de preços.
5. Proteger contra variações na entrega por causa de problemas climáticos, falta de
material nos fornecedores, problemas com qualidade ou entregas inadequadas.
“Estoques de segurança” – isto é, bens extras em disponibilidade – reduzem os
riscos de escassez.
6. Permitir que as operações continuem fluindo com a utilização do estoque de
“produtos-em-processo” (bens que passaram parcialmente através da produção).
Esses estoques existem porque pode haver interrupções em diversos estágios do
processo de produção.
18
Quadro 04 - funções do estoque
Fonte: Heizer & Render (1999 p. 321).
Compreende-se a partir desse quadro a importância da boa administração
quanto ao gerenciamento dos estoques, pois dessa maneira, consegue-se estar
preparado quanto a diversas circunstâncias que poder vir do ambiente externo.
Além disso, a previsão ajuda a evitarem faltas e acúmulos de produtos,
principalmente em organizações com predominância a sazonalidade.
2.3 PREVISÃO DE DEMANDA
Torna-se importante para o administrador prever determinadas situações
necessárias para o andamento dos processos, nesse caso, vários fatores são levados
em consideração pelo gestor, no qual, a partir de uma medição poderá exercer à
tomada de decisão a fim de atingir certo objetivo para a organização (CORRÊA,
2006).
O sentido de prever situações para a área da Produção e Operações está
relacionado com diversas situações a serem analisados e que poderá depende de
outras áreas da organização para alcançar o que se pretende. Por exemplo, se em
determinada situação eu precisar de matérias-prima para a produção, precisarei
organizar e solicitar fornecedores que tragam o desejado, como também, caso eu
necessite de mais um funcionário para fazer parte da equipe, precisarei entrar em
contato com a pessoa responsável do RH para fazer tal procedimento. Outros
aspectos também podem ser analisados como, pensar em expandir a empresa em
termos de compras de equipamentos e máquinas, ou modificar o layot da produção
ou de outra área específica para aumentar o espaço para o recebimento de
mercadorias, e todo o pensamento que visa gerar potencialidade futura para a
organização. Nesse sentido, percebe-se a importância da tomada de decisão com
relação à análise de todo o processo organizacional, desde a missão até os
objetivos em que o gestor deve atingir. Sendo assim, as previsões são
indispensáveis para a vida útil da empresa para as tomadas de decisões, como
também, as prioridades para a execução das atividades a serem desempenhadas
(CORRÊA, 2006).
19
Para Martins (2006, p. 226), “previsão é o processo metodológico para
determinação de dados futuros baseados em modelos estatísticos, matemáticos ou
econométricos ou ainda em modelos subjetivos apoiados em uma metodologia de
trabalho clara e previamente definida”.
Segundo Corrêa (2006, p.256), “previsões são, em geral, o resultado de um
processo, um encadeamento de atividades que inclui: (a) a coleta de informações
relevantes; (b) o tratamento dessas informações; (c) a busca de padrões de
comportamento, muitas vezes fazendo uso de métodos quantitativos de tratamento
de séries temporais de dados do passado; (d) a consideração de fatores qualitativos
relevantes; (e) a projeção de padrões de comportamento; (f) a estimativa de erros
da previsão, entre outros”.
Para Corrêa (2006), a decisão tomada pelo gestor a partir da análise de
previsões, gera um impacto estratégico bastante significativo para a organização,
pois está diretamente ligada à qualidade de suas idéias diante de alguma ação.
Diante dessa concepção torna-se importante saber avaliar até que ponto essa
decisão é cabível para a organização e relacioná-los com os benefícios e o que
poderá prejudicá-la.
De acordo com Ballou (2006, p.241)
A necessidade de projeções de demanda é comum no processo de planejamento e controle. Contudo, determinados tipos de problemas de planejamento - como controle de custos, previsões dos prazos de entrega, preços e custos – podem se mostrar igualmente necessário.
Conforme ainda, Ballou (2006, p. 242), afirma que,
A previsão dos níveis de demanda é vital para a empresa como um todo, à medida que proporciona a entrada básica para o planejamento e controle de todas as áreas funcionais, entre as quais Logística Marketing, Produção e Finanças. Os níveis de demanda e os momentos em que ocorrem afetam fundamentalmente os índices de capacidade, as necessidades financeiras e a estrutura geral de qualquer negócio. Cada uma das áreas funcionais tem problemas específicos de previsão.
Para o autor Ballou (2006), A previsão logística abrange a natureza espacial
como também a natureza temporal da demanda, e dependerá da extensão de sua
variabilidade, inclusive, o seu grau de aleatoriedade.
20
TIPOS DE DEMANDA
CARACTERÍSTICAS
DEMANDA ESPACIAL
VERSUS DEMANDA
TEMPORAL
Esse tipo de demanda está relacionado com os fatores sobre o tempo, ou
temporais diante dos níveis de demanda. Pode ser caracterizado pelo
aumento das vendas em determinada época ou estação, como também, em
datas comemorativas. O especialista que estuda esse fenômeno precisa saber
onde e quando irá manifestar o número da demanda. É indispensável estudar
sobre os recursos do transporte, o balanceamento dos estoques, a localização
estratégica do negócio, como também, a rede logística.
DEMANDA
IRREGULAR VERSUS
DEMANDA REGULAR
Constitui por parte da equipe logística o enquadramento de produtos em
grupos específicos. Esses grupos formam padrões variados de demanda em
determinado período de tempo, no qual, é feita a análise de sua procura por
parte da clientela. Pode estar ocupando a área de entrada ou de saída de
produtos numa determinada produção e que são procurados por grupos de
clientes. Faz-se o estudo da saída desses grupos específicos através de
técnicas de mensuração de vendas, para obter o esclarecimento de lucro por
determinado lucro e se vale a pena manter esses produtos na organização.
Essa análise pode auxiliar a equipe de Marketing ao desenvolvimento de
estratégias atrativas para aumentar a demanda por determinado produto.
DEMANDA
DEPENDENTE VERSUS
DEMANDA
INDEPENDENTE
A demanda independente pode ser compreendida como sendo a demanda
gerada a partir de muitos clientes, em que a maioria faz compras individuais
de apenas uma parte do volume total do produto distribuído pela empresa.
Enquanto que, a previsão de necessidades através da demanda dependente
resulta em previsões perfeitas, uma vez que a demanda do produto final é
conhecida antecipadamente e com exatidão.
Quadro 5 – Tipos de Demanda
Fonte: Ballou, 2006.
Segundo o autor, vários são os métodos padronizados de previsão
disponíveis. Eles estão divididos em três categorias, entre eles, estão os métodos
qualitativos, de projeção histórica e os causais (Ballou, 2006).
Conforme Ballou (2006 p. 244). “Cada grupo tem diferentes graus em
termos de exatidão relativa em previsões de longo prazo e de curto prazo, o nível
de sofisticação quantitativa utilizado e a base lógica (dados históricos, opiniões de
especialistas, ou estudos)”.
21
MÉTODOS DE PREVISÃO
CARACTERÍSTICAS
QUALITATIVOS
Os métodos qualitativos compreendem aos
julgamentos, intuições, pesquisas ou técnicas
comparativas diante dos variados modelos de gestão, a
fim de produzir estimativas quantitativas sobre o
futuro. Diante das mudanças do mercado esse método
prevalece entre os analistas que prevêem os impactos
ocasionados pela evolução e modernização dos
produtos e serviços. Dessa forma, torna-se algo
imprevisível, no qual, deverão levar em consideração
os estudos de mercado e os fatores externos que
influenciam a organização.
PROJEÇÃO HISTÓRICA
Esse método abrange o conhecimento de dados
históricos, a tendência, e as variações sazonais nas
séries de tempo. São estáveis em bem definidos e
podem-se projetar dados quantitativos de previsão de
curto prazo, com relação a metas e resultados
organizacionais. A idéia é que o padrão do tempo
futuro pode ser algo repetido no momento presente,
além disso, a sua natureza quantitativa das séries de
tempo incentiva o uso de modelos matemáticos e
estatísticos como principais fontes de previsão.
CAUSAIS
Esse modelo pressupõe do fato que se consegue medir
através da observação e do seu faturamento, ou seja, o
número de clientes que circula no estabelecimento, tal
como, a quantidade de funcionários existentes para
atendê-lo de maneira eficiente e ágil, além disso, o
faturamento será refletido através da procura pela
clientela. Diante dos fatores relacionados ao negócio
propriamente dito, consegue avaliar a eficiência dos
processos e assim medir desempenhos futuros para a
organização, priorizando aqueles que precisam de
maior observação e controle por parte do gestor
envolvido.
22
Quadro 06 – Características dos Métodos
Fonte: Ballou (2006).
Muitas mudanças estão afetando a economia global, em que, as empresas
estão buscando cada vez mais competir no mercado, através de produtos e serviços
diferenciados e sofisticados, além disso, novas formas de comunicação vêm
surgindo, maiores quantidades de centros de distribuição para facilitar a entrega de
mercadorias e o acesso cada fez mais fácil ao consumidor, além disso, a área da
produção vem buscando maiores métodos de aceleramento através da tecnologia,
na busca constante de máquinas e equipamentos novos, entretanto, a necessidade
de consumo entre a sociedade faz com que gestores pensem na criação de produtos
e serviços cada vez mais sofisticados e que satisfaçam as suas necessidades.
De acordo com Bertaglia (2006), o entendimento sobre o comportamento
de compra entre as pessoas facilita nos processos de decisão sobre o que deve ser
melhorado na organização, além de tornar mais propício a uma vantagem
competitiva com relação à concorrência no mercado, como também, a um melhor
planejamento estratégico da cadeia de valor.
Diante dessa concepção, Bertaglia (2006), considera importante para
atingir um fator de competitividade, o fato de existir o balanceamento efetivo entre
as práticas de mercado e as habilidades que a cadeia de abastecimento integrada
possui para atender a essas práticas.
Conforme Bertaglia (2006, p. 219), “a organização deve entender os
impactos gerados pela demanda para atender satisfatoriamente aos requerimentos
de clientes e consumidores. O mau balanceamento entre a demanda e a capacidade
de abastecimento gera custos adicionais e nível de serviço não adequado, além de
reduzir a probabilidade de crescimento dos negócios”.
A demanda de consumo tem modificado cada vez mais com o passar dos
anos. As pessoas buscam novos hábitos alimentares e costumes, a partir da
comodidade e praticidade. Além disso, está crescendo o grau de exigência entre
eles, pois, também cresce a quantidade de empresas que dividem a fatia de
mercado com produtos e serviços similares e até mesmo iguais, e que vem
despertando a atenção do público através da qualidade, agilidade e preço entre a
concorrência. Dessa forma, torna-se importante analisar o cenário de maneira
23
sistêmica e global, sendo que os fatores do mercado refletem diretamente com o
ambiente organizacional, e pode aumentar ou diminuir o nível de produtividade no
ambiente de trabalho. Para isso, os gestores precisam estar sintonizados com o
mundo global e preocupar-se com o andamento dos processos na empresa, desde as
principais áreas operacionais, tais como, financeira, recursos humanos, marketing,
contabilidade e produção até a análise comportamental dos subordinados que
através da disposição do trabalho, levam à organização a prosperidade e ao sucesso
(Bertaglia, 2006).
Segundo Bertaglia (2006.p. 220), “a sincronização das operações de
abastecimento, incluindo, a manufatura, com a demanda do consumidor é chave
para o sucesso das organizações”.
O autor acredita que, uma cadeia de abastecimento eficiente possui algumas
características, entre elas, produz para atender à demanda, possui colaboração
integrada ao processo, deve existir demanda e abastecimento sincronizado, está
organizado por processos e unidades de negócio, além disso, possui sistemas e
procedimentos confiáveis (Bertaglia,2006)
De acordo com Bertaglia (2006.p. 226), relata que “a gestão da demanda
abrange a estimativa de vendas, a entrada de pedidos, o processamento de pedidos,
o serviço ao cliente e a distribuição física”. Para ele, “a gestão da demanda é a
ligação entre o mundo interno da organização e os acontecimentos e as variáveis
do mercado”.
Conforme Bertaglia (2006.p. 227), a figura 3 “demonstra o relacionamento
entre as atividades conectadas ao processo de demanda, apresentando-o como
elemento de ligação entre as atividades internas e o mundo externo da
organização”.
Planejamento de
Recursos
Planejamento da
Produção
Plano mestre de
Produção
Gestão da
Demanda Mercado
(clientes)
24
Figura 02 – Atividades conectadas ao processo de demanda
Fonte: Bertaglia (2006.p. 227).
A figura 02 apresenta a interdependência entre o ambiente interno com o
externo. Pode-se entender que, a produção possui continuidade a partir de uma
série de fatores, entre eles estão, relacionados aos pedidos, ou seja, quanto mais
pedido de clientes eu tiver, conseqüentemente, maior a produção. Além disso, a
execução da produção se dará através do processo de Planejamento de Recursos,
ou seja, administrar recursos satisfatórios para a execução dos serviços. Também,
torna-se evidente que, para garantir êxito nesse processo é necessário ter um Plano
Mestre de Produção, pois, irá direcionar objetivo a serem seguidos.
2.3.1 Modelos Quantitativos de Previsão
Os modelos quantitativos de previsão são modelos matemáticos baseados
em dados históricos. Conhecer os dados históricos da organização pode contribuir
significamente para o alcance da eficácia, pois, possibilita o profissional conhecer
os acontecimentos e aumentar a eficiência nos processos, a partir de riscos menores
de erros. Dessa forma, os modelos quantitativos contribuem para o estudo, como
também, para a maximização dos resultados (GAITHER, 2002).
Os modelos quantitativos de previsão podem ser usados com séries
temporais, no qual, segundo Gailher (2002, p. 57), “uma série temporal é um
conjunto de valores observados medidos ao longo de períodos de tempo
sucessivos”.
O estudo das previsões possibilita maiores chances de sucesso para a
escolha de decisão em decorrência de uma nova situação, diante desse aspecto,
dizemos que, quando a previsão fica muito próxima dos dados reais, ela tem alta
precisão e que o erro de previsão é baixo (GAITHER, 2002).
Gaither (2002, p. 58) classifica alguns modelos quantitativos de previsão,
como segue:
1. Regressão Linear: Um modelo que usa o chamado método dos mínimos
quadrados para identificar a relação entre uma variável dependente e uma ou mais
variáveis independentes; já na regressão múltipla há mais de uma variável desse
25
tipo. Se o conjunto de dados históricos for uma série temporal, a variável
independente será o período de tempo, e a variável dependente na previsão são as
vendas. Um modelo de regressão não tem de ser baseado numa série temporal;
nesses casos o conhecimento de valores futuros da variável independente (que
também pode ser chamada de variável causal) é usado para prever valores futuros
da variável dependente. A regressão linear comumente é usada em previsões de
longo prazo; mas, se tivermos o cuidado de escolher o número de períodos
incluídos nos dados históricos e se o conjunto de dados for projetado somente
alguns períodos no futuro, a regressão também poderá ser apropriadamente usada
na previsão de curto prazo.
2. Média Móvel: Um tipo de modelo de previsão com série temporal de curto
prazo que prevê vendas para o período seguinte. Nesse modelo, a média aritmética
das vendas reais corresponde a um número específico de períodos de tempo mais
recentes é a previsão para o período seguinte.
3. Média ponderada móvel: Este modelo é semelhante ao modelo da média
móvel descrito acima, exceto que, ao invés de uma média aritmética de vendas
passadas, a média ponderada das vendas passadas é a previsão para o período de
tempo seguinte.
4. Exponencial móvel: Também um modelo de previsão com série temporal
de curto prazo que prevê as vendas para o período de tempo seguinte. Neste
método, as vendas previstas para o período passado são modificadas pela
informação a respeito do erro previsto do último período. Esta modificação da
previsão do período passado é a previsão para o período de tempo seguinte.
5. Exponencial móvel com tendência: O modelo de exponencial móvel
descrito acima, mas modificado para acomodar dados com um padrão de
tendências. Esses padrões podem estar presentes em dados de médio prazo.
2.3.2 Método da Média Móvel
De acordo com Gaither (2002, p. 72), “O método da média móvel tira a
média dos dados de alguns períodos recentes, que se torna a previsão para o
período seguinte, e o seu grau de importância está no número de períodos
(períodos de recorrência – PR) de dados a serem incluídos na média”.
26
Segundo Martins (2006, p. 228), “No método da média móvel (ou, como
também é conhecido, da média móvel simples), a previsão no período futuro t é
calculada como sendo a média de n períodos anteriores.Deve-se escolhe sobre
quantos períodos a média será calculada”.
2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES
Torna-se necessário o estudo na área de estoques, de forma a viabilizar o
detalhamento de tudo o que compõe o estoque, além de ser necessário um controle
para aperfeiçoar ao máximo os recursos disponíveis para a organização e de forma
a contribuir com a diminuição dos gastos, perante o material a ser utilizado.
Compreende-se o estudo para, analisar o espaço, no qual, os produtos serão
expostos ao consumidor, os equipamentos necessários para ser utilizada no
transporte de mercadorias, a energia, enfim, os recursos a serem úteis para o
andamento do processo. Diante disso, cabe ao responsável, estudar alguns fatores,
tais como, o valor a ser estocado; o espaço ocupado pelo estoque; o tempo
despendido na movimentação de itens em estoque; as despesas incorridas com o
controle do volume estocado, como também o número de cargas e descargas. Sabe-
se que, dependendo do negócio da organização, vários são os tipos de estoque, no
caso de estoque de produtos acabados, ou seja, aqueles produtos prontos para a
comercialização. Existem alguns métodos que facilitam ao gestor da área de
materiais quanto ao entendimento do processo de gestão de estoque. Entrem eles
está, a Classificação Monocriterial, mais conhecida como a Curva ABC, a
Classificaçaõ com dois Critérios, conhecida como AABBCC e a Classificação
Multicriterial.
2.4.1 Classificação ABC
A Curva ABC, também conhecido como o princípio de Pareto, no qual, o
gestor analisa com profundidade os itens que compõem o estoque, e prioriza
aqueles mais importantes a lucratividade da empresa (FRANCISCHINI &
GURGEL, 2002).
27
A análise ABC ou Princípio de Pareto estabelece que existam alguns
produtos extremamente importantes para a organização, ou seja, os que significam
um retorno alto e os que existem em bastante quantidade, no entanto, são poucos
significativos. A idéia e concentra a atenção nos poucos itens essenciais e que
interferem diretamente na potencialidade futura da organização e não nos muitos
triviais existentes (HEIZER & RENDER, 1999).
O Princípio da Curva ABC foi elaborado, inicialmente, por Vilfredo Pareto,
na Itália, no fim do século passado, quando por volta do ano de 1897 elaborava um
estudo de distribuição de renda e riqueza da população local. Nesse estudo, Pareto
notou que grande porcentagem da renda total concentrava-se nas mãos de uma
pequena parcela da população, numa proporção de aproximadamente 80% e 20%
respectivamente, ou seja, que 80% da riqueza local estava concentrada com 20%
da população. Esse princípio geral, mais tarde, foi difundido para outras atividades
e passou a ser uma ferramenta muito útil para os administradores (Pozo, 2002, p.
85).
A Curva ABC tornou-se utilizada para qualquer atividade ou trabalho, por
ser uma ferramenta de fácil aplicação e bastante útil para o controle do estoque. É
bastante utilizada para avaliação de estoques, produção, vendas, salários, entre
outros. Sua grande eficácia está em analisar os diferentes itens existentes nos
estoques e classificá-los em grau de importância (POZO, 2002).
De acordo com Martins (2002), as etapas na utilização da Curva ABC são:
� Levantamento necessidades/definição dos objetivos:
- Critério de ordenação: valor do consumo anual ($), peso ou volume
do material (transportes);
� Utilização de técnicas para análise, tratamento de dados e cálculo (planilha
eletrônica);
� Ordenação, definição das classes A, B e C, plotagem curva;
� Análise, conclusões, providências e decisões.
Alguns cuidados na elaboração da curva ABC, segundo Dias (1993), são:
� Pessoal treinado e preparado para levantamentos (grande número de itens);
� Formulário para a coleta de dados;
� Normas e rotinas para o levantamento.
28
Classificação típica segundo Dias (1993) é de no máximo:
� A: 20% dos itens;
Segundo Bertaglia (2006, p. 338), “essa classe, a mais importante, uma vez
que consome um volume bastante alto de capital, exige maior atenção na
administração e no controle dos estoques com relação a estimativas e perdas em
qualquer etapa da cadeia de abastecimento, seja transporte, produção ou
armazenagem”.
� B: 30% dos itens;
“A administração dessa categoria de itens recebe uma atenção média, com
enfoque rotineiro, sem a mesma dedicação dada aos itens da classe”, conforme a
opinião do autor “(BERTAGLIA, 2006,p.338)
� C: 50% dos itens.
Ainda para Bertaglia (2006), “esses itens recebem um esforço pequeno no
momento das estimativas. No entanto, os itens estratégicos, mesmo classificados
como C, dvem receber cuidado. Pode ser exemplificado como o caso de
componentes, ou seja, algumas peças podem significar muito para a empresa, pois
podem ocasionar a parada de uma produção, como é o caso de alguns tipos de
parafusos ou peças em que os mesmos estão ligados diretamente ao processo”.
Para Bertaglia (2006, p. 336), “o princípio de administração por exceção,
conhecido como classificação ABC, consiste em separar os itens em três classes de
acordo com o valor total consumido”.
O processo de classificação ABC, válido para materiais e produtos
acabados, pode ser dividido em três etapas, de acordo, com Bertaglia (2006):
1) Coleta de dados: Essa etapa envolve um volume grande de informações e exige
bastante trabalho manual. Os sistemas de gestão empresarial controlam
automaticamente o processo, oferecendo vantagens na classificação dos itens, tal
como, a utilização de um sistema apropriado de ERP e através da utilização de uma
29
planilha eletrônica. Os dados a serem coletados correspondem à identificação do
item, à quantidade consumida ou projetada para o período e valor unitário.
2) Cálculo do custo anual total para cada item: Corresponde a efetuar a
multiplicação da quantidade de itens consumida no período de um ano pelo seu
valor unitário.
3) Organização dos itens em ordem decrescente de valor: Depois de calculado
os itens, o segundo passo é organizar de forma decrescente de valor. Utilizando
conceitos aplicados à classificação, em termos de valor ou quantidade de itens,
classifica-se apropriar os itens nas categorias A, B ou C. Os analistas de materiais
costumam atribuir cerca de 20% dos itens à classe A, 30% à classe B e 50% à
classe C.
Ainda para Bertaglia (2006), torna-se necessário elaborar estratégias para
reduzir os custos dos itens A, pois, torna-se fundamental a sua análise para a
redução dos custos. Dessa forma “é essencial rever as funções relacionadas a
compras, transportes, armazenagem e produção” (BERTAGLIA, 2006, p.338).
Alguns pontos estratégicos são considerados importantes, entre eles estão: a
centralização da área de compras no caso de materiais comprados, aproveitando
sinergias e aumento do poder de negociação, além disso, alianças com
fornecedores e clientes, como também, análise de eficiência e possíveis perdas na
cadeia de abastecimento, seja no transporte, armazenagem ou produção
(BERTAGLIA, 2006, p.338).
A análise dos estoques a partir da Classificação ABC permite administrar
vários itens de acordo com o seu grau de importância para a organização. Dessa
forma, facilita a compreensão daqueles itens a serem considerados mais críticos de
análise, daqueles de menor importância em razões monetárias. Para Bertaglia
(2006), “o foco é fundamental na administração das empresas atualmente e exerce
forte influência nas características da cadeia de abastecimento”.
A forma mais comum de levantar informações quanto estoque está em fazer
uma liste de itens, de acordo com a sua movimentação de valor (sua taxa de uso
multiplicada por seu valor individual). Os itens com movimentação de valor
particularmente alta demandam um controle maior, enquanto aqueles com baixas
movimentações de valor não precisam de tanto controle. Geralmente, uma pequena
30
proporção dos itens totais contidos em estoque vai representar uma grande
proporção dos itens totais contidos em estoque. Este fenômeno é conhecido como
Lei de Pareto (nome da pessoa que o descreveu) (SLACK NIGEL, 1999).
Conforme o auto Slack (1999), é classificado os itens da Classe A, aqueles
com 20% de itens de alto valor, no qual, representam aproximadamente 80% do
valor total do estoque. Os itens da Classe B representam um valor médio, ou seja,
os seguintes 30% dos itens que representam cerca de 10% do valor total. E por
último, os itens da Classe C, no qual, são itens de baixo valor que, compreendem
aproximadamente 50% do total de tipos de itens estocados, provavelmente somente
representam cerca de 10% do valor total de itens estocados.
Um grande exemplo da aplicação da filosofia ABC, ocorreu pela primeira
vez, na General Eletric, e seu introdutor foi H. F. Dixie. O mesmo reporta que,
alguns itens em geral, embora constituindo apenas pequena variedade dos itens em
estoque, representam, em conjunto, alta porcentagem do valor desse estoque.
Outros itens, embora chegue a grande quantidade, representam apenas pequena
parte do valor desse estoque. O mesmo teve como conclusão na Fábrica que, se os
itens mais importantes são em pequeno número e representam uma grande parcela
do valor total, então podemos e devemos controlá-los rigidamente. Portanto, o
estrategista adotou o controle rígido quanto a operacionalidade dos serviços, por
seus operários, tal como, os desperdícios ocorridos durante a produção
(RUSSOMANO, 2000, p.156).
Diante do pensamento do autor, cabe afirmar que, o Método ABC
apresenta-se como ferramenta de apoio para controlar a entrada e saída dos itens de
maior importância para a organização a fim de garantir perspectivas futuras, como
também, auxiliar na previsão de itens.
De acordo com as técnicas apresentadas na fundamentação teórica, salienta-
se a importância da utilização das mesmas na organização, de maneira a contribuir
significamente com a eficiência do gerenciamento do estoque, e conseqüentemente
atingir um maior retorno lucrativo.
31
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO
O projeto realizado foi do tipo Proposição de Planos, conforme Roesch
(2006, p. 68), no qual, “o propósito é apresentar propostas de planos ou sistemas
para solucionar problemas organizacionais”. O objetivo do mesmo está em,
explorar o sistema de controle de estoques da Farmácia, identificando pontos a ser
melhorado, como também, propor novos procedimentos ou métodos, a facilitar a
eficiência nos processos.
O estudo compreendeu a análise do ambiente interno da Farmácia, em
relação à Classificação do estoque, como também, a previsão de demanda, sendo
esse um fator importante diante da realidade da organização, pois, possui um
retorno lucrativo instável. Conforme já mencionado a farmácia sofre influência em
determinados períodos, conforme a demanda, portanto, torna-se complicado prever
determinados produtos.
Dessa forma, torna-se importante apresentar vários pensamentos de autores
a respeito do assunto, como forma de obtenção de fontes verdadeiras, cujo objetivo
está em relacionar a teoria com a prática existente.
A pesquisa pode ser classificada como descritiva, a qual, segundo Vergara
(1998, p.45)
expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.
Para Roesch (2006) o método ou delineamento da pesquisa deverá ter um
enfoque da pesquisa quantitativa, pelo fato de o propósito do projeto implicar em
medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), como também, avaliar
o resultado de algum sistema ou projeto.
Considerando-se o critério de classificação de pesquisa proposto por
Vergara (1998), quanto aos meios, pois, “tratas-se de pesquisa, ao mesmo tempo,
bibliográfica e documental”. E também uma pesquisa documental, pelo fato de
serem utilizados documentos de trabalho e outras fontes, a fim de tornar o trabalho
com maior profundidade.
32
3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O estudo foi realizado em Farmácia de Dispensação na região Litorânea de
Florianópolis, no período de fevereiro a novembro/2008.
Antes do início da coleta de dados, foram levantados conceitos teóricos
embasados em fonte bibliográfica. Em seguida, foram obtidas informações através
de pesquisa documental de relatório de vendas trimestral. Optou-se por delimitar o
estudo em uma linha de produtos de determinado laboratório, devido a grande
diversidade de itens que podem ser vendidos em Farmácia, que para este estudo
não tem relevância. Foi escolhido como foco de estudo uma linha de
medicamentos genéricos conforme a ilustração 2 para fazer análise da
Classificação ABC. Para o estudo da Previsão de Demanda, foram escolhidos os
produtos, 2462, 11591 e o 11925. As informações coletadas são referentes ao
período de 01/06/2008 a 31/08/2008.
Após a coleta de dados, os mesmos serão apresentados em gráficos, no qual
será baseado através da quantidade vendida semanalmente, para os 3 produtos mais
vendidos da amostra, de forma a ficar mais claro o entendimento da
fundamentação teórica para o Gestor. Lembrando que a farmácia possui em torno
de 10.000 itens. Por fim, serão apresentadas propostas de gestão de estoque destes
itens, nos modelos de Curva ABC e de Previsão de Demanda.
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Segundo Vergara (2008), “o tratamento dos dados refere-se àquela seção na
qual se explicita como se pretende tratar os dados a coletar, justificando por que tal
tratamento é adequado aos propósitos do projeto”.
Em princípio os dados para a compreensão do estudo, foram coletados em
uma farmácia de dispensação, que utiliza a Curva ABC e Previsão de Demanda
para gerir o estoque de medicamentos, fornecendo o relatório de movimento dos
itens do estoque, no período de 3 meses.
Os dados iniciais para a realização do estudo foram obtidos através do
Relatório de Vendas de Produtos, concedido através do gerente, utilizando-se de
33
uma planilha, sendo que são apresentados os principais produtos genéricos
comercializados na farmácia.
Conforme a Ilustração 1, segue a planilha , que foi utilizada para a
Captação de Dados, através de algumas características, entre elas, faz parte do
estudo, o respectivo código do produto, a sua descrição, a quantidade vendida no
período e o valor de venda no período, no qual, será aprofundada no Capítulo 4.2.1
em relação a Classificação ABC
A partir desses dados, observa-se a representação da Curva ABC em
relação aos produtos genéricos que a organização dispõe para a venda, e a Previsão
de Demanda dos três produtos mais expressivos. A previsão dos três (03) produtos
será feita semanalmente, sendo esse um requisito para tornar o trabalho mais
fundamentado juntamente com a teoria.
RELATÓRIO DE VENDAS DE PRODUTOS
Período:
01/06/2008 à 31/08/2008
Data
Emissão:
15/09/2008
Hora
Emissão:
13:51:10 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------- Código Descrição Quantidade Valor Venda ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Filial Seção GENERICOS
Ilustração 1 – Planilha de Relatório de Vendas de Produtos
Fonte: Dados Secundários (2008)
3.4 INSTRUMENTO DE ANÁLISE DE DADOS
Os dados coletados foram tratados e analisados através de análise
interpretativa da Classificação ABC e da previsão de demanda dos dois (02)
principais itens, diante do seu grau de importância e da demanda pela clientela.
34
Para a realização da previsão de demanda, foram analisados e escolhidos
três produtos, os códigos 011925, 002462 e o 0011591, como sendo, os melhores
para se fazer o estudo, pois apresentam valores de venda alto e possuem bastante
procura pela clientela.
35
4 PROPOSTA DE GESTÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA
Cabe neste capítulo apresentar a situação atual da organização, em que,
refere-se à organização, planejamento e controle de estoque, evidenciando os
pontos que devem ser aperfeiçoados, cujo objetivo está em aumentar o nível de
eficiência dos serviços.
A rede no qual compõe a farmácia em estudo é bastante conhecida a nível
nacional, no entanto, essa em especificamente foi aberta recentemente, pois, no
local onde está inserido, fazia parte da rede Imperatriz. Além disso, está localizada
em região de temporada, situada em zona norte de Florianópolis. O gestor controle
o estoque através da observação direta e dos pedidos feitos pela demanda.
Atualmente a farmácia trabalha todos os dias, no horário que varia conforme a
época do ano, pois, como se localiza em região de temporada pode-se dizer que, a
movimentação maior está na época do veraneio. Dessa forma, consegue-se a
princípio em algumas épocas do ano detectar possíveis falhas e compreender
melhor às perspectivas dos consumidores. Um grande exemplo disso, que se pode
explicar e que é facilmente compreendida, são os remédios antigripais na época do
inverno.
Pelo fato, de ser uma farmácia pequena o gestor possui uma visão geral dos
processos, sendo esse um fator positivo para a organização. Faz-se parte de suas
atividades rotineiras, estar atento a clientela, aos funcionários, ao recebimento e a
saída dos produtos, a estocagem dos produtos, como também, está diretamente
relacionado com a contabilidade em si do processo.
É importante ressaltar que, a comunicação entre os funcionários da
farmácia é feita de uma maneira clara e transparente, ou seja, a delegação de
tarefas é compreendida entre os integrantes da equipe. Além disso, participam de
treinamentos e curso para incentivá-los quanto ao aprimoramento de seus serviços.
O gestor possui conhecimento de qualquer informação a respeito dos
produtos, através de relatórios, portanto, está ciente dos itens que saem com maior
facilidade, daqueles que, estão quase sem saída. Esse fato auxilia para o processo
de transferência, de troca ou substituição de produto, como também, o de
promoção, sendo que, o giro de medicamentos é uma das principais busca, pois,
estoque, em muitas das vezes é desperdício ou falha na previsão. Além disso, por
36
ser uma rede possui contato freqüente com outras farmácias e com a matriz,
tornando-se bastante flexível perante qualquer dificuldade.
A área de compras é exercida atualmente por uma pessoa da área da
Coordenação, e os produtos diante de qualquer imprevisto, podem ser solicitados
pelo gerente, via on-line, telefone ou solicitar uma transferência de outra farmácia.
Após observar o funcionamento das atividades e a maneira como ele é
realizado pelos funcionários e administrado pelo gestor, consegue-se visualizar os
objetivos a serem propostos nesse trabalho, cujo propósito está em tornar o serviço
mais produtivo.
4.1 CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA
Atualmente a empresa dispõe de algumas ferramentas de gestão, no
entanto, para compreender melhor a efetividade dos produtos existentes em
estoque, seria necessário realizar o estudo em frente a Curva ABC e principalmente
a Previsão de Estoques. Esse por último, deve ser considerado de maior
importância, pois, apresenta um maior retorno em épocas de temporada.
4.1.2 Classificação ABC
A análise a partir da Curva ABC aparece como uma importante ferramenta
de gestão, pelo fato de ser confiável, de fácil compreensão e também, o retorno
rápido com que os dados são apresentados, além de, ser aplicado geralmente para
estoques de grande quantidade. Essa classificação facilita ao gestor no momento de
tomada de decisão, no momento do seu planejamento, tais como, estratégias de
vendas, pelo fato de, oferecer um alto teor de exatidão com que os produtos estão
ordenados, como também, o grau de importância.
A seguir será apresentada uma planilha referente aos dados secundários, já
existentes na organização, no que diz respeito aos produtos que, serão fonte de
análise nesse estudo.
37
51:10
R E L A T Ó R I O DE V E N D A S D E P R O D U T O S
Período: 01/06/2008 à
31/08/2008 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Código Descrição
Qtde Valor
Venda Val.
Acum. Itens (%) Ac. (%) 008627 FLUCONAZOL MED
150 C/2 (G) 0000010 314,34 314,34 1,205
6,261 015242 LOSARTANA POT MED 50MG C/30 (G) 0000011 284,75 599,09 2,410 11,932 008628 FLUCONAZOL MED 150 C/1 (G) 0000017 253,80 852,89 3,615 16,987 011925 DIPIRONA MED ENV C/10 (G) 0000078 240,35 1093,24 4,820 21,774 002462 NEOMIC,S.+BACITRAC MED POM 15G (G) 0000051 213,75 1306,99 6,025 26,031 015874 ACICLOVIR MERCK 400MG 30CPR (G) 0000002 205,94 1512,93 7,230 30,133 011591 ACICLOVIR MED CREME 10GR (G) 0000021 204,58 1717,51 8,435 34,207 019182 DIMETICONA MED.40MG C/20(G) 0000033 174,51 1892,02 9,640 37,683 014347 LEVOFLOXACIN0 EUR 500MG 7CPR G 0000004 161,19 2053,21 10,845 40,894 002471 LORATADINA MED 100ML (G) 0000014 160,41 2213,62 12,050 44,088 019098 LOSARTANA POT+HID 100/25 30 EMS 0000003 158,11 2371,73 13,255 47,238 014794 LISINOPRIL MED 10MG C/30CPR (G) 0000006 137,04 2508,77 14,460 49,967 014803 NORFLOXACINO MED 400MG 14CPR (G) 0000007 118,86 2627,63 15,665 52,334 020298 ALBENDAZ0L MED SUS. 10ML (G) 0000029 115,66 2743,29 16,870 54,638 019037 LEVOFLOXACIN0 EMS 500MG 10CPR G 0000002 111,98 2855,27 18,075 56,868 005081 DICLOF RESINATO MED 20ML (G) 0000019 107,37 2962,64 19,280 59,007 010868 MUPIROCINA CR 15GR CRIST.(G) 0000006 103,43 3066,07 20,485 61,067 020297 ALBENDAZ0L MED 400MG C/1 (G) 0000025 86,50 3152,57 21,690 62,789 018610 FINASTERIDA MED.1MG C/30 (G) 0000003 85,25 3237,82 22,895 64,487 017452 LEVOFLOXACIN0 EMS 500MG 7CPR G 0000002 78,42 3316,24 24,100 66,049 014795 LISINOPRIL MED 20MG C/30CPR (G) 0000002 70,10 3386,34 25,305 67,445 010683 DIPIRONA MED 100ML (G) 0000011 64,69 3451,03 26,510 68,734 030124 BEZAFIBRATO 200MG 20CP GERMED 0000005 59,88 3510,91 27,715 69,926 001623 NISTATINA MED CR 60GR (G) 0000008 58,24 3569,15 28,920 71,086 018440 LEVOFLOXACINO EUR 500MG 10CPR G 0000001 56,04 3625,19 30,125 72,203 011906 DEXCLORF+BET.XPE 120ML MED.(G) 0000004 52,61 3677,80 31,330 73,250 004649 TENOXICAN EMS 20 10CPR (G) 0000003 51,45 3729,25 32,535 74,275 017246 LOSARTANA POT MED 50MG C/60 (G) 0000001 46,26 3775,51 33,740 75,196 019489 LOSARTANA POT EURO 50MG C/30 (G) 0000002 45,09 3820,60 34,945 76,095 014784 CARBOCISTEINA XPE PED.100ML (G) MED. 0000007 44,55 3865,15 36,150 76,982 008153 PIROXICAM EMS 20 10CPR (G) 0000006 42,07 3907,22 37,355 77,820 010735 LOTEPROL OFT.5ML 0000001 41,33 3948,55 38,560 78,643 012604 PRAVASTATINA RANB 20MG C/30 (G) 0000001 39,88 3988,43 39,765 79,437 011370 ACET.PREDNISOLONA 1% 5ML ALCON (G) 0000003 39,31 4027,74 40,970 80,220 015862 DIPIRONA MED 10ML (G) 0000012 38,33 4066,07 42,175 80,984 016704 LOSARTANA POT+HID 50/12,5 30 EMS 0000001 37,53 4103,60 43,380 81,731 012022 LANSOPRAZOL MED 15MG 28CPS (G) 0000001 36,55 4140,15 44,585 82,459 008629 LANSOPRAZOL MED 30 14CPR (G) 0000001 36,51 4176,66 45,790 83,186 002757 HIDROX ALUMINIO EMS 240ML (G) 0000005 36,14 4212,80 46,995 83,906 021419 POLICRESULENO+CINCHOCAINA MED.POM
30GR+10APLIC.
0000002 35,68
4248,48 48,200 84,617 008815 DILTIAZEM EMS 60MG C\50 (G) 0000002 34,64 4283,12 49,405 85,307 011702 ACETILCISTEINA EURO XPE 150ML (G) 0000003 34,03 4317,15 50,610 85,984 011368 TARTARATO BRIMON.2% 5ML ALCON(G) 0000001 33,65 4350,80 51,815 86,654 022386 TRIANC.+SUL/NEO+GRAM+NIST MED POM
30G
0000002 33,18
4383,98 53,020 87,315 015572 ACIDO MEFENAMICO BIO 500MG C/24 (G) 0000003 31,37 4415,35 54,225 87,940 014879 DEXCLORFENIRAMINA MED SOL 120ML 0000005 30,48 4445,83 55,430 88,547
38
015017 NISTATINA+OX ZIN EMS POM 60G 0000002 29,02 4474,85 56,635 89,125 015859 BROMEXINA MED PED 120,ML 0000005 27,54 4502,39 57,840 89,674 008630 LANSOPRAZOL MED 15 14CPR (G) 0000001 26,67 4529,06 59,045 90,205 004720 PIROXICAM EMS 20 15CPR (G) 0000002 25,86 4554,92 60,250 90,720 011964 DIPIRONA MED C/30 (G) 0000003 25,82 4580,74 61,455 91,234 012039 DIPROP.+B+AC.SAL.POM.30G MDL 0000003 23,59 4604,33 62,660 91,704 016798 TERBINAFINA MED 125 14CPR (G) 0000001 22,37 4626,70 63,865 92,150 021598 DEXAMETASONA EMS 4MG C/10 (G) 0000004 21,76 4648,46 65,070 92,583 014313 DIPROP+BET+SULF.G.CR.MED.30GR 0000002 21,66 4670,12 66,275 93,014 012714 PREDNISONA 20MG C/10(G)EMS 0000002 21,31 4691,43 67,480 93,439 009838 BROMETO IPRATROPIO SANUS 20ML 0000003 20,26 4711,69 68,685 93,842 018499 CINARIZINA 75MG C/30CPR 0000002 20,22 4731,91 69,890 94,245 017435 HIDROCLOROTIAZIDA EMS 25 C/30 0000008 19,92 4751,83 71,095 94,642 018429 AMILORIDA+HCTZ 2,5+25MG C/30 EMS(G) 0000004 19,61 4771,44 72,300 95,032 012978 PREDNISONA 20MG C/10CPR EURO 0000002 18,03 4789,47 73,505 95,391 011972 DICLOF COLEST.MED 70 20CPS(G) 0000001 17,64 4807,11 74,710 95,743 018523 PROPIONATO CLOB.TEUTO CR 30G 0000002 16,66 4823,77 75,915 96,075 009055 BETAMETASONA MED CREME 15G (G) 0000003 15,36 4839,13 77,120 96,381 018828 DILTIAZEM EMS 30 C/50CPR (G) 0000002 15,15 4854,28 78,325 96,682 014424 ACET.TRIAN+NEOM+GR+NIST EMS CR 30G
(G)
0000001 13,72
4868,00 79,530 96,956 011971 CLORTALIDONA EMS 12,5 C/60(G) 0000002 13,41 4881,41 80,735 97,223 022375 TRIANC.+SUL/NEO+GRAM+NIST MED CR 30G 0000001 12,70 4894,11 81,940 97,476 020648 CINARIZINA MEPHA 75MG C/30CPR (G) 0000001 11,85 4905,96 83,145 97,712 015386 PREDNISONA 5MG C/20CPR EURO 0000002 11,32 4917,28 84,350 97,937 018456 DROPROPIZINA MED AD.15/5ML 120ML 0000001 11,30 4928,58 85,555 98,162 017436 HIDROCLOROTIAZIDA EMS 50 C/20 0000003 10,60 4939,18 86,760 98,373 018435 PROPIONATO CLOB.EMS CR 30GR 0000001 10,06 4949,24 87,965 98,574 014782 BROMOPRIDA MED 20ML GTS (G) 0000001 9,85 4959,09 89,170 98,770 014314 DIPROP+BET+S.G.POM.30G MED (G) 0000001 9,27 4968,36 90,375 98,954 017389 DIPROP.+FOST.BET.1AMP(G)BRAINFARMA 0000001 9,10 4977,46 91,580 99,136 012933 DICLOF COLEST. MED 70MG 14CPS (G) 0000001 9,08 4986,54 92,785 99,316 011970 CLORTALIDONA EMS 50MG C/30(G) 0000001 8,45 4994,99 93,990 99,485 016964 GLIBENCLAMIDA EMS 5MG C/30 (G) 0000001 6,10 5001,09 95,195 99,606
021019
DICLOF RES. EMS 15MG GTS 20ML GTS
(G)
0000001 6,05
5007,14 96,400 99,727 012715 PREDNISONA 5MG C/20(G)EMS 0000001 5,54 5012,68 97,605 99,837 013676 HIDROCLOROTIAZIDA NEO 50MG C/20( G) 0000002 4,98 5017,66 98,810 99,936 016207 PROPRANOLOL NEO 40MG 30CPR (G) 0000001 3,20 5020,86 100,000 100,000
Total Seção ====>
000511 5.020,85
Total Geral ===> 000511 5.020,85
Ilustração 2 – Relatório de Vendas de Produtos
Fonte: Dados Secundários (2008)
39
CURVA ABC
0,00020,00040,00060,00080,000
100,000120,000
0,000 50,000 100,000 150,000
Itens (%)
Val
or
(%)
Gráfico 1 – Curva ABC em relação aos medicamentos genéricos
Fonte: Dados Primários
Valor Venda
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
1 7 13 19 25 31 37 43 49 55 61 67 73 79
Itens
Valo
r (R
$)
Gráfico 2 – Curva ABC em relação aos medicamentos genéricos
Fonte: Dados Primários
4.1.3 Previsão de Demanda
De acordo com os respectivos produtos, entre eles estão, o 0011925, o
002462 e o 0011591, seguem abaixo, os Relatórios de Vendas Diários, os
Relatórios de Vendas Semanais, e em seguida, os gráficos apresentando o reflexo
do Modelo, diante dos Dias semanais X Quantidade.
40
Segue o primeiro Relatório de Vendas, apresentado através da Ilustração 4
e por conseguinte os outros produtos.
PRODUTO 2462
Neomici, S. +Bacitracina Medley Pomada 15g Valor de Venda: R$ 213,75 Qtde Vendida: 051
Data Movimento Quant Estoque POSIÇÃO DO ESTOQUE ATÈ O DIA 31/05/2008 284 284
1/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 23870 PDV 1 1 283 4/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30347 PDV 2 1 282 6/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24318 PDV 1 1 281 7/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24401 PDV 1 1 280 9/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24567 PDV 1 1 279
11/6/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 86188 CD. ORIGEM.: 12532 17 296
12/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31372 PDV 2 1 295 12/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31402 PDV 2 1 294 12/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31412 PDV 2 1 293 13/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31556 PDV 2 1 292 14/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24979 PDV 1 1 291 14/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 25003 PDV 1 1 290 15/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31828 PDV 2 1 289 20/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32538 PDV 2 1 288 21/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 25602 PDV 1 1 287 29/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33778 PDV 2 1 286
3/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 26610 PDV 1 1 285 4/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 26677 PDV 1 1 284 4/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34417 PDV 2 1 283 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34771 PDV 2 1 282 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34779 PDV 2 1 281 7/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 26962 PDV 1 1 280 8/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35122 PDV 2 1 279 9/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35157 PDV 2 1 278
10/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35398 PDV 2 1 277 11/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 27335 PDV 1 1 276 13/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35892 PDV 2 1 275 14/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36025 PDV 2 1 274 17/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 27782 PDV 1 1 273 17/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36311 PDV 2 1 272 17/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36383 PDV 2 1 271 31/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29041 PDV 1 1 270 31/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 38260 PDV 2 1 269
2/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29265 PDV 1 1 268 2/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 38429 PDV 2 1 267 5/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 38801 PDV 2 1 266 5/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 38831 PDV 2 1 265 6/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29588 PDV 1 1 264 7/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29652 PDV 1 1 263 9/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39304 PDV 2 1 262 9/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39306 PDV 2 1 261 9/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39312 PDV 2 1 260
41
10/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29955 PDV 1 1 259 10/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39389 PDV 2 1 258 15/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40027 PDV 2 1 257 17/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30615 PDV 1 1 256 18/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40420 PDV 2 1 255
20/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: CLEIA 909 17 272
23/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40830 PDV 2 1 271
25/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: LIVIA 909 1 272
25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41051 PDV 2 1 271 30/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31791 PDV 1 1 270 31/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31810 PDV 1 1 269 31/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41964 PDV 2 1 268
Ilustração 3 – Relatório de Vendas diárias do produto 2462
Fonte: Dados Secundários (2008) PREVISÃO DO PRODUTO 002462 PERÍODO (2008) QUANT
VENDAS SEMANAIS Semanas /Data Quant. 1 01/06 – 08/06 4 2 09/6 – 16/06 8 3 17/6 – 24/06 2 4 25/6 – 02/07 1 5 03/07 – 10/07 9 6 11/07 – 18/07 6 7 19/07 – 26/07 0 8 27/7 – 03/08 4 9 04/8 – 11/08 9
10 12/8 – 19/08 3 11 20/8 – 27/08 3 12 28/08 – 04/09 3
Ilustração 4 – Relatório de Vendas semanais do produto 2462
Fonte: Dados Primários
PREVISÃO DO PRODUTO 002462y = 0,0012x5 - 0,039x4 +
0,4676x3 - 2,3905x2 + 4,8325x + 1,8636
R2 = 0,0538
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA Quant.
Polinômio(Quant.)
Gráfico 3 – Função Polinomial
42
Fonte: Dados Primários
Após a elaboração da tabela, com relação ao produto 2462, em que são
alocados às quantidades de acordo com cada semana, representa-se o gráfico. Nele
está expressa certa desordem, pois, os valores estão bastante discrepantes em
relação à Linha de Tendência.
PREVISÃO DO PRODUTO 002462
y = -0,4134Ln(x) + 5,022
R2 = 0,0107
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEMANDA
Quant.
Log. (Quant.)
Gráfico 4 – Função Logarítmica
Fonte: Dados Primários
Esse gráfico revela ainda a discrepância frente ao resultado, pois, a
realidade prevista não chega a 1%, portanto, está bastante fora do objetivo, no qual,
é ser o mais próximo possível de atingir um valor positivo de previsão.
PREVISÃO DO PRODUTO 002462
y = -0,1049x + 5,0152
R2 = 0,0156
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DE
MA
ND
A
Quant.
Linear (Quant.)
Gráfico 5: Modelo Linear
Fonte: Dados Primários
Esse gráfico também não expressa o modelo mais adequado de previsão,
pois, representa muito pouco. O valor real está bastante fora do que se pretende
alcançar, além disso, os valores estão muito afastados da Linha de Tendência.
43
PREVISÃO DO PRODUTO 002462
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DE
MA
ND
A Quant.
3 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 6: Médias Móveis de três Períodos
Fonte: Dados Primários
Esse gráfico, representando a Média Móvel de grau 3, aparece como um
modelo ineficaz perante aos valores, pois, a Linha de Tendência está desconforme
e muito afastado da mesma.
PREVISÃO DO PRODUTO 002462
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA Quant.
2 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 7:Médias Móveis de dois Períodos
Fonte: Dados Primários
Esse modelo de Médias Móveis de grau 2 aparece representado o modelo
mais ideal, pois, os valores correspondem maior proximidade com a Linha de
Tendência. Dessa forma, a previsão para a próxima semana, será a média das 2
últimas semanas, a 12º semana e a 11º semanas, ou seja, (3+3)/2 = 3 unidades.
Como resultado desse modelo, sugere-se para o gestor planejar o seu estoque, para
44
a 13º semana, ou seja, possuir 3 unidades desse produto, a fim de, garantir uma
maior eficácia nas vendas.
PRODUTO 11591
Aciclovir da Medley – Creme – 10 gr Valor de Venda: R$ 204,58 Qtde vendida: 021
Data Movimento Quant Estoque POSIÇÃO DO ESTOQUE ATÈ O DIA 31/05/2008 42 42
3/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24024 PDV 1 1 41 3/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24027 PDV 1 1 40 3/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24029 PDV 1 1 39
3/6/2008 CANCELAMENTO VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24027 PDV 1 1 40
4/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24101 PDV 1 1 39 4/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24124 PDV 1 1 38 5/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24218 PDV 1 1 37
11/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31297 PDV 2 1 36
11/6/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 86187 CD. ORIGEM.: 12532 2 38
14/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31638 PDV 2 1 37 17/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32135 PDV 2 1 36 26/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33370 PDV 2 1 35 27/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33480 PDV 2 1 34
2/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34211 PDV 2 1 33 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34833 PDV 2 1 32
15/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36059 PDV 2 1 31 23/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37159 PDV 2 1 30 28/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37892 PDV 2 1 29 29/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37954 PDV 2 1 28
7/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39084 PDV 2 1 27 13/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39733 PDV 2 1 26
20/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: CLEIA 909 6 32
23/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40805 PDV 2 1 31
25/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: LIVIA 909 1 32
26/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31314 PDV 1 1 31 31/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41979 PDV 2 1 30
Ilustração 5 – Relatório de Vendas diárias do produto 11591
Fonte: Dados Secundários (2008)
VENDAS SEMANAIS Semanas /Data Quant. 1 01/06 – 08/06 7 2 09/6 – 16/06 4 3 17/6 – 24/06 1 4 25/6 – 02/07 2 5 03/07 – 10/07 1 6 11/07 – 18/07 1 7 19/07 – 26/07 1 8 27/7 – 03/08 2 9 04/8 – 11/08 1
45
10 12/8 – 19/08 1 11 20/8 – 27/08 9 12 28/08 – 04/09 1
Ilustração 6 – Relatório de Vendas semanais do produto 11591
Fonte: Dados Primários
PREVISÃO DO PRODUTO 11591
y = -1,1009Ln(x) + 4,4169
R2 = 0,0941
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA
Quant.
Log. (Quant.)
Gráfico 8: Função Logarítmica
Fonte: Dados Primários
O modelo Logarítmico apresentado no gráfico revela uma anormalidade,
pois, os valores semanais, não correspondem com a demanda, portanto, ele é
inviável para representar o modelo ideal de previsão. Além disso, representa
apenas 9% de efetividade.
PREVISÃO DO PRODUTO 11591
y = -0,0804x + 3,1061
R2 = 0,0114
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DE
MA
ND
A
Quant.
Linear (Quant.)
Gráfico 9: Função Linear
46
Fonte: Dados Primários
O modelo Linear apresentado graficamente, não seria considerado o
modelo de Previsão mais atraente, por atingir muito pouco não chegando a 2%.
PREVISÃO DO PRODUTO 11591y = -0,0044x5 + 0,1397x4 -
1,6282x3 + 8,69x2 - 21,454x + 21,727
R2 = 0,6213
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA Quant.
Polinômio(Quant.)
Gráfico 10: Função Polinomial 5
Fonte: Dados Primários
A função Polinomial de grau 5 representa a melhor opção no momento,
pois, os valores correspondem mais próximo a Linha de Tendência, além disso, o
R2 representa 62% de efetividade.
PREVISÃO DO PRODUTO 11591
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA
Quant.
3 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 11: Função Móvel 3 períodos
47
Fonte: Dados Primários
O Modelo de Médias Móveis de grau 3 também representa um retorno
satisfatório, mas não o ideal, devido apresentar um valor 9 na demanda,
discrepante com a realidade do mesmo.
PREVISÃO DO PRODUTO 11591
0123456789
10
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DE
MA
ND
A Quant.
2 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 12: Função Móvel 2 períodos
Fonte: Dados Primários
Esse gráfico de Médias Móveis de grau 2, representa o Modelo de Previsão
mais adequado, pois representa maior confiabilidade, perante a realidade dos
valores atuais. Dessa forma, a previsão para a próxima semana, será a média das 2
últimas semanas, a 12º semana e a 11º semanas, ou seja, (1+9)/2 = 5 unidades.
Portanto, o Gestor pode considerar ter em seu estoque, na 13º semana, 5 unidades
desse produto, de maneira a compreender melhor o seu gerenciamento.
PRODUTO 11925
Dipirona da Medley – env c/10cpr Valor de Venda: R$ 240,35 Qtde vendida: 078
Data Movimento Quant Estoque POSIÇÃO DO ESTOQUE ATÈ O DIA 31/05/2008 -2 -2
1/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 23887 PDV 1 1 -3 2/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 23965 PDV 1 1 -4 3/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24034 PDV 1 1 -5 3/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30225 PDV 2 1 -6 4/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24148 PDV 1 1 -7 5/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24183 PDV 1 3 -10 6/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24333 PDV 1 1 -11 7/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24450 PDV 1 1 -12 9/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31047 PDV 2 2 -14
10/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 24680 PDV 1 1 -15
48
10/6/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 927901 CD. ORIGEM.: 12532 48 33
11/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31278 PDV 2 1 32 11/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31331 PDV 2 1 31
11/6/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 86188 CD. ORIGEM.: 12532 24 55
12/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31486 PDV 2 1 54 13/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31628 PDV 2 2 52 15/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31925 PDV 2 1 51 17/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 25286 PDV 1 1 50 17/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 25299 PDV 1 1 49 17/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32070 PDV 2 1 48 17/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32102 PDV 2 1 47 20/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32455 PDV 2 2 45 20/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 32518 PDV 2 1 44 23/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33050 PDV 2 1 43 25/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33229 PDV 2 1 42 26/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33344 PDV 2 2 40 28/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33712 PDV 2 1 39 28/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33737 PDV 2 1 38
28/6/2008 CANCELAMENTO VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 33737 PDV 2 1 39
30/6/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 26336 PDV 1 1 38 1/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34042 PDV 2 1 37 2/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34136 PDV 2 1 36 3/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 26581 PDV 1 2 34 5/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34570 PDV 2 1 33 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34786 PDV 2 1 32 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34830 PDV 2 1 31 6/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 34841 PDV 2 1 30 7/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 27031 PDV 1 1 29 8/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35118 PDV 2 1 28 9/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35140 PDV 2 1 27
11/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 35490 PDV 2 2 25 19/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36723 PDV 2 1 24 20/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 36832 PDV 2 1 23 23/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37189 PDV 2 1 22 25/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37500 PDV 2 1 21 27/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 37802 PDV 2 1 20 30/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 28952 PDV 1 1 19 31/7/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29009 PDV 1 1 18
5/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 38825 PDV 2 1 17 8/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39188 PDV 2 1 16 9/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39344 PDV 2 1 15
10/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 29881 PDV 1 1 14 10/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39457 PDV 2 1 13 11/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30006 PDV 1 1 12 11/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 39501 PDV 2 1 11 15/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30459 PDV 1 1 10 17/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40254 PDV 2 1 9
20/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: CLEIA 909 24 33
22/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40675 PDV 2 1 32 23/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 30986 PDV 1 1 31 23/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31082 PDV 1 1 30
49
23/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 40882 PDV 2 1 29
25/8/2008 AJUSTE DE ESTOQUE EFETUADO PELO USUÁRIO: LIVIA 909 -20 9
25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31249 PDV 1 1 8 25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41080 PDV 2 1 7 25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41102 PDV 2 1 6 25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41107 PDV 2 2 4 25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41137 PDV 2 1 3 25/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41183 PDV 2 1 2
27/8/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 805782 CD. ORIGEM.: 12532 24 26
28/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31587 PDV 1 1 25
28/8/2008 ENTRADA COMPRAS REF. NOTA FISCAL NR.: 816576 CD. ORIGEM.: 12532 24 49
30/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 31714 PDV 1 1 48 30/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 41824 PDV 2 1 47 31/8/2008 VENDAS CUPOM FISCAL NR.: 42060 PDV 2 3 44
Ilustração 7 – Relatório de Vendas diárias do produto 11925
Fonte: Dados secundários (2008)
VENDAS SEMANAIS Semanas /Data Quant. 1 01/06 – 08/06 10 2 09/6 – 16/06 9 3 17/6 – 24/06 8 4 25/6 – 02/07 9 5 03/07 – 10/07 9 6 11/07 – 18/07 2 7 19/07 – 26/07 4 8 27/7 – 03/08 3 9 04/8 – 11/08 7
10 12/8 – 19/08 2 11 20/8 – 27/08 11 12 28/08 – 04/09 6
Ilustração 8 – Relatório de Vendas semanais do produto 11925
Fonte: Dados Primários
PREVISÃO DO PRODUTO 11925
y = -1,9703Ln(x) + 9,9484
R2 = 0,2165
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
ANDA
Quant.
Log. (Quant.)
Gráfico 13: Função Logarítmica
50
Fonte: Dados Primários
O Modelo Logarítmico apresentado não aparece com o modelo ideal, pois
atinge apenas 21% de sua efetividade.
PREVISÃO DO PRODUTO 11925
y = -0,3287x + 8,803
R2 = 0,1371
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
ANDA
Quant.
Linear (Quant.)
Gráfico 14: Modelo Linear
Fonte: Dados Primários
Esse gráfico revela bastante discrepância em relação à Linha de Tendência,
pois atinge apenas 13% de sua efetividade.
PREVISÃO DO PRODUTO 11925
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DE
MA
ND
A
Quant.
3 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 15: Médias Móveis de três períodos
Fonte: Dados Primários
O gráfico de Médias Móveis de grau 3, revela desordem na correlação dos
dos dados da demanda com a semanal, portanto, não aparece com o modelo ideal
de previsão.
51
PREVISÃO DO PRODUTO 11925
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEM
AN
DA
Quant.
2 por. Méd.Móv. (Quant.)
Gráfico 16: Médias Móveis de dois períodos
Fonte: Dados Primários
O Modelo de Médias Móveis de grau 2 revela uma suavidade no gráfico
favorável com o resultado, pois, estabelece a continuidade paralela da demanda
com os valores semanais. . Dessa forma, a previsão para a próxima semana, será a
média das 2 últimas semanas, a 12º semana e a 11º semanas, ou seja, (6+11)/2 =
8,5 unidades. Sendo que, o Gestor da Farmácia, precisaria ter na 13º semana, em
seu estoque, 9 unidades desse produto, de maneira a estabelecer um certo
equilíbrio.
Gráfico 17: Médias Móveis de dois períodos
PREVISÃO DO PRODUTO 11925y = -0,0038x5 + 0,1145x4 -
1,2136x3 + 5,4483x2 - 10,702x + 16,364
R2 = 0,5546
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11
SEMANA
DEMANDA
Quant.
Polinômio(Quant.)
Gráfico 18: Função Polinomial 5
Fonte: Dados Primários
O gráfico representando o Polinômio sugere um modelo satisfatório a ser
seguido, pois, aproxima a 60% o seu grau de resolutividade frente à realidade.
52
4.2 Planejamento na área de estoque
O trabalho buscou apresentar uma visão geral de alguns procedimentos que
podem ser realizados, para aumentar a eficiência quanto o gerenciamento do
estoque. Dessa forma, sugere-se para a Farmácia utilizar-se da técnica de Previsão
de Demanda para os demais produtos, de forma a obter uma maior precisão nos
pedidos. Dessa maneira, os custos quanto a produtos desnecessários irão diminuir,
na medida que, uma maior importância será dada quanto aos produtos
indispensáveis pela farmácia, como por exemplo, no caso dos medicamentos
controlados.
Os aperfeiçoamentos sugeridos ao sistema de controle de estoque está em
utilizar as técnicas de Previsão de Demanda para outros Laboratórios ou grupos
específicos de medicamentos, como por exemplo, os medicamentos controlados.
Sendo esses de grande importância para a Farmácia, pelo fato de, possuir um valor
de venda alto, como também, uma demanda razoável. Além disso, como futura
administradora, recomendo um controle maior em relação aos itens com prazo de
validade a vencer, portanto, cabe ser realizado o levantamento de dados com um
certo rigor e comprometimento, através de balanços semanais.
O sistema de controle dos estoques permitirá para o gestor, uma maior
segurança em relação a compra, dos produtos realmente necessários para a
organização. Essa gestão racional nos processos, possibilita investir em outras
áreas de interesse, tal como, na aquisição de novas máquinas e equipamentos,
diversificação de produtos e novas prateleiras. Dessa forma, o conhecimento frente
a essas técnicas, evita gastos desnecessários, além disso, permite utilizar melhor os
recursos e conseqüentemente, garantir uma maior viabilidade para o aumento da
comercialização.
53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise desse estudo através de relatórios e gráficos, tornou-se
importante avaliar alguns produtos em destaque, entre eles estão, o Código 2462
(Sulfato de Neomicina + Bacitracina – pomada da Medley ), o Código 11591 (
Aciclovir – creme ), e o Código 11925 ( Dipirona – c / 10 cpr ). Pelo fato de os
mesmos, apresentarem como expressivos, diante dos aspectos relacionados à
quantidade vendida no período, tal como, o retorno lucrativo para a organização.
Diante disso podem-se considerar alguns pontos, a serem destacados pelos
produtos, como sendo primordiais para a conclusão do trabalho.
Iniciamos as considerações a partir da análise dos produtos genéricos, com
relação à Classificação ABC. Tornou-se evidente a identificação dos produtos
considerados da Classe A, sendo eles, aparecem com um valor de venda maior e
que são de grande importância tê-los disponíveis para a venda na Farmácia. Entre
os produtos de maior importância para os consumidores, estão o Fluconazol
(antifúngico), a Loratadina (antialérgico), o albendazol (antivermínico), e o
Diclofenaco Resinato (antiflamatório e analgésico), pelo fato de, terem uma grande
saída, pois, são os mais procurados e independem da época do ano. Os produtos
considerados da Classe B são importantes, no entanto, enquadram-se nessa faixa
pelo fato de, não ser tão expressivo com relação à quantidade vendida e o valor de
venda. E diante da Classe C, torna-se importante ter esses produtos na farmácia,
sendo que, os mesmos não refletem grandes prejuízos a falta dos mesmos, pois os
valores são menos expressivos e menos procurados pelos clientes. Esse estudo
perante a Classificação ABC foi possível de realizar pelo fato, da Farmácia já
possuir um relatório de fácil acesso, e conseqüentemente de aplicá-lo para esse
método. Acredito ter sido eficaz a apresentação desse método, de maneira que,
conseguiu-se visualizar com maior clareza, os itens que o Gestor deve estar mais
preocupado, portanto, ter um maior controle no estoque, para que não haja a sua
respectiva falta na Farmácia, como também, ter o conhecimento daqueles que é de
grau de importância menor.
Com relação ao estudo feito a partir da Previsão de Demanda dos produtos,
tornou-se evidente a importância de alguns deles, diante da forma, como se
apresentaram graficamente.
54
Visualizando os gráficos com relação ao Produto 2462, percebe-se que, o
melhor Modelo é o das Médias Móveis de Dois Períodos. Esse demonstra maior
efetividade, pelo fato, dos pontos, ou seja, os valores estarem mais próximos da
Linha de Tendência, portanto, mais confiáveis com a real situação da Farmácia.
Esse modelo leva a crer que, a previsão para a próxima semana seja de 3 produtos
para a venda, pois, esse valor é a média das semanas anteriores. Com relação ao
Produto 11591, o gráfico mais adequado, considerado pela minha pessoa, diante da
atual realidade é a Função Polinomial de grau 5, pois os valores estão também,
mais próximos da Linha, porém, existe um contraste na 11º semana, no qual, se
venderam 9 unidades do produto. Além disso, a Função Média Móvel com 2
períodos, também, mostra-se atraente para o estudo. A análise frente ao produto
11925 é considerada de grau de importância maior, pelo fato de ser indispensável
para muitas pessoas, devido a sua funcionalidade e para o Gestor, um grande
retorno financeiro. Os gráficos considerados de maior eficácia no momento podem
ser apresentados como sendo o das Médias Móveis de 2 períodos e o Polinomial de
grau 5. Ambos os valores semanais apresentam-se mais próximos da Linha de
Tendência, portanto, dos valores considerados ideais, sendo que, esse último relava
55% de confiabilidade e conseqüentemente maiores vantagens.
O trabalho realizado foi de grande riqueza perante a acadêmica, pelo fato
de, estar diante da realidade enfrentada pelo gestor, diante das dificuldades e
oportunidades que ocorrem diariamente na Farmácia. O fato de o mercado estar
sempre buscando produtos mais inovadores e considerados melhores pelos
consumidores, deve-se estar preparado para atrair e atender a demanda. Desse
modo, busca-se o aprimoramento e aperfeiçoamento intelectual, portanto, se
capacitar com métodos e técnicas que tornem o Processo de Estoques mais
confiavam e mais perto do que se pretende alcançar. Portanto, é fundamental o
Planejamento, para estabelecerem objetivos a serem alcançados num determinado
período, a partir de metas e com isso, controlar e avaliar os métodos e as técnicas,
de maneira, a verificar se está sendo alcançado o pretendido. Segundo Martins
(2006, p.226), entende-se por planejamento, “o processo lógico que descreve as
atividades necessárias para ir do ponto no qual nos encontramos até o objetivo
definido”.
Dessa maneira, como futura administradora à acadêmica a partir do
trabalho realizado favoreceu, no sentido de motivar ao Gestor quanto à necessidade
55
de possuir o conhecimento necessário para lidar com o funcionamento e o
andamento das atividades. Além disso, saber gerenciar o estoque torna o processo
decisório mais eficiente, evitando assim a falta de recursos e o seu excesso.
Também, uma das funções do Gestor está em identificar potencialidades nos
funcionários, aproveitar habilidades e escolher a pessoa certa para determinada
atividade, a fim de diminuir o quadro ocioso e aumentar a produtividade.
O trabalho tornou-se viável para a aluna, pelo fato de conhecer um pouco
desse ramo, sendo que, muito aprendi nesse período de estágio. Aprendi a lidar
com situações imprevisíveis, tais como, a falta de uma medicação e ter que
solicitar uma transferência ou pedir através de fornecedor, ou seja, existiu um
compromisso para com o Cliente, portanto, um vínculo de fidelização. Isso foi um
exemplo considerado importante, pois, cada dia é uma etapa a ser vivida e
aprendida, levando em consideração que, as pessoas possuem desejos e aspirações
diferentes das outras, sendo esses, clientes externos ou internos.
Esses acontecimentos imprevisíveis ajudam a nós futuros administradores
saber se comportar e se prevenir, por isso, torna-se necessário a ferramenta
indispensável de qualquer Gestor, o de ter o hábito de fazer diariamente o
Planejamento, como também, o estudo para o Planejamento Estratégico, a fim de
garantir perspectivas futuras para quaisquer organizações em que está atuando.
Dessa forma, o trabalho foi o mecanismo de adaptação entre a vida
acadêmica para com a realidade, lembrando que, aplicar a teoria à prática é
bastante vantajoso e atraente, pois, consegue-se através do conhecimento abrir
novas formas de raciocínio e dessa maneira “abraçar” confiante as oportunidades
que, aparecem diante das mudanças advindas do mercado externo.
56
6 REFERÊNCIA
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57
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VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático/ João José Viana. 1.ed. – 6º reimpressão - São Paulo: Atlas, 2006.
58
7 APÊNDICES