UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
RAFAEL HENRIQUE CASSIANO GONÇALVES
INFLUÊNCIA DA PALHADA OBTIDA ATRAVÉS DO CONSÓRCIO DE FEIJÃO
GUANDU E BRACHIARIA PARA A PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA
SINOP-MT 2019
RAFAEL HENRIQUE CASSIANO GONÇALVES
INFLUÊNCIA DA PALHADA OBTIDA ATRAVÉS DO CONSÓRCIO DE FEIJÃO
GUANDU E BRACHIARIA PARA A PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Universidade Federal do Mato Grosso, campus
de Sinop, como parte das exigências do Curso
para obtenção do título de Bacharel em
Agronomia.
Orientador: Prof. Dr. Anderson Lange
Co orientador: Prof. Msc. Flavio de Jesus
Wruck
C345i Cassiano Gonçalves, Rafael Henrique.
influência da palhada obtida através do consórcio de feijão guandu com brachiaria para a produtividade da cultura da soja / Rafael Henrique Cassiano Gonçalves. -- 2019
36 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientadora: Anderson Lange. Co-orientadora: Flavio Jesus Wruck. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.
Inclui bibliografia.
1. Glycine max.. 2. Plantio direto. 3. Plantas de cobertura. I. Título.
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
Flavio Jesus Wruck
PROF. DR. An e son nge
Beatriz Lima Aguiar
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITARIO DE
SINOP INSTITUTO DE CIENCIAS AGRIAS E
AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
Coordenador: Prof. Dr. Carlos Cesar Breda
TERMO DE APROVAÇÃO DE TCC
TITULO DO TRABALHO: INFL NCIA DA PALHADA OBTIDA ATRAVES
DO CONSORCIO DE FEIJAO GUANDU E
BRACHIARIA PARA A PRODUTIVIDADE DA
CULTURA DA SOJA
ACADEMICO: Rafael Henrique Cassiano GonSalves
ORIENTADOR: Prof. Dr. Anderson
Lange CO-ORIENTADOR: Flavio
Jesus Wruck
APROVADO PELA COMISSAO EXAMINADORA:
Orientador
“ Co orientador
DATA 25/04/2019 SINOP-MT 2019
DEDICATORIA
Aos meus pais Carlos e Noeli, que são para mim exemplos de vida e que sem sombra de
dúvidas contribuíram e muito para que eu me tornasse o homem que sou hoje.
Ao meu irmão Talis, que sempre me motivou nesta e em outras jornadas, e acreditou no meu
potencial.
E a todos o meus amigos que me auxiliaram de alguma forma concluir essa etapa da minha
vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por, concluir mais essa vitória que possibilitou eu realizar essa
graduação só ele sabe como foi difícil, mas com muita fé em Deus e apoio da minha família estou
finalizando essa etapa.
Aos meus pais que sempre me deram um amor incondicional, um apoio para que pudesse
progredir, e que acreditarão em mim quando eu mesmo não acreditava. A minha amada mãe Noeli
Cassiano Gonçalves, por seu amor sem tamanho e meu querido pai Carlos Antônio Gonçalves.
A toda minha família pelas orações e torcida para que tudo desse certo, vocês tiveram um
participação para que tudo isso virasse realidade.
Aos meus orientadores Flavio de Jesus Wruck e Anderson Lange pelo apoio e aprendizados a
mim passados e paciência que tiveram ao decorrer deste projeto.
RESUMO
A integração de lavoura-pecuária demonstra-se favorável para o sistema produtivo, de forma que
aprimora os parâmetros de disponibilidade de água e ciclagem de nutrientes, neste trabalho foi
consorciado o feijão Guandu juntamente com Brachiaria Paiaguas, em populações diferentes de feijão
guandu por parcela e mesma população para brachiaria em todos os tratamentos. O objetivo do
trabalho foi avaliar a produtividade da soja semeada em palhada de consórcio feijão guandu e
braquiária em diferentes populações de feijão-guandu por metro linear, e ainda determinar estoque de
nutrientes proporcionado pela palhada do consórcio, as populações usadas foram de 0, 3, 6, 9, 12 e 15
plantas de feijão guandu por metro linear , já de braquiária foram utilizados 12 kg ha-1
(VC = 60%).
Para a determinação de matéria seca foi coletado uma amostra em cada parcela de 2,25 metros
quadrados da matéria fresca e levado a estufa para obter a respectiva matéria seca, e para obter os
teores respectivos de cada nutriente foi realizado uma analise bromotologica de uma sub amostra
desta. O plantio de soja em sucessão do consórcio de brachiaria com feijão guandu resulta em uma boa
cobertura do solo, ciclagem de nutrientes, fixação de nitrogênio. Tendo como os tratamentos que se
destacaram-se com 15 e 12 plantas de feijão guandu por metro linear.
Palavras chaves: Glycine max. Plantio direto. Plantas de cobertura
ABSTRACT
The crop-livestock integration is favorable for the productive system, so as to improve the
parameters of water availability and nutrient cycling, in this work the Guandu bean was intercropped
with Brachiaria Paiaguas, in different populations of pigeon peas per plot and the same population for
brachiaria in all treatments. The objective of this work was to evaluate the productivity of the
soybeans sown in a consortium of pigeon pea and brachiaria in different bean populations per linear
meter, as well as to determine the nutrient stock provided by the consortium straw, the populations
used were 0, 3 , 6, 9, 12 and 15 plants of pigeon pea per linear meter, 12 kg ha-1 (VC = 60%) were
used.
For the determination of dry matter a sample was collected in each plot of 2.25 square meters of
the fresh matter and taken to greenhouse to obtain the respective dry matter, and to obtain the
respective contents of each nutrient a bromotological analysis of a sub sample thereof. The soybean
planting in succession of the brachiaria consortium with pigeon pea beans results in good soil cover,
nutrient cycling, nitrogen fixation. Having as treatments they stood out with 15 and 12 pigeon bean
plants per linear meter
The
Keywords: Glycine max.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Massa fresca, massa seca e teor de massa seca em função do estande final do
feijão Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT.2019................
26
Tabela 2 Teores médios de proteína bruta (PB) e macronutrientes em função do estande
final do feijão Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT.
2019............................................................................................................
27
Tabela 3 Teores médios de micronutrientes em função do estande final do feijão Guandu
no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019..............................
28
Tabela 4 Estoques de proteína bruta (PB) e de nutrientes em função do estande final do
feijão Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.......
29
Tabela 5 Estoques de proteína bruta (PB) e de nutrientes em função do estande final do
feijão Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.......
30
Tabela 6 Fatores de produção da soja cultivada na sucessão dos consórcios de
braquiária com Feijão Guandu, implantados em diferentes estandes finais.
Sinop, MT. 2019............................................................................
31
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Corte para obtenção da matéria para avaliações no consórcio. SINOP-MT
(2019)............................................................................
20
Figura 2
Contagem de nódulos na soja. SINOP-MT
(2019)...................................................................................................
21
Figura 3
Colheita da soja. SINOP-MT
(2019)...................................................................................................
22
Figura 4 Consórcio braquiária Paiaguas com feijão-guandu. SINOP-MT
(2019).................................................................................................
23
Figura 5
Floração do feijão-guandu. SINOP-MT
(2019)...................................................................................................
24
Figura 6 Palhada pronta após passagem do triton. SINOP-MT
(2019)...............................................................................................
25
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Gráfico de precipitação média...........................................................................17
Quadro 2 Analise de solo da área .....................................................................................18
Quadro 3 Estande final do cosnorcio.................................................................................18
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................
12
2.REFERENCIALTEÓRICO......................................................................................
13
2.1 PALHADA PARA SUCESSÃO DA SOJA...............................................................
13
2.2 CONSÓRCIO DE CULTURAS...............................................................................
14
2.3 FEIJÃO-GUANDU..................................................................................................
15
3 MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................................
17
3.1 LOCAL DO EXPERIMENTO...…………………………………………………..
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ……………………………………..…
3.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO …………………………………………….
4 RESULTADO E DISCUSSÃO…................................................................................
17
18
22
26
5 CONCLUSÃO………………….................................................................................
32
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................
33
12
1 INTRODUÇÃO
A soja [(Glycine maxL. Merrill)] é uma cultura que alcançou altos índices de produtividade,
por meio de práticas agrícolas modernas aliado ao progresso fornecido pelo melhoramento genético.
(MAIA et al., 2013). Com uma produção de 118 milhões de toneladas de soja produzida no Brasil,
cerca de 72 milhões tem destino o mercado externo (CONAB, 2018), para países como a China e
União Europeia. A união Europeia destaca-se por ser o maior importador de farelo de soja,
destacando-se como países de destino a Holanda, França e Alemanha. Por sua vez, a China adquire
volume pouco expressivo de farelo, mas apresenta-se como um dos maiores compradores de óleo de
soja, seguido de Irã e Bangladesh (SCHLESINGER, 2008).
Tendo em vista o melhor desempenho agronômico da cultura, o sistema plantio direto (SPD),
possibilita o uso de plantas de cobertura como alternativa para aumentar a sustentabilidade dos
modelos de produção agrícola, podendo restituir quantidades consideráveis de nutrientes aos cultivos,
uma vez que essas plantas absorvem nutrientes das camadas subsuperficiais do solo e os liberam,
posteriormente, na camada superficial pela decomposição dos resíduos (DUDA et al., 2003). Nesse
sentido, as forrageiras consorciadas com culturas graníferas podem proporcionar cobertura permanente
do solo (PARIZ et al., 2011; MENDONÇA et al., 2015).
A cobertura do solo proporciona uma série de vantagens como: diminuir o impacto das gotas
de chuva, reduzir perdas de solo e água por erosão, aumentar a taxa de infiltração de água no solo,
diminuir o escorrimento superficial, aumentar o armazenamento de água, diminuir a variação de
temperatura do solo, favorecendo processos biológicos, reciclar nutrientes, manter por mais tempo a
umidade do solo por reduzir a evaporação, aumentar a matéria orgânica e auxiliar no controle de
plantas daninhas (CALEGARI, 2004; FURLANI, 2005).
As plantas de cobertura, principalmente as gramíneas, integradas de forma planejada no
modelo de rotação de culturas, proporcionam alta produção de fitomassa, de elevada relação C/N,
garantindo a cobertura do solo por um período prolongado (BORGHI et al., 2006). Diversas espécies
de plantas de cobertura do solo podem ser utilizadas a fim de melhorar a ciclagem de nutrientes no
solo. Porém, para que uma espécie seja eficaz nessa ciclagem, deve haver sincronia entre o nutriente
liberado pelo resíduo da planta de cobertura e a demanda da cultura de interesse comercial, cultivada
em sucessão (BRAZ et al., 2004; MENDONÇA et al., 2015).
Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes plantas de
cobertura, feijão guandu e Brachiaria Paiaguas, no consórcio para palhada na cultura da soja, visando
incremento de produção.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Palhada para sucessão de soja
No sistema plantio direto (SPD), o uso de plantas de cobertura é uma alternativa para
aumentar a sustentabilidade dos modelos de produção agrícola, podendo restituir quantidades
consideráveis de nutrientes aos cultivos, uma vez que essas plantas absorvem nutrientes das camadas
subsuperficiais do solo e os liberam, posteriormente, na camada superficial pela decomposição dos
resíduos (DUDA et al., 2003). Nesse sentido, as forrageiras consorciadas com culturas graníferas
podem proporcionar cobertura permanente do solo (PARIZ et al., 2011).
As plantas de cobertura, principalmente as gramíneas, integradas de forma planejada no
modelo de rotação de culturas, proporcionam alta produção de fito massa, de elevada relação C/N,
garantindo a cobertura do solo por um período prolongado (BORGHI et al., 2006).
Resíduos culturais na superfície do solo constituem importante reserva de nutrientes, cuja
disponibilização pode ser rápida e intensa (ROSOLEM et al., 2003), ou lenta e gradual, conforme a
interação entre os fatores climáticos, principalmente precipitação e temperatura, atividade macro e
microbiológica do solo e qualidade e quantidade do resíduo vegetal (ALCÂNTARA et al., 2000;
OLIVEIRA et al., 2002; PARIZ et al., 2011). Diversas espécies de plantas de cobertura do solo podem
ser utilizadas a fim de melhorar a ciclagem de nutrientes no solo. Porém, para que uma espécie seja
eficaz nessa ciclagem, deve haver sincronia entre o nutriente liberado pelo resíduo da planta de
cobertura e a demanda da cultura de interesse comercial, cultivada em sucessão (BRAZ et al., 2004;
MENDONÇA, 2015).
Segundo (CHIODEROLI et al. 2012) alcançaram aumento da produção de grãos de soja
cultivada sobre os resíduos de braquiária (Urochloa brizantha cv Marandu), enquanto que (PITOL et
al., 2001) obtiveram produtividade de soja sob palhada de Urochloa (U. decumbens e 10 U. brizantha)
em solo anteriormente cobertos por pastagens degradas variando 2.404 a 3.468 kg. ha-1
. Também
avaliando palhadas antecessoras, (SANTOS et al. 1991) verificaram que em semeadura direta, a
produtividade e outras características agronômicas da soja como altura da planta, de inserção da
primeira vagem e massa de 100 grãos foram influenciados positivamente pelo tipo de resíduo da
cultura de inverno. Assim, culturas como o milheto, o sorgo forrageiro e capins do gênero Urochloa
em regiões de Cerrado são consideradas excelentes opções para utilização em sistemas
conservacionistas, como o SPD, e vêm sendo muito usadas do outono à primavera para fornecimento
de forragem e/ou palhada nesses sistemas produtivos (PEREIRA, 2018).
A utilização de gramíneas e culturas graníferas surgem como opção nos sistemas mistos de
produção, pois possibilitam efeito residual da palhada para a cultura subsequente, e quando se
combina também ao consórcio, o uso de leguminosas forrageiras, atuando como adubo verde, pode
haver vantagens na melhoria do solo e consequentemente na ciclagem de nutrientes e produtividade da
14
cultura em sucessão.( Tanaka et al. 1992) e (WUTKE et al. 1998), utilizando mucuna-preta, crotalária,
guandu e lab-lab como adubos verdes antecessores verificaram aumentos significativos na
produtividade do feijão e da soja em sucessão (PEREIRA, 2018).
2.2 Consórcio de culturas
O uso do solo, com maior número de cultivos por ano, tem sido intensificado objetivando
aumentar a renda dos agricultores e oferta de alimentos, resultando em maior produtividade por área,
principalmente quando se adotam tecnologias apropriadas, como melhor manejo e tratos culturais para
cada tipo de solo e cultura (FERREIRA, 1997).
Segundo (VILELA et al. 2003), após inúmeros anos de cultivo utilizando espécies com pouca
produção de palhada, é frequente a perda de matéria orgânica e, consequentemente, há o
comprometimento das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo.
(Yamada e Abdalla 2006) destacaram os principais fatores relacionados à manifestação do
potencial produtivo das espécies cultivadas, que são: genótipo, ambiente de produção e manejo.
Assim, a escolha do genótipo em função da época, da região e das estratégias de manejo adotadas
reveste-se de suma importância para a obtenção de produtividades lucrativas, sobretudo quando aliada
à compreensão das limitações e/ou vantagens do ambiente de produção. O plantio direto se consolidou
como um sistema com muitas vantagens comparativas ao sistema convencional de preparo de solo,
com aração e gradagens, diminuindo custos e aumentando a conservação do solo e da água. Apesar
disso, ainda predomina o cultivo de apenas uma safra ao ano em regiões de cerrado. No inverno, o
clima seco inviabiliza o cultivo de uma segunda safra, exceção a áreas sob irrigação ou a áreas de
safrinha, que são de pequena representatividade. Como resultado, na maior parte do ano as áreas
agrícolas permanecem ociosas, não dando nenhum retorno ao agricultor, pelo contrário, nessa época
multiplicam-se plantas daninhas e outras pragas, o que exige maior gasto com defensivos químicos
para o seu controle por ocasião do novo ciclo de cultivo (ALVARENGA, 2004).
O conceito de plantio direto é visto como um sistema, envolvendo a combinação de práticas
culturais ou biológicas, tais como: o uso de produtos químicos ou práticas mecânicas no manejo de
culturas destinadas à adubação verde, para a formação de coberturas do solo, mediante a manutenção
dos resíduos culturais na sua superfície; a combinação de espécies com exigências nutricionais,
produção de fito massa e sistema radicular diferenciados, visando constituir uma rotação de culturas; e
a adoção de métodos integrados de controle de plantas daninhas, por meio da cobertura do solo,
herbicidas e o não revolvimento do solo, exceto nos sulcos de semeadura. Nesse sentido, a rotação de
culturas com inclusão de plantas de cobertura, conciliando o retomo econômico com a preservação da
capacidade produtiva do solo, têm grande importância para garantir a sustentabilidade do sistema.
Assim, o uso de espécies que possuem sistema radicular agressivo pode permitir a continuidade desse
15
sistema sem interrupções, mesmo quando ocorre a compactação superficial do solo (AMARAL et al.,
2004; CRUZ, 2007).
A consorciação de culturas é uma técnica utilizada, principalmente por pequenos e médios
produtores, procurando aproveitar melhor os recursos disponíveis na propriedade. Consiste num
sistema em que, numa mesma área, são implantadas duas ou mais espécies, que convivem juntas, parte
ou todo o ciclo. Esta prática possibilita ao agricultor otimizar o uso dos fatores de produção, tais como
água, nutrientes, luz solar e uso da terra, diminuindo assim os riscos de insucesso econômico
(GONÇALVES, 1989).
No cultivo consorciado ou em faixas, as espécies normalmente diferem em altura e em
distribuição das folhas no espaço, entre outras características morfológicas, que podem levar as plantas
a competir por energia luminosa, água e nutrientes. A divisão da radiação solar incidente sobre as
plantas, em um sistema consorciado, será determinada pela altura das plantas e pela eficiência de
interceptação e absorção. O sombreamento causado pela cultura mais alta pode reduzir a radiação solar
à cultura mais baixa, bem como, a sua área foliar. Uma vez que a radiação afeta o desenvolvimento da
cultura de menor porte, a escolha do melhor arranjo, época de semeadura e cultivares são cruciais na
eficiência do sistema, ou seja, na maximização da produção (FLESCH, 2002).
A vantagem do consórcio decorre do uso mais eficiente da terra (KLUTHCOUSKI et al.,
1997), proporcionando, quase sempre, valores globais de produtividade superiores ao monocultivo,
possibilitando a diversificação da produção em uma mesma área. O consórcio proporciona também
benefícios agronômicos, como a diminuição dos riscos de perda de safra, o que respalda a persistência
de cultivos consorciados no Brasil e em muitos países em desenvolvimento. O cultivo consorciado
possibilita além da diversificação uma maior rentabilidade ao produtor.
(LIMA et al. 2005) verificaram que o consórcio entre de bananeira ‘Terra’ e feijão-caupi, e de
feijão e milho, proporcionou índice de rentabilidade (receita total ÷ custos) de 3,36 até 6,68, resultando
em efeitos altamente positivos em decorrência das tecnologias e insumos utilizados, o que permitiu a
agregação de um elevado valor à bananeira e, consequentemente, uma boa remuneração ao produtor.
Entre os inúmeros tipos de consórcio o de feijão com milho é o mais comum dentre as diferentes
associações e, por isso, merece atenção especial por parte dos pesquisadores, no sentido de buscar
estratégias para melhoria da eficiência desse sistema de cultivo (FLESCH. 1988). O consórcio de
feijão com outras culturas é prática tradicional entre os pequenos e médios produtores rurais,
predominando o cultivo do milho como principal consorte do feijão (CARVALHO; LEAL, 1991;
VIEIRA, 1999; MATOSO, 2011).
2.3 Feijão-guandu
Na região do cerrado, o feijão guandu (Cajanus cajan) destaca-se pelo seu hábito de
crescimento e tipo de sistema radicular pivotante que proporciona melhoria nas condições físico-
químicas do solo e têm potencial para cultivo em consórcio com culturas anuais, com boa adaptação
16
em solos argilosos e pode ser utilizada em consórcio com culturas anuais, com a vantagem de fixar
N2 atmosférico e assim, aumentar o nitrogênio no solo (BALBINO et al., 2011).
O sistema de consorciação de culturas graníferas com adubos verdes, especificamente as
espécies guandu-anão (Cajanus cajan) ou crotalária (Crotalaria spectabilis), foi denominado Sistema
Santa Brígida (OLIVEIRA et al., 2010). Este sistema representa uma alternativa para o produtor
implementar a fixação biológica de nitrogênio no sistema de produção, que consiste em uma das metas
do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Programa ABC), lançado pelo governo
federal, em 2010, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2010).
O guandu tem adaptação aos solos de condições idênticas ao estilosantes e ao calopogônio,
entretanto, com boa adaptação também em solos argilosos, além de apresentar hábito de crescimento
mais ereto, o que facilita seu consórcio com outras culturas. Esta espécie tradicionalmente foi utilizada
como banco de proteína e, atualmente, vem sendo utilizada na recuperação de pastagens degradadas,
em que pode ser estabelecida em monocultivo ou em consórcio com culturas anuais (BALBINO et al.,
2011), tanto para pastejo direto, quanto para produção de silagem.
Dentre as leguminosas forrageiras tropicais utilizadas em consórcio, o feijão guandu se
destaca pelas suas características morfológicas, fisiológicas, potencial produtivo e nutricional, e pela
capacidade de fornecer forragem de qualidade mesmo nos períodos de déficits hídricos. Nesta linha de
pesquisa, (ROSA 2009) analisando três leguminosas, entre elas o guandu-anão como cobertura
vegetal, na cultura do milho, obteve valores médios de massa fresca, seca e % de MS do guandu-anão
da ordem de 8.083 kg. ha-1
, 1.131 kg. ha-1
e 14%, respectivamente (PEREIRA, 2018).
17
3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento iniciou com a implantação dos consórcios de feijão-guandu com braquiária na
safrinha do ano agrícola 2016-17, especificamente no dia 06/03/2017, sucedendo o cultivo da soja em
SPD e foi finalizado com a colheita da soja do ano agrícola seguinte (2017-18), especificamente no dia
15/02/2018.
Foram avaliados o desempenho agronômico dos consórcios sob diferentes estandes finais de
plantas de feijão-guandu e o efeito dessas palhadas da cultura da soja implantada em sucessão.
3.1 Local do experimento
O trabalho de pesquisa foi realizado na EMBRAPA Agrossilvipastoril, localizada no
município de Sinop, Mato Grosso (-11.872165, -55.597171) com altitude de 384 metros. O clima da
região é tropical com inverno seco (Aw), segundo classificação de Köppen, caracterizado pela
presença de duas estações bem definidas, uma chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a
setembro), e pela pequena amplitude térmica anual, com médias mensais oscilando entre 23 e 27º C
(SANTOS, 2018).
Quadro 1. Gráfico da precipitação média durante o consórcio, (Embrapa 2017).
O solo no local do experimento é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico,
cuja textura (argilosa) e os principais atributos químicos se encontram na quadro 2.
7,112 0
120,68
35,81 35,81
0
52,072
23,88
0
23,88
90,912
1,524 6,35
0
20
40
60
80
100
120
140
06
/03
/20
17
13
/03
/20
17
20
/03
20
17
27
/03
/20
17
03
/04
/20
17
10
/04
/20
17
17
/04
/20
17
24
/04
/20
17
01
/05
/20
17
08
/05
/20
17
15
/05
/20
17
22
/05
/20
17
29
/05
/20
17
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84
Pre
cip
taçã
o m
m
dias
Precipitação
18
Areia Silte Argila p
H pH P K K Ca Mg Al H H+Al
M.O
.
g/dm3 H2
O
Ca
Cl2 mg/dm3 cmol(+)/dm3
g/dm
3
318,8 169 508,8 6,
13 5,3
20,
2 120 0,30 2,21 1,15 0
3,2
3 3,23
29,7
4
S T V m Ca/
Mg
Ca/
K
Mg/
K Zn Cu Fe Mn B S
cmol(+)/dm3 (%) (ad.) mg/dm3
3,67 7,8 45 0 2,07 7 3,58 1,4 0,7 174,
2
14,6
1 0,24 7,45
Quadro 2. Textura e principais atributos químicos do solo na área do experimento para profundidade
de 0–0,20 m. Vitrine tecnológica do CPAMT, Sinop-MT. 2017.
3.2 Delineamento Experimental, Tratamentos, Parcelas Experimentais e Análises da
Variância
O Delineamento experimental utilizado foi Blocos Casualizados (DBC) com quatro
repetições. Os tratamentos consistiram de seis estandes finais da planta de cobertura feijão-guandu
consorciada com B. brizantha Cv. BRS Paiaguás semeada a taxa constante de 12 kg ha-1
(VC = 60%),
conforme quadro 3.
Quadro 3. Descrição dos tratamentos quantitativos do experimento. Sinop-MT. 2019.
Tratamento Estande final do feijão-guandu Taxa de semeadura do capim Paiaguás (VC
equivalente a 60%) (plantas por m linear) (plantas ha
-1)
1 0 0 12 kg.ha-1
2 3 60.000 12 kg.ha-1
3 6 120.000 12 kg.ha-1
4 9 180.000 12 kg.ha-1
5 12 240.000 12 kg.ha-1
6 15 300.000 12 kg.ha-1
O material genético do feijão-guandu (Cajanus cajan) foi a cultivar Guandu Bonamigo 2
Super N (Bonamigo Sementes), considerada de porte anã, enquanto que a braquiária foi a B. brizantha
Cv. BRS Paiaguás (Embrapa).
As parcelas experimentais nos consórcios eram de 12,5 m2 (5,0 x 2,5 m), equivalendo a 5
linhas do feijão-guandu, no espaçamento de 50 cm entre linhas, com 5 m de comprimento. A área útil
da parcela experimental consistiu de 2,25 m2 (1,5 x 1,5 m), equivalendo a 3 linhas de feijão-guandu no
19
comprimento de 1,5 m. Já na cultura da soja após os consórcios, a parcela experimental consistiu de
7,5 m2 (2,5 x 3m), sendo descartadas as linhas de soja das bordaduras bem como 0,5 m das
extremidades. Sendo assim, a área útil da parcela de soja consistiu de 3 m2 (1,5 x 2 m), equivalendo a
3 linhas de soja no comprimento de 2 m, localizada dentro da parcela experimental correspondente dos
consórcios precedentes mas não coincidente com sua respectiva área útil utilizada para coleta dos
materiais.
Aos 112 DAE do feijão-guandu foram realizadas as avaliações quantitativas e qualitativas da
palhada produzida pelos consórcios. Dentro da área útil (2,25 m²) de cada parcela experimental,
delimitada pela área interna de um quadrado (1,5 x 1,5 m) construído de ferro fundido, toda massa do
feijão-guandu e da braquiária eram coletadas, rente ao solo (Figura 1), e pesadas no campo mesmo
com auxílio de uma balança de gancho. Assim, a massa fresca de cada consórcio em 2,25 m2 eram
obtidas e, por regra de três, extrapolada para um hectare (kg ha-1
). Em seguida, após uma meticulosa
homogeneização dos componentes dos consórcios, retirava-se uma amostra representativa desses
consórcios, pesava novamente (massa fresca) e levava para estufa a temperatura de 65ºC. Após secar
até massa constante, as amostras eram pesadas (massa seca) com auxílio de uma balança de precisão e
seu teor de massa seca era calculado (razão entre massa seca e massa fresca). Por conseguinte,
calculava-se a quantidade de massa seca por hectare (kg ha-1
), multiplicando a massa fresca (kg ha-1
)
pelo teor de massa seca (adimensional).
20
Figura 1. Imagem da coleta dos consórcios utilizando um quadrado de ferro e uma roçadeira costal. Fonte:
GONÇALVES, R.H.C. . (07/072017)
Eventuais plantas daninhas eram selecionadas no momento da coleta e deixadas no solo.
Todavia, em alguns casos quando se tratava daquelas de folhas estreitas, pode ter ocorrido coleta delas
juntamente com as braquiárias, caracterizando parte do erro experimental.
Para obtenção dos teores de nutrientes, amostras secas de cada bloco e de cada tratamento
foram moídas em moinho de facas tipo Wiley, com peneira de malha de 1,0 mm e entregues ao
Laboratório Solos & Plantas, parceiro técnico da Embrapa, para análises de macro e micronutrientes
em tecidos de plantas. Para determinação do nitrogênio total (N), as amostras foram submetidas à
digestão sulfúrica; para determinação de boro (B), as mostras foram submetidas à incineração, e; para
os demais nutrientes, as amostras foram submetidas à digestão nítrico-perclórica.
O teor de proteína bruta foi obtido a partir do teor de nitrogênio total multiplicando o valor
deste (encontrado pelo método de Kjeldahl) pelo fator 6,25, considerando que a maioria das proteínas
contém nas suas moléculas aproximadamente 16% de nitrogênio (Galvani & Gaertner, 2006).
Os estoques de macronutrientes (kg ha-1
), micronutrientes (g ha-1
) e da proteína bruta total (kg
ha-1
), para cada tratamento, em cada repetição, foram obtidos pela multiplicação da massa seca (kg
21
ha-1
) pelo teor do macronutriente (g kg-1
), do micronutriente (mg kg-1
) e da proteína bruta total (g kg-1
),
respectivamente.
No cultivo da soja após os consórcios, equivalendo a 2ª fase do experimento, foram avaliados
os seguintes fatores de produção da cultura: estande final de plantas, número médio de nódulos em
cada planta e produtividade. Para isso, dentro da área útil da parcela experimental, equivalendo a 3
linhas de soja no comprimento de 2 m, foram contabilizados o número de plantas que, extrapolados
para um hectare, resultou no estante final de plantas. Três plantas destas foram arrancadas ao acaso e
seu número de nódulos aferidos obtendo assim, por média simples, o número de nódulos por planta
(Figura 2).
Figura 2. Imagem da contagem de nódulos da soja. Fonte: GONÇALVES, R.H.C. (18/12/2018)
Já com auxílio de uma colhedora de parcela automotriz (Wintersteiger) foram colhidos os
grãos de soja da área útil da parcela experimental (Figura 3), incluindo as três plantas arrancadas para
avaliação dos nódulos. Após a retiradas das impurezas com auxílio de peneiras manuais, os grãos de
soja de cada parcela útil foram pesados, mensurado sua umidade e corrigido para o padrão de 13%.
Extrapolando a massa corrigida encontrada em 3 m2 para um hectare, obteve-se a produtividade dos
grãos de soja (kg ha-1
).
22
Figura 3. Imagem da colheita das parcelas de soja. Fonte: GONÇALVES, R.H.C. (15/02/2018)
Os dados encontrados de todas as variáveis foram submetidos aos testes de Shapiro-Wilk e
Kolmogorov-Smirnov, ambos a 5% de probabilidade, para verificação da normalidade dos resíduos.
As poucas variáveis do trabalho que não apresentaram distribuição normal foram transformadas
utilizando a equação: + 1, onde x é valor de cada observação (Vieira, 2017).
Quando o teste F da análise de variância foi significativo a 5% procedeu-se a comparação
múltipla das médias por meio do teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todas as análises estatísticas
foram efetuadas através do programa SISVAR versão 5.6 (Ferreira, 2018).
3.3 Condução do experimento
A semeadura direta dos consórcios ocorreu uma semana após a dessecação da área, realizada
no dia 27/02/2017, e 24 dias após a colheita da soja precedente, ocorrida em 10/02/2017. Todos os
consórcios foram implantados em duas operações, recebendo na última, uma adubação de base
equivalente a 120 kg ha-1
do formulado N-P-K 08-28-16. Na primeira operação, as sementes da
braquiária foram semeadas á lanço, com auxílio de um distribuidor de sementes manual, numa taxa de
semeadura equivalente a 12 kg ha-1
(VC = 60%), independentemente do consórcio, equivalendo a 6 kg
ha-1
de sementes puras e viáveis. Logo após, na segunda operação, com auxílio de uma semeadora
tratorizada, as sementes do feijão-guandu foram semeadas diretamente ao solo, num espaçamento de
0,5 m entre linhas, numa taxa de semeadura 15 sementes por m linear. Aos 10 DAE, as plantas do
feijão-guandu nas parcelas experimentais foram desbastadas manualmente, de acordo com seu
tratamento (quadro 1).
23
Com relação aos tratos culturais dos consórcios, foi realizada uma adubação de cobertura com
250 kg ha-1
do formulado N-P-K 20-00-20 no dia 28/03/2017 e duas aplicações de inseticida
(Tiametoxam + Lambda-Cialotrina). Não foi aplicado herbicida nos consórcios. O bom
desenvolvimento dos consórcios pode ser visto nas Figuras 4 e 5, respectivamente, nas fases
vegetativa e reprodutivas do feijão-guandu.
Figura 4. Imagem geral do consórcio do feijão-guandu, na fase vegetativa, com a braquiária BRS Paiaguás.
Fonte: GONÇALVES, R.H.C. (21/05/2017)
24
Figura 5. Imagem geral do consórcio do feijão-guandu, na fase reprodutiva (floração), com a braquiária BRS
Paiaguás. Fonte: GONÇALVES, R.H.C. (28/06/2017)
Depois de todas as coletas nas áreas úteis das parcelas experimentais, realizadas manualmente
com auxílio de roçadeira costal, o restante da área experimental foi roçada com auxílio se uma
roçadeira Triton tratorizada (Figura 6), permanecendo sob pousio até a dessecação dos rebrotes dos
consórcios, ocorrida no início de outubro/2017.
25
Figura 6. Imagem da área experimental, em pousio, após a coleta dos consórcios e roçada dos consórcios com
roçadeira Triton. Fonte: GONÇALVES, R.H.C. (28/07/2017)
A segunda fase do experimento iniciou com a semeadura direta da soja, cultivar BRS 7780
IPRO (Embrapa), tecnologias “RR” e “Intacta”, no dia 24/10/2017, com auxílio de uma semeadora
tratorizada. Material de ciclo semi-precoce, foi utilizada uma taxa de semeadura de 14 sementes por m
linear, no espaçamento de 0,5 m entre linhas, visando um estande final em torno de 280.000 plantas
ha-1
. A adubação de base consistiu de 350 Kg ha-1
de NPK 04-20-20.
Os tratos culturais durante o cultivo da soja consistiram, resumidamente, de três aplicações de
fungicidas (Fox, Ativum, Fox), uma aplicação de herbicida (mistura de Glifosato com Clorimuron e
Pivot) visando controle de trapoerava e corda-de-viola, e; uma aplicação de dessecante (Reglone).
A avaliação dos fatores de produção da soja e a colheita mecanizada dos grãos, com auxílio de
colhedora de parcela automotriz (Wintersteiger), aconteceu no dia 15/02/2018, finalizando os
trabalhos de condução do experimento no campo.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores médios da massa fresca, massa seca (MS) e teor de massa seca (% de MS) dos
consórcios estão presentes na Tabela 1. Observa-se que o estante final de plantas do feijão-guandu não
interferiu significativamente na massa fresca e no teor de massa seca dos consórcios. Por outro lado,
apresentou interferência significativa na produção de massa seca. Quantidade ideal de matéria seca
para o plantio direto é de 6 ton/ ha-1
/ano , todas as médias apresentadas pelo consórcio se enquadram
esse valor .
Tabela 1. Massa fresca, massa seca e teor de massa seca em função do estande final do feijão Guandu no
consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.
Estande Final
(Plantas ha-1
)
Massa fresca
(Mg.ha-1
)
Massa seca
(Mg.ha-1
)
Teor de
massa seca
(ad.)
0 28,8 a 7,8 a 0,27 a
60.000 28,4 a 7,2 ab 0,25 a
120.000 24,6 a 6,2 b 0,25 a
180.000 25,0 a 6,4 b 0,26 a
240.000 27,7 a 7,1 ab 0,26 a
300.000 26,4 a 7,0 ab 0,27 a
CV (%) 8,79 a 8,61 1,00
Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05).
Na ausência do feijão-guandu (tratamento 0), a braquiária apresentou maior produção de
massa seca (média 7,8 Mg ha-1
), sendo estatisticamente superior aos tratamentos 3 e 4 e não deferindo
dos demais (tratamentos 2, 5 e 6).
Nas menores populações de guandu com 60.000 plantas/ha-1
não ocorreu interferência do
guandu na braquiária resultando nos maiores resultados de matéria seca.
Nas populações intermediarias entre 120.000e 180.000.000 plantas/ ha-1
houve competição
entre o guandu e a braquiária resultando em médias menores de matéria seca. Nas populações maiores
entre 240.000 e 300.000 plantas/ ha-1
o guandu sobressaiu sobre a braquiária produzindo grande
volume de matéria seca.
Não houve diferença entre tratamentos e a média geral do teor de matéria seca dos consórcios
independente da população final de guandu foi 26%. Portanto, corrobora-se que populações baixas de
guandu não interferem a braquiária.
Para a integração dos sistemas de produção inserindo a integração lavoura pecuária realizando
o boi safrinha tendo em vista que não houve diferença estatística entre os tratamentos
0,60.000,240.000 e 300.000 plantas/ha-1
na produção de palhada, teor de nutrientes e
27
consequentemente no estoque, pode afirmar que como o feijão guandu é menos pastejado comparado
com a braquiária, recomenda-se a utilização de 60.000 plantas/ ha-1
de feijão para a implantação do
consórcio, em que o feijão guandu irá acrescentar ao sistema um maior teor de proteína bruta.
Em estudo (Figueiredo et al. 2009a) obtiveram resultados de matéria seca oriundos do
consórcio do feijão guandu com o capim elefante um valor de 8869,3 kg.ha-1
, gerando benefícios para
o sistema, tanto para adubação verde e produção de palhada ou para pastejo, sendo que esse consórcio
de leguminosa com braquiária apresentou um boa qualidade de pastejo.
O tratamento que apresentou um valor superior de teor de proteína bruta foi com 15 plantas de
feijão por metro linear totalizando 300.000 plantas no estande (Tabela 2), pois com uma maior
população de feijão, planta leguminosa, a qual apresenta elevado de proteína bruta comparando com a
gramínea, resultando nesse teor elevado. Já o menor teor de proteína bruta ocorreu quando não havia a
leguminosa no consórcio, pois a leguminosa apresenta um teor elevado comparado com a gramínea
Em relação ao nitrogênio o tratamento com 300.000 plantas/ ha-1
foi superior estatiscamente
do tratamento com ausência de guandu, em decorrência da maior massa da leguminosa em meio a
palhada.
Fósforo, potássio, cálcio, enxofre, magnésio, manganês, ferro e boro não apresentaram
diferença estatística.
Tabela 2. Teores médios de proteína bruta (PB) e macronutrientes em função do estande final do feijão Guandu
no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.
Estande Final
(Plantas ha-1
)
PB N P Ca Mg S
(g.kg-1
)
0 84,3 13,5 b 2 a 4,12 a 3,12 a 1,62 a
60.000 87,5 14,0 ab 1,95 a 4,6 a 2,52 a 1,52 a
120.000 87,5 14,0 ab 1,77 a 4,2 a 2,72 a 1,6 a
180.000 90,62 14,5 ab 1,62 a 4,17 2,62 a 1,52 a
240.000 90,62 14,5 ab 1,9 a 4,97 a 3,17 a 1,52 a
300.000 96,25 15,4 a 1,82 a 4,1 a 2,12 a 1,72 a
CV (%) 4,29 11,1 7,26 13,56 19,06 15,82
As médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey (P<0,05).
O cobre no tratamento com 180.000 plantas/ ha-1
foi superior em relação ao tratamento com 0
plantas de feijão guandu, porém não deferiu dos demais.
Zinco no tratamento com 60.000 plantas/ ha-1
apresentou uma média superior ao com 0
plantas de feijão guandu , porém não deferiu dos demais tratamentos avaliados.
12
Tabela 3: Teores médios de proteína bruta (PB) e micronutrientes em função do estande final ;do feijão
Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.
Estande Final
(Plantas. ha-1
)
B
Cu
Fe
Mn
Zn
(mg kg-1
)
0 4,67 a 1 b 200,33 a 22 a 9,6 b
60.000 9 a 1,67 ab 185,33 a 18 a 15,3 a
120.000 9 a 1,67 ab 227,33 a 22 a 13,6 ab
180.000 10 a 2 a 186,66 a 22,3 a 12 ab
240.000 9 a 1,67 ab 174,33 a 22 a 12,6 ab
300.000 7 a 1,32 ab 171 a 20 a 13,6 ab
CV (%) 29,5 24,71 18,40 9,17 14,08
As médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey (P<0,05).
Tratamento que apresentou o estoque de proteína bruta superior aos demais, porem sem
diferença significativa, totalizando 678,1 kg.ha-1
foi com a população de 300.000 plantas/ ha-1
. Da
mesma forma, a maior população de guandu resultou no maior estoque de N, apresentando uma média
de 108,5 kg ha-1
, o que equivaleria por exemplo, a uma quantidade de 240 kg de ureia (45% de N),
sendo fonte importante de N ao sistema. Com o fósforo o tratamento sem a presença de guandu foi
superior ao de 6 plantas por metro linear em relação com os demais não diferenciou estatisticamente.
Não houve diferença estatística entre os tratamentos para os nutrientes potássio e enxofre.
13
Tabela 4: Estoques de proteína bruta (PB) e de macronutrientes em função do estande final do feijão Guandu no
consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.
Estande Final
(Plantas ha-1
)
PB N P K Ca Mg S
(kg.ha-1
)
0 663,1 106,1 ab 15,7 a 226,87 a 32,42 ab 24,57 a 12,81 a
60.000 633,1 101,3 ab 13,9 ab 223,00 a 33,27 ab 18,4 abc 11,13 a
120.000 541,6 86,67 b 11 b 196,52 a 26 b 16,87 bc 9,3 a
180.000 584,3 93,5 ab 10 ,6 b 189,97 a 27 b 17,05 bc 9,92ª
240.000 642,2 102,8 ab 13,5 ab 194,67 a 34,75 a 21,97 bc 10,76 a
300.000 678,1 108,5 a 12,9 ab 206,62 a 28,8 ab 15 c 12,32 a
CV (%) 9,26 12,71 9,17 11,02 15,34 17,91
Médias seguidas de mesma letra, na coluna e dentro de cada componente, não diferem entre si pelo Teste de
Tukey (P<0,05).
Cálcio o tratamento 240.00 plantas/ ha-1
apresentou média superior aos tratamentos 180.000 e
120.00 plantas/ ha-1
, devido a menor produção de matéria seca, mas não foi superior estatisticamente
dos demais. Com o magnésio o tratamento 0 plantas foi superior aos 120.000,180.000,240.000 e
300.000 plantas/ ha-1
mas não sobressaiu do tratamento de 60.000 plantas/ ha-1
. Os tratamentos
120.00,180.000 e 240.000 plantas foram superior ao de 300.000 plantas/ ha-1
no estande mas não
diferenciou com o tratamento de 60.000 plantas/ ha-1
. O tratamento com 300.00 plantas/ ha-1
no
estande apresentou o pior resultado sendo inferior com todos os demais exceto com o tratamento de
60.000 plantas/ ha-1
.
Em estudo Oliveira e Schwengber (2008) verificaram os seguintes resultados de estoque de
nitrogênio testando duas cultivares de feijão guandu cv. Taipeiro e Regional, nas quais foram obtidos
86 kg ha-1
e 51 kg.ha-1
de nitrogênio respectivamente, valor abaixo do qual foi obtido com o guandu
Anão Super N Bonamigo, que apresentou no tratamento superior 108,5 kg.ha-1
. Já fósforo foi obtido
9,4 kg.ha-1
e 4,9 kg.ha-1
. Demostrando sua eficiência para ser utilizada como cobertura vegetal e
adubação verde, pois emprega uma boa quantidade de matéria-seca com uma boa quantidade de teor
de nutriente resultando em um estoque de nutrientes excelente.
Boro,cobre e ferro não apresentaram diferença estatística em suas médias. Manganês foi
superior ao de 60.000 plantas, porém não deferiu estatisticamente dos demais. Zinco o tratamento com
60.000 plantas por metro linear apresentou um melhor resultado comparado com o tratamento com 0
plantas, mas não apresentou diferença estatística dos outros tratamentos
14
Tabela 5. Estoques de proteína bruta (PB) e de micronutrientes em função do estande final do feijão
Guandu no consórcio com braquiária. Sinop, MT. 2019.
Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).
A produtividade média foi menor que a do estado do Mato Grosso, na safra 2017/2018 foi de
55,8 sacas por hectare e pode ser justificada em função de uma dosagem alta de herbicida (Glifosato
com Clorimurom), resultando em uma fitotoxidez prejudicando o estande final que não foi alcançado
de 280.000 plantas/ ha-1
, e diminuindo de forma padrão a produtividade de todos os tratamentos
avaliados. Devido ser o primeiro ano do consórcio, infere-se que a palhada obtida pelo consórcio iria
ou não influenciar nos fatores de produção da soja.
Estatisticamente, nenhum dos tratamentos apresentou diferença entre si nas avaliações,
entretanto o estande final de plantas foi maior no tratamento com 0 de guandu, com 250.833 plantas
por hectare, o mesmo aconteceu na produção com 2070,7 kg ha-1
ou 34,51 sacas por hectare.
Já com a população de 120.000 plantas de guandu, obteve-se o maior numero de nódulos por
planta e maior massa de grãos.
Estande Final
(Plantas ha-1
)
B Cu Fe Mn Zn
0 36,75 a 7,83 a 1566,5 a 172,5 a 75,8 b
60.000 65,25 a 11,98 a 1348,3 a 130,6 b 110,76 a
120.000 57 a 10,3 a 1407,8 a 135 ab 85,31 ab
180.000 64 a 12,91 a 1194,8 a 143 ab 77,45 ab
240.000 66,25 a 12,27 a 1220,6 a 155,6 ab 91,35 ab
300.000 49 a 9,23 a 1202,5 a 140,6 ab 96,75 ab
CV (%) 29,48 24,60 22,53 11,23 16,36
15
Tabela 6: Fatores de produção da soja cultivada na sucessão dos consórcios de braquiária com Feijão
Guandu, implantados em diferentes estandes finais. Sinop, MT. 2019.
Estande Final
do Guandu
Estande final de
plantas
Número médio de
nódulos por planta
Massa de grãos de
uma planta
Produtividade
(Plantas. ha1) (Plantas.ha
-1) (Nódulos planta
-1) (kg.planta
-1) (Kg.ha
-1) (Sacas.ha
-1)
0 250.833 a 41,5 a 0,0082 a 2.070,7 a 34,51
60.000 229.99 a 41,5 a 0,0076 a 1.753,9 a 29,23
120.000 227.50 a 51,5 a 0,0083 a 1.902 a 31,7
180.000 228.33 a 41,5 a 0,0080 a 1.839,6 a 30,66
240.000 241.16 a 40,5 a 0,0075 a 1.873,3 a 31,22
300.000 246.66 a 44,5 a 0,0080 a 1.988 a 33,13
CV (%) 6,02 14,2 8,17 8,39
Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).
CV: Coeficiente de Variação.
Pensando em produção de palhada para o plantio direto (SPD) as melhores médias foram
apresentadas pelos tratamentos de 240.000 e 300.000 plantas/ ha-1
de feijão guandu , porem visando
uma redução de custo de implantação com gasto de semente o tratamento com 240.000 plantas/ ha-1
,torna-se mais favorável para a implantação do consórcio , devido seu menor custo.
E devido ser o primeiro ano de implantação do consórcio, e devido a fito toxidez que acarretou em
uma diminuição de estande final, as diferentes populações de feijão guandu não interferiram para os
fatores de produção da soja não diferenciando nenhum dos quesitos avaliados.
16
5 CONCLUSÃO
No consorcio a maior produção acontece com 60.000 plantas que determina um maior estoque de
potássio, cálcio e fosforo.
Guandu com braquiária fornece um maior estoque de proteína nas maiores populações e também
um maior aporte de proteína bruta.
Independente da população do guandu e sua presença ou não alterou nos fatores de produção da
soja, em função de ser o primeiro ano de implantação do consorcio.
17
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