14-04-2016
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Urban and Territorial Ecology Ecologia Territorial e Urbana
Joana Mourão (Arch. PhD)
Doutoramento em Urbanismo
Módulo 0 – Introduction/Introdução
Conceitos e Enquadramento
Módulo 1 – Ecological Buildings and Territories/ Edificação e Territórios Ecológicos
Edifícios, Bairros e Territórios
Módulo 2 – Low Carbon Urban Planning/ Planeamento Urbano Baixo Carbono
Freguesias, Cidades e Municípios
Módulo 3 – Urban Environmental Asessment/ Avaliação de Impactes da Urbanização
Bairros e grandes urbanizações
Módulo 4 – Urban Metabolism Evolution/ Evolução do Metabolismo Urbano
Regiões e Áreas metropolitanas
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Territorial and Urban Ecology – All Contents:
14-04-2016
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Módulo 3 – Urban Environmental Asessment in Africa
- The Problematic
- The Master Plan
- Diagnosis before the Plan
- Main Impacts of the Plan
- Management and mitigation measures
- Key Factors and Scenarios of Plan implementation
- Resettlement Policy
- Other Examples of Urban Environmental Asessment in Africa
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Territorial and Urban Ecology – M3 Contents:
Urban Environmental Asessment in Africa
Research/Assessment question
− How to mitigate the negative environmental and social impacts of urbanization in
African Developing Countries / Como mitigar os impactes ambientais e sociais
negativos da urbanização nos países africanos em desenvolvimento?
Methodology
− Analysis and Assessment of environmental and social impacts of specific
development plans / Análises de impactes ambientais e sociais de planos de
urbanização específicos
Results/ Basis
− Viewpoint on a Environmental Assessment Study and identification of mitigation
and planning implementation measures / Artigo baseado num Estudo de Avaliação e
suas medidas de mitigação
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• “a experiência mostra que é inviável (…) apagar do mapa tudo o que uma determinada relação espacial significa, para se substituir por uma outra que é forçada, não considera as relações estabelecidas, despreza o desenho que traduz compromissos, negociações, cedências” (Forjaz, J. 2006)
• A urbanização e a produção de habitação em larga escala (em curso em países como Moçambique ou Angola) incentivam a discussão sobre o papel e sobre o fraco poder dos arquitectos na orientação do processo de revolução urbana global (Lefebvre, H. 1968) que chega agora, em tempos e modos específicos, aos países em desenvolvimento” (Mourão, 2013)
Urban Environmental Asessment and Architecture
KATEMBE = environment + society
14-04-2016
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• A pressão populacional nestes países e a corrida às suas áreas metropolitanas ocorrem num contexto económico globalizado, caracterizado pela sua liberalidade, conduzindo a soluções de habitação massificada de escassa qualidade, face à incapacidade política de orientar com ponderação os processos de transformação do território e dos modos de vida, em curso nestes países.
• as carências habitacionais são vistas como um problema do foro dos direitos humanos por parte das entidades não governamentais, (com uma acção de urbanização relevante mas pontual e espacialmente limitada) mas...
Urban Environmental Asessment and Housing
KATEMBE = which future?
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• para as entidades governamentais, a supressão destas carências reveste-se de interesses eleitoralistas mas também de interesses económicos e financeiros, dado o potencial de incentivo à indústria da construção civil, local e global, na longa cadeia de serviços desde a infra-estruturação à edificação (Pedro, J. e Boueri, J. 2010)
• para as empresas da economia globalizada, o móbil da supressão destas carências habitacionais e da transformação dos modos de vida é, por sua vez, a exploração de recursos naturais e a criação de novos mercados e grupos de consumidores, na expectativa da emergência de uma classe média com poder de compra crescente
Urban Environmental Asessment and Urbanism
KATEMBE = which future?
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• A decisão da localização do solo urbanizável meramente política ou económica tem tido resultados negativos social, ambiental e
urbanisticamente.
– Aos urbanistas não foi reconhecido o devido papel (e poder)
• A produção massificada de solo urbanizável e de habitação perde o objectivo de supressão de carências de habitação e de urbanidade, e transforma-se num produto “subversivo” das boas práticas de arquitectura e urbanismo, criando dormitórios isolados, sem espaço público, sem equipamentos e sem urbanidade, construídos no pressuposto errado de que as populações podem ser deslocalizadas
Urban Environmental Asessment and Urbanism
KATEMBE = housing or cities?
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• o distanciamento técnico que os arquitectos têm para com o “urbanismo” como disciplina e o fraco reconhecimento social do “urbanista”, dificultam a condução do surto de desenvolvimento urbano nestes países para estratégias de urbanização exemplares, em particular ao nível das políticas de habitação social.
• Contribui-se, assim, para que os decisores políticos não compreendam a diferença entre o processo, expedito e comercial,
de construir edifícios, do processo, mais moroso, mais lento e
com resultados a mais longo prazo, de criar cidades (Ferreira, J.
et al, 2012).
Urban Environmental Asessment and Urbanism
KATEMBE = housing or employment?
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Urban Plans
Diagnosis
Impacts
Measures
Scenarios
19
Urban Environmental Asessment
Plano Geral de Urbanização do Distrito Municipal
da KaTembe
MAPUTO
Boane
Namaacha
Bela Vista
Marracuene
Cidade da Matola
Nsime
Zitundo
Pessene
Catuane
Changalane
Matola Rio
Ndelane/MachanguloKufa
Pochane
Djabula
Hindane
Manhoca
Madjuba
KaTembe
Mugazine
Massindla
Salamanga
Madjadjane
Mabilibili
Tinonganine
Ponta do Ouro
Portinho de Inhaca
Nhonguane/Santa Maria
Tete
Pemba
BEIRA
MAPUTO
XAI-XAI
Nampula
Chimoio
Lichinga
Inhambane
QUELIMANE
40°0'0"E35°0'0"E30°0'0"E
15
°0'0
"S2
0°0
'0"S
25
°0'0
"S
R
10 0 105
Km
LIMITE DO P.E.D.U. DO D.M. DA KATEMBE
LOCALIDADES
Capital de província
Capital de distrito
Capital de posto administrativo
Localidade
LIMITES ADMINISTRATIVOS
Fronteira internacional
Limite de Distrito
Limite de posto administrativo
VIAS DE COMUNICAÇÃO
Fonte: Adaptado de CENACARTA, 2011
Rede rodoviária
Rede ferroviária
REDE HIDROGRÁFICA
Linhas de água
Corpos de água
Location of the Plan
Distrito Municipal da KaTembe
MAPUTO
KATEMBE
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The new bridge Maputo - KaTembe incentivates urban expansion in the South margin of the River. Therefore, the Master Plan (PGU) intents to:
• Control urban expansion
• Establish strategies of settlement and urban policies for KaTembe
• Program the execution of the plan and the rules of contratualization
Objectives of the Plan Plano Geral de Urbanização do Distrito Municipal
da KaTembe
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Áreas de protecção
e conservação
Áreas de verde
arborizado natural
ou agropecuária
Áreas de verde
estrutural urbano de
recreio e produção
Planta de Ordenamento
Solo urbanizável
para expansão
urbana Solo urbanizável a consolidar
Solo urbanizável a consolidar – áreas
implementadas de planos parciais em
vigor
Solo urbanizável a reordenar
Solo urbanizável para
actividade industrial e
logística
Áreas de usos
especiais
© Betar/Promontorio
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Planta de Usos e Densidades
Média densidade
Baixa densidade
Industria
Alta densidade
Muito alta densidade
Baixa densidade (Turismo)
© Betar/Promontorio
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• Existem riscos de transformar planos de urbanização em “indústrias de
solo urbanizável e de pré-fabricados” e riscos de contribuir para “tornar
as populações carenciadas ainda mais carenciadas”.
• Riscos conhecidos mas que parecem ser vistos como “um mal a aceitar”
pela construção civil no mundo em desenvolvimento.
• Riscos irreversíveis que podem ser mitigados por opções do processo
urbanização e de produção de habitação
• Serão estes riscos aceitáveis num mundo globalmente consciente das
suas fortes assimetrias sociais e económicas, bem como da finitude dos
seus recursos?
Urban Environmental Asessment and Risks
• A magnitude destes riscos depende de opções de gestão territorial e de
formas de produção de habitação e sua capacidade de contribuir para a
coesão social e para a articulação da urbanização formal e informal,
evitando a reprodução de mais dicotomias entre “Bairros Cimento” e
“Bairros Caniço”.
• Opções que são a essência do urbanismo e que não deviam ser deixadas à
mercê dos interesses dos investimentos de escala planetária, e do poder
agigantado de que estes dispõem, sem encontrarem um contrapoder
político eficaz.
Urban Environmental Asessment and Risks
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Urban Plans
Diagnosis
Impacts
Measures
Scenarios
27 27
Urban Environmental Asessment
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KATEMBE = environment + society
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Síntese da situação ambiental e socioeconómica
31
%
19
%
15
%
12
%
10
%
2%
Socio Economic Situation
• Na área de estudo predominam os
terrenos agrícolas e de uso agro-
pecuário e as áreas de matos.
• O Nordeste de KaTembe é uma
região demograficamente
consolidada.
• As limitações das acessibilidades
representam um factor de
isolamento e explicam a
concentração da população nos
bairros a Norte (Guachene e Chali).
29
• 53,9% da população de KaTembe é iletrada;
• O sector formal emprega apenas 4,6% da
população em idade activa.
• A agricultura de subsistência é a principal
fonte de rendimento
• A pesca tradicional tem um impacto muito
aquém do seu potencial.
• 90% das famílias não tem veículo próprio.
• A rede de transportes colectivos é
totalmente informal
Socio Economic Situation
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Environmental Situation
FLOODS
© Betar/Nemus
31
MAPUTO
KaTembe
32°35'0"E32°30'0"E
26
°0'0
"S2
6°5
'0"S
LIMITE DO P.E.D.U. DO D.M. DA KATEMBE
LOCALIDADES
Capital de província
Capital de distrito
Capital de posto administrativo
Localidade
HABITATS
Áreas intertidais de areiae lodo
Corpo de água
Mangal
Matos
Matos densos/Brenhas
Praia arenosa
Plantações arbóreas
Sapal
Sistema dunar
Terrenos agrícolas ou de usoagro-pecuário
Vegetação ribeirinha
Zona artificializada
5 0 52.5
Km
Baia deMaputo
Environmental Situation
ECOLOGY (habitats)
MAPUTO
KaTembe
32°35'0"E32°30'0"E
26
°0'0
"S2
6°5
'0"S
LIMITE DO P.E.D.U. DO D.M. DA KATEMBE
LOCALIDADES
Capital de província
Capital de distrito
Capital de posto administrativo
Localidade
HABITATS
Áreas intertidais de areiae lodo
Corpo de água
Mangal
Matos
Matos densos/Brenhas
Praia arenosa
Plantações arbóreas
Sapal
Sistema dunar
Terrenos agrícolas ou de usoagro-pecuário
Vegetação ribeirinha
Zona artificializada
5 0 52.5
Km
Baia deMaputo
MAPUTO
KaTembe
32°35'0"E32°30'0"E
26
°0'0
"S2
6°5
'0"S
LIMITE DO P.E.D.U. DO D.M. DA KATEMBE
LOCALIDADES
Capital de província
Capital de distrito
Capital de posto administrativo
Localidade
HABITATS
Áreas intertidais de areiae lodo
Corpo de água
Mangal
Matos
Matos densos/Brenhas
Praia arenosa
Plantações arbóreas
Sapal
Sistema dunar
Terrenos agrícolas ou de usoagro-pecuário
Vegetação ribeirinha
Zona artificializada
5 0 52.5
Km
Baia deMaputo
© Betar/Nemus
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Urban Plans
Diagnosis
Impacts
Measures
Scenarios
33 33
Urban Environmental Asessment
• Animação da economia local (assentamentos «informais») e criação directa e indirecta de emprego
• Manutenção de zonas agricultadas e de comunidades rurais nas zonas urbanizáveis
• Melhoria das condições habitacionais
• Previsão de equipamentos colectivos, de infra-estruturas ambientais e de espaços canais
• Melhoria da qualidade da água (a longo prazo)
POSITIV IMPACTS/ OPORTUNITIES
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Alterações positivas potenciais (2/2)
Salvaguarda de de áreas sensíveis:
• Estrutura verde e ecológica com áreas
húmidas e inundáveis, áreas alagáveis e
susceptíveis a inundações, faixa de
protecção das linhas de água, áreas de
protecção e conservação, áreas de verde
arborizado natural ou agro-pecuária,
verde estrutural urbano
• Faixa de protecção da linha costeira (200
m), abrangendo as dunas e arribas do
arco costeiro
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POSITIV IMPACTS
Alterações negativas potenciais (2/2)
• Impermeabilização dos solos e alterações à drenagem natural
• Risco pontual de cheia na zona Nordeste do Plano (risco moderado a alto)
• Aumento da pressão sobre a zona costeira, e afectação da estabilidade das arribas e das dunas
• Alteração da estrutura e função dos habitats e das comunidades faunísticas e florísticas: 17% do espaço total urbanizável sobrepõe-se a áreas de matos; aumento da mortalidade (por atropelamento) e perturbação da fauna
• Degradação da qualidade do ar e aumento do ruído devido ao aumento de tráfego
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NEGATIV IMPACTS (environmental)
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Alterações negativas potenciais (1/2)
• Afectação da paisagem: descontinuidade da estrutura ecológica; ausência de espaços verdes de proximidade; eliminação de tipologias de assentamento e usos de solo tradicionais
• Ocupação espontânea indevida do território (assentamentos «informais») caso não sejam assegurados mecanismos adequados de governança e gestão do território (podendo bloquear a própria implementação do plano)
• Segregação social (75% de população com baixo rendimento), insegurança, congestionamento (vias e equipamentos) e problemas de acessibilidade (com a decorrente exclusão social)
• Deslocalização de comunidades e actividades económicas, e destruição de machambas com perda de produção agrícola de subsistência
NEGATIV IMPACTS/ RISKS (spatial/social)
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Urban Plans
Diagnosis
Impacts
Measures
Scenarios
38 38
Urban Environmental Asessment
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Medidas de mitigação e gestão
Planeamento e projecto (primeira fase)
•Medidas a considerar ainda no âmbito do
PGUDMK;
•Medidas a considerar na elaboração de planos
parciais (PPU/PP) e de projectos que venham a
ser desenvolvidos na sequência do PGUDMK
•Estudos ambientais setoriais a desenvolver.
Construção e operação (fase seguinte)
Management and mitigation measures
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Medidas de mitigação e gestão
Domínio Medidas/ Recomendações
Geology
• Elaborar um projecto de valorização e reabilitação das dunas frontais do arco costeiro da KaTembe
• Delimitar e regulamentar uma faixa de protecção das arribas para o lado do mar nos troços com elevada susceptibilidade à instabilidade
• Regular: os acessos às praias; a extracção de areias e a sua utilização para reabilitação dunar; as soluções de descarga de efluentes na praia e/ou no mar; as obras de consolidação das arribas.
Water
resources
• Realizar estudos de inundação de maior pormenor para os planos e projectos em que se verifique confluência entre estruturas e linha de água ou zonas inundáveis
• Avaliar a viabilidade do incremento das cotas do dique, de forma a diminuir o risco de galgamento.
Measures for the Plan
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Medidas de mitigação e gestão
Domínio Medidas/Recomendações
Ecology
• Plano de Requalificação Ecológica para o pântano de Bangoloene;
• Na área classificada como “Área de solo urbanizável para actividade industrial e logística” (unidade de execução 13), garantir a preservação de uma mancha do habitat ‘matos’
• Criar zonas de atravessamento das estradas para a fauna.
Environmental
Quality
• Promover o afastamento entre o edificado e as vias rodoviárias de superior nível hierárquico para maior conforto acústico
• Prever a instalação de um sistema de recolha, drenagem e tratamento das escorrências das redes viárias
• Prever a instalação de sistemas integrados de drenagem e tratamento de águas residuais
41
Measures for the Plan
Medidas de mitigação e gestão
Domínio Medidas/Recomendações
Socio-
Economy
• Cedência de espaço para rede de espaços públicos
• Cedência de espaço para equipamentos de proximidade
• Espaços agricultados dentro de cada unidade de execução
• Cedência de espaço para cooperativas e associações de agricultores
• Prever habitação colectiva de baixo custo com espaços comunitários, sem ultrapassar o número máximo de pisos que requerem elevador
• Articular com um processo de reassentamento justo e pacífico.
Landscape
• Elaborar projectos de integração paisagística das Áreas de Equipamentos nas áreas da Estrutura Verde e Ecológica
• Regulamentar a integração de espaços verdes públicos de proximidade
Heritage
• Relocalizar espacialmente os cemitérios tradicionais
• Prever medidas específicas para a sua salvaguarda em sede de regulamento.
42
Measures for the Plan
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• Viabilizar a fiscalização e gestão urbanística;
• Garantir infra-estruturação prévia à edificação;
• Assegurar disponibilidade e gestão de recursos;
• Conceber estratégias integradas de
mobilidade;
• Gerir e integrar os assentamentos informais;
• AIA para Planos de Pormenor;
• Monitorização ambiental dos projectos;
• Minimizar a exclusão social no reassentamento
Desafios à implementação do PGUDMK Recomendations
43
Urban Plans
Diagnosis
Impacts
Measures
Scenarios
44 44
Urban Environmental Asessment
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GOVERNANÇA
FINANCIAMENTO
GESTÃO
URBANISTICA
PARCERIAS
PARTICIPAÇÃO
PLANOS
APROVADOS
RISCOS
AMBIENTAIS
QUAL. ÁGUA CHEIAS
ECOLOGIA GEOLOGIA
URBANISMO
ADEQUADO
ESPAÇO PÚBLICO
CONTRACÇÃO E ANCORAGEM
GESTÃO RECURSOS UNIDADES DE VIZINHANÇA
POLÍTICA
HABITAÇÃO
CONSOLIDAÇÃO
HABITAÇÃO SOCIAL
REORDENAMENTO
REASSENTAMENTO
Master Plan Key Factors
45
GOVERNANCE
FINANCING MANAGEMENT
PARTNERSHIPS PLANS
ENVIRONME
NTAL RISKS
WATER
QUALITY
FLOODS
ECOLOGY GEOLOGY
URBAN
DESIGN
PUBLIC SPACE CONTRACTION
RESOURCES NEIGHBORHOODS
HOUSING
CONSOLIDATION
SOCIAL HOUSING
REFURBISHMENT
RESSETLEMENT
Master Plan Key Factors
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Master Plan Implementation Scenarios
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CENÁRIO A: CIDADE FRAGMENTADA
IMPLEMENTAÇÃO RESIDUAL DO PLANO
CENÁRIO B: CIDADE ESTRUTURADA
IMPLEMENTAÇÃO PROGRESSIVA DO PLANO
INTEGRAÇÃO DE ASPECTOS CHAVE NO PGUDMK BAIXA
GOVERNANÇA
Financiamento do Plano Infra-estruturação muito incompleta
Gestão Urbanística Bloqueio do plano pela urbanização informal
Participação e Parcerias Locais Não-aceitação do plano pelo público
Planeamento Aprovado Ilegitimidade da gestão territorial
POLÍTICA DE HABITAÇÃO
Reordenamento/Consolidação Expulsão de comunidades Destruição de herança patrimonial e cultural
Reassentamento Integrado Conflito social e político Destruição de comunidades
Habitação Social Exclusão social geral Descontrolo de custos de construção
URBANISMO ADEQUADO
Contracção/Ancoragem Desordenamento do território Descontrolo de custos de infra-estruturação
Unidades de Vizinhança Inviabilidade da oferta de equipamentos
Salvaguardas non edificandi Desqualificação dos espaços públicos e da mobilidade
Regulação da procura de recursos Elevados custos de operação Insuficiência alimentar/energética/hídrica
RISCOS
AMBIENTAIS IMEDIATOS
Geomorfologia costeira Instabilidade de dunas e arribas/ Erosão hídrica
Exposição a cheias Agravamento da exposição a cheias
Qualidade da água Poluição hídrica e contaminação de aquíferos
Ecologia e Paisagem Degradação da estrutura ecológica e de habitats
CENÁRIO A: CIDADE FRAGMENTADA
IMPLEMENTAÇÃO RESIDUAL DO PLANO
48
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CENÁRIO A: CIDADE FRAGMENTADA
Fragmented city
Reduzida Governança
Implementação Residual e
Fragmentada do Plano
Degradação da qualidade
urbana e ambiental, com
excepções pontuais
49
CENÁRIO A:
Exemplo/Example – Lagos
50
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INTEGRAÇÃO DE ASPECTOS CHAVE NO PGUDMK ELEVADA
GOVERNANÇA
Financiamento do Plano Infra-estruturação progressivamente completa
Gestão Urbanística Forte fiscalização urbanística
Participação e Parcerias Locais Participação pública e institucional
Planeamento Aprovado Respeito de direitos adquiridos
POLÍTICA DE
HABITAÇÃO
Reordenamento/Consolidação Preservação de herança cultural Respeito de cadastro consolidado in/formal
Reassentamento Integrado Integração Social Preservação de comunidades
Habitação Social Coesão Social Apoio a populações carenciadas
URBANISMO
ADEQUADO
Contracção/Ancoragem Ordenamento do Território Optimização da infra-estrutura
Unidades de Vizinhança Consolidação e criação de comunidades Optimização da oferta de equipamentos
Espaço Colectivo e Salvaguardas Rede de espaços públicos e para agricultura Qualificação da mobilidade e transportes
Regulação da procura de recursos Baixo custo de construção e operação
RISCOS
AMBIENTAIS
IMEDIATOS
Geomorfologia costeira Requalificação de dunas e arribas
Exposição a cheias Redução da exposição a cheias
Qualidade da água Melhoria da qualidade da água
Ecologia e Paisagem Continuidade da estrutura ecológica e habitats
Cenários de Implementação do Plano: CENÁRIO B: CIDADE ESTRUTURADA
IMPLEMENTAÇÃO PROGRESSIVA DO PLANO
51
CENÁRIO B: CIDADE ESTRUTURADA
Structured City
Elevada Governança
Implementação Progressiva
e Estruturada do Plano
Qualidade urbana e
ambiental progressivamente
generalizada
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CENÁRIO B:
Exemplo/Example – Kronsberg
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• A ausência de articulação com uma estrutura de governança adequada poderia conduzir
a urbanização de Katembe a um cenário indesejável de cidade fragmentada, onde os
ganhos em qualidade de vida para as populações ficam aquém do esperado e onde seria
difícil conseguir concretizar os objectivos do Plano.
Neste cenário, as oportunidades do território da KaTembe seriam desvalorizadas e os
riscos sócio ambientais serão difíceis de controlar.
• Se cumpridas as recomendações se o Plano se articulasse com uma estrutura de
governança urbana, acautelando os aspectos habitacionais, urbanísticos e ambientais
que permitem obter uma elevada “qualidade da vivência urbana” para todos, tornar-se-
ia então possível alcançar o desejável cenário de cidade estruturada e implementar
progressivamente os objectivos do plano.
• Neste cenário, as oportunidades e valores da KaTembe seriam integrados no processo
de desenvolvimento urbano e os seus riscos sócio ambientais serão mitigados.
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• the absence of coordination of the Plan with a governance structure can lead the
urbanization of Katembe to an undesirable scenario of fragmented city where the gains
of quality of life for the population will be less than expected and where will hard to get
achieve the objectives of the Plan.
In this scenario, the Katembe territory of opportunities will be devalued and
environmental risks will be difficult to control.
• Following the Assessment recommendations articulating the Plan with an urban
governance structure, cautioning the housing, urban and environmental aspects of high
"quality of urban life" for everyone, it then becomes possible to achieve the desirable
scenario of a structured city and gradually implement the plan 's objectives
• In this scenario, the opportunities and values of Katembe will be integrated in
the urban development process and its environmental risks will be mitigated.
55
Resettlement Policy
Política de reassentamento
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Quadro da política de reassentamento (1/2)
• um dos aspectos-chave da implementação do Plano é a sua articulação com o processo
de reassentamento e com uma política de habitação social
• Foram elaboradas directrizes para a elaboração dos Planos de Acção de Reassentamento
• As populações abrangidas por acções de reassentamento têm o direito de lhes ser
facultada a possibilidade de continuar a residir dentro da mesma unidade de execução
(cf. Artigo 28 – Direitos das populações do Regulamento do PGUDMK)
57
Resettlement
58
1
2
3
4
5
6
MAPUTO
7
8
9
10
11
12
13
0 2,500 5,000
Metros
LIMITE DO PGUDMK
UNIDADES DE EXECUÇÃO (UE)
UE3
Restantes UEs
DISTRITO MUNICIPAL DA KATEMBE
Bairros
Chali
Chamissava
Guachene
Incassane
Inguide
Estuário do
Espírito Santo
(Interior)
Estuário do
Espírito Santo
(Exterior)
Baía de Maputo
Rio
Tem
be
MAPUTOMATOLA
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Constituem direitos dos afectados:
• Ter estabelecido o seu nível de rendimento, igual ou superior ao anterior
• Ter restaurado o seu padrão de vida, igual ou superior ao anterior
• Ser transportado com os seus bens para o novo local de residência
• Viver num espaço físico estruturado, com equipamentos sociais
• Ter espaço para praticar as suas actividades de subsistência
• Dar opinião em todo o processo de
reassentamento. 59
Resettlement
60
Resettlement
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• O Reassentamento é um aspecto crítico dos Planos de Urbanização de KaTembe que
deveria ser resolvido por um programa de habitação social
• Maputo não dispõe de uma política municipal ou metropolitana de habitação social
• O Plano de Estrutura Urbana do Município de Maputo (PEUMM) exige que 60% da
habitação em novas urbanizações seja habitação social
• A distribuição de lotes de solo urbanizável infra-estruturado não resolve as carências
habitacionais pois o custo de construção de habitação social (considerado na análise
económica) é de 15.000 USD por fogo (autoconstrução) e poucas família so poderão
suportar
• A viabilidade económica do Plano ficou comprometida pelos elevados custos de
urbanização, incluindo a habitação de reassentamento e o valor da concessão do DUAT
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Resettlement – Social Housing
• O Planeamento dos bairros de habitação social evolutiva exemplificaria o processo a
reproduzir ao longo de desenvolvimento dos Planos de Urbanização de KaTembe
• Na ausência de um plano específico para a habitação social em KaTembe será difícil
concretizar o Plano Geral de Urbanização do Distrito Municipal de KaTembe
• A concretização da habitação para reassentamento pode estar posta em causa devido
às restrições financeiras e aos elevados custos de urbanização dos Planos Parciais
• Os custos da habitação social em KaTembe podem ser reduzidos se esta for planeada
em modalidades complementares e etapas de construção progressivas, viabilizando a
economia construtiva, o recurso ao financiamento bancário, a organização
comunitária e a atracção e integração de novos residentes
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Resettlement – Social Housing
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Alejandro Aravena
Chile
Pritzker Prize, 2016
VALORES DE REFERÊNCIA DA HABITAÇÃO EVOLUTIVA (EXEMPLO)
Custo Total dos elementos básicos: 2.000 USD
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• OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO dos bairros cooperativos para habitação social
evolutiva, em articulação com as necessidades de reassentamento de desalojados
• PROJECTOS DE HABITAÇÃO EVOLUTIVA
• BLOCO DE INFRAESTRUTURAS – Bloco com casa de banho e cozinha e sala, a
desenvolver a par das infra-estruturas urbanas com construção especializada
• BLOCO FAMILIAR – Bloco com sala e dois quartos, a desenvolver por construção
comunitária não especializada
• BLOCO COMPLEMENTAR – Bloco complementar de ampliação da habitação, a
desenvolver por autoconstrução personalizada
• MANUAL PARA A AUTOCONSTRUÇÃO dos bairros e das habitações, optimizando
tanto os recursos humanos como os recursos materiais envolvidos
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Social Housing for Resettlement
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Execution Units
Unidades de Execução Prioritária
67
• 13 Unidades de Execução (4 prioritárias) para
cada uma das quais é obrigatória a aprovação de
um Plano Parcial de Urbanização.
• Com cada Plano Parcial de Urbanização, o
Regulamento do PGUDMK prevê a elaboração de:
a) Plano de Acção de Reassentamento das
populações abrangidas;
b) Estudos de avaliação ambiental, que a
legislação própria entenda serem necessários.
• À elaboração e aprovação dos Planos Parciais de
Urbanização de cada unidade execução, segue-se
a aprovação de Planos de Pormenor ou de
operações de loteamento.
Plano Geral de Urbanização do Distrito Municipal
da KaTembe
UEP1
UEP2
UEP3
UEP4
ferry
MAPUTO
KATEMBE
Unidades de Execução:
68
14-04-2016
35
0 250 500
Metros
CARTA DE ORDENAMENTO
Canais Viários
Áreas de Estrutura Ecológica
Áreas de Protecção e Conservação
Áreas de Verde Estrutural Urbano de Recreio e Produção
Áreas de Verde de Uso Específico (Cemitérios Existentes)
Áreas de Equipamentos Colectivos
Áreas de Equipamentos Colectivos Existentes
Áreas Urbanizáveis
Áreas de Solo Urbanizável Para Expansão Urbana
Áreas de Solo Urbanizável a Reordenar
Áreas de Solo Urbanizável a Consolidar - Áreas
Implementadas dos Planos Parciais em Vigor
0 250 500
Metros
CARTA DE ORDENAMENTO
Canais Viários
Áreas de Estrutura Ecológica
Áreas de Protecção e Conservação
Áreas de Verde Estrutural Urbano de Recreio e Produção
Áreas de Usos Especiais
Áreas de Usos Especiais
Áreas de Equipamentos Colectivos
Áreas de Equipamentos Colectivos Existentes
Áreas Urbanizáveis
Áreas de Solo Urbanizável Para Expansão Urbana
Áreas de Solo Urbanizável a Consolidar
Áreas de Solo Urbanizável a Reordenar
UEP1
UEP2
UEP3
UEP4
0 250 500
Metros
CARTA DE ORDENAMENTO
Canais Viários
Áreas de Estrutura Ecológica
Áreas de Protecção e Conservação
Áreas de Verde Estrutural Urbano de Recreio e Produção
Áreas de Usos Especiais
Áreas de Usos Especiais
Áreas de Equipamentos Colectivos
Áreas de Equipamentos Colectivos Existentes
Áreas Urbanizáveis
Áreas de Solo Urbanizável Para Expansão Urbana
Áreas de Solo Urbanizável a Consolidar
Áreas de Solo Urbanizável a Reordenar
Execution Units
CHAMISSAVA
UEP 3 70
14-04-2016
36
Aspectos chave Riscos Oportunidades
Vulnerabilidade a cheias
Habitats com valor
ecológico
Risco a cheias “alto” (zonas
de travessia do V. Xandane)
Escorrências superficiais
Pressão sobre os recursos
hídricos
Perda de habitats
Perturbação da fauna
Requalificação da zona
húmida do Vale de Xandane
regulando cheias
Melhoria da qualidade da
água a longo prazo
Criação/ manutenção de
espaços naturais
Baixa densidade
Baixa acessibilidade
Elevada subsistência
População envelhecida
Emprego reduzido
Presença de cemitérios
Destruição de
assentamentos
Desagregação de
comunidades
Destruição de machambas
Ocupação espontânea
Destruição total ou parcial
de espaços cemiteriais
Intervenção no espaço
público
Elevada dotação de espaço
aberto (a manter)
Futura (eventual) dotação
de equipamentos colectivos
Enquadramento dos
espaços cemiteriais
Unit 3
71
10
7
4
1
2
8
PGU de KaTembe
UNIDADES DE EXECUÇÃO (UE)
UE3
Restantes UE
LOTES
Áreas edificáveis
Áreas edificáveis de reserva
para equipamentos colectivos
ESTRUTURA VERDE
ÁREAS DE PROTECÇÃO E CONSERVAÇÃO
EDIFÍCIOS EXISTENTES
0 500250 metros
Alteração dos modos de vida e dos assentamentos
72 72
14-04-2016
37
REASSENTAMENTO
73
10
7
4
1
2
8
PGU de KaTembe
UNIDADES DE EXECUÇÃO (UE)
UE3
Restantes UE
LOTES
Áreas edificáveis
Áreas edificáveis de reserva
para equipamentos colectivos
ESTRUTURA VERDE
ÁREAS DE PROTECÇÃO E CONSERVAÇÃO
OCUPAÇÃO DO SOLO
Zona florestada
Plantações
0 500250 metros
Transformação dos usos do solo e das actividades económicas
74
14-04-2016
38
RESTITUIÇÃO DE CULTIVOS
75
É determinante para o sucesso e qualidade da implementação do Plano:
• incorporar o reassentamento numa política de habitação social mais
alargada, contribuindo para a efectiva supressão de carências
habitacionais da região metropolitana de Maputo.
• concretizar a restituição de direitos de habitação e de subsistência e
conciliar este processo com o desenvolvimento de uma nova comunidade
urbana com elevados níveis de coesão social
76
14-04-2016
40
79
I II
III
IV
• Dotar a cidade de uma infra-estrutura náutica
com indiscutível importância para esta actividade
no contexto da costa ocidental africana;
• Potenciar a dinâmica turística da cidade, através
da construção de várias unidades hoteleiras e
diferentes equipamentos de desporto e lazer;
• Contribuir para o desenvolvimento local:
- Com a geração de receitas através do
desenvolvimento de actividades associadas ao
turismo, lazer e serviços;
- Com a criação de emprego, tanto na fase de
construção como na fase de exploração.
• Contribuir para a melhoria das condições
ambientais da faixa costeira.
Objectives
80
Oportunities Assessment
14-04-2016
42
1 2 3 3 2 1
FCD
2 -
Ord
enam
ento
Ter
rito
rial
e U
rban
o
Transferência e agravamento de problemas
urbanísticos com a deslocação dos
residentes de Chicala
Criação de um quadro de gestão urbanística para
a transferência de residentes
Aumento das dificuldades na gestão dos
processos de desocupação do solo
Satisfação de carências habitacionais específicas e
de equipamentos
Demolições e expulsão de actividades que
contribuem para a actual atractividade
turística da área
Criação de novas actividades turísticas integradas
em novo núcleo urbano
Desarticulação com o ordenamento
territorial e urbano local
Inclusão da intervenção nos perímetros urbanos
municipais e articulação com ordenamento
Ocorrência de episódios de desocupação
forçada e violenta
Criação de oferta formal de habitação
diversificada e inclusiva
Reacção social negativa à desocupação
coerciva do solo urbano e às soluções de
realojamento precário preconizadas
Satisfação de carências habitacionais para um
estrato social de baixo-médio rendimento
Ocupação do espaço público pela
especulação imobiliária informal e usos
informais
Aumento da dotação urbanística em espaços
abertos e equipamentos
Restrição de acesso ao espaço aberto e
segregação social urbana Melhoria da acessibilidade local e internacional
Contribuição indirecta para o incremento de
situações de pobreza extrema
Melhoria da salubridade, ventilação urbana, do
micro clima urbano e da saúde pública local
Elevados preços de abastecimento de água
na Ilha de Luanda
Criação de sistemas funcionais de abastecimento
e drenagem de águas
83
Scenarios Assessment
Muito Obrigada