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Sugestão bibliográfica:
Valério Mazzuoli – Curso de DireitoInternacional Público
Paulo Henrique Gonçalves Portella – DireitoInternacional Público e Privado
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1. (XIX EOU/FGV/2016) Ex-dirigente de federação sul-
americana de futebol, após deixar o cargo que exercia
em seu país de origem, sabedor de que existe uma
investigação em curso na Colômbia, opta por fixar
residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado
com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos.
Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o go-
verno da Colômbia pede a sua extradição em razão de
sentença que o condenou por crime praticado quando
ocupava cargo na federação sul-americana de futebol.
Essa extradição:
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Extradição É processo pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma
pessoa condenada ou suspeita da prática de uma infração criminal.
Nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa presente em seu território,
devido ao princípio da soberania estatal. O extraditado pode retornar ao território do Estado que o extraditou.
Expulsão É ato administrativo que obriga o estrangeiro a sair do território de um Estado e o
proíbe de a ele retornar. Desde que saia do território do Estado o estrangeiro
estará, em princípio, livre.
Em geral, é admitida apenas em casos de atos nocivos à ordem ou segurança pública. Apenamento.
Deportação É a devolução compulsória de um estrangeiro ao Estado de sua nacionalidade ou
procedência, pois entrou ou permaneceu irregularmente no território de outro
Estado. Uma vez atendidas as exigências legais, o deportado pode retornar ao território do Estado que o deportou.
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a) não poderá ser concedida, porque o Brasil não extradita seus nacionais.
Art. 5, LI, CR/88 - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da
lei;
b) não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua
dependência econômi- ca.
Lei 6.815/80. Art. 75. Não se procederá à expulsão:
II - quando o estrangeiro tiver:
filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa
economicamente.
STF - SÚMULA 421 – 1964. Não impede a extradição a circunstância de ser o
extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro.
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c) poderá ser concedida, porque o extraditando não é brasileiro
nato.Art. 5, LI, CR/88.
d) poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver
tratado de extradição com a França.
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2) (XIX EOU/FGV/2016) Para a aplicação da Con- venção
sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de
Crianças, Lígia recorre à autoridade central brasileira,
quando Arnaldo, seu marido, que tem dupla-
nacionalidade, viaja para os Estados Unidos com a filha
de 17 anos do casal e não retorna na data prometida.
Arnaldo alega que entrará com pedido de divórcio e pas-
sará a viver com a filha menor no exterior. Com base no
caso apresentado, a autoridade central brasileira:
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Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro: aplicável apenas às
pessoas de até 16 anos.
Autoridade Central é o órgão responsável pela cooperação jurídica
internacional. No Brasil, o Ministério da Justiça exerce essa função para a
maioria dos acordos internacionais em vigor. A principal função da Autoridade
Central é buscar maior celeridade e efetividade aos pedidos de cooperação
jurídica internacional penal ou civis. Para isso, recebe, analisa, adequa,
transmite e acompanha o cumprimento dos pedidos junto às autoridades
estrangeiras. Essa análise leva em conta a legislação nacional e os tratados
vigentes, bem como normativos, práticas e costumes nacionais e
internacionais.
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A) deverá acionar diretamente a autoridade central estadunidense para que tome as
medidas necessárias para o retorno da filha ao Brasil.
Convenção Art. 8. Qualquer pessoa, instituição ou organismo que julgue
que uma criança tenha sido transferida ou retirada em violação a um
direito de guarda pode participar o fato à Autoridade Central do Estado de
residência habitual da criança ou à Autoridade Central de qualquer outro
Estado Contratante, para que lhe seja prestada assistência para assegurar
o retorno da criança.
B) deverá ingressar na Justiça Federal brasileira, em nome de Lígia, para que
a Justiça Federal mande acionar a autoridade central estadunidense para que
tome as medidas necessárias para o retorno da filha ao Brasil.
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C) não deverá apreciar o pleito de Lígia, eis que a filha é maior de 16 anos.
Convenção. Artigo 4. A Convenção aplica-se a qualquer criança que
tenha residência habitual num Estado Contratante, imediatamente
antes da violação do direito de guarda ou de visita. A aplicação da
Convenção cessa quando a criança atingir a idade de dezesseis
anos.
D) não deverá apreciar o pleito de Lígia, eis que o pai também
possui direito de guarda sobre a filha, já que o divórcio ainda não
foi realizado
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3) (XVIII EOU/FGV/2015) Ricardo, brasileiro naturalizado,
mora na cidade do Rio de Janeiro há 9 (nove) anos. Em
visita a parentes italianos, conhece Giulia, residente em
Roma, com quem passa a ter um relacionamento
amoroso. Após 3 (três) anos de namoro a distância, ficam
noivos e celebram matrimônio em território italiano. De
comum acordo, o casal estabelece seu primeiro domicílio
em São Paulo, onde ambos possuem oportunidades de
trabalho.
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À luz das regras de Direito Internacional Privado, veiculadas na Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), não havendo pacto antenupcial, assinale
a opção que indica a legislação que irá reger o regime de bens entre os cônjuges.
Art. 7§ 3 Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4 O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio
conjugal.
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A) Aplicável a Lei italiana, haja vista que nenhum dos cônjuges é brasileiro
nato.
B) Aplicável a Lei italiana, em razão do local em que foi realizado o casamento.
C) Aplicável a Lei brasileira, em razão do domicílio do cônjuge varão.
D) Aplicável a Lei brasileira, porque aqui constituído o primeiro domicílio do
casal.
Art. 7, § 4, LINDB.
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4) (XVIII EOU/FGV/2015) Uma carta rogatória foi encaminhada, nos
termos da Convenção Interamericana sobre Cartas Rogatórias, para
citação de pessoa física domiciliada em São Paulo, para responder a
processo de divórcio nos Estados Unidos.
A esse respeito, assinale a opção correta.
Carta Rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre
Estados e tem por objetivo a realização de atos e diligências
processuais no exterior (ex: audição de testemunhas) e não
possui fins executórios. Se assemelha à carta precatória, mas
seu caráter é internacional.
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CR/88. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de
exequatur às cartas rogatórias; CR/88. Art. 109. Aos juízes federais
compete processar e julgar:
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a
execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença
estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalida-
de, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
Autoridades Centrais (comunicação direta / análise de requisitos)
STJ (ofensa à ordem pública ou aos costumes e exequatur)
Justiça Federal.
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a) Não será necessário obter exequatur em função do tratado
multilateral ratificado por ambos os países.
b) O STJ deverá conceder o exequatur, cabendo à justiça
estadual cumprir a ordem de citação.
c) A concessão de exequatur caberá ao STJ e seu posterior
cumprimento à justiça federal.
d) A concessão de exequatur e seu posterior cum- primento
caberão à autoridade central indicada na Convenção
Interamericana sobre Cartas Rogató- rias.
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5) (XVII EOU/FGV/2015) Segundo dados do CO- NARE (Comitê Nacional para os
Refugiados), o Brasil possuía, no fim de 2014, 6.492 refugiados
de 80 nacionalidades. Como é sabido, o Brasil ratificou a Convenção das Nações
Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, assim como promulgou a Lei nº
9.474/97, que define os mecanismos para a implementação dessa Convenção.
Assinale a opção que, conforme a lei mencionada, define a condição jurídica do
refugiado no Brasil.
• Convenção de 1951 Relativa ao Estatuto dos Refugiados
Art. 1º (Definição clássica): “Toda a pessoa que, em razão de fundados temores de
perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado
grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por
causa dos ditos temores, não pode ou não quer fazer uso da proteção desse país ou,
não tendo uma nacionalidade e estando fora do país em que residia como
resultado daqueles eventos, não pode ou, em razão daqueles temores, não quer
regressar ao mesmo”.
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• Lei nº 9.474/1997
Art. 1º: será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I. devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país denacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II. não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua
residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função dascircunstâncias descritas no inciso anterior;
III. devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado adeixar
seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
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• Declaração de Cartagena de 1984 (definição ampliada):
considera também como refugiadas as pessoas que fugiram
de seus países porque sua vida, sua segurança ou liberdade
foram ameaçadas:
I. pela violência generalizada;
II. por agressão estrangeira;
III. por conflitos internos;
IV. pela violação massiva de direitos humanos;
V. outras circunstâncias que tenham perturbado gravemente a
ordem pública.
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Asilo Refúgio
É tema de tratados regionais desde o século XIX.
Tem como base tratados universais.
Hipóteses discricionárias de concessão
Hipóteses claras de reconhecimento do status de refugiado.
Limitado a questões políticas. Caráter individual.
5 motivos (opinião política, raça, religião,
nacionalidade e pertencimento a um grupo
social). Caráter coletivo.
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A) Possui os direitos e deveres dos estrangeiros no Brasil, bem como direito
a cédula de identidade comprobatória de sua condição jurídica, carteira de
trabalho e documento de viagem.
Art. 6º O refugiado terá direito, nos termos da Convenção sobre o
Estatuto dos Refugiados de 1951, a cédula de identidade
comprobatória de sua condição jurídica, carteira de trabalho e do-
cumento de viagem.
B) Está sujeito aos deveres dos estrangeiros no Brasil e tem direito a
documento de viagem para deixar o país quando for de sua vontade.
Art. 39. Implicará perda da condição de refugiado:
IV - a saída do território nacional sem prévia autorização do
Governo brasileiro.
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C) Sendo acolhido como refugiado, tem todos os
direitos previstos no seu país de origem, mas deve
acatar os deveres impostos a todos os brasileiros.
Também tem direito à cédula de identidade.
D) Possui os direitos e deveres dos estrangeiros no
Brasil, bem como direito a cédula de identidade
comprobatória de sua condição jurídica, carteira de
trabalho, documento de viagem e título de eleitor.
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6) (XVII EOU/FGV/2015) Carlos, brasileiro naturalizado,
tendo renunciado à sua anterior nacionalidade, casou-se
com Tatiana, de nacionalidade alemã. Em razão do
trabalho na iniciativa privada, Carlos foi transferido para o
Chile, indo residir lá com sua mulher. Em 15/07/2011, em
território chileno, nasceu a primeira filha do casal,
Cláudia, que foi registrada na Repartição Consular do
Brasil. A teor das regras contidas na Constituição
Brasileira de 1988, assinale qual a situação de Cláudia
quanto à sua nacionalidade.
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A) Cláudia não pode ser considerada brasileira nata, em
virtude de a nacionalidade brasileira de seu pai ter sido
adquirida de modo derivado e pelo fato de sua mãe ser
estrangeira.
B) Cláudia é brasileira nata, pelo simples fato de o seu pai,
brasileiro, ter se mudado por motivo de trabalho.
C) Cláudia somente será brasileira nata se vier a residir no
Brasil e fizer a opção pela nacionalidade brasileira após atingir
a maioridade.
D) Cláudia é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de o
seu pai ser brasileiro naturalizado e sua mãe, estrangeira.
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Art. 12, I, c, CR/88.
Art. 12. São brasileiros: I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registra- dos em repartição brasileira competente ou
ve- nham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira;
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7) (XVII EOU/FGV/2015) A sociedade empresária brasileira do ramo de
comunicação, Personalidades, celebrou contrato internacional de pres-
tação de serviços de informática, no Brasil, com a sociedade empresária
uruguaia Sacramento. O contrato foi celebrado em Caracas, capital vene-
zuelana, tendo sido estabelecido pelas partes, como foro de eleição,
Montevidéu. Diante da situação exposta, à luz das regras do Direito
Internacional Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro (LINDB) e no Código de Processo Civil, assinale a
afirmativa correta.
Art. 9 LINDB – para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a
lei do país em que se constituírem.
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A) No tocante à regência das obrigações previstas no contrato,
aplica-se a legislação uruguaia, já que Montevidéu foi eleito o foro
competente para se dirimir eventual controvérsia.
B) Para qualificar e reger as obrigações do presente contrato,
aplicar-se-á a lei venezuelana.
C) Como a execução da obrigação avençada entre as partes se
dará no Brasil, aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao
cumprimento do contrato, a legislação brasileira.
D) A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda
expressamente o foro de eleição, razão pela qual é nula ipse jure
a cláusula estabelecida pelas partes nesse sentido.
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8) (XVI EOU/FGV/2015) O MERCOSUL é um organismo internacional que visa à
integração econômica de países que se localizam geograficamente no eixo
conhecido como Cone Sul, nos termos do Tratado de Assunção (1991) e do
Protocolo de Ouro Preto (1994).
Sobre o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL, assinale a
afirmativa correta.
Protocolo de Olivos para solução de controvérsia entre os Estados. Órgão consultivode decisor.
Arbitragem ad hoc ---- Tribunal Permanente de Revisão (TPR)
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A) O MERCOSUL não possui um sistema próprio de solução de
controvérsias, adotando, nos termos do Tratado de Assunção, o sistema
estabelecido no Anexo II do Tratado de Marrakesh para a Organização
Mundial do Comércio.
B) Provisoriamente estabelecido no Protocolo de Brasília (1993), o sistema
de solução de controvérsias do MERCOSUL encontra-se, atualmente, nor-
matizado pelo Protocolo de Ouro Preto (1994), que estabeleceu a estrutura
orgânica definitiva do bloco.
O Protocolo de Ouro Preto estabelece as bases institucionais para o
Mercosul e é complementar ao Tratado de Assunção.
O Protocolo de Brasília trata do Sistema de Solução de Controvérsias
durante o período de transição (entre Protocolo de Assunção e Olivos).
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C) O sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL, atualmente
normatizado nos termos do Protocolo de Olivos (2002), estabeleceu como
instância final judicante o Tribunal Permanente de Revisão.
D) O sistema de soluções de controvérsias do MERCOSUL somente foi
normatizado pelo Protoco- lo de Las Leñas (1996), que estabeleceu os
proce- dimentos de cooperação e assistência jurisdicional em matéria civil,
comercial, trabalhista e administrativa.
O Protocolo de Las Leñas trata da Cooperação e AssistênciaJurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa.
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9) (XVI EOU/FGV/2015) O litígio que envolve Estados e
organizações internacionais podendo ser de natureza
econômica, política ou meramente jurídica, é conceituado
como controvérsia internacional.
Acerca dos meios diplomáticos para soluções pacíficas
de controvérsias internacionais, assinale a afirmativacorreta.
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A) A negociação é um mecanismo que conta com o envolvimento de um terceiro,
cuja função é propor uma solução pacífica para o conflito entre as partes.
A negociação se dá entre as partes.
B) Os bons ofícios caracterizam-se pela oferta es- pontânea de um terceiro que
colabora com a solução de controvérsias podendo ser um Estado, um organismo
internacional ou uma autoridade.
C) A mediação caracteriza-se pelo envolvimento de um terceiro, que somente pode
ser pessoa natural.
Na mediação, Estados e organismos internacionais podem atuar.
D) A conciliação é muito semelhante à mediação. Entretanto, caracteriza-se pela
possibilidade de atuar como mediador pessoa natural, Estado ou organismo
internacional.Conciliação se dá dentro de um organismo internacional. A mediação é por ele feito.
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10) (XV EOU/FGV/2014) Túlio, brasileiro, é casado com
Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal
domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro marítimo, na
Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em razão de uma
intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de
Túlio, havia realizado um testamento em Lisboa, dispondo
sobre os seus bens, entre eles, três apartamentos si-tuados no Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale aafirmativa correta.
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Competência internacional
Arts. 88 e 89 antigo CPC --- Arts. 21, 22 e 23 NCPC
CPC/2015 – Competência concorrente
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I. - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;II. - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;III. - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I. - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como pos- se ou propriedade de bens, recebimento derenda ou obtenção de benefícios econômicos;
I. - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência noBrasil;
II. - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
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CPC/2015 – Competência ExclusivaArt. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I. - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II. - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja denacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III. - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicíliofora do território nacional.
Normas aplicáveis:
LINDB. Art. 9. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se consti-tuírem.
LINDB, Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
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A) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no
que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser
aplicada a legislação brasileira, pois Alexia encontrava-se
domiciliada no Brasil.
B) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no
que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser
aplicada a legislação portuguesa, local em que foi realizado o
ato de disposição da última vontade de Alexia.
Art. 9, LINDB.
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D) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deveráser aplicada a legislação sueca, em razão da nacionalidadedo de cujus.
C) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao
inventário e à partilha de bens, porquanto Alexia faleceu na Grécia, e não no
Brasil.
Art. 89. II, CPC.
Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer
outra:
•conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
•proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o
autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território
nacional.