Valvulopatia Aórtica e Pulmonar
Enfª R2 Mariana Barros
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares
Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência
Setembro2015
OBJETIVOS
• Definir as valvulopatias pulmonar e aórtica;
• Elencar o diagnóstico, manifestações clínicas e
tratamento;
• Estabelecer a sistematização da assistência de
enfermagem de acordo a NANDA
Valvas Cardíacas
Valvulopatia Pulmonar
Estenose Pulmonar•Congênita
•Alteração a nível valvar
•Assintomáticos
•Sopro sistólico em foco pulmonar
•Manifestações: fadiga, taquicardia, síncope, dispneia e dor no peito.
Insuficiência Pulmonar• Secundária à HAP• Outras causas: endocardite infecciosa,
sequela de Febre Reumática, pós-operatório de T4F
• Manifestações: dispneia, sinais de disfunção de VD.
• Sopro característico: diastólico e protodiastólico
Valvulopatia Aórtica
Estenose AórticaObstrução da via de saída do VE pela calcificação das estruturas valvares, associada ou não à fusão das válvulas da valva aórtica. Principais causas:oCongênita
Mais frequente em jovens oDegenerativa
Fibrocalcificação Incidência alta = expectativa de vidaIdosos
oReumática
Área Valvar Aórtica normal = 2,6 a 3,5 cm2
Estenose Aórtica
Elevação das pressões de enchimento
EAo Grave
Hipertrofia ventricular
DISFUNÇÃO VENTRICULAR
FISIOPATOLOGIA
Estenose Aórtica
HISTÓRIA CLÍNICASintomatologia:Dor torácicaSíncope Dispneia
Ausculta cardíaca:A presença de uma quarta bulha (B4) em ápice é quase
universalClassicamente um sopro mesosistólico de ejeção, com uma configuração crescendo-decrescendo, em "diamante"
Estenose Aórtica
Pulso parvus e tardus: pequena amplitude e tem onda de repercussão retardada (lenta)
DIAGNÓSTICO- ELETROCARDIOGRAMA Sinais de HVE Aumento da amplitude dos complexos
QRS Sobrecarga atrial esquerda Bloqueio de ramo Alteração isquêmica da onda T
Estenose Aórtica
DIAGNÓSTICO- RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Frequente a dilatação pós-estenótica da aorta
Aumento do VE não são frequentes até que a EAo se torne importante
Estenose Aórtica
DIAGNÓSTICO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADAMelhor maneira de reconhecer e quantificar a magnitude da calcificação da valva aórtica
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDIOVASCULAR (RMC)A visualização da valva aórtica é obtida de forma precisaPode fornecer não só a gravidade da estenose pela medida da área valvar, como informações sobre a etiologia da estenose
Estenose Aórtica
DIAGNÓSTICO- ECOCARDIOGRAFIA
Importante ferramenta no diagnóstico na EAo Fornece a anatomia da valva, a quantificação dos
gradientes, da área valvar aórtica (difícil mensuração)
ETE é indicada para analisar melhor a valva aórtica ou mesmo medir a área valvar
Mais recentemente ecocardiografia tridimensional
Estenose Aórtica
TRATAMENTO FARMACOLÓGICONo paciente com sintomas decorrentes da EAo, o tratamento é eminentemente cirúrgicoAlívio dos sintomas em pacientes não candidatos a cirurgia ou como ponte para o tratamento cirúrgicoO diurético de alça furosemidaProfilaxia para EI
Estenose Aórtica
Fator de Risco para mortalidade - Classe funcional - Função VE - Arritmia ventricular pré-operatória - IAo associada - Idade - Coronariopatia associada
TROCA VALVAR CONVENCIONAL
TRATAMENTO CIRÚRGICOEstenose Aórtica
• VALVULOPLASTIA POR CATETER-BALÃO (PERCUTÂNEA)
Restringe-se aos pacientes que, pela idade avançada e/ou por comorbidades, têm contraindicação ou risco elevado para o tratamento cirúrgico convencional
• TRANSVENTRICULAR (TRANSAPICAL) Minitoracotomia anterior no quinto espaço intercostal
esquerdo
Estenose Aórtica
DEFINIÇÃO: Caracteriza-se pelo fluxo retrógrado de sangue
durante a diástole, da aorta para o VEETIOLOGIA:Dilatação idiopática da aortaCongênitaCalcificação das válvulasDoença reumáticaEndocardite InfecciosaLesões traumáticas
Insuficiência Aórtica
Regurgitação aórticaRegurgitação aórtica
Volume VE Volume ejeção Pdiast. da Ao Vol.Ejet. Efetivo
Massa VE
Disfunção VEConsumoO2 Miocárdio
Tempoejeção VE
Oferta O2
miocárdio
Isquemia Miocárdica
Falência do VEFalência do VE
Pressãosistólica
TempoDiastólico
Dispnéia
Insuficiência Aórtica
HISTÓRIA CLÍNICA:
• Palpitações• Dispnéia a esforços• DPN• Ortopnéia• Precórdio hiperdinâmico• Sopro diastólico de alta frequência.
Insuficiência Aórtica
Insuficiência AórticaExame Clínico:
Pulsos arteriais: Batimentos amplos, visíveis e palpativosPulso carotídeo com alta amplitude
Sinais periféricos de Iao:
Pulso em Martelo D´agua (de Corrigan)Sinal de Musset: leves oscilações da cabeça para baixo e para frenteSinal de Minervini: Pulsação da base da línguaSinal de Quincke: pulso capilarSinal de Duroziez: Duplo sopro auscultado à compressão da femoralDuplo som de Troube: ausculta na femoral de um 1º ruído pré-sistólico e um 2º ruído correspondente à 2ª bulha.
DIAGNÓSTICO - ELETROCARDIOGRAMA:
Sobrecarga atrial esquerda e VEDistúrbio da condução intraventricularDesvio de eixo para esquerda
Insuficiência Aórtica
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
DIAGNÓSTICO – RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
Área Cardíaca Aumentada: na IAo crônicaPode haver congestão pulmonarAlargamento da aorta ascendente pode sugerir doença da raiz da aorta.
DIAGNÓSTICO – ECOCARDIOGRAFIA:
Eco-doppler melhor método não invasivo para detecção IaoEco- bidimensional: importante para avaliar a causa da IaoEco-tridimensional
Insuficiência Aórtica
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
•Vasodilatadores: baseia-se na possibilidade de redução da pós carga do VE•Inotrópicos
•TRATAMENTO CIRÚRGICO
Insuficiência Aórtica
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
COM VALVULOPATIA DE ACORDO
COM A NANDA
Diagnósticos de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem
Resultados Esperados
Mucosa oral prejudicada
•Realizar higieneoral com
clorexidina 0,12%
Higiene oral preservado
Baixa auto-estimarelacionado à distúrbio da
imagem corporal
• Prestar apoio, não criticar;
• Esclarecer as distorções, não confrontar;
Restabelecer a auto-estima
Ansiedade relacionado com a mudança do estado
de saúde
Orientar o paciente sobre
todos os procedimentos
que serão realizados e
apoio psicológico
Controle da Ansiedade
Diagnósticos de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem
Resultados Esperados
Integridade da pele prejudicada
• Realizar mudança de decúbito
• Hidratar pele
Pele íntegra
Risco para infecção • Controle nutricional•Observar aspecto da pele•Realizar técnicas assépticas
Ausência de infecção
REFERÊNCIASDiretriz Brasileira de Valvopatias – I Diretriz Interamericana de Valvopatias – SIAC 2011. Arq Bras Cardiol 2011; 97(5 supl.1):1-67
PEDROSA, L.C. Doenças do coração, diagnóstico e tratamento, ed. Revinter, 2011.
Tratado de Cardiologia. SOCESP. São Paulo, 2012.
Obrigada!