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Page 1: Vanguarda poética

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1. Vanguarda poética - CONCRETISMO: Décio Pignatari, augusto e Haroldo de Campos;

Comunicação de formas – estrutura-conteúdo;

“Sem forma revolucionária não há arte revolucionária” (Maiakovski)

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GRUPO TENDÊNCIA: Marca do grupo: considerações históricas e temáticas

sociais; Preferência pelos textos em versos/uso da palavra

publicada; Resistência à influência das artes plásticas; Esforço por adequar o valor semântico e o efeito sonoro ao

assunto.NEOCONCRETISMO: Nega tudo que seja uma produção intelectual, racionalista,

maquinal e cibernética; Recupera a subjetividade do eu-lírico.

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POESIA PRÁXIS: Poesia engajada; A intenção é a ação; Três fundamentos da ação poética: o ato de compor; a área

de levantamento da composição; a construção do poema.

GRUPO VIOLÃO DE RUA: Explora os efeitos sonoros; Aberta às diferenças; Espaço para o popular e folclórico; Temática ligada a fatos políticos, históricos e jornalísticos.

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POEMA PROCESSO: Derivado do Concretismo; Privilegia a linguagem visual, semiótica, iconográfica; Poesia isenta de palavras.

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2. Poesia jovem dos anos 70

Manifestação informal, espontânea e heterogênea da linguagem e da arte;

Obra heterogênea com objetivo de estabelecer uma nova linguagem;

Formas inovadoras de comunicação, quebrando paradigmas e rompendo com veículos adotados pelo sistema.

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3. POESIA CONTEMPORÂNEAHeterogênea, sem determinar tendência ou proposta que

represente o período.

Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.  Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. 

THIAGO DE MELLO

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Artigo III  Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. 

Artigo IV   Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu. 

        Parágrafo único:          O homem, confiará no homem         como um menino confia em outro menino. 

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Artigo VII  Por decreto irrevogável fica estabelecido  o reinado permanente da justiça e da claridade,  e a alegria será uma bandeira generosa  para sempre desfraldada na alma do povo. 

Artigo VIII   Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor. 

Artigo Final.   Fica proibido o uso da palavra liberdade,  a qual será suprimida dos dicionários  e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre  o coração do homem.

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Poema de sete faces

Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Com licença poética

Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

ADÉLIA PRADO

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Poetas Velhos

Bom dia, poetas velhos.Me deixem na bocao gosto dos versosmais fortes que não farei.

Dia vai vir que os saibatão bem que vos citecomo quem tê-losum tanto feito também,acredite.

PAULO LEMINSKI

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Uma chuva é íntimaSe o homem a vê de uma parede umedecida de moscas;Se aparecem besouros nas folhagens;Se as lagartixas se fixam nos espelhos;Se as cigarras se perdem de amor pelas árvores;E o escuro se umedeça em nosso corpo.

Lugar em que há decadência.Em que as casas começam a morrer e são habitadas pormorcegos.Em que os capins lhes entram, aos homens, casas portasa dentro.Em que os capins lhes subam pernas acima, seres adentro.Luares encontrarão só pedras mendigos cachorros.Terrenos sitiados pelo abandono, apropriados à indigência.Onde os homens terão a força da indigência.E as ruínas darão frutos

MANOEL DE BARROS