UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
NUCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
POLO OLHO D’ÁGUA DAS FLORES
MATRÍCULA: 13211730
EDNEIDE MARIA DE LIMA
ATIVIDADE I
VISÕES DE MUNDO E EDUCAÇÃO
Olho D’Água das Flores/AL
2014
EDNEIDE MARIA DE LIMA
ATIVIDADE I:
VISÕES DE MUNDO E EDUCAÇÃO
Trabalho solicitado no segundo período do curso
de Pedagogia à Distância da Universidade Federal
de Alagoas-UFAL, na disciplina Fundamentos
Psicopedagógicos da Educação, sob a orientação do
Professor: Jose Geraldo da Cruz Gomes Ribeiro e
acompanhada pela Tutora Maria Patrícia
Rodrigues Bahia para fins avaliativos.
Olho D’Água das Flores/AL
2014
VISÕES DE MUNDO E EDUCAÇÃO
Os anos 60 e 70 geraram uma série de movimentos sociais que pareciam caminhar,
todos, na mesma direção, enfatizando diferentes aspectos da nova visão da realidade. O
modelo mecanicista no século XVII, foi extremamente útil no desenvolvimento de teorias
científicas e na criação de projetos tecnológicos. Mas, nesse período as pessoas eram vistas
como coisas e o objeto a ser pesquisado era retirado do todo e isolado, desconsiderando o
lugar de onde veio, era como se para obter um resultado acerca de uma pesquisa sobre
dificuldades de leitura e escrita, fosse necessário pegar um grupo de crianças, retira-las de
perto das demais e do ambiente da sala de aula para a partir de testes investigar o porquê da
dificuldade em ler e escrever detectado em toda a sala.
Para o modelo mecanicista o mais importante são os dados, os números, a exatidão, o
quantitativo. Nestes moldes o pesquisador torna-se neutro, distante do objeto pesquisado e o
objeto pesquisado é tratado como experimento, por isso o tipo de pesquisa que mais se
aproxima da visão mecanicista e a do tipo experimental, caracterizada por Gerhardt & Silveira
(Orgs.) (2009), como:
O estudo experimental segue um planejamento rigoroso. As etapas de
pesquisa iniciam pela formulação exata do problema e das hipóteses, que
delimitam as variáveis precisas e controladas que atuam no fenômeno estudado (TRIVIÑOS, 1987).
Para Gil (2007), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto
de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto.
Já segundo Fonseca (2002, p. 38): A pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes,
submete-os a tratamentos diferentes, verificando as variáveis estranhas e
checando se as diferenças observadas nas respostas são estatisticamente
significantes. [...] Os efeitos observados são relacionados com as variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental é apreender as
relações de causa e efeito ao eliminar explicações conflitantes das
descobertas realizadas. Sendo assim, a elaboração de instrumentos para a coleta de dados deve ser
submetida a testes para assegurar sua eficácia em medir aquilo que a
pesquisa se propõe a medir.
Em pesquisas com seres humanos em educação, não é recomendável se aplicar o
modelo experimental pois trata as pessoas fora de realidade em que vivem. Os
estudos/investigações devem levar em conta os sujeitos em seu contexto como as pesquisas
do tipo qualitativas a exemplo da pesquisa-ação, as pesquisas participantes e etc. Acerca da
importância da abordagem qualitativa, Vilela pontua que:
A atual hegemonia, assumida pela abordagem qualitativa na pesquisa social,
evidencia a necessidade interna do campo da pesquisa em educação de rever
seu processo de apropriação dessa abordagem e de elucidar as dimensões
com as quais tem trabalhado. O texto apresenta uma retrospectiva do campo
e explicita os contornos que favoreceram a mudança de tendência na pesquisa educacional, visando entender a atual hegemonia da pesquisa
qualitativa e as dimensões que sustentam sua prática. O eixo central da
discussão considera as mudanças relativas às abordagens metodológicas
como subordinadas às mudanças de paradigmas na prática científica e, estas, condicionadas às mudanças no campo social.
Mas, se nos reportarmos à escola é possível ainda ver o legado deixado pelo modelo
mecanicista tanto no currículo quanto na postura de alguns profissionais. Uma escola distante
da filosofia mecânica teria o intuito de atender as distintas necessidades do seu aluno. Seu
currículo além de abordar os temas transversais também faria uma abordagem pedagógica
levando o/a aluno/a a interagir com teoria, prática e experiências com outras pessoas, no
coletivo.
Esse currículo funcional interligaria gestão, alunos, professores, pais e comunidade em
geral para criar uma rede, uma interação, um sistema que possibilitaria uma reestruturação da
dinâmica do organismo escolar, tirando assim a instituição do modelo mecânico para o
sistêmico.
Referências:
VILELA, Rita Amélia Teixeira. O lugar da abordagem qualitativa na pesquisa
educacional: retrospectiva e tendências atuais. Disponível em:
http://www.perspectiva.ufsc.br/perspectiva_2003_02/10_artigo_rita_amelia.pdf. Acessado em
29 de maio de 2014.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo (Orgs.). Métodos de pesquisa.
Disponível em: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf. Acessado em
29 de maio de 2014.