Sessão de debate ‘Navegabilidade do Rio Tejo’ 25/11/2010
Visões do rio, visões para o rio...A paisagem ribeirinha do Tejo e a sustentabilidade
Maria da Graça Amaral Neto SaraivaProfessora Associada da FA/UTL, Investigadora do CESUR [email protected]
Sessão de debate ‘Navegabilidade do Rio Tejo’ 25/11/2010
PAISAGEM
PINTURANATUREZATERRITÓRIOAMBIENTE / ECOLOGIACONSTRUÇÃO SOCIALPERCEPÇÃOPATRIMÓNIOMEMÓRIAREPRESENTAÇÃOIDENTIDADEAFECTIVIDADESIMBÓLICOIMAGINÁRIO...
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TERRITÓRIO
BiofísicaEcológica
SocialCultural
Económica
PerceptivaEstéticaEmotiva
Saraiva, 1995Gonzalez Bernáldez, 1981
Paisagem
Dimensãoobjectiva
Dimensão subjectiva
CRIPTOSSISTEMA
FENOSSISTEMA
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Região
Distrito
Corredor fluvial
Escalas espaciaisBacia hidrográfica
Troço Concelho
Freguesia
ZonaInundável
Curso de água
MargemLeito
Lugar
Lote/propriedade
Fonte - FISRWG, 1998
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Serviços Ecossistémicos, Millenium Ecosystem Assessment, 2003 Serviços de
Fornecimento(Provisioning services)
Produtos obtidos
• alimentos• água• fibras• madeira• recursos genéticos
Serviços de Regulação
(Regulating services)Benefícios obtidos
• regulação climática• sequestro de carbono• regulação hídrica• controle da erosão• purificação hídrica• regulação de doenças e pragas
Serviços Culturais
(Cultural services)Benefícios imateriais
• espirituais e religiosos• recreio e ecoturismo• estéticos• inspiração• educação• identidade• património
Serviços de Apoio(Supporting services)
Serviços necessários para a proução dos outros serviços ecossistémicos
• formação do solo reciclagem de nutrientes produção primária
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As margens e as marachas
Corte dos salgueiros a meio golpe,Chamusca
Um ano depois
A melancolia dos velhos salgueiros...Honório et al., 1982
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As cheias
“As cheias cobriram de água os olhos dos camponeses. Perdidas as margens, o rio fez-se mar - mar de aflições. Mas, ... a gente que veio da cidade, em automóveis, não via angústias, nem olhos rasos de lágrimas. Assentou binóculos sobre a lezíria, e as lentes aproximaram telhados de casas submersas, telheiros desmantelados, copas esguias de choupos como dedos de náufragos.”Soeiro Pereira Gomes, Esteiros
Cheia no Rio Sorraia
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As marcas das cheias
Azinhaga Chamusca
Vale de SantarémReguengo do Alviela
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A variabilidade do leito
Dique do Tejo Velho, Arripiado
A mudança do curso do Tejo no séc. XVIDias, 1988
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As comunidades tradicionaisA cultura avieira a património nacional
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As intervenções de requalificação - alguns exemplos
Parque das Nações AquaPolis, Abrantes Percurso pedonal, V.F. Xira
EscaroupimParque Almourol
Golegã ?
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Palácio das Obras Novas, Azambuja - Propostas para requalificação e desenvolvimento turístico - Laboratório Projecto II, Docentes Francisco Serdoura e Luis Carvalho, FA/UTL
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“The Thames estuary was shaped by nature and in turn shaped our history. The Parklands is about respecting and enhancing that natural and man-made heritage. It is truly one unique place.” Sir Terry Farrell
Thames Gateway Project
www.terryfarrell.co.uk/data/profile/news/Thames%20Gateway_Core%20vision.pdf
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Werthann & Steinitz, 2008
El renacer del Rio Tajo...la habilidad de utilizar una cuenca y su paisaje - con el agua, en cantidad y calidad, como protagonista - entendida como patrimonio; como hilo condutor para orientar el desarrollo de un corredor emergente, jalonado de nucleos urbanos, espacios naturales o agrarios, actualmente desestructurados y aislados en sus respectivas transformaciones, regidas desde opticas fuertemente sectoriales que se ignoram entre si.”
Margarita Ortega Delgado, Testemunhos
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O ordenamento territorial - IGTs,estrutura ecológica
ERPVA, PROT AML, CCRLVT
ERPVA, PROT OVT, CCRLVT
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Conclusões
Rio Tejo, Lisboa
Thames River, Londres
1ª geraçãoIntervenções ‘duras’Estabilização, controlo
2ª geração‘Devolver o rio aos cidadãos’Percursos, equipamentos, redes cicláveis, etc.
3ª geraçãoReconhecimento do potencial ecológico e cultural
da paisagem fluvialIntervenções integradas, respeitando o carácter e
os ‘serviços ecossistémicos’Reconectar o rio com as comunidades ribeirinhas
Perspectivas para intervenção na paisagem ribeirinha
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Recomendações
• Avaliação das intervenções já levadas a cabo, aprendizagem com as experiências; • Promover estratégias integradas potenciadoras do desenvolvimento regional e local;• Potenciar o papel do rio enquanto corredor estruturante, tendo em conta os serviços dos ecossistemas fluviais;• Respeitar o carácter único da paisagem ribeirinha do Tejo - reforçar a identidade e o ‘espírito do lugar’;• Ter em conta as especificidades territoriais, culturais e económicas, evitando a homogeneização e as soluções banalizadoras;• Promover o envolvimento das comunidades e populações ribeirinhas.
“Os rios navegáveis têm constituído eixos de desenvolvimento e caminhos transmissores de inovação...” Jorge Gaspar, Os Portos Fluviais do Tejo