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Grupo de Toxicologia de Alimentos e Fármacos
Uso de medicamentos veterinários na piscicultura:
aspectos de segurança alimentar
Prof. Dr. Felix G. R. Reyes
DCA / FEA / UNICAMP
E mail: [email protected]
Pirassununga, 22 de outubro de 2012
Sumário:
Introdução (Definição, Codex,uso, mercado).
Considerações sobre a avaliação de risco.
Programas de vigilância sanitária (determinação de resíduos
nos alimentos).
Considerações sobre validação de métodos bioanalíticos.
GTAF: trabalhos realizados
Uso de medicamentos veterinários na piscicultura: aspectos de segurança alimentar
Definição de segurança alimentar
É a condição que garante que o alimento não causará dano ao consumidor quando
preparado e / ou consumido de acordo com seu uso pretendido
Sempre que possível, a prioridade deve ser dada à prevenção de riscos em vez de
simplesmente controlá-los
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Procedimentos bem definidos para a avaliação, gestão e comunicação do risco, a partir dos quais as melhores práticas podem ser implementadas
Tomando medidas para melhorar e fortalecer seus sistemas de segurança alimentar
Países desenvolvidos Países em desenvolvimento
Com base, principalmente, nas orientações da Comissão do Codex Alimentarius
Processo que permite que as informações sobre os perigos nos alimentos possam ser diretamente relacionadas aos
dados sobre o risco para a saúde humana
Comunicação do risco
Avaliação do risco
Gerenciamento do risco
Análise de Risco
Comissão do Codex Alimentarius
Apenas uma parte do sistema de segurança alimentar
• Políticas de segurança alimentar • Legislação de alimentos (lei e normas) • Inspeção de alimentos • Análise laboratorial • Vigilância epidemiológica de doenças de origem alimentar • Sistemas de monitoramento e informação • educação • comunicação
Análise de Risco
Comunicação do risco
Avaliação do risco
Gerenciamento do risco
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Padrões, normas e critérios Codex estabelecidos para a inocuidade alimentar são reconhecidos pela WTO através dos acordos:
SPS (Acordo Sanitário e Fito-Sanitário) TBT (Acordo Barreiras Técnicas ao Comercio
Codex standards e a Organização Mundial do Comercio
A adoção das normas do Codex como base para os regulamentos nacionais ajuda a harmonizar a aplicação global de medidas de segurança alimentar
Recomenda-se que os países harmonizem suas legislações com base
nas normas do Codex.
Codex standards and the World Trade Organization
A seguir, serão abordados os riscos relacionados com a presença de resíduos de fármacos veterinários em alimentos oriundos da
piscicultura, considerando a situação atual da utilização de medicamentos veterinários na
piscicultura no Brasil
Grupo de Toxicologia de Alimentos e Fármacos
Uso de medicamentos veterinários na piscicultura: aspectos de inocuidade alimentar
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Aspectos de Saúde
Aspectos Econômicos
Aspectos a serem considerados em termos de resíduos de fármacos veterinários em
alimentos
Manter a quota de mercado de um país no comércio internacional de alimentos
Resistência microbiana aos
antibióticos
Saúde humana
Saúde ambiental
É um consenso geral de que a utilização de antibióticos em seres humanos, animais, plantas ou até mesmo no processamento de alimentos,
pode contribuir para o desenvolvimento de resistência microbiana
Antimicrobianos
Reações alérgicas
Aparecimento de patógenos resistentes a
antibióticos
INTOXICAÇÃO CRÔNICA ACÚMULO
LATÊNCIA LONGA
ASPECTOS RELACIONADOS À SAÚDE
ASPECTOS ECONÔMICOS
EXPORTAÇÃO DE ALIMENTOS SISTEMAS DE CONTROLE
REJEIÇÃO DE ALIMENTOS PERDAS ECONÔMICAS
Prof. Felix G.R. Reyes
Fármacos veterinários
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Uso indiscriminado de antimicrobianos
Resistência antimicrobiana
Perdas econômicas
Prejuízo em exportação
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Alteração do fitoplâncton e zooplâncton
Impacto na saúde humana e ambiental
População em expansão
Maior produtividade agropecuária
Maior demanda por recursos de produção
Métodos novos de produção de alimentos
Maior utilização de produtos agroquímicos
Maior uso de Medicamentos Veterinários
Agrotóxicos
Resíduos nos alimentos
(Princípio ativo e metabólitos)
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS
“Toda e qualquer substância que se aplica ou se administra a
qualquer animal destinado à produção de alimentos, como os
que produzem carne ou leite, as aves de granja, peixes ou
abelhas, tanto com fins terapêuticos, profiláticos ou de
diagnóstico, ou para modificar as funções fisiológicas, de
comportamento ou como promotor de crescimento.”
ANVISA - PAMVet
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Destinados a prevenir ou curar doenças dos animais, ou que possam contribuir para a
manutenção da higiene animal.
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS
Saúde animal
Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), 2011
Referência: http://www.sindan.org.br/sd/sindan/index.html
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS
0,00E+00
5,00E+08
1,00E+09
1,50E+09
2,00E+09
2,50E+09
3,00E+09
2009 2008 2007 2006 2005 2004
Faturamento do Mercado Veterinário
R$
US$
2010 – 3 Bilhões
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS
Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), 2012
Referência: http://www.sindan.org.br/sd/sindan/index.html
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Mercado Nacional (R$) – Classe Terapêutica
Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), 2012.
Referência: http://www.sindan.org.br/sd/sindan/index.html
Mercado Nacional (R$) – Espécie Animal
?
Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), 2012.
Referência: http://www.sindan.org.br/sd/sindan/index.html
Fonte: FAO, 2009
Produção Anual Pesqueira por Produção Anual Pesqueira por Km2
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Utilização e disponibilidade mundial de peixes (FAO, 2009)
Aquicultura
captura de
pescados: ápice
nos anos 90
Aquicultura: taxa de crescimento próxima à do crescimento da
população mundial
Fonte: FAO, 2010
23
38% 31%
• Brasil tem 12% das reservas de água doce disponível no planeta.
• Possui mais de 2 milhões de hectares de reservatórios e estuários adequados para a aquicultura.
• O Clima preponderantemente tropical (favorece o cultivo de culturas diversas).
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País é um dos mais importantes no agronegócio mundial
Mercado ainda não consolidado: apresenta altas taxas de crescimento
Em 2010, aprox. 479,398 ton
Fonte: FAO, 2010
Aquicultura da Tilápia
Produção de pescado (t) no Brasil por espécie
Espécie
Produção (t)
2008 2009 2010
Total 282.008,1 337.353,0 394.340,0
Bagre 2.912,5 3.484,1 4.073,4
Carpa 67.624,2 80.895,5 94.579,0
Cascudo 26,5 31,7 37,1
Curimatã 3.736,5 4.469,9 5.226,0
Jundiá 911,0 1.090,0 1.274,3
Matrinxã 2.131,8 2.550,5 2.981,9
Pacu 15.190,0 18.171,0 21.245,1
Piau 5.227,0 6.252,0 7.227,6
Pirarucu 7,4 8,9 10,4
Pirapitinga 560,2 670,2 783,6
Piraputanga 976,3 1.168,0 1.365,6
Pintado 1.777,8 2.126,7 2.486,5
Tambacu 15.459,0 18.492,8 21.621,4
Tambaqui 38.833,0 46.454,1 54.313,1
Tambatinga 3.514,6 4.204,3 4.915,6
Tilápia 111.145,3 132.958,3 155.450,8
Traíra 190,4 227,7 266,3
Truta 3.662,6 4.381,4 5.122,7
Outros 8.122,0 9.715,9 11.359,6 Fonte: MPA, 2012.
Aquicultura da Tilápia
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Competitividade entre produtores
ANTIMICROBIANOS
Parasitas
bactérias
fungos
vírus
28
Tratar enfermidades
Profilático da doença em terapia
29
Produtor de Medicamentos
veterinários
Produtor aquícola
Antimicrobianos regulamentados na aquicultura
30
Antiparasitário
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Carência de alternativas de antimicrobianos na piscicultura
Necessidade de controle de doenças
Substâncias ilícitas 31
Produção por área e por tempo
Competitividade no mercado
Susceptibilidade da criação frente ao surgimento de doenças infecciosas;
Risco da perda da produção
Sistemas Intensivos de criação - Confinamento
PISCICULTURA
RESÍDUOS NOS
ALIMENTOS
MEDICAMENTO
VETERINÁRIO
SEGURANÇA ALIMENTAR
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Resíduos em Alimentos
Resultam do:
Uso inadequado
Contaminação acidental de rações durante o transporte, ou armazenamento
“É o uso oficialmente recomendado ou
autorizado, incluindo os períodos de suspensão do
tratamento, aprovados por autoridades nacionais,
de medicamentos veterinários administrados em
condições práticas.”
ANVISA - PAMVet
BOAS PRÁTICAS DE USO DE
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS
X Propriedades químicas e biológicas
X Dose
X Rota de exposição
X Freqüência de exposição
X Tempo de exposição
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É o procedimento utilizado para avaliar a
inocuidade (aceitabilidade) de substâncias
químicas (fármacos veterinários) presentes em
alimentos.
Prof. Felix G. R. Reyes E mail: [email protected]
Felix G Reyes
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
CARACTERIZAÇÃO DO PERIGO
(Avaliação dose-resposta)
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
CARACTERIZAÇÃO DO RISCO
Comunicação do risco
Avaliação do risco
Gerenciamento do risco
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OMS Expert Group Aspectos toxicológicos
Estabelece “Valores de parâmetros para garantia da saúde humana (IDA,
IDT)”
em base: Pontos de Partida (POD)
(NOAEL, BMD)
Aos quais são aplicados “fatores de incerteza”
FAO Panel of Experts
Aspectos de identidade e pureza
Química e composição
Uso
Exposição
Felix G Reyes
Ca
ract
eriz
ação
do
co
mp
ost
o
DETERMINAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE UMA SUBSTÂNCIA QUÍMICA E SEUS METABÓLITOS EM ESTUDOS FARMACOCINÉTICOS, TOXICOCINÉTICOS E DE DEPLEÇÃO DE RESÍDUOS
PARA A DETERMINAÇÃO DOS RESÍDUOS DE FÁRMACOS VETERINÁRIOS NOS ALIMENTOS
Felix G Reyes
MÉTODOS ANALÍTICOS: VALIDAÇÃO
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Felix G Reyes
Especificações sobre a substância a ser avaliada
Pureza.
Propriedades físicas, químicas e físico-químicas (cor, odor, pontos de fusão e ebulição, densidade, viscosidade, estabilidade e volatilidade).
Identidade e presença de impurezas relevantes.
Processo de fabricação.
Níveis de exposição escolha de doses apropriadas
Toxicidade esperada (estrutura química).
Ca
ract
eri
zaçã
o d
o c
om
po
sto
Felix G Reyes
Resíduos de fármacos veterinários
Distribuição dos resíduos que resultam de cada modo de aplicação em cada espécie
Depleção dos resíduos em tecidos comestíveis ou em alimentos de origem animal.
Identificação de um resíduo marcador (composto original ou metabólito) que é encontrada na concentração mais alta por um período mais longo.
A relação entre esse resíduo marcador e o resíduo total do fármaco é determinado.
Ca
ract
eriz
ação
do
co
mp
ost
o
Informações preliminares Especificações
Felix G Reyes
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Felix G Reyes
CONFIDENCIAL
Felix G Reyes
Métodos experimentais Estudos toxicológicos podem ser divididos em:
IN SILICO: USADA PARA DENOTAR SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS QUE MODELAM UM PROCESSO NATURAL OU DE LABORATÓRIO
IN VITRO: USO DE CÉLULAS OU ORGANISMOS CULTIVADOS OU PREPARAÇÕES DE TECIDO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO OU DE HUMANOS
IN VIVO: COM ANIMAIS DE LABORATÓRIO OU COM HUMANOS
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Felix G Reyes
Delineamento dos testes a serem realizados posteriormente
Auxiliam na seleção: espécies a serem testadas
doses nos estudos de toxicidade
Variabilidade inter espécie nas rotas metabólicas
Fornecem informações importantes para: Caracterização do perigo (Identificação do perigo)
Estudos da absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME)
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
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Felix G Reyes
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Longo prazo/carcinogenicidade: conduzidos de uma maneira que melhor se relacione aos cenários de exposição humana.
Genotoxicidade potencial (in vitro e in vivo): geralmente selecionado um número de ensaios in vitro bem validados para cobrir diferentes endpoints genéticos.
Estudos sobre a reprodução e desenvolvimento: efeitos da substância sobre o desempenho reprodutivo em machos e fêmeas e sobre os desenvolvimentos pré e pós-natal dos filhotes.
Alergia alimentar e outras hipersensibilidades alimentares: não há consenso sobre a dose-limite abaixo da qual a sensibilidade a alérgenos alimentares não ocorreria
Sistema endócrino: necessidade de testes.
Felix G Reyes
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
São de grande importância na avaliação do risco de aditivos alimentares, contaminantes, resíduos de drogas veterinárias e de praguicidas.
As informações podem vir de:
Experimentos controlados em voluntários humanos
Estudos de vigilância
Estudos epidemiológicos de populações com diferentes níveis de exposição
Estudos clínicos
Aspectos éticos: ponto crucial
Felix G Reyes
PONTO DE PARTIDA / (POD – POINT OF DEPARTURE)
ENDPOINT MAIS RELEVANTE NA ESPÉCIE MAIS RELEVANTE
NOAEL: nível de efeito adverso não observado
LOAEL: o nível mais baixo de efeito adverso observado
BMD – Benchmark dose: dose que produz uma resposta adversa baixa, mas mensurável.
BMDL: Limite inferior do intervalo de confiança da BMD
O conjunto de dados disponíveis deverá ser adequado para determinar um ponto de referência para a
caracterização do perigo
Efeitos considerados como tendo um limiar
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
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Felix G Reyes
EXTRAPOLAÇÃO: PARTE NECESSÁRIA EM TODAS AS AVALIAÇÕES DO RISCO.
NA MAIORIA DOS CASOS:
Animais de laboratório
Doses que excedem significativamente a exposição humana.
ASPECTOS CONSIDERADOS NA EXTRAPOLAÇÃO:
1. EXTRAPOLAÇÃO INTER-ESPÉCIES
2. EXTRAPOLAÇÃO INTRA-ESPÉCIES
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Felix G Reyes
Fatores de incerteza.
CSAFs (chemical-specific adjustment factors): modelo que permite extrapolação baseados em diferenças na toxicocinética e na toxicodinâmica entre humanos e os animais de experimentação, e na variabilidade entre diferentes indivíduos.
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Felix G Reyes
“sem risco apreciável à saúde”
Níveis de exposição humana considerados
IDA: usada nos casos em que a exposição pode ser controlada
IDT: contaminantes (metais pesados, contaminantes ambientais como dioxinas e micotoxinas, solventes usados no processamento de alimentos, substâncias formadas durante o processamento de alimentos, etc)
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Parâmetros para garantia da saúde humana
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Felix G Reyes
Parâmetros para garantia da saúde humana (Resíduos de fármacos veterinários)
IDA = POD (NOAEL, BMDL) / “Fator de incerteza”
JECFA: tem adotado fator de 100
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Prof. Felix G.R. Reyes
JECFA ou o JMPR consideram que o uso é seguro por um período de tempo relativamente curto exigido para a obtenção e avaliação de dados adicionais sobre segurança Não seguro por um período vitalício Aguarda-se a submissão de dados apropriados para resolver o problema de segurança em um prazo definido.
IDA “temporária”
IDEN
TIFI
CA
ÇÃ
O E
CA
RA
CTE
RIZ
AÇ
ÃO
DO
PER
IGO
Parâmetros para garantia da saúde humana (Resíduos de fármacos veterinários)
Ingestão Diária Aceitável
“É a quantidade de uma substância, expressa em mg/kg p.c., que pode ser ingerida diariamente, mesmo por toda a vida sem qualquer dano à saúde humana, a luz das informações toxicológicas disponíveis na época da avaliação”.
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Felix G Reyes
Dados sobre consumo de alimentos são combinados com os dados de concentração das substâncias químicas nos alimentos. A estimativa da exposição resultante pode, então, ser comparada com o valor de orientação com base em saúde ou com o POD toxicológico (NOAEL; BMDL) para a substância química de preocupação presente no alimento, como parte da caracterização do risco. Podem ser conduzidas avaliações para exposições agudas ou crônicas. As avaliações da exposição via dieta devem cobrir a população em geral, bem como grupos críticos vulneráveis ou cuja exposição é esperada ser significativamente diferente daquela da população em geral (bebês, crianças, mulheres gestantes, idosos, vegetarianos).
AV
AL
IAÇ
ÃO
DA
EX
PO
SIÇ
ÃO
Felix G Reyes
Abordagens
Caracterização do risco de efeitos tóxicos considerados como
tendo um limiar para o efeito adverso observado
Caracterização do risco de efeitos tóxicos considerados como
não tendo um limiar.
Ca
racte
riza
ção
do
ris
co
Felix G Reyes
Os valores dos “Parâmetros para Garantia da Saúde
Humana” são comparados com a exposição humana
estimada ou medida Ca
racte
riza
ção
do
ris
co
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Dose e absorção do fármaco;
Metabolismo do fármaco;
Excreção e distribuição do fármaco e seus
metabólitos (músculo, fígado, rins, etc.) e
produtos consumíveis (leite, queijos, ovos,
mel, etc.) do animal alvo;
Fatores a serem considerados na avaliação de fármacos veterinários
Consumo do produto de origem animal (animal
tratado);
Absorção potencial do fármaco administrado aos
animais e seus metabólitos no homem;
Distribuição e excreção dos fármacos e
metabólitos, assim como dos metabólitos
secundários gerados a partir dos fármacos e
metabólitos ingeridos a partir dos alimentos
provenientes de animais tratados.
Fatores a serem considerados na avaliação de fármacos veterinários
Método analítico validado para a detecção e quantificação do composto e seus metabólitos; Revisão dos métodos analíticos de rotina que possam ser usados por órgãos governamentais na detecção do composto em tecidos alvo, incluindo informações sobre amostragem e garantia da qualidade.
Os LMR de fármacos veterinários são estabelecidos pela
Comissão do Codex Alimentarius, baseados na
recomendação do Comite Codex de Resíduos de Drogas
Veterinárias (CCRVDF) e pelo Comitê FAO/OMS de Peritos em
Aditivos Alimentares (JECFA)
Para medicamentos de uso veterinário, o LMR é definido como
concentração máxima (expressa em mg kg-1 ou mg L-1) que se permita
legalmente ou que se reconheça como admissível em um alimento. É
baseado no tipo e quantidade de resíduo que não induz efeito adverso à
saúde humana, considerando-se a IDA do composto.
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Os LMR são destinados a fornecer garantia que, quando um medicamento for utilizado apropriadamente, a ingestão de resíduos de medicamentos presentes nos alimentos não excede o valor da IDA.
Toxicidade da substância
Quantidade de alimento consumida
Avaliação toxicológica
LMR
Dados estatísticos
Método analítico
Resíduos de fármacos em alimentos destinados ao consumidor
JECFA Reunião do Comitê de Peritos da FAO/WHO
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
Organização Mundial da Saúde
Codex Alimentarius: Normatização em alimentos
1955
http://www.fao.org/food/food-safety-quality/scientific-advice/jecfa/jecfa-vetdrugs/en/
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http://www.inchem.org/
COMUNIDADE EUROPÉIA
Agência Européia de Avaliação de Medicamentos
European Medical Evaluation Agency
Council Regulation no. 2377/90
Anexo I- MRL (LT)
anexo II- não requer MRL
Anexo III - MRL provisório
Anexo IV - composto de uso proibido na UE
Resíduos de fármacos em alimentos destinados ao consumidor
http://www.ema.europa.eu/
http://www.ema.europa.eu/
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Estados Unidos da América
Agência Norte-Americana de
Avaliação de Medicamentos
Resíduos de fármacos em alimentos destinados ao consumidor
http://www.fda.gov/AnimalVeterinary/
O SINDAN com o apoio da Coordenação de Fiscalização de
Produtos Veterinários (CPV), Departamento de Fiscalização
de Insumos Pecuários (DFIP) e da Secretaria de Defesa
Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, disponibiliza para o setor veterinário o
Compêndio de Produtos Veterinários, onde tanto as
empresas associadas como as não associadas colocam seus
produtos de linha, facilitando a consulta dos dados
das rotulagens e seu registro no MAPA.
92 laboratórios
http://www.cpvs.com.br/cpvs/index.html
Tabela 4. Limites Máximos de Resíduos estabelecidos para quinolonas de uso
permitido na aquicultura em diferentes regiões.
REGIÃO QUINOLONA LMR( μg/kg) REFERÊNCIA
Europeia Sarafloxacina
Acido oxolinico
Flumequina
Danofloxacina
Difloxacina
Enrofloxacina
30e
300
600e, 500*
100
300
100
Agência Europeia de Medicamentos - EMEA
Japão Acido Oxolinico
Flumequina
Danofloxacina
Sarafloxacina
100a, 60b, 50c
500a, 40b, 600c
100b, 100c
100, 30a
Fundação de Pesquisa Química de Alimentos do Japão – FFCR
Ásia Acido Oxolinico
Flumequina
Enrofloxacina
50
500
100
Serviço Asiático de Regulação e Informação de Alimentos -AFRIS
Chile Acido Oxolinico
Flumequina
100
600
Serviço de Agricultura e Pecuária – SAG (Servicio Agrícola y Ganadero)
Equador Enrofloxacina
Acido oxolinico
Danofloxacina
Flumequina
100
100
100
200
Instituto Nacional da Pesca -INP
a: Salmão e truta; b:Bonito, carapau, cavala, robalo, pargo e atum; c:Outros peixes; d:Trutas; e: Salmão
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Tabela 5. Limites Máximos de Resíduos estabelecidos para as quinolonas,
para fins de fiscalização no Brasil
ANALITO MATRIZ LMR (μg/kg)
Enrofloxacina
Ciprofloxacina
Sarafloxacina
Difloxacina
Acido oxolínico
Flumequina
Peixe de criação
100
100
30
300
100
600
Fonte: PNCRB (2011)
SEGURANÇA ALIMENTAR
Brasil - Resíduos de FV em alimentos
Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal (PNCRC) Portaria Ministerial nº. 51, de 06 de maio de 1986 e adequado pela Portaria Ministerial nº. 527, de 15 de agosto de 1995.
Planos setoriais: Carnes (bovinos, suínos e frangos), ovos, mel, pescado
Programa Nacional de Análise de Resíduos de Medicamentos
Veterinários em Alimentos Expostos ao Consumo (PAMVet)
RDC 253, de 16 de setembro de 2003
Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC)
Produtos analisados
Número de substâncias
Número de amostras
Nos últimos 5 anos em torno de 20.000
amostras/ano
2010 – 19.235 (99,8 %)
Mais de 120
carnes bovina, suína, equina e de aves, leite,
ovos, mel e pescado
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Desenvolvimento de métodos analíticos
Avaliação impacto do emprego de
medicamentos veterinários
Estudos farmacocinéticos
para a
recomendação de doses
eficazes e períodos de
carência
Características desejadas:
Exatos
Precisos
Sensíveis
Baixos LOD e LOQ
Reprodutíveis
*Simples, rápidos e econômicos!
MÉTODOS ANALÍTICOS
Controle de resíduos de fármacos veterinários em alimentos
MÉTODOS ANALÍTICOS
Método Analítico de Triagem (“Screening”)
Método usado para detectar a presença de uma substância ou classe de
substâncias a um nível de interesse. Devem ter a capacidade de
processar um elevado número de amostras, e são utilizados para
selecionar amostras não conformes. São concebidos especificamente
para evitar falsos resultados conformes.
Commission Decision 2002/657/EC
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MÉTODOS ANALÍTICOS
Métodos Analíticos Confirmatórios
É o método analítico usado para fornecer informação completa ou
complementar para que uma substância possa ser inequivocamente
identificada e, se necessário, quantificada ao nível de interesse.
Commission Decision 2002/657/EC
MÉTODOS ANALÍTICOS
Métodos cromatográficos
A Cromatografia é um método físico-químico de separação dos
componentes de uma mistura, realizada através da distribuição
destes componentes entre duas fases que estão em contato
íntimo.
Uma das fases permanece estacionária (denominada fase
estacionária, FE) enquanto a outra move-se através dela
(denominada fase móvel, FM).
Preparo de amostras
Métodos rápidos e confiáveis
Menor custo de análise
Menor consumo de solventes
Menor geração de resíduos
MÉTODOS MULTIRESÍDUOS
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Validação de Métodos Bioanalíticos
Resíduos de Medicamentos Veterinários
Guias – Agências Reguladoras Oficiais
FDA EC
ANVISA / MAPA
Felix G Reyes
Para demonstrar que os resultados obtidos são
confiáveis e reprodutíveis.
Validação da metodologia
Felix G Reyes
Tabela 6. Parâmetros analíticos da validação
PARÂMETRO DEFINIÇÃO REFERÊNCIA
LINEARIDADE
Mede a capacidade que tem o método para
demonstrar que os resultados obtidos são
diretamente proporcionais à concentração do
analito na amostra, dentro de um intervalo
especificado.
MAPA (2011)
SELETIVIDADE
Mede a capacidade que tem o método para
identificar e/ou quantificar o analito, apesar da
presença de possíveis interferentes (impurezas,
metabólitos, e outros).
IUPAC (2002)
EFEITO MATRIZ
É um estudo de seletividade que objetiva
averiguar possíveis interferências causadas por
elementos diversos que compõem a matriz
amostral gerando, basicamente, fenômenos de
diminuição ou ampliação do sinal de emissão.
MAPA (2011)
PRECISÃO
Mede o grau de concordância de resultados de
testes independentes obtidos sob condições
estabelecidas.
IUPAC (2002)
LIMITE DE
DECISÃO (CCα)
È definida como o menor nível de concentração
no qual o método pode discriminar com uma
certeza estatística de 1 – α que o analito em
questão está presente.
EC (2003)
CAPACIDADE DE
DETECÇÃO
(CCβ)
Representa a menor quantidade da substância
que pode ser detectada, identificada e/ou
quantificada numa amostra com probabilidade de
erro aceitável (β).
EC (2003)
LIMITE DE
DETECÇÃO (*)
È definida como a menor quantidade do analito
na amostra que pode ser diferenciada, de forma
confiável, do ruído de fundo.
ANVISA
(2003)
LIMITE DE
QUANTIFICAÇÃO
(*)
È definida como a menor quantidade do analito
na amostra que pode ser determinada com
precisão e exatidão aceitáveis, sob as condições
experimentais estabelecidas.
IUPAC (2002)
EXATIDÃO
Mede a proximidade dos resultados obtidos pelo
método desenvolvido em relação ao valor
verdadeiro, utilizando um procedimento
experimental para uma só amostra por repetidas
vezes.
IUPAC (2002)
(*) Parâmetros não considerados pelo MAPA.
03/10/2012
29
Confiabilidade dos resultados em análises de resíduo
Um país que queira exportar deve ter
um programa de controle de
resíduos com laboratório com
pessoal treinado, infraestrutura e
preparo de amostras adequados
NBR/17025
FAO-1997
Desenvolvimento de métodos analíticos para a determinação de contaminantes (fármacos
veterinários) em alimentos: estudos de farmacocinética e de depleção de resíduos
HPLC – FLUORESCÊNCIA; DAD
LC – MS/MS Extração em fase líquida (LLE)
Extração em fase sólida (SPE)
Felix G Reyes
Métodos analíticos: validação
03/10/2012
32
Felix G Reyes
2012
CONFIDENCIAL
Felix G Reyes
CONCLUSÕES
Existe uma necessidade de
Monitoramento do uso dos med. vet.
Restrição da venda dos med. Vet.
Em muitas situações o país carece de
informações sobre a qualidade dos produtos
alimentícios, quer seja por falta de métodos
analíticos disponíveis como de pessoas
qualificadas para realizar as análises o que gera
deficiência ou falta de informações disponíveis.
Felix G Reyes
CONCLUSÕES
PONTOS CRÍTICOS
Estudos de depleção de resíduos e estabelecimento
de períodos de carência nas condições do país.
Controle da qualidade dos medicamentos
veterinários (fiscalização).
Desenvolvimento de métodos alternativos, rápidos,
de baixo custo, com menor consumo de solventes.
Preocupação com os resíduos no meio ambiente.
03/10/2012
33
http://www.e-science.unicamp.br/gtaf/
MUITO
OBRIGADO!
www.fea.unicamp.br
http://www.e-science.unicamp.br/gtaf/