Dinamismo inferior a média dos emergentes.
Crise 2008/2009: crise de crédito Razões endógenas – desvalorização cambial > derivativos
cambiais tóxicos > súbita parada de crédito e produção
Recessão profunda mas curta =
saída via crédito para indivíduos (consumo) e fomentado pelos bancos públicos;
política monetária (corte de juros e forte liquidez)
ativismo fiscal reduzido (muitos incentivos tributários e avanço no baixo investimento fixo público)
Singularidade: tesouro se endivida para emprestar aos bancos públicos (BNDES) BNDES assegura incremento de crédito para empresas e impede
maior queda da taxa nacional de investimento
.
2
3
CRESCIMENTO ECONÔMICO COMPARADO (UNCTAD): BRASIL - 2005/2013
Variação Anual
2005-
2008a 2009 2010b 2011c 2012c 2013c
Brasil 4,6 -0,6 7,5 3,7 2,7 3,8
America Latina e Caribe 5,0 -2,1 6,0 4,3 3,3 4,2
Economia em Desenvolvimento 6,9 2,4 7,5 6 5,6 5,9
Países de Alta Renda média 7,5 1,2 7,3 6,1 5,5 6,0
Economias Desenvolvidas 1,9 -4,0 2,7 1,3 1,3 1,9
Mundo 3,3 -2,4 4,0 2,8 2,6 3,2
Índice (Base 2005/2008)
2005-
2008a 2009 2010b 2011c 2012c 2013c
Brasil 100,00 99,40 106,86 110,81 113,80 118,12
America Latina e Caribe 100,00 97,90 103,77 108,24 111,81 116,50
Economia em Desenvolvimento 100,00 102,40 110,08 116,68 123,22 130,49
Países de Alta Renda média 100,00 101,20 108,59 115,21 121,55 128,84
Economias Desenvolvidas 100,00 96,00 98,59 99,87 101,17 103,09
Mundo 100,00 97,60 101,50 104,35 107,06 110,49
Fonte primária: UNCTAD (apenas taxas). Notas: (a) média anual; (b) preliminar; (c ) projeções
4
69,2 66,7 65,2
63,6
68,1 66,8 65,0 64,0 62,5
60,9 59,0 57,2
78,9 78,6 78,1
84,7
97,8
104,4
109,5
112,9 115,1 116,1 116,7
117,2
40,4
36,6 36,3 34,6
35,9
40,7
36,9 34,7 32,7
31,2 30,0 29,0
60,4 58,3 57,5
60,6
68,5
73,8 75,3 76,3 76,7 76,6 76,3
76,1
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Brasil Eco.Avançadas G20 Emergentes G20 Média Geral
5
Evolução da Dívida Pública em Diferentes Metodologias:
em % do PIB - Dezembro/2000 a Dezembro/2011 Bruta do Governo Geral (metodologia até2007xpós2008) e Liquida do Setor Público
35%
40%
45%
50%
55%
60%
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80%
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9
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0
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1
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DBGG - Metodologia Antiga DBGG - Metodologia Nova DLSP
Evolução da taxa implícita DSLP e da Selic
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
no
v/0
2
mai
/03
no
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3
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4
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no
v/0
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8
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no
v/0
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/10
no
v/1
0
mai
/11
no
v/1
1
Taxa implícita Taxa Selic
Aspectos Conjunturais: ◦ motivação da crise e da sua saída no crédito: tripé
virou quatrilho (bancos públicos com papel ativo) ◦ resposta fiscal tradicional foi tímida e suscitou
questões próximas as das economias avançadas
Aspectos Estruturais: ◦ curto prazo – cada vez mais complexas e intrincadas
relações entre fisco, juros, câmbio e, agora, crédito ◦ médio prazo – resposta à crise não mudou patamar
ainda reduzido da taxa de investimento público ◦ longo prazo – necessário nova onda de reformas para
consolidar responsabilidade fiscal, refundar o orçamento e mudar pauta da reforma tributária
9
10
COMPOSIÇÃO DO ATIVO TOTAL DO SISTEMA BANCÁRIO SEGUNDO CONTROLE DAS INSTITUIÇÕES, EM PAÍSES SELECIONADOS – 2009 - em % do ativo total
Compilado de The Economist (2010). Tradução nossa.
11
EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA E DE CRÉDITOS DO SISTEMA FINANCEIRO Dez/2000 a Nov/2011: em % DO PIB
Variáveis Dez/00 Dez/05 Ago/08 Dez/08 Dez/09 Dez/10 Nov/11 Ago/08-
Nov/11
DÍVIDA PÚBLICA E DEDUÇÕES
Deduções de Créditos Governamentais 8,5% 9,8% 8,5% 8,9% 11,9% 14,0% 14,0% 5,5%
Dívida Mobiliária em Mercado 33,7% 44,3% 41,3% 41,1% 42,7% 42,2% 42,2% 0,8%
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) 47,7% 48,2% 42,5% 38,0% 41,5% 39,1% 36,6% -5,9%
Dívida Pública Mobiliária Federal em poder do público (DPMFI) 43,0% 46,7% 51,6% 51,6% 56,4% 49,4% 51,0% -0,6%
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG-metodologia pós 2008) 52,2% 56,4% 56,2% 57,4% 60,9% 53,4% 54,5% -1,7%
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG-metodologia até 2007) 63,2% 67,7% 59,6% 63,0% 66,6% 64,4% 63,5% 3,9%
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Recursos Discricionários 11,5% 9,5% 10,8% 11,7% 14,4% 15,6% 17,2% 6,4%
Instituições Financeiras Públicas 12,0% 10,4% 13,1% 14,7% 18,4% 18,9% 20,6% 7,5%
Total do Sistema Financeiro Nacional 27,4% 28,3% 38,4% 40,5% 44,4% 45,2% 48,2% 9,8%
Elaboração própria. Fonte primária: BACEN (notas da política f iscal e de crédito, bem assim séries históricas).
Deduções de Créditos Governamentias compreendem valores abatidos na apuração da DLSP: recursos do FAT na rede bancária; créditos concedidos
para instituições f inanceiras oficiais (instrumentos híbridos e ao BNDES), aplicações de fundos e programas financeiros, e créditos junto às estatais.
DPMFI em poder público calculada pelo BACEN na nota do mercado aberto (tabela 11).
12
8
10
12
14
16
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1
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2
fev/
03
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4
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0
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1
nov/11
Créditos Gov.Central para Bancos Op.Crédito-Rec.Discricionários Op.Crédito-Inst.Financ.Públicas
Evolução dos Créditos Governamentais e do Sistema Financeiro (Instituições Públicas e
Recursos Discricionários): em % do PIB - Janeiro/2001 a Dezembro/2011
13
35%
40%
45%
50%
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DPMfi Operações Mercado Aberto
Evolução dos Títulos em Poder do Público: em % do PIB - Dezembro/2000 a
Dezembro/2011
(Dívida Pública Mobiliária Federal interna mais Operações de Mercado Aberto)
14
Evolução de Dívidas do BC: Depósitos Compulsórios Remunerados, Operações
Compromissadas do BC e Somatório: em % do PIB - Janeiro/2001 a Dezembro/2011
-2%
3%
8%
13%
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Depósitos Compulsórios Remunerados Operações Compromissadas BC Dívida BC com Mercado
15
Ano
Operações
Crédito
BNDES
(Saldo/BC)
Crédito
Tesouro para
BNDES
(Saldo/DLSP)
Total
Desembolso
BNDES
Desembolso
BNDES para
FBCF
Investimento
FBCF
Alavancado
pelo BNDES
FBCF
Nacional
2001 5,42% -0,33% 1,94% 1,10% 1,90% 17,03%
2002 6,32% -0,80% 2,53% 1,04% 1,76% 16,39%
2003 5,89% -0,80% 1,97% 0,94% 1,55% 15,28%
2004 5,67% -0,92% 2,05% 1,10% 1,75% 16,10%
2005 5,78% -0,78% 2,19% 1,09% 1,93% 15,94%
2006 5,87% -0,42% 2,17% 1,11% 1,87% 16,43%
2007 6,01% -0,25% 2,44% 1,41% 2,18% 17,44%
2008 6,90% -1,17% 3,00% 1,60% 2,49% 19,11%
2009 8,74% -3,99% 4,21% 2,21% 4,08% 18,07%
2010 9,49% -6,28% 4,47% 2,23% 3,84% 19,46%
2011 9,92% -6,90% 3,32% 2,20% 4,14% 19,24%
Média 2001/08 5,98% -0,68% 2,29% 1,17% 1,93% 16,71%
Média2009/11 9,38% -5,72% 4,00% 2,21% 4,02% 18,92%
Var.2011-08 3,01% -5,73% 0,32% 0,59% 1,65% 0,12%
16
AnoFBCF
Nacional
FBCF
Governos
(IPEA)
FBCF Setor
Privado
FBCF Setor
Privado SEM
BNDES
DIRETO
FBCF Setor
Privado SEM
BNDES
ALAVANCAD
O
2001 17,03% 1,89% 15,14% 14,04% 13,25%
2002 16,39% 2,21% 14,18% 13,13% 12,41%
2003 15,28% 1,51% 13,77% 12,83% 12,22%
2004 16,10% 1,63% 14,46% 13,36% 12,71%
2005 15,94% 1,62% 14,32% 13,22% 12,39%
2006 16,43% 2,00% 14,43% 13,32% 12,57%
2007 17,44% 1,79% 15,65% 14,24% 13,48%
2008 19,11% 2,25% 16,86% 15,26% 14,37%
2009 18,07% 2,38% 15,69% 13,49% 11,62%
2010 19,46% 2,85% 16,61% 14,38% 12,76%
2011 19,24% 2,30% 16,93% 14,74% 12,79%
Média 2001/08 16,71% 1,86% 14,85% 13,68% 12,92%
Média2009/11 18,92% 2,51% 16,41% 14,20% 12,39%
Var.2011-08 0,12% 0,05% 0,07% -0,52% -1,58%
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15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
jun/00 jun/01 jun/02 jun/03 jun/04 jun/05 jun/06 jun/07 jun/08 jun/09 jun/10 jun/11
Evolução das Operações de Crédito do Sistema Financeiro
em % do PIB - Jun/2000 até Dez/2011
Outros Rural + Habitação PF Livres BNDES PJ Livres
Turbulências internacionais crescentes: Solução da última crise virou principal determinante da
instabilidade para nova crise: dívida pública, política fiscal
Desafio brasileiro: não consegue acelerar crescimento e acompanhar demais grandes emergentes
Esgotamento do padrão de financiamento e crescimento: famílias se tornaram bem endividadas; bancos privados não expandem crédito para empresas; dívida pública bruta alta e acima dos emergentes; intensas críticas ao arranjo tesouro se endividar (no curto prazo e com maiores juros do mundo) para emprestar ao BNDES (no longo prazo e com juros pré-fixados ou inferiores aos de curto)
Premente: liberar funding privado preso no curto prazo para financiar projetos de longo prazo e diminuir pressão sobre tesouro e sobre dívida pública
18
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Mais trabalhos sobre o tema
no site do autor :
www.joserobertoafonso.com.br
José Roberto Afonso é economista do BNDES,
a serviço do Senado da República (assessor técnico).
Opiniões de exclusiva responsabilidade do palestrante.
Vivian Almeida, Marcia Monteiro e Kleber Castro deram apoio
para a elaboração desta análise.