este zine registra uma intervenção urbana realizada em olinda, recife e vitória
este zine registra uma intervenção urbana realizada em olinda, recife e vitória
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.
TÁ, E O QUÊ QUE A INTERVENÇÃO URBANA REGISTRADA NESSE FANZINE TEM COM ISSO?Acontece que após todo estudo, não poderia deixar de botar a mão na massa e fazer nessa oficina os meus próprios cartazes! Foi quando surgiu a ideia de projetar uma intervenção com os lambe-lambes. Assim, desenvolvi uma série de desenhos de meninos dormindo, chamando atenção à realidade social da rua, muitas vezes ofuscada diante da pressa urbana e de todo o caos visual. A intervenção foi feita em parceria com o agitador social Rui Mendonça –Xs Cabras, e contou com a colaboração dos coletivos Mangue Crew e Hospício Gráfico.Foram selecionados 3 desenhos de meninos e feita um tiragem de 60 cartazes de 1,20m x 0,9m, impressos com tinta serigráfica em papéis reaproveitados outdoors. Dos lambe-lambes, que embrulharam pontos estratégicos de Olinda-PE, Recife-PE e Vitória-ES em novembro de 2010, ainda é possivel ver a sombra esfarrapada dos meninos.
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.PANO
RÂMICA
TÁ, E O QUÊ QUE A INTERVENÇÃO URBANA REGISTRADA NESSE FANZINE TEM COM ISSO?Acontece que após todo estudo, não poderia deixar de botar a mão na massa e fazer nessa oficina os meus próprios cartazes! Foi quando surgiu a ideia de projetar uma intervenção com os lambe-lambes. Assim, desenvolvi uma série de desenhos de meninos dormindo, chamando atenção à realidade social da rua, muitas vezes ofuscada diante da pressa urbana e de todo o caos visual. A intervenção foi feita em parceria com o agitador social Rui Mendonça –Xs Cabras, e contou com a colaboração dos coletivos Mangue Crew e Hospício Gráfico.Foram selecionados 3 desenhos de meninos e feita um tiragem de 60 cartazes de 1,20m x 0,9m, impressos com tinta serigráfica em papéis reaproveitados outdoors. Dos lambe-lambes, que embrulharam pontos estratégicos de Olinda-PE, Recife-PE e Vitória-ES em novembro de 2010, ainda é possivel ver a sombra esfarrapada dos meninos.
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.
MODO DE CONFECÇÃO DO LAMBE-LAMBE
Leva-se cada matriz vazada até a mesa de serigrafia onde será entintada e com o auxílio do rolo serigráfico serão impressas as cópias.
Conforme as cópias vão sendo impressas, são depositadas em estantes com prateleiras de grades metálicas, onde passam pelo rocesso de secagem.
O layout chega por email e é impresso em uma folha A4 de transparência.
Na parede é projetado o layout, traçado com lápis e régua as tipografias e figuras, em cada quadrante do cartaz.
Cada quadrante do cartaz vai pra mesa de luz onde é feito o molde vazado de cada cor e depois é recortado com estilete.
Os cartazes depois de secos, são armazenados até a noite, quando são entregues á equipe de coladores.
Prepara-se a tinta serigáfica, misturando num balde: emulsão, água, fixador e corante.
O cartaz pode ser formado por 2, 4 ou 6 folhas de 75 x 115 cm, que ficam fixadas na parede da oficina.
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.
TÁ, E O QUÊ QUE A INTERVENÇÃO URBANA REGISTRADA NESSE FANZINE TEM COM ISSO?Acontece que após todo estudo, não poderia deixar de botar a mão na massa e fazer nessa oficina os meus próprios cartazes! Foi quando surgiu a ideia de projetar uma intervenção com os lambe-lambes. Assim, desenvolvi uma série de desenhos de meninos dormindo, chamando atenção à realidade social da rua, muitas vezes ofuscada diante da pressa urbana e de todo o caos visual. A intervenção foi feita em parceria com o agitador social Rui Mendonça –Xs Cabras, e contou com a colaboração dos coletivos Mangue Crew e Hospício Gráfico.Foram selecionados 3 desenhos de meninos e feita um tiragem de 60 cartazes de 1,20m x 0,9m, impressos com tinta serigráfica em papéis reaproveitados outdoors. Dos lambe-lambes, que embrulharam pontos estratégicos de Olinda-PE, Recife-PE e Vitória-ES em novembro de 2010, ainda é possivel ver a sombra esfarrapada dos meninos.
Juliana Lisboa [artista gráfica,
inquieta e irresponsável]
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.
TÁ, E O QUÊ QUE A INTERVENÇÃO URBANA REGISTRADA NESSE FANZINE TEM COM ISSO?Acontece que após todo estudo, não poderia deixar de botar a mão na massa e fazer nessa oficina os meus próprios cartazes! Foi quando surgiu a ideia de projetar uma intervenção com os lambe-lambes. Assim, desenvolvi uma série de desenhos de meninos dormindo, chamando atenção à realidade social da rua, muitas vezes ofuscada diante da pressa urbana e de todo o caos visual. A intervenção foi feita em parceria com o agitador social Rui Mendonça –Xs Cabras, e contou com a colaboração dos coletivos Mangue Crew e Hospício Gráfico.Foram selecionados 3 desenhos de meninos e feita um tiragem de 60 cartazes de 1,20m x 0,9m, impressos com tinta serigráfica em papéis reaproveitados outdoors. Dos lambe-lambes, que embrulharam pontos estratégicos de Olinda-PE, Recife-PE e Vitória-ES em novembro de 2010, ainda é possivel ver a sombra esfarrapada dos meninos.
As grandes cidades confundem-se: Recife, Vitória, São
Paulo, “I New York”. Em todas elas, os excedentários
do sistema, os economicamente não viáveis do capital-
ismo, se atropelam entre (ou serão eles mesmo?) a
massa. Vários meninos tentam adormecer. Na noite,
encolhidos, indiferentes à indiferença. Colar os meni-
nos desenhados nas paredes, misturados com farinha e
soda caústica, é um grito. Nenhum poder poderá fazer
calar o clamor dos milhões de oprimidos. Podem matá-
los à fome ou ao abandono, mas não podem silenciar
para todo o sempre o seu clamor, porque então o seu
Silêncio tornar-se-ia ensurdecedor...
No mesmo dia que colamos os meninos no Recife, dia 7
de setembro de 2010, o prédio Trianon, em pleno centro
da cidade, que servia apenas como camarote do Galo
da Madrugada, no carnaval, foi ocupado pelos Sem--
Viver no meio urbano é ao mesmo tempo conviver com uma profusão de informações, cores e texturas tipográficas que fazem parte do discurso identitário e comunicativo de cada cidade.Foi morando em Recife que iniciei a minha pesquisa sobre o que chamam no âmbito do design de PAISAGEM GRÁFICA URBANA. A capital pernambucana, cuja imagem é fortemente identificada pelos letreiramentos populares, os grafites, as pixações e sobretudo os cartazes de shows, foi o cenário dessa pesquisa. Os tais cartazes, conhecidos como lambe-lambes, foram o meu objeto de estudo. Antes mesmo de começar a frequentar as aulas de Memória Tipográfica Pernambucana na UFPE – que me renderam um artigo sobre o assunto - comecei a fotografar os lambe-lambes e em seguida a procurar pelas gráficas onde são feitos. Foi assim que cheguei à oficina serigráfica de André Lopes, localizada em Dois Unidos – zona periférica de Olinda. O primeiro contato que tive foi o bastante para fomentar idéias de como trabalhar com aquilo. Na oficina, os gritantes e gigantes cartazes (que podem ter até 9 metros de largura) são confeccionados por serigrafia, num processo inteiramente manual que tem como base o estêncil, como você pode conferir na figura a seguir. Acompanhei desde a pré-produção até a distribuição dos lambe-lambes, que é feita dia após dia durante as madrugadas por uma equipe de coladores há 20 anos.
Teto. Hoje vivem lá cerca de 150 famílias e muitos meni-
nos, que antes dormiam nas ruas.
A calma é propaganda do sistema. Isto vai estalar e tu
onde vais estar? Escolhe a tua luta!
Convocamos todas aquelas e aqueles que não suportam
essa ordem do mundo, todas aquelas e aqueles que se
organizam para sobreviver contra-a-corrente.
Convidamos todas aquelas e aqueles para quem é
tempo, en�m, de se reencontrar.
NOS VEMOS NAS RUAS Abrindo portas,
Xs Cabras
meninosda ruameninosda rua
meninosda ruameninosda rua
meninosda ruameninosda rua
para nós chão. pra vocês cama branca de algodãopara nós chão. pra vocês cama branca de algodão
para nós chão. pra vocês cama branca de algodãopara nós chão. pra vocês cama branca de algodão
*tipografias | Brave, Jesus Chorou, Scala Sans.
Expe
dient
eINTERVENÇÃO EM FORMATO LAMBE-SE-A-CIDADE.
Alvos Olinda (PE), Recife (PE) e Vitória (ES)
Período Setembro e outubro de 2010
Agitadores Ju Lisboa | issuu.com/julisboa + flickr.com/julisboaXs Cabras | xscabras.wordpress.comMangue Crew | manguecrewpe.blogspot.com
Impressão QualyGraf | [email protected] (Dois Unidos/Olinda)
Fotografias Valeria rey, Mari Schimdt, Xs Cabra, Ju Lisboa, Cris Rezende
Ilustrações + projeto gráficoJu Lisboa
Na colaXs Cabra, Ju Lisboa, Mangue Crew, Hospício Gráfico
PoemaPor Rogério, um menino de rua de Curitiba, entregue ao jornalista Washington Araújo.