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Agentes de Melhoramento Genético e Lucratividade Luís Gustavo G. Figueiredo Pesquisador da ANCP

Agentes de Melhoramento Genético e Lucratividade

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Agentes de Melhoramento Genético e Lucratividade

Luís Gustavo G. Figueiredo

Pesquisador da ANCP

Projeções da FAO (2010)

• 9 bilhões de habitantes até 2050

Em 2050

Teremos que dobrar a produção de alimentos

E 70% desse aumento virá de tecnologias que

aumentam a produtividade

Demanda de Alimentos

Introdução

Seleção Genética

Disseminação

Reprodução

Crescimento da Progênie

Processamento

Consumo

$

Qual é o nosso produto?

(pergunta essencial para definirmos nossos objetivos)

Olho do Cliente

Tecnologias na Pecuária Nutricional

Fonte: Ferraz, JBS

Não existe melhoramento animal, aumento de produtividade sem

definição clara de objetivos, pois, afinal.......

Fonte: Ferraz, JBS

Nosso produto é......

Para se conseguir eficiência, aumento de produtividade e lucratividade é

necessário,portanto…

• Definição clara de objetivos, metas e tempos

• Conhecimento

• Aplicação adequada dos melhores métodos e

tecnologias disponíveis

E o que buscamos ao comprar material genético (tourinho, doadoras, sêmen ou embriões)?

Na realidade, buscamos o material genético, contido nos Cromossomos (DNA)

Como começar um trabalho de melhoramento genético e

aplicá-lo na fazenda

PREMISSA BÁSICA 1: REPRODUÇÃO

Touro tem que cobrir e

vaca parir!

Vaca tem que parir e

desmamar bezerros

pesados em sua vida

produtiva

PREMISSA BÁSICA 1: REPRODUÇÃO

Estação de monta Recomendado EM máxima de 4 meses, concentrado no verão

Concentração dos nascimentos

Organização operacional da Fazenda

Permite identificar animais improdutivos

Formação de lotes mais homogêneos

Tecnologias na Pecuária Reprodutivas

Acasalamento Dirigido

Concilia o máximo de informação genética e morfológica de cada animal, para definir os acasalamentos mais adequados a fim de otimizar o potencial genético e funcional dos produtos que serão gerados para atingir os objetivos do cliente.

Acasalamento Dirigido

PREMISSA BÁSICA 2: COLETA DE DADOS

Integridade dos dados

Identificação do animal

Filiação detalhada (genealogia)

Data de nascimento

Mensurações de características com precisão

Identificação correta e detalhada do manejo e lote de manejo

Nascimentos (identificação, sexo, data nasc., genealogia)

Pesagens e perímetros escrotais (data med., RA, LM)

1º Cronograma 2º Cronograma Como Pesar

JANEIRO FEVEREIRO

Machos e fêmeas, do nascimento até 18 meses de idade.

Perímetro escrotal dos machos dos 9 até 18 meses de idade.

Peso da vaca adulta uma vez ao ano (Recomendado)

Peso ao nascer real (Recomendado)

ABRIL MAIO

JULHO AGOSTO

OUTUBRO NOVEMBRO

Informações necessárias

Qualidade dos dados

• Fertilidade

• Precocidade Sexual Perímetro Escrotal

• Monitorar o desenvolvimento do animal.

Pesagem

Importância

• Peso ao Nascer

• Peso da Vaca Adulta

Coleta de dados

Coleta: 365 a 610 dias

Coleta: 330 a 610 dias

Informações necessárias

Lotes de Manejo

Grupo de animais manejados juntos submetidos as

mesmas condições de ambiente, nutricionais e

sanitárias.

Lotes de Manejo

Quebra ou união de LMs sem informar no software

Regime alimentar diferenciado dentro dos LMs

LMs com animais únicos

LMs com animais filhos de um único touro

Inclusão de animais provenientes de regime alimentar diferente sem prévia pesagem e/ou informação no software

Fatores que descaracterizam um lote de manejo

Grupo de animais que tiveram as mesmas oportunidades e condições ambientais para expressar seu potencial genético

Formado por:

Fazenda;

Sexo;

Regime alimentar;

Época de nascimento;

LOTE DE MANEJO.

Grupo Contemporâneo

Qualidade da Informação

Qualidade dos dados coletados na fazenda;

Identificação dos animais;

Uso apropriado dos instrumentos de medição;

Formação de lotes de manejo;

Treinamento da equipe;

Integridade da avaliação genética.

TIPO, QUANTIDADE E QUALIDADE

DA INFORMAÇÃO

Peso ao nascer = “100kg”

Data de nascimento = “30/02”

Pai do bezerro = “pelo jeitão dele”

Manejo alimentar = “tanto faz”

Identificação = “perda de tempo”

Balança = “para o que?”

“Deixo para anotar amanhã”

etc etc

Avaliação

Genética LIXO

Tecnologia na Pecuária Genética

PREMISSA BÁSICA 3: Ingressar em um Programa de Melhoramento Genético

= G + E

FENÓTIPO Mérito Genético

Nutrição, Manejo e

Sanidade

Transmitido de pai/mãe para filho

Mudanças Temporárias

Objetivo da Avaliação Genética

• ½ do Mérito Genético

Mérito Genético do Animal ½ Mérito Genético

DEP

Contribuição do animal como reprodutor

DP450 = 26 Kg DP450 = 17 Kg

DIFERENÇA DE 9 Kg!!

Crescimento Pós-desmama

DEP – Informação utilizada

DEP pedigree DEP interina DEP progênie

Informações DEPs dos

pais/parentes

DEPs de parentes

Performance

própria

DEPs de parentes

Performance própria

Performance progênies

Uso

Animais muito

jovens;

TE/FIV;

Acasalamentos (PAG)

Animais jovens;

Animais sem

progênies

Animais com progênies

Acurácia Muito baixa Baixa Média a Alta

Características avaliadas

• Reprodutivas

– IPP, PG, 3P, STAY, PAC, PE365 e PE450

• Habilidade materna

– MP120, MP210, MTP120, MTP210 – expressa em kg

Crescimento

PN, P120, P210, P365, P450, PA – expressa em kg

Características avaliadas

Ultrassonografia de carcaça

AOL, ACAB (EG e EGP8), MAR – cm2 , mm e %

• Composição de carcaça

– PCQ e PPC - kg

Características avaliadas

Morfológicas

ED, PD, MD, ES, PS, MS

ESCOLHA DO REPRODUTOR

TOURO A DP450 = 5,7 kg

Acc = 92

TOURO C DP450 = 16,9 kg

Acc = 95

TOURO B DP450 = 24,5 kg

Acc = 31

Dif. -18,8 kg

Dif. -11,2 kg

Dif. 7,6 kg

Incerteza Touro B = 69% Incerteza Touro C = 5%

A seleção deve ser baseada no valor da DEP, a acurácia será

usada como guia da intensidade de uso dos reprodutores.

Acurácia

Touro A DP450 = + 15 kg Touro C

Acc. = 90 Acc. = 25

+ 15

A C

Touro C: DP450=15 kg, ACC. =25

Variação da DEP: 9,5 a 20,5 kg;

Touro A: DP450=15 kg, ACC.= 90

Variação da DEP: 14,3 a 15,7 kg.

Resultados Alcançados

Prova de Desempenho UFU/ANCP

Grupos de DEPs P450

A: Pai/Touro com DEP < 7 kg 282b

B: Pai/Touro com DEP de 7 kg ≤ X ≤ 13 kg 298ab

C: Pai/Touro com DEP > 13 kg 310a

Comparando A e C: 28 kg de diferença!

Adaptado: Profa. Carina U. de Faria

Características de carcaça de bovinos Nelore, Caracu, Guzerá e Gir selecionados para peso

pós-desmame

Grupos Genéticos NeS NeC

Nº de animais 125 107

Peso Abate Kg 495 a 424 c 71kg - 16,7 %

Peso carcaça Quente kg 291 a 250 c 41 kg

Rendimento Quente % 58,8 a 58,8 a

Fonte: Sarah Figueiredo Martins Bonilha, et al, 2013

NC

NS

NC

NS

Touro bom é Investimento!!!

Impacto Econômico no uso de Touros Melhoradores

Impacto Econômico no uso de Touros Melhoradores

7,85

13,67

5,13

8,66

2,73

4,63

-4,56

-6,46

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

DP210 DP450

Pro

du

ção

dia

(kg

)

TM1

TM2

TC

TI

Impacto Econômico no uso de Touros Melhoradores

29,82

45,89

19,48

29,08

10,37

15,54

-17,34 -21,7

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

DP210 DP450

Ret

orn

o E

côn

om

ico

(R

$)

TM1

TM2

TC

TI

Rendimento de Caraça

Valor da @: R$145,00 Rendimento de carcaça: 50% Peso vivo de abate: 510 kg

Valor recebido: R$2.465,00

Valor da @: R$145,00 Rendimento de carcaça: 51% Peso vivo de abate: 510 kg

Valor recebido: R$2.514,30

Diferença: R$49,30

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4 8 12 16

∆G

IG medio

Use touros jovens!!

∆G = DS * h2

IG

20% Reposição de fêmeas no rebanho

ATENÇÃO!!!! A REPRODUÇÃO TEM 5 VEZES MAIS

IMPACTO ECONÔMICO NA PECUÁRIA DO QUE QUALQUER OUTRA

CARACTERÍSTICA!!!!

FAÇA REPOSIÇÃO E SELEÇÃO DE FÊMEAS!!!

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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

animal

pai

mae

-2

0

2

4

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10

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14

2003 2005 2007 2009 2011

animal

pai

mae

Avaliação Genética

Definir os Objetivos e Critérios de Seleção

Utilização da AG: DEPs; relatórios;

Resultados: seleção e acasalamentos otimizados

Progresso Genético

Sucesso no Programa de Melhoramento

Conclusão

Ter avaliações genéticas não garante o progresso genético, os resultados devem ser aplicados na seleção do rebanho para ter melhoramento genético.

A diferença você vê no futuro

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