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GUIA FISCAL 2007 Com a publicação da Lei nº 53-A/2006, de 29 de Dezembro - Lei do Orçamento do Estado para 2007 - foram introduzidas diversas alterações aos regimes fiscais em vigor. O presente Guia visa facultar, de modo sumário e sistematizado, informação sobre o sistema fiscal em vigor para 2007, concentrando-se nos aspectos com maior relevo prático para a generalidade dos contribuintes. IRS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES 1. CATEGORIAS DE RENDIMENTOS O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (“IRS”) incide sobre o rendimento global auferido pelas pessoas singulares, num dado ano, em função de determinadas categorias de rendimentos. Rendimentos do Trabalho Dependente CATEGORIA A Remunerações em dinheiro ou em espécie, periódicas ou não, fixas ou variáveis, de natureza contratual ou não, pagas ou postas à disposição do seu titular e provenientes de uma relação de trabalho subordinado ou de situações a ela equiparadas por lei. Rendimentos Empresariais e Profissionais CATEGORIA B REGIME SIMPLIFICADO São abrangidos por este regime os sujeitos passivos que não tenham ultrapassado, no período de tributação anterior, os seguintes limites: Volume de vendas - € 149.739,37 Valor bruto dos restantes rendimentos desta categoria - € 99.759,58 Rendimentos decorrentes do exercício de qualquer actividade comercial, industrial ou agrícola, silvícola ou pecuária. Rendimentos auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer actividade de prestação de serviços, incluindo as de carácter científico, artístico ou técnico, qualquer que seja a sua natureza. Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo titular originário. CONTABILIDADE ORGANIZADA São abrangidos por este regime os sujeitos passivos: Obrigados, por lei, a possuir contabilidade organizada; Que ultrapassem os limites para a aplicação do regime simplificado ou que, não os ultrapassando, optem pela contabilidade organizada; Que, no âmbito do regime simplificado, ultrapassem em dois períodos de tributação consecutivos, ou num único em montante superior a 25%, os limites do referido regime simplificado.

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GUIA FISCAL 2007

Com a publicação da Lei nº 53-A/2006, de 29 de Dezembro - Lei do Orçamento do Estado para 2007 - foram introduzidas diversas alterações aos regimes fiscais em vigor. O presente Guia visa facultar, de modo sumário e sistematizado, informação sobre o sistema fiscal em vigor para 2007, concentrando-se nos aspectos com maior

relevo prático para a generalidade dos contribuintes.

IRS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES

1. CATEGORIAS DE RENDIMENTOS O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (“IRS”) incide sobre o rendimento global auferido pelas pessoas singulares, num dado ano, em função de determinadas categorias de rendimentos.

Rendimentos do Trabalho Dependente

CATEGORIA A

Remunerações em dinheiro ou em espécie, periódicas ou não, fixas ou variáveis, de natureza contratual ou não, pagas ou postas à disposição do seu titular e provenientes de uma relação de trabalho subordinado ou

de situações a ela equiparadas por lei.

Rendimentos Empresariais e Profissionais

CATEGORIA B

REGIME SIMPLIFICADO São abrangidos por este regime os sujeitos passivos

que não tenham ultrapassado, no período de tributação anterior, os seguintes limites:

• Volume de vendas - € 149.739,37 • Valor bruto dos restantes rendimentos

desta categoria - € 99.759,58

• Rendimentos decorrentes do exercício de

qualquer actividade comercial, industrial ou agrícola, silvícola ou pecuária.

• Rendimentos auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer actividade de prestação de serviços, incluindo as de carácter científico, artístico ou técnico, qualquer que seja a sua natureza.

• Rendimentos provenientes da propriedade

intelectual ou industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo titular originário.

CONTABILIDADE ORGANIZADA

São abrangidos por este regime os sujeitos passivos:

• Obrigados, por lei, a possuir contabilidade organizada;

• Que ultrapassem os limites para a aplicação do regime simplificado ou que, não os ultrapassando, optem pela contabilidade organizada;

• Que, no âmbito do regime simplificado, ultrapassem em dois períodos de tributação consecutivos, ou num único em montante superior a 25%, os limites do referido regime simplificado.

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Rendimentos de Capitais

CATEGORIA E

Frutos e demais vantagens económicas, qualquer que seja a sua natureza ou denominação, sejam pecuniários ou em espécie, procedentes, directa ou indirectamente, de elementos patrimoniais, bens,

direitos ou situações jurídicas, de natureza mobiliária (designadamente, juros decorrentes de contratos de mútuo, de depósitos à ordem ou a prazo em instituições financeiras, de títulos de dívida, de suprimentos, bem como dividendos e outras distribuições de lucros por

entidades sujeitas a IRC).

Rendimentos Prediais

CATEGORIA F

Rendas de prédios urbanos, rústicos e mistos, incluindo as importâncias relativas ao aluguer de maquinismos e mobiliários instalados no prédio locado e os serviços relacionados com a cedência do

uso do mesmo.

Incrementos Patrimoniais

CATEGORIA G

• Mais-Valias (ganhos resultantes, designadamente, da alienação onerosa de direitos reais sobre

bens imóveis, alienação onerosa de participações sociais e outros valores mobiliários, alienação onerosa de propriedade intelectual ou industrial quando o transmitente não seja o seu titular originário, cessão onerosa de posições contratuais relativas a bens imóveis);

• Indemnizações que visem a reparação de danos não patrimoniais, com excepção das fixadas por decisão judicial ou arbitral ou resultantes de transacção, de danos emergentes não comprovados e de lucros cessantes;

• Importâncias auferidas em virtude da assunção de obrigações de não concorrência; • Acréscimos patrimoniais não justificados, determinados nos termos dos artigos 87.º 88.º ou

89.º- A da Lei Geral Tributária; • Prémios de lotarias, rifas e apostas mútuas, totoloto, jogos do loto e bingo, bem como outros

prémios atribuídos em concursos ou sorteios (excepto Euromilhões e Liga dos Milhões).

Pensões

CATEGORIA H

Pensões de reforma ou aposentação, velhice, invalidez ou sobrevivência, bem como outras de idêntica natureza; prestações a cargo de companhias de seguros, fundos de pensões ou quaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares de segurança social em razão das

contribuições da entidade patronal; rendas temporárias ou vitalícias, etc.

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2. DEDUCÕES ESPECÍFICAS – DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO LÍQUIDO

CATEGORIA

DEDUÇÕES ESPECÍFICAS

DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO LÍQUIDO

CATEGORIA A

• 72% de 12 vezes a Retribuição Mínima Mensal (i.e. € 3.481,92)1; • O valor da dedução pode ser elevado para 75% de 12 vezes a

Retribuição Mínima Mensal (i.e. € 3.627) se a diferença corresponder a quotizações para ordens profissionais ou a despesas de formação profissional que preencham determinados requisitos;

• No caso de as contribuições para a Segurança Social excederem os limites acima referidos, o valor a deduzir será o das próprias contribuições;

• Indemnizações pagas pelo trabalhador à entidade patronal por rescisão unilateral do contrato individual de trabalho sem aviso prévio em resultado de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado ou, nos restantes casos, a indemnização de valor não superior à remuneração de base correspondente ao aviso prévio;

• Quotizações sindicais, quando não sejam contrapartida de benefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social, com o limite de 1% do rendimento bruto da categoria A, sendo acrescidas de 50%.

Regime Simplificado Rendimento Tributável:

• 20% do valor das vendas de mercadorias e produtos; • 70% do valor dos restantes rendimentos provenientes desta

categoria.

O montante mínimo a tributar corresponde a metade do valor anual da Retribuição Mínima Mensal (i.e. € 2.418).

CATEGORIA B

Contabilidade Organizada

O rendimento tributável é apurado de acordo com as regras estabelecidas em sede de IRC.

CATEGORIA E

Nesta categoria não existem deduções específicas.

CATEGORIA F

• Despesas de manutenção e conservação do imóvel a cargo do

sujeito passivo, documentalmente provadas; • Imposto Municipal sobre Imóveis relativo a prédios ou parte de

prédios cujo rendimento tenha sido englobado.

CATEGORIA G

• Mais-valias: o rendimento líquido corresponde ao saldo apurado entre

as mais-valias e as menos-valias realizadas no mesmo ano; no caso de mais-valias relativas à transmissão de imóveis, o saldo é considerado em apenas 50% do seu valor;

• Restantes rendimentos da categoria: não existem deduções específicas.

1 A Retribuição Mínima Mensal para 2007 é de € 403,00.

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CATEGORIA H

• Os rendimentos brutos desta categoria de valor anual igual ou

inferior a € 6.100 beneficiam da dedução, até à sua concorrência, da totalidade do seu quantitativo;

• Se o rendimento anual por titular for superior a € 6.100, a dedução é igual a este montante.

• São ainda deduzidas as quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida de benefícios relativos à saúde, educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam, em relação a cada sujeito passivo, 1% do rendimento bruto desta categoria, sendo acrescidas de 50%.

• Os rendimentos brutos desta categoria de valor anual superior a € 35.000, por titular, beneficiam de uma dedução no montante de € 6.100, abatido, até à sua concorrência, de 15% da parte que excede aquele valor anual.

3. ABATIMENTOS AO RENDIMENTO LÍQUIDO GLOBAL Para apuramento do rendimento colectável dos sujeitos passivos, à totalidade dos rendimentos líquidos globais determinados após as deduções, abatem-se as importâncias comprovadamente suportadas e não reembolsadas respeitantes aos encargos com pensões de alimentos a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil. Excluem-se os casos em que o seu beneficiário faça parte do mesmo agregado familiar ou em que origine para o agregado deduções à colecta previstas no Código do IRS. 4. TAXAS

RENDIMENTO COLECTÁVEL

TAXAS

PARCELA A ABATER

Até € 4.544

10,5%

0

De € 4.544,01 até € 6.873

13%

€ 113,60

De € 6.873,01 até € 17.043

23,5%

€ 835,27

De € 17.043,01 até € 39.197

34%

€ 2.624,78

De € 39.197,01 até € 56.807

36,5%

€ 3.604,71

De € 56.807,01 até € 61.260

40%

€ 5.592,95

Superior a € 61.260

42%

€ 6.818,15

Sujeitos Passivos Casados: Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bens, as taxas aplicáveis são as correspondentes ao rendimento colectável divido por dois. O resultado obtido, após a aplicação das taxas, será multiplicado por dois.

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5. DEDUÇÕES À COLECTA

DEDUÇÕES PESSOAIS

SUJEITO PASSIVO

MONTANTE A DEDUZIR

Casado

55% do valor da Retribuição Mínima Mensal

€ 221,65

Não Casado

55% do valor da Retribuição Mínima Mensal

€ 221,65

Famílias Monoparentais

80% do valor da Retribuição Mínima Mensal

€ 322,40

Dependentes

40% do valor da Retribuição Mínima Mensal

€ 161,20

Ascendente

(em comunhão de habitação com o sujeito passivo e que não aufira rendimento superior à pensão mínima

do regime geral)

55% do valor da Retribuição Mínima Mensal

€ 221,65

(no caso de existir apenas um ascendente, a dedução será de 85% da Retribuição Mínima Mensal, ou seja, €

342,55)

DESPESAS DE SAÚDE

Aquisição de bens e serviços relacionados com despesas de saúde do sujeito passivo e seu agregado familiar, que sejam

isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 5%

Aquisição de bens e serviços relacionados com despesas de

saúde dos ascendentes e colaterais do sujeito passivo até ao 3.º grau

(desde que não possuam rendimentos superiores à

Retribuição Mínima Mensal e vivam em economia comum com o sujeito passivo), que sejam isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 5%

Juros de dívidas contraídas para o pagamento das despesas de saúde

supra referidas

30% das importâncias despendidas, sem limite

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Aquisição de outros bens e serviços directamente relacionados com despesas de saúde do sujeito

passivo, do seu agregado familiar, dos seus ascendentes e colaterais até ao 3.º grau (desde que estes não possuam rendimentos

superiores à Retribuição Mínima Mensal e vivam em economia comum com o sujeito passivo), quando devidamente justificados através de receita médica

30% das importâncias despendidas, até ao maior dos seguintes limites:

a) 60,00; b) 2,5% das restantes despesas de saúde.

DESPESAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Despesas de educação e formação profissional do sujeito passivo e

seus dependentes

30% das importâncias despendidas,

até ao limite de 160% do valor da Retribuição Mínima Mensal (i.e. € 644,80)

Despesas de educação e formação dos agregados familiares com três

ou mais dependentes

30% das importâncias despendidas,

até ao limite de 160% do valor da Retribuição Mínima Mensal, sendo o limite acrescido de 30% da Retribuição Mínima Mensal por cada

dependente, caso existam, relativamente a todos eles, despesas de educação ou formação (i.e., por exemplo, € 1.007,50 no caso de três

dependentes)

ENCARGOS COM LARES

Encargos com lares e outras instituições de apoio à 3.ª idade relativos ao sujeito passivo, seus ascendentes e colaterais até ao 3.º

grau (desde que estes não possuam rendimentos superiores à

Retribuição Mínima Mensal)

25% das importâncias despendidas, com o limite de 85% do valor da Retribuição Mínima Mensal (i.e. € 342,55)

ENCARGOS COM IMÓVEIS E EQUIPAMENTOS NOVOS DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

(AS DEDUÇÕES A SEGUIR ELENCADAS NÃO SÃO CUMULATIVAS)

Juros e amortizações de dívidas contraídas com a aquisição, construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente ou arrendamento devidamente comprovado para habitação permanente do

arrendatário

Prestações devidas em resultado de contratos celebrados com

cooperativas de habitação ou no âmbito de compras em grupo, para a aquisição de imóveis destinados a habitação própria e permanente ou arrendamento para habitação permanente do arrendatário, na parte que respeitem a juros e

amortizações das correspondentes dívidas

30% das importâncias despendidas, até ao limite de € 574

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Importâncias suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fracção autónoma para fins de habitação permanente, no âmbito de contratos ao abrigo do Regime do Arrendamento Urbano, ou pagas a título de rendas por contrato de locação financeira relativo a imóveis para habitação própria e permanente na parte que não constitua amortização de

capital

30% das importâncias despendidas, até ao limite de € 574

Importâncias despendidas com aquisição de equipamentos novos

para utilização de energias renováveis e de equipamentos para a produção de energia eléctrica ou térmica por microturbinas, que

consumam gás natural

30% das importâncias despendidas, até ao limite de € 761

PRÉMIOS DE SEGURO

Sujeitos Passivos não casados

Sujeitos Passivos casados

Importâncias despendidas com prémios de seguros de acidentes pessoais e seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice, relativos ao sujeito passivo

ou aos seus dependentes

25% das importâncias despendidas,

até ao limite de € 60

25% das importâncias

despendidas, até ao limite de € 120

30% das importâncias despendidas,

até ao limite de € 80

30% das importâncias despendidas,

até ao limite de € 160

Importâncias despendidas com prémios de seguros que cubram exclusivamente riscos de saúde relativos ao sujeito passivo ou aos

seus dependentes

Por cada dependente a seu cargo, os limites são elevados em € 40

FUNDOS DE POUPANÇA-REFORMA

Importâncias aplicadas em planos de poupança-reforma

20% dos valores aplicados por sujeito passivo não casado, ou por cada um dos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, com

os seguintes limites:

• € 400 por sujeito passivo com idade inferior a 35 anos; • € 350 por sujeito passivo com idade entre 35 e 50 anos; • € 300 por sujeito passivo com idade superior a 50 anos. (não são dedutíveis à colecta os valores aplicados pelos sujeitos

passivos após a data da passagem à reforma)

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AQUISIÇÃO DE COMPUTADORES E OUTROS EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS

Importâncias despendidas com a aquisição de computadores de uso pessoal, incluindo software e

aparelhos de terminal

50% das importâncias despendidas,

até ao limite de € 250

(A dedução é aplicável uma vez durante os anos de 2006 a 2008, dependendo da verificação das seguintes condições: (i) que a taxa normal aplicável ao sujeito passivo seja inferior a 42%; (ii) que o

equipamento tenha sido adquirido novo; (iii) que o sujeito passivo ou qualquer membro do agregado familiar frequente qualquer nível de

ensino; e (iv) que a factura de aquisição contenha o NIF do adquirente e a menção “uso pessoal”)

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6. ESQUEMA SUMÁRIO DO CÁLCULO DO IMPOSTO

RENDIMENTO BRUTO DE CADA CATEGORIA

DEDUÇÕES ESPECÍFICAS DE CADA CATEGORIA

RENDIMENTO LÍQUIDO DE CADA CATEGORIA

DEDUÇÃO DE PERDAS (COM LIMITAÇÕES)

RENDIMENTO GLOBAL LÍQUIDO

ABATIMENTOS

RENDIMENTO COLECTÁVEL

Contribuintes casados: divisão por 2

TAXA

Contribuintes casados: multiplicação por 2

COLECTA

DEDUÇÕES À COLECTA

IMPOSTO APURADO

Contribuintes não casados

Contribuintes não casados

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7. TAXAS LIBERATÓRIAS Entre outros, estão sujeitos a retenção na fonte, a titulo definitivo, os seguintes rendimentos obtidos em território Português:

TIPO DE RENDIMENTO

TAXA

Juros de depósitos à ordem ou a prazo

20%

Rendimentos de títulos de dívida, nominativos ou ao portador

20%

Prémios de lotarias, apostas mútuas desportivas e bingo

25%

Prémios de rifas, totoloto, sorteios ou concursos

35%

Dividendos

20%

IRC IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS

Sujeitos Passivos

• Sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas, empresas públicas e demais pessoas colectivas de direito público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território português;

• Entidades sem personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em território português; • Entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva em

território português e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRS;

• Entidades não residentes em território português mas que aí tenham estabelecimento estável, ou seja, uma instalação fixa através da qual se desenvolvem actividades comerciais, industriais ou agrícolas.

Rendimentos sujeitos a IRC

• Lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das

empresas públicas que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;

• Rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas, empresas públicas, empresas públicas e entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em Portugal, cujos rendimentos não sejam tributáveis em IRS ou IRC directamente na titularidade de pessoas singulares ou colectivas, e que não exerçam, a título principal, uma actividade comercial, industrial ou agrícola;

• Lucro imputável a estabelecimento estável situado em território Português de entidades sem sede ou direcção efectiva em Portugal;

• Rendimentos das diversas categorias, consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, de entidades dotadas ou não de personalidade jurídica, que não tenham sede ou direcção efectiva em Portugal e que não possuam estabelecimento estável em território Português ou que, possuindo-o, os rendimentos não lhe sejam imputáveis.

Taxa normal de IRC

25%, a que acresce a Derrama, fixada pelos Municípios, entre 0 e 10% da taxa normal de IRC.

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IVA IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Taxas Normal ---------------------------------------------------------- 21% (15% na Madeira e nos Açores) Intermédia ---------------------------------------------------- 12% (8% na Madeira e nos Açores) Reduzida --------------------------------------------------------- 5% (4% na Madeira e nos Açores)

IMT IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS

Taxas

Aquisição de prédio urbano ou de fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente:

Valor sobre que incide o IMT

Taxa

Parcela a abater

Até € 85.500

0

0

€ 85.500,01 até € 117.200

2%

€ 1.710

De € 117.200,01 até € 159.800

5%

€ 5.220,91

De € 159.800,01 até € 266.400

7%

€ 8.417,78

De € 266.400,01 até € 532.700

8%

€ 11.081,71

Superior a € 532.700

6%

0

São isentas de IMT as aquisições de prédio urbano ou de fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, desde que o valor que serviria de base à liquidação não exceda € 85.500. Aquisição de prédios rústicos – 5% Aquisição de outros prédios urbanos e outras aquisições onerosas – 6,5% Aquisição de imóveis por pessoas, singulares ou colectivas, residentes em território sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável – 8%

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IMI IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS

Incidência

O Imposto Municipal sobre Imóveis (“IMI”) incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios rústicos e urbanos situados em território Português.

Taxas

Prédios Rústicos – 0,8% Prédios Urbanos – 0,4% a 0,8% Prédios Urbanos avaliados nos termos do código do IMI – 0,2% a 0,5% Prédios propriedade de pessoas, singulares ou colectivas, residentes em território sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável – 1% ou 2% (caso os prédios se encontrem devolutos há mais de 1 ano)

Isenção de IMI relativamente a imóveis para habitação própria e permanente

Ficam isentos de IMI, nos termos constantes do quadro infra, os prédios ou parte de prédios urbanos

habitacionais construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar e que tenham sido afectos a esse fim no prazo de 6 meses após a aquisição ou a conclusão da construção, ampliação ou melhoramento.

Valor Tributável do Imóvel

Período de Isenção

Até € 157.500

6

De € 157.500,01 até € 236.250

3

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CALENDÁRIO FISCAL

IRS

Entrega da Declaração de Rendimentos

Categoria A e H – De 1 de Fevereiro até 15 de Março Restantes Categorias – De 16 de Março até 30 de Abril

IRC

Pagamento Especial por Conta

Durante o mês de Março ou em 2 prestações, durante os meses de Março e Outubro do ano a que respeita, ou, no caso de se adoptar um período de tributação não coincidente com o ano civil, no 3.º mês e no 10.º mês do período de tributação respectivo.

Pagamentos por Conta Durante os meses de Julho, Setembro e Dezembro

Declaração Periódica de Rendimentos “Modelo22” Até ao dia 31 do mês de Maio.

IVA

Entrega de Declarações

Regime Mensal: Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte à transmissão de bens ou prestação de serviços Regime Trimestral: Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte à transmissão de bens ou prestação de serviços

Pagamento do Imposto

Regime Mensal: Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte à transmissão de bens ou prestação de serviços

Regime Trimestral: Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte à transmissão de bens ou prestação de serviços

Informação preparada pelo Departamento Fiscal da Simmons & Simmons Rebelo de Sousa

Para qualquer esclarecimento ou informação adicional, por favor, contactar:

Paula Rosado Pereira Henrique Monteiro da Silva [email protected] [email protected]

Henrique Nogueira Nunes [email protected]

Pedro Saraiva Nércio [email protected]

Rua D. Francisco Manuel de Melo, n.º 21, 1070-085 Lisboa

Telefone: 21 313 20 33 - Fax: 21 313 20 06