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1ª república

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•Em 1820 Portugal faz a sua Revolução Liberal e, embora continue a vigorar um regime monárquico, o país passa a ter uma constituição que consagra

a divisão de poderes.

De acordo com a Carta Constitucional de 1826 (documento constitucional que vai vigorar com

algumas interrupções até 1910) o poder do rei é, nalguns aspectos essenciais, determinante.

•Apesar de em meados do século XIX o país iniciar um período de estabilidade política , muitos

liberais continuaram a contestar a monarquia e o poder régio. Entre os intelectuais, sobretudo a

partir da década de sessenta, a contestação tornou-se mais acentuada.

•Na década de setenta, entre os descontentes com a monarquia, surgem o Partido Socialista e o

Partido Republicano. O primeiro terá pouco impacto; porém, o Partido Republicano Partido Republicano

conseguirá fortalecer-se a partir das fragilidades da monarquia.

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•A ideologia republicana desenvolve-se em Portugal ao longo do século XIX, particularmente após a

Revolução liberal de 1820.

•Influenciados pelos ideais de Liberdade, Igualdade e fraternidade que nortearam a Revolução francesa , bem como pelas injustiças da sociedade burguesa,

alguns portugueses anseiam por um regime do povo para o povo.

•Em Abril de1876, num esforço de organização, foi eleito um Directório Republicano. Nascia o Partido

Republicano Português.

•Embora os republicanos tivessem conseguido eleger um deputado logo em 1878, só a partir do ultimato

inglês o seu crescimento vai incomodar a Monarquia.

•Até 1910 o crescimento do Partido Republicano fez-se com elementos de várias origens sociais – operariado, pequena e média burguesia e até

elementos da alta burguesia. Os descontentes com a Monarquia são cada vez mais numerosos e activos.

Cartaz de propaganda Republicana (1906?)

PARTIDO REPUBLICANOPARTIDO REPUBLICANO

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O ULTIMATO INGLÊS – O ORGULHO FERIDOO ULTIMATO INGLÊS – O ORGULHO FERIDO

•As pretensões portuguesas em África, apresentadas numa conferência que se realizou em Berlim em 1885 e expressas no Mapa cor-de-rosa , impediam a concretização do projecto inglês para aquele continente de ligar por via férrea o Norte

ao Sul, ou seja o Cairo ao Cabo.

•Como consequência, no dia 11 de Janeiro de 1890, Portugal é confrontado com o ultimato da Grã-Bretanha. Ao abrigo do princípio da ocupação

efectiva estabelecido na Conferência de Berlim, os ingleses exigiam que renunciássemos aos

territórios que ligam Angola a Moçambique, já que não tínhamos condições para os ocupar de facto.

•Esta ameaça vai indignar o país e despoletar uma crise política na qual se insere a primeira tentativa para implantar a República em Portugal , a revolta

de 31 de Janeiro de 1891 no Porto

Mapa cor-de-rosa – projecto português para o continente africano

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• Perante a cedência do governo e do rei às imposições inglesas, o País

explodiu em ira. As manifestações de patriotismo e de apelo à guerra sucederam-se por todo o país.

• Poucos dias depois do Ultimato o governo caiu e foi empossado um

novo ministério presidido por António de Serpa Pimentel, o conselheiro que defendera a resistência à imposição

britânica.

• Os republicanos não desperdiçaram a ocasião e aproveitaram o clima quase

insurreccional que se estabeleceu.

• Foi neste clima de exaltação nacionalista que Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça

compuseram A Portuguesa A Portuguesa que viria a tornar-se o hino nacional quando a

República foi implantada.

O Ultimato inglês – caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro

O ULTIMATO INGLÊS – O ORGULHO O ULTIMATO INGLÊS – O ORGULHO FERIDOFERIDO

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31 DE JANEIRO DE 1891 – A PRIMEIRA REVOLTA 31 DE JANEIRO DE 1891 – A PRIMEIRA REVOLTA REPUBLICANAREPUBLICANA

•A questão do Ultimato Inglês provocou um movimento generalizado contra a Monarquia e o rei. Os republicanos tinham agora mais um argumento de peso para contestar a

monarquia e conquistar adeptos .

•Em 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, os militares daquela guarnição

promoveram a primeira revolta republicana.

•Sem o apoio das forças políticas, nem da generalidade dos militares, os revoltosos

tiveram que capitular perante a superioridade das forças fiéis à monarquia.

• Esta revolta pode considerar-se a primeira manifestação de força da oposição ao regime monárquico.

A Guarda Municipal ataca os revoltosos entrincheirados no edifício da Câmara Municipal do PortoIn: revista universal impressa em Paris, 1891, vol. 8 Gravura de Louis Tynayre

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A CRISE POLÍTICA E A DITADURA DE JOÃO A CRISE POLÍTICA E A DITADURA DE JOÃO FRANCOFRANCO

•Na última década o século XIX e primeiros anos do século XX, os partidos monárquicos, Progressista e Progressista e

Regenerador, Regenerador, enfrentam dissidências e questões pessoais que se manifestam numa vida parlamentar turbulenta e

pouco eficaz. As sessões das Cortes (Parlamento) vivem de questões inúteis e querelas pessoais prejudiciais ao

sistema político e ao país.

•A situação, explorada por todos os que se opunham à monarquia, nomeadamente os republicanos, leva o rei D. leva o rei D. Carlos em 1906 a nomear João Franco para chefiar um Carlos em 1906 a nomear João Franco para chefiar um novo governonovo governo. Face às dificuldades que este enfrenta o

rei acaba por dissolver as Cortes dissolver as Cortes em Maio de 1907, permitindo-lhe governar em ditadura.

•O seu governo vai então enveredar pela repressão, por vezes violenta, dos opositores ao regime monárquico. A revolta face às medidas tomadas acabam por estar na

origem do regicídio de 1908.João Franco

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•No dia 1 de Fevereiro de 1908No dia 1 de Fevereiro de 1908, no Terreiro do Paço, entre a multidão que recebia a família real, o rei e o príncipe o rei e o príncipe

herdeiro são assassinadosherdeiro são assassinados.

•Dois dos regicidas, Manuel Buíça, professor primário expulso do Exército e Alfredo Costa, empregado do comércio e editor de obras de

escândalo, são mortos no local. Outros fugiram.

•Posteriormente, confirmou-se que o regicídio foi responsabilidade de republicanos

extremistas que actuaram à margem da estrutura do partido.

•O governo ditatorial de João Franco estimulou toda a oposição, não só a republicana, mas também a monárquica. O Rei, D. Carlos I, tornou-se então no alvo de todas as

críticas, afinal era ele o responsável pela escolha de João Franco e pelo encerramento do Parlamento. O clima de tensão era cada vez mais forte.

O REGICÍDIOO REGICÍDIO

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•O novo monarca, o jovem D. Manuel II, demite João Franco e procura formar um governo de

coligação.

•O seu curto reinado ficou marcado pela instabilidade política e

ministerial – seis governos entre 1908 e 1910.

•Procurando pacificar e acalmar o país, permitiu a liberdade política

necessária para que os republicanos se afirmassem cada vez mais como

a solução para o país.

.

O ÚLTIMO MONARCAO ÚLTIMO MONARCA

D. Manuel II

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O Congresso Republicano de Setúbal

Foi no Congresso Republicano de Setúbal, realizado nos dias 23, 24 e 25 de Abril de 1909Abril de 1909, no

antigo Teatro Rainha D. Amélia – hoje o Fórum Luísa Todi  – que se decidiu a via

revolucionária/armada para a conquista do poder.

A Maçonaria e a Carbonária estiveram representadas neste Congresso de Setúbal, e viriam a desempenhar importante papel na Revolução de 5

de Outubro de 1910.

Para as funções logísticas foi criado o comité civil, liderado por Afonso Costa, João Chagas e António José

de Almeida, e um comité militar, liderado pelo almirante Cândido dos Reis.

Dele resultou a eleição do novo Directório, composto por Teófilo Braga, Basílio Teles,

Eusébio Leão, Cupertino Ribeiro e José Relvas, já com um mandato claro para

preparar a Revolução. preparar a Revolução.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃOO INÍCIO DA REVOLUÇÃO

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O período entre o congresso de Setúbal e a eclosão da Revolução foi de grande instabilidade, com várias ameaças de sublevação e grande agitação social.

O governo e o rei estavam conscientes de que a ameaça republicana era real e a prevenção das tropas foi activada em vários momentos.

Às 8 horas da noite de 3 de Outubro de 1910, José Relvas reuniu-se, com cerca de meia centena de revolucionários militares e civis. Nessa reunião, face à informação de que os navios fundeados no Tejo iriam sair no dia 4 e de que Miguel Bombarda tinha sido assassinato, foi tomada a decisão de dar início à Revolução à 1 hora da 1 hora da madrugada de 4 de Outubro. madrugada de 4 de Outubro.

Miguel Bombarda – Médico psiquiatra e militante republicano. Considerado o chefe civil do comité

revolucionário que implantou a República em Portugal. Não chegou a assistir à vitória dos

republicanos por ter sido assassinado por um doente mental em 3 de Outubro de 1910, poucas horas

antes do início da revolta.

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o O apoio da marinha de guerra era fundamental para o sucesso da revolta. A sublevação dos dois navios de guerra dois navios de guerra ancorados no Tejo, “Adamastor” e “S. Rafael”, ancorados no Tejo, “Adamastor” e “S. Rafael”, foi um aspecto decisivo na evolução dos acontecimentos. O navio almirante D. Carlos permanece nas mãos dos monárquico até à tarde desse dia.

MADRUGADA DE 4 DE OUTUBRO MADRUGADA DE 4 DE OUTUBRO

o Na madrugada de 4 de Outubro a Revolução saiu para a rua em Lisboa, Lisboa, em dois pontos distantes do centro da cidade: no Quartel de Marinheiros, em AlcântaraQuartel de Marinheiros, em Alcântara, e no Regimento de Regimento de Infantaria 16, em Campo de OuriqueInfantaria 16, em Campo de Ourique.

o O primeiro foi assaltado e ocupado por um grupo de civis e marinheiros, comandado por Ladislau Parreira; o quartel de Campo de Ourique foi assaltado e tomado por civis sob o comando de Machado Santos Machado Santos. Ao sublevado regimento de Infantaria 16, junta-se o Regimento de Regimento de Artilharia 1, de CampolideArtilharia 1, de Campolide.

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O Almirante Cândido dos Reis reúne-se com outros

revolucionários e concluem que o golpe tinha falhado.

Cândido dos Reis, desesperado com o fracasso,

suicida-se. A notícia espalha-se lançando a maior

consternação entre os republicanos e muitos soldados

e civis republicanos decidem abandonar a Rotunda.

o Colunas de militares que aderiram à revolução saem dos quartéis para se dirigirem aos pontos-chave que deviam tomar. Avançam por Campo de Ourique e inicia-se uma troca de tiros com uma patrulha da Guarda Municipal fiel à monarquia.

o Os revolucionários juntam-se no largo do Rato e dali tentam avançar para o quartel do Carmo, são impedidos pelos monárquicos. Ao perceberem as dificuldades para cumprir o plano decidem concentrar-se na Rotunda onde se barricam.

Almirante Cândido dos Reis

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Por volta das 5 horas da manhã permanecem na Rotunda apenas 100 soldados e 50 civis republicanos com 5 canhões e algumas espingardas, comandados por Machado Santos. Tropas monárquicas concentram-se no Rossio.

DIA 4 DE OUTUBRO DIA 4 DE OUTUBRO

• Pelas 11 horas os navios que aderiram à revolução bombardeiam o palácio das Necessidades onde o rei D. Manuel II se encontrava.•O rei foge de Lisboa e dirige-se para o palácio de Mafra.

Machado Santos, foi um militar e político português. Conspirador anti-

monárquico , teve um papel determinante na Revolução de 5 de

Outubro de 1910

Palácio das Necessidades

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• Muitos republicanos, civis e militares, decidem

juntar-se ao grupo barricado na Rotunda,

levando consigo armas e munições. Ao fim da

tarde, já eram cerca de 1500 resistentes.

• Tropas monárquicas comandadas por Paiva Couceiro, dirigem-se para uma colina acima da Rotunda, e daí abrem fogo sobre os republicanos. Estes

retaliam.•Grupos de elementos da Carbonária dinamitam pontes, estradas e a linha-

férrea para isolar Lisboa.

Rotunda

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Durante toda a noite há tiroteio

cruzado, à distância, e

ninguém sabia como a luta ia

acabar.

O navio cruzador D. Carlos é

tomado pelos republicanos.

O cruzador D. Carlos I, pintado por Giovanni Battista Castagneto

•O quartel-general monárquico tenta chamar reforços a Lisboa, vindos dos regimentos da província. As colunas militares não conseguem entrar em Lisboa,

pois todos os acessos à cidade tinham sido destruídos pelos grupos da Carbonária.

O cruzador D. Carlos I pintado por Giovanni Battista Castagneto

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•O embaixador da Alemanha sai à rua com uma bandeira branca a pedir tréguas para que os cidadãos estrangeiros residentes em Lisboa pudessem

sair da cidade.

•Grupos de soldados

monárquicos julgam que a

bandeira branca significa que os

oficiais se tinham rendido e

decidem largar armas e

confraternizar com os

republicanos.

Implantação da República -Militares na Praça do Rossio

DIA 4/5 DE OUTUBRO DIA 4/5 DE OUTUBRO

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• A multidão enche a praça do Município e aplaude a vitória

republicana.

•Às 9 horas Eusébio Leão, José Relvas e vários outros dirigentes republicanos entram na Câmara Municipal de Lisboa, assomam à varanda e dali proclamam a República com discursos inflamados.

DIA 5 DE OUTUBRO DIA 5 DE OUTUBRO

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A família real, acompanhada por alguns nobres e alguns criados, embarca no iate Amélia, na praia da Ericeira e o navio zarpa em direcção a Gibraltar.

DIA 6 DE OUTUBRO DIA 6 DE OUTUBRO

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Síntese de acontecimentos

Do Ultimato ao 28 de Maio de 1926

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Mudanças políticas

Da Monarquia à República

1. Crise económica e social

2. Falta de confiança no regime político vigente

3. Existência de novas ideias/regimes políticos

Factores condicionantes

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2. Falta de confiança no regime político vigente

Elevados gastos pessoais da família real

Problemas financeiros do Estado

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Da Monarquia à República 2. Falta de confiança no regime político vigente

Os problemas com Inglaterra, devido ao Mapa cor-de-rosa, acentuaram a imagem negativa do Rei

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2. Falta de confiança no regime político vigente O Ultimato inglês de 1890 provoca:

○ queda de governos

○ movimento de descontentamento social, implicando directamente a família real

○ Os republicanos ganham com este descontentamento; inicia-se um crescimento do número de apoiantes e alargamento da sua base social de apoio.

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2. Falta de confiança no regime político vigente

O ambiente é de insurreição:

A revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal.

Gravura publicada na Illustração: revista universal impressa em Paris, 1891, vol. 8 Gravura publicada na Illustração: revista universal impressa em Paris, 1891, vol. 8

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2. Falta de confiança no regime político vigente

Morte de D. Carlos e do príncipe herdeiro D. Luís.

Subiu ao trono Dom Manuel II

regicídio

1 de Fevereiro de 1908

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De Monarquia a República

Acesso ao Poder do Chefe de EstadoVia Hereditária Escolha

Monarquia

(Rei)

República

(Presidente)

Mudança operada pelos acontecimentos de 5 de Outubro de 1910

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1º Presidente

- 1911 – Manuel de Arriaga é eleito presidente da República.

- – “A Portuguesa” é adoptada como hino nacional.

- – Criação do “escudo” como unidade monetária.

- 1913 – Governo de Afonso Costa.

Manuel de Arriaga (1911-1915)

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2º Presidente

Teófilo Braga (1915)

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Eleito em 1915 e…

As eleições de Novembro de 1925 dão a vitória aos democratas - o Congresso elege Bernardino Machado.

Bernardino Machado (1915 - 1917)e (1925 - 1926)

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4º Presidente

 1917 – Participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial

– Revolta militar e ditadura de Sidónio Pais

– Aparições de Fátima.

1918 - Sidónio Pais morre vitimado por um atentado.

Sidónio Pais (1917-1918)

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5º Presidente

Canto e Castro (1918 - 1919)

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6º Presidente 1919 – António José de

Almeida é eleito presidente da República.

1921 – Criação do Partido Comunista.

1922 – Viagem aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

António José de Almeida (1919-1923)

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7º Presidente

Manuel Teixeira Gomes (1923-1925)

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Figura política: Afonso Costa

O legislador da 1ª República

Inovador de mentalidades

“Mata frades”

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Afonso CostaEstadista. O grande legislador da

1ª República. As grandes mudanças, que tentou pôr em prática, fizeram com que fosse muito criticado

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Legislação da 1ª República Laicização do Estado Protecção Social / Trabalho

○ Lei do direito à greve ○ Descanso semanal obrigatório.○ Institui-se o horário das 8 horas de trabalho.

Reforma do Ensino Separação da Igreja do Estado

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Símbolos e Principais figuras da 1ª República

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1. A Constituição da República determina, no seu artigo 11º, nºs. 1 e 2:

• 1 – A Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é a adoptada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.

• 2 – O Hino Nacional é A Portuguesa.

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A questão dos símbolos nacionais constituiu uma das primeiras prioridades do Governo Provisório formado na sequência do 5 de Outubro de 1910. Por Decreto de 15-10-1910, o Governo nomeou uma comissão, a que foi integrada por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e João Chagas. Poucos dias depois, em 29

de Outubro, a comissão apresenta um primeiro projecto, que correspondia à bandeira hasteada no 5 de Outubro, com a importante diferença de a disposição das cores vir agora invertida em relação àquela, com a cor verde junto à tralha. Quanto às armas, a comissão propôs a esfera armilar, «padrão eterno do nosso génio aventureiro», e o escudo branco com quinas azuis «da fundação da nacionalidade». O projecto final é aprovado pelo Governo em 29 de Novembro de 1910.

http://www.presidencia.pt/?idc=44

Bandeira Nacional

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A Bandeira Nacional está dividida em duas partes por uma linha vertical. A primeira parte é verde e constitui 2/5 da bandeira. A segunda parte é vermelha e constitui 3/5 da bandeira. No centro da linha vertical encontra-se um escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul.. À volta do escudo existe a esfera armilar a amarelo.

•A esfera armilar Representa o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.

•As 5 quinas

•Os 5 pontos brancos dentro de cada quina

•Os 7 castelos Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.

Representam as 5 chagas de Cristo.

Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique.

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A Etiqueta da Bandeira A Etiqueta da Bandeira

1. 1. Ao ar livre, a bandeira iça-se ao nascer do sol e deve arriar-se ao pôr-do-sol. 2. Deve ser içada com determinação e arriada com cerimónia. 33. Deve ser içada diariamente, desde que o tempo o permita, e em todos os feriados nacionais e datas comemorativas, nos edifícios públicos e de entidades nacionais - nos próprios edifícios ou perto deles. 44. Se é transportada com outra bandeira em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à direita da outra. 55. Se é transportada com outras bandeiras em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à frente da linha formada pelas outras bandeiras ou estandartes. 6. 6. Nenhuma outra bandeira deve estar mais alta do que a bandeira nacional. 77. Quando é colocada numa janela ou noutro local semelhante, a parte verde deve estar à esquerda do observador. 8. 8. Quando for colocada sem mastro junto a um orador deve estar atrás e por cima da sua cabeça.

http://www.presidencia.pt/archive/doc/dl15087.pdfhttp://www.presidencia.pt/?idc=44

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HINO NACIONAL - A PORTUGUESAHINO NACIONAL - A PORTUGUESA O Hino Nacional é o outro símbolo nacional definido pelo

artigo 11º da Constituição. Com música da autoria de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, A Portuguesa foi composta no rescaldo emocional do Ultimatum e tornou-se a marcha dos revoltosos do 31 de Janeiro. Certamente por esse motivo, foi proibida pelo regime monárquico. A revolução de 5 de Outubro acabaria por recuperá-la e, logo em 17 de Novembro (1910), o Ministério da Guerra determinava que, sempre que se executasse o hino A Portuguesa, todos os militares presentes, quando fardados, fizessem continência e, estando à paisana, se descobrissem, conservando-se de pé, em ambos os casos, até ao final da execução.

Contudo, a aprovação da versão oficial só viria a dar-se em 1957, através da resolução do Conselho de Ministros publicada no Diário do Governo, 1ª série, nº 199, de 4-9-1957. Em consequência, foi elaborada a versão para grande orquestra sinfónica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a versão para grande banda marcial, pelo major Lourenço Alves Ribeiro, inspector das bandas militares.

http://www.presidencia.pt/?idc=43

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"A PORTUGUESA" Heróis do mar, nobre Povo,

Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

Letra de Henrique Lopes de Mendonça.Música de Alfredo Keil.

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Busto da República – Em 1910 realizou-se um concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa para a criação de um busto da República Portuguesa. Foi vencedora a proposta de Francisco Santos, sendo as propostas de Costa Mota (sobrinho) e de Júlio Vaz premiadas com o 2º e 3ºprémios, respectivamente .

Porém, mais tarde este busto acabou por ser preterido pelo de Simões de Almeida (sobrinho), já que este último acabou por ser profusamente difundido em medalhas e moedas da propagandística oficial. http://www.parlamento.pt/VisitaVirtual/Paginas/PPerdidosBustoRepublica.aspx

Busto da República de Simões de Almeida Busto da República da autoria de Francisco Santos

Busto da República

  

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OS PRESIDENTES:

Manuel de Arriaga (1911-1915)Teófilo Braga (1915)Bernardino Machado (1915-1917)Sidónio Pais (1917-1918)

Canto e Castro (1918-1919)António José de Almeida (1919-1923)M. Teixeira Gomes (1923-1925)Bernardino Machado (1925-1926)

http://www.centenariorepublica.pt/escolas/personalidade-republica/A

OUTRAS PERSONALIDADES:

Afonso CostaMachado SantosBrito CamachoJosé RelvasCândido dos Reis…

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Manuel de Arriaga(1840-1917)

O 1º Presidente da República eleito

Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e foi professor de Inglês do Ensino Liceal.

Filiado no Partido Republicano Português, foi deputado por este partido durante o regime monárquico, distinguindo-se na luta contra as instituições monárquicas e contra a corrupção.

Após a implantação da República, foi eleito Presidente da República, tendo tomado posse em Agosto de 1911.

O seu mandato foi muito agitado e cheio de dificuldades, destacando-se as divergências entre os diferente partidos republicanos, que entretanto se formaram, e o clima de grande agitação social marcado por greves, tumultos e insegurança.

Em Janeiro de 1915, a instabilidade política e social leva Manuel de Arriaga a dissolver o parlamento e a permitir a ditadura de Pimenta de Castro.

A oposição a esta situação conduziu a uma revolução em Maio de 1915 que repôs a ordem democrática e o forçou a demitir-se. Ao abandonar a presidência, Manuel de Arriaga dedicou-se à redacção das suas memórias.

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Teófilo Braga (1843-1923)

Tirou o curso de Direito na Universidade de Coimbra e doutorou-se em 1868. Foi professor catedrático e investigador. A sua obra publicada, cerca 360 trabalhos, constitui uma verdadeira enciclopédia da História da Literatura Portuguesa.

Destacado militante do Partido Republicano Português, assumiu, durante a monarquia, os cargos de Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e de membro do Directório do Partido Republicano Português (PRP), de que era presidente quando se deu a revolução do 5 de Outubro.

Muito respeitado no País e no estrangeiro, foi escolhido para chefe do Governo Provisório, com funções de Presidente da República. Foi o seu governo que adoptou a Bandeira Nacional (29 de Novembro de 1910) e A Portuguesa como hino nacional.

A 14 de A 14 de Maio de 1915, foi eleito Presidente da República Maio de 1915, foi eleito Presidente da República (2º presidente). (2º presidente). Assumiu as funções de Chefe de Assumiu as funções de Chefe de Estado de forma simples e despretensiosa, Estado de forma simples e despretensiosa, retomando as suas actividades de investigador retomando as suas actividades de investigador quando concluiu o mandatoquando concluiu o mandato.

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Estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra onde se doutorou e foi professor.

Filiou-se no Partido Regenerador (monárquico) mas desiludido com a monarquia aderiu à Maçonaria e ao Partido Republicano Português, que pouco depois o elegeu para o seu Directório.

Depois da Revolução do 5 de Outubro de 1910, foi ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório, embaixador de Portugal no Brasil e chefe de governo.

A 6 de Agosto de 1915 foi eleito Presidente da República. Nessa qualidade enfrentou o golpe de Sidónio Pais a quem se recusou entregar os seus poderes presidenciais. Encarcerado e banido do País só regressou no final de 1919.

Voltou a assumir a chefia do Governo em 1921, mas apenas por dois meses.

No dia 11 de Dezembro de 1925 foi de novo eleito No dia 11 de Dezembro de 1925 foi de novo eleito Presidente da RepúblicaPresidente da República. . Desempenhava o cargo de Desempenhava o cargo de Presidente da República quando rebentou o Movimento de 28 Presidente da República quando rebentou o Movimento de 28 de Maio de 1926 que implanta a ditadura Militar. de Maio de 1926 que implanta a ditadura Militar.

Bernardino MachadoBernardino Machado(1851-1944)(1851-1944)

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Aderiu aos ideais republicanos nos finais do século XIX e pertenceu, por um curto período, à Maçonaria.

Com a Implantação da República em 1910, foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte, ministro do Fomento e ministro das Finanças.

A partir de 1916 assume-se como figura principal de contestação ao Governo e encabeça o golpe de estado de 5 de Dezembro de 1917, do qual saiu vitorioso após três dias de duros confrontos.

Destituído Bernardino Machado do cargo de Presidente da República, Sidónio Pais toma posse como 1º ministro, acumulando as pastas de Ministro da Guerra e de Ministro dos Negócios Estrangeiros; pouco depois assumiu as funções de Presidente da República.

Começou assim um regime ditatorial que os seus apoiantes designaram como República Nova.

O país, no entanto, continuou atormentado por todo o tipo de problemas. O desaire da Batalha de La lys, em Abril de 1918, em que morreram tantos militares portugueses agravou o descontentamento.

Depois de uma tentativa falhada, foi morto a tiro na Estação do foi morto a tiro na Estação do RossioRossio, por José Júlio da Costa, a 14 de Dezembro de 1918.

Sidónio PaisSidónio Pais(1872-1918)(1872-1918)

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Desenvolveu uma brilhante carreira de oficial da Armada Portuguesa e nunca escondeu a sua simpatia pelos ideais monárquicos. A sua intervenção na vida política inicia-se durante a ditadura de Sidónio Pais como secretário de estado da Marinha.

Após o assassinato deste é eleito Presidente da República Portuguesa na sessão do Congresso de 16 de Dezembro de 1918, segundo os princípios parlamentares estabelecidos pela Constituição de 1911.

Durante o período presidencial, Canto e Castro não teve tarefa fácil. A agitação política e social, herdada do sidonismo, não abrandou, muito antes pelo contrário.

Após um período de grande agitação das camadas laborais, Canto e Castro tenta renunciar ao seu mandato mas as intervenções de António Maria da Silva, António José de Almeida, Costa Júnior, Jacinto Nunes e Domingos Leite Pereira, fazem-no desistir do seu propósito.

Até ao fim do seu mandato, em 5 de Outubro de 1919, merecem realce a visita do Presidente do Brasil, o tratado de paz de Versalhes assinado em 28 de Junho, por Afonso Costa pela parte portuguesa e a criação da Confederação Geral de Trabalhadores em 13 de Setembro.

Canto e Castro (1862 - 1934.)

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Licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra. Ainda estudante aderiu ao Partido Republicano Português e passou a defender publicamente os seus ideais, distinguindo-se desde logo como grande orador. Em 1890, publicou no jornal académico O Ultimatum um artigo que ficou famoso e a que deu o título Bragança, o último. Por causa deste texto, considerado pelo tribunal um insulto ao rei, foi condenado a três meses de cadeia.

Exerceu medicina em São Tomé e Príncipe até 1904 e quando regressou dedicou-se de corpo e alma à política, como dirigente do Partido Republicano Português. A sua eloquência arrebatava multidões e em 1908 voltou a ser preso por ter participado nos preparativos da revolução que fracassou. Recuperada a liberdade continuou a lutar pela causa da República e veio a ser um dos conspiradores que desencadearam o 5 de Outubro.

No novo regime assumiu desde logo o cargo de Ministro do Interior do Governo Provisório e foi por várias vezes ministro e deputado. Em 1911 liderou uma cisão partidária. Fundou o Partido Evolucionista, o mais moderado dos que então surgiram, e o jornal República de que foi director.

Em 1919, foi eleito Presidente da República e cumpriu o cargo até ao fim do mandato, que terminou em1923, ao contrário do que aconteceu com todos os outros presidentes da 1ª República.

António José de Almeida (1866-1929)

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Frequentou o seminário e o curso de medicina e relacionou-se com figuras importantes da cultura literária da época. Colaborou com revistas e jornais, nomeadamente O Primeiro de Janeiro e Folha Nova.

Em Abril de 1911 foi nomeado para o cargo de embaixador de Portugal em Inglaterra. Depois de uma breve passagem por Madrid, também como embaixador, e de ter representado o país na Sociedade das Nações, em 1922 regressou a Portugal.

No dia 6 de Agosto de 1923 foi eleito Presidente da República, mas o seu mandato só durou 2 anos pois, as permanentes convulsões políticas e sociais levaram-no a demitir-se no dia 11 de Dezembro de 1925. Justificou a demissão alegando que desejava dedicar-se exclusivamente à literatura.

Ao longo da sua vida escreveu várias obras literárias entre as quais Cartas sem Moral Nenhuma. Agosto Azul. Sabrina Freire. Desenhos e Anedotas de João de Deus. Gente Singular. Cartas a Columbano. Novelas Eróticas. Regressos. Miscelânea. Maria Adelaide. Carnaval Literário.

Manuel Teixeira Gomes (1870-1841)

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Afonso Costa(1871-1937)

O legislador da 1ª República

Foi professor universitário e exerceu advocacia;.

Em 1900, foi pela primeira vez eleito deputado pelo Partido Republicano Português. Os seus dotes de orador foram reconhecidos e muitos dos seus discursos ficaram célebres.

Em 1908 envolveu-se na tentativa de revolução, tendo sido preso por algum tempo.

Com a Implantação da República assumiu o cargo de Ministro da Justiça Ministro da Justiça tendo sido responsável por um importante conjunto de leis como a da Separação da Igreja do Estado, as Leis da Família e as do Registo Civil.

Em 1911 foi o líder de uma cisão do Partido Republicano Português, fundando o Partido Democrático e o jornal O Mundo.

Assumiu o cargo de Presidente do Ministério (1º Ministro) em três períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915 a Março de 1916; Abril de 1917 a Dezembro de 1917.

Em 1914 defendeu a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial.

Em 1917, durante a ditadura de Sidónio Pais foi preso durante 110 dias. Quando saiu da prisão, exilou-se em Paris onde morreu em 1937

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António Maria Azevedo Machado Santos

(1875-1921)

Fez carreira na Armada. Fez parte do grupo que organizou a Revolta de 28 de Janeiro de 1908 e em Junho do mesmo ano, aderiu à Carbonária,

organização secreta de que de tornou destacado dirigente.

Na noite de 4 de Outubro de 1910, conseguiu sublevar o regimento de Infantaria 16. Assumiu

o comando dos revolucionários que se barricaram na Rotunda em Lisboa. Depois da

vitória foi aclamado como fundador da República, promovido a Capitão de Mar-e-Guerra

e eleito deputado para a Assembleia Constituinte.

Pouco depois da instauração da República, incompatibilizou-se com os governantes e as acções que desenvolveu conduziram ao seu

assassinato em 1921.

Manuel de Brito Camacho (1862-1934)

Licenciou-se em medicina e ingressou no Exército Português onde fez uma carreira como

médico militar que o levaria a Coronel.Em 1902 abandonou a medicina e dedicou-se

exclusivamente ao jornalismo e à política. Fundou em 1906 o periódico A Lucta, que se tornou no mais influente jornal republicano.

Nas eleições realizadas depois do regicídio foi eleito deputado pelos republicanos e teve um papel muito importante na preparação do 5 de Outubro de 1910 sendo o elo de ligação entre republicanos e militares, dada a sua ligação ao

exército.Foi um dos protagonistas da cisão do Partido

Republicano Português liderando a facção mais à direita do novo Partido da União Republicana.

Passou a desenvolver uma intensa acção jornalística e política assumindo-se como o principal opositor dos sucessivos governos

formados pelo Partido Democrático.

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José Mascarenhas Relvas (1858-1929)

Pertencia à aristocracia mas aderiu ao Partido Republicano Português e dedicou grande parte da vida a divulgar os seus

ideais políticos. Em 1909, foi eleito membro do Directório

do partido e participou activamente nos acontecimentos do 5 de Outubro. Foi ele

que às 9 horas de manhã, depois da rendição dos monárquicos, se debruçou na

varanda dos Paços do Concelho para proclamar ao País a vitória da revolução e a

Implantação da República. No novo regime assumiu a pasta das

Finanças do Governo e foi embaixador de Portugal em Madrid.

Afastou-se então da actividade política, regressando apenas para assumir em 1919

o cargo de Chefe do Governo por dois meses .

Carlos Cândido dos Reis (1852-1910)

Fez carreira militar e aderiu ao Partido Republicano Português, tendo sido eleito

deputado pelo círculo de Lisboa. Tornou-se membro da Carbonária e foi um dos principais dirigentes da Revolução do 5 de Outubro. Nas vésperas da data prevista,

quando outros oficiais também comprometidos propuseram um adiamento,

Cândido dos Reis recusou e impôs a sua vontade, declarando: “A Revolução não será adiada. Sigam-me se quiserem. Havendo um

só que cumpra o seu dever, esse único, serei eu”.

Na madrugada de 5 de Outubro, em plena acção revolucionária e face às notícias de

que o golpe falhara Cândido dos Reis acabou por se suicidar.

Apesar de não ter assistido à vitória da Revolução em que tanto se empenhara, o

Almirante Cândido dos Reis passou à história como um dos responsáveis pela

Implantação da República.

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Simbologia da República

Bandeira:A Bandeira Nacional está dividida em duas partes por uma linha vertical.

A primeira parte é verde e constitui 2/5 da bandeira.

A segunda parte é vermelha e constitui 3/5 da bandeira.

No centro da linha vertical encontra-se um escudo com 7 castelos e 5

quinas a azul.

 Á volta do escudo existe a esfera armilar a amarelo.

Autores da Bandeira Republicana: Columbano, João Chagas e Abel Botelho

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Simbologia da República A Bandeira

As 5 quinasAs 5 quinas Simbolizam os 5 reis mouros Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por derrotados por D. Afonso Henriques D. Afonso Henriques na batalha de Ourique.na batalha de Ourique.

Os 5 pontos Os 5 pontos brancos dentro brancos dentro de cada quinade cada quina

Representam as 5 chagas de Representam as 5 chagas de CristoCristo

Os 7 castelos Os 7 castelos Simbolizam as localidades Simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Henriques conquistou aos Mouros.Mouros.

A esfera armilarA esfera armilar Representa o mundo que os Representa o mundo que os navegadores portugueses navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.trocaram ideias e comércio.

O verde O verde Simboliza a esperança. Simboliza a esperança.

O vermelhoO vermelho Simboliza a coragem e o Simboliza a coragem e o sangue dos portugueses sangue dos portugueses mortos em combate.mortos em combate.

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Simbologia da República O Hino

Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

   Letra de Henrique Lopes de Mendonça.

Música de Alfredo Keil.

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O Hino

Autores

Alfredo Keil Henrique Lopes de Mendonça

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Evolução desde o Condado Portucalense até à República

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Evolução histórica 1081 Conde D.Henrique 1143 Afonso Henriques 1185 Sancho I 1248 Afonso III 1385 João I 1485 João II 1495 Manuel I 1573 Sebastião 1640 João IV 1667 Pedro II 1706 João V 1816 João VI 1830 Liberalismo 1910 República

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Conde Henrique Afonso Henriques

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Sancho I Afonso III

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João I João II

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Manuel I Sebastião

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João IV Pedro II

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João V João VI

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Liberalismo República

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Bibliografia:OLIVEIRA MARQUES, António H. de, História de Portugal, vol. III, Lx, 3ª ed., Palas Editores, 1986SERRÃO, Joel, dir. ,Dicionário de História de Portugal, Porto, Livraria FigueirinhasVIEIRA, Joaquim, Portugal Século XX, Crónica em Imagens, vol. I, Lx, Círculo de Leitores,1999 Visão História, nº 7, Fevereiro de 2010

Netgrafia:HISTÓRIA E MEMÓRIA , in http://hm.centenariorepublica.pt/ , consulta em Fevereiro de 2010PARLAMENTO, in http://www.parlamento.pt , consulta em Fevereiro de 2010

Portal Centenário da República, in http://www.centenariorepublica.pt/escolas/personalidade-republica/A, consulta em Abril de 2010

Símbolos in: http://www.centenariorepublica.pt/escolas/s%C3%ADmbolos-da-rep%C3%BAblica/bandeira-nacional e http://www.centenariorepublica.pt/escolas/s%C3%ADmbolos-da-rep%C3%BAblica/o-hino-nacional

CRONOLOGIA, i n http://www.centenariorepublica.pt/escolas/cronologia-5-outubro-1910/5%20Out. , Consulta em Março de 2010