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Saneamento Ambiental e Saúde CST EM GESTÃO AMBIENTAL – 4NA Prof. Thiago Mesquita

1º aula

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Saneamento Ambiental e Saúde

CST EM GESTÃO AMBIENTAL – 4NA

Prof. Thiago Mesquita

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Curiosidades Você sabia que a falta de acesso à água e

saneamento, mata uma criança a cada 19 segundos, em decorrência de diarréia?

Infecções parasitárias transmitidas pela água ou pelas más condições de saneamento atrasam a aprendizagem de 150 milhões de crianças. Em razão dessas doenças, são registradas 443 milhões de faltas escolares por ano.

No mundo, as estimativas apontam para 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água limpa e cerca de 2,6 bilhões de habitantes moram em domicílio sem esgoto. Dessas, quase duas em cada três vivem com menos de dois dólares por dia.

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Saneamento: Controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o seu bem estar físico, social e mental.

Saneamento Ambiental

Água Esgoto ResíduosSólidos

DrenagemUrbana

AbastecimentoDeÁgua

TratamentoDeÁgua

EsgotamentoSanitário

TratamentoDe

Esgotos

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Indicadores de saúde

30% das mortes de crianças com menos de 1 ano de idade são por diarréia

60% dos casos de internação em pediatria são devido a falta de saneamento

5,5 milhões de casos de esquistossomose ocorrem no Brasil

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISUniversalização do acesso;Integralidade;Componentes: abastecimento de água, esgotamento

sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais urbanas;

Articulação com outras políticas públicas;Eficiência e sustentabilidade econômica;Transparência das ações (sistema de informações);Controle social;Segurança, qualidade e regularidade;Integração das infra-estruturas e serviços com a gestão

eficiente dos recursos hídricos.

LEI 11.445, de 2007Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a

política federal de saneamento básico

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•Elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico

•Incentivo a Estados e Municípios para a elaboração de seus respectivos Planos

•Incentivo à criação de consórcios (Lei 11.107/05) e ao estabelecimento de parcerias com o setor privado

•Programas de Capacitação e Mobilização Social em Saneamento

•Programa de Aceleração do Crescimento (PAC - Saneamento) - R$ 40 bilhões período 2007/2010

Oportunidades para Implementação da Lei nº 11.445

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PAC - Recursos para Saneamento Básico 2007-2010

Em R$ bilhões

Fonte: PAC

* Não está incluído o valor de R$ 1,42 Bi referente ao PAC Revitalização

FONTE PRIORIDADES DE INVESTIMENTO Investimento

Saneamento integrado em favelas e palafitas (PPI) 4Água, esgoto, destinação final de lixo e drenagem urbana em cidades de grande emédio porte - inclui desenvolvimento institucional (PPI) 4Água, esgoto, destinação final de lixo e drenagem urbana em cidades de até 50 milhabitantes 4Subtotal 12Financiamentos a Estados, Municípios e Companhias de Saneamento 12Financiamento a Prestadores Privados e Operações de Mercado 8Subtotal 20

8

40

OGU

FGTS / FAT

Contrapartida de Estados, Municípios e Prestadores

TOTAL

*

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Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB

Convênio firmado entre o Ministério das Cidades e a Fundação IBGE em 2008 Início da Pesquisa – outubro/2008 Relatórios preliminares – 4º trimestre 2009

Temas pesquisados:-Água-Esgoto-Manejo de Residuos Sólidos-Manejo de Águas Pluviais Urbanas

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Instituído pela ONU a fim de acelerar o cumprimento dos ODM.

O ConCidades e o Governo Federal constituíram um GT com o intuito executar agenda de ações sob o foco de marcar a participação do “Brasil no Ano Internacional do Saneamento”. Estratégias: Sensibilizar para a relevância da melhoria das condições

de saúde, qualidade de vida e desenvolvimento econômico e social;

Mobilizar e comprometer os diferentes atores na busca de maior articulação e otimização de esforços com vistas à universalização do saneamento.

2008 - Ano Internacional do Saneamento2008 - Ano Internacional do Saneamento

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10.11610.116

pessoas pessoas foram foram

assassinadaassassinadass

10.84410.844

pessoas pessoas morreram por morreram por

doenças doenças impulsionadas impulsionadas

por diarréiapor diarréia

RMSPRMSP

19981998

29 pessoas morreram por 29 pessoas morreram por dia de doenças dia de doenças

decorrentes de falta de decorrentes de falta de água encanada, coleta de água encanada, coleta de

esgoto e de lixoesgoto e de lixo

Situação do saneamento no Brasil

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ÁGUA

• 17% da população não possui água encanada

• 45% é a média das perdas físicas de água tratada no sistema de distribuição das operadoras do País

• Eutrofização crescente dos mananciais

• Falta de disposição adequada do lodo de ETAS

SERVIÇOS DE SANEAMENTO NO BRASIL

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SITUAÇÃO ATUAL

ESGOTO

• 50% do esgoto doméstico produzido é coletado

• 20% do esgoto coletado é tratado

• 50% do esgoto doméstico é “tratado” em fossas

• Disposição inadequada dos lodos de ETES e de fossas

SERVIÇOS DE SANEAMENTO NO BRASIL

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RESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOS

• 162 mil toneladas de Lixo são produzidas por 162 mil toneladas de Lixo são produzidas por dia dia

• 40% são dispostos adequadamente40% são dispostos adequadamente

• 73% dos municípios dispõe esses resíduos em 73% dos municípios dispõe esses resíduos em lixões lixões

SITUAÇÃO ATUALSERVIÇOS DE SANEAMENTO NO BRASIL

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DRENAGEM URBANADRENAGEM URBANA

• Enchentes e Inundações são rotinas, sendo as Enchentes e Inundações são rotinas, sendo as populações mais carentes as que sofrem os maiores populações mais carentes as que sofrem os maiores impactos impactos

• A disposição incorreta dos resíduos sólidos impacta A disposição incorreta dos resíduos sólidos impacta severamente a drenagem urbana severamente a drenagem urbana

SITUAÇÃO ATUALSERVIÇOS DE SANEAMENTO NO BRASIL

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PARA QUEM?

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MAIS SAÚDE, MAIS VIDAMAIS SAÚDE, MAIS VIDA

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Saneamento e Água

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada dólar investido em saneamento, de quatro a cinco cada dólar investido em saneamento, de quatro a cinco

dólares são economizados em saúde curativa.dólares são economizados em saúde curativa.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ABASTECIMENTO DE ÁGUA E MORTALIDADE INFANTIL NO ESTADO DE MORTALIDADE INFANTIL NO ESTADO DE

SÃO PAULOSÃO PAULO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ABASTECIMENTO DE ÁGUA E MORTALIDADE INFANTIL NO ESTADO DE MORTALIDADE INFANTIL NO ESTADO DE

SÃO PAULOSÃO PAULO

Page 21: 1º aula

Como a ausência de saneamento afeta a saúde

Diversas doenças infecciosas e

parasitárias têm no meio ambiente, uma fase do seu ciclo de

transmissão

Interfere no meio ambiente, de

maneira a interromper o ciclo de transmissão da

doença

Implantação de um sistema de

saneamento

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Ingestão de água

contaminada

biológica química

Contato com água

contaminada

Verminoses

tendo a água como estágio no

ciclo

Transmissão através de insetos, tendo a água como meio de

procriaçãodoenças

associadas à água

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MICROBIOLOGIA SANITÁRIAMICROBIOLOGIA SANITÁRIA

• A microbiologia tem por objetivos o estudo dos microrganismos e suas atividades. Os microrganismos compreendem as Bactérias, Fungos, Vírus, Algas e Protozoários.

• Os microrganismos são os organismos ideais para estudo dos fenômenos biológicos porque possuem algumas peculiaridades como:

Apresentam uma ampla variedade de processos bioquímicos que vão desde a simplicidade nutritiva crescendo em meios salinos até o parasitismo;

Variam desde a exigência de um a vários compostos químicos como os aminoácidos ou os energéticos;

Apresentar uma elevada relação de superfície volume e efetuar o processo de duplicação genômica;

Apresentam altas taxas metabólicas podendo atingir cerca de 100 gerações em menos de vinte e quatro horas alcançando populações superiores a um milhão no mesmo período, tornando-os ideais para estudo metabólicos e genéticos.

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• À microbiologia básica interessa o estudo da morfologia seus arranjos e reações aos processos de coloração, fisiologia, metabolismo, genética, a caracterização e identificação dos microrganismos.

• Ao microbiologista também interessa estudar a sua distribuição natural, as relações recíprocas e com outros seres vivos nos quais provocam efeitos benéficos, indiferentes ou prejudiciais ao homem, outros animais e às plantas, bem como às alterações físicas e químicas que provocam no meio ambiente.

• Quanto ao estudo dos diferentes tipos de microrganismos a microbiologia divide-se em Bacteriologia que estuda as bactérias, a Micologia que estuda os fungos, a Ficologia que estuda as algas e a Virologia que se dedica aos estudos dos elementos acelulares, os vírus.

MICROBIOLOGIA SANITÁRIAMICROBIOLOGIA SANITÁRIA

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Microbiologia médica estuda os microrganismos patogênicos para homem, para a cavidade oral (Microbiologia oral) e animais (Microbiologia Animal ou Veterinária). Este campo de aplicação está relacionado com o controle e prevenção das doenças, associada portanto às práticas assépticas, antibioticoterapia, quimioterapia e imunização, bem como com a epidemiologia ou epizootiologia e os métodos de diagnóstico das doenças infecciosas.

Microbiologia Ambiental estuda os microrganismos, particularmente bactérias e fungos que desempenham papel importante na decomposição de matéria orgânica e a reciclagem dos elementos químicos da natureza (ciclos biogeoquímicos).

• Com relação à aplicação da microbiologia esta ciência pode ser dividida em :

 

APLICAÇÃO DA MICROBIOLOGIA APLICAÇÃO DA MICROBIOLOGIA

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Causadores de doenças

associadas à água

Prot

ozoá

riosB

actérias

Fungos

Helm

intosVíru

s

Algas

Micoses

DiarréiaCólera

LeptospiroseSalmoneloseFebre tifóide

Hepatite AGastroenteriteFebre amarela

DenguePoliomielite

MaláriaDisenteriaGiardíase

Esquistossomose

Filariose

Intoxicações

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Indicadores Microbiológicos Indicadores Microbiológicos

• O grupo coliforme: são bactérias Gram negativas, na forma de bastonetes. São microrganismos típicos da microflora fecal e a espécie Escherichia coli é considerada como sendo sendo de origem unicamente fecal.

• A detecção e medida de bactérias coliformes tem sido efetuada na água desde o fim do século XIX.

• A metodologia padrão empregada no exame bacteriológico da água, para medida do grupo coliforme, inclui três procedimentos:

• Tubos múltiplos;

• Membrana filtrante;

• Técnica Collilert

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Doenças transmitidas pela água, no homem, por agentes biológicos

Doenças veiculadas pela ingestão: Febre tifóide (bactéria, Salmonella typhi) Febre paratifóide Disenteria bacilar (bactéria, Shigella

dysenteriae) Disenteria amebiana (protozoário, Entamoeba

histolytica) Enteroinfecções em geral Cólera (bactéria, Vibrio cholerae) Hepatite infecciosa (Vírus da Hepatite A) Poliomielite (vírus) Giardíase

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Doenças transmitidas pela água, no homem, por agentes biológicos

Doenças veiculadas pelo contato com a pele ou mucosas:Esquistossomose (helmintos) Infecções dos olhos, nariz, ouvidos e

gargantaDoenças de pele

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Doenças transmitidas por insetos, tendo a água como meio de procriação

Malária (protozoário, Plasmodium) Febre amarela (vírus, Flavivírus) Dengue (vírus, Aedes aegypti ) Filariose (helmintos)

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Doenças causadas pela presença de substâncias químicas

Fluorose: excesso de flúor Saturnismo: excesso de chumbo Metaemoglobonemia (cianose): excesso de

nitratos Efeito laxativo: como os sulfatos Outras substâncias tóxicas: zinco, arsênio,

cromo hexavalente, cianetos, cádmio, mercúrio, perclorato, etc.

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Saneamento e Esgoto

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QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL?

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PROSAB - Programa de Pesquisa em Saneamento Básico

Valorização e aplicação das tecnologias de tratamento de esgotos desenvolvidas no Brasil

Reúso dos esgotos na agricultura e psicultura, após desinfecção

Reúso do lodo de esgotos na agricultura, após higienização

ALTERNATIVAS PARA REVERSÃO DO QUADRO ALTERNATIVAS PARA REVERSÃO DO QUADRO SANITÁRIO E MELHORIA DA SAÚDE PÚBLICA E SANITÁRIO E MELHORIA DA SAÚDE PÚBLICA E

DO MEIO AMBIENTE: Plano tecnológicoDO MEIO AMBIENTE: Plano tecnológico

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CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS

99 ,9%Á gua

65%Prote ínas

25%C arboidra tos

10%G orduras

70%O rgânico

A re ia

S a is

M eta is

30%Inorgânico

0 ,1%S ólido

E S G O T O

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QUAL O NÍVEL DE TRATAMENTO?

POR QUE TRATAR OS ESGOTOS?

POR QUE TRATAR OS ESGOTOS?

REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA

REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA

REMOÇÃO DE PATOGÊNICOS

REMOÇÃO DE PATOGÊNICOS

REMOÇÃO DENUTRIENTES

REMOÇÃO DENUTRIENTES

REMOÇÃO DESÓLIDOS

REMOÇÃO DESÓLIDOS

AUTODEPURAÇÃOAUTODEPURAÇÃO

DOENÇASDOENÇAS

EUTROFIZAÇÃOEUTROFIZAÇÃO

ASSOREAMENTOASSOREAMENTO

PARA PREVINIR/CONTROLAR:

PARA PREVINIR/CONTROLAR:

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QUAL O NÍVEL DE TRATAMENTO?

QUAL A TECNOLOGIAMAIS ADEQUADA?

QUAL A TECNOLOGIAMAIS ADEQUADA?

O QUE VAI SER TRATADO?O QUE VAI SER TRATADO?

ONDE VAI SER TRATADO?ONDE VAI SER TRATADO?

QUANTO A COMUNIDADEPODE PAGAR?

QUANTO A COMUNIDADEPODE PAGAR?

QUAL O DESTINO DO EFLUENTE?

QUAL O DESTINO DO EFLUENTE?

QUAL A ÁREA DISPONÍVEL?

QUAL A ÁREA DISPONÍVEL?

CONCLUSÃO: NÃO EXISTE

UMA SOLUÇÃO GERAL

CONCLUSÃO: NÃO EXISTE

UMA SOLUÇÃO GERAL

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Riscos Potenciais X Riscos Reais

A simples presença do microrganismo patogênico

causaria a infecção

Considera aspectos epidemiológicos:

-resistência do microrganismo a fatores ambientais (To, luz, desecação, predatismo);

-dose infectiva

-patogenicidade

-suceptibilidade do hospedeiro

-nivel de exposição

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Edifício ecológicoMedidores de água individuaisDispositivos de economia de águaControle das perdas de águaColeta da água de chuvaReúso de águas cinzas

Reúso de águas

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Impactos dos esgotos nos corpos d’água

Poluente Maiores fontes Efeitos

Sólidos em suspensão

Esgoto doméstico, esgoto industrial, águas pluviais

Problemas estéticos; aumento da turbidez; deposição de lodo no fundo do corpo aquático; adsorção de poluentes; proteção de organismos patogênicos.

Matéria orgânica biodegradável

Idem, escoamento superficial (carreando resíduos de agricultura e pecuária), alguns efluentes de agroindústrias, etc.

Consome o oxigênio da água; a flora e a fauna são prejudicadas; a decomposição anaeróbia que se inicia a seguir, produção de gases mal-cheirosos.

Nutrientes Idem, incluindo fosfatos presentes em detergentes, resíduos de agricultura e pecuária, especialmente nitratos usados como fertilizantes.

Florescimento de algas (eutrofização dos cursos d’água), alta produção e morte de vegetação, depleção de oxigênio; contaminação da água subterrânea (nitrato).

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Impactos dos esgotos nos corpos d’água

Poluente Maiores fontes

Efeitos

Metais pesados Mineração, indústrias, emissão de chumbo pelos escapamentos de veículos.

Bio-aumento de metais tóxicos em cada estágio sucessivo da cadeia alimentar, com ameaça aos consumidores, inclusive humanos; reduz a capacidade de autodepuração das águas; contaminação da água subterrânea.

Microrganismos patogênicos

Esgotos domésticos, esgotos hospitalares; águas pluviais.

Transmissão de doenças infecciosas.

Detergentes Esgotos domésticos e industriais.

Redução na tensão superficial, sabor, formação de espuma e toxicidade.

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Rio Potengi - RN

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Rio Tietê - SP

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Ambientes eutrofizados

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Saneamento e Resíduos Sólidos

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Definição: NBR - 10.004 da ABNT (2004) “resíduos sólidos” como

resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam da atividade da comunidade: de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Considera-se, também, resíduo sólido, os lodos de ETAs,

aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornam inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam, para isso, soluções técnicas e economicamente viáveis, em face de melhor tecnologia disponível.

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Fatores que interferem a produção de resíduos sólidos:

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Fatores que interferem a produção de resíduos sólidos:

Tamanho da cidade

População urbana (hab)

Geração per capita (kg/hab/dia)

Pequena Até 30 mil 0,50

Média De 30 mil a 500 mil

0,50 a 0,80

Grande De 500 mil a 5 milhões

0,80 a 1,00

Megalópole

Acima da 5 milhões

Acima de 1,00

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Resíduos Sólidos: formas de classificação

Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente.

Quanto à natureza ou origem. Por sua natureza física, química ou

biológica

Orgânico x inorgânico Biodegradáveis x não-biodegradáveis Decomposição rápida x decomposição

lenta

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Classificação dos resíduos sólidos: Quanto à origem:

Domiciliar: aquele originado da vida diária das residências.

Comercial: aquele proveniente dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços.

Público: os originados dos serviços da limpeza pública urbana (limpeza das vias públicas, praias, galerias, córregos e de terrenos, restos de podas de árvores, etc), e de limpeza de áreas de feiras livres.

De serviços de saúde: constituem os resíduos sépticos.

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Classificação dos resíduos sólidos:

Quanto à origem: De portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários:

constituem os resíduos sépticos, que contêm, ou potencialmente podem conter germes patogênicos, trazidos aos portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.

Industrial: aqueles, originados nas atividades dos diversos ramos da indústria: metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, entre outros.

Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária.

Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos de escavações, entre outros.

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Classificação dos resíduos sólidos:

Quanto à composição química: Orgânico: papel, jornais, revistas, plásticos,

embalagens, borracha, pneus, luvas, remédios, restos de alimento, restos de colheita, entre outros.

Inorgânicos: metais, vidros, cerâmicas, areia e pedras.

Quanto à presença de umidade: Seco: aparentemente sem umidade Úmido: visivelmente molhado

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Classificação dos resíduos sólidos: Toxicidade ABNT 10.004/04

Classe 1(Perigosos)

F (inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade) apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Classe 2(Não-perigosos)

2A (não inertes) Podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos – ou Classe 2B – Inertes.

2B (inertes) Não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, além da imobilização dos seus constituintes

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Classificação dos resíduos sólidos: Toxicidade ABNT 10.004/04

Alguns materiais encontrados nos resíduos sólidos urbanos são considerados perigosos, conseqüentemente, devem ser separados do lixo comum para que lhes seja dada uma destinação específica, depois de descartados. Entre os materiais, podem ser incluídos: Materiais para pintura: tintas, vernizes, solventes e

pigmentos. Materiais para jardinagem e tratamento de animais:

repelentes, inseticidas, pesticidas e herbicidas. Produtos para motores: óleos lubrificantes, fluidos de freio e

transmissão, baterias. Outros itens: pilhas, frascos de aerossóis, lâmpadas

fluorescentes.

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Composição gravimétrica

Termo utilizado para descrever os componentes individuais que constituem os resíduos sólidos urbanos (RSU) e sua distribuição relativa em peso.

A grande quantidade de fontes geradoras faz com que os resíduos tenham uma composição muito variada e heterogênea.

A informação sobre a composição dos resíduos sólidos urbanos é importante para dimensionar a quantidade de equipamentos necessários, sistemas de tratamento e os planos de gestão.

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No Brasil, a percentagem de matéria orgânica no lixo é relativamente elevada, variando tipicamente entre 45 e 60% (em peso), diferentemente dos países desenvolvidos que apresentam percentagem de matéria orgânica abaixo de 30

Composição gravimétrica

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Composição gravimétrica

45%

12%

20%

3%

3%

1%

4%4%1%2% 5%

Matéria putrescível Papel/papelãoPlásticos MadeiraTêxteis Borracha/couroMetais VidroFraldas descartáveis CôcoOutros (osso, gesso, etc)

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Resíduos Sólidos: base jurídica Leis e Resoluções CONAMA:

Lei 6.938/81 Criação da Política Nacional do Meio Ambiente. Lei 9.605/98 Lei de crimes ambientais. CONAMA 01/86 responsabilidades e critérios para avaliação de impacto

ambiental. CONAMA 06/88 processo de Licenciamento Ambiental de Atividades

Industriais, sobre os resíduos gerados e/ou existentes. CONAMA 358/05 Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos

dos serviços de saúde. Normas técnicas (ABNT):

10.004/04 Classificação quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública (manuseio e destinação adequados).

13.896/94 Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, etc.

Portarias estaduais (SEMA): Lei 13.103/01 Dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos do estado

do Ceará Portarias municipais: lei orgânica do município

Lei 8408/99 Estabeleca normas de responsabilidade sobre a manipulação de resíduos

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Resíduos sólidos e transmissão de doenças

Lixo

Contato diretoContato direto

Contato indiretoContato indireto

Insetos eRatos

AlimentaçãoDe animais

(porcos, aves)

Poluição Do Meio

Homem

DoençasDoenças

Mal-estarMal-estar

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Tempo de sobrevivência de microvetores no lixo

Salmonella typhi Ascaris lumbricoides Leptospira

interrogans Polio vírus Bacilo tuberculose Larvas de vermes

29-70 dias 2000-2500 dias 15-43 dias

20-170 dias 150-180 dias 25-40 dias

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Resíduos sólidos e poluição do meio-ambiente

Maus odores Poluição do solo, e subseqüente poluição das águas

superficiais e subterrâneas (chorume) Poluição direta da água lançamento no corpo de

água Poluição do ar resultante da queima não controlada

dos resíduos, e produção de gases (metano) Poluição visual resultante do aspecto anti-estético

dos resíduos, quando não dispomos adequadamente Ruídos e poeira

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Resíduos sólidos e poluição do meio-ambiente

Poluição de mananciais (lixiviado)Lixo lançado nos córregos substrato para as larvas de mosquitos e impedem o fluxo da água (enchentes urbanas)

Contaminação do ar fuligem (que afeta os pulmões) até poluentes cancerígenos como as dioxinas, resultantes da queima de plásticos. As fumaças podem, inclusive, interromper o tráfego aéreo.

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Resíduos sólidos e poluição do meio-ambiente

Assoreamentos de córregos por deposição inadequada de lixo inundações transmissão de doenças.

Poluição visual e mau cheiro, em locais onde o lixo é depositado inadequadamente seja como depósito final, seja por ausência de regularidade na sua coleta. O ambiente fica deteriorado, as áreas em volta são desvalorizadas e compromete a qualidadede vida dos moradores.

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Problemas Sociais

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Processamento

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Reciclagem

Separação de materiais reenvio à indústria para novo beneficiamento

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Reciclagem ~ 3 % do lixo sólido orgânico urbano gerado ~ 94% da produção nacional de latas ~ 47% do papel 32 milhões de toneladas de

papel de escritório ~ 47% das latas de aço consumidas ~ 46% das embalagens de vidro 390 mil

ton/ano ~ 51% das embalagens PET pós-consumo

193,9 mil toneladas das 378 produzidas ~ 24% embalagens Longa Vida no Brasil 46

mil toneladas

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Compostagem Processo biológico de transformação da

matéria orgânica em substâncias húmicas, estabilizadas, com propriedades e características completamente diferentes do material inicial.

Deve ser desenvolvida em duas fases distintas: fase ativa, quando ocorrem as reações

bioquímicas de oxidação mais intensas; fase de maturação, onde ocorre a humificação do

material previamente estabilizado.

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COMPOSTAGEM

DOMÉSTICA

Bulnes

Bulnes

Bulnes

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COMPOSTAGEM DOMÉSTICA - VERMICOMPOSTAGEM

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Bulnes

Bulnes

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Utilização do composto O composto maturado, de boa qualidade é isento de

odores, de agentes contaminantes, fácil de ser manuseado, estocado e transportado, o que difere de um composto não maturado.

A forma mais importante do uso do composto é na aplicação agrícola, onde é utilizado como fertilizantes e condicionador de solos. Pode também ser utilizado como matéria-prima no processamento de fertilizantes industriais e no controle de erosão, reflorestamento, parques, etc.

O composto também pode ser utilizado como um complemento na alimentação de porcos e peixes.

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Consiste na oxidação dos materiais, a altas temperaturas, sob condições controladas, convertendo materiais combustíveis (lixo) em resíduos não-combustíveis (escórias e cinzas) com emissão de gases.

É um método preconizado como o mais adequado para assegurar a eliminação de microrganismos patogênicos presentes na massa dos resíduos, desde que sejam atendidas as necessidades de projeto e operação adequadas ao controle do processo.

Incineração

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Processo de combustão efetuado em incineradores de câmaras múltiplas, o qual apresenta mecanismos para um rigoroso monitoramento e controle dos parâmetros de combustão.

Maioria dos tipos de resíduos sólidos de serviços de saúde (RSS), principalmente os infecciosos, patológicos e pérfuros-cortantes, tornando-os inócuos.

Vantagem redução significativa de volume dos resíduos, entre 90 e 95%, fazendo com que seja descrito muitas vezes como um processo de disposição final.

Incineração

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Incineração

Quando ocorre má operação: Materiais particulados Fumaça Odor Emissões de gases tóxicos como ácido

clorídrico e óxidos de nitrogênio e enxofre, compostos policlorados como dioxinas e furanos sérios riscos à saúde pública

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Digestão anaeróbia

Matéria Orgânica

CH4 / CO2

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Destino Final

Região Lixões Aterros sanitário

s

Aterros controlado

s

Usinas(R e C)

Outros

Norte 84,3 5,5 7,6 0,2 2,4

Nordeste

85,6 4,5 5,7 1,6 2,6

Centro-oeste

56,4 17,4 18,3 3,5 4,4

Sudeste 40,9 16,3 18,7 7,5 16,6

Sul 29,7 16,8 25,9 16,4 11,2

Brasil 53,0 12,8 16,5 7,6 10,1

PNSB, IBGE, 2002

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Destino Final

Lixão ou vazadouro: forma inadequada de disposição terrenos a céu aberto, sem medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde degradação indiscriminada da natureza.

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Utiliza princípios de engenharia para o confinamento dos resíduos sólidos, porém geralmente não dispõe de impermeabilização de base, o que compromete a qualidade das águas subterrâneas, nem conta com sistema de tratamento de lixiviado e de dispersão de gases.

Portanto, ainda produz poluição.

Nesses casos costuma-se aplicar uma camada de cobertura provisória com material argiloso, a fim de minimizar a entrada da água de chuva no aterro.

Aplica-se também uma impermeabilização superior, quando o aterro atinge sua cota operacional máxima

Destino Final: aterro controlado

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Destino Final: aterro controlado

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Destino Final: aterro sanitário

É o de menor dano à saúde pública e minimiza os impactos ambientais.

Partes do sistema: Impermeabilização da base Sistema de coleta do chorume/lixiviado e tratamento Sistema de coleta dos gases Sistema de drenagem das águas pluviais O lixo é compactado por meio de máquinas, o que prolonga a vida útil do

aterro Colocação de camadas de cobertura

Em alguns casos pode ser feito o aproveitamento energético do biogás.

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Destino Final: aterro sanitário

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Aterro sanitário

Drenagemdos gases

Drenagemdos líquidos

Impermeabilizaçãoda camada

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Destino Final: projeto de aterro sanitários

Sistema de Tratamento de Base (Impermeabilização da Fundação)

Sistema de drenagem: de águas pluviais, líquidos percolados e gases;

Sistema de cobertura; Estabilidade da massa aterrada; Sistema de coleta e tratamento de lixiviado; Sistema de tratamento dos gases; Plano de encerramento do aterro; Sistema de monitoramento ambiental e

geotécnico.

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Destino Final: projeto de aterro sanitários

Sistema de drenagem: águas pluviais líquidos percolados gases

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Destino Final: projeto de aterro sanitários

Sistema de drenagem de dos líquidos percolados (lixiviado):

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Destino Final: projeto de aterro sanitários

Sistema de drenagem e tratamento dos gases: Os queimadores ou flares são colocados individualmente

em cada dreno vertical. Desta maneira, cada dreno poderá ter sua eficiência

monitorada isoladamente, além de permitir uma melhor investigação na massa de lixo circundante.

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Saneamento e Drenagem Urbana

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SISTEMA DE ABASTECIMENTO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUADE ÁGUA

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• Sob o aspecto sanitário e social, o abastecimento de água visa, fundamentalmente, a:

controlar e prevenir doenças;

implantar hábitos higiênicos na população como, por exemplo, a lavagem das mãos, o banho e a limpeza de utensílios e higiene do ambiente;

facilitar a limpeza pública;

facilitar as práticas desportivas;

propiciar conforto, bem-estar e segurança;

aumentar a esperança de vida da população.

Importância sanitária e socialImportância sanitária e social

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• Sob o aspecto econômico, o abastecimento de água visa, em primeiro lugar, a:

aumentar a vida média pela redução da mortalidade;

aumentar a vida produtiva do indivíduo, quer pelo aumento da vida média quer pela redução do tempo perdido com doença;

facilitar a instalação de indústrias, inclusive a de turismo, e conseqüentemente ao maior progresso das comunidades;

facilitar o combate a incêndios.

Importância EconômicaImportância Econômica

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• A água abrange quase quatro quintos da superfície terrestre; desse total, 97,0% referem-se aos mares e os 3% restantes às águas doces. Entre as águas doces, 2,7% são formadas por geleiras, vapor de água e lençóis existentes em grandes profundidades (mais de 800m), não sendo economicamente viável seu aproveitamento para o consumo humano.

• Em conseqüência, constata-se que somente 0,3% do volume total de água do planeta pode ser aproveitado para nosso consumo, sendo 0,01% encontrada em fontes de superfície (rios, lagos) e o restante, ou seja 0,29%, em fontes subterrâneas (poços e nascentes).

• A água subterrânea vem sendo acumulada no subsolo há séculos e somente uma fração desprezível é acrescentada anualmente pelas chuvas ou retirada pelo homem. Em compensação, a água dos rios é renovada cerca de 31 vezes, anualmente.

•A precipitação média anual, na terra, é de cerca de 860mm. Entre 70% e 75% dessa precipitação voltam à atmosfera como evapotranspiração.

A água na naturezaA água na natureza

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Características da ÁguaCaracterísticas da Água

• Características físicas: As impurezas estão associadas, em sua maior parte, aos sólidos presentes na água. Estes sólidos podem ser em suspensão, coloidais ou dissolvidos, dependendo do seu tamanho.

• Características químicas: As características químicas de uma água podem ser interpretadas através de uma das duas classificações: matéria orgânica ou inorgânica.

• Características biológicas: Os seres presentes na água podem ser vivos ou mortos. Dentre os seres vivos, tem-se os pertencentes aos reinos animal e vegetal, além dos protistas.

Características físicas

• Cor: Responsável pela coloração na água. Resulta da presença de sólidos dissolvidos, decomposição da matéria orgânica; ferro e manganês ou antropogênica, resíduos industriais e esgotos domésticos. Não apresenta risco direto à saúde.

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Características da ÁguaCaracterísticas da ÁguaCaracterísticas físicas

• Turbidez: A turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz, através da água. Tem sua orgem natural com a presença de partículas de rocha, argila e silte. algas e outros microrganismos. Como origem antropogênica tem-se os despejos domésticos e industriais, microrganismos e erosão.

• Sabor e odor: O sabor é a interação entre o gosto (salgado, doce, azedo e amargo) e o odor (sensação olfativa). Os sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos e gases dissolvidos são os constituintes responsáveis. Como origem natural do sabor e do odor, ternos a matéria orgânica em decomposição, microrganismos, gases dissolvidos (ex.gás sulfidrico).

• Temperatura: Temperatura é a medição da intensidade de calor, e a unidade é ºC. Quando de origem natural: transferência de calor por radiação, condução e convecção (atmosfera e solo) e antropogênica: águas de torres de resfriamento e despejos industriais.

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Características da ÁguaCaracterísticas da ÁguaCaracterísticas Químicas

• pH: Representa a concentração de íons hidrogênio H+ (em escala anti-logarítmica), dando uma indicação sobre a condição de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água. A faixa de pH é de O a 14.

• Alcalinidade: É a quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons hidrogênio. É uma medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos (capacidade de resistir às mudanças de pH: capacidade tampão). Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3), carbonatos (C03

2-) e os hidróxidos (OH-). A

distribuição entre as três formas na água é função do pH.

• Dureza: Concentração de cátions multimetálicos em solução. Os cátions mais freqüentemente associados à dureza são cátions bivalentes Ca+2 e Mg2. A dureza é sensível ao calor, causa um sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos, reduz a formação de espuma, implicando num maior consumo de sabão

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Características da ÁguaCaracterísticas da ÁguaCaracterísticas Químicas

• Cloretos: Geralmente provêm da dissolução de mineraisou da intrusão da água do mar; podem, também, proveniente dos esgotos domésticos ou industriais; em altas concentrações , conferem sabor salgado à água ou propriedade laxativas

• Ferro e Manganês: Pode originar-se da dissolução de compostos do solo ou de despejos industriais; causam coloração avermelhada à água (ferro) ou marrom (manganês), manchando roupas e outros produtos industrializados. Favorecem o desenvolvimento das ferrobactérias, que causam maus odores e coloração à água e obstruem canalizações.

• Fósforo: Encontra-se na água nas formas de ortofosfatos, polifosfato e fósforo orgânico; é essencial para o crescimento de algas, mas em excesso, causa a eutrofização.

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Características da ÁguaCaracterísticas da Água

Características Biológicas

• Coliformes: São indicadores da presença de microrganismos patogênicos na´água; os coliformes fecais existem em grandes quantidades nas fezes humanas e, quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu esgotos domésticos, podendo conter organismos causadores de doenças.

• Algas: Desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio dissolvido do meio, em grandes quantidades, como resultante do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem alguns incovenientes: sabor, odor, toxidez; turbidez e cor; corrosão, interfer~encia no processo de tratamento da água; aspecto estético desagradável

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Características da ÁguaCaracterísticas da Água

Características Biológicas

• Coliformes: São indicadores da presença de microrganismos patogênicos na´água; os coliformes fecais existem em grandes quantidades nas fezes humanas e, quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu esgotos domésticos, podendo conter organismos causadores de doenças.

• Algas: Desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio dissolvido do meio, em grandes quantidades, como resultante do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem alguns incovenientes: sabor, odor, toxidez; turbidez e cor; corrosão, interfer~encia no processo de tratamento da água; aspecto estético desagradável

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Sistema de abastecimento de ÁguaSistema de abastecimento de Água

• O abastecimento de água pode ser feito de forma individual ou coletiva. Sendo esta última recomendada para áreas urbanas. As soluções individuais de suprimento de água se aplicam as áreas rurais e as coletivas as áreas urbanas.

a)Captação da água de chuva (cisternas)

b)Mananciais subterrâneos: fontes de encostas (“olhos d’água”), poços

c)Mananciais superficiais: rios, riachos, lagos, lagoas, reservatórios artificiais

CISTERNAS: As cisternas são utilizadas, principalmente, em zonas rurais, em regiões onde há carência de água. As cisternas constituem uma solução indicada para regiões semi áridas, onde, na época das secas ocorre escassez de água.

POÇOS: Os poços têm sido utilizados para abastecimentos individuais, no meio rural e em muitas áreas de cidades que não contam com sistemas públicos de fornecimento de água. São usados, também, como mananciais de água de sistemas coletivos.

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• higiênicas – remoção de organismos patogênicos;

• estéticas – correção da turbidez, cor, odor e sabor;

• econômicas – redução da corrodividade, dureza, cor, turbidez, ferro e menganês.

• PROCESSOS:

• Sedimentação ou decantação;

• Coagulação / Flotação;

• Filtração;

• Desinfecção;

• Remoção de dureza;

• Aeração;

• Remoção de ferro e manganês; Remoção de sabor e odor;

• Controle de corrosão; Fluoretação.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOSANITÁRIO

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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOSISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

GERAÇÃO DE ESGOTOS - COMPOSIÇÃO E QUANTIDADE:

• hábitos e condições socieconômicas da população;

• existência de ligações clandestinas de águas pluviais na rede;

• construção, manutenção e conservação das redes de esgoto;

• clima;

• custo e medição de água distribuída;

• pressão e qualidade da água distribuída;

• estado de conservação dos aparelhos hidro-sanitários -vazementos

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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOSISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

GERAÇÃO DE ESGOTOS - COMPOSIÇÃO E QUANTIDADE:

• hábitos e condições socieconômicas da população;

• existência de ligações clandestinas de águas pluviais na rede;

• construção, manutenção e conservação das redes de esgoto;

• clima;

• custo e medição de água distribuída;

• pressão e qualidade da água distribuída;

• estado de conservação dos aparelhos hidro-sanitários -vazamentos

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PROCESSOS E GRAU DE TRATAMENTOPROCESSOS E GRAU DE TRATAMENTO

• REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS EM SUSPENSÃO: Crivos, grades, desintegradores.

• REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS SEDIMENTÁVEIS: Caixa de areia, centrifugadores.

• REMOÇÃO DE ÓLEOS, GRAXA E SUBSTÂNCIAS FLUTUANTES: Tanque de retenção de gorduras, tanque de flotação, decantadores e removedores de escuma.

• REMOÇÃO DE MATERIAL MIÚDO EM SUSPENSÃO: Tanque de flotação, tanques de precipitação química, filtros de areia.

• REMOÇÃO DE SUSBST. ORG. DISSOLVIDAS: Irrigação de grandes superfícies, campo de nitrificação com e sem finalidade agrícola, filtros biológicos, lagoas de estabilização, tanques de lodo ativados, tanques sépticos, valos de oxidação ou sistemas de oxidação total.

• REMOÇÃO DE ODORES E CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: Cloração, reagentes químicos, instalações biológicas.

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PROCESSOS E GRAU DE TRATAMENTOPROCESSOS E GRAU DE TRATAMENTO

• EFICIÊNCIA DAS UNIDADES:

• Tratamento preliminar - sólidos, gordura, areia;

• Tratamento primário – decantação, flotação, unidades compostas de decanto disgestão, digestão e secagem do lodo

• Tratamento secundário – filtração biológica, processos de lodos ativados, lagoas de estabilização (sistema unitário)

• Tratamento avançado – remoção de nutrientes, remoção de complexos orgânicos.

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FINALIDADE DO TRATAMENTOFINALIDADE DO TRATAMENTO

Evitar poluir novamente o meio ambiente

Ter consciência da necessidade de diminuir o volume de detritos

gerados

Proteger áreas de mananciais da ocupação humana

Implantar métodos mais eficientes de irrigação minimizando o

desperdício da água utilizada na agricultura

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UNIDADES DO TRATAMENTOUNIDADES DO TRATAMENTO

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Grandes ETEs –Lagoas de estabilização

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Grandes ETEs –Tratamento anaeróbio

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Lodos Ativados: Vista Geral ETE Suzano/SP

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lagoas facultativas

lagoa aerada facultativa

lagoas aeradas de mistura completa

sistema australiano (lagoa anaeróbia - lagoa facultativa)

lagoas de polimento / maturação

Lagoas de estabilização

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ETE – PONTA NEGRA

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Plantio de melancia

Plantio de feijão

Reúso de águas

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Mamão

Mamona

Reúso de águas

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Girassol

Capim Tanzânia

Reúso de águas

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Tanques de piscicultura

Reúso de águasem piscicultura

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Tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, cultivada em esgoto

tratado, com aeração mecânica

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EXEMPLOS TRATAMENTO E UTILIZAÇÃO DE EFLUENTES

TRATADOS

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Page 139: 1º aula

TANQUE SÉPTICO – FILTRO ANAERÓBIO PESQUISA UFRN: PROSAB (2003) (Andrade

Neto, 2004)

Page 140: 1º aula

TANQUE SÉPTICO – FILTRO ANAERÓBIO

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TANQUE SÉPTICO – FILTRO ANAERÓBIO

Page 142: 1º aula

HIDROPONIA COM ESGOTO TRATADO: UFRN

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

Page 143: 1º aula

HIDROPONIA COM ESGOTO TRATADO

Page 144: 1º aula

HIDROPONIA COM ESGOTO TRATADO

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

Page 145: 1º aula

GRAMA HIDROPÔNICA

Fonte: PROSAB (2003), Abujamra et al. (2005)

Page 146: 1º aula

FORRAGEM HIDROPÔNICA - PROSAB

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

Page 147: 1º aula

IRRIGAÇÃO COM ESGOTO TRATADO: CAPIM, CAFÉ, MILHO, GIRASOL - PROSAB

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

Page 148: 1º aula

Fonte: PROSAB (2003), Bastos et al, 2003

Alimentação Animal com Produtos Irrigados com Esgotos Sanitários

Não foram encontradas evidências de riscos reais à saúde animal e riscos potenciais à saúde humana por consumo de produtos animais

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IRRIGAÇÃO COM ESGOTO TRATADO: PARELHAS – RN (Pesquisa UFRN – PROSAB)

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

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PARELHAS – RNSorgo irrigado com esgoto tratado, no semi-árido (Parelhas, RN)UFRN - 95 t / ha

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

Page 151: 1º aula

PARELHAS – RNMilho irrigado com esgoto tratado, no semi-árido (Parelhas, RN)UFRN - 5 t / ha (julho-novembro)

Fonte: PROSAB (2003); Andrade Neto (2004)

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PARELHAS – RNFeijão irrigado com esgoto tratado, no semi-árido (Parelhas, RN)

Page 153: 1º aula

UFC – MAMÃO e GIRASOL