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FILOSOFIAProfessora Erica Frau
PARA SER FILOSOFIA...
Que tipo de saber a Filosofia busca?
• Não se contenta comsaberes superficiais.
• Não se contenta comexplicações míticas efantasiosas.
Nem toda curiosidade é uma curiosidade filosófica.
• Depende da pergunta.
• Depende da resposta.
PARA SER FILOSOFIA A PERGUNTA DEVE TER UMA RESPOSTA QUE SEJA...
•RACIONAL
•RIGOROSA
•METÓDICA
•SISTEMÁTICA
•UNIVERSAL
“ Contudo, como nos lembra Demerval Saviani (1986, p. 26),para ser filosófica a reflexão deve ser, ao mesmo tempo:radical, para analisar em profundidade o problema emquestão, buscando chegar às suas raizes, aos seusfundamentos; rigorosa, no sentido de ser coerente esistemática, conduzindo o pensamento com método e rigorpara propiciar conclusões válidas e bem fundamentadas; ede conjunto, para tomar o objeto em questão não deforma isolada e abstrata, mas numa perspectiva detotalidade, considerando os diversos fatores que, num dadocontexto, o determinam e condicionam” (SILVEIRA e GOTO,2007: p 86)
PERGUNTA???
A nossa sociedade
tem vergonha
de perguntar?
Filosofar
Implica consequências desagradáveis
Sofrimento necessário para atingir
AVANÇOS
ATITUDE CRÍTICA
PONTOS POSITIVOS
•Conhecer a verdade.
•Interrogar o mundo que o cerca.
PONTOS NEGATIVOS
•Desconfiar das crenças.
•Negar o senso comum.
IMPORTÂNCIA DA PROBLEMATIZAÇÃO
• Criar problemas.
• Olhar para coisas que estão estagnadas e transformá-las em problemas.
• Criar problemas reais e não pseudoproblemas(problemas que possibilitam uma discussão e que possuem uma solução).
• Não é qualquer pergunta ou dúvida que pode ser um problema filosófico.
[...] se os homens se perguntam sobre determinadas coisas é por
manifestar, como disse Aristóteles, um desejo natural de
conhecer. Portanto, a Filosofia é o exercício, por excelência, da
indagação e do questionamento.
Mas não é um questionamento qualquer: ele sistematiza e
problematiza estabelecendo relações e explicações sobre o
próprio ato de pensar. O pensamento filosófico, antes de tudo, é
fruto de uma necessidade: a de conhecer e compreender a
realidade em seus múltiplos aspectos.[...]
(Filosofia & Vida, V. I p 5)
ADMIRAÇÃO
• O sentido grego da palavra admiração é espanto. Quandoestamos diante de uma situação diferente, inesperada,temos uma atitude de admiração e esta atitude é umponto de partida para o ato de filosofar, pois nos leva àdescoberta de nossa própria ignorância e à indagaçãosobre o que ignoramos.
• A mesma admiração que é ponto de partida para oexercício do filosofar pode ser um comportamento quepreserva a ingenuidade e não leva ao questionamento. Oque vai diferenciar é o modo como as pessoas reagemdiante das questões que surgem a partir de nossocotidiano.
DÚVIDA
• A dúvida para a Filosofia não é imobilizadora, mas é opróprio ponto de partida para a reflexão profunda,tentando chegar às raízes dos problemas que se querenfrentar. Neste processo de questionamento, todas asafirmações são submetidas à dúvida, procurandoencontrar as fragilidades dos argumentos e levando àreformulação do pensamento. Por isso a Filosofia não édogmática: tudo pode ser questionado!
• A dúvida filosófica, por sua vez, consiste na supressão dosconhecimentos e elaborações já produzidos pela própriaFilosofia. Ao não aceitar uma explicação anterior esubmetê-la ao rigor da dúvida estimula-se a criticidadeque marca a experiência filosófica.
INSATISFAÇÃO MORAL
• A insatisfação do homem com os costumes e práticas que ocercam também levam-no a filosofar. Ao se deparar com osvalores proeminentes em uma sociedade o comportamentofilosófico surgirá ao se contrapor de forma crítica eproblematizadora diante da realidade. O ato de perguntar é amatriz do pensamento filosófico e os homens são instigadosdiante de valores e de práticas que se repetemcotidianamente.
• A insatisfação se torna filosófica quando o questionamento doproblema se fizer através de um argumento racional, queprocure ser suficientemente abrangente e leve à negação deposturas simplistas e dogmáticas. Ao fazer isto, o homem devese inserir dentro do problema e questionar as origens destainsatisfação, analisando e fundamentando as suas práticas.
Sem dúvida, nestas três modalidades de atitude, há muito deverdade, no sentido de que elas são encontradas em todofilósofo, em um grau menor ou maior, a despeito da possívelpredominância de uma ou outra sobre as demais. Naadmiração encontramos um comportamento de abertura omais espontâneo e original possível do homem diante darealidade. Sem a dúvida, não chega a se desenvolver oindispensável espírito crítico, que deve acompanhar todatarefa de ordem filosófica. E pela inquietação moral,fundamenta-se o filosofar em seus aspectos éticos.
(BORNHEIM: 1989, P11)
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
• ASPIS, Renata Lima e GALLO, Silvio. Ensinar Filosofia –um livro para professores. São Paulo: Atta Midia e Educação, 2009.
• BORNHEIM, G. A. Introdução ao filosofar: o pensamento filosófico em bases existenciais. 8 ed. Porto Alegre: Globo, 1989.
• FINI, Maria Inês (Coord.). Proposta Curricular do Estado de São Paulo. São Paulo:SEE, 2008.
• São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do Professor: filosofia, ensino médio – 3ª série, volume 1 / Coordenação geral, Maria Ines Fini; equipe, Adilton Luis Martins, Luiza Christov, Paulo Miceli, Rene Jose Trentin Silveira. – São Paulo: SEE, 2009.
• São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Filosofia – Filosofia & Vida – Volume 1 –Introdução à Filosofia / equipe, Jose Alves de Freitas Neto e Leandro Karnal. - São Paulo: SEE, 2005.
• SILVEIRA, R. J. Trentin e GOTO, Roberto. Filosofia no Ensino Médio – temas, problemas e propostas. São Paulo: Edições Loyola, 2007.