13
2º Estudo de Ciências - Luiza Collet 7º ano 2013 Agosto 2º trimestre 2013 1 3º Estudo de Ciências Luiza Collet 7º ano 2013 Agosto 2º trimestre 2013 As Partes Vegetativas ESTRUTURAS Estruturas Vegetativas -Estruturas que mantêm a planta viva. Raízes absorção de água e sais minerais, sustentação, reserva de nutrientes e crescimento. Caules transporte de seiva, sustentação e reserva de nutrientes. Folhas respiração, transpiração e fotossíntese. Estruturas Reprodutivas -Estruturas que garantem a continuidade da espécie, por produzirem novos indivíduos. Briófitas gametófitos feminino e masculino, que produzem os gametas (células sexuais). Pteridófitas protalos, que produzem gametas femininos e masculinos. Gimnospermas estróbilos e sementes (depois que o estróbilo feminino é fecundado pelo grão de pólen produzido pelo estróbilo masculino, formam as sementes). Angiospermas flores, frutos e sementes (depois de polinizadas, as flores se transformam em frutos com sementes). Esporos responsáveis pela dispersão.

3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

1

3º Estudo de Ciências Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

As Partes Vegetativas

ESTRUTURAS

Estruturas Vegetativas

-Estruturas que mantêm a planta viva.

Raízes – absorção de água e sais minerais, sustentação, reserva

de nutrientes e crescimento.

Caules – transporte de seiva, sustentação e reserva de

nutrientes.

Folhas – respiração, transpiração e fotossíntese.

Estruturas Reprodutivas

-Estruturas que garantem a continuidade da espécie, por

produzirem novos indivíduos.

Briófitas – gametófitos feminino e masculino, que produzem

os gametas (células sexuais).

Pteridófitas – protalos, que produzem gametas femininos e

masculinos.

Gimnospermas – estróbilos e sementes (depois que o

estróbilo feminino é fecundado pelo grão de pólen produzido

pelo estróbilo masculino, formam as sementes).

Angiospermas – flores, frutos e sementes (depois de

polinizadas, as flores se transformam em frutos com

sementes).

Esporos –

responsáveis pela

dispersão.

Page 2: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

2

Célula vegetal

Só elas apresentam:

-Cloroplastos (apresentam clorofila, importância na

fotossíntese);

-Parede celular (constituída por celulose, confere a célula

resistência e poros que permitem o fluxo de substâncias na

célula);

-Vacúolo central (existem vários vacúolos nas plantas jovens,

mas nas adultas eles se fundem em um só, e ocupam quase todo

o espaço da célula, as organelas e o citoplasma ficam apertados

contra a membrana celular. Os vacúolos armazenam água,

carboidratos, proteínas, sais minerais, etc. ).

Fotossíntese

-Processo em que a planta sintetiza glicose a partir de gás carbônico e

água, com uso da energia luminosa absorvida pelos cloroplastos.

As plantas absorvem o gás carbônico pelas folhas e água com sais

minerais nas raízes. Nas briófitas, o transporte de substâncias ocorre

por difusão. Nos outros tipos de plantas, ocorre pelo transporte da

Page 3: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

3

seiva bruta por meio dos vasos condutores, até as folhas, onde ocorre

o processo de fotossíntese, produzindo glicose, oxigênio e água. A

glicose é usada pela planta na respiração celular, processo em que a

energia química da glicose é liberada, mantendo a planta viva.

As plantas também sintetizam outros carboidratos, proteínas e

gorduras para crescerem e frutificarem. Por isso, além da glicose,

usam os sais minerais absorvidos pelas raízes.

TECIDOS VEGETAIS

-Tecido é um conjunto de células que realizam determinadas funções

no organismo. As angiospermas e gimnospermas possuem dois tipos de

tecidos: embrionários (meristemas) e adultos.

Meristemas células com grande capacidade de multiplicação.

-Meristemas primários: responsáveis pelo crescimento em

altura da planta e pelo crescimento de raízes e galhos.

-Meristemas secundários: responsáveis pelo crescimento em

largura da planta e estão localizados em volta do caule e dos

ramos.

-A medida que novas células formadas se afastam da região

meristemática, tornam-se especializadas.

Page 4: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

4

Tecidos adultos células especializadas em realizar diferentes

funções: proteção, revestimento, sustentação, secreção, síntese ou

armazenamento de substância ou transporte de seiva bruta ou

elaborada.

-Proteção e revestimento (são os tecidos mais externos da

planta)

Epiderme – única camada de células vivas encontradas nas

folhas raízes e em alguns caules, reveste as plantas.

Súber – é formado por células mortas que se afastam para

fora da camada de células vivas, recobrindo o caule da

maioria das plantas adultas (casca ou cortiça).

-Sustentação

Colênquima – formado por células vivas, com reforço de

celulose, conferindo resistência e flexibilidade à

planta. (Folhas e estruturas jovens da planta).

Esclerênquima – formado por células mortas (lignina),

conferindo impermeabilização, impedindo as trocas (de

gases e alimento) com o ambiente. (Caules e raízes de

plantas adultas).

-Síntese e armazenamento

Parênquimas – tecidos que preenchem os espaços entre

tecidos adultos.

-Células com cloroplastos, responsáveis pela síntese e pelo

armazenamento dos produtos da fotossíntese.

-Células com funções de armazenamento de reservas

nutritivas (óleos, proteínas), de água e ar.

-Transporte de seiva (sem ser nas briófitas)

Xilema – formado por células mortas e alongadas, onde a

seiva bruta é transportada das raízes até as folhas.

Page 5: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

5

Floema – formado por células vivas, também alongadas,

onde a seiva elaborada é transportada das folhas para o

restante do vegetal.

RAÍZES

Funções: Fixação (fixa as plantas ao solo e as auxilia na sustentação,

amplia a base de sustentação das plantas,

mantendo-as em pé e evitando que elas

tombem); Absorção (absorve a água e sais

minerais do solo ou da água (no caso das raízes

subterrâneas/aquáticas), com os quais as

plantas produzem seus nutrientes por meio da

fotossíntese); Armazenamento (de

substâncias e apresentam reservas de

carboidratos ou água).

Estrutura

Page 6: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

6

Tipos de raízes

-Raízes tuberculosas são subterrâneas e armazenam nutrientes.

Ex.: batata-doce, beterraba, mandioca, cenoura. Elas resistem ao frio

e brotam mesmo quando o caule e as folhas brotam.

-Raízes respiratórias são consideradas aéreas, pois crescem para

fora do solo e ficam com regiões expostas ao ar. Esse tipo de raiz tem

poros por onde entra o gás oxigênio. Ex.: mangue-branco.

-Raízes tabulares ficam fora do solo, ampliando a base da planta e

dando maior estabilidade e sustentação a grandes árvores. Ex.:

figueira e samaúma.

-Raízes suporte originam-se do caule da planta e auxiliam em sua

sustentação. Ex.: plantas que nascem no solo lodoso dos manguezais.

-Raízes sugadoras invadem o caule de uma planta para absorverem

a seiva elaborada. Ex.: cipó-chumbo.

CAULES

-Sustenta, estabelece comunicação entre raízes e folhas (xilema e

floema). Enquanto a planta é nova, o caule em geral é verde, ou seja,

ele apresenta clorofila e, portanto faz fotossíntese. À medida que

crescem perdem a clorofila, ficando com apenas paredes de célula

mortas. No caule, há regiões nas quais nascem novos ramos:

Gemas terminais – auxiliam no crescimento

da planta (produzem sempre novas células).

Localizam-se no ápice do caule ou ramos.

Gemas axilares/laterais – inativas na maior

parte da vida da planta por causa de um

hormônio produzido na região da gema

terminal. Localizam-se nas axilas das plantas

(ente o caule e a folha).

-A gema da origem aos ramos e às folhas. As regiões

Page 7: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

7

onde saem ramos e folhas são os nós, e o espaço entre os nós, entrenós. As

gemas terminais e laterais são regiões merismáticas.

Tipos de caules

-Caules aquáticos podem ficar totalmente imersos na água (fixos

ou não no substrato) ou flutuar nela (por meio de reservas de ar). Ex.:

aguapés, lírios d’ água.

-Caules aéreos caules que crescem para cima do solo. Podem ter

forma de troncos (caules de dicotiledôneas e possuem ramos laterais),

estipes (caules de monocotiledôneas, são cilíndricos e raramente

possuem ramos laterais) e colmos (caules de gramíneas, formados por

sequência de entrenós separados por nós). Ex.: seringueira (tronco),

palmeiras (estipe), bambu (colmo).

-Caules volúveis não sustentam seu peso e o das folhas. Crescem

enrolando suas gavinhas em algum outro vegetal ou qualquer outro

meio de apoio.

-Caules rastejantes não se prendem a suporte algum, crescendo e

ramificando-se apoiados no solo.

-Caules subterrâneos caules enterrados no solo. Produzem em

alguns pontos ramos aéreos ou folhas. Ex.: aboboreira, cebola (é um

caule subterrâneo chamado bulbo, que acumula substâncias nutritivas).

Geotropismo e fototropismo

O sentido de crescimento do caule é oposto ao da raiz, pois os caules crescem, na

maioria das plantas, para cima e as raízes, para baixo. Como todos os seres vivos, as

plantas estão sujeitas à ação da força da gravidade terrestre.

O geotropismo positivo é o crescimento da planta em direção da força da gravidade.

O crescimento do caule e das folhas das plantas para cima é o geotropismo negativo.

O fototropismo é o crescimento da planta em resposta ao estímulo de luz. As partes

aéreas da planta em geral crescem em direção à luz, enquanto as partes subterrâneas

têm o crescimento contrário à luz.

Page 8: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

8

FOLHAS (principal parte vegetativa das plantas)

-Variáveis quanto a forma, distribuição no caule e nos ramos e outras

funções que podem exercer.

- Estrutura: limbo, pecíolo, estípulas e nervuras.

-Principal órgão onde ocorre a fotossíntese.

-Características: ampla superfície (para receber a maior quantidade

de luz solar); células com cloroplastos; cutícula impermeável (evita

excesso de perda de água por transpiração); estômatos na parte

inferior do limbo, por onde entram e saem gás carbônico e oxigênio.

Nervuras são as partes terminais

dos feixes de vasos quês se

originam nas raízes. Pelos vasos

do xilema, a planta recebe a seiva

bruta e com ela realiza as

sínteses de matéria orgânica em

glicose. A folha segue então pelo

restante do vegetal pelo floema.

Tipos de folhas: podem apresentar limbos e

pecíolos de diferentes formatos e

tamanhos; as cores variam; há diferentes

formatos; podem apresentar bordas lisas ou

serrilhadas.

Page 9: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

9

-Folhas modificadas

Gavinhas – folhas modificadas que se enrolam em galhos de outras

plantas ou estruturas para obter sustentação.

Brácteas – folhas que circundam flores e podem servir-lhes proteção.

Atraem agentes polinizadores.

Folha flutuante – tem raízes preás ao solo do fundo da água, onde

prende o pecíolo da folha que flutua na superfície, apresenta bordos

levantados e canais de escoamento da água da chuva. Ex.: vitória-

régia.

Folhas de plantas carnívoras – adaptações de folhas que aprisionam

insetos, matando-os, e depois se alimentando de seus nutrientes. Elas

também realizam fotossíntese. Ex.: dioneia.

Espinhos – folhas adaptadas para suportar o clima de ambientes

áridos (evitam a perda excessiva de água e protegem a planta contra

ataques de animais). Ex.: cacto.

As Partes Reprodutivas

FLORES (órgãos de reprodução das angiospermas)

Estrutura

Cálice – conjunto de sépalas. Protege a flor do ataque de animais.

Corola – conjunto de pétalas. Armazenam as estrutura reprodutivas.

Androceu – conjunto de estames (estrutura reprodutiva masculina).

Estame – constituídos por um filete e uma antera.

Antera – onde são formados os grãos de pólen, que

carregam a estrutura reprodutiva masculina.

Gineceu – conjunto de carpelos (estrutura reprodutiva feminina).

Carpelos – constituídos por estigma, estilete e ovário.

Sem função

reprodutiva,

atraem agentes

polinizadores.

Page 10: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

10

Ovário – onde formam-se os óvulos, que contém a oosfera

(estrutura reprodutiva feminina).

Estigma – expansões na parte superior do estilete, que é

viscoso, o que facilita a adesão dos grãos de pólen

trazidos pelos agentes de polinização.

Polinização

-Através das cores das pétalas, perfume da flor, e o néctar adocicado

atraem agentes polinizadores. Os agentes sugam o néctar da flor e

coletam o pólen. Os grãos de pólen ficam grudados ao animal e, ao

visitar outras flores, podem os deixar cair. Se as flores forem da

mesma espécie dos grãos de pólen e atingirem o estigma da flor,

ocorre a fecundação.

Fertilização

-Quando o grão de pólen cai sobre o estigma da flor, absorve água. O

grão de pólen cresce, formando o tubo polínico, que levará o gameta

masculino até a oosfera, pelo estilete, no interior do ovário da flor. O

óvulo sofre modificações e transforma-se na semente (que abriga o

embrião). O ovário se transforma em fruto.

Page 11: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

11

Plantas monoicas, dioicas e hermafroditas

Plantas dioicas – espécies de vegetais em que as flores têm apenas

estames ou apenas carpelos. São hermafroditas, mas mesmo assim,

dificilmente ocorre autofecundação. Vários mecanismos se

desenvolveram no hermafroditismo para impedir a auto-fecundação,

como o amadurecimento de estames e carpelos em tempos diferentes.

Assim, uma flor pode estar com os grãos de pólen maduros e estes

serem transportados para outras flores, enquanto seus carpelos ainda

não amadureceram, e vice-versa.

Plantas monoicas – apresentam em um mesmo indivíduo flores

femininas e masculinas.

FRUTOS (resultado do desenvolvimento do ovário)

-Estrutura: pericarpo e semente. Pericarpo

é constituído pelo epicarpo (casca da fruta),

mesocarpo (parte suculenta) e endocarpo

(membrana que recobre e protege a

semente).

-Funções: proteger as sementes (sementes

protegidas tem mais chance de permanecer

guardadas até o momento que estarão em condições de germinar) e

proporcionar a dispersão de sementes (importante para evitar a

competição em busca dos nutrientes).

-Tipos de fruto:

Frutos carnosos possuem pericarpo suculento e contêm várias

sementes ou apenas uma. Ex.: mamão, uva, abóbora, tomate, pêssego,

abacate, ameixa e azeitona.

Page 12: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

12

Frutos secos frutos que se abrem quando maduros, facilitando a

saída das sementes, e frutos que se abrem quando maduros. Ex.:

feijão, algodão, soja, castanha-do-pará, milho e girassol.

Pseudofrutos (falsos frutos) algumas plantas formam estruturas

que se tornam suculentas e doces, por isso, são confundidas com

frutos verdadeiros, quando na verdade não são originadas pelo ovário.

Ex.: caju, maçã, figo.

SEMENTES

-Estrutura: casca (protege o embrião da desidratação e o ataque de

fungos e bactérias), embrião (cresce e se transforma em uma planta)

e endosperma (tecido junto ao embrião que acumula amido,óleos e

proteínas, que servirão para alimentar a nova planta até que ela tenha

condições de gerar seu próprio alimento).

-Dispersão das sementes: animais ao comerem os frutos de uma

árvore, podem defecar as sementes em outros locais, tornando-as

prontas para germinar; as sementes grudam-se a pelagem de animais,

sendo transportadas para bem longe do local de origem; sementes

aladas (voo planado impulsionado pelo vento); etc.

-Germinação: quando as condições do ambiente são favoráveis

(principalmente umidade e temperatura adequadas) as sementes

germinam. Enquanto isso não ocorre, algumas sementes não germinam

(dormência).

Page 13: 3º estudo de ciências - 7º ano – agosto

2º Estudo de Ciências - Luiza Collet – 7º ano – 2013 – Agosto – 2º trimestre – 2013

13

Ex.: algumas sementes de orquídeas devem ser expostas a um frio

intenso para depois germinar; outras espécies devem ser raspadas

para que a água possa atingir o embrião, quando isso ocorre, a nova

planta começa a surgir.

BOM ESTUDO!

Ref. Bibliográficas: Jornadas. CIE, Carnevalle,

Maíra Rosa – Editora Saraiva (1ª edição).