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7ª Missão Técnica SEMESP ALEMANHA 01 a 10 de maio de 2015

7ª missão técnica semesp alemanha

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7ª Missão Técnica SEMESPALEMANHA

01 a 10 de maio de 2015

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Munique

• Em Munique ficamos hospedados no hotel Eurostars e lá tivemos a primeira palestra.• O Prof. Dr. Nazem Nascimento atua no Brasil e mantém laços estreitos com a Alemanha. Conhece bem o sistema de ensino alemão, tendo se doutorado nesse país.

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Universidade Técnica de Munique (TUM)

• Dr. Stefan Marz• Apresentou a TUM como uma universidade empreendedora

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Tipos de transferência de tecnologia da TUM

PESSOASConferênciasTeses, monografias

COOPERAÇÃO COM EMPRESASContratos de pesquisaProjetos em cooperação

DIREITOS INTELECTUAIS DE PROPRIEDADEComercializaçãoIncubação

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O que fomenta a inovação?

• Dr. Armin Pircher• Desenvolveu a ideia de que a inovação ocorre quando efetivamente se obtém um benefício para a sociedade, com o desenvolvimento de um produto, processo ou metodologia.• Para Pircher, com base em uma revisão de literatura, três pontos se destacam: Pessoas; Trabalho e Equipe.

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PESSOASPersonalidade

Motivação

TRABALHOComplexidade

AutonomiaPerfil ou regras de inovação

EQUIPEVisão

Clima pela excelênciaClima Externo

Objetivos interdependentes

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Conhecendo a Alemanha•Dr. Peter J. Brener• Trouxe-nos alguns problemas que hoje afligem a Alemanha. As pessoas da antiga Alemanha Oriental têm vindo para o lado ocidental, despovoando aquela área.• Imigrantes têm se fixado na Alemanha. Entretanto, muitos acabam por não aprender a língua, tendo dificuldade em se integrar. A maioria de imigrantes é de turcos, e talvez seja o grupo com maior dificuldade de integração. É comum, nas escolas, os meninos não respeitarem professoras, em função de uma cultura que desvaloriza o papel da mulher na sociedade.

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Sistema Alemão

• No sistema educacional alemão, cada estado tem autonomia sobre a legislação e diretrizes da sua rede, mas em quase todo o país o ensino primário termina na quarta série.

Escola Primária• 6-10 anos

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Sistema Dual

Escola Secundária• 11-15 anos

As duas séries seguintes após a escola primária fazem parte da escola secundária e são conhecidas como

"período de orientação". Durante esses dois anos, o professor acompanha de perto o comportamento e as notas de um estudante. Com base nisso, cabe a ele, no final, recomendar para qual das três "áreas" do ensino médio o aluno irá - as opções costumam não ter volta. Os pais também tomam parte na decisão, porém têm

pouca influência.

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•O Realschule é considerado uma educação•intermediária. Além das disciplinas comuns,•que têm con teúdos mais aprofundados, essa área•também costuma ter aulas de uma segunda língua•estrangeira e informática.•Ela vai até o décimo ano e, após a conclusão,•o aluno precisa realizar um teste para ganhar•um certificado chamado Mittlere Reife,•que permite entrar em instituições de umtipo de ensino profissionalizante, chamadoFachoberschulen. Esse modelo também faz parteda escola secundária e dura dois anos.

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Já o Hauptschule é a área com o nível mais baixo.Mesmo as disciplinas compulsórias têm umconteúdo mais elementar.Ele dura até o nono ano e o aluno o terminacom 15 anos, quando recebe o Hauptschulabschluss(nesse caso é necessário fazer testes).Além das disciplinas comuns, há também específicasdessa área, como Arbeitslehre,que dá aulas teóricas sobre o mercado de trabalho,semelhante ao modelo de "career education“da educação britânica.

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O principal objetivo do Haupt­schulen é prepararsomente para outro tipo de escolasprofissionalizantes de segundo grau:as Berufsfachschulen.

Um detalhe importante: alunos das outrasáreas também podem se matricular nessasinstituições, ainda que não seja o costume.

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Ginásio• 15-18 anos

• O Gymnasium é considerado o mais completo• e tem o objetivo de levar à universidade.• Na maioria dos estados, apenas os alunos com asmelhores notas entram em instituições desse tipo.• Mas há casos como o da cidade de Berlim,• em que 30% dessas vagas são sorteadas,• independentemente do desempenho do aluno.

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Escola

Câmara de

ComércioEmpresa

Sistema Dual

Aqui é registrado o contrato com o estudante (CONTRATO DE ESTUDOS).

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•No sistema Dual o aluno estuda 12 semanas por ano e o restante do tempo é na empresa (Aprender Fazendo).•A forma como essas semanas ocorre varia. Pode ser uma semana de aula e outra na empresa, ou um módulo de 4 semanas, principalmente em áreas em que só há uma escola e as empresas distantes.•Ou ainda, uma aula por semana. Tudo isto ocorre com um contrato assinado entre o aluno e a Câmara de Indústria e Comércio, pois é esta que regula o contrato do aluno com a empresa. No início, o aluno ganha cerca de 300 euros, podendo chegar a 700 euros no final. Não é obrigatório para o aluno ficar na empresa depois de formado.

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CENTRAL DE ESTÁGIOS

•A Central de Estágios das IES têm de ganhar outro caráter. Há que se buscar o caminho junto às empresas para realimentar os conteúdos escolares. A relação deve ser muito mais intensa, buscando desenvolver a confiança entre as partes.•Os processos avaliativos devem ser também desenvolvidos nas empresas com o apoio da Central de Estágios.

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Ensino técnico•Nossa escola técnica deve buscar a criação de cursos com base na necessidade das empresas. Há que se realizar encontros diretos com as empresas e levantar as reais necessidades.•O desenvolvimento da confiança e o trabalho cooperativo entre a ETUS e as Empresas é fundamental para inovarmos nessa área.•Várias profissões no Brasil são exercidas sem a preparação desses profissionais em escolas técnicas. Desde as atividades mais simples às mais complexas podem ser ancoradas em cursos na Etus.•Toda a área da Zona Oeste tem de ser estimulada a participar de cursos tecnológicos, seja em nível superior ou médio.•Há que se levantar o perfil desejado pelas empresas. Encaminhar lista de competências e deixar espaço para que as empresas insiram novas competências.

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Ações

• Professores indo ao mercado para ver o que está ocorrendo na prática, atuando junto aos funcionários das empresas.• Encaminhar carta às empresas para retificar ou ratificar competências.• Realizar fóruns com as empresas NA DIMENSÃO DO ENSINO - PROJETO CONEXÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA

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Ao completar o Gymnasium, o aluno realiza um exame chamado Abitur, que permite a entrada nas universidades alemãs. Nos cursos em que a demanda pelas vagas é maior que a oferta, a pontuação nesse exame é usada como critério de admissão. A maioria das instituições de ensino superior na Alemanha é pública, e em 10 dos 16 estados do país as universidades são gratuitas. No restante, são pagas e custam em média 500 euros por semestre.•http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/170/modelo-alemao-234959-1.asp

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Abismo• A maior parte dos estudantes da educação básica alemã está em escolas públicas gratuitas - apenas 6% deles frequentam instituições privadas. Segundo uma pesquisa realizada em 2008 pelo governo federal, 20% dos estudantes frequentam escolas do tipo Hauptschule , 27% estão em Realschulen, 6% nas instituições que reúnem essas duas áreas e 35% no Gymnasium . Contudo, mesmo que a definição do percurso de um aluno seja feita muito cedo, há maneiras de migrar entre essas áreas. Alunos com as melhores notas do Hauptschulen podem solicitar a admissão no décimo ano do Realschule . E os alunos com as melhores notas no Realschule­conseguem entrar em uma instituição chamada Fachgymnasien, que oferece entre dois e três anos do conteúdo ensinado no Gymnasium - o intuito é prepará-los para o exame Abitur. A disparidade na qualidade de educação dessas três áreas é grande. A edição de 2003 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) aponta que o aproveitamento médio dos alunos do Hauptschule foi de 428 pontos. Já no Realschule­essa média chegou a 510 pontos, enquanto no Gymnasium foi de 587 pontos.

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O ensino superior

• Universität - Universidades (Plenas ou Clássicas) de Pesquisa

• Hochschule (Escolas de Ciências Aplicadas e Técnicas)

• Escolas de Artes

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Steinbeis - Hochschule

•Peter Dohm•Esta é uma instituição diferente das outras existentes na Alemanha. A nosso ver, a capacidade empreendedora de seu criador, Prof. Löhn, foi fundamental para que esta instituição ganhasse espaço na Alemanha.•Trata-se de uma escola de nível superior (Hochshule), cuja sede fica em Baden.... e conta com 50 polos.http://www.steinbeis.de/de/experten/steinbeis-hochschule-berlin.html

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Steinbeis - Hochsule

• Cada polo tem um Diretor, que é de fato um empresário. Ele investe e se responsabiliza pela sustentabilidade do negócio, remetendo à sede o percentual acordado.• Este polo da Steinbeis tem 50 funcionários e 15 professores.• Esta escola entrou num nicho na Alemanha. A média de idade dos alunos era de 48 anos e hoje está na casa dos 38 anos. Isto significa que muitos desses alunos não tiveram oportunidade de cursar o ensino superior quando jovens.

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Steinbeis - Hochsule

• Esta unidade da Steinbeis fica em Berlim. Conforme a informação da direção do polo, em Berlim, é mais fácil abrir uma instituição de ensino.• Cada estudante deste instituto tem um projeto na empresa em que trabalha.• O projeto é trabalhado de maneira contínua. De fato, este aluno presta consultoria para a empresa junto à Steinbeis.• Existem problemas a serem resolvidos, então, a empresa define quem serão os alunos e paga para que eles façam a faculdade.• É UM PROJETO INTEGRADOR CONTÍNUO

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Steinbeis - Hochsule

• Normalmente na Steinbeis são três dias de aula, incluindo o sábado. Ou seja, é uma escola superior para o aluno trabalhador, utilizando a filosofia do sistema dual.• Um exemplo interessante é a parceria com uma equipe de futebol alemã. Os jogadores fazem o curso superior e se preparam para depois da carreira futebolística.

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Steinbeis - Hochsule• Prof. Löhn• A palestra de Löhn destacou quatro aspectos: a internacionalização, a tecnologia, a qualificação e o financiamento.• INTERNACIONALIZAÇÃOAs empresas têm de estar no mundo inteiro.• FINANCIAMENTOA dissociação entre o mundo das empresas e o mundo do mercado de capitais está se fortalecendo. A conscientização pela própria empresa já não existe.

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Steinbeis - Hochsule

• TECNOLOGIAAntes havia um entendimento de que as high tech seriam para as grandes empresas e as low tech para as pequenas, isto não existe mais. A computação vai mudar todas as empresas. Quem vai ganhar? Aqueles que têm estrutura de comunicação e indústria 4.0. Não se pode ter grandes empresas apenas. As pequenas são fundamentais no processo, mas elas necessitam de inovação.

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Steinbeis - Hochsule

• Um exemplo que poderíamos usar é o do futebol. Se não houver clubes “pequenos” como realizar um campeonato? No Rio ainda temos quatro grandes, em São Paulo uns seis, mas o que dizer dos outros estados. Os campeonatos só existirão no nível estadual se os pequenos inovarem a ponto de apresentarem grandes equipes, inovadoras equipes. Isto faz com que todos progridam.

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Steinbeis - Hochsule

• QUALIFICAÇÃO•As empresas necessitam de funcionários qualificados.

“Não adianta ter professores inteligentes e isto não ser aproveitado pela universidade”.

“Um país é idiota quando investe em ciência e as empresas não se aproveitam disso”.

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Princípios da Steinbeis

1. Atender ao cliente (Design Thinking);2. Professores indo às empresas;3. Independência financeira (sem subvençãodo governo);4. Modelo descentralizado

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SteinbeisNo modelo de Steinbeis não há hierarquia, de acordo

com o seu fundador. Para ele, hierarquia implica

“mandar e não fazer”. Em um modelo descentralizado

as Lideranças têm de “saber fazer”.

O aluno para estudar nesta escola têm de ter um

projeto para resolver um problema real da empresa

onde atua. Normalmente é a empresa que paga o

curso.

O palestrante deu um exemplo da AUDI, que pagou

o doutoramento de um aluno, para que um problema

da empresa fosse solucionado.

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Universidade Livre de Berline Humbolt UniversitätA Universidade Livre de Berlim (em alemão: Freie Universität Berlin, abreviatura corrente: "FU Berlin") é uma das mais prestigiadas universidades da Alemanha e da Europa continental. Distingue-se pelo seu caráter moderno e internacional. É a maior das quatro universidades de Berlim. A pesquisa na universidade está focalizada nas Humanidades e nas Ciências Sociais, assim como nas Ciências da Saúde e nas Ciências Naturais.

Fundada em Berlim Ocidental durante o início da Guerra Fria, o seu nome (Universidade Livre) refere-se ao fato de a Universidade Humboldt, mais antiga, ter ficado em Berlim Oriental, parte da cidade controlada pelas forças comunistas soviéticas.

A Humbolt foi inspiração para as modernas universidades, pois foi a primeira a encarar a pesquisa e o ensino como indissociáveis. O autor Henry Etzkowitz chama a isto de A Primeira Revolução Acadêmica.

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Algumas percepções

A missão nos permitiu verificar a experiência que a Alemanha tem na relação entre as escolas e as empresas. Na Alemanha há uma diferenciação clara entre Universidades e Escola Superiores Técnicas.

Existe valorização pela sociedade alemã do ensino técnico e uma grande confiança entre escolas e empresas, isto não ocorre no Brasil.

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Devemos não só valorizar a titulação. Há que se valorizar também a qualificação. Por esta razão, as escolas deveriam encontrar caminhos para ter em seus quadros: profissionais com grande conhecimento do mercado de trabalho.

Há que se fortalecer a relação entre a universidade e a empresa no Brasil. A ideia de o aluno de graduação ter um projeto logo no início da formação merece ser apreciada. Se no mestrado e no doutorado ele tem de ter um projeto, por que não na graduação?

Levar os professores para contactar diretamente os empresários. Verificar os problemas reais das empresas e trazer para a universidade.

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Há que se rever a legislação trabalhista no sentido de facilitar a aprendizagem em conjunto com o trabalho, protegendo tanto as empresas, as universidades, alunos aprendizes e os trabalhadores.

Intensificar a credibilidade e integração entre a Academia e a Empresa, onde ambos abram suas portas um para o outro.

Focalizar essa relação na dimensão da responsabilidade social das empresas, diminuindo-se as restrições e regras para o envolvimento do jovem aprendiz.

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Desburocratizar as relações entre o aprendiz, a universidade e a empresa.

As universidades devem se aproximar das empresas cuja missão esteja em consonância com sua missão.

Definir como política a contratação de professores com experiência de mercado.

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Carlos Alberto Figueiredo da Silva

[email protected]