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3. Cultura 3.1. O artista na sociedade medieval

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3. Cultura

3.1. O artista na sociedade medieval

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Depois que o martírio não foi mais possível uma outra forma de alcançar a santidade foi ter uma vida ascética. O modelo foi o monasticismo (monge, em grego único, solitário) de São Antonio, no S. III no Egito onde a prática de se internar no deserto como um eremita já existia. Os beneditinos foram a primeira ordem monástica a ter regras, disciplina e hierarquia: as regras beneditina prescrevem trabalho manual e intelectual.

O artista monge

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Replica de scriptorium celta cristão, Irlanda

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“[...] fazer o mapa da Europa é fazer o mapa da Igreja “(ROBERTS, J.M. History of the World, 1980,p. 396)

BeneditinosCluniacosCartuxosCistercianosMendicantes: franciscanos e dominicanos

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Abadia de Clonmacnoise, S. VI, Irlanda

Abadia de Iona

Os primeiros monastérios irlandeses e franceses: eremitas celtas cristãos em Gália por volta do século IV – São Martin e no século V – São Patrick

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Abadia de Ligugé , 360, França

Ruínas do monastério de Fulda, Alemanha, funaddo em 744

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Abadia beneditina de Charroux, França, S. VIII

Abadia beneditina de Brantôme, 769, fundada por Carlo Magno

Abadia de Saint Guilhem le Désert, Gellone,804, Fraança

Monastérios beneditinos, S. VI a VIII

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Planta da Abadia de Saint Gall, 816-830, Suiça

O monastério de Cluny na Borgonha foi fundado em 910 estabelece uma nova ordem subordinando todos os monastérios da ordem á Abadia de Cluny

Abadia de Cluny

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“Aquele que não abre a terra com seu esforço deverá escrever o códice com suas mãos” (Regra de São Fereol, , S.VI,(Addison, 1908, apud EFLAND, A. A History od Art Education, 1989)

O escriba, o pintor, o encadernadorTinta vermelha: minium – que aplica: miniatore - miniatura

“Se há artistas no monastério, deixem eles exercitar seus oficios com humildade e reverencia, desde que o abade tenha pedido assim. Mas se algum deles demonstra orgulho da sua habilidade, porque acredita que vai ganhar alguma coisa do monastério, deixem ele ser removido e não deixá-lo exercer de novo” Regra beneditina (Addison, 1908, apud EFLAND, A. A History od Art Education, 1989)

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Profeta Ezra escrevendo,Codex Amiatinus, 685, Bíblia de Abade Ceolfrid, Iglaterra

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“ As análises sobre a criatividade em diferentes culturas mostra que a criatividade depende do contexto. A cultura participa na definição da natureza da criatividade e do processo criativo. A definição Ocidental de criatividade como produto e como fenômeno da originalidade pode ser comparado com a visão de criatividade de Oriente como fenômeno que expressa uma verdade interior, como uma nova maneira de auto-crescimento (self growth)” (LUBART, 1999, apud SULLIVAN, Artistic Cognition and Criativity, The Routledge companion to research in the arts. New York: Routledge, 2010, p.108)

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O artista Mestre

Petrus Cristus, O ourives, 1449

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A partir do século XI aparecem as grêmios de artesãos e arquitetos. Os grêmios cuidavam dos direitos e obrigações e na disciplina e controle dos seus membros de maneira que tinham reconhecimento.Hierarquia: Mestre, Assistente e AprendizOs aprendizes começavam sobre a tutoria de um mestre aos 13-14 anos de idade. Depois de um período de 6 anos recebia um certificado e apresentava uma obra. Dependendo da habilidade podia ser mestre e ter aprendizes, mas poucos conseguem este status.

Jan van Eyck, São Jerônimo,

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Na Idade Média os conhecimentos são transmitidos oralmente mas na medida da crescente complexidade do sistema de produção aparecem os tratados que tratam dos problemas de produção de objetos, com receitas, prescrições ou modelosHeraclius nas Cores e as Artes dos Romanos – preparação de cores, técnicas de corte de pedras semipreciosas técnicas de tratamento de ouro, escritura e iluminura, tratamento de vidro, etc.De Diversis Artibus, As várias artes – de Teófilo Presbiter, século XII faz referencia ao papel, descreve fundição de sinos, construção de órgãos. Os processos técnicos de moldes, solda de ouro e prata. Ele descreve os ambientes e o processo de fazer as ferramentas que os artesão faziam.

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Depois do S. XIII os artesão se organizam em loggias que regulam o produto e protegem o produtor dando maior vantagem no mercado. São sociedades, fraternidades, irmandades, associações, companheirismoExistem loggias para todos os ofícios e negóciosOs membros pagam para pertencerNo final da Idade Média as loggias adquirem cada vez mais poder

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A divisão social: os que lutam, os que rezam e os que trabalham

Gens darms, gens de conseil, gens sacerdotal, gens de mestier, marchans, cultiveurs de terre

Iluminuras de tradução de Aristóteles, S. XIV

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Detalhe da vida de São Denis, iluminura, 1317

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Lista da Corporação de Pintores e fazedores de Espada, Bruxelas

Mestre de Frankfurt, 1496

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Mestre de Flémalle, Altar Merode, S.XV

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3.2. Tecnologias, técnicas, materiais e sistemas de produção

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Arquitetura

Loggia dos maçons, respeitados e participantes da vida burocrática e administrativa da cidade, são burgueses. Tem poder, fama e fortuna. Os Mestres Maçons são poucos e poderosos

Vídeos sobre a construção da Catedral de Chartres, em inglês

Animação da evolução e construção da Catedral de Saint Corentin em Quimper

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Construção e evolução da Catedral de Colônia

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Iluminura e escritura

Vídeo de um scriptorium em Portugal

Animação de um scriptorium medieval

Os miniaturistas pertencem á loggia dos químicos, que produzem e comercializam tintas, os apotecarios

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Ilustração para texto de Bocaccio Sobre Mulheres Famosas feito para o Duque de Borgonha 1403. Rei Carlos VI comissionando um texto a Pierre Salmon

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Mestre Petrus Cristus me fez ano 1449

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Hildegarda de Bingen, A criação com o Universo e

o Homem cósmico,

Revelações, 1230

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Thamar, a pintora, ilustração do texto de Bocaccio Sobre mulheres Famosas

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A estrutura de um manuscrito medieval

Vida medieval: o scriptorium (vídeo em italiano)

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Escultura

Oficina de escultura, 1416, comissionado por Arte dos Mestres da Pedra e da Madeira para a base do nicho da logia de Orsanmichele.

Sabina von Steinbach na Catedral de Strasburgo, Catedral de Bourges

Pertencem à loggia dos pedreiros ou dos maçons, ou dos marceneiros

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Pintura afresco

Tem sua própria loggia, a dos pintores ou fazem parte da loggia dos maçons

Anunciação, igreja de São João, Áustria

Enquadramento das cenas em esquemas geométricos, adequação das composições á arquitetura, disposição em bandas para leitura

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“A paixão de Cristo” Igreja de São Justo e Pastor, Segóvia, Espanha

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Afrescos da Igreja de São Savin, França

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Mosaico

Mosaico na Cúpula do Batistério de Florença, (1059) 1225

Arounder.com, interior do Batistério, vista completa

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BibliografiaECO, U. Arte e Beleza na Estética Medieval. Editora Record, 2010.___, _. História da Beleza. Editora Record, 2005.HUIZINGA, J. O outono da Idade Média. São Paulo, Cosac Naify, 2010.

Webteca

Loggias na Idade Média, Guilds in the Middle Ages