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Escola Secundária Artística António Arroio
Português 2010/2010Andreia Pata
Nº 6 11º K
Caça às Bruxas
Introdução Iniciada no séc. XV, prolongou-se ainda pelos três séculos
seguintes, praticada especialmente na Alemanha, Suíça,
França e Inglaterra.
Foi a maior perseguição feita pela igreja católica desde o
tempo das cruzadas, onde todas as antigas religiões pagãs e
matriarcas eram tidas como satânicas.
Todos aqueles que eram considerados como hereges eram
presos, torturados e mortos, tendo o seu números ficado entre
os 9 milhões de vítimas.
Início da Caça No início do século XIV, começaram a surgir rumores e pânico
sobre conspirações que estariam a tentar destruir os reinos
cristãos através de magia e envenenamento.
Depois da enorme devastação causada pela peste negra, esses
rumores aumentaram e passaram a centralizar-se mais nas
bruxas e nos "propagadores de praga".
Os casos de processo por bruxaria foram aumentando de
forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa
apareceram na segunda metade do século XV.
Início da Caça Em 1550, com o fortalecimento dos estados protestantes a
perseguição cresce vertiginosamente, atingindo níveis
alarmantes, especialmente no período que vai de 1550 a
1650.
A sua base ou lei fundamental era um excerto retirado do
Antigo Testamento, êxodo (22,18) “Não deixarás viver a
feiticeira”.
A Bruxa Antiga Antigamente, era definida como bruxa ou feiticeira a pessoa com
conhecimentos sobre o emprego de plantas medicinais ou cura de
doenças e epidemias. Estas mulheres eram, muitas vezes as parteiras,
enfermeiras e assistentes, a única possibilidade de atendimento
médico das comunidades em que viviam.
Porém, criou-se uma histeria generalizada na população, de forma que
muitas das mulheres acusadas passavam a acreditar que eram mesmo
bruxas e que possuíam um “pacto com o demónio”.
Em média, 20% das vítimas pertenciam ao sexo masculino e os
restantes 80% ao feminino (crianças ou adultos).
Crimes Inocentes As vítimas eram acusadas de praticar crimes sexuais contra os
homens, tendo feito um “pacto como demónio”;
Eram culpadas por se organizarem em grupos – geralmente
reuniam-se para trocar conhecimentos;
Outra acusação seria a posse de “poderes mágicos”, que
provocavam problemas de saúde na população, problemas
espirituais e catástrofes naturais;
Além disso, o facto dessas mulheres usarem os seus
conhecimentos para a cura, despertava a ira da instituição
médica masculina, que viu na Inquisição um bom método de
eliminar a sua concorrência.
Crimes Inocentes Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as
pessoas vulneráveis à acção da Inquisição:
1. Difamação por várias pessoas que afirmassem que o acusado
era bruxo (bastavam três);
2. Se um bruxo desse testemunho de que o acusado também
era bruxo;
3. Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou
antigo companheiro de um bruxo;
4. Se fosse encontrada a marca suspeita no acusado.
Livro de Julgamento
O Martelo das Bruxas (Malleus Maleficarum) foi o manual escrito por dois
inquisidores dominicanos e publicado em 1487, tendo como único propósito a
perseguição das bruxas;
Foi considerado o tratado mais importante alguma vez publicado no que diz
respeito à perseguição da bruxaria, que ensinava os juízes a julgarem e
condenarem todos os suspeitos de feitiçaria, dando especial atenção às mulheres;
Era dividido em três partes, cada uma correspondente a uma área específica:
Livro de Julgamento
1. Ensinava os inquisidores a reconhecerem as bruxas nos seus múltiplos
disfarces e atitudes;
2. Expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os;
3. Explicava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas,
demonstrando como inquiri-las e condená-las.
Além disso, continha explicações que iam desde a fundamentação
teológica da inferioridade feminina até detalhes sobre como interrogar as
bruxas para determinar a sua culpa também e instruções detalhadas
de como torturar os acusados para que confessassem seus
supostos crimes.
Condenações Os suspeitos, eram presos e considerados culpados até
provarem a sua inocência e o processo de acusação,
julgamento e execução era rápido, sem formalidades e sem
direito a defesa.
Eram usados, entre outros, os métudos de:
• Tortura
• Fogueira
• Enforcamento ou decapitação
• Afogamento
Condenações Nos casos mais extremos, amarravam-se os suspeitos em
cadeiras ou objetos de peso, atirando-os ao rio. Se o acusado
não afundasse, era a prova de que o Diabo o protegia, sendo
entregue à fogueira; caso se afogasse, estaria antecipada a
justiça divina;
Em várias cidades as escolas foram fechadas, com o pretexto
de serem postos que serviam às crianças para trocarem
conhecimentos mágicos proibidos entre si. Os casos mais conhecidos foram
de:
Joana D'ArcGalileu Galilei
Conclusão Apesar de todos este horrores, apenas em 1782 a última fogueira
foi acesa, na Suíça, três séculos desde o primeiro julgamento.
Durante quatro séculos inocentes foram executados pelas
autoridades sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu
Deus era um Deus de amor e compaixão.
Tendo um significado religioso, político e sexual, a caça às bruxas
foi uma das maiores manchas na sociedade e religião da Europa.
Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxaria
http://www.espacoacademico.com.br/053/53angelin.htm
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxa
http://www.infoescola.com/historia/caca-as-bruxas/
http://www.emporiowicca.com.br/fogueira.html
http://volperine.multiply.com/journal/item/81
http://pt-br.policia.wikia.com/wiki/Santa_Inquisiçao%C3%A7%C3%A3o_-_vergonha_da_Igreja
http://marged.vilabol.uol.com.br/inquisicao.html
http--oqueacontecenasigrejas.blogspot.com-2011-02-fotos-de-instrumentos-de-tortura-de.html