A familia-e-a-escola-a-importancia-do-envolvimento-familiar-na-educacao
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CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP -PEDAGOGIA- A FAMÍLIA E A ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DO ENVOLVIMENTO FAMILIAR NA EDUCAÇÃO ROSIDETE DE OLIVEIRA SILVA Capivari - SP 2014
A familia-e-a-escola-a-importancia-do-envolvimento-familiar-na-educacao
1. CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE
CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP -PEDAGOGIA- A FAMLIA E A ESCOLA: A
IMPORTNCIA DO ENVOLVIMENTO FAMILIAR NA EDUCAO ROSIDETE DE OLIVEIRA
SILVA Capivari - SP 2014
2. CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE
CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP -PEDAGOGIA- A FAMLIA E A ESCOLA: A
IMPORTNCIA DO ENVOLVIMENTO FAMILIAR NA EDUCAO Trabalho de Concluso
de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da FACECAP/CNEC Capivari
para obteno do ttulo de Pedagogo, sob a orientao da Prof(a)
Especialista Rejane Aparecida Armelin Stefano ROSIDETE DE OLIVEIRA
SILVA Capivari SP 2014
3. FICHA CATALOGRFICA S583f Silva, Rosidete de Oliveira A
famlia e a escola: a importncia do envolvimento familiar na educao/
Rosidete de Oliveira Silva. Capivari - SP: CNEC, 2014. 31p.
Orientadora: Prof. Especialista Rejane Aparecida Armelin Stefano
Monografia apresentada ao curso de Pedagogia. 1. Famlia. 2.
Infncia. 3. Aprendizagem. I. Ttulo. II Faculdade Cenecista de
Capivari. CDD. 370
4. DEDICATRIA A inesquecvel amiga Erialda, (In Memorian) Pelo
seu companheirismo, pelos seus conselhos, lealdade e amizade
sincera enquanto convivemos juntas. Pela sua f, garra e determinao,
de acreditar na vida e em um futuro melhor. Pelo seu cuidado, pela
escuta, pela presena nos momentos de conflitos que enfrentei. Por
acreditar em mim e estar ao meu lado, fornecendo segurana e amor
que me fizeram chegar at aqui.
5. AGRADECIMENTOS Quero agradecer, em primeiro lugar, Deus, que
em sua infinita bondade me concedeu fora coragem durante toda esta
longa etapa. A minha me Maria, herona que me deu apoio, incentivo
nas horas difceis, de desnimo cansao. Ao meu pai Francisco, por seu
exemplo de honestidade, disciplina e vida. Aos meus irmos Robson e
Rosivnia, pelo apoio e colaborao para que esse trabalho fosse
realizado. Aos demais familiares que acreditaram no meu potencial.
professora e orientadora Rejane, por acreditar no meu potencial,
incentivando nos momentos difceis na escrita desse trabalho. Ao
querido amigo Alisson, que por muitas noites me fez companhia
enquanto escrevia o trabalho. No posso esquecer-me tambm da leal e
velha amiga Bruna, que compreendeu meus momentos de ausncia e me
incentivou durante essa trajetria. s colegas de sala Arlete, Dbora,
Ktia e Margarida, com as quais dividi momentos alegres, tristes e
tensos. Obrigada pelo incentivo, pelo carinho e amizade sincera que
desenvolvemos nesse tempo que convivemos juntas. amiga de trabalho
Edite, que nesse ltimo semestre me aconselhou a no desistir, a ter
f e confiana em Deus que tudo daria certo. A todos que direta ou
indiretamente fizeram parte da minha formao, meu muito
obrigado.
6. Corao de estudante H que se cuidar da vida H que se cuidar
do mundo Tomar conta da amizade Alegria e muito sonho Espalhados no
caminho Verdes, planta e sentimento Folhas, corao Juventude e f!!
Corao de Estudante Milton Nascimento
7. SILVA, Rosidete de Oliveira. A famlia e a escola: A
importncia do envolvimento familiar na educao. Curso de Pedagogia.
Faculdade Cenecista de Capivari-CNEC. 31p, 2014. RESUMO A pesquisa
discute sobre a relao entre famlia e escola, destacando as
contribuies dessa parceria na vida escolar dos alunos. Inicialmente
destacaremos a trajetria histrica de famlia e infncia, e as
alteraes que vem ocorrendo na estrutura familiar da atualidade. A
famlia a base da formao humana, sendo assim, exerce um papel
extremamente importante no desenvolvimento do ser humano. No mbito
escolar, as crianas refletem os modelos recebidos de suas famlias,
o que pode contribuir ou prejudicar seu desenvolvimento. Nota-se
que, devido estar cada vez mais atarefados com o trabalho e a vida
corrida do dia a dia, muitos pais acabam delegando a funo de educar
seus filhos para escola e professores. Faz- se necessrio, ento,
refletirmos sobre as prticas pedaggicas e como essas duas
instituies devem interagir com intuito de beneficiar a formao dos
filhos e alunos. Palavras-chave: 1. Famlia. 2. Infncia. 3.
Aprendizagem
8. SUMRIO INTRODUO
........................................................................................................................9
1. CONCEITO DE INFNCIA E DE
FAMLIA................................................................10
1.1 A infncia nos dias de
hoje.............................................................................................13
1.2 O conceito de
famlia......................................................................................................14
2. A FAMLIA NA APRENDIZAGEM
ESCOLAR...........................................................16
2.1 A mediao na perspectiva de
Vygotsky........................................................................17
2.2 O desenvolvimento da criana na perspectiva de
Wallon..............................................20 2.3 A famlia
na
aprendizagem.............................................................................................21
3. FAMLIA E ESCOLA
.......................................................................................................24
CONSIDERAES FINAIS
................................................................................................27
REFERNCIAS
.....................................................................................................................30
9. 9 INTRODUO O interesse em pesquisar o tema apresentado
surgiu ao pensar sobre a importncia que a famlia tem em contribuir
ou no para o sucesso e bom desenvolvimento da criana no contexto
escolar. Partindo do princpio que a famlia a base da formao humana,
entendemos que sua participao no processo educativo de seus filhos
indispensvel, pois a qualidade dessa educao vai depender da
parceria que essas duas instituies fazem. Diante disso, v-se
necessrio um trabalho de pesquisa que reflita sobre a relao da
famlia e da escola. Para comear a falar de infncia necessrio
recorrer constituio histrica, em que, com bases tericas pretende-se
refletir sobre a noo de como eram constitudas a famlia e a criana,
e como vem sendo transformadas historicamente. A inteno aqui,
portanto, de discutirmos e analisarmos os processos e caminhos que
levam a um novo pensar sobre educao tanto no mbito familiar como
escolar. Assim, iremos discutir sobre a relao entre famlia e
escola, destacando as contribuies dessa parceria na vida escolar
dos alunos. Inicialmente destacaremos a trajetria histrica de
famlia e infncia, e as alteraes que vem ocorrendo na estrutura
familiar da atualidade. A famlia a base da formao humana, sendo
assim, exerce um papel extremamente importante no desenvolvimento
do ser humano. O primeiro captulo aborda o conceito de infncia e de
famlia, e as modificaes que sofreram da idade mdia at a atualidade,
baseando-se, principalmente, na obra Histria Social da Criana e da
Famlia, do autor Aris (1981). No segundo captulo, consideramos a
importncia da famlia no processo de aprendizagem, analisamos as
contribuies de Vygotsky e Wallon e, falamos tambm sobre as interaes
das pessoas. No terceiro e ltimo captulo focamos a relao existente
entre famlia e escola. A interao entre essas duas intuies que devem
visar o melhor aprendizado do aluno, contribuindo para seu
desenvolvimento e identidade pessoal. A pesquisa um estudo
bibliogrfico, na qual se pretende analisar e compreender as
contribuies da famlia no processo de ensino e aprendizagem, e quo
intensamente o estreitamento das relaes entre elas pode contribuir
para o desenvolvimento escolar, garantindo que as crianas tenham
seu aprendizado privilegiado por essa interao.
10. 10 1. CONCEITO DE INFNCIA E DE FAMLIA Para comear a falar
de infncia necessrio recorrer constituio histrica. Aris (1981)
organiza uma reflexo sobre a noo de como era constituda a famlia e
a criana, principalmente a partir o sculo XII. Segundo o autor,
durante esse perodo a arte medieval desconhecia a infncia ou no
tentava represent-la. (ARIS, 1981, p. 17). As obras de arte desse
perodo retratavam as crianas como adultos em miniatura. Isso pode
ser constatado quando destaca a pintura tendo como temtica a cena
do evangelho em que Jesus pede que se deixe vir a Ele as
criancinhas. (ARIS, 1981, p.17). Assim, ora o miniaturista agrupou
em torno de Jesus oito verdadeiros homens, sem nenhuma das
caractersticas da infncia: eles foram simplesmente reproduzidos
numa escala menor. Apenas seu tamanho os distingue dos adultos.
(ARIS, 1981, p. 17). Assim, no perodo denominado idade das trevas,
temos o conhecimento de que o conceito de infncia era quase nulo. O
sculo XIII continuou fiel a esse procedimento, cabia aos adultos
desenvolver nas crianas o carter, os bons costumes e a razo. No
lugar de procurar entender e aceitar as diferenas e semelhanas das
crianas pensava-se nelas como pginas em branco a serem preenchidas
e preparadas para a vida adulta. Outras imagens em forma de obras
de artes foram retratadas com temas religiosos, um pouco mais
prximos do sentimento moderno com uma aparncia muito jovem em forma
de anjo e crianas com tamanhos maiores. Um segundo tipo de criana
seria o modelo e o ancestral de todas as crianas pequenas da
histria da arte: o Menino Jesus, ou Nossa Senhora menina, pois a
infncia aqui se ligava ao mistrio da maternidade da Virgem e ao
culto de Maria. No inicio, Jesus era, como as outras crianas, uma
reduo do adulto: um pequeno Deus-padre majestoso, apresentado pela
Theotkos. (ARIS, 1981, p. 19). Nesse perodo, gravavam-se em mveis,
pinturas, retratos e dirios antigos, datas, nomes, entre outras
gravuras que nos permitem entender a histria naquele tempo. A
partir do sculo XIII e XIV, as crianas comeam a ser representadas
principalmente atravs de pinturas. De acordo com Aris (1981),
podemos observar que no existem crianas caracterizadas por uma
expresso particular e sim, homens de tamanho reduzido, retratando
assim, a criana como adultos em miniatura, o que fica evidenciado
em suas vestimentas e posturas. Isso derivava da natureza do
sentimento daquela poca. Simplesmente, a criana era
11. 11 vista como diferente do adulto apenas no tamanho e na
fora, no sendo atribudo a ela um status importante dentro daquela
sociedade. Figura 2: Princess Mary Stuart and Prince Willian of
Orange . Anthony van Dyck (1641) Na poca da Idade Mdia, a infncia
terminava para a criana quando esta era desmamada, o que acontecia
por volta dos seis a sete anos de idade. Depois disso a criana j
ingressava no mundo dos adultos e no se distinguia destes. Sobre
esse amadurecimento precoce da criana, Aris (1981) argumenta que:
Figura 1: The Family of Felipe IV, or Las Meninas Velzquez
(1656)
12. 12 O sentimento de infncia no significa o mesmo que afeio
pelas crianas: corresponde conscincia da particularidade infantil,
essa particularidade que distingue essencialmente a criana do
adulto, mesmo jovem. Essa conscincia no existia. (ARIS, 1981, p.
99). possvel que no existisse lugar para infncia nesse mundo. Os
pais no eram apegados aos seus filhos, nada faziam para sua
sobrevivncia, eram deixados de lado e pouco se importavam com a
perda deles. Pode-se observar que at mesmo em caso de morte de uma
criana, a atitude dos pais era de indiferena diante de tal situao,
pois acreditavam que outra criana a substituiria. Uma vez que no
existia preocupao com a infncia, a criana era inserida no mundo dos
adultos, sendo exposta a todo tipo de experincia. A no existncia da
infncia durante os sculos pr-modernos se d pelo fato de que neste
perodo da histria a criana era vista sem distino em relao ao
adulto, quer fosse aos trajes, brinquedos, jogos, trabalho,
linguagem, sexualidade. Segundo Aris (1981), os sentimentos de unio
da famlia passam a surgir a partir do sculo XVI. Antes disso o
homem, a mulher e as crianas ainda apareciam separados no
representando um sentimento de afetividade entre eles. Para o
autor: (...) antes do sculo XVI, portanto, as cenas de interiores
domsticos so muito raras. A partir de ento, elas se tornam cada vez
mais freqentes... Nas ilustraes do texto de Terncio, do palcio dos
Doges, as mulheres trabalham e fiam em seus aposentos, com suas
criadas, ou aparecem deitadas na cama, nem sempre sozinhas. Vem-se
cozinhas e salas de albergues. As cenas galantes e as conversaes se
passam agora no espao fechado de uma sala. (ARIS, 1981, pg. 137).
Aps sculo XVI, a famlia retratada na vida diria, em que se pode
observar a unio entre seus membros, a vida, que era voltada para o
pblico, passou a ser separada dos negcios e a casa tornou-se um
espao particular das famlias. No sculo XVII, os sentimentos em
relao criana passaram a ser diferenciados, d- se incio a um perodo
em que a criana vista como um ser diferente dos adultos, de vida
frgil e especfica. Atravs das pinturas e obra de arte pode-se
observar a criana ao lado de brinquedos, como um cavalo de pau, uma
boneca, um pequeno moinho ou pssaro amarrados, retratando a idade
do brincar. Em seguida, a idade da escola retratada, em que os
meninos aprendem a ler e as meninas, a fiar. Em seguida, as idades
do amor, dos esportes, das festas, do passeio de rapazes e moas so
reproduzidas. E, finalmente, so descritas as idades sedentrias, o
velho sbio e barbudo vestido segundo a moda antiga. Enfim, pode-se
observar que as idades da vida no correspondiam apenas a etapas
biolgicas, mas a funes sociais.
13. 13 Foi a partir do sculo XVII que os sentimentos em relao
criana passam a ser diferenciados e d-se incio a um perodo que Aris
(1981) chama de paparicao. Tal sentimento estava relacionado ao
divertimento da presena das mesmas, ou o sentido de infncia
engraadinha, com que ns adultos, nos divertimos para nosso
passatempo, assim como nos divertimos com macacos. (ARIS, 1981, p.
22). a partir desse perodo, que os sentimento em relao s crianas so
mudados, e surgem os chamados moralistas, que se recusavam em
considerar as crianas como brinquedos e viam nelas seres frgeis que
era preciso preservar e disciplinar. Assim, aps a paparicao,
inicia-se a preocupao com a higiene e a sade fsica da criana, como
podemos ver na citao a seguir: Havia tambm uma grande preocupao com
sua sade e at mesmo sua higiene. Tudo o que se referia s crianas e
famlia tornava-se um assunto srio e digno de ateno. No apenas o
futuro da criana, mas tambm sua simples presena e existncia eram
dignas de preocupao a criana havia assumido um lugar central dentro
da famlia. (ARIS, 1981, p. 105). Portanto, foi a partir do sculo
XVIII que a famlia passou a se organizar em torno da criana, e a
lhe dar tal importncia, saindo do seu antigo anonimato, junto com
um ambiente de afeio entre cnjuges, pais e filhos, o que no
acontecia antes. Devido a tantas modificaes era preciso, ento,
conhecer melhor a infncia. Este conceito de infncia , pois,
determinado historicamente pela modificao nas formas de organizao
da sociedade (KRAMER, 2006). Enfim, com base nos estudos de Aris,
podemos reconhecer que a concepo de infncia e criana nem sempre
existiu da mesma maneira que se constituiu historicamente, at que
passasse a ser concebida como a vemos hoje. Assim, podemos observar
que as exigncias apresentadas na lei so essenciais para a
estruturao e organizao familiar, pois, as famlias passam por
processos histricos e vm se estruturando de diversas maneiras e
tais garantias devem estar sempre presentes. 1.1 A infncia nos dias
de hoje A maneira como a infncia vista hoje mostrada no Referencial
Curricular Nacional para a Educao Infantil, que afirma que as
crianas possuem uma natureza singular, que as caracteriza como
seres que sentem e pensam o mundo de um jeito prprio (BRASIL, 1998,
p.21). Sendo assim, durante o processo de construo do conhecimento,
elas se apropriam de
14. 14 diferentes tipos de linguagens, desempenhando a
habilidade que possuem de terem ideias e hipteses originais sobre
aquilo que pretendem descobrir. Este conhecimento constitudo pelas
crianas fruto de um intenso trabalho de criao, significao e
ressignificao. (BRASIL, 1998, p. 21). Ainda convm destacar que:
Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianas a
serem e estarem no mundo o grande desafio da educao infantil e de
seus profissionais. Embora conhecimentos derivados da psicologia,
antropologia, sociologia, medicina etc. possam ser de grande valia
para desvelar o universo infantil apontando algumas caractersticas
comuns de ser das crianas, ela permanecem nicas em suas
individualidades e diferenas. (BRASIL, 1998, p. 22). A partir do
momento em que se alcanou uma conscincia sobre a importncia das
experincias adquiridas na infncia, foram criadas polticas e
programas que dirigissem e ampliassem as condies necessrias para o
desenvolvimento das crianas, que por sua vez passaram a ocupar
lugar de destaque na sociedade. No Brasil temos, atualmente, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9394, de 20 de dezembro
de 1996, que destacou a educao infantil tornando-a parte da educao
bsica, o documento mostra que: Art. 2. A educao, dever da famlia e
do Estado, inspirada nos princpios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao
para o trabalho. (BRASIL, 1996, p. 1). Houve tambm a criao Estatuto
da Criana e do Adolescente, no ano 1990, que explicou melhor cada
um dos direitos das crianas e dos adolescentes bem como os
princpios que devem orientar e guiar as polticas de atendimento. O
Estatuto reconhece as crianas como sujeitos de direitos e deveres e
consideradas como pessoas em desenvolvimento. Determinou ainda a
criao dos Conselhos Tutelares, que devem, entre outros, zelar pelo
cumprimento dos direitos da criana e do adolescente. 1.2 O conceito
de famlia O termo famlia denominado e conhecido como um grupo de
pessoas que vivem na mesma casa, normalmente, ligado por relaes de
afeto ou parentesco. Segundo a declarao
15. 15 dos Direitos Humanos, a famlia o elemento natural da
sociedade e tem direito a proteo da prpria sociedade e do Estado.
Segundo Prado, O termo FAMLIA origina-se do latim FAMULUS que
significa: conjunto de servos e dependentes de um chefe ou senhor.
Entre os chamados dependentes inclui-se a esposa e os filhos.
(PRADO, 1988, p. 51). Assim, podemos observar que, antigamente, a
famlia compunha-se de um patriarca com esposa, filhos, servos
livres e escravos. Ao fazer um resgate histrico tambm possvel
observar em algumas sociedades, o sistema patriarcal e em outras o
matriarcal. No sistema patriarcal, o indivduo era identificado pela
origem paterna, ou patrilinear, em que o homem tinha poder sobre a
pessoa de sua esposa e filhos. No patriarcado h uma apropriao pelo
corpo feminino, um homem pode impor mulher um grande nmero de
gravidezes a fim de gerar mo de obra abundante para seu prprio
benefcio. J no modelo matriarcal, ou matrilinear, o indivduo
identificado a partir de sua origem materna em que a mulher tinha
um papel extremamente importante. A agricultura era limitada a
pequenos lotes de terra e os mesmos passam a ser monoplio das
mulheres. Alm do preparo das sementes que eram mais apropriadas
para o cultivo, foram responsveis pela inveno da cermica, as quais
resistiam ao calor e tambm serviam para preparo e conservao dos
alimentos. Nesse momento, surge ainda a arte da tecelagem,
igualmente exercida pelas mulheres. As mulheres dominando o
conhecimento das novas tcnicas tinham tambm que transmiti-las aos
mais jovens. (PRADO, 1988). Segundo Prado (1988, p. 54)
encontram-se na histria, tambm, indicaes de violentos choques entre
essas duas concepes: patriarcado e matriarcado. Mediante reflexes,
os tipos de famlias variam muito, modificando-se conforme o tempo,
que foram, e ainda so, diferentes em suas formas de constituio.
Prado (1988) aponta as transformaes ocorridas na famlia atravs dos
tempos: A histria da humanidade, assim como os estudos
antropolgicos sobre os povos e culturas distantes de ns (no espao e
no tempo), esclarece-nos sobre o que famlia, como existiu e existe.
Mostra-nos como foram e so hoje variadas as formas sob as quais as
famlias evoluem, se modificam, assim como so diversas as concepes
do significado social dos laos estabelecidos entre os indivduos de
uma sociedade dada. (PRADO, 1988, p. 7). No entanto, o modelo
intitulado nuclear ou normal na qual o pai cuida de prover os
recursos necessrios sobrevivncia fsica e a me grande responsvel
pela educao da prole e pela harmonia cotidiana como ambiente
correto pra o bom desenvolvimento infantil
16. 16 (OLIVEIRA, 2008, p. 176), a forma mais conhecida e,
podemos dizer valorizada nos nossos dias, e ainda vista por muitos
educadores como sendo o modelo ideal para o bom desenvolvimento da
criana. Porm, esse modelo no hoje, a nica referncia existente e a
escola precisa considerar as muitas possibilidades de constituio
familiar nos dias atuais. O modelo de famlia nuclear vem passando
por transformaes e alteraes, se transformando em novos contextos
familiares. Dessa forma, podem apresentar-se como famlia, vrios
tipos de arranjos: casal com filhos, casal sem filhos, avs, netos,
casal com filhos de outros relacionamentos, casais do mesmo sexo
com filho. Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educao
Infantil: Alm da famlia nuclear que constituda pelo pai, me e
filhos, proliferam hoje as famlias monoparentais, nas quais apenas
a me ou o pai est presente. Existem, ainda, as famlias que se
constituram por meio de novos casamentos e possuem filhos advindos
dessas relaes. H, tambm, as famlias extensas comuns na histria
brasileira, nas quais convivem na mesma casa vrias geraes e/ou
pessoas ligadas por parentescos diversos. possvel ainda encontrar
vrias famlias coabitando em uma mesma casa. Enfim, parece no haver
limites para os arranjos familiares na atualidade. (BRASIL, 1998,
p. 76). no ambiente familiar que o indivduo inicia seu
desenvolvimento social, afetivo e cognitivo. A vida afetiva
essencial para o desenvolvimento da personalidade e no se podem
delegar esses afetos. A escola instrui, mas o que fundamentalmente
educa o lar. (KNOBEL, 1996, p. 102).
17. 17 2. A FAMILIA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR Atualmente, muitas
discusses relacionadas aprendizagem e disciplina surgem nas famlias
e na escola, gerando conflitos entre ambas. Hoje, nota-se um mau
comportamento das crianas quer seja em casa quando respondem mal a
seus pais, ou na escola quando desrespeitam seus professores, tal
comportamento inadequado acaba prejudicando o ensino e
aprendizagem. Os autores Vygotsky e Wallon mostram a importncia da
interao nas relaes entre os indivduos, uma vez que a influncia que
recebem do meio onde vivem torna favorvel seu desenvolvimento, ao
mesmo em tempo que a criana modifica seu meio, modificada por ele
(OLIVEIRA, 2008, p. 126). Oliveira (2008) acrescenta: Ambos
trouxeram grandes contribuies ao conhecimento sobre a forma de a
criana ser e modificar-se, atualmente, vm exercendo significativa
influencia entre os pesquisadores da rea de educao infantil. Seus
trabalhos os inserem em uma linha que pode ser chamada
scio-historica, por considerarem a constituio social do sujeito
dentro de uma cultura concreta. (OLIVEIRA, 2008, p. 127). Segundo
Oliveira (2008), para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relaes
entre pessoas. O desenvolvimento da criana mediado pelo outro, para
ele no h desenvolvimento pronto e tal processo se d de dentro para
fora. por meio da interao com o outro que a criana adquire seus
primeiros conhecimentos e desde o seu nascimento ela j est exposta
aos elementos de cultura e a presena do outro. Sendo assim, a
famlia, a primeira instituio que exerce papel social e educacional
nas futuras geraes, onde as crianas vivenciam suas primeiras
experincias. 2.1 A mediao na perspectiva de Vygotsky De acordo com
Oliveira (2010), para Vygotsky; mediao em termos genricos o
processo de interveno de um elemento intermedirio numa relao; a
relao deixa, ento, de ser direta e passa a ser mediada por esse
elemento. (OLIVEIRA, 2010, p. 26). Para Vygotsky (s.d. apud
OLIVEIRA, 2010) o processo de mediao fundamental para o
desenvolvimento de funes psicolgicas. por meio da interao com o
outro que a criana comea a estabelecer suas primeiras
aprendizagens, dando incio ao desenvolvimento das palavras, gestos
e aes. Vygotsky (s.d. apud OLIVEIRA, 2010) afirma que as
18. 18 caractersticas tipicamente humanas no esto presentes
desde o nascimento do indivduo. Ao mesmo tempo em que o ser humano
modifica o seu meio para atender suas necessidades bsicas, modifica
a si mesmo. Em outras palavras, quando o homem modifica o espao em
que vive atravs do seu comportamento, essa mesma modificao vai ter
influncia sobre seu comportamento futuro. (REGO, 1995). Assim,
[...] a cultura , portanto, parte constitutiva da natureza humana,
j que sua caracterstica psicolgica se d atravs da internalizao dos
modos historicamente determinados e culturalmente organizados de
operar com informaes. (REGO, 1995, p. 42). De acordo com Rego
(1995), Vygotsky estudou os processos mentais superiores, que so
caractersticas do ser humano e que envolvem ateno voluntria e
memria lgica, bem como a expresso do indivduo em relao ao momento e
espaos presentes. As funes psicolgicas superiores, principal
interesse de Vygotsky, referem-se a processos voluntrios, aes
conscientemente controladas, mecanismos intencionais. Essas so
funes tipicamente humanas e, no desenvolvimento do individuo da
espcie humana, aparecem tardiamente; so funes que apresentam o
maior grau de autonomia em relao aos fatores biolgicos do
desenvolvimento, sendo, portanto, claramente um resultado da insero
do homem num determinado contexto scio- histrico. (OLIVEIRA, 1992,
p. 79). Assim, Vygotsky (s.d. apud Bock, 2008) defende a ideia de
que no h desenvolvimento pronto. A criana desenvolve seu interior a
partir do ambiente em que vive, e consequentemente comea a
compreend-lo. Por isso, necessrio que, no perodo inicial do
desenvolvimento ocorram as mediaes na explorao do mundo. A relao do
indivduo com o mundo est sempre mediada pelo outro. No h como
aprender e apreender o mundo se no tivermos o outro. (BOCK, FURTADO
E TEIXEIRA, 2008, p. 141). Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2008)
Para Vygotsky, o desenvolvimento um processo que se d de fora para
dentro. no processo de ensino-aprendizagem que ocorre a apropriao
da cultura, da objetivao do homem e consequentemente o
desenvolvimento do individuo e a transformao permanente do mundo.
(BOCK,FURTADO E TEXEIRA 2008, p. 141). A aprendizagem da criana
antecipa a entrada na escola, isso porque desde seu primeiro dia de
vida j est em contato com o outro, e exposta aos elementos da
cultura, e por isso no pode ser descartada como se no existisse. O
processo de desenvolvimento de pensamento despertado pela vida
social e pela constante comunicao que se estabelece entre crianas e
adultos, a qual permite a
19. 19 assimilao da experincia de muitas geraes. A criana vai
aprendendo a falar, gesticular, nomear objetos, a adquirir
informaes a respeito do mundo que a rodeia. Em todas essas
atividades est o outro que a cerca. Sozinha, no seria capaz de
adquirir aquilo que obtm por intermdio de sua interao com as outras
crianas, num processo que a linguagem fundamental. A escola passa a
existir, ento, como um lugar privilegiado para esse
desenvolvimento, pois nela acontece a sistematizao dos saberes, e
um espao onde o contato com a cultura existe de modo sistemtico e
planejado. Professores e colegas formam um conjunto de mediadores
da cultura permitindo o progresso do desenvolvimento da criana.
Rego (1995), tambm diz que para Vygotsky a construo do pensamento e
da subjetividade se d graas ao uso de signo1 , que regula as aes
sobre o psiquismo das pessoas e ao uso de instrumentos que tm a
funo de regular as aes sobre os objetos. Vygotsky esclarece que o
uso de instrumento e dos signos, embora diferentes, esto mutuamente
ligados ao longo da evoluo da espcie humana e do desenvolvimento de
cada indivduo. (REGO, 1995, p. 50-51). Tendo como partida esses
princpios: Vygotsky procura analisar a funo mediadora presente nos
instrumentos elaborados para a realizao da atividade humana. O
instrumento provocador de mudanas externos pois, amplia a
possibilidade de interveno na natureza (na caa, por exemplo. o uso
da flecha permite o alcance de um animal distante ou, para cortar
uma rvore. a utilizao de um objeto cortante mais eficiente do que
as mos). (REGO, 1995, p. 51). De acordo com Rego (1995), o
instrumento buscado toda vez que precisamos de certo objeto. Os
signos auxiliam no controle da atividade psicolgica e amplia a
capacidade de ateno e da memria. Para Vygotsky, a mediao importante
para que no futuro a criana possa seguir seu caminho sem depender
do outro. O que a criana pode fazer hoje com o auxlio de um adulto
poder faz-lo por si s. Assim sendo, podemos notar que Vygotsky
desenvolveu estudos fundamentais para a compreenso do
desenvolvimento infantil. Pode-se observar que para ele o ser
humano se constri na relao com o outro, e se constitui atravs de
mediaes. 1 O signo exclusivamente humano. Na definio do dicionrio
Houaiss, signo "qualquer objeto, forma ou fenmeno que representa
algo diferente de si mesmo". A linguagem, por exemplo, toda
composta de signos: a palavra cadeira remete ao objeto concreto,
cadeira. Perceba que voc certamente pode imaginar uma agora mesmo
sem a necessidade de v-la. Para o homem, a capacidade de construir
representaes mentais que substituam os objetos do mundo real um
trao evolutivo importante. (MONROE, 2011, p.85). .
20. 20 2.2 O desenvolvimento da criana na perspectiva de Wallon
Henri Wallon nasceu na Frana, em 1879. Viveu toda sua vida em
Paris, onde morreu em 1962. Wallon procurou associar a atividade
cientfica ao social. Antes de chegar psicologia passou pela
filosofia e medicina. (GALVO, 1995). Wallon destaca a afetividade
como sendo parte importante no desenvolvimento da criana. Nos
mostra tambm, por meio de seus estudos, a relao entre o organismo e
o meio e entre as dimenses cognitivas, afetivas e motoras no
processo de construo da pessoa. Para Wallon, o estudo da criana um
meio de se contribuir para a educao. Considera a infncia como uma
idade nica e rica para o aprendizado e desenvolvimento cujo
atendimento funo da educao. (GALVO, 1995). Em seus estudos Wallon
tenta no s compreender o psiquismo infantil como tambm busca
desenvolver um estudo que colaborasse com a educao, notando a
criana e tambm suas emoes na sala de aula. (GALVO, 1995). Na
concepo de Wallon a emoo2 vista como instrumento de sobrevivncia
tpica dos seres humanos. Se no fosse pela capacidade de mobilizar
poderosamente o espao no qual vive, no sentido de atendimento de
suas necessidades, o beb humano pereceria. (DANTAS, 1992, p. 85).
As estruturas da conscincia e da personalidade surgem, assim, dos
desdobramentos e das oposies provocados pelas reaes emocionais
sentidas pelo beb- choro, sorriso, gestos-, as quais so o recurso
inicial de que ele dispe para agir. Inicialmente, a emoo une o beb
e aquele que dele cuida por condies orgnicas, visto que o beb no
consegue simbolizar o que sente e, por exemplo, usar uma palavra
para represent-lo. A emoo suscita reaes similares ou recprocas
entre beb e seus primeiros parceiros medida que negociam, por meio
de suas aes, as interpretaes que emprestam situao vivida.
(OLIVEIRA, 2008, p. 130). Desta maneira, a caracterizao da
atividade emocional complexa, ela simultaneamente social e
biolgica, que s pode ser atingida atravs da mediao cultural, isto ,
social. (DANTAS, 1992). Nas emoes possvel observar uma relao entre
os afetos e a organizao corporal, ou seja, as reaes orgnicas que
ocorrem no organismo. Dantas (1992) afirma que o ser humano sai da
vida orgnica para um ser afetivo. 2 Ao procurar compreender a vida
afetiva, importante adotar a terminologia adequada por tratar de
uma rea repleta de nuances. necessrio se fazer uma distino entre os
termos da vida afetiva: emoo estado agudo e transitrio, exemplo: a
ira. Sentimento estado mais atenuado e durvel, exemplo: a gratido,
a antipatia. (BOCK, 2008, p.164)
21. 21 As emoes, assim como os sentimentos e os desejos, so
manifestaes da vida afetiva. Na linguagem comum costuma-se
substituir emoo por afetividade, tratando os termos como sinnimos.
Todavia, no o so. A afetividade um conceito mais abrangente no qual
se inserem vrias manifestaes. (GALVO, 1995, p. 61). Segundo Galvo
(1995), as emoes possuem caractersticas particulares que as
diferenciam de outras manifestaes de afetividade. Wallon deixa
claro que existe diferena entre tais manifestaes e que so sempre
acompanhadas de alteraes orgnicas. As emoes provocam alteraes na
gesticulao facial, na atitude e na forma como so executados os
gestos. Bock, Furtado e Teixeira (2008) asseguram que a afetividade
um dos aspectos da subjetividade humana. Nossas expresses no podem
ser compreendidas, se no considerarmos os afetos que as acompanham.
(BOCK, FURTADO E TEXEIRA, 2008, p.163). A psicologia de Wallon
acarreta um campo espaoso de implicaes educacionais. Tratando de
temas como emoo, movimento, formao da personalidade, linguagem,
pensamento e tantos outros, fornece valioso material para adequao
da prtica pedaggica. (GALVO, 2005). 2.3 A famlia na aprendizagem
Bem sabemos que a famlia faz parte de toda sociedade e est presente
em todo o processo de socializao do indivduo visto ser o primeiro
grupo social na vida da criana. A famlia considerada como
responsvel pela transmisso de valores e crenas, ideias e
significados e no ambiente familiar que a criana inicia suas
primeiras aprendizagens. (DESSEN; POLONIA, 2005). O que importa no
o modelo de famlia, mas sim os laos afetivos que influenciam todo
processo de desenvolvimento da criana. A criana que se desenvolve
em um ambiente onde recebe incentivo e apoio a aprendizagem, ter
chances de um bom desenvolvimento intelectual e mais probabilidades
de sucessos na vida adulta. O Estatuto da Criana e do Adolescente,
ECA (BRASIL, 1990), em seu artigo quarto, estabelece que a
participao dos pais essencial no desempenho escolar e social das
crianas.
22. 22 Art. 4 dever da famlia, da comunidade, da sociedade em
geral e do poder pblico assegurar, com absoluta prioridade, a
efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao
esporte, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao
respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria. Pargrafo
nico. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber
proteo e socorro em quaisquer circunstncias; b) precedncia de
atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica; c)
preferncia na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas; d)
destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com
a proteo infncia e juventude. (BRASIL, 1990, p. 1). A importncia da
famlia tambm reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao,
Lei 9 394 de 1996 (BRASIL, 1996), em seu artigo primeiro: Art. 1 A
educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade
civil e nas manifestaes culturais. (BRASIL, 1996, p. 1). A ao de
integrao das escolas com as famlias est prevista na LBD: Art. 12.
Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, tero a incumbncia de: (...) VI articular-se
com as famlias e a comunidade, criando processos de integrao da
sociedade com a escola; (...) Art. 13. Os docentes incumbir-se-o
de: (...) VI colaborar com as atividades de articulao da escola com
as famlias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definiro
as normas da gesto democrtica do ensino pblico na educao bsica, de
acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princpios: (...) II participao das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996, p. 6-7). Sendo
assim, podemos notar uma estabilizao dos direitos das crianas
garantindo que os adultos que as cercam tenham responsabilidades
especficas. Os profissionais de educao devem ser responsveis pela
aprendizagem, mas no esto sozinhos nessa tarefa. Tanto no Estatuto
da Criana e do Adolescente, ECA, quanto na Lei de Diretrizes e
Base, LDB, a efetividade do direito educao das crianas deve contar
com a ao integrada da escola com a famlia. (CASTRO E REGATTIERI,
2010). Embora a legislao seja clara e abastea todo o embasamento
legal no que diz respeito incluso familiar no contexto escolar,
isso no tem sido suficiente para superar o grande atraso do sistema
educacional - uma das questes categricas de educao de sociedades
modernas que perseguem um sistema que assegure a otimizao de uma
tarefa essencial em suas destinaes histricas. (SOUZA, 2009, p.
8).
23. 23 Marchesi (2004 apud SOUZA, 2009) diz que a tarefa da
educao necessita do auxlio de outras instituies e a famlia a
instituio que se encontra mais prximo da escola. Assim, a educao no
tarefa que a escola possa alcanar sozinha sem a colaborao da
famlia. Elas devem compartilhar os mesmos ideais para superar
conflitos e dificuldades que surgem no dia a dia. Algumas atitudes
dos pais podem favorecer esse processo como descreve Gentile
(2006): -Fale sempre bem da escola para criar em seu filho uma
expectativa positiva em relao aos estudos; -abrace-o e deseje
coisas boas a ele quando estiver de sada para a aula; -na volta,
procure saber como foi o dia dele, o que aprendeu e como se
relacionou com todos; -conhea o professor e converse com ele sobre
a criana e o trabalho dela na escola; -mantenha uma relao de
respeito, carinho e considerao com todos os professores; -quando
seu filho estiver com problemas, compartilhe-os com a escola sem
omitir fatos nem julgar atitudes; -comente com amigos e parentes os
xitos escolares dele, por menores que sejam, para reforar a
autoestima e a autoconfiana. (GENTILE, 2006, p. 32). Como mostrado
anteriormente, o ser humano durante toda a sua vida influenciado
pelo meio em que vive. O processo de aprendizagem algo ativo, um
processo de mudana de comportamento que se constri atravs da
experincia com o outro. Sendo assim, indispensvel que a famlia
esteja presente no desempenho educacional das crianas, com pequenas
atitudes que possam contribuir de maneira significativa para um
melhor desenvolvimento da aprendizagem.
24. 24 3. FAMLIA E ESCOLA Neste captulo, buscamos relatar a
importncia da parceria da famlia com a escola, descrever como ambas
as instituies colaboram para o processo de insero da criana na
sociedade, influenciando toda sua vida social. E como a famlia em
companhia da escola ajuda no ensino e aprendizagem do aluno.
Segundo Oliveira (2008) Historicamente, a famlia tem sido
considerada o ambiente ideal para o desenvolvimento e educao de
crianas pequenas. Essa a posio de alguns sistemas educacionais, que
sustentam que a responsabilidade da educao dos filhos,
particularmente quando pequenos, da famlia, e assumem um papel de
meros substitutos dela, repetindo as metas embutidas nas praticas
familiares. (OLIVEIRA, 2008, p.175). Hoje, a aproximao dessas
instituies estimula-nos a pensar a particularidade de ambas no
desenvolvimento infantil. Ainda so comuns os discursos sobre o tema
que tratam a famlia de modo conflitante, ora considerando-a como
refgio da criana, ora como uma ameaa ao seu desenvolvimento.
(OLIVEIRA, 2008). essencial frisar que quando nos referimos ao
termo pais, estamos falando de todos os responsveis pela educao da
criana, quer sejam pais biolgicos, adotivos, bem como aqueles que
se enquadram nas diversas formas de arranjos familiares vigentes
hoje. Para trabalhar de modo produtivo no estabelecimento de uma
aproximao com as famlias, os professores devem considerar que a
famlia nuclear tpica no hoje a nica existente. (OLIVEIRA, 2008,
p.176). De acordo com Zagury (2002), as relaes entre famlia e
escola foram as mesmas durante cerca de dois sculos. O que a escola
pensava era o que os pais pensavam. Os professores eram vistos como
tendo todo conhecimento e alunos como depsitos deste conhecimento.
E os pais de modo geral aceitavam as atitudes dos professores.
Dessa forma: As crianas e jovens sentiam, nas figuras de autoridade
que as cercavam e as orientavam, coeso e homogeneidade. Com isso, o
poder educacional dessas instituies se alicerava e alimentava-se
mutuamente. Especialmente com isso, as novas geraes adquirem seus
valores e seus saberes (intelectuais e morais) sem maiores
problemas. (ZAGURY, 2002, p. 11). Porm, Zagury (2002) mostra que
essa relao de harmonia passa a ser substituda pela desconfiana pois
at ento, os pais pensavam como a escola e os professores eram
vistos
25. 25 como detentores de todo o conhecimento. Agora, os pais
parecem estar o tempo todo inseguros supervisionando o que a escola
faz e o modo como diretores, coordenadores e professores tratam
seus filhos. Por sua vez, a escola se sente abalada por tal
desconfiana. Segundo Zagury (2002), comum vermos nas escolas dois
tipos de pais. Os primeiros adotam uma atitude de desconfiana em
relao ao trabalho docente, vivem indo a escola reclamar de tudo,
como se a escola fosse a nica culpada e no agisse adequadamente com
o seu filho e como se as regras adotadas pela escola fossem
injustas e excessivamente rgidas. O segundo tipo de pais aqueles
que depois de matricularem seus filhos na escola, consideram a
escola como sendo totalmente responsvel pela educao das crianas. De
modo geral, esses pais so ausentes, no comparecem em reunies e nem
quando so solicitados na escola. (ZAGURY, 2002). Ambas as atitudes
em nada contribuem para o crescimento intelectual e afetivo de
nossas crianas (ZAGURY, 2002, p. 12). Ao contrrio, cria nos
educadores uma amargura ao perceberem essa desconfiana vinda da
famlia de seus educandos. Por sua vez, os pais se sentem inseguros
sem saber o que se esperar da escola na qual seus filhos esto
matriculados. De acordo com Oliveira (2008), podemos observar que,
em vez de buscarem solues comuns, escola e famlia orientam-se por
meio de acusaes. Apesar de reconhecerem a importncia do trabalho
com a famlia, costumam considera-la despreparada e menos competente
que o professor, particularmente se tratando de famlias de baixa
renda ou famlias formadas por pais adolescentes, os professores
declaram-se insatisfeitos por aquilo que entendem ser ausncias e
descompromissos dos pais com os filhos. E se aborrecem quando os
pais contestam o trabalho da instituio e buscam controlar o que
proposto para seus filhos. (OLIVEIRA, 2008, p. 177). Os professores
devem estar cnscios que encontraro vrios tipos de personalidades e
convivncia familiar. E, para se relacionar bem com isso, deve-se
ter um dilogo entre pais e educandos, com intuito de beneficiar a
aprendizagem dos alunos. O entendimento entre a famlia e a escola
se d pela comunicao eficaz. Szymanski (1997) aponta para as
obrigaes dessas duas instituies, que tm em comum o papel de
preparar o indivduo para a vida social: A escola, entretanto, tem
uma especificidade - a obrigao de ensinar (bem) contedos especficos
de reas de saber, escolhidos como sendo fundamentais para a instruo
de novas geraes. O problema das crianas de aprenderem frao da
escola. Famlia nenhuma tem essa obrigao. (SZYMANSKI, 1997, p.
216).
26. 26 Ainda segundo Szymanski (1997) professora alguma tem de
dar "carinho maternal" para seus alunos. Amor, respeito, confiana,
sim, como professora e membro adulto da sociedade. (SZYMANSKI,
1997, p. 216). Na relao famlia-escola existem inmeros fatores que
devem ser levados em conta. A ao educativa dos pais difere
necessariamente da escola em seus objetivos, contedos, mtodos, no
padro de sentimentos e emoes. Outra considerao refere-se ao
comportamento da famlia de diferentes camadas sociais em relao
escola. Outro se refere s estratgias de socializao familiar. As
famlias podem desenvolver prticas que venham a facilitar a
aprendizagem escolar, ou no. (SZYMANSKI, 1997). A escola no
substitui a famlia e professores no substituem pais, cada um tem a
sua parte no ato de educar da criana. A aprendizagem depender da
forma em como a famlia se interessa pela criana. importante que as
duas partes trabalhem e colaborem juntas, pois so encarregadas do
futuro do educando. Segundo Souza (2009) impossvel separar
aluno/filho, por isso importante o fortalecimento da relao
escola/famlia. Com isso importante que famlia e escola saibam
aproveitar os benefcios desse estreitamento de relaes. [...] tanto
a famlia quanto a escola desejam a mesma coisa, preparar as crianas
para o mundo, no entanto, a famlia tem suas particularidades que a
diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa
mesma instituio. A escola tem sua metodologia e filosofia para
educar uma criana, no entanto ela necessita da famlia para
concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p.99 apud
SOUZA, 2009, p. 18). Apesar de famlia e escola apresentarem valores
e objetivos diferentes no que se refere a educao da criana, uma
precisa da outra, e quanto maior for a diferena, maior ser a
necessidade de relacionar-se bem. Porm, vale destacar, que nem a
escola nem a famlia precisam modificar a forma de se organizarem,
basta que estejam abertas troca de experincia mediante uma parceria
significativa. (SOUZA, 2009). No existe uma frmula mgica para se
efetivar a relao famlia/escola, pois cada instituio diferente.
Igualmente, a interao famlia/escola se faz necessria e que ambas
conheam a realidade e construam coletivamente uma relao de dilogo
mtuo. O dilogo promove uma maior aproximao e pode ser o comeo de
uma grande mudana no relacionamento entre famlia e escola. (SOUZA,
2009).
27. 27 CONSIDERAES FINAIS O objetivo desse trabalho foi estudar
a importncia do envolvimento familiar na educao, investigar junto
teoria qual funo da famlia e escola no desempenho escolar dos
alunos/filhos e como essa parceria favorvel no processo de
aprendizagem da criana. Pudemos notar, com base nos estudos de Aris
(1981), que na sociedade Medieval o sentimento de infncia no
existia e no significava o mesmo que afeio pelas crianas. Nessa
poca, no se fazia distino entre adultos e crianas. Elas eram
encaradas como adultos em miniatura, e isso era evidenciado por
suas vestimentas e posturas. At o sculo XVII percebia-se que as
crianas no tinham capacidade de se expressar, como tambm no existia
afeto entre os membros da famlia, e muitas crianas eram
abandonadas. Vimos que foi a partir do sculo XVII, que os
sentimentos em relao criana passam a ser diferenciados Elas passam
a ser vistas como seres frgeis que eram preciso preservar e
disciplinar. Foi a partir do sculo XVIII, que a famlia passa a ser
organizada em torno da criana, dando ateno a elas e considerando
sentimentos de afetividade. Com base nos estudos realizados, foi
possvel notarmos a evoluo do processo educacional da criana, em que
primeiramente o trabalho domstico se confundia com a aprendizagem.
A educao era papel da famlia, que era quem tinha a responsabilidade
de transmitir os conhecimentos necessrios para a convivncia em
sociedade. Neste sentido, podemos reconhecer que o conceito de
infncia tal como compreendemos hoje nem sempre existiu da mesma
maneira, mas que se constituiu historicamente. Verificamos tambm
algumas das diversas leis existentes em nosso pas que garantem
direito e deveres dos pais na educao dos filhos. Tais leis
estabelecessem condies necessrias para o desenvolvimento das
crianas. As polticas pblicas visam a melhor a qualidade do ensino.
Percebemos que os autores Vygotsky e Wallon mostram a importncia da
interao nas relaes entre os indivduos e elaboram seus estudos
reconhecendo as bases orgnicas sobre as quais as emoes humanas se
desenvolvem. Vygotsky relata a importncia da interao do outro na
aprendizagem da criana O que a criana pode fazer hoje com o auxlio
dos adultos poder faz-lo amanh por si s. A rea de desenvolvimento
potencial permite-nos, pois, determinar os futuros passos da criana
e a dinmica do seu desenvolvimento e examinar no s o que o
desenvolvimento j produziu. Mas tambm o que produzir no processo de
maturao. (...) Portanto, o estado do desenvolvimento mental da
criana s pode ser determinado referindo-se pelo menos a dois nveis:
o nvel de desenvolvimento
28. 28 efetivo e rea de desenvolvimento potencial (VYGOTSKY,
apud REGO 1995, p.126). As emoes, para Wallon, tm papel principal
no desenvolvimento da pessoa. por meio delas que a criana externa
seus desejos e suas vontades. Em geral, so manifestaes em que
predominam os aspectos afetivos ora os aspectos cognitivos. Pudemos
verificar que a escola deve valorizar o desenvolvimento afetivo
tanto quanto o cognitivo. imprescindvel que os educadores estejam
preparados para compreender e desenvolver as necessidades afetivas
de seus alunos. De acordo com Vygosty e Wallon, o professor
mediador, entre o sujeito e o objeto de estudo, podendo assim,
interferir e contribuir no processo de ensino e aprendizagem.
Atualmente ocorrem diversas mudanas na estrutura familiar. O
comportamento que visto na famlia, reflete na vida escolar dos
filhos, uma vez que os filhos veem seus pais como espelhos. Tudo o
que os adultos fazem, a criana copia, e aprende por meio de imitaes
e significados. na interao familiar que se configuram os traos da
personalidade. Consequentemente, os pais ho de oferecer a seus
filhos exemplos concretos de como se conduzir na vida. (KNOBEL,
1996, p. 33). De acordo com a autora Zagury (2002), possvel
observarmos nas escolas todos os tipos de pais. Os participativos e
atentos s necessidades dos filhos e as dificuldades que apresentam
durante o ano letivo, que vo a escola com frequncia, que comparecem
s reunies, como tambm nos depararmos com pais ausentes e que s
comparecem escola quando convocados pela direo e pelos professores,
alguns at tentando justificar a ausncia e falta de participao na
vida escolar dos filhos, desculpando-se pelo excesso de trabalho
Vimos, portanto o quanto importante que os pais reservem tempo para
participar da vida escolar de seu filho uma vez que a escola faz
parte da vida cotidiana da criana e que no devem deixar que a
correria do dia a dia e outros compromissos os impeam de acompanhar
o processo de aprendizagem e desenvolvimento. Atravs dessa
pesquisa, pudemos compreender que tanto escola e famlia so
responsveis pelo processo de formao do indivduo, e que devem
trabalhar em unio cada uma respeitando a outra, pois, ambas so
responsveis pela transmisso dos saberes. Sendo assim, imprescindvel
que a famlia esteja em conformidade com a escola, uma vez que essa
relao harmoniosa s pode enriquecer e colaborar para o desempenho
educacional da criana. Para que se consiga isso necessria uma relao
de dilogo, e isso ir promover mais aproximao entre ambas
beneficiando o educando. (SOUZA, 2009).
29. 29 Embora famlia e escola possuam papis diferentes e tenha
cada uma suas especificidades, juntas podem contribuir para o
desenvolvimento da criana, que ambas preparam para a vida em
sociedade. Conclumos que a educao se constri diariamente, desde o
nascimento da criana, por isso necessrio responsabilidade por parte
dos pais, pois a famlia tem o dever de assegurar criana a efetivao
da educao. Os pais devem estar sempre presentes na vida escolar dos
filhos, precisam conhecer e discutir propostas pedaggicas com a
escola na qual seus filhos estudam e os meios para atingi-las e
acompanhar a aprendizagem. necessrio tambm, comprometimento por
parte de diretores e professores no que diz respeito a uma educao
de qualidade. Algumas qualidades do professor como dedicao,
pacincia, empenho, empatia, desejo de ensinar, de ajudar o aluno a
aprender, facilitam a aprendizagem, e ajudam os alunos a
desenvolver interesse pelas aulas e por estudar. Enquanto
professores, os mesmos devem sempre lembrar que suas atitudes so
exemplos, desde a maneira como tratam os educandos na sala de aula,
influencia a relao aluno/aluno e aluno/professor. Um adulto pode no
se lembrar de como aprendeu contedos especficos da escola, mas com
certeza se lembra da maneira como o professor tratava seus alunos.
Destacamos que o importante no achar culpado pelas situaes
ocorridas nas escolas, mas sim junto com os pais e responsveis pela
educao da criana, buscar solues para situaes difceis que ocorrem no
dia a dia, e que muitas vezes acabam atrapalhando a aprendizagem do
aluno. A escola quem possu conhecimentos especficos, metodologias e
tcnicas de ensino, como tal, deve ter iniciativa em aproximar a
famlia das escolas, orientando-as sobre a importncia dessa
parceria. No obstante, observamos que a famlia desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento das crianas, influenciando seu lado
emocional, afetivo e, por conseguinte a aprendizagem. As famlias,
em harmonia com a escola e vice-versa, so peas fundamentais para o
desenvolvimento da criana. importante que nas relaes entre famlia e
escola exista o respeito mtuo e o dilogo, proporcionando a confiana
entre ambas, respeitando sempre os limites e diferena do outro.
Portanto, necessrio que a escola abra as portas para as famlias, e
que os pais acompanhem a vida escolar de seus filhos, para que
juntas consigam alcanar seu objetivo, a aprendizagem bem sucedida
da criana.
30. 30 REFERNCIAS ARIS, Philippe. Histria social da criana e da
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