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2. 2013, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e
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Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN:
978-85-352-7097-6 ISBN (Verso Eletrnica): 978-85-352-7098-3 Nota:
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3. CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS
EDITORES DE LIVROS, RJ P571g Pestana, Fernando A gramtica para
concursos pblicos / Fernando Pestana. 1. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013. 1112 p. (Provas e concursos) ISBN 978-85-352-7097-6
1. Lngua portuguesa Gramtica. 2. Lngua portuguesa Problemas,
questes, exerccios. 3. Servio pblico Brasil Concursos. I. Ttulo.
13- 01162 CDD: 469.5 CDU: 811.134.336
4. Dedicatria Este livro no existiria sem o apoio de minha
esposa (que acabou se tornando erudita de tanto pesquisar junto
comigo). Juliana mais do que um achado. O achado da minha
vida.
5. Agradecimentos Sem Jeov (Jav ou Iav, como queiram),
simplesmente nada existiria. Portanto Ele o responsvel pela vida e
pela disposio que tenho. No menos importantes foram certas pessoas,
como meus pais, meus amigos, meus alunos principalmente os da
EsPCEx (Brasil!) e meus grandes mestres Srgio Pach e Danton Pedro
dos Santos. Claudio Cezar Henriques, Marcelo Caetano, Roberto Lota,
Vtor Campos, Sidney Martins, Bernardo Augusto, muito obrigado pelas
discusses (e solues)! Valeu pela moral, Joo Antonio!!! Ser que
perderei a amizade por no incluir alguns que me ajudaram tanto no
trajeto? Ah, depois eu me redimo na segunda edio!
6. O Autor Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Ministra aulas de Lngua Portuguesa h 12 anos. J trabalhou
ativamente com turmas pr-militares e pr-vestibulares no Sistema
Elite de Ensino. Atualmente, dedica-se ao universo dos concursos
pblicos em cursos de educao a distncia, como o EuVouPassar
(videoaulas) e o Estratgia Concursos (cursos em PDF). Alm disso,
participa de um projeto de questes comentadas no site TEC
Concursos. Presencialmente, encontrado nos principais cursos do Rio
de Janeiro, como o CELP, o Multiplus e o Pra Passar.
7. A Obra H algum tempo, estava eu avaliando colegas de
Portugus num processo de seleo de um grande curso preparatrio do
Rio de Janeiro... Dentre os candidatos, um deles se destacou muito,
impressionando-me vivamente por sua determinao e inquietao
intelectual. Ele me afirmou que, nos lugares onde trabalhava, havia
parceiros para bate-papos, festas, mas no para estudo e discusso da
matria. Assegurei-lhe que no nosso curso ia ser diferente, porque a
cadeira de Portugus no se furtava discusso de assuntos polmicos. E
assim foi durante o tempo em que trabalhamos juntos. Ele sempre me
disse que tinha grande vontade de escrever uma gramtica. Estudou,
estudou, estudou. Pesquisou autores antigos e novos, fez cursos,
numa luta incessante para saber cada vez mais. E assim foi.
Animava-me tanta empolgao e eu j torcia pelo livro que viria
inexoravelmente. Ele foi alm, como lhe peculiar: examinou
exaustivamente provas dos ltimos anos de concursos pblicos civis,
militares e vestibulares. E com tamanho embasamento, terico e
prtico, surgiu A Gramtica. Assim, sem fugir dos problemas mais
complexos, ousando atrever-se por caminhos tortuosos, at
conflitantes, apresentando frequentemente argumentos de renomadas
autoridades da lngua portuguesa, Pestana fez deste livro algo
indito: combinou tudo o que se julga excelente em uma gramtica, do
ponto de vista docente e discente. Por isso, espera-se que, neste
agradvel passeio por substantivos, verbos, preposies e conjunes,
por oraes coordenadas e subordinadas, todos os candidatos a cargos
pblicos consigam o esclarecimento definitivo das dvidas e passem a
mergulhar profundamente nos meandros da lngua. Em matria de
gramtica, este livro definitivamente a to aguardada resposta aos
anseios dos concurseiros (e professores!), pois, alm da sua teoria
completa, segura e muito consistente, contm mais de 1.300 exerccios
das ltimas provas oficiais de concursos recentes, constituindo-se
deste modo uma obra altamente indicada aos estudiosos da lngua
portuguesa. Como a vida... Depois de tantas obras lidas durante
quase 50 anos, no tinha ideia de que poderia ainda me surpreender
com algo to original e pleno.
8. E aqui fico, pois A obra fala por si. Danton Pedro dos
Santos Novembro/2012
9. Prefcio No aprendemos para a escola mas para a vida, diziam
os Antigos, querendo com isto significar que o conhecimento
adquirido na escola tem um valor intrnseco, que de longe transcende
as circunstncias e exigncias do universo escolar. Os tempos e as
vontades mudaram. Atualmente, a preocupao que parece servir de
norte a quase todo o ensino que se ministra entre ns fazer o
discente absorver e memorizar o maior nmero possvel de informaes,
sem ordem nem hierarquia, de tal sorte que se sinta aparelhado a
enfrentar, com boas possibilidades de xito, o monto de charadas e
perguntas de algibeira destinadas a eliminar o maior nmero possvel
de candidatos a poucas vagas: seja em exames vestibulares, seja em
concursos para o preenchimento de cargos pblicos. Foi esta,
portanto, a questo com que se deparou e a que teve de responder meu
jovem colega, Fernando Jos Pestana, primeiro em sala de aula e logo
diante da tela em branco de um computador: como ensinar Lngua
Portuguesa de maneira clara e bem ordenada, eficaz e honesta, e, ao
mesmo tempo, sempre til a quem dela necessite para transpor com
segurana as corridas de obstculos que encontrar no caminho da
Universidade ou do servio pblico? Por outras palavras: como ser
professor de Portugus no Brasil de 2013 sem jamais vender a alma ao
diabo? A resposta o livro que voc tem em mos. Abra-o. Leia-o
devagar. Reflita sobre o que leu. Ponha em prtica o que ele ensina.
Nenhum livro se prope ensinar-lhe tudo aquilo de que voc necessita
para conhecer a fundo nossa lngua. Ensinar-lhe-, no entanto, como
se flexionam os blocos que a compem e como estes se combinam para
formar blocos maiores os sintagmas, as oraes e os perodos de que
nos servimos para expressar nossas ideias e sentimentos. E tambm o
induzir a completar seu estudo, buscando, nas fontes mesmas da
lngua literria (tambm conhecida como norma culta do idioma), os
grandes modelos que a ilustraram e engrandeceram ao longo de uma
histria multissecular de muitas glrias. Em o fazendo, meu jovem
amigo, voc estar desmentindo, por suas aes, o pragmatismo estril de
nosso tempo: voc estar primacialmente aprendendo no para a escola,
ou para o vestibular, ou para o concurso pblico, mas para a vida.
Sergio Pach Mestre em Lngua Portuguesa
10. Ex-lexicgrafo-chefe da Academia Brasileira de Letras
11. Eis uma breve apresentao... ... porque no podemos perder
tempo com palavras garbosas e bl-bl-bls. Um discurso polido e
preciosista no me interessa nem deve interessar-lhe. Minha inteno
facilitar ao mximo sua vida, por isso a abordagem de A Gramtica que
apresenta uma linguagem bem informal para ensinar o registro culto
visa principalmente a um propsito: fazer voc acertar as questes de
qualquer prova de Lngua Portuguesa (independentemente do nvel).
Ponto. Saiba que A Gramtica est totalmente antenada com a linguagem
dos concursos pblicos, que vm se valendo cada vez mais dos estudos
lingusticos modernos. Coloque na sua cabea o seguinte: foi-se o
tempo em que as grandes bancas trabalhavam a gramtica de modo
superficial, por isso, em A Gramtica, no h mixaria de informaes.
Hoje preciso saber muito, pois as bancas esto cada vez mais
maldosas! No devido grau, tudo aqui pertinente, para que voc se
sinta sempre confiante no dia da prova. E, caso uma informao no
tenha tanta relevncia, voc ser avisado no corpo dos captulos.
Afinal, alm de muita informao, precisamos de foco! Entenda que,
atualmente, as boas provas exploram muito a gramtica textual, ou
seja, o conhecimento de contedos gramaticais aplicados aos textos
e, consequentemente, ao discurso. Hoje muitas questes (quase todas)
tratam de trechos retirados de um texto, portanto no posso deixar
de apegar-me aos valores discursivos das classes gramaticais e de
certos aspectos da anlise do discurso. Isso algo primordial e
inovador! No foi por nada que me preocupei com os anseios dos
concurseiros (e dos professores!). Falando srio, quem no quer mais
de 1.300 questes atuais co-men-ta-das (Comentrios no site
www.elsevier.com.br/agramatica_pestana)? Quem no quer inmeras
referncias gramaticais para interpor recursos? Quem no quer teoria
consistente em fcil linguagem? Quem no quer um professor que,
embora detalhista, diga exatamente o que voc deve ou no estudar,
para otimizar seu tempo? Quem no quer ter contato com questes
polmicas sobre as quais mais de um gramtico pensa diferente acerca
da resoluo delas? Quem no quer aquela gramtica? Quando eu era
concurseiro, eu queria muito tudo isso! Enfim... existe A Gramtica?
Sim, e est em suas mos! H muito mais a perceber, mas agora com
voc.
12. Eis A Gramtica.
13. Como estudar para concurso pblico? No satisfeito, preparei
algo indito: a cada captulo, imediatamente antes das questes de
concursos, dou uma de Mister M: revelo os assuntos que mais caem
nas provas. Para quem cru em Portugus, leia A Gramtica com muita
calma relaxado e tomando um suquinho de maracuj. Sem pressa,
intercale a leitura com exerccios; preciso pegar intimidade com os
ensinos gramaticais. Faa vista grossa s inmeras mincias e polmicas
ao longo dos captulos. Procure estudar os tpicos mais recorrentes,
vistos em O que cai mais na prova?. Para quem j tem uma noo legal
de Lngua Portuguesa, faa questes das provas anteriores com A
Gramtica ao lado; voc no ficar em pnico, sou seu assessor
particular. Alm disso, reitero: h mais de 1.300 questes comentadas
aqui. Self-service! No deixe de estudar os tpicos mais recorrentes,
vistos em O que cai mais na prova?. Megaimportante! Para quem saca
muito de Portugus, preste ateno nas observaes, nas mincias e nas
referncias a vrios gramticos (e suas opinies plurais), pois A
Gramtica gosta de explorar as questes polmicas de bancas que
trabalham doutrinas gramaticais divergentes, como as temidas ESAF,
CESPE e FCC. Meu concurso ... Bem... caso seu concurso seja de nvel
fundamental, estude estes assuntos recorrentes: fonologia;
ortografia; acentuao; semntica (sinnimos, antnimos e fatos da lngua
culta); classes de palavras (mera identificao delas e conjunes);
aspectos bsicos da anlise sinttica, da concordncia, da regncia e da
crase. Hoje, a CONSULPLAN uma das bancas que mais confeccionam
provas para esse nvel. Por isso, procure fazer questes dessa banca.
Caso seu concurso seja de nvel mdio, estude tudo com afinco, exceto
fonologia, numeral,
14. interjeio (a chance de cair uma questo sobre esses assuntos
beira a zero). Veja o que mais cai: tipologia textual (dissertao
argumentativa e suas caractersticas); coeso e coerncia (pronomes e
conjunes); emprego e colocao de pronomes (pessoais, demonstrativos
e relativos) e verbos (conjugao de certos verbos, correlao verbal,
voz verbal, emprego de tempos e modos verbais); conjunes;
preposies; sintaxe do perodo simples e composto; partcula SE
(principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e QUE
(principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao
(vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase. A
CESGRANRIO, o CESPE/UnB, a FCC, a FGV, o NCE e a VUNESP so as
principais bancas desse nvel. A diferena entre o contedo de nvel
mdio e de nvel superior mnima ou inexistente. O que de fato muda o
grau de dificuldade. E... para voc, nvel superior, este o fil:
tipologia textual (dissertao argumentativa e suas caractersticas);
coeso e coerncia (pronomes e conjunes); emprego e colocao de
pronomes (pessoais, demonstrativos e relativos) e verbos (conjugao
de certos verbos, correlao verbal, voz verbal, emprego de tempos e
modos verbais); conjunes; preposies; sintaxe do perodo composto;
partcula SE (principalmente a apassivadora e a indeterminadora) e
QUE (principalmente conjuno integrante e pronome relativo); pontuao
(vrgula); concordncia (verbal); regncia (verbal); crase. O
CESPE/UnB, a ESAF, a FCC, a CESGRANRIO, a FGV, o NCE e a VUNESP so
as principais bancas desse nvel. Eu me apego muito s quatro
primeiras.
15. Obs.: Ao longo da leitura deste livro, voc vai ver que me
empolgo, colocando vrios detalhes tericos que caem raramente em
prova (mas podem cair). Por que fao isso? Prefiro ser detalhista a
deixar voc ser surpreendido na prova por um detalhe que me escapou
na teoria. No entanto, reitero: para otimizar seu tempo, criei um
tpico, antes das questes de concursos de cada captulo, chamado O
que cai mais na prova?. L est o bizu! Para atender s crticas No
estou interessado em elogios. Elogios costumam amortecer a vontade
de melhora. Alm de encher a caixa de e-mails. Brincadeira... Na
verdade, estou vido por ouvir suas crticas construtivas (e nem to
construtivas assim) a respeito do livro, principalmente acerca de
erros bobos que s vezes nos escapam de ortografia, digitao,
espaamento etc. Se at o Manual de Redao Oficial da Presidncia da
Repblica tem erros, certamente dever haver um ou outro nesta obra.
Antes, porm, coloque este link no Google e leia:
http://filosofarpreciso.blogspot.com.br/2009/02/critica-construtiva.html
Anote o e-mail para onde voc vai enviar suas crticas
(construtivas), visando melhora do livro:
[email protected]. Para quem j conhece meu e-mail pessoal,
nem tente enviar para ele, seno vou enlouquecer! AVISO: Muitas
questes de concursos foram reformatadas por razes meramente
didticas, ok?
16. Sumrio Capa Folha de Rosto Cadastro Crditos Dedicatria
Agradecimentos O Autor A Obra Prefcio Eis uma breve apresentao...
Como estudar para concurso pblico? Meu concurso ... Para atender s
crticas Introduo O que Gramtica Normativa, Norma Culta, Registro
Culto etc.? Captulo 1 Fonologia Definio
17. Fonema Letra Dgrafo e Dfono Classificao dos Fonemas Vogais
Semivogais Consoantes Slaba Encontros Voclicos Hiato Ditongo
Tritongo Encontros Consonantais Separao Silbica Separam-se No se
separam Ortoepia e Prosdia Algumas pronncias e grafias duplas
registradas em dicionrios e/ou no VOLP O Que Cai Mais na Prova?
Questes de Concursos Gabarito Captulo 2 Acentuao Grfica Definio
Sinais Diacrticos Algumas Consideraes Importantes
18. Regra de Acentuao para Monosslabas Tnicas Regra de Acentuao
para Proparoxtonas Regra de Acentuao para Paroxtonas Regra de
Acentuao para Oxtonas Regra de Acentuao para os Hiatos Tnicos (I e
U) Regra de Acentuao para os Ditongos Abertos Regra de Acentuao
para os Hiatos EEM e OO Regra de Acentuao para o Trema Regra de
Acentuao para os Acentos Diferenciais Algumas Formas Variantes na
Grafia e na Pronncia Regras para o Uso do Hfen Prefixo terminado em
vogal Prefixo terminado em consoante Algumas Observaes Importantes
O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 3
Ortografia Definio O Alfabeto Emprego da Letra E Emprego da Letra I
Emprego da Letra O Emprego da Letra U Emprego da Letra C Emprego
do
19. Emprego da Letra G Emprego da Letra J Emprego da Letra H
Emprego da Letra S Emprego do Dgrafo SS Emprego do Dgrafo SC
Emprego do Dgrafo CH Emprego da Letra X Emprego da Letra Z Emprego
dos Verbos Terminados em -EAR e -IAR Dupla Grafia Emprego das
Iniciais Maisculas ou Minsculas Abreviaturas O Que Cai Mais na
Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 4 Semntica e
Lexicologia Definio Sinonmia Antonmia Homonmia Paronmia Polissemia
Hiponmia e Hiperonmia Meronmia e Holonmia Acronmia,
Estrangeirismos, Toponmia, Antroponmia,
20. Axionmia e Oneonmia Campo Lexical e Campo Semntico Campo
semntico Campo lexical Ambiguidade Intertextualidade Parfrase
Pardia Citao Plgio Aluso Estilizao Epgrafe Pastiche Denotao e
Conotao Fatos e Dificuldades da Lngua Culta A Escolha das Palavras
Expresses Idiomticas O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos
Gabarito Captulo 5 Morfologia Captulo 6 Estrutura e Processo de
Formao de Palavras Definio Morfema Morfema Lexical
21. Morfema Derivacional Morfema Flexional Alomorfia Vocbulos
Cognatos Radical Radicais Gregos Radicais Latinos Afixos Prefixos
Gregos Prefixos Latinos Sufixos Greco-Latinos Desinncias Nominais
Verbais Vogal Temtica VTs nominais VTs verbais Letra de Ligao
Processo de Formao de Palavras Derivao Prefixal, Sufixal,
Parassinttica (Circunfixao), Regressiva (Regresso) e Imprpria
(Converso) Prefixal Sufixal Parassinttica (Circunfixao) Regressiva
(Regresso) Imprpria (Converso) Composio por Justaposio e por
Aglutinao
22. Por Justaposio Por Aglutinao Onomatopeia Abreviao (Reduo)
Siglonimizao Hibridismo Combinao (Amlgama ou Palavra-valise)
Neologismo Neologismo mrfico Neologismo Semntico Estrangeirismos O
Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 7
Substantivo Definio Identificao e Substantivao Identificao do
Substantivo Substantivao Recurso de Nominalizao Por Derivao Sufixal
Por Derivao Regressiva Locuo Substantiva Classificao Variao em
Gnero Tipos
23. Gneros Confundveis Mudana de Sentido Variao em Nmero Regras
dos Simples Mudana de Sentido Regras dos Compostos Variao em Grau
Aumentativo Diminutivo Formas Estilsticas Valor Discursivo O Que
Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 8 Adjetivo
Definio Identificao e Adjetivao Identificao Adjetivao Recurso de
Nominalizao Classificao Locuo Adjetiva Variao em Gnero Variao em
Nmero Regra dos Simples Regra dos Compostos
24. Variao em Grau Grau Comparativo Grau Superlativo Formas
Estilsticas Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos Gabarito Captulo 9 Artigo Definio Classificao Identificao
Emprego dos Artigos Definidos Emprego dos Artigos Indefinidos Valor
Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito
Captulo 10 Numeral Definio Identificao Classificao Emprego dos
Numerais Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos
25. Gabarito Captulo 11 Pronome Definio Identificao
Classificao, Emprego e Colocao do Pronome Pessoal Pronomes Retos
Pronomes Oblquos tonos Colocao Pronominal Prclise nclise Mesclise
Casos Facultativos Nas Locues Verbais Pronomes Oblquos Tnicos
Pronomes de Tratamento Classificao e Emprego do Pronome Possessivo
Classificao e Emprego do Pronome Indefinido Locues pronominais
indefinidas Classificao e Emprego do Pronome Interrogativo
Classificao e Emprego do Pronome Demonstrativo Emprego dos
demonstrativos (valor discursivo) Valores estilsticos dos
demonstrativos Classificao e Emprego do Pronome Relativo Emprego
dos pronomes relativos Valor Discursivo Pronomes Pessoais
26. Pronomes Possessivos Pronomes Indefinidos Pronomes
Interrogativos O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos
Gabarito Captulo 12 Verbo Definio Identificao Flexes dos Verbos
Modo Tempo Nmero Pessoa Estrutura Verbal Radical Vogal Temtica
Desinncias Verbais Locuo Verbal Aspecto Verbal Formas Nominais dos
Verbos O Infinitivo O Gerndio Conhea alguns empregos do gerndio: O
Particpio Voz Verbal
27. Voz Ativa Voz Passiva Transposio de Vozes Passagem de Voz
Ativa para Passiva Analtica Passagem de voz ativa para passiva
sinttica Passagem de Voz Passiva Analtica para Voz Passiva Sinttica
Voz Reflexiva Formao dos Tempos Primitivos e Derivados Tempos
Derivados do Presente do Indicativo Tempos Derivados do Pretrito
Perfeito do Indicativo Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal
Formao do Imperativo e Uniformidade de Tratamento Formao dos Tempos
Compostos Emprego dos Tempos e Modos Verbais O Modo Indicativo O
Modo Subjuntivo O Modo Imperativo Correlao Verbal Classificao dos
Verbos Regulares Irregulares Anmalos Defectivos Abundantes
Pronominais Reflexivos Vicrios
28. Paradigmas (Modelos) de Conjugao Verbal Verbos Notveis
Particularidades Grficas e Fonticas Papis Temticos Valor Discursivo
O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 13
Advrbio Definio Identificao e Particularidades Sobre Advrbios
Terminados em -mente Mais algumas particularidades... Classificao
dos Advrbios e das Locues Adverbiais Afirmao Negao Modo Tempo Lugar
Dvida Intensidade Causa Concesso Conformidade Finalidade
Condio
29. Meio Instrumento Assunto Companhia Preo Quantidade
Referncia Ordem Medida Peso Matria Proporo Reciprocidade Favor
Excluso Incluso Consequncia/Concluso Palavras e Locues Denotativas
Variao em Grau Formas Estilsticas de Grau dos Advrbios Valor
Discursivo Valores Anafrico, Catafrico ou Ditico Advrbios e
Construo de Sentido J Advrbios Modalizadores O Que Cai Mais na
Prova? Questes de Concursos
30. Gabarito Captulo 14 Preposio Definio Identificao
Classificao Combinaes e Contraes Locuo Prepositiva e Valores
Semnticos Valor Relacional e Nocional Valor Relacional Valor
Nocional Certas Particularidades Valor Discursivo O Que Cai Mais na
Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 15 Conjuno Definio
Identificao Locuo Conjuntiva Classificao Coordenativas
Subordinativas Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos Gabarito
31. Captulo 16 Interjeio Definio Identificao Locuo Interjetiva
Classificao Valor Discursivo O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos Gabarito Captulo 17 Sintaxe Captulo 18 Frase, Orao e
Perodo Captulo 19 Termos Essenciais da Orao Definio Sujeito
Classificao do Sujeito Simples Oculto Composto Indeterminado Orao
sem Sujeito (sujeito inexistente) Oracional Predicado Predicao
Verbal / Transitividade Verbal Verbo de Ligao Intransitivo
Transitivo Direto
32. Transitivo Indireto Transitivo Direto e Indireto
Predicativo do Sujeito e do Objeto Classificao do Predicado O Que
Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 20 Termos
Integrantes da Orao Definio Objeto Direto Objeto Direto X Sujeito
Objeto Indireto Complemento Nominal Complemento Nominal X Objeto
Indireto Agente da Passiva Agente da Passiva X Complemento Nominal
O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 21
Termos Acessrios da Orao Definio Adjunto Adnominal Adjunto
Adnominal X Agente da Passiva Adjunto Adnominal X Complemento
Nominal Adjunto Adnominal X Predicativo do Sujeito e do Objeto
Funes Sintticas dos Pronomes Pessoais Oblquos tonos
33. Adjunto Adverbial Adjunto Adverbial X Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial X Objeto Indireto Adjunto Adverbial X Predicativo
do Sujeito Adjunto Adverbial X Agente da Passiva Aposto Classificao
do Aposto Aposto X Adjunto Adnominal Aposto X Predicativo do
Sujeito Vocativo Vocativo X Aposto O Que Cai Mais na Prova? Questes
de Concursos Gabarito Captulo 22 Oraes Coordenadas Conceito de
Coordenao Oraes Coordenadas Assindticas e Sindticas Oraes
Coordenadas Sindticas Aditivas Oraes Coordenadas Sindticas
Adversativas Oraes Coordenadas Sindticas Alternativas Oraes
Coordenadas Sindticas Conclusivas Oraes Coordenadas Sindticas
Explicativas Paralelismo Sinttico O Que Cai Mais na Prova? Questes
de Concursos Gabarito
35. Oraes Subordinadas Adverbiais Temporais Oraes Subordinadas
Adverbiais Modais Oraes Subordinadas Adverbiais Justapostas O Que
Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 24 Oraes
Reduzidas Definio Oraes Reduzidas de Infinitivo Substantivas
Adjetivas Adverbiais Oraes Reduzidas de Gerndio Coordenada Aditiva
Substantiva Apositiva Adjetiva Adverbial Oraes Reduzidas de
Particpio Adjetivas Adverbiais O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos Gabarito Captulo 25 Oraes Intercaladas Definio Tipos
36. Captulo 26 Perodo Misto Definio Possibilidades de Perodo
Misto A Elipse na Anlise Sinttica Modelo de Anlise de um Perodo
Misto O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito
Captulo 27 Pontuao Definio Vrgula Ponto e Vrgula Dois-pontos Ponto
Ponto de Interrogao Ponto de Exclamao Travesso Parnteses Aspas
Reticncias O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito
Captulo 28 Concordncia Verbal e Nominal Definio Concordncia Verbal
com o Sujeito Simples
37. Concordncia Verbal com o Sujeito Composto Concordncia
Verbal do Ser Casos Especiais de Concordncia Verbal Silepse de
Nmero e de Pessoa Concordncia Nominal com Adjetivos Casos Especiais
de Concordncia Nominal Silepse de Gnero e de Nmero O Que Cai Mais
na Prova? Questes de Concursos Gabarito Captulo 29 Regncia Verbal e
Nominal Definio e Particularidades Regncia Verbal Pontos
importantssimos Verbos com mais de uma regncia sem mudana de
sentido Verbos que normalmente mudam de sentido devido regncia
Regncia Nominal O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos
GABARITO Captulo 30 Crase Definio Casos Obrigatrios Casos
Proibitivos Casos Facultativos Casos Especiais
38. A Crase e Certas Implicaes O Que Cai Mais na Prova? Questes
de Concursos GABARITO Captulo 31 QUE, SE e COMO Definio O Vocbulo
que e Suas Classificaes 1) Substantivo 2) Interjeio 3) Advrbio 4)
Preposio Acidental 5) Partcula Expletiva 6) Pronome Interrogativo
7) Pronome Indefinido 8) Pronome relativo 9) Conjuno Coordenativa
ou Subordinativa Aditiva Adversativa Alternativa Explicativa
Integrante Causal Consecutiva Comparativa Concessiva Final
39. Temporal O Vocbulo SE e Suas Classificaes 1) Substantivo 2)
Pronome Oblquo tono Pronome Reflexivo (ou Recproco) Parte
Integrante do Verbo Partcula Expletiva Partcula de Indeterminao do
Sujeito Partcula Apassivadora 3) Conjuno Subordinativa Integrante
Condicional Causal Concessiva Temporal O Vocbulo como e Suas
Classificaes 1) Substantivo 2) Advrbio 3) Preposio Acidental 4)
Interjeio 5) Verbo 6) Pronome Relativo 7) Conjuno Coordenativa ou
Subordinativa Aditiva Causal Comparativa Conformativa
40. O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO
Captulo 32 Estilstica Definio Figuras de Palavras (conceito)
Metfora Comparao Metonmia Catacrese Perfrase Sinestesia Figuras de
Sintaxe Hiprbato Pleonasmo Anacoluto Elipse Zeugma Assndeto
Polissndeto Anfora Figuras de Pensamento Anttese Oxmoro (Paradoxo)
Hiprbole Gradao
41. Eufemismo Ironia Prosopopeia (Personificao) Figuras Fnicas
Aliterao Assonncia Paranomsia Onomatopeia Paralelismo Combinao de
Figuras Vcios de Linguagem Ambiguidade (Anfibologia) Arcasmo
Barbarismo Cacofonia Coliso Parequema Eco Hiato Solecismo
Preciosismo Plebesmo Redundncia (Tautologia) Estrangeirismo
Prolixidade O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos
42. GABARITO Captulo 33 Teoria da Comunicao Definio Elementos
da Comunicao Funes da Linguagem Noes de Semitica (ou Semiologia) e
Lingustica O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO
Captulo 34 Compreenso/Interpretao de Textos e Tipologia Textual
Definio Operadores Argumentativos Pressupostos e Subentendidos
Pressupostos Subentendidos Tipologia Textual Texto Narrativo e
Tipos de Discurso Tipos de Discurso Texto Descritivo Texto
Injuntivo Texto Dialogal Texto Dissertativo Dissertao Expositiva
Dissertao Argumentativa Estratgias Argumentativas
43. Modalizao Exemplificao (fato-exemplo) Enumerao Fato
histrico Comparao Contraposio Causa e efeito Dados estatsticos
Definio Testemunho de autoridade Contra-argumentao Pergunta retrica
Mtodos de Raciocnio Silogismo Mtodo de Raciocnio Dedutivo Mtodo de
Raciocnio Indutivo Mtodo de Raciocnio Dialtico Falcia Gnero Textual
Estratgias para Compreenso/Interpretao de Textos Anlise de um Texto
O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 35
Coeso e Coerncia Definio
44. Coeso Referencial Coeso Sequencial Coeso Recorrencial
Fatores de Coerncia Manuteno temtica Conhecimento de mundo Situao
de comunicao Mecanismos gramaticais e semnticos da lngua
Intertextualidade Intencionalidade Coerncia Narrativa Coerncia
Argumentativa Coerncia Figurativa Coerncia Temporal Coerncia de
Registro Continuidade Textual O Que Cai Mais na Prova? Questes de
Concursos GABARITO Captulo 36 Domnio do Registro Culto Definio
Conceito de Erro Registro Culto e Coloquial Variaes Lingusticas
Registros Lingusticos: Lngua Falada e Lngua Escrita Acentuao
45. Ortografia Emprego de classes gramaticais (pronomes e
verbos, principalmente) Pontuao Concordncia Regncia Crase O Que Cai
Mais na Prova? Questes de Concursos GABARITO Captulo 37 Reescritura
de Frases Definio de Parfrase Mudana de Posio dos Vocbulos
Equivalncia entre Locues e Palavras e entre Conectivos Substituio
de Verbos por Advrbios e Vice-versa Uso de Sinnimos Substituio de
Substantivos por Pronomes Nominalizao Transformao de Orao Reduzida
em Desenvolvida e Vice-versa Reduzidas de gerndio para
desenvolvidas Reduzidas de infinitivo para desenvolvidas Reduzidas
de particpio para desenvolvidas Substituio de Pronome Relativo por
Outro e Pronome Demonstrativo por Outro Possibilidades de
Paralelismo Relao de Causa e Consequncia
46. O Que Cai Mais na Prova? Questes de Concursos Gabarito
Captulo 38 Questes Comentadas da Banca CQIP Bibliografia Mensagem
final Gabarito Comentado
47. Introduo O que Gramtica Normativa, Norma Culta, Registro
Culto etc.? Leia isto (vai por mim!), pois tais conceitos so
importantes para a sua prova! A gramtica normativa trata da
sistematizao do registro culto da lngua, em seus nveis fonolgico
(som), mrfico (forma), sinttico (organizao), semntico (sentido) e
lxico (vocabulrio). Falarei tambm dos nveis discursivo (uso prtico
da lngua) e estilstico (criatividade no uso da lngua). Falaremos de
tudo isso em A Gramtica. A lngua culta (ou registro culto),
conforme dizia o conceituadssimo gramtico Celso Cunha, trata de uma
descrio do portugus atual na sua forma culta, isto , da lngua como
a tm utilizado os escritores portugueses, brasileiros e africanos,
do Romantismo para c, dando naturalmente uma situao privilegiada
aos autores dos nossos dias. Como se pde perceber com os grifos que
dei, simplesmente a maneira como as pessoas que gozam de prestgio
social usam a lngua. No a lngua pura ou correta (apesar de ainda
muitos sustentarem tal discurso!), mas to somente uma maneira de
usar a lngua. A partir do modelo de escrita de pessoas
conceituadas, estudiosos dessa modalidade lingustica criaram padres
de bom uso da lngua. De modo simplista, por isso que a lngua culta
tambm chamada de lngua padro, ou registro culto, ou ainda registro
formal. Em algumas provas atuais, como as da ESAF e da FCC, voc
ainda vai encontrar a expresso erro gramatical, quando melhor seria
dizer desvio, inadequao ou incorreo do ponto de vista da lngua
culta. A gramtica normativa, segundo a concepo mais tradicional,
portanto, um conjunto de regras para escrever e falar corretamente
uma lngua, de acordo com o molde de uso dessa lngua por pessoas
cultas. Ser que por isso que se fala em norma culta? Certamente. A
norma culta apenas uma das variedades de uso da lngua.
Infelizmente, ainda, muitos pensam que o padro culto da lngua o
melhor, o correto, o ideal de lngua e, portanto, o que deve ser
usado por todos. Mas saiba que ela to somente uma das variedades de
uso da lngua. Ela normalmente ensinada pelas gramticas escolares,
que se baseiam nos registros escritos de pessoas consagradas na
sociedade e tidas como cultas. E normalmente usada em situaes
formais. Abra qualquer gramtica tradicional (normativa, escolar,
prescritiva etc.), por exemplo, a
48. do Celso Cunha ou a do Bechara... Ver l uma srie de trechos
retirados de livros de gente famosa, culta, influente e consagrada
na sociedade. O modo como essas pessoas se expressavam
linguisticamente pela escrita seguia um determinado modelo com
algumas variaes, claro, mas nada substancial que, por sua vez,
serviu de base para a feitura da gramtica normativa, em que a lngua
padro (culta) se torna o ideal do bem falar e escrever. Adendos e
crticas parte, devido relevncia que tem nas situaes formais, a
norma culta deve ser ensinada nas escolas (afinal, no a aprendemos
na rua). nesse ambiente institucionalizado que a aprendemos
regularmente. Pois bem... se o objetivo da lngua a comunicao e a
interao, quero alistar aqui algumas vantagens do aprendizado do
registro culto da lngua: Assegura a unidade da lngua nacional, pois
por meio do uso da lngua culta que os livros didticos, cientficos e
jurdicos, os documentos formais, os (tele)jornais consagrados, as
grandes mdias etc. veiculam as informaes de modo neutro e unificado
para todo o pas. Permite que uma pessoa ascenda profissionalmente,
pois uma das exigncias nas entrevistas de emprego ou nas provas de
concursos pblicos o uso considerado mais esmerado da lngua, por
meio do qual pensamentos complexos so expressos, a saber: o
registro culto da lngua. Serve como um valioso instrumento em
situaes formais, para que circulemos bem em determinados ambientes
sociolingusticos. Por exemplo, ao nos dirigirmos a um juiz em um
tribunal, a um presidente de uma empresa, enfim, a uma pessoa que
ocupa um cargo social mais elevado que o nosso, sentimo-nos
impelidos a usar a lngua culta. Assim, percebemos que, em termos
prticos, precisamos aprender o registro culto da lngua para nosso
bem-estar social! E isso inclui o qu? Acertar questes em provas de
concurso pblico, pois elas se baseiam na norma culta. Como esta
gramtica se destina a ensinar tal norma, visando sua ascenso
social, chega de papo! Sirva-se!
49. Captulo 1 Fonologia
50. Definio Quando usamos a lngua falada, saem sons de nossa
boca, certo? Esses sons se combinam e formam palavras, certo? Essas
palavras, por sua vez, podem ter seu sentido modificado caso uma
parte sonora seja modificada, certo? Ok, ento. A Fonologia a parte
da gramtica que estuda os sons da lngua, sua capacidade de combinao
e sua capacidade de distino. Ela se ocupa da funo dos sons dentro
da lngua, os quais permitem aos falantes formar palavras e
distinguir significados. o estudo dela que nos interessa para as
provas de concursos pblicos. O estudo da Fontica no nos importa.
Ah, ento existe uma distino entre Fontica e Fonologia? Sim! A
Fontica descreve os aspectos articulatrios e as propriedades fsicas
de todos os sons, ou seja, trata da produo dos sons, como eles se
formam etc. Poxa, Pestana, ento voc no vai mostrar todo o aparelho
fonador, a boca, a lngua, os dentes, a transcrio fontica etc. e
tal? E-xa-ta-men- te! No vou falar nada disso. Mas por qu? Simples.
Porque no cai em prova. Outra informao: no usarei smbolos de
transcrio fontica nem barras para marcar um fonema; meu objetivo
facilitar e ir direto linguagem das provas. Reitero: s os aspectos
da Fonologia importam para provas de concursos pblicos! Em questes
bem antigas (dcada de 80, 90), at havia questes sobre Fontica. Hoje
em dia, voc no precisa se preocupar com isso. Graas a Deus! Quanto
menos tiver de saber detalhes da gramtica para acertar uma questo
na prova e ser feliz, melhor para voc. Concorda? Encher linguia no
minha praia. Preciso ser preciso. Ento... vamos l!
51. Fonema O fonema a menor unidade sonora da palavra e exerce
duas funes: formar palavras e distinguir uma palavra da outra. mais
simples do que parece: quando os fonemas se combinam, formam
palavras, ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro fonemas
(sons) se combinaram e formaram uma palavra. Se substituirmos agora
o som S por P, haver uma nova palavra, certo? CAPA. A combinao de
diferentes fonemas permite a formao de novas palavras com
diferentes sentidos. Portanto, os fonemas de uma lngua tm duas
funes bem importantes: formar palavras e distinguir uma palavra da
outra. Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal... moo / moa / mao / maa /
ma... Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram, com sentidos
diferentes. Percebeu?
52. Letra A letra um smbolo que representa um som, a
representao grfica dos fonemas da fala. bom saber dois aspectos da
letra: pode representar mais de um fonema ou pode simplesmente
ajudar na pronncia de um fonema. Como assim? Por exemplo, a letra X
pode representar os sons X (enxame), Z (exame), S (txtil) e KS
(sexo; neste caso a letra X representa dois fonemas K e S = KS). Ou
seja, uma letra pode representar mais de um fonema. s vezes a letra
chamada de diacrtica, pois vem direita de outra letra para
representar um fonema s. Por exemplo, na palavra cachaa, a letra H
no representa som algum, mas, nesta situao, ajuda-nos a perceber
que CH tem som de X, como em xaveco. Vale a pena dizer que nem
sempre as palavras apresentam nmero idntico de letras e fonemas.
Ex.: mola > 4 letras, 4 fonemas guia > 4 letras, 3 fonemas
Percebeu que o U em GU no tem som? uma letra diacrtica. Agora, em
gua, o U pronunciado, logo no mais uma letra diacrtica. Simples
assim. Tome cuidado, pois existem algumas palavras em que se pode
pronunciar o X como Z ou KS: hexgono. Logo, se fssemos analisar o
nmero de letras e de fonemas, diramos que, se pronunciarmos o X com
som de Z, haver 8 letras e 7 fonemas; caso pronunciemos o X com som
de KS, haver 8 letras e 8 fonemas. O H no pronunciado, bvio. S de
curiosidade: na palavra inexorvel, o X tem som de Z, logo h 10
letras e 10 fonemas.
53. Dgrafo e Dfono O dgrafo constitui-se de duas letras
representando um s fonema. A segunda letra diacrtica, isto , existe
apenas para ajudar numa determinada pronncia. Por exemplo, se
dissermos caro, o R ter um som diferente de RR, em carro. Este
segundo R, em carro, uma letra diacrtica. H dois tipos:
consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, s, xc, xs. Ex.:
guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arrasto, assado,
descendente, cresa, excitado, exsudar. voclicos ou nasais: a, e, i,
o, u seguidos de m ou n na mesma slaba (!) Ex.: campo,
anta/empresa, entrada/imbatvel, caindo/ombro, onda/umbigo, untar.
Chamamos de dfono o som KS representado pela letra X. Ex.: txico
(tksico), complexo (complekso), trax (traks)... Cuidado!!! 1) O M e
o N usados aps as vogais, nasalizando-as, no so fonemas nem
consoantes. Logo, se o homem da banca quiser dar uma pernada em
voc, ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em
menta, por exemplo. No caia nessa! O M e o N so apenas marcas de
nasalizao da vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porm,
antes da vogal (na-ta-o) ou em outra slaba (Fa-bi-a-na), a sim so
fonemas, so, de fato, consoantes. 2) Sempre que uma palavra tiver
dgrafo, o nmero de letras ser maior que o nmero de fonemas. Na
palavra champanha, h 9 letras e 6 fonemas, pois h dois dgrafos
consonantais (ch, nh) e um voclico (am). 3) Se as palavras terminam
em -AM, -EM, -EN(S), tais terminaes no so dgrafos voclicos, mas sim
ditongos decrescentes nasais. Falarei mais disso daqui a pouco. 4)
Parece bobeira, mas no confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som),
escola (sc: 2 sons). Outra informao: na antiga ortografia, os
dgrafos GU e QU, que s so dgrafos se seguidos da letra E ou I,
recebiam trema em algumas palavras, o que facilitava a nossa vida
em palavras como qiproqu (os us so pronunciados, mesmo sem trema:
quiproqu). Hoje (com a nova ortografia), sem trema, algumas
palavras podem dificultar nossa vida. Exemplo: como se pronuncia
liquidificador? Pronunciando o U ou no? As duas formas so possveis
(qi/qui), mas se acostume com a ausncia do trema, que tanto
facilitava nossa vida na pronncia das palavras. Depois reclamavam
dele! Vai deixar saudades...
54. 5) A letra H chamada de letra etimolgica, pois se manteve
do latim at o portugus atual. No representa fonema algum. 6) Nunca
demais dizer que depois de M se usa P e B: mbar, amplexo, embromar,
emprstimo etc.
55. Classificao dos Fonemas Os fonemas so de trs tipos: vogais,
semivogais e consoantes. Vogais So fonemas produzidos livremente,
sem obstruo da passagem do ar. So mais tnicos, ou seja, tm a
pronncia mais forte que as semivogais. So o centro de toda slaba.
Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas
pelo ~, m, n). As vogais so A, E, I, O, U, que podem ser
representadas pelas letras abaixo. Veja: A: casa (oral), cama
(nasal) E: hlio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro
(nasal) I: amigo (oral), ndio (nasal) O: pode (oral), olho (oral,
timbre fechado), longe (nasal) U: sade (oral), untar (nasal) Y:
hobby (oral) Obs.: Os fonemas voclicos representados pelas letras E
e O so pronunciados, respectivamente, como I e U quando terminam
palavra: pente (penti); ovo (ovu). No Sul do pas, a pronncia
alterna. Outra informao importante: sempre que o acento agudo ou
circunflexo estiver em cima de E, I, O, U, tais fonemas sero
vogais; o A ser sempre vogal! Semivogais Os fonemas semivoclicos
(ou semivogais) tm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma
slaba). So menos tnicos (mais fracos na pronncia) que as vogais. So
representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: pai: note
que a letra I representa uma semivogal, pois est apoiada em uma
vogal, na mesma slaba. mouro: note que a letra U representa uma
semivogal, pois est apoiada em uma vogal, na mesma slaba. me: note
que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e est
apoiada em uma vogal, na mesma slaba. po: note que a letra O
representa uma semivogal, pois tem som de U e est apoiada em uma
vogal, na mesma slaba. cantam: note que a letra M representa uma
semivogal, pois tem som de U e est apoiada em uma vogal, na mesma
slaba (= cantu).
56. dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois
tem som de I e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= danci).
hfen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de
I e est apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= hfi). glutens: note
que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e est
apoiada em uma vogal, na mesma slaba (= glutis). windsurf: note que
a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e est apoiada
em uma vogal, na mesma slaba. office boy: note que a letra Y
representa uma semivogal, pois tem som de I e est apoiada em uma
vogal, na mesma slaba. Cuidado!!! 1) Celso Cunha, Sacconi e outros
gramticos, por exemplo, consideram a letra L uma semivogal em fim
de slaba (sal, mal, sol, alto...) por ter som de U. No Sul do
Brasil, entretanto, mesmo nessa situao, o L tem som de L mesmo,
predominantemente. Nunca vi em concurso algum tal exigncia, mas...
nunca se sabe... vai que... 2) Em um encontro voclico, para saber
qual fonema voclico vogal ou semivogal, sugiro substituir as vogais
por valores de intensidade; assim: A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por
exemplo, em vcuo (u=1, o=2, logo U semivogal e O vogal). Saiba que
o encontro voclico -eo (leo), por no se encaixar na minha sugesto,
analisado assim: semivogal (e) + vogal (o). Por fim, num encontro
voclico com I e U, o que vier aps outro ser, normalmente, vogal.
Uma maneira de perceber isso colocando um acento agudo hipottico em
cima desses fonemas; Ex.: partu (i, vogal; u, semivogal); gratito
(u, vogal; i, semivogal); sagu (u, semivogal; i, vogal). Esta ltima
palavra escrita com trema, segundo a antiga ortografia. 4) As
palavras windsurf e office boy, de origem estrangeira, j figuram
nos dicionrios de lngua portuguesa do Brasil, por isso no podemos
deixar de analisar as j consideradas letras do nosso alfabeto K, W
e Y sob uma perspectiva fonolgica. S de curiosidade: Charles Darwin
(w com som de u, semivogal). Consoantes So fonemas produzidos com
interferncia de um ou mais rgos da boca (dentes, lngua, lbios).
Todas as demais letras do alfabeto representam, na escrita, os
fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S,
T, V, W (com som de V, Wagner), X, Z.
57. Slaba A slaba , normalmente, um grupo de fonemas centrados
numa vogal. Toda slaba expressa numa s emisso de voz, havendo
breves pausas entre cada slaba. Isso fica mais perceptvel quando
pronunciamos uma palavra bem pausadamente. Por isso,
intuitivamente, a melhor maneira de separar as slabas falar bem
pausadamente a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A.
Percebeu? Fique sabendo que a base da slaba a vogal e, sem ela, no
h slaba, ok? H palavras com apenas uma vogal formando cada slaba:
a, que se pronuncia a- (duas slabas). Quanto ao nmero de slabas, as
palavras classificam-se em: Monosslabas (uma vogal, uma slaba): mo.
Disslabas (duas vogais, duas slabas): man-ga. Trisslabas (trs
vogais, trs slabas): man-guei-ra. Polisslabas (mais de trs vogais,
mais de trs slabas): man-guei-ren-se. Ou quem sabe esta:
pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-ni--ti-co.
Se eu ainda sei contar, so 20 vogais, logo 20 slabas. Esta
polisslaba desde criancinha! Quanto tonicidade, h slaba tnica (alta
intensidade na pronncia) e tona (baixa intensidade na pronncia).
Sempre h apenas uma (1) slaba tnica por palavra, ok? Ela se
encontra em uma das trs slabas finais da palavra (isto , se a
palavra apresentar trs slabas). Bizu: se houver acento agudo ou
circunflexo em uma das vogais, a estar a slaba tnica da palavra.
Qual seria, ento, a slaba tnica de
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico? Moleza, no? Veja:
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico. Se no houver acento
agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida, coloque um acento
hipottico para identificar a slaba tnica: cstelo, castlo ou castel?
Como falamos? claro que a slaba tnica a segunda: cas-te-lo. Quanto
posio da slaba tnica, as palavras s podem ser: Oxtonas (ltima slaba
tnica): condor. Paroxtonas (penltima slaba tnica): rubrica.
Proparoxtonas (antepenltima slaba tnica): nterim. Cuidado!!! 1)
Conhea a posio da slaba tnica de algumas palavras: Sbia, saBIa,
sabi, misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde,
graTUIto, iBEro, Lvedo, aRete, Znite, QUops... 2) H palavras que tm
dupla possibilidade de posio da slaba tnica: proJtil/projeTIL,
58. RPtil/repTIL, Xrox/XeROX... Note que h mudana na acentuao
grfica... 3) S para relaxar: A sbia no sabia que o sbio sabia que o
sabi sabia assobiar. E as slabas tnicas? Falaremos sobre Prosdia
(assunto que trata, basicamente, da correta posio da slaba tnica)
com calma mais frente. Relax!
59. Encontros Voclicos Como o nome sugere, o contato entre
fonemas voclicos. H trs tipos: Hiato Ocorre hiato quando h o
encontro de duas vogais, que acabam ficando em slabas separadas (V
V), porque s pode haver uma vogal por slaba. Ex.: sa--da, ra-i-nha,
ba-s, ca-s-te, tu-cu-m-, su-cu-u-ba, ru-im, j-ni-or... Cuidado!!!
1) Em palavras com a sequncia V+SV+V, como praia, meio, joio,
ocorre um falso hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque
prai-a, por exemplo, apresenta semivogal (i) separada de vogal (a).
Na realidade, o que ocorre um fenmeno chamado glide, isto , cada
uma das palavras acima apresenta dois ditongos, pois a semivogal
(i) se prolonga at a slaba seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi
isso em prova de concurso, mas... nunca se sabe... 2) As palavras
rio, cio, mia, tia, dia no so monossilbicas! So dissilbicas, pois
apresentam hiato! Ditongo Existem dois tipos: crescente ou
decrescente (oral ou nasal). Crescente (SV + V, na mesma slaba):
Ex.: magistrio (oral), srie (oral), vrzea (oral), quota (oral),
quatorze (oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinqunio
(nasal)... Decrescente (V + SV, na mesma slaba): Ex.: item (nasal),
amam (nasal), smen (nasal), cibra (nasal), caule (oral), ouro
(oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... Cuidado!!! 1)
Os ditongos no so separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo,
-ia, -ie, -io, -oa, -ua, - ue, -uo) so vistos pela NGB
(Nomenclatura Gramatical Brasileira) e por muitos gramticos como
possveis hiatos de palavras proparoxtonas acidentais, ou eventuais.
Por exemplo: his-t-ria (paroxtona/ditongo crescente) ou his-t-ri-a
(proparoxtona/hiato). Em concurso, comunssima a primeira anlise, ou
seja, u-rea, plm-beo, ca-l-nia, s-rie, co-l-gio, m-goa, -gua, tnue,
trduo. Olho vivo! 2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo
ou no verbo), -en (nome), -en(s) (verbo ou no verbo) apresentam
ditongo decrescente nasal (tambm chamado de ditongo
60. fontico). Exemplo: danam (= u), bebem (= i), sem (= i),
glten (= i), contns (= i), hifens (= i)... Mesmo com sufixo, o
ditongo se mantm: trenzinho, vintenzinho... 3) A palavra muito
apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausncia de marca
de nasalizao. A Lngua Portuguesa apresenta outras palavras assim:
Elaine, andaime, plaino, aaima (do verbo aaimar), Roraima (tambm
existe a pronncia Rorima), etc. 4) Interessante a palavra ioi, que
se separa em io-i (h dois ditongos crescentes). Outras palavras
podem apresentar mais de um encontro voclico, como Pi-au- (um
hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado tambm com
as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos
decrescentes, e no hiatos! Tritongo O tritongo a unio de SV + V +
SV na mesma slaba; pode ser oral ou nasal. Ex.: saguo (nasal),
Paraguai (oral), enxguem (nasal), averiguou (oral), desguam
(nasal), aguei (oral)... Cuidado!!! 1) O M dos exemplos de tritongo
uma semivogal. Logo, no pense que, em enxguem e desguam, os
encontros UEM e UAM formam ditongos crescentes nasais. So
tritongos: SV+V+SV. 2) H duas palavras perigosas: se-quoi-a e
ra-diou-vin-te. H tritongo nelas, hein! 3) Como eu j disse mais
acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia no tm
tritongo!
61. Encontros Consonantais a sequncia de consoantes numa
palavra. Existem os perfeitos (inseparveis, pois ficam na mesma
slaba) e os imperfeitos (separveis, pois no ficam na mesma slaba).
Geralmente, os encontros consonantais perfeitos apresentam
consoante + l ou r. Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go Vasco
(imperfeito) > Vas-co Obs.: No confunda encontro consonantal com
dgrafo consonantal! Exemplo: campo (o M nasaliza a vogal anterior;
no consoante, s uma marca de nasalizao; no forma encontro
consonantal com P!).
62. Separao Silbica Trata da adequada separao das slabas de uma
palavra. Lembre-se: toda slaba tem de apresentar uma vogal.
Separam-se Os hiatos: va-ri-a-do, car-na--ba, pa-ra--so, ru--na,
cu-ri-o-so, l-co-ois (ou al-co- is)... Os dgrafos (rr, ss, sc, s,
xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-o, nas-cer, des-a, ex-ces-so, ex-si-
car... Os encontros consonantais que no iniciam imediatamente as
palavras (p, bd, cc, c, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf,
mn, br etc.): op-o, ab-di-car, oc-ci-pi-tal, fic-o, t-ni-co,
sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-o, trans-por-te, in-tac-to,
ap-ti-do, ins-pi-rar, cons-pur- car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra,
am-n-sia, ab-rup-to... Obs.: Quando a palavra for seguida de um
conjunto de consoantes, separar-se- a ltima da penltima:
tungs-t-nio, felds-pa-to, sols-t-cio, pers-pi-caz... Cuidado:
quart-zo, me- tem-psi-co-se. A ltima consoante dos prefixos (bis,
dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de
vogal, junta-se a ela: bi-sa-v, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go,
ci-sal-pi-no, tran- sa-tln-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue,
in-te-res-ta-du-al... Obs.: preciso ateno quando uma palavra PARECE
ter prefixo. Exemplo: suboficial (a palavra oficial existe, logo
sub prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al), mas sublime (a palavra lime no
existe, logo sub pertence ao radical, no prefixo; assim: su-bli-
me). No se separam Ditongos e tritongos: a-rac-ni-de-o
(proparoxtona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra, bai-xa, cou-ro,
gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so,
pli-a-de, Cui-a- b, boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou...
Obs.: Muitos dicionrios divergem quanto separao do encontro voclico
-io no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato
(ambas as formas esto adequadas, por falta de consenso). Exemplo:
fi-si-o-te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a). Dgrafos (lh, nh, ch, qu,
gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra...
63. Encontros consonantais perfeitos no incio de palavras,
normalmente: gno-mo, mne-m- ni-co, pneu-m-ti-co, psi-c-lo-go,
pro-ble-ma, cni-d-rio... A ltima consoante dos prefixos (bis, dis,
sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante,
no formar nova slaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dn-cia,
sub-li-nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti-no, trans-por-tar,
su-per-ho-mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na-cio- nal... Cuidado!!! A
translineao silbica trata da separao das slabas de uma linha para
outra em um texto formal, como em uma Redao Oficial. Seguem as
normas gramaticais estabelecidas para a diviso silbica em uma
redao: 1) Deve-se evitar que a slaba constituda de vogal fique
isolada no fim ou no incio de linha: mi-do, e no -mido. 2) Deve-se
evitar que a translineao provoque a ocorrncia de palavras chulas ou
inadequadas: apsto-lo, e no aps-tolo; dispu-ta, e no dis-puta. O
Novo Acordo Ortogrfico recomenda, por clareza grfica, quando o hfen
de palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha,
repeti-lo no incio da linha seguinte: .......................A
defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedio de
salvo--conduto para que o militar no
fosse............................................................................
64. Ortoepia e Prosdia Ortoepia ou Ortopia trata da pronncia
adequada das palavras. J a Prosdia trata, basicamente, da correta
acentuao tnica das palavras, ou seja, da posio adequada da slaba
tnica das palavras. Quando algum comete um desvio de prosdia, damos
a isso o nome de silabada deslocamento da slaba tnica. Este assunto
est ligado fonologia, ortografia e acentuao, por isso revisite-o
sempre. No incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo,
morTANdela, aDEvogado, PREvilgio ou Rcorde, Rbrica, inteRIM,
gratuto etc., certo? At o mais conceituado apresentador de
telejornal brasileiro diz Rcorde! Preste ateno! No entanto, sabemos
que mendigo, mortadela, advogado e privilgio so as adequadas
pronncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe? Sabemos
tambm que o adequado reCORde, ruBRIca, Nterim, graTUIto. Beleza?
Ns, falantes cultos da lngua, devemos nos preocupar muito em
pronunciar adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar
partes das palavras, ou ainda deslocar a posio da slaba tnica
delas. Nossa ascenso social depende disso, seja em uma entrevista
de emprego seja em uma prova de concurso. Fique ligado nisso! Leia
e releia os desvios mais clssicos: ADEQUADO Admisso INADEQUADO
Adimisso* Absoluto Abissoluto Advogado Adevogado Aforismo Aforisma
Aleijar Alejar Aterrissagem Aterrizagem Adivinhar Advinhar
Apropriado Apropiado Bandeja Bandeija Bugiganga Buginganga
Beneficente Beneficiente Bebedouro Bebedor Bochecha Buchecha Boteco
Buteco Braguilha Barguilha Bueiro Boeiro Cabeleireiro Cabelereiro
Caranguejo Carangueijo
66. Basculante Vasculante * Para os professores de planto, no
entrarei no mrito da epntese e de outros fenmenos prosdicos, pois
isso no cai em prova. Algumas pronncias e grafias duplas
registradas em dicionrios e/ou no VOLP acrbata ou acrobata/aborgine
ou aborgene/arteriosclerose ou aterosclerose/abbada ou
abboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/bomia ou
boemia/infarto, infarte, enfarte ou enfarto/diabetes ou
diabete/percentagem ou porcentagem/ambrsia ou ambrosia/hierglifo ou
hieroglifo/Ocenia ou Oceania/xerox ou xrox/zngo ou zango/autopsia
ou autpsia/biopsia ou bipsia/ortoepia ou ortopia/projtil ou
projetil/rptil ou reptil/sror ou soror/homlia ou homilia/Madagscar
ou Madagascar/eltrodo ou eletrodo/dplex ou duplex (...) Quanto ao
timbre da vogal, h muito desacordo entre os gramticos. Tentei
alistar algumas palavras em que h certo consenso, mas, cada vez que
eu pesquisava mais profundamente, ficava mais desesperado. H
muuuuuita discordncia! Voc no tem ideia. Por isso minha lista
breve: Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo,
grelha, inodoro, ileso, leso, molho (feixe, conjunto), obeso,
obsoleto, piloro, suor. Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz,
algozes (pode ser com timbre aberto), bodas, crosta, cerda,
escaravelho, omeleta (a pronncia de omelte polmica), reses,
torpe.
67. O Que Cai Mais na Prova? Se eu fosse voc, estudaria a posio
da slaba tnica (proparoxtona, paroxtona, oxtona), os encontros
voclicos (hiato, ditongo, tritongo) e as separaes silbicas.
68. Questes de Concursos Veja agora quais bancas gostam de
trabalhar questes de Fonologia. De uma coisa eu tenho certeza: a
maioria das questes relacionadas Fonologia, atualmente, no so
trabalhadas pelas bancas de maior prestgio no universo dos
concursos civis. Alm disso, a maior parte das questes de nvel
fundamental/mdio. Adaptei as questes antigas (antes de 2009) nova
ortografia, que agora foi adiada para 2016. Chega de papo! Vamos
trabalhar! 1. (NCE/UFRJ TRE/RJ Auxiliar Judicirio 2001) O item
abaixo que apresenta erradamente uma separao de slabas : a)
trans-o-ce--ni-co; b) cor-rup-te-la; c) sub-li-nhar; d)
pneu-m-ti-co; e) e-co-no-mi-a. 2. (FGV SPTRANS Especialista em
Transportes 2001) Assinale a alternativa em que o x representa
fonema igual ao de exame. a) exceto. b) enxame. c) xido. d)
exequvel. 3. (Vunesp Prefeitura de So Paulo Auxiliar de Zoonoses
2002) Assinale a alternativa em que as slabas de todas as palavras
esto separadas corretamente. a) fi-ngem, no-rte, con-fu-nde. b) ex-
pres- so, ln-gua, fo-ra. c) ali-men-tar, vi-vos, ga-mb. d)
qu-an-do, a-ta-ca-dos, i-sso. 4. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia
2002) Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo nmero de slabas
e so paroxtonas, EXCETO: a) gratuito; b) silencio; c) insensvel; d)
melodia. 5. (FUNDEC TJ/MG Oficial de Justia 2002) Assinale a
alternativa INCORRETA quanto descrio da palavra. a) distinguir: um
encontro consonantal e dois dgrafos. b) cinquento: dois encontros
consonantais, um ditongo crescente e um ditongo decrescente. c)
quiproqu: dois ditongos crescentes e um encontro consonantal. d)
antiguidade: dois dgrafos e nenhum ditongo. 6. (FUNDEC TJ/MG
Oficial de Justia 2002) Assinale a alternativa CORRETA quanto
diviso silbica, ortografia e anlise da estrutura fontica da palavra
em destaque. a) se-ri-s-si-mo vocbulo proparoxtono, com um hiato e
um dgrafo. b) ar-rit-mia vocbulo oxtono, com dois encontros
consonantais e um ditongo crescente. c) flu-i-dos vocbulo
paroxtono, com um encontro consonantal e um hiato. d)
pre-ten-ci-o-so vocbulo paroxtono, com um encontro consonantal, um
dgrafo e um hiato. 7. (FUMARC BHTRANS Assistente Administrativo
2003) Ambas as palavras contm exemplo de dgrafo em: a)
questionrio/recursos; b) perspectiva/descer; c) bairro/maravilhosa;
d) passividade/telespectador.
69. 8. (FUMARC Cmara Municipal de Ouro Preto Advogado 2004)
Ambas as palavras contm exemplo de dgrafo em: a) magma/massa; b)
nascer/exceto; c) seccional/barro; d) afta/minha. 9. (Cesgranrio
Assembleia Legislativa/TO Auxiliar Legislativo (Manuteno e
Conservao) 2005) H ERRO na separao silbica da palavra: a)
a-ver-me-lha-do; b) pi-co-l; c) Ro-ra-i-ma; d) nu-tri-ti-vo; e)
sil-ves-tre. 10. (OFFICIUM TJ/RS Auxiliar Judicirio 2005) Assinale
a alternativa em que os segmentos destacados representam o mesmo
fonema (som). a) desperdcio desperdiamos. b) jbilo gargalo. c)
produo doses. d) reservamos burocracia. e) excessos xampu. 11.
(IPAD COMPESA Operador de Sistemas 2006) Analise a diviso silbica
das palavras abaixo. 1. convico con-vic-o. 2. abstrato ab-stra-to.
3. transparncia tran-spa-rn-ci-a. 4. nascimento nas-ci-men-to. Esto
corretas: a) 1, 2, 3 e 4. b) 1 e 4, apenas. c) 2 e 3, apenas. d) 1,
3 e 4, apenas. e) 2, 3 e 4, apenas. 12. (FCC MPU Analista de Sade
2007) (Adaptada) A afirmao abaixo est correta ou incorreta? A
gramtica prescreve que o vocbulo adjacentes seja assim separado em
slabas: a-dja-cen-tes. 13. (FEPESE Prefeitura de Balnerio de
Cambori Arquiteto 2008) Observe a frase, retirada do texto:
Entreabri os olhos e deparei com uma quantidade enorme de cascalho
e areia. Coloque dentro dos parnteses (coluna 2) o nmero que
corresponda classificao correta dos conjuntos destacados, de acordo
com a coluna 1 (no permitido repetir qualquer nmero). Coluna 1
Coluna 2 1. hiato ( ) abri 2. ditongo decrescente ( ) olhos 3.
ditongo crescente ( ) quantidade 4. grupo consonantal ( ) deparei
5. dgrafo ( ) entreabri Assinale agora a resposta que apresenta a
sequncia correta, de cima para baixo. a) 1 4 3 2 5. b) 4 5 3 1 2.
c) 4 5 3 2 1. d) 5 4 3 2 1. e) 5 4 2 3 1. 14. (Cespe/UnB UEPA
Auxiliar de Laboratrio 2008) Assinale a opo em que as palavras
apresentam, em sequncia, ditongo / hiato / ditongo. a) outra /
comeu / coisa.
70. b) comeu / chorou / rainha. c) diante / muito / teus. d)
meus / piavam / pai. 15. (Cespe/UnB SGA Auxiliar de Servios Gerais
2008) A letra x, em encaixar, representa o mesmo som que em
asfixia, engraxar e luxo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16. (Cespe/UnB
SEBRAE/BA Assistente 2008) A seguinte separao de palavras
polisslabas do texto est correta: tes- tos-te-ro-na;
neu-ro-lo-gis-ta; pu-ds-se-mos; sa-be-r-a-mos. ( ) CERTO ( ) ERRADO
17. (Cespe/UnB CEHAP Auxiliar de Servios Administrativos 2009)
Assinale a opo que apresenta o vocbulo classificado inadequadamente
quanto ao nmero de slabas. a) acredito polisslabo. b) comigo
trisslabo. c) Rosinha disslabo. d) eu monosslabo. 18. (AOCP Cmara
de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa correta quanto
ao que se afirma a seguir. a) Na palavra humanos, h 7 letras e 7
fonemas. b) Na palavra balana, h 7 letras e 7 fonemas. c) Na
palavra guerra, h 6 letras e 4 fonemas. d) Na palavra campanha, h 8
letras e 7 fonemas. e) Na palavra terras, h 6 letras e 6 fonemas.
19. (AOCP Cmara de Paranava Procurador 2010) Assinale a alternativa
INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir. a) Na palavra
detalhamento, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um dgrafo
voclico. b) Na palavra promessas, h, respectivamente, um encontro
consonantal e um dgrafo consonantal. c) Na palavra revanchismo, h,
respectivamente, um dgrafo voclico e um dgrafo consonantal. d) Na
palavra discusses, h, respectivamente, um dgrafo consonantal e um
dgrafo consonantal. e) Na palavra programa, h, respectivamente, um
encontro consonantal e um encontro consonantal. A construo a seguir
servir de base para as questes seguintes: ... at um pecado
acreditar que Deus, Nosso Senhor, l do seu trono, no Paraso, vai se
preocupar em quebrar o salto do teu sapato e, por via disso, pr fim
a um caso de amor. 20. (Exames Prefeitura de Itapororoca/PB
Procurador Jurdico 2010) Na primeira palavra sublinhada, podemos
perceber: a) um encontro consonantal provido de sons distintos; b)
um tritongo; c) um hiato; d) um dgrafo; e) um ditongo. 21. (Exames
Prefeitura de Itapororoca/PB Procurador Jurdico 2010) Na segunda
palavra sublinhada, podemos identificar: a) um encontro consonantal
provido de sons distintos; b) um tritongo; c) um hiato; d) um
dgrafo; e) um ditongo. 22. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari
Procurador Municipal 2010) Assinale a alternativa em que todas as
palavras so proparoxtonas. a) documentos, dirigentes, pesquisadora.
b) pblicas, pedaggico, fsica. c) adicionais, levantamento,
atividades.
71. d) contador, eliminados, escolas. e) gestores,
concentrassem, sistema. 23. (AOCP Prefeitura Municipal de Camaari
Procurador Municipal 2010) Assinale a nica alternativa que
apresenta apenas um encontro voclico. a) relatrios. b) violncia. c)
regionais. d) reunies. e) funcionrios. 24. (Consulplan Assessor
Legislativo 2010) Na palavra barriga h ocorrncia de: a) encontro
voclico; b) tritongo; c) dgrafo; d) hiato; e) ditongo crescente.
25. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Assinale a
alternativa em que a palavra sublinhada um ditongo oral crescente:
a) Voc no contribuiu para a contaminao da gua. b) Aps as chuvas, a
cidade est um caos. c) ... o processo inteiro passou por critrios
de proteo ao meio ambiente. d) ... os alimentos da estao costumam
ser mais bonitos e gostosos. e) A protena necessria para o
organismo. 26. (Consulplan Assistente Administrativo 2010) Dadas as
palavras com separao silbica: 1. plstico. 2. contribuir. 3.
avaliar. Est(o) correta(s) apenas a(s) palavra(s): a) 1. b) 2. c)
3. d) 1 e 3. e) 1 e 2. 27. (Consulplan Profissional de rea Tcnica
(PRAT) 2011) A palavra horrores apresenta: a) ditongo; b) dgrafo;
c) tritongo; d) encontro voclico; e) hiato. 28. (Consulplan Tcnico
em Informtica 2011) Por trs de um pequeno homem talvez exista uma
mulherzinha de nada. As palavras destacadas apresentam,
respectivamente: a) encontro voclico / dgrafo / encontros voclicos;
b) hiato / dgrafo / encontros consonantais; c) encontro consonantal
/ ditongo / dgrafos; d) tritongo / ditongo / dgrafos; e) encontro
consonantal / dgrafo / dgrafos. 29. (IPAD SENAC/PE Auxiliar
Administrativo 2011) O termo que se enquadra na mesma justificativa
de tnis, quanto tonicidade, : a) enfatizar; b) acabar; c) Natal; d)
consumismo; e) espiritual.
72. 30. (AOCP CISMEPAR Auxiliar de Servios Gerais 2011)
Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao nmero de slabas. a)
Reduo (trisslaba). b) Acontece (polisslaba). c) Hipertenso
(polisslaba). d) Lei (monosslaba). e) Sade (disslaba). 31. (FUMARC
Prefeitura de Nova Lima/MG Estagirio de Tcnico em Administrao 2012)
Considere estes grupos de palavras: I. co l gi o; bra si le i ras;
as pe ctos. II. e nig ma; pror ro gar; ca n rio. III. due lo; mi
do; su bli nhar. IV. in con tes t vel; eu ro pei a; i guais. A
correta diviso silbica de todas as palavras pode ser observada: a)
apenas em II; b) apenas em II e IV; c) apenas em III e IV; d)
apenas em I e IV. 32. (FUMARC Prefeitura de Nova Lima/MG Engenheiro
Civil 2012) (Adaptada) As afirmaes abaixo esto corretas ou
incorretas? TEXTO I Na escola dos meus sonhos, os professores so
bem pagos e no precisam pular de colgio em colgio para se poderem
manter. Pois a escola de uma sociedade em que educao no privilgio,
mas direito universal, e o acesso a ela, graas a Deus, dever
obrigatrio. TEXTO II No primeiro balo da tirinha observa-se a
presena de hiato e encontro consonantal. No Texto I, as palavras
colgio e obrigatrio possuem ditongos decrescentes orais. 33.
(CEPERJ SEAP/RJ Inspetor de Segurana e Administrao Penitenciria
2012) Na palavra fazer, notam-se 5 fonemas. O mesmo nmero de
fonemas ocorre na palavra da seguinte alternativa: a) tatuar. b)
quando. c) doutor. d) ainda. e) alm. 34. (QUADRIX CFP Analista
Tcnico (Psicologia) 2012) Sobre a palavra pessoa, analise as
seguintes informaes: I. No possui dgrafos ou hiatos. II. uma
paroxtona. III. trisslaba. Est correto o que se afirma em: a)
somente I e II; b) somente II e III; c) somente I e III; d) todas;
e) nenhuma.
73. 35. (FAB EEAr Controlador de Trfego Areo 2012) Observe:
fre-ar: contm hiato pou-co: contm ditongo oral decrescente Em qual
alternativa a palavra no apresenta nenhuma das classificaes acima?
a) aorta. b) miolo. c) vaidade. d) quatro.
74. Gabarito 1. A. 8. B. 15. ERRADO. 22. B. 29. D. 2. D. 9. C.
16. CERTO. 23. A. 30. E. 3. B. 10. A. 17. C. 24. C. 31. B. 4. A.
11. B. 18. C. 25. A. 32. I- CORRETA. 5. B. 12. INCORRETO. 19. D.
26. E. 33. B. 6. A. 13. C. 20. D. 27. B. 34. B. 7. C. 14. D. 21. C.
28. E. 35. D. Os comentrios sobre as questes esto no site da
editora na pgina www.elsevier.com.br/agramatica_pestana">
75. Captulo 2 Acentuao Grfica
76. Definio s vezes, quando vamos escrever algumas palavras, d
uma agonia, no ? Como se escreve? Como se acentua? Qual a slaba
tnica da criana? S de pensar que existem mais de 380 mil palavras
na lngua portuguesa... Aff! Bem, este captulo no vai deix-lo na mo,
mas prepare-se para muita decoreba! O fato que voc ter a capacidade
de acentuar adequadamente todas as palavras, ok? Bem, mas o que
acentuao grfica, Pest? No nada complicado. A Acentuao Grfica trata
da correta colocao de sinais grficos nas palavras. Nas palavras de
um conceituado gramtico, as regras de acentuao visam sistematizar a
leitura dos vocbulos da lngua; assim sendo, baseiam-se na posio da
slaba tnica, no timbre da vogal, nos padres prosdicos menos comuns
da lngua, na compreenso dos conceitos de encontros voclicos etc.
Por isso recomendo que voc releia os encontros voclicos (Captulo
1). Muito importante! Para que voc no erre uma questo de acentuao
(que sempre cai em prova!), preciso conhecer bem a posio da slaba
tnica das palavras. Por isso v por mim! , reveja tambm Ortoepia e
Prosdia (no Captulo 1). E, claro, no deixe de consultar um bom
dicionrio e, principalmente, o VOLP (encontrado no site da ABL, a
Academia Brasileira de Letras). Obs.: A nova ortografia, que iria
entrar em vigor em 1o de janeiro de 2013, foi adiada para 2016 pelo
governo federal. No entanto, como as bancas de concursos pblicos vm
trabalhando as lies da nova ortografia em suas questes, optei por
ensin-las nas lies deste captulo e do seguinte. Vamos ter bastante
tempo agora para internalizar mais ainda as regras do Novo Acordo
Ortogrfico. Tomara que no decidam fazer uma nova nova ortografia,
seno a gente vai ficar maluco de tanto decorar regrinhas
ortogrficas.
77. Sinais Diacrticos Os sinais diacrticos, tambm chamados de
notaes lxicas, servem para indicar, dentre outros aspectos, a
pronncia correta das palavras. Vejamos um por um: Acento agudo:
marca a posio da slaba tnica e o timbre aberto. Ex.: J cursei a
Faculdade de Histria. Acento circunflexo: marca a posio da slaba
tnica e o timbre fechado. Ex.: Meu av e meus trs tios ainda so
vivos. Acento grave: marca o fenmeno da crase. Ex.: Sou leal mulher
da minha vida. Obs.: Esses trs primeiros so acentos grficos. Os
demais so sinais. Til: marca a nasalizao das vogais a e o. Ex.:
Amanh convidarei muitos ancies para a reunio. Cedilha: indica que o
C tem som de SS. Ex.: Toda ao implica uma reao. Apstrofo: indica a
supresso de uma vogal. Ex.: Devem-se limpar caixas dgua a cada 6
meses. Trema: marcava a semivocalizao do u nos grupos gue, gui,
que, qui; na nova ortografia, s usado em palavras estrangeiras.
Ex.: Linguia, aguenta e quinqunio; Mller, mlleriano, Bndchen,
Hbner, hbneriano, Schnberg... Hfen: marca a unio de vocbulos, a
nclise, a mesclise e a separao das slabas. Ex.: gua-de-colnia,
hiper-realista, v-lo, dar-te-ei, vai-da-de...
78. Algumas Consideraes Importantes Acento prosdico (ou tnico)
diferente de acento grfico. O primeiro marca a tonicidade, a fora
com que se pronuncia uma slaba tnica, portanto est ligado pronncia,
fala. o mesmo que slaba tnica. O segundo s pertence escrita, como
vimos nos exemplos do tpico anterior. Importante: enquanto a
maioria das palavras da lngua possuem acento tnico, apenas algumas
apresentam acento grfico. Vale dizer que cada vocbulo s pode
receber apenas um (1) acento grfico, que stricto sensu marca a
posio da slaba tnica! No entanto, bons dicionrios, como Aulete e
Priberam, grafam a palavra dmod (origem francesa) com dois acentos
grficos. Em rfo, o til no considerado acento grfico, mas to somente
marca de nasalizao, portanto s h um acento grfico mesmo. Em Tup,
coincidentemente, o sinal grfico til (~) est na slaba tnica, mas
seu papel apenas nasalizar a vogal. No obstante, em palavras com
pronomes mesoclticos, pode haver dois acentos grficos:
convid-la-amos e vend- lo-, por exemplo. Segundo os fillogos, o
-amos e o - so formas contradas do verbo haver, que formou as
desinncias verbais do portugus. Ento teramos um acento para cada
palavra (convidar + haver). Um pouquinho de histria da lngua nunca
demais... Algumas questes relacionadas acentuao grfica podem gerar
falta de clareza, dependendo do contexto. Por exemplo, as palavras
secretaria, fotografo, inicio, historia, numero, ate, baba, magoa,
sabia, publico, amem, medico, negocio, musica, doido, contribui,
fluido, fabrica, analise etc. podem ter o significado e, at mesmo,
a classe gramatical mudados, se forem acentuadas: secretria,
fotgrafo, incio, histria, nmero, at, bab, mgoa, sbia (sabi),
pblico, amm, mdico, negcio, msica, dodo, contribu, fludo, fbrica,
anlise etc. Muitas questes de concursos podem ser criadas em cima
dessas palavras, que, sem acento, tm uma anlise fonolgica, um
sentido e uma classe gramatical; mas, com acento, tm outra anlise
fonolgica, outro sentido e outra classe gramatical. Percebeu agora
a importncia dos acentos grficos? Exemplo de questo que trabalhou
isso: FAB EEAr SARGENTO 2/2011 20. A ausncia do acento grfico pode
modificar a classe gramatical de uma palavra. Em qual das
alternativas h uma palavra que, se no for acentuada, deixa de ser
um substantivo e passa a ser um verbo? a) inocncia, ignorncia,
frequncia b) carncia, fragrncia, polcia c) comcio, fascnio, decncia
d) palcio, domnio, cincia GABARITO: B. A forma verbal policia
existe. a 3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
policiar. Veja: eu policio, tu policias, ele policia etc. Polcia um
substantivo.
79. Quando uma palavra acentuada recebe sufixo -mente, sufixo
iniciado por z ou por qualquer outro sufixo, o acento grfico (agudo
ou circunflexo) sai da jogada e o acento prosdico (a slaba tnica)
se torna imediatamente a slaba seguinte. Exemplo: heri
(heroizinho), econmica (economicamente), Buda (Budismo)...
importante dizer tambm que o til o nico sinal grfico que no
desaparece quando tais sufixos se unem palavra: irmmente,
orfozinho...
80. Regra de Acentuao para Monosslabas Tnicas Acentuam-se as
terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). Ex.: m(s), trs, p(s), ms, s(s),
ps... Cuidado!!! 1) Monosslabas tonas no so acentuadas, porque no
apresentam autonomia fontica e porque se apoiam em uma palavra.
Geralmente apresentam modificao prosdica dos fonemas: Ex.: O (=U)
garoto veio de (=di) carro. So elas: artigo (o, a, os, as, um,
uns), pronome oblquo tono (o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na,
nos, nas, me, te, se, nos, vos, lhe, lhes e contraes), pronome
relativo (que), pronome indefinido (que; quando no est acentuado),
preposio (a, com, de, em, por, sem, sob e contraes, como , do,
na...), conjuno (e, nem, mas, ou, que, se), advrbio (no; antes do
verbo) e formas de tratamento (dom, frei, so e seu). 2) Cuidado com
o pronome indefinido/interrogativo qu em fim de frase ou
imediatamente antes de pontuao. Vem sempre acentuado. O substantivo
(assim como a interjeio) qu tambm sempre acentuado. Ex.: Voc estava
pensando em qu? / Ela tem um qu de mistrio. / Qu! Voc no viu?! 3)
Quando se vai acentuar uma palavra conforme determinada regra,
ignoram-se os pronomes oblquos tonos, ou seja, eles no so contados
como slaba sendo a palavra monosslaba ou no. Ex.: d-lo, v-los,
compr-las, mantm-no, constitu-los...
81. Regra de Acentuao para Proparoxtonas Todas so acentuadas.
Esta regra prevalece sobre outras. Por exemplo, caso a banca diga
que a palavra frissimo acentuada pela regra dos hiatos (I e U),
isso estar errado, pois a palavra proparoxtona; devido a isso,
dizemos que ela acentuada por ser proparoxtona. Parece bobo dizer
tal coisa, mas, na hora da prova, o nervosismo pode atrapalhar
voc... e no queremos isso. Ex.: lcool, rquiem, mscara, znite, libi,
pliade, nufrago, dunviro, serissimo... Obs.: Deficit, superavit e
habitat devem agora ser escritas sem acento, segundo a nova
ortografia, pois so latinismos invariveis. Alm disso: no plural, no
h acrscimo de s: o superavit, os superavit. Existe a variante
aportuguesada dfice. Eita linguinha complicada!
82. Regra de Acentuao para Paroxtonas Acentuam-se as terminadas
em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou no de s), - o(s) e
-(s), tritongo e qualquer outra terminao (l, n, um, r, ns, x, i,
is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s),
-em(-ens). Ex.: histria, cries, jquei(s); rgo(s), rf, ms; guam,
enxguem; fcil, glten, frum, carter, prtons, trax, jri, lpis, vrus,
frceps. Cuidado!!! 1) A palavra hfen acentuada por ser paroxtona
terminada em -n. J hifens no acentuada por terminar em -ens. bom
dizer que palavras terminadas em -n tm dois tipos de plural (com -s
ou -es), podendo, ento, ser pluralizadas como proparoxtonas:
hfenes, plenes, abdmenes... Estas formas (hfen/hifens/hfenes),
assim como outras terminadas em -em ou -n, devem estar no seu
sangue, hein! 2) Verbos paroxtonos terminados em ditongo -am tambm
no so acentuados: cantam, mexam... 3) No se acentuam prefixos
paroxtonos terminados em -r ou -i, exceto quando substantivados:
hiper- (o hper), mini- (a mni). 4) Como vimos no captulo de
Fonologia, palavras paroxtonas terminadas em ditongo crescente
podem ser analisadas como proparoxtonas eventuais, relativas ou
acidentais. Isso j foi questo de concurso em 2012 (veja depois nas
questes comentadas deste captulo). Portanto, palavras como
pacincia, misria, colgio, srie, que normalmente so interpretadas
como paroxtonas terminadas em ditongo crescente, podem ser tomadas
como proparoxtonas. Logo, se cair na prova uma questo dizendo que
tais palavras so acentuadas por serem paroxtonas terminadas em
ditongo crescente ou por serem proparoxtonas (eventuais, relativas
ou acidentais), no titubeie, pois est correto! Entretanto, a banca
Cespe/UnB (STM Tcnico Judicirio 2011) foi mais taxativa ao dizer
que aeroporturios (paroxtona ou proparoxtona acidental) no segue a
mesma regra de acentuao de meteorolgica (proparoxtona). bom saber
como as bancas pensam!
83. Regra de Acentuao para Oxtonas Acentuam-se as terminadas em
-a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens). Ex.: sof(s), ax(s)*, bong(s),
vintm(ns)... Reitero: Quando se vai acentuar um verbo oxtono,
ignoram-se os pronomes oblquos tonos ligados a ele. Ex.: compr-las,
rev-lo, mantm-no... (oxtonas terminadas, respectivamente, em -a, -e
e -em). * Cuidado com axe, pronuncia-se akse, que significa ferida
ou eixo.
84. Regra de Acentuao para os Hiatos Tnicos (I e U) Acentuam-se
com acento agudo as vogais I e U tnicas (segunda vogal do hiato!),
isoladas ou seguidas de S na mesma slaba, quando formam hiatos.
Ex.: sa--de, sa--da, ba-la-s-tre, fa-s-ca, ba-(s), a-a-(s)...
Cuidado!!! 1) As palavras raiz e juiz, erradamente acentuadas por
muitos, no tm acento, porque o I no hiato tnico vem seguido de Z, e
no de S: ra-iz e ju-iz. 2) Os hiatos em I seguidos de NH na slaba
seguinte no devero ser acentuados: ra-i-nha, ta-bu-i-nha,
la-da-i-nha, cam-pa-i-nha... 3) Quando h hiato I-I e U-U, no se
pode acentuar (salvo os proparoxtonos): xi-i-ta, va-di- i-ce,
su-cu-u-ba... (i--di-che, ne-ces-sa-ri-s-si-mo, du-n-vi-ro...) 4)
Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxtonas, o I e o U so
acentuados normalmente: Pi-au-, tui-ui-(s)... 5) Segundo a nova
ortografia, nas palavras paroxtonas, o I e o U no recebem acento
depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca, Sauipe...
Todavia, se o ditongo for crescente, o acento usado: Guara, Guaba,
suali... (alguns dicionrios separam suali assim: su-a--li). 6) Em
verbos seguidos de pronomes oblquos tonos, a regra dos hiatos
continua valendo (ignore os pronomes e siga a regra): atribu-lo
(a-tri-bu-), distribu-lo (dis-tri-bu-)...
85. Regra de Acentuao para os Ditongos Abertos Acentuam-se os
ditongos abertos I, U, I, seguidos ou no de S. Ex.: cu, mis, Gis,
coronis, trofu(s), heri(s), Mier, destrier, aracnideo... Cuidado!!!
1) Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxtonas com ditongos
abertos, no h acento grfico: ideia, Coreia, estreia, jiboia,
paranoia, sequoia...; as nicas excees so: Mier e destrier, pois
seguem a regra das paroxtonas terminadas em -r. 2) A-rac-ni-de-o
palavra proparoxtona. 3) Nunca demais dizer que a pronncia das
palavras no mudou, s a grafia. Logo, palavras como ideia, heroico
etc., mesmo sem acento, continuam com timbre aberto. 4) S de
curiosidade: a abreviao de Leonardo (Leo) no recebe acento agudo,
porm o que mais vemos o acento (Lo), no mesmo? O fato que nenhuma
regra justifica o acento agudo nesta abreviao. O certo Leo.
Ponto.
86. Regra de Acentuao para os Hiatos EEM e OO No se acentuam
mais os hiatos O-O e E-EM (nos verbos crer, dar, ler, ver e
derivados). Ex.: en-jo-o, vo-o, cre-em, des-cre-em, de-em,
re-le-em, ve-em, pre-ve-em...
87. Regra de Acentuao para o Trema Foi abolido na nova
ortografia! Na antiga se usava nos grupos gue, gui, que, qui: agei,
lingia, cinqenta, eqino. Conserva-se, na nova ortografia, apenas
nas palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros que possuem
esse sinal: mlleriano (derivado de Mller), Bndchen, Hbner,
hbneriano, Schnberg... Fique esperto, pois os verbos distinguir,
extinguir, adquirir, questionar etc. j no registravam a pronncia do
U e por isso sempre foram e ainda sero grafados sem trema. O que
mudou foi s a GRAFIA. O som no mudou. Por exemplo, a palavra
liquidao no ser escrita mais com trema, no entanto, como antes da
reforma havia a possibilidade de grafar com trema, a pronncia
dupla: likidao ou likuidao. Safo?
88. Regra de Acentuao para os Acentos Diferenciais Os acentos
diferenciais servem para marcar algumas distines de classe
gramatical, pronncia e/ou sentido entre algumas palavras. No se usa
mais o acento que diferenciava os seguintes pares: 1) Pra (verbo) /
para (preposio): Ele sempre para para assistir aos jogos do
Flamengo. Obs.: Na frase Mais um engarrafamento para So Paulo., h
ambiguidade! Se ainda houvesse acento diferencial, no haveria
ambiguidade. Fazer o qu...? Bendita reforma ortogrfica... 2) Pla
(verbo) / pela (contrao da preposio per/por + a ): Ela pela as
axilas s pela sexta-feira. 3) Plo (substantivo) / pelo (contrao da
preposio per/por + o): Os pelos eriados do gato costumam passar
pelo p do dono. 4) Plo (substantivo) / polo (por+o (arcasmo) / plo
(substantivo; filhote de gavio): Os polos norte e sul so meras
abstraes espaciais, por onde os polos no voam. 5) Pra (substantivo)
/ pera (preposio arcaica): Pera uma fruta sem graa. Cuidado!!! 1)
Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado
do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3.a pessoa do
singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3.a pessoa do
singular. Ex.: Ontem ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
2) Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por
preposio. Ex.: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim. 3)
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos
verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ele tem duas lanchas.
/ Eles tm duas lanchas. Ele vem de Mato Grosso. / Eles vm de Mato
Grosso. Ele mantm sua palavra. / Eles mantm sua palavra. Ele
intervm em todas as reunies. / Eles intervm em todas as reunies.
Por favor, tenha um cuidado muito especial com esses verbos. Questo
de prova todo ano! A maldade das bancas FCC e Esaf, principalmente,
deslocar o sujeito do verbo, para que voc no perceba que os verbos
vir e ter esto no plural, fazendo-o errar uma questo de acentuao
(ou concordncia verbal).
89. Exemplo: Os alunos, ainda que venham estudando muito para
uma prova cuja banca mantm um nvel de dificuldade mediano em suas
questes, tem de colocar a humildade no corao para no desmerecer a
importncia do concurso. Essa frase est certa ou errada quanto
acentuao do verbo ter? At o Word errou. Veja de novo: Os alunos,
ainda que venham estudando muito para uma prova cuja banca mantm um
nvel de dificuldade mediano em suas questes, TM de colocar a
humildade no corao para no desmerecer a importncia do concurso.
Percebeu a distncia entre o sujeito e o verbo? isso que o homem da
banca vai fazer! No se deixe enganar! 4) facultativo o uso do
acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/frma, dmos
(presente do subjuntivo) e demos (pretrito perfeito do indicativo).
5) No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis,
(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo
arguir. Isso vale para o seu composto redarguir. No h mais o trema
nas formas desses verbos, obviamente. De acordo com a antiga
ortografia, a escrita era assim: argis, argi, argem... Falarei mais
sobre isso no captulo Verbo. 6) H uma variao na pronncia dos verbos
terminados em -guar, -quar e -quir, como aguar, averiguar,
apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses
verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do
indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja:
a) Se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser
acentuadas. Enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue,
enxgues, enxguem. Delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem;
delnqua, delnquas, delnquam. b) se forem pronunciadas com u tnico,
essas formas deixam de ser acentuadas. Enxaguar: enxaguo, enxaguas,
enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. Delinquir:
delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas,
delinquam. Ateno: No Brasil, a pronncia mais corrente a primeira,
aquela com a e i tnicos.
90. Algumas Formas Variantes na Grafia e na Pronncia Fique
atento! acrbata ou acrobata / bomia ou boemia / ambrsia ou ambrosia
/ hierglifo ou hieroglifo / Ocenia ou Oceania / xerox ou xrox /
zngo ou zango / znite ou zenite / autopsia ou autpsia / biopsia ou
bipsia / necrpsia ou necropsia / ortoepia ou ortopia / projtil ou
projetil / rptil ou reptil / sror ou soror / homlia ou homilia /
Madagscar ou Madagascar / eltrodo ou eletrodo / anidrido ou andrido
/ alpata ou alopata / transstor ou transistor / clitris ou cltoris
(...) Obs.: Segundo o VOLP, no existe catter nem urter, mas sim
cateter e ureter. Cuidado com a grafia e com a pronncia! S de
curiosidade: os nomes de pessoas (antropnimos) seguem as mesmas
regras de acentuao grfica e de ortografia. No h diferena entre
substantivo comum e substantivo prprio quanto s regras relativas
correta escrita das palavras. Ah, mas o meu nome Andreia, sem
acento! Parabns! Antes da reforma ortogrfica estava errado, mas
agora est certo, por causa da regra dos ditongos abertos nas
paroxtonas. Ah, mas o meu nome Fabio, sem acento! Lamento! Est
errado, pois paroxtonas terminadas em ditongo crescente so
obrigatoriamente acentuadas! Deveria ser Fbio. Perdoe-me,
Fbio!
91. Regras para o Uso do Hfen Como j dito, o hfen (-) um sinal
grfico usado normalmente para: unir elementos de palavras compostas
e unir prefixos (ou falsos prefixos) a radicais (bem-te-vi e
sub-humano); ligar verbos a pronomes (dir-me-s); separar slabas de
palavras (ca-sa-men-to). Vamos ao que interessa! Usa-se o hfen nas
seguintes situaes: 1) Nas palavras compostas em que os elementos da
composio tm acentuao tnica prpria e formam uma unidade
significativa, sem elementos de ligao: arco-ris, segunda-feira,
mesa-redonda, guarda-costas, beija-flor, bem-te-vi, zum-zum-zum,
reco-reco... Cuidado!!! 1) No se usa o hfen em certas palavras que
perderam a noo de composio: girassol, madressilva, mandachuva,
pontap, paraquedas (e derivados). 2) No se usa o hfen em voc