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Alterações nas estruturas sociais
No âmbito da disciplina de História, vamos falar
sobre as Alterações nas estruturas sociais em
Portugal no século XIX, no qual vamos desenvolver
os seguintes pontos:
A ruína dos pequenos produtores;
A emigração .
Introdução
A Ruína dos pequenos produtores
A emigração portuguesa
Alterações nas estruturas Sociais
No século XIX, principalmente na segunda
metade, Portugal, à semelhança dos outros
países registou um aumento demográfico
acentuado. No entanto, o crescimento da
população apresentou ritmos
diferentes, variando de região para região, no
litoral e nas zonas mais industrializadas a
população cresceu mais do que nas zonas do
interior do país.
No gráfico ao
lado
podemos ver
o crescimento
populacional
entre o ano
1821 e 1900
A fraca produtividade da economiaportuguesa impossibilitava os pequenosprodutores de competirem com osestrangeiros e ainda investirem namecanização, de modo a aumentar apopulação. A situação dos camponesesagravou-se ainda mais devido às crisesagrícolas que ocorriam sucessivamente e aoelevado número de filhos que dividiam entresi a pequena propriedade. Muitoscamponeses devido a tudo isto resolveramvender as suas terras à burguesia capitalista.
“ A febre da civilização que as estradas e oscaminhos-de-ferro levaram á provínciaencontrou as populações numa crise de misériaderivada da decadência agrícola. (…) Vendo assuas pobres vinhas com a filoxera, os seuscastanheiros murchos, os olivais doentes, asindustrias locais sem procura, a aldeia emruínas, lá tiveram de debandar. Os mais tímidosvieram trabalhar, os mais ousados venderam acasa paterna para desertarem da Pátria, acaminho do Brasil.”
Fialho de Almeida, Os Gatos, 4º ed., Lisboa, A. M. Teixeira, 1920 -1922
Todos os aspectos assinalados anteriormentecausaram o abandono dos campos e aemigração dos camponeses na esperança deenriquecerem e de uma vida melhor. Partiramde todo o país mas principalmente dosdistritos com maior crescimentopopulacional, nomeadamente oPorto, Lisboa, Braga, Aveiro e Coimbra.
O destino destes emigrantes eraprincipalmente o Brasil, pelo facto de ser umaantiga colónia portuguesa que falava a nossalíngua.
O fim da escravatura, em 1888, levou
muitos deste emigrantes a arranjar
trabalho nas plantações de algodão e café.
Também se ocupavam com as actividades
comerciais. Alguns destes emigrantes
regressaram, mais tarde, já
ricos, compravam um palacete e viviam
luxuosamente. Ficavam conhecidos como
os brasileiros de torna – viagem. No
entanto haviam outros que apenas
conseguiam enviar às suas famílias as
pobres poupanças.
A emigração contribuiu para superar
as dificuldades financeiras que se
fazia sentir no país. Desenvolveu a
actividade bancária, ajudou a
equilibrar o défice comercial e
diminuir ligeiramente a dependência
económica de Portugal face ao
estrangeiro.
“A falta de trabalho nas obras publicas e a redução dos
vencimentos ou dos quadros do pessoal burocrático são os
dois motivos que directa ou indirectamente actuam sobre a
população e a emigração. Duas causas da crise
determinantes da emigração, a ruína da viticultura e o
cerceamento das obras e empregos públicos, vêm juntar-se
como motivos excepcionais (…). Deu-se recentemente um
facto estranho a nós e do máximo alcance no sentido de
colaborar com os motivos nacionais: foi a lei brasileira de 13
de Maio de 1888, que aboliu completamente a escravidão e
compeliu desde logo os fazendeiros do ainda então império a
procurarem em braços brancos os substitutos do trabalhos
negro e escravo.”
J. P. Oliveira Martins, Portugal Contemporâneo, 3º ed., Lisboa Livraria
António Maria Pereira, 1895.
No mapa ao lado
verificamos a
evolução e a
distribuição da emigração
portuguesa na segunda
metade do século XIX
A
B
SÍNTESE
No século XIX já começava a haver boas
acessibilidades, no entanto, a agricultura entrou em crise
o que fez com que as pessoas procurassem nas cidades
melhores condições de vida e de trabalho (Êxodo Rural).
O facto de no Brasil terem acabado com as escravatura
fez com que muitos dos portugueses vendessem os seus
bens e emigrassem à procura de uma vida melhor.
Trabalho elaborado por:
Mariana Carvalho Nº18
Sara Carvalho Nº 25
8ºA