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E.E. Prof ª Irene Dias Ribeiro Amor de Perdição Camilo Castelo Branco Elizandra Rubia de Paula Bruna Carolina da Silva Q. Daniela Targa Prudêncio Pamela Jorge 2ªA- 2011

Amor de Perdição 2ª A - 2011

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Page 1: Amor de Perdição   2ª A - 2011

E.E. Prof ª Irene Dias Ribeiro

Amor de PerdiçãoCamilo Castelo Branco

Elizandra Rubia de Paula Bruna Carolina da Silva Q.

Daniela Targa Prudêncio Pamela Jorge

2ªA- 2011

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Biografia de Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo nasceu em 16 de março de 1825 em Lisboa.

Em 1844 instalou-se no Porto com o intuito de cursar Medicina e acaba por não passar do 2° ano.

Em 1875 estreou-se na poesia e no ano seguinte no teatro e também no jornalismo.

De 1849 a 1851 consolidou a sua atividade jornalística, retomou o teatro, estreou- se no romance Anátema (1851).

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A partir de 1856 que atingiu a maturidade literária (no domínio dos processos de escrita) com o romance Onde está a Felicidade?. Que para alguns autores era considerado como novela.

Entre 1862 e 1863 o escritor publicou onze novelas e romances atingindo a uma notoriedade dificilmente igualável (e foi nesse momento que foi publicado Amor de Perdição).

Já cego e impossibilitado de escrever Camilo Castelo suicidou-se com um tiro na cabeça no dia 1 de junho de 1890 em São Miguel a casa de Seide que é hoje o museu do escritor.

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Camilo Castelo Branco.

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EnredoNa introdução do romance, o narrador e ou autor reproduz o registro da prisão de Simão Botelho nas cadeias da Relação do Porto e antecipa o degredo do moço, aos 18 anos, em circunstancia ligada a uma paixão juvenil, bem como o desenlace trágico da história. Falando diretamente com o leitor, a imaginação e reação que tal história pode provocar: compaixão, choro, raiva, revolta frente a falsa virtude alegada pelo homens em atos injustos e bárbaros.

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Personagens.Simão Botelho: Inicialmente é apresentado como

um jovem de temperamento sanguinário e violento. É que conhecera e amara, durante os três meses em que esteve em Viseu, a vizinha Teresa. Ele com 17 anos, ela com 15, passam a viver desde então o amor romântico: um amor que redime os erros, que modifica as personalidades .Desde que experimenta este amor Simão torna-se recatado, estudioso e até religioso, o que não o impede de sentir uma sede incontrolável de vingança, que resulta no assassinato do rival Baltazar Coutinho.

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O modo como assume este crime, recusando-se a aceitar todas as tentativas de escamoteá-lo, acaba por configurar o caráter passional do comportamento de Simão. Nem a possibilidade da forca e do degredo, nem as misérias sofridas no cárcere conseguem abater a firmeza, a dignidade, a obstinação que transformam Simão Botelho em símbolo heróico da resistência trata-se de um típico herói ultra-romântico, em outras palavras.

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.Teresa de Albuquerque: Protagonista, menina de

15 anos que se apaixona pôr Simão, também sai adquirindo densidade heróica ao longo da obra: firme e resoluta em seu amor, ela mantém-se inflexível perante os pedidos, as ameaças -e finalmente as atrocidades e violências cometidas pelo pai severa e autoritário, seja para casa-lá com o primo, seja para transforma-lá em freira. Neste sentido, a obstinação que a caracteriza é a mesma presente em Simão, com a diferença de que nela o heroísmo consiste não em agir, mas em reagir.

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Teresa constitui uma heroína romântica típica, um exemplo da imagem da mulher anjo que vigorou no Romantismo.

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. Mariana: Moça pobre e do campo, de olhos tristes e belos, tem sido considerada, algumas vezes, como a personagem mais romântica da história, sem necessidade ao menos de esperança de concretizar-se a seu amor par Simão. Independente do amor entre Simão e Teresa, Mariana o ama e todo faz por ele: cuida de suas feridas, arruma-lhe dinheiro, é cúmplice da paixão proibida, abandona o pai para fazer-lhe companhia e prestar-lhe serviços na prisão e, finalmente, suicida-se após a morte de Simão.

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. Domingos Botelho: O pai de Simão e Tadeu

de Albuquerque, o pai de Teresa, são tão passionais, tão radicais em seu comportamento, quanto Simão e Teresa. Entretanto, ambos podem ser considerados simetricamente o oposto dos heróis, na medida em que representam a hipocrisia social, o apego egoísta e tirano à honra do sobrenome, aos brasões cuja fidalguia é ironicamente ridicularizada, desmoralizada pelo narrador.

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Baltazar Coutinho: - O primo de Teresa assassinado pôr Simão, acrescenta à vilania do tio, de quem se faz cúmplice, a dissimulação, o moralismo hipócrita e oportunista de um libertino de 30 anos, que covardemente encomenda a criados a morte de Simão. Em suma, nele se concentram toda perversidade, toda a prepotência dos fidalgos. Tal personagem constitui. sem nenhuma duvida, o vilão da historia.

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.João da Cruz: O pai de Mariana, destaca-se como

personagem mais sensato, o único personagem que possui traços realistas, de Amor de Perdição. Ferreiro e transformado em assassino numa briga, João da Cruz consegue de Domingos Botelho, pai de Simão, a liberdade. Em nome dessa divida de gratidão, torna-se protetor do herói com palavras sempre oportunas, com atos corajosos e violentos, quando necessário. E a sua linguagem cheia de provérbios e ditados populares, a simplicidade de sua vida, somadas ao amor que dedica à filha

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Foco NarrativoDo ponto de vista do foco narrativo, ou da postura do narrador perante a história, os elementos realistas de Amor de Perdição estão na critica às instituições religiosas, os conventos, e no comportamento não passional de alguns personagens secundários, como João da Cruz. Escrita em terceira pessoa, esta obra caracteriza-se por um narrador onisciente, isto é, um narrador que desvenda o universo interior dos personagens, sabendo mais do que eles próprios, o que lhes passa pela mente e pelo coração.

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.O episódio mais representativo do romance, no

sentido de provocar lágrimas nos leitores românticos e risos nos leitores realistas, ocorre no seu desfecho, quando o tema da ‘morte por amor” atinge o clímax: Teresa morre no convento, ao sentir irreversível a perda de Simão, o qual, pôr sua vez, é tomado de uma febre fatal, no navio que o levaria pura longe da amada, quando fica sabendo de sua morte. Já Mariana, apaixonada pôr Simão, atira-se ao mar agarrada ao seu corpo.

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VerossimilhançaCamilo opunha-se ao romance realista, julgando-o imoral. Criticava-o por retratar pessoas fúteis ou que premeditam crimes, que desorganizam famílias: padres que rompem o celibato e alterações sexuais. O escritor rejeitava esses temas em favor da apologia do sentimento.

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Movimento Literário.Em Amor de Perdição encontramos o traço principal da novelística passional de Camilo: a concepção do amor como uma espécie de destino, de fatalidade, que domina e orienta e define a vida(e a morte) das personagens principais. Marcado pela transcendência, esse amor trará consigo sempre um equivalente de sofrimento e de infelicidade: ou porque a paixão se choca frontalmente com as necessidades do mundo social,ou porque significa em ultima analise um desejo luciferino de recuperar o paraíso na terra.

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Conclusão O amor de perdição visto a luz elétrica do

cristicismo moderno, é um romance romântico, declaratório com bastante eleijões líricos, e umas idéias aceleradas que chegam a tocar no desaforo do sentimentalismo. Camilo castelo escreveu o romance Amor de Perdição nos seus quinze dias mais atormentados de sua vida em que passou na cadeia, o romance baseia-se na história triste passado na sua mocidade de seu tio paterno Simão Antônio Botelho.

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. É comum na obra de Camilo Castelo Branco, o

tratamento do amor desenfreado e profundo entre jovens que lutam por suas paixões muito além dos limites de suas próprias forças. Resistentes a toda sorte de obstáculos, procuram a felicidade mas geralmente são desviados para a desgraça e, não raro, para a morte.

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