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Agente de Educação 1 Prefeitura de Valparaíso de Goiás Agente de Educação ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA Interpretação de texto ....................................................................................................................................................................................... 01 Ortografia oficial ................................................................................................................................................................................................ 28 Acentuação gráfica ........................................................................................................................................................................................... 29 Pontuação ......................................................................................................................................................................................................... 09 Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Vozes verbais: ativa e passiva. Colocação pronominal .............................................. 11 Concordância verbal e nominal ......................................................................................................................................................................... 26 Regência verbal e nominal ................................................................................................................................................................................ 28 Crase ................................................................................................................................................................................................................. 10 Sinônimos, antônimos e parônimos .................................................................................................................................................................. 09 Sentido próprio e figurado das palavras ........................................................................................................................................................... 09 INFORMÁTICA Dispositivos de armazenamento. Periféricos de um computador. Configurações básicas do Windows 7 ....................................................... 01 Aplicativos do Pacote Microsoft Office (Word, Excel e PowerPoint) ................................................................................................................ 10 Configuração de impressoras ........................................................................................................................................................................... 01 Noções básicas de internet e uso de navegadores. Noções básicas de correio eletrônico e envio de e-mails ............................................... 22 RACIOCÍNIO LÓGICO Principais funções elementares: 1º grau, 2º grau, exponencial e logarítmica .................................................................................................. 13 Análise combinatória ......................................................................................................................................................................................... 01 Regra de três simples e composta.................................................................................................................................................................... 23 Porcentagem ..................................................................................................................................................................................................... 01 Matemática Comercial e Financeira: juros, montante e descontos .................................................................................................................. 12 Noções de estatística: média (aritmética, geométrica e harmônica), mediana, moda, desvio médio absoluto, desvio padrão, variância e separatrizes (decil, quartil e percentil) .............................................................................................................................................................. 01

Apostila Concurso Valparaíso de Goiás GO 2014

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Olá a todos, esta apostila nos ajudou a passar dentro do número de vagas espero poder ajudar alguém com esta publicação

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Agente de Educação 1

Prefeitura de

Valparaíso de Goiás

Agente de Educação

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretação de texto ....................................................................................................................................................................................... 01

Ortografia oficial ................................................................................................................................................................................................ 28

Acentuação gráfica ........................................................................................................................................................................................... 29

Pontuação ......................................................................................................................................................................................................... 09

Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e

sentido que imprimem às relações que estabelecem. Vozes verbais: ativa e passiva. Colocação pronominal .............................................. 11

Concordância verbal e nominal ......................................................................................................................................................................... 26

Regência verbal e nominal ................................................................................................................................................................................ 28

Crase ................................................................................................................................................................................................................. 10

Sinônimos, antônimos e parônimos .................................................................................................................................................................. 09

Sentido próprio e figurado das palavras ........................................................................................................................................................... 09

INFORMÁTICA

Dispositivos de armazenamento. Periféricos de um computador. Configurações básicas do Windows 7 ....................................................... 01

Aplicativos do Pacote Microsoft Office (Word, Excel e PowerPoint) ................................................................................................................ 10

Configuração de impressoras ........................................................................................................................................................................... 01

Noções básicas de internet e uso de navegadores. Noções básicas de correio eletrônico e envio de e-mails ............................................... 22

RACIOCÍNIO LÓGICO

Principais funções elementares: 1º grau, 2º grau, exponencial e logarítmica .................................................................................................. 13

Análise combinatória ......................................................................................................................................................................................... 01

Regra de três simples e composta .................................................................................................................................................................... 23

Porcentagem ..................................................................................................................................................................................................... 01

Matemática Comercial e Financeira: juros, montante e descontos .................................................................................................................. 12

Noções de estatística: média (aritmética, geométrica e harmônica), mediana, moda, desvio médio absoluto, desvio padrão, variância e

separatrizes (decil, quartil e percentil) .............................................................................................................................................................. 01

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Noções da Administração pública ..................................................................................................................................................................... 01

Noções de Direito Administrativos e Licitações ................................................................................................................................................ 07

Noções Atos Administrativos ............................................................................................................................................................................ 07

Contratos Administrativos ................................................................................................................................................................................. 15

Serviços Públicos .............................................................................................................................................................................................. 50

Servidores Públicos .......................................................................................................................................................................................... 56

Controle da Administração ................................................................................................................................................................................ 56

Correspondência Oficial. Redação Oficial. Formas De Tratamento. Expressões e Vocábulos Latinos de uso frequente nas

Comunicações Administrativas Oficiais. Modelos e/ou Documentos utilizados ............................................................................................... 70

Cuidados com o ambiente de trabalho: Noções de segurança e higiene do trabalho. Legislação Vigente ..................................................... 77

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali-dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres-são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con-venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi-ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação.

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.

Os textos literários exploram bastante as construções de base conota-tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.

Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis-semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto

Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra-em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento

do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá

até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos

umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-

ensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-

respondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,

incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;

11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;

12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;

13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,

mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a

resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,

definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-

simos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização

do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava

quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-

as estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza

de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo Cunegundes

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS TEXTO NARRATIVO As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-

ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos.

Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou

heroína, personagem principal da história.

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O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano.

As personagens secundárias, que são chamadas também de compar-

sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-ção.

O narrador que está a contar a história também é uma personagem,

pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-tância, ou ainda uma pessoa estranha à história.

Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-

nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen-são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações perante os acontecimentos.

Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o desenlace ou desfecho.

Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,

as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte-resses entre as personagens.

O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-

são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.

Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici-pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê-nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela-cionados ao principal.

Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu-gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-zes, principalmente nos textos literários, essas informações são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo.

Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste na identificação do momento, dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa-lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-to que aconteceu depois.

O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo

material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu espírito.

Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis-semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-zado por :

- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.

- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-tiva que é feito em 1a pessoa.

- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.

Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.

Formas de apresentação da fala das personagens Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há

três maneiras de comunicar as falas das personagens.

Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-vés do diálogo.

Exemplo: “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da

verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-val a cidade é do povo e de ninguém mais”.

No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:

dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos.

Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo:

“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-nos sombrios por vir”.

Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo:

“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.

(José Lins do Rego)

TEXTO DESCRITIVO Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-

terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,

tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem unificada.

Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-

ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco.

Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-

nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:

Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.

Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-cial e econômico .

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Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo.

Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e típicos.

Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.

Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge-rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu-lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis-mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.

TEXTO DISSERTATIVO Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons-

ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade.

A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir

o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão.

A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-

do o contexto. Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :

Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda-mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob-jetiva da definição do ponto de vista do autor.

Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan-tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de-sencadeia a conclusão.

Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in-trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese e opinião.

- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é a obra ou ação que realmente se praticou.

- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.

- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a respeito de algo.

O TEXTO ARGUMENTATIVO Baseado em Adilson Citelli A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-

rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do tipo de texto solicitado.

Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário

que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do

conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi-va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.

Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e

desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-mação textual.

Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos

verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.

Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a

linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-são).

Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua

unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa.

A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um

texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual.

As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-

tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da oposição, tudo isto em forma de piada.

Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir

através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...

Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP,

Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.

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TIPOLOGIA TEXTUAL

A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores.

Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.

É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.

Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver.

É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.

Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em prosa.

Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se-iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.

Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte

O Conto

É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos per-feitamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilí-brio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido.

Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena persona-gens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresen-tação das características destes personagens, assim como para as indica-ções de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.

Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os travessões, para indicar a mudança de interlocutor).

A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao futuro).

A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".

Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predo-minam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descri-ções e nos diálogos.

O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu preten-dente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a histó-ria familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala".

A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilida-de: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos anos 40."

O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa que não intervém nem como ator nem como testemunha.

Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pon-tos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fa-zem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.

A Novela

É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.

A Obra Teatral

Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas, tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvol-vendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens, quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos, mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos das personagens.

Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encon-trar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espon-tânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem os turnos de palavras.

As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da repre-sentação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor e os atores orientam sua interpretação.

Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-to apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determi-nadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes qua-dros, que correspondem a mudanças de cenografias.

Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as chamadas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação. Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou bimembres de predicado não verbal.

O Poema

Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição es-pacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos miste-riosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para

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captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pre-tende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo, relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apre-sentar ensinamentos morais (como nas fábulas).

O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sono-ro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte essencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali-dade depende desta distribuição.

Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chama-das licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constitu-em um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paro-xítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma.

A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos, pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequen-te na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coin-cidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até de-zesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento, são considerados dissílabos.

As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas dife-rentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade informativa vinculada ao tema central.

Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos meca-nismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábu-los, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos estilísticos que dão ambiguidade ao poema.

TEXTOS JORNALÍSTICOS

Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu por-tador ( jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no mo-mento em que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade, condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais varia-dos temas.

De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: informação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos.

A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abor-dado.

Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as crônicas, as resenhas de espetáculos.

A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publi-citários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos referiremos a eles em outro momento.

Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informa-ção linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as expli-cações do texto.

É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na pu-blicação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses textos.

O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre a posição adotada pela redação.

A Notícia

Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou pessoas.

As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a infor-mação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo, não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações similares.

É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento. O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que não aparecem na introdução.

A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à margem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo, não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como nosso país ou minha cidade).

Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracida-de: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue com-provar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descar-tado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre ao discurso direto, como, por exemplo:

O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara dos Deputados durante a próxima semana .

O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.

Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita por um patrulheiro.

A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê? quem? como? quando? por quê e para quê?.

O Artigo de Opinião

Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atua-lidade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é considerado, ou merece ser, objeto de debate.

Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesqui-sa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia, enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de

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seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões divergentes e até antagônicas em uma mesma página.

Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica-ção do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no início do texto.

A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta-lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os argumentos usados na validade da tese.

A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus respectivos comentários.

Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen-tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con-cessivas e condicionais.

Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.

Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, cenas e opiniões como positivas ou negativas.

A Reportagem

É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura-chave para o conhecimento deste tópico.

A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu-blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a atenção dos leitores.

A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali-zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador.

A Entrevista

Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi-ante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu-dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas

podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações sobre as declarações do entrevistado.

Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessa-riamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas derivados.

Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de propostas e de réplicas.

TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA

Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ci-ências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.

Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos, as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).

Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido das palavras.

O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é, evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao termo polissêmico nesse contexto.

A Definição

Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir através de um processo de sinonímia.

Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence, "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.

Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno.

Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-te antes de terminar o inverno".

As definições contêm, também, informações complementares relacio-nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.

Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.

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O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási-cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra-fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi-as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-te barras paralelas e /ou números.

Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer continuar em exercício; adiar o término de.

A Nota de Enciclopédia

Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli-tude desta expansão.

A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem-se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu-los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc.

Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra-dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie-dades: terrestres e aquáticos.

Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lin-guagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que responde às exigências de concisão e de precisão.

As características inerentes aos objetos apresentados aparecem atra-vés de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam qualidades próprias daquilo a que se referem.

O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de ligação - ser, estar, parecer, etc.

O Relato de Experimentos

Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que descrevem experimentos.

O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para consta-tar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que circunstâncias obtém-se um melhor crescimento.

A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas cate-gorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo observado.

Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que co-meçam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):

Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a planta crescerá mais rápido.

Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade.

Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos

...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre-senta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma das etapas do processo.

O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa, do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.

A Monografia

Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um determinado tema é recolhida em diferentes fontes.

Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos qualificados ou de especialistas no tema.

As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coe-rente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos, teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que esta valorização fique explícita.

Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que, conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas que regem a apresentação da bibliografia.

O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de construções de discurso direto ou de discurso indireto.

Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-ções, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da econo-mia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida - declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.

Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por ou-tro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais auxiliares, etc.

Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría - nutrem-se do liberalismo’

Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento nutriam -se do liberalismo'

Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi (dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do emissor.

Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o au-tor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classi-ficação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os dados apresentados e o princípio de classificação adotado.

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Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipóte-se, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência estabelecida entre os fatos e a conclusão.

Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos.

Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguís-ticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem entre os dados e para avaliar sua coerência.

A Biografia

É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia.

Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresen-tar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja ação foi qualificada como relevante na história.

Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conec-tividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial (Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realida-de), etc.

A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta-se nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apre-sentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a importância que a eles atribui.

Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não -autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma carac-terística que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente reprovados pela opinião pública.

TEXTOS INSTRUCIONAIS

Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais di-versas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culi-nárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendi-da.

A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencio-nais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identifica-ção para introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e deveres das partes envolvidas.

Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instru-cionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de aborda-gem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as instruções.

As Receitas e as Instruções

Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, fabricar um móvel, consertar um objeto, etc.

Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen-to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.), a outra, desenvolve as instruções.

As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitu-almente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acom-panhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).

As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a farinha com o açúcar).

Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa-re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo: Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui pode intervir outro membro da equipe.

TEXTOS EPISTOLARES

Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por es-crito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeça-lho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos designados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).

Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo das características contidas no texto.

Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organiza-ção espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabe-lece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo formal.

A Carta

As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e ar-gumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa, expressiva e apelativa).

Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen-tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem.

Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor co-nhecido, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transpare-cer marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las;

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perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.

Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enun-ciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati-vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições.

A Solicitação

É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um emprego, uma vaga em uma escola, etc.

Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ce-der ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e consideração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado, Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto Politécnico a fim de solicitar-lhe...)

As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identi-ficam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirige-se a...).

A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condi-ções; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua apelação.

Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido).

A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal ma-neira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de solicitação de bolsas de estudo, etc.

Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS.

SINÔNIMOS, ANTONIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.

Quanto à significação, as palavras podem ser:

1. Sinônimas - quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e morrer, belo e bonito; longe e distante, etc.

2. Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, bondade e maldade, riqueza e pobreza.

3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico mas são diferentes quanto ao significado. Os homônimos podem ser: a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a

mesma pronúncia (homófonos): cura (padre) - cura (do v. curar) verão (estação) - verão (verbo ver) são (sadio) - são (verbo ser)

b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homó-fonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pro-nome) - ele (letra)

4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados diferentes. Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente (relativo a alunos) - docente (relativo a professores)

DENOTAÇAO E CONOTAÇAO A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a

seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original. A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no

seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações.

Observe os exemplos: Denotação As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro. Conotação As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores. O fogo da paixão.

SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido

figurado: Construí um muro de pedra - sentido próprio Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. A água pingava lentamente – sentido próprio.

PONTUAÇÃO

Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as

pausas da linguagem oral. PONTO O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla-

rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples.

Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-

to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). PONTO DE INTERROGAÇÃO É usado para indicar pergunta direta. Onde está seu irmão? Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. A mim ?! Que ideia! PONTO DE EXCLAMAÇÃO É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! Ó jovens! Lutemos! VÍRGULA A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-

sa na fala. Emprega-se a vírgula: • Nas datas e nos endereços:

São Paulo, 17 de setembro de 1989. Largo do Paissandu, 128.

• No vocativo e no aposto: Meninos, prestem atenção! Termópilas, o meu amigo, é escritor.

• Nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.

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• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula: Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-droeira.

• Após alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral.

• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego da vírgula: Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.

• Após a primeira parte de um provérbio. O que os olhos não vêem, o coração não sente.

• Em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.

RETICÊNCIAS

• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Não me disseste que era teu pai que ...

• Para realçar uma palavra ou expressão. Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...

• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...

PONTO E VÍRGULA

• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém alguma simetria entre si. "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-cido, guardando consigo a ponta farpada. "

• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu interior. Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho.

DOIS PONTOS

• Enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: Não vês por onde pisas?

• Para indicar uma citação alheia: Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de passageiros do vôo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-que".

• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-or: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.

• Enumeração após os apostos: Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.

TRAVESSÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar

palavras ou frases – "Quais são os símbolos da pátria? – Que pátria? – Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). – "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra

vez. – a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma

coisa". (M. Palmério). • Usa-se para separar orações do tipo: – Avante!- Gritou o general. – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam uma cadeia de frase: • A estrada de ferro Santos – Jundiaí. • A ponte Rio – Niterói. • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.

ASPAS São usadas para:

• Indicar citações textuais de outra autoria. "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)

• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaísmo, formas populares: Há quem goste de “jazz-band”. Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.

• Para enfatizar palavras ou expressões: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.

• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.

• Em casos de ironia: A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.

PARÊNTESES Empregamos os parênteses:

• Nas indicações bibliográficas. "Sede assim qualquer coisa. serena, isenta, fiel".

(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:

"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)".

(G. Figueiredo) • Quando se intercala num texto uma idéia ou indicação acessória:

"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de fome."

(C. Lispector) • Para isolar orações intercaladas:

"Estou certo que eu (se lhe ponho Minha mão na testa alçada) Sou eu para ela."

(M. Bandeira)

COLCHETES [ ] Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.

ASTERISCO O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para

alguma nota (observação).

BARRA A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas

abreviaturas.

CRASE

Crase é a fusão da preposição A com outro A. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem. EMPREGO DA CRASE

• em locuções adverbiais: à vezes, às pressas, à toa... • em locuções prepositivas: em frente à, à procura de... • em locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que... • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,

as Fui ontem àquele restaurante. Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: Refiro-me àquilo e não a isto.

A CRASE É FACULTATIVA • diante de pronomes possessivos femininos: Entreguei o livro a(à) sua secretária. • diante de substantivos próprios femininos: Dei o livro à(a) Sônia.

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CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo

A: Viajaremos à Colômbia. (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)

• Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-neza, etc.

Viajaremos a Curitiba. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).

• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o modifique.

Ela se referiu à saudosa Lisboa. Vou à Curitiba dos meus sonhos.

• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: Às 8 e 15 o despertador soou.

• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-da” ou "maneira":

Aos domingos, trajava-se à inglesa. Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.

• Antes da palavra casa, se estiver determinada: Referia-se à Casa Gebara.

• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar. Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).

• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. Voltou à terra onde nascera. Chegamos à terra dos nossos ancestrais. Mas: Os marinheiros vieram a terra. O comandante desceu a terra.

• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:

Vou até a (á ) chácara. Cheguei até a(à) muralha

• A QUE - À QUE Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino

ocorrerá crase: Houve um palpite anterior ao que você deu. Houve uma sugestão anterior à que você deu. Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não

ocorrerá crase. Não gostei do filme a que você se referia. Não gostei da peça a que você se referia. O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo

A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do de:

Meu palpite é igual ao de todos Minha opinião é igual à de todos.

NÃO OCORRE CRASE • antes de nomes masculinos:

Andei a pé. Andamos a cavalo.

• antes de verbos: Ela começa a chorar. Cheguei a escrever um poema.

• em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos cara a cara.

• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. Escrevi a Vossa Excelência. Dirigiu-se gentilmente à senhora.

• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: Não falo a pessoas estranhas. Jamais vamos a festas.

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTAN-TIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, AD-VÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTA-BELECEM. VOZES VERBAIS: ATIVA E PASSIVA. CO-

LOCAÇÃO PRONOMINAL

SUBSTANTIVOS

Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-

me aos seres em geral. São, portanto, substantivos.

a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra, Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.

b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-lho, corrida, tristeza beleza altura. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: rio, cidade, pais, menino, aluno

b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.

c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci.

d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-tivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza

FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua

portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:

florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,

tempo, sol. d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-

colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.

COLETIVOS Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo

de seres da mesma espécie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavão - de ovelhas leiteiras alcateia - de lobos álbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literários escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) arquipélago - de ilhas assembleia - de parlamentares, de membros de associações atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geográficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios bando - de aves, de pessoal em geral cabido - de cônegos

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cacho - de uvas, de bananas cáfila - de camelos cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canções caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmeia - de abelhas concílio - de bispos conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa congregação - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistório - de cardeais sob a presidência do papa constelação - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de aviões falange - de soldados, de anjos farândola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma região feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma região frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus girândola - de fogos de artifício horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros junta - de bois, médicos, de examinadores júri - de jurados legião - de anjos, de soldados, de demônios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de cães de caça ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaça panapaná - de borboletas pelotão - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raça, de atletas quadrilha - de ladrões, de bandidos ramalhete - de flores réstia - de alhos, de cebolas récua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pássaros súcia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulário - de palavras

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e

grau.

Gênero Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini-

no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em:

a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona pai/mãe

b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em:

1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-mea

2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista.

3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-juge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.

AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:

São masculinos São femininos o anátema o telefonema o teorema o trema o edema o eclipse o lança-perfume o fibroma o estratagema o proclama

o grama (unidade de peso) o dó (pena, compaixão) o ágape o caudal o champanha o alvará o formicida o guaraná o plasma o clã

a abusão a aluvião a análise a cal a cataplasma a dinamite a comichão a aguardente

a derme a omoplata a usucapião a bacanal a líbido a sentinela a hélice

Mudança de Gênero com mudança de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos:

o cabeça (o chefe, o líder) o capital (dinheiro, bens)

o rádio (aparelho receptor) o moral (ânimo) o lotação (veículo) o lente (o professor)

a cabeça (parte do corpo) a capital (cidade principal)

a rádio (estação transmissora) a moral (parte da Filosofia, conclusão) a lotação (capacidade) a lente (vidro de aumento)

Plural dos Nomes Simples

1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.

2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,

corações; grandalhão, grandalhões. b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,

guardiães. c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,

cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos. Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma

de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.

3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.

4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-fens (ou hífenes). Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.

5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.

6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil, fósseis; réptil, répteis. Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.

7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix.

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8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri-mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi-tos.

Substantivos só usados no plural afazeres arredores cãs confins férias núpcias olheiras viveres

anais belas-artes condolências exéquias fezes óculos pêsames copas, espadas, ouros e paus (naipes)

Plural dos Nomes Compostos 1. Somente o último elemento varia: a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-

boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-

mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo

ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)

2. Somente o primeiro elemento é flexionado: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;

pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-rabo, burros-sem-rabo;

b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-maçã, bananas-maçã.

A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.

3. Ambos os elementos são flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-

flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-compromissos.

b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida, caras-pálidas.

São invariáveis: a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-

sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-

molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-desocupa-o-copo;

c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha.

Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.

Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.

Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-americanos; cívico-militar, cívico-militares.

1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina.

2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-dos-mudos > surdas-mudas.

3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.

Graus do substantivo Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais

podem ser: sintéticos ou analíticos.

Analítico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-

nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.

Sintético Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.

Principais sufixos aumentativos AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,

ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-ça.

Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,

ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, homúncula, apícula, velhusco.

Observações: • Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-

rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.

• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.

• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.

• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-zinho, pequenito.

Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-

gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo:

bode - cabra burro - besta carneiro - ovelha cão - cadela cavalheiro - dama compadre - comadre frade - freira frei – soror

genro - nora padre - madre padrasto - madrasta padrinho - madrinha pai - mãe veado - cerva zangão - abelha etc.

ADJETIVOS

FLEXÃO DOS ADJETIVOS Gênero Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-

ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-lher simples; aluno feliz - aluna feliz.

b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa

Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-melhante a dos substantivos.

Número a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os

substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fácil regras fáceis homem feliz homens felizes

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Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in-variáveis:

blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa

b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele-

mento varia, tanto em gênero quanto em número: acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos

causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras

sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros Observações: 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:

camisa verde-abacate camisas verde-abacate sapato marrom-café sapatos marrom-café blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro

2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste

3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos variam:

menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas

Graus do Adjetivo As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-

pressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo

Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma

outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:

- Comparativo de igualdade: O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.

- Comparativo de superioridade:

O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.

- Comparativo de inferioridade:

A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.

Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-

dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto

Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade é poluidíssima. Esta cidade é muito poluída.

- Superlativo relativo

Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio é o mais poluído de todos. Este rio é o menos poluído de todos.

Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -

muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-

quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.

Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:

NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO

bom melhor ótimo melhor

mau pior péssimo pior

grande maior máximo maior

pequeno menor mínimo menor

Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: acre - acérrimo agradável - agradabilíssimo amargo - amaríssimo amigo - amicíssimo áspero - aspérrimo audaz - audacíssimo benévolo - benevolentíssimo célebre - celebérrimo cruel - crudelíssimo eficaz - eficacíssimo fiel - fidelíssimo frio - frigidíssimo incrível - incredibilíssimo íntegro - integérrimo livre - libérrimo magro - macérrimo manso - mansuetíssimo negro - nigérrimo (negríssimo) pessoal - personalíssimo possível - possibilíssimo próspero - prospérrimo público - publicíssimo sábio - sapientíssimo salubre - salubérrimo simples – simplicíssimo terrível - terribilíssimo velho - vetérrimo voraz - voracíssimo

ágil - agílimo agudo - acutíssimo amável - amabilíssimo antigo - antiquíssimo atroz - atrocíssimo benéfico - beneficentíssimo capaz - capacíssimo cristão - cristianíssimo doce - dulcíssimo feroz - ferocíssimo frágil - fragilíssimo humilde - humílimo (humildíssimo) inimigo - inimicíssimo jovem - juveníssimo magnífico - magnificentíssimo maléfico - maleficentíssimo miúdo - minutíssimo nobre - nobilíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo) preguiçoso - pigérrimo provável - probabilíssimo pudico - pudicíssimo sagrado - sacratíssimo sensível - sensibilíssimo tenro - tenerissimo tétrico - tetérrimo visível - visibilíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo

Adjetivos Gentílicos e Pátrios Argélia – argelino Bizâncio - bizantino Bóston - bostoniano Bragança - bragantino Bucareste - bucarestino, -bucarestense Cairo - cairota Canaã - cananeu Catalunha - catalão Chicago - chicaguense Coimbra - coimbrão, conim-bricense Córsega - corso Croácia - croata Egito - egípcio Equador - equatoriano Filipinas - filipino Florianópolis - florianopolitano Fortaleza - fortalezense Gabão - gabonês Genebra - genebrino Goiânia - goianense Groenlândia - groenlandês Guiné - guinéu, guineense Himalaia - himalaico Hungria - húngaro, magiar Iraque - iraquiano João Pessoa - pessoense

Bagdá - bagdali Bogotá - bogotano Braga - bracarense Brasília - brasiliense Buenos Aires - portenho, buenairense Campos - campista Caracas - caraquenho Ceilão - cingalês Chipre - cipriota Córdova - cordovês Creta - cretense Cuiabá - cuiabano EI Salvador - salvadorenho Espírito Santo - espírito-santense, capixaba Évora - eborense Finlândia - finlandês Formosa - formosano Foz do lguaçu - iguaçuense Galiza - galego Gibraltar - gibraltarino Granada - granadino Guatemala - guatemalteco Haiti - haitiano Honduras - hondurenho Ilhéus - ilheense Jerusalém - hierosolimita Juiz de Fora - juiz-forense

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La Paz - pacense, pacenho Macapá - macapaense Maceió - maceioense Madri - madrileno Marajó - marajoara Moçambique - moçambicano Montevidéu - montevideano Normândia - normando Pequim - pequinês Porto - portuense Quito - quitenho Santiago - santiaguense São Paulo (Est.) - paulista São Paulo (cid.) - paulistano Terra do Fogo - fueguino Três Corações - tricordiano Tripoli - tripolitano Veneza - veneziano

Lima - limenho Macau - macaense Madagáscar - malgaxe Manaus - manauense Minho - minhoto Mônaco - monegasco Natal - natalense Nova lguaçu - iguaçuano Pisa - pisano Póvoa do Varzim - poveiro Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Rio de Janeiro (cid.) - carioca Rio Grande do Norte - potiguar Salvador – salvadorenho, soteropolitano Toledo - toledano Rio Grande do Sul - gaúcho Varsóvia - varsoviano Vitória - vitoriense

Locuções Adjetivas As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-

tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substituídas por um adjetivo correspondente.

PRONOMES

Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.

• Ele chegou. (ele) • Convidei-o. (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex-

tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. • Esta casa é antiga. (esta) • Meu livro é antigo. (meu)

Classificação dos Pronomes Há, em Português, seis espécies de pronomes: • pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas

de tratamento: • possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; • demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; • relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; • indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá-

rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-trem, nada, cada, algo.

• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in-terrogativas.

PRONOMES PESSOAIS Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-

curso: 1ª pessoa: quem fala, o emissor.

Eu sai (eu) Nós saímos (nós) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (nós)

2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.

Tu saíste (tu) Vós saístes (vós) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vós)

3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.

Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os)

Os pronomes pessoais são os seguintes: NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO singular 1ª

2ª 3ª

eu tu

ele, ela

me, mim, comigo te, ti, contigo

se, si, consigo, o, a, lhe

plural 1ª 2ª 3ª

nós vós

eles, elas

nós, conosco vós, convosco

se, si, consigo, os, as, lhes

PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-

tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.

Veja, a seguir, alguns desses pronomes: PRONOME ABREV. EMPREGO Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Vossa Eminência V .Ema cardeais

Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa Magnificência V. Mag a reitores de universidades Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. papas

Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados Vossa Majestade V.M. reis, imperadores

São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-

cês.

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,

ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Convidaram ELE para a festa (errado) Receberam NÓS com atenção (errado) EU cheguei atrasado (certo) ELE compareceu à festa (certo)

2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os

pronomes retos: Convidei ELE (errado) Chamaram NÓS (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-NOS. (certo)

3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-

ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-reto seu emprego como complemento: Informaram a ELE os reais motivos. Emprestaram a NÓS os livros. Eles gostam muito de NÓS.

4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se

errado seu emprego como complemento: Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de

preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas MIM e TI:

Ninguém irá sem EU. (errado) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Ninguém irá sem MIM. (certo) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)

Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e

TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.

Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)

Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-

gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de sujeito.

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5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Querida, gosto muito de SI. (errado) Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Querida, gosto muito de você. (certo) Preciso muito falar com você. (certo)

Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os

pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faça por si mesmo a redação O professor trouxe as provas consigo

6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados

normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.

7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com-binações possíveis são as seguintes: me+o=mo te+o=to lhe+o=lho nos + o = no-lo vos + o = vo-lo lhes + o = lho

me + os = mos te + os = tos lhe + os = lhos nos + os = no-los vos + os = vo-los lhes + os = lhos

A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos

a, as. me+a=ma me + as = mas te+a=ta te + as = tas

- Você pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-LHO. Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que

representa o livreiro) com O (que representa o livro). 8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como

complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D ) O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)

aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos:

Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar

como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-finitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar à janela. É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-

vendo as orações reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.

10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:

A mim, ninguém me engana. A ti tocou-te a máquina mercante. Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-

mo vicioso e sim ênfase.

11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo, exercendo função sintática de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.

12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar

uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-déstia: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vós sois minha salvação, meu Deus!

13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando

nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: Vossa Excelência já aprovou os projetos? Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.

14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Você trouxe seus documentos? Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas. COLOCAÇÃO DE PRONOMES Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,

NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: 1. Antes do verbo - próclise

Eu te observo há dias. 2. Depois do verbo - ênclise

Observo-te há dias. 3. No interior do verbo - mesóclise Observar-te-ei sempre.

Ênclise Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a

ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto.

O pai esperava-o na estação agitada. Expliquei-lhe o motivo das férias.

Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a

ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos: 1. Quando o verbo iniciar a oração: Voltei-me em seguida para o céu límpido. 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal: A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um

destino na mesa. 5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética. A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio

franco.

Próclise Na linguagem culta, a próclise é recomendada:

1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunções. As crianças que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avião. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, não os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.

2. Nas orações optativas (que exprimem desejo): Papai do céu o abençoe. A terra lhes seja leve.

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3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Em se animando, começa a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.

4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.

Mesóclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente

e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise.

Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome Átono nas Locuções Verbais

1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. Não lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino não se foi descontraindo.

2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des-cartes ." Tenho-me levantado cedo. Não me tenho levantado cedo.

O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o

auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua-gem escrita.

PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-

indo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o

livro pertence a 1ª pessoa (eu) Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. 2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. 2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.

Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa

(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de você).

Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui-

dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-

nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.

Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as suas mãos).

Não me respeitava a adolescência. A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Cálculo aproximado, estimativa: Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história O nosso homem não se deu por vencido. Chama-se Falcão o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu cá tenho minhas dúvidas Cornélio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-

tes de família. É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-

de. Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando

não sabia o que dizer.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da

coisa designada em relação à pessoa gramatical. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto

de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o livro está longe de ambas as pessoas.

Os pronomes demonstrativos são estes: ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa AQUELE (e variações), próprio (e variações) MESMO (e variações), próprio (e variações) SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)

Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que

fala). Este documento que tenho nas mãos não é meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: Este coração não pode me trair. Esta alma não traz pecados. Tudo se fez por este país.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do

momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no

qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana não choveu. Neste mês a inflação foi maior. Este ano será bom para nós. Este século terminará breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto já foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo já é velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.

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2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com

quem se fala): Esse documento que tens na mão é teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu coração me traiu. Essa alma traz inúmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-

jamos distância: O povo já não confia nesses políticos. Não quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que você quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que

falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan-

te. 3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á

3ª. Aquele documento que lá está é teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele

século, para exprimir que o tempo já decorreu. 4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,

usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou variações) para a primeira:

Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranquila.

5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:

Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose? Com um frio destes não se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter

reforçativo: Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,

ISSO ou AQUELE (e variações). Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os

homens superiores. 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,

ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situação do país. Não disse tal. Tal não pôde comparecer.

Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL:

Suas manias eram tais quais as minhas. A mãe era tal quais as filhas. Os filhos são tais qual o pai.

Tal pai, tal filho. É pronome substantivo em frases como: Não encontrarei tal (= tal coisa). Não creio em tal (= tal coisa)

PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo

casa é um pronome relativo. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-

feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.

No exemplo dado, o antecedente é casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos:

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Masculino Feminino o qual

os quais a qual

as quais quem

cujo cujos cuja cujas que quanto quantos

quanta quantas onde

Observações:

1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. O médico de quem falo é meu conterrâneo.

2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem

sempre um substantivo sem artigo. Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?

3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos

de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.

4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a

EM QUE.

A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.

PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de

modo vago, impreciso, indeterminado. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,

SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. Não faças a outrem o que não queres que te façam. Quem avisa amigo é. Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia.

2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA

CERTAS. Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.

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PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de

modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Exemplos: Que há? Que dia é hoje? Reagir contra quê? Por que motivo não veio? Quem foi? Qual será? Quantos vêm? Quantas irmãs tens?

VERBO

CONCEITO “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando-

as no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re-

ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram.”

(Clarice Lispector) Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:

a) Estado: Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudança de estado: Meu avô foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenômeno:

Chove. O céu dorme.

VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo.

FLEXÕES O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-

xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:

• a ação de cantar. • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). • o número gramatical (plural). • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no

passado (indicativo). • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).

Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.

1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-

cemos. 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela

adormece. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles

adormecem. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante

em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.

Talvez a cachorra Baleia corra na frente. c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um

pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,

em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são: a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabeça. b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele

em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabeça. c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o

presente. Veja o esquema dos tempos simples em português:

Presente (falo) INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretérito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)

Futuro (falar)

Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples.

Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)

Particípio (falado) 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavrão. (sujeito agente) O verbo está na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavrão foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo está na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo está na voz reflexiva. 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de

rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Falo - Estudam. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está

fora do radical. Falamos - Estudarei. 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua

conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - cantei - cantarei – cantava - cantasse.

b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.

c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.

d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-tado - morto - enxugado - enxuto.

e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-gação.

verbo ser: sou - fui verbo ir: vou - ia

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QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou

explícito. Quase todos os verbos são pessoais. O Nino apareceu na porta. 2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci-

to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,

etc. Garoava na madrugada roxa. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetáculo ontem. Há alunos na sala. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos

claros. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta região?

O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na

3ª pessoa do singular - quando significa: 1) EXISTIR

Há pessoas que nos querem bem. Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá. Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.

2) ACONTECER, SUCEDER

Houve casos difíceis na minha profissão de médico. Não haja desavenças entre vós. Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.

3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:

Há meses que não o vejo. Haverá nove dias que ele nos visitou. Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava. O fato aconteceu há cerca de oito meses. Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no pretérito imperfeito, e não no presente: Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada. Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo. Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.

4) REALIZAR-SE

Houve festas e jogos. Se não chovesse, teria havido outros espetáculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.

5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e

seguido de infinitivo): Em pontos de ciência não há transigir. Não há contê-lo, então, no ímpeto. Não havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. E não houve convencê-lo do contrário. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.

Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de

há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): De há muito que esta árvore não dá frutos. De há muito não o vejo. O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com

ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:

Vai haver eleições em outubro. Começou a haver reclamações. Não pode haver umas sem as outras. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.

A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser construída de três modos:

Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor.

CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o

sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa) A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva) Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa

passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-vando o mesmo tempo.

Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos. Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Condenar-te-iam. Serias condenado. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

a) Presente Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: - um fato que ocorre no momento em que se fala. Eles estudam silenciosamente. Eles estão estudando silenciosamente. - uma ação habitual. Corra todas as manhãs. - uma verdade universal (ou tida como tal): O homem é mortal. A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa. - fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar

maior realce à narrativa. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". É o chamado presente histórico ou narrativo. - fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos: Amanhã vou à escola. Qualquer dia eu te telefono. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: - um fato passado contínuo, habitual, permanente: Ele andava à toa. Nós vendíamos sempre fiado. - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre

por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis. Era uma vez... - um fato presente em relação a outro fato passado. Eu lia quando ele chegou. c) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já

ocorrido, concluído. Estudei a noite inteira. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o

momento presente. Tenho estudado todas as noites. d) Pretérito mais-que-perfeito Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em

relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. e) Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato

futuro em relação ao momento em que se fala. Irei à escola.

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f) Futuro do Pretérito Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: - um fato futuro, em relação a outro fato passado. - Eu jogaria se não tivesse chovido. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto. - Seria realmente agradável ter de sair? Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às

vezes, ironia. - Daria para fazer silêncio?!

Modo Subjuntivo a) Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: - um fato presente, mas duvidoso, incerto. Talvez eles estudem... não sei. - um desejo, uma vontade: Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores. b) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma

hipótese, uma condição. Se eu estudasse, a história seria outra. Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. e) Pretérito Perfeito Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar

um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as características do modo subjuntivo).

Que tenha estudado bastante é o que espero. d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito

do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo:

Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-lamente.

e) Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu-

ído em relação a outro fato futuro. Quando eu voltar, saberei o que fazer.

VERBOS IRREGULARES DAR Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram

Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem

MOBILIAR Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem

Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem AGUAR Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam

Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem MAGOAR

Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-

ram Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem

Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar APIEDAR-SE Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-

vos, apiadam-se Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-

vos, apiedem-se Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A

MOSCAR Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-

quem Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U

RESFOLEGAR Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,

resfolgam Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,

resfolguem Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece

NOMEAR Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,

nomeavam Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-

ram Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem

Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear COPIAR

Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá-reis, copiaram

Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem ODIAR

Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis,

odiaram Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar

CABER Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos,

coubéreis, couberam Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,

coubessem

Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo

CRER Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam

Conjugam-se como crer, ler e descrer DIZER Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem

Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão

Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,

dissesse

Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem Particípio dito Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer

FAZER Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram

Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam

Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer

PERDER Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam

Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam

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PODER Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam

Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, pude-ram Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,

pudessem Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem Gerúndio podendo

Particípio podido O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo

PROVER Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram

Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove-

riam Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,

provessem Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Gerúndio provendo Particípio provido

QUERER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram

Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-reis, quiseram Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,

quisessem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem REQUERER

Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,

requereram Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,

requerereis, requereram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,

requererão Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-

ríeis, requereriam Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,

requeiram

Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem,

Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requerem

Gerúndio requerendo Particípio requerido O verbo REQUERER não se conjuga como querer. REAVER

Presente do indicativo reavemos, reaveis Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-ram Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvé-

reis, reouveram Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvésse-

mos, reouvésseis, reouvessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,

reouverem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-ta a letra v

SABER Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,

soubéreis, souberam

Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,

soubessem Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem

VALER Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham

Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham TRAZER

Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,

trouxéreis, trouxeram Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam

Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,

trouxessem Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-

rem Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Gerúndio trazendo Particípio trazido

VER Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram

Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem

Particípio visto

ABOLIR

Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,

aboliram Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo não há

Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, abolissem

Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Imperativo afirmativo abole, aboli

Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Infinitivo impessoal abolir Gerúndio abolindo

Particípio abolido O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.

AGREDIR Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam

Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.

COBRIR Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem

Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Particípio coberto Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir

FALIR Presente do indicativo falimos, falis

Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão

Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem

Imperativo afirmativo fali (vós)

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Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Gerúndio falindo Particípio falido

FERIR Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem

Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.

MENTIR Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam

Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.

FUGIR

Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam IR

Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram

Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão

Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem

Gerúndio indo Particípio ido

OUVIR Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem

Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam Particípio ouvido

PEDIR

Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam

Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir

POLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam

Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam

REMIR Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam

RIR Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram

Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam

Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem

Gerúndio rindo Particípio rido Conjuga-se como rir: sorrir

VIR

Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram

Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam

Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem

Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio vindo Particípio vindo Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir

SUMIR Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam

Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir

ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-vérbio, exprimindo uma circunstância.

Os advérbios dividem-se em: 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,

nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-te, através, defronte, aonde, etc.

2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.

3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.

4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc.

5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc. 6) NEGAÇÃO: não. 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,

provavelmente, etc.

Há Muitas Locuções Adverbiais 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-

da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,

às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.

3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.

4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.

5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc. 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,

etc. 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.

Advérbios Interrogativos Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? Palavras Denotativas Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-

rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.

1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.

2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.

3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.

4) DE DESIGNAÇÃO - eis.

5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.

6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc. Você lá sabe o que está dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja só que maravilha!

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NUMERAL

Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.

O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicação. - fracionário - quando indica fracionamento. Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antônio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. O galinheiro ocupava um quarto da quintal.

QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Algarismos Numerais

Roma-nos

Arábi-cos

Cardinais Ordinais Multiplica-tivos

Fracionários

I 1 um primeiro simples -

II 2 dois segundo duplo dobro

meio

III 3 três terceiro tríplice terço

IV 4 quatro quarto quádruplo quarto

V 5 cinco quinto quíntuplo quinto

VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto

VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo

VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo

IX 9 nove nono nônuplo nono

X 10 dez décimo décuplo décimo

XI 11 onze décimo primeiro

onze avos

XII 12 doze décimo segundo

doze avos

XIII 13 treze décimo terceiro

treze avos

XIV 14 quatorze décimo quarto

quatorze avos

XV 15 quinze décimo quinto

quinze avos

XVI 16 dezesseis décimo sexto

dezesseis avos

XVII 17 dezessete décimo sétimo

dezessete avos

XVIII 18 dezoito décimo oitavo

dezoito avos

XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos

XX 20 vinte vigésimo vinte avos

XXX 30 trinta trigésimo trinta avos

XL 40 quarenta quadragé-simo

quarenta avos

L 50 cinquenta quinquagé-simo

cinquenta avos

LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos

LXX 70 setenta septuagési-mo

setenta avos

LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos

XC 90 noventa nonagésimo noventa avos

C 100 cem centésimo centésimo

CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo

CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo

CD 400 quatrocen-tos

quadringen-tésimo

quadringen-tésimo

D 500 quinhen-tos

quingenté-simo

quingenté-simo

DC 600 seiscentos sexcentési-mo

sexcentési-mo

DCC 700 setecen-tos

septingenté-simo

septingenté-simo

DCCC 800 oitocentos octingenté-simo

octingenté-simo

CM 900 novecen-tos

nongentési-mo

nongentési-mo

M 1000 mil milésimo milésimo

Emprego do Numeral Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.

empregam-se de 1 a 10 os ordinais. João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (décimo) ano I (primeiro) Pio lX (nono) século lV (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais: Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal. XX Salão do Automóvel (vigésimo) VI Festival da Canção (sexto) lV Bienal do Livro (quarta) XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao

emprego do ordinal. Hoje é primeiro de setembro Não é aconselhável iniciar período com algarismos 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-

nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.

ARTIGO

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-

los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. Dividem-se em • definidos: O, A, OS, AS • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,

geral. Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-

terminado). lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.

CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Coniunções Coordenativas

1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no

entanto, etc. 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc. 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequência. 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc.

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Conjunções Subordinativas 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,

etc. 6) INTEGRANTES: que, se, etc. 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de

forma que, de modo que, etc. 9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,

etc. 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.

VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES

Examinemos estes exemplos: 1º) Tristeza e alegria não moram juntas. 2º) Os livros ensinam e divertem. 3º) Saímos de casa quando amanhecia. No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é

uma conjunção. No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando

orações: são também conjunções.

Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da mesma oração.

No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a conjunção E é coordenativa.

No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção QUANDO é subordinativa.

As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS As conjunções coordenativas podem ser: 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas

também, mas ainda, senão também, como também, bem como. O agricultor colheu o trigo e o vendeu. Não aprovo nem permitirei essas coisas. Os livros não só instruem mas também divertem. As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam

as flores. 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-

pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-sar disso, em todo caso.

Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Hoje não atendo, em todo caso, entre. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,

ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. Ou você estuda ou arruma um emprego. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. "Já chora, já se ri, já se enfurece."

(Luís de Camões) 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con-

seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.

As árvores balançam, logo está ventando. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por-

que, porquanto, pois (anteposto ao verbo). Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem

causar incêndios. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa-

tivo: Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."

(Jorge Amado) Conjunções subordinativas As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à

outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). Abrangem as seguintes classes: 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já

que, uma vez que, desde que. O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:

efeito). Como estivesse de luto, não nos recebeu. Desde que é impossível, não insistirei. 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão

ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que (= como).

Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."

(Paulo Mendes Campos) "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."

(Antônio Olavo Pereira) "E pia tal a qual a caça procurada."

(Amadeu de Queirós) "Por que ficou me olhando assim feito boba?"

(Carlos Drummond de Andrade) Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. Os governantes realizam menos do que prometem. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda

quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (= embora não).

Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. Beba, nem que seja um pouco. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas

afirmações. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que

(= se não), a não ser que, a menos que, dado que. Ficaremos sentidos, se você não vier. Comprarei o quadro, desde que não seja caro. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos

que os mosquitos se opusessem." (Ferreira de Castro)

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5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não são como (ou conforme) dizem.

"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." (Machado de Assis)

6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não).

Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.

7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). Afastou-se depressa para que não o víssemos. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. Fiz-lhe sinal que se calasse. 8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto

mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.

À medida que se vive, mais se aprende. À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve. Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo. Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.

Observação: São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida

que e na medida em que. A forma correta é à medida que: "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."

(Maria José de Queirós) 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre

que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, etc.

Venha quando você quiser. Não fale enquanto come. Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Cavalcânti) 10) Integrantes: que, se. Sabemos que a vida é breve. Veja se falta alguma coisa.

Observação: Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o

chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, porém, não consigna esta espécie de conjunção.

Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,

por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-

tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-to. Assim, a conjunção que pode ser:

1) Aditiva (= e): Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. A nós que não a eles, compete fazê-lo. 2) Explicativa (= pois, porque): Apressemo-nos, que chove. 3) Integrante: Diga-lhe que não irei. 4) Consecutiva: Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Não vão a uma festa que não voltem cansados. Onde estavas, que não te vi? 5) Comparativa (= do que, como): A luz é mais veloz que o som. Ficou vermelho que nem brasa. 6) Concessiva (= embora, ainda que): Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. Beba, um pouco que seja.

7) Temporal (= depois que, logo que): Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8) Final (= pare que): Vendo-me à janela, fez sinal que descesse. 9) Causal (= porque, visto que): "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo

Coaraci) A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase: 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-

disse. (sem que = embora não) 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.

(sem que = se não,caso não) 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.

(sem que = que não) 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não) Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.

PREPOSIÇÃO

Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter-mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o segundo, um subordinado ou consequente.

Exemplos: Chegaram a Porto Alegre. Discorda de você. Fui até a esquina. Casa de Paulo. Preposições Essenciais e Acidentais As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,

DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e ATRÁS.

Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante, visto, etc.

INTERJEIÇÃO

Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem ser:

- alegria: ahl oh! oba! eh! - animação: coragem! avante! eia! - admiração: puxa! ih! oh! nossa! - aplauso: bravo! viva! bis! - desejo: tomara! oxalá! - dor: aí! ui! - silêncio: psiu! silêncio! - suspensão: alto! basta!

LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo valor de uma interjeição.

Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante

se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.

Principais Casos de Concordância Nominal 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em

gênero e número com o substantivo. As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão

normalmente para o plural. Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.

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3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai para o masculino plural.

Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais

próximo: Trouxe livros e revista especializada. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-

mo. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o

sujeito. Meus amigos estão atrapalhados. 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-

tivo no gênero da pessoa a quem se refere. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo

vão para o singular ou para o plural. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros). 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier

precedido de artigo e o segundo não vão para o plural. Já estudei o primeiro e segundo livros. 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro. 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a

que se referem. Ela mesma veio até aqui. Eles chegaram sós. Eles próprios escreveram. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. Muito obrigado. (masculino singular) Muito obrigada. (feminino singular). 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica

invariável quando é advérbio. Quero meio quilo de café. Minha mãe está meio exausta. É meio-dia e meia. (hora) 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-

tivo a que se referem. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. A expressão em anexo é invariável. Trouxe em anexo estas fotos. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-

em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. Vocês falaram alto demais. O combustível custava barato. Você leu confuso. Ela jura falso. 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos,

sofrem variação normalmente. Esses pneus custam caro. Conversei bastante com eles. Conversei com bastantes pessoas. Estas crianças moram longe. Conheci longes terras.

CONCORDÂNCIA VERBAL CASOS GERAIS

1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. O menino chegou. Os meninos chegaram. 2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. O pessoal ainda não chegou. A turma não gostou disso. Um bando de pássaros pousou na árvore. 3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao

plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. Os Estados Unidos são um grande país. Os Lusíadas imortalizaram Camões. Os Alpes vivem cobertos de neve. Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Flores já não leva acento. O Amazonas deságua no Atlântico. Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica.

4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-temente.

A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). 5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o

sujeito paciente. Vende-se um apartamento. Vendem-se alguns apartamentos. 6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o

verbo para a 3ª pessoa do singular. Precisa-se de funcionários. 7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no

singular e o verbo no singular ou no plural. Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) 8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. 9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. Mais de um jurado fez justiça à minha música. 10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando

empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo no singular.

As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. 11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o

sujeito. Deu uma hora. Deram três horas. Bateram cinco horas. Naquele relógio já soaram duas horas. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da

frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito. Ela é que faz as bolas. Eu é que escrevo os programas. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é

um pronome relativo. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Fui eu que fiz a lição Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-

veis. • que: Fui eu que fiz a lição. • quem: Fui eu quem fez a lição. • o que: Fui eu o que fez a lição. 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na

terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a este sua impessoalidade.

Chove a cântaros. Ventou muito ontem. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.

CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER

1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-RECER concordam com o predicativo.

Tudo são esperanças. Aquilo parecem ilusões. Aquilo é ilusão. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-

corda sempre com o nome ou pronome que vier depois. Que são florestas equatoriais? Quem eram aqueles homens? 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com

a expressão numérica. São oito horas. Hoje são 19 de setembro. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER

fica no singular. Três batalhões é muito pouco. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.

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5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular. Maria era as flores da casa. O homem é cinzas.

6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER concorda com o predicativo.

Dançar e cantar é a sua atividade. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.

7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER concorda com o pronome.

A ciência, mestres, sois vós. Em minha turma, o líder sou eu.

8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, apenas um deles deve ser flexionado.

Os meninos parecem gostar dos brinquedos. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-calmente do outro.

A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos).

Exemplos: - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR PARA = passagem A regência verbal trata dos complementos do verbo.

ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) • pretender (transitivo indireto) No sítio, aspiro o ar puro da montanha. Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.

2. OBEDECER - transitivo indireto Devemos obedecer aos sinais de trânsito.

3. PAGAR - transitivo direto e indireto Já paguei um jantar a você.

4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.

5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto Prefiro Comunicação à Matemática.

6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. Informei-lhe o problema.

7. ASSISTIR - morar, residir: Assisto em Porto Alegre. • amparar, socorrer, objeto direto O médico assistiu o doente. • PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto Assistimos a um belo espetáculo. • SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto Assiste-lhe o direito.

8. ATENDER - dar atenção Atendi ao pedido do aluno. • CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Atenderam o freguês com simpatia.

9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto A moça queria um vestido novo. • GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto O professor queria muito a seus alunos. 10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto Todos visamos a um futuro melhor.

• APONTAR, MIRAR - objeto direto O artilheiro visou a meta quando fez o gol. • pör o sinal de visto - objeto direto O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto Devemos obedecer aos superiores. Desobedeceram às leis do trânsito. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE • exigem na sua regência a preposição EM O armazém está situado na Farrapos. Ele estabeleceu-se na Avenida São João. 13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Essas tuas justificativas não procedem. • no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se

com a preposição DE. Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani • no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. O secretário procedeu à leitura da carta. 14. ESQUECER E LEMBRAR • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto: Esqueci o nome desta aluna. Lembrei o recado, assim que o vi. • quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: Esqueceram-se da reunião de hoje. Lembrei-me da sua fisionomia. 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. • perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. • pagar - Pago o 13° aos professores. • dar - Daremos esmolas ao pobre. • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. • agradecer - Agradeço as graças a Deus. • pedir - Pedi um favor ao colega. 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: O amor implica renúncia. • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição

COM: O professor implicava com os alunos • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-

ção EM: Implicou-se na briga e saiu ferido 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: Ele foi a São Paulo para resolver negócios. quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso. 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa

como sujeito: O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª

pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-ficuldade, será objeto indireto.

Custou-me confiar nele novamente. Custar-te-á aceitá-la como nora.

ORTOGRAFIA OFICIAL.

As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua.

Eis algumas observações úteis:

DISTINÇÃO ENTRE J E G

1. Escrevem-se com J:

a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste, canjerê, pajé, etc.

b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrijecer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.

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As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.

O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.

Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.

2. Escrevem-se com G:

- O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem, ferrugem, etc.

- Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO: estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.

c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

DISTINÇÃO ENTRE S E Z

1. Escrevem-se com S:

a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.

b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: português – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa, burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.

c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.

d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exegese análise, trombose, etc.

As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, causa.

O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.

g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; pretender: pretensão; repreender: repreensão, etc.

2. Escrevem-se em Z.

a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização, organizado; realizar: realização, realizado, etc.

Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.

c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro, chapeuzinho, etc.

DISTINÇÃO ENTRE X E CH:

1. Escrevem-se com X

a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote, feixe, etc.

- Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.

- EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de árvore que produz o látex).

- Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).

2. Escrevem-se com CH: a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-

buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-la, piche, pichar, tchau.

b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch. Exemplos: • brocha (pequeno prego) • broxa (pincel para caiação de paredes)

• chá (planta para preparo de bebida) • xá (título do antigo soberano do Irã) • chalé (casa campestre de estilo suíço) • xale (cobertura para os ombros) • chácara (propriedade rural) • xácara (narrativa popular em versos) • cheque (ordem de pagamento) • xeque (jogada do xadrez) • cocho (vasilha para alimentar animais) • coxo (capenga, imperfeito)

DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C Observe o quadro das correlações:

Correlações t - c ter-tenção rg - rs rt - rs pel - puls corr - curs sent - sens ced - cess gred - gress prim - press tir - ssão

Exemplos ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter - detenção; reter - retenção aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - sub-mersão; inverter - inversão; divertir - diversão impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão sentir - senso, sensível, consenso ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter-cessão. exceder - excessivo (exceto exceção) agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - progresso - progressivo imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repres-são. admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permis-são. (re)percutir - (re)percussão

ACENTUAÇÃO GRÁFICA.

PROSÓDIA PROSÓDIA é a parte da fonética que tem por objetivo a exata acentu-

ação tônica das palavras. Há um sem-número de vocábulos que pessoas menos familiarizadas

com a norma linguística proferem mal, deslocando-lhes o acento prosódico, cometendo, como se diz, “silabadas.”

1. OXÍTONOS • a(s): sabiá, está, Pará • e(s): freguês, café, você • o(s): avô, jiló, retrós • em: porém, alguém, além • ens: conténs, vinténs, parabéns Observações: 1. Acentuam-se as formas verbais seguidas dos pronomes átonos -

lo(s), la(s), -no(s), -na(s): amá-lo, repô-la, retém-no. 2. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em –ai(s), -e(s),

-o(s): chá, três, vós. 3. Não recebem acento os monossílabos átonos: bem, nos, sem, etc. 2. PAROXÍTONOS Acentuam-se os vocábulos paroxítonos terminados em: • l: fácil, túnel • n: elétron, pólen • ns: rádons • r: dólar, âmbar • x: látex, ônix • ps: bíceps, fórceps • ã(s): órfã(s), imã(s) • ão(s): orfão(s), bênção(s) • i(s): táxi(s), tênis • u(s): vírus, bônus • um: álbum, médium

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• uns: álbuns, médiuns • ôo: vôo, perdôo • ditongos orais (seguidos ou não de s): Páscoa, túneis, glória

Observações: 1. Não se acentuam os prefixos terminados em -i e em -r: semi-

selvagem, arqui-milionário, super-homem, inter-helênico. 2. As paroxítonas terminadas em ditongo nasal, representado

graficamente por em, ens, não recebem acento: falem, hifens, itens, etc.

3. PROPAROXÍTONAS Acentuam-se todos os vocábulos proparoxítonos: lágrima, fôlego, árti-

co, etc Costumam ser incluídos nesta regra os vocábulos terminados em di-

tongos crescentes (proparoxítonas eventuais): régua, fátuo, ânsia, etc. 4. HIATOS Acentuam-se o I e U tônicos, quando são a segunda vogal de um hiato:

juízes, faísca, daí. Não recebem quando formam sílaba com L, M, N, R. Z ou quando esti-

verem seguidos do dígrafo nh: paul, ainda, ruir, juiz, rainha, fuinha. 5. DITONGOS Acentuam-se os ditongos abertos éi, éu, ói: ideia, réu, rói. Não se acentuam os ditongos tônicos lU e Ul, quando precedidos de

vogal: saiu, pauis. 6. TREMA Usa-se o trema sobre o U dos grupos GUE, GUI, QUE e QUI, quando

for pronunciado e átono: averiguemos, arguir, frequência, tranquilo. 7. VERBOS Usa-se o acento circunflexo sobre o E da sílaba tônica das formas ver-

bais de terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e de seus derivados. O plural das formas verbais crê, dê, lê e vê e derivados conserva o acento circunflexo que aparece no singular. tem - têm vem - vêm contém - contêm provem - provêm

crê - crêem dê - dêem lê - lêem vê - vêem

Ele pode ir. (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) Ele pôde ir. (pretérito) 8. ACENTO DIFERENCIAL São eles: • pôr - verbo, diferente de por - preposição. • quê – subst. ou em fim de frase, diferente de que - pronome conj.,

etc. • Porquê - subst. ou em fim de frase, diferente de porque – adv. ou

conj. • pôla(s) - subst. (estaca, ramo inútil que rebenta da raiz), diferente

de pola(s) - prep por + art ou pron. a(s) • coa(s) - verbo coar; diferente de coa(s) – prep. com + art a(s) • pára - verbo parar, diferente de para - preposição • péla(s) - verbo pelar ou subst. (jogo), diferente de pela(s) - prep. • pêra – subst. (fruta), pera - subst (de pera-fita), diferente de pera -

prep. • pólo(s) - subst. (gavião novo); pólo(s) - subst. (extremidade. jogo) • diferentes de polo(s) - prep. por + art. ou pron. o(s) • pêlo(s) - subst (cabelo), pélo - verbo, diferente de pelo(s) - prep.

POR QUE / PORQUE / POR QUÊ / PORQUÊ

1- POR QUE ela não veio? (interrogativa direta): Quero saber POR QUE ela não veio (interrogativa indireta) Usa-se POR QUE nas interrogativas diretas e indiretas: Nesse caso, POR QUE é um advérbio interrogativo. 2- Ela não veio PORQUE não quis. PORQUE introduz uma causa. É uma conjunção subordinativa

causal.

3- Venha PORQUE precisamos de você. PORQUE introduz uma explicação. Equivale a POIS. Nesse caso, PORQUE é uma conjunção coordenativa explicativa. 4- Venha PORQUE não fique só. PORQUE introduz uma finalidade. Equivale a PARA QUE. Nesse caso, PORQUE é uma conjunção subordinativa final. 5- Essa é a razão POR QUE passamos. POR QUE equivale a PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS,

PELAS QUAIS. O QUE é um pronome relativo. 6- Eis PORQUE não te amo mais. A construção é igual à anterior. No entanto, fica subentendido o

antecedente do pronome relativo (razão, motivo, causa): "Eis (a razão, o motivo) POR QUE não te amo mais." 7- a) Ela não veio POR QUÊ? b) Nunca mais volto aqui. POR QUÊ? POR QUÊ é empregado em final de frase ou quando a expressão

estiver isolada. 8- Não me interessa o PORQUÊ de sua ausência. PORQUÊ é um substantivo. Equivale a causa, motivo, razão.

DE ACORDO COM A NOVA ORTOGRAFIA

Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar

que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica

aguentar aguentar

arguir arguir

bilíngue bilíngue

cinquenta cinquenta

delinquente delinquente

eloquente eloquente

ensanguentado ensanguentado

equestre equestre

frequente frequente

lingueta lingueta

linguiça linguiça

quinquênio quinquênio

sagui sagui

sequência sequência

sequestro sequestro

tranquilo tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.

Exemplos: Muller, mulleriano. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras

paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica

alcalóide alcaloide

alcateia alcateia

andróide androide

apóia (verbo apoiar) apoia

apóio (verbo apoiar) apoio

asteróide asteroide

bóia boia

celulóide celuloide

clarabóia claraboia

colmeia colmeia

Coreia Coreia

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 31

debilóide debiloide

epopeia epopeia

estóico estoico

estreia estreia

estréio (verbo estrear) estreio

geleia geleia

heróico heroico

ideia ideia

jibóia jiboia

jóia joia

odisseia odisseia

paranóia paranoia

paranóico paranoico

plateia plateia

tramóia tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. As-

sim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tôni-

cos quando vierem depois de um ditongo.

Como era Como fica

baiúca baiuca

bocaiúva bocaiuva

cauíla cauila

feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição fi

nal (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica

abençôo abençoo

crêem (verbo crer) creem

dêem (verbo dar) deem

dôo (verbo doar) doo

enjôo enjoo

lêem (verbo ler) leem

magôo (verbo magoar) magoo

perdôo (verbo perdoar) perdoo

povôo (verbo povoar) povoo

vêem (verbo ver) veem

vôos voos

zôo zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, pé-

la(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica

Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.

Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.

Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:

• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.

- Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singu-lar.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, re-ter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as au-las.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as pala-vras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obli-quar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem

ser acentuadas. Exemplos: - verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; en-

xágue, enxágues, enxáguem. - verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delín-

qua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser

acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronuncia-

da mais fortemente que as outras): - verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxa-

gue, enxagues, enxaguem. - verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua,

delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com

a e i tônicos.

EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS

Escrevem-se com letra inicial maiúscula:

1) a primeira palavra de período ou citação.

Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."

No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.

2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.

O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.

3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.

4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc.

5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.

6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc.:

Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.

7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.

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8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte.

Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.

10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.

Escrevem-se com letra inicial minúscula: 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,

nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral:

São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio

Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,

mirra." (Manuel Bandeira)

PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES

ONDE-AONDE

Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi-vale sempre a PARA ONDE.

AONDE você vai?

AONDE nos leva com tal rapidez?

Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre-ga-se ONDE

ONDE estão os livros?

Não sei ONDE te encontrar.

MAU - MAL

MAU é adjetivo (seu antônimo é bom).

Escolheu um MAU momento.

Era um MAU aluno.

MAL pode ser:

a) advérbio de modo (antônimo de bem).

Ele se comportou MAL.

Seu argumento está MAL estruturado

b) conjunção temporal (equivale a assim que).

MAL chegou, saiu

c) substantivo:

O MAL não tem remédio,

Ela foi atacada por um MAL incurável.

CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO

CESSÃO significa o ato de ceder.

Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais.

A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os torcedores.

SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião:

Assistimos a uma SESSÃO de cinema.

Reuniram-se em SESSÃO extraordinária.

SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão:

Lemos a notícia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes.

Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos.

HÁ / A

Na indicação de tempo, emprega-se:

HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz):

HÁ dois meses que ele não aparece.

Ele chegou da Europa HÁ um ano.

A para indicar tempo futuro:

Daqui A dois meses ele aparecerá.

Ela voltará daqui A um ano.

FORMAS VARIANTES Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer

uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. aluguel ou aluguer alpartaca, alpercata ou alpargata amídala ou amígdala assobiar ou assoviar assobio ou assovio azaléa ou azaleia bêbado ou bêbedo bílis ou bile cãibra ou cãimbra carroçaria ou carroceria chimpanzé ou chipanzé debulhar ou desbulhar fleugma ou fleuma

hem? ou hein? imundície ou imundícia infarto ou enfarte laje ou lajem lantejoula ou lentejoula nenê ou nenen nhambu, inhambu ou nambu quatorze ou catorze surripiar ou surrupiar taramela ou tramela relampejar, relampear, relampeguear ou relampar porcentagem ou percentagem

USO DO HÍFEN

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo.

Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras for-madas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da

vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 33

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:

anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-

rei, vice-almirante etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo

elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exem-plos:

antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente. ultrassom 5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segun-

do elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-resistente Atenção: • Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, super-

proteção. • Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra inici-

ada por r: sub-região, sub-raça etc.

• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o se-

gundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se

sempre o hífen. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu,

guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasio-

nalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas enca-deamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a no-

ção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra

ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex-alunos.

PROVA SIMULADA 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. (C) O processo foi julgado em segunda estância. (D) O problema passou despercebido na votação. (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. 02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (C) A colega não se contera diante da situação.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 34

(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (E) Quando você vir estudar, traga seus livros. 03. O particípio verbal está corretamente empregado em: (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em

conformidade com a norma culta. Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do

interior da concha de moluscos reúne outras características interes-santes, como resistência e flexibilidade.

(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de compo-nentes para a indústria.

(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.

05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema

para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que ele está empregado conforme o padrão culto.

(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está

correta em: (A) As características do solo são as mais variadas possível. (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente. (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de

flexão de grau. (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-

te as férias. (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.

Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-

vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento

estatal ciência e tecnologia. (A) à ... sobre o ... do ... para (B) a ... ao ... do ... para (C) à ... do ... sobre o ... a (D) à ... ao ... sobre o ... à (E) a ... do ... sobre o ... à 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a

franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois eles devem estar aptos comercializar seus produtos.

(A) ao ... a ... à (B) àquele ... à ... à (C) àquele...à ... a (D) ao ... à ... à (E) àquele ... a ... a

10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a norma culta.

(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso trarão grandes benefícios às pesquisas.

(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando com o meio ambiente.

(C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-vendo projetos na área médica.

(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-sentadas pelos economistas.

(E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no litoral ou aproveitam férias ali.

11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às

chuvas. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-

mações. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à

cultura. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da

culpa. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó-

cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele-ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido-res.

(Texto adaptado) Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir

as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:

(A) seus ... lhes ... los ... lhes (B) delas ... a elas ... lhes ... deles (C) seus ... nas ... los ... deles (D) delas ... a elas ... lhes ... seu (E) seus ... lhes ... eles ... neles 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo

com o padrão culto. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto

direto e indireto em: (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos

respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo. (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação

do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve-rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 35

Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se programar e participar do referido evento.

Atenciosamente, ZZZ Assistente de Gabinete. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas

são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se

respeitam as regras de pontuação. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,

que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma

sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade

Policial, confessou sua participação no referido furto. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste

funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões

negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e

predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-te, apenas a:

(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.

Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. O livro de registro do processo que você procurava era o que estava

sobre o balcão. 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem

a (A) processo e livro. (B) livro do processo. (C) processos e processo. (D) livro de registro. (E) registro e processo. 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período

acima: I. há, no período, duas orações; II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do

acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura

pelo Juiz; III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-

te ao da palavra mas; IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-

dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.

Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV.

22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-

to, a alternativa correta é: (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. (E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.

23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-

dos galhos da velha árvore. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre

o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. (A) Quem podou? e Quando podou? (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (C) Que jardineiro? e Podou o quê? (D) Que vizinho? e Que galhos? (E) Quando podou? e Podou o quê?

24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili-

dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua-ção em:

(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.

25. Felizmente, ninguém se machucou. Lentamente, o navio foi se afastando da costa. Considere: I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de

modo; III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato; IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.

Está correto o contido apenas em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V.

26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,

indicando concessão, é: (A) para poder trabalhar fora. (B) como havia programado. (C) assim que recebeu o prêmio. (D) porque conseguiu um desconto. (E) apesar do preço muito elevado.

27. É importante que todos participem da reunião. O segmento que todos participem da reunião, em relação a É importante, é uma oração subordinada (A) adjetiva com valor restritivo. (B) substantiva com a função de sujeito. (C) substantiva com a função de objeto direto. (D) adverbial com valor condicional. (E) substantiva com a função de predicativo.

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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 36

28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-lecida pelo termo como é de

(A) comparatividade. (B) adição. (C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de

franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos possíveis franqueados.

A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e relaciona corretamente as ideias do texto, é:

(A) digo ... portanto ... mas (B) como ... pois ... mas (C) ou seja ... embora ... pois (D) ou seja ... mas ... portanto (E) isto é ... mas ... como 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos

investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-

rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-da, sem alterar o sentido da frase, é:

(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ... (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ... (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...

RESPOSTAS

01. D 11. B 21. B 02. A 12. A 22. A 03. C 13. C 23. C 04. E 14. E 24. E 05. A 15. C 25. D 06. B 16. A 26. E 07. D 17. B 27. B 08. E 18. E 28. C 09. C 19. D 29. D 10. D 20. A 30. B

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 1

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO. PERIFÉRICOS DE UM COMPUTADOR. CONFIGURAÇÕES BÁSICAS DO WINDOWS 7. CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS.

INTRODUÇÃO AO MICROSOFT WINDOWS 7

Visualmente o Windows 7 é semelhante ao seu antecessor, o Win-dows Vista, porém a interface é muito mais rica e intuitiva, tornando a experiência individual um verdadeiro prazer. Esse sentido se traduz na facilidade de localizar seus aplicativos e arquivos. Hoje encontramos ícones tridimensionais, agrupamento de aplicativos na barra de tarefas, design moderno e visualizações dinâmicas que permitem localizar de forma fácil, rápida e atraente os programas ou documentos abertos.

É Sistema Operacional multitarefa e para múltiplos usuários. O novo sistema operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows 7, muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.

Algumas características não mudam, inclusive porque os elementos que constroem a interface são os mesmos.

VERSÕES DO WINDOWS 7

Foram desenvolvidas muitas versões do Windows 7 para que atendam às diversas características de plataformas computacionais e necessidades tecnológicas diferentes e existentes no mercado (residencial e corporativo).

Windows 7 Starter: Projetado especificamente para ajudar mais as pessoas em mercados de tecnologia em desenvolvimento a aprender habilidades valiosas com computador e a atingir novas oportunidades. Ideal para netbooks.

Windows 7 Home Premium: É ideal para residências com necessida-des básicas de computação como e-mail, navegação na Internet e compar-tilhamento/visualização de fotos, músicas e vídeos.

Windows 7 Professional: É a edição para aqueles que preferem tra-balhar tanto no ambiente doméstico quanto no ambiente de trabalho. Com todos os recursos do Windows Home Premium, ele ainda permite trabalhar com funcionalidades como Modo Windows XP para executar aplicativos mais antigos que se executam normalmente no Windows XP e possui backup automático para os seus dados.

Windows 7 Ultimate: É a escolha certa para quem quer ter tudo. Al-terne facilmente entre os mundos de produtividade e experimente a edição mais completa do Windows 7. Além das funcionalidades do Windows Home Premium e do Windows Professional, o Ultimate tem os recursos de eco-nomia de energia, segurança como BitLocker e BitLocker To Go, recursos de mobilidade como Direct Access que funciona integrado a uma rede com Windows Server 2008 R2.

ÁREA DE TRABALHO

A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que ficam dispostos alguns ícones. Uma das novidades do Windows 7 é a interface mais limpa, com menos ícones e maior ênfase às imagens do plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de trabalho suave. A barra de tarefas que fica na parte inferior também sofreu mudan-ças significativas.

LIXEIRA

A Área de trabalho do Windows 7 é bem colorida e possui apenas um ícone: o da Lixeira.

Na Lixeira ficam armazenados os arquivos que são apagados pelo usuário, ou intencionalmente ou acidentalmente. Mas eles podem ser recuperados, por isso ela possui a ilustração do símbolo da reciclagem.

Como padrão, na instalação do Windows, será colocado na área de trabalho apenas o ícone Lixeira, porém, você poderá inserir quantos ícones desejar.

BARRA DE TAREFAS É uma área de suma importância para a utilização do Windows 7, pois

no botão Iniciar ficam os principais comandos e recursos do Windows.

A Barra de tarefas tem ainda a importante função de avisar quais são os aplicativos em uso, pois é mostrado um retângulo pequeno com a des-crição do(s) aplicativo(s) que está(ão) ativo(s) no momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade.

Podemos alternar entre as janelas abertas com a sequência de teclas ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas sequencialmente e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) abre o Windows Aero (FLIP3D).

A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio. Outros ícones na área de notificação podem ser exibidos temporariamente, mostrando o status das atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora é exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e desaparece quando a impressão termina. Você também verá um lembrete na área de notificação quando novas atualizações do Windows estiverem disponíveis para download no site da Microsoft.

O Windows 7 mantém a barra de tarefas organizada consolidando os botões quando há muitos acumulados. Por exemplo, os botões que repre-sentam arquivos de um mesmo programa são agrupados automaticamente em um único botão. Clicar no botão permite que você selecione um deter-minado arquivo do programa.

Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas ao passar a seta do mouse sobre os botões na barra de tarefas.

BOTÃO INICIAR Está no mesmo local do menu Iniciar, encontrado na Barra de tarefas,

o qual, quando clicado, apresenta a listagem de comandos existentes.

O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre um item com uma seta, será exibido outro menu.

O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti-ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do computador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em duas colunas. A coluna da esquerda apresenta atalhos para os progra-mas instalados e para os programas abertos recentemente. Na coluna da direita o menu personalizado apresentam atalhos para as principais pastas do usuário como Documentos, Imagens, Músicas e Jogos. A sequência de teclas para ativar o Botão Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do Windows (WINKEY).

As opções existentes no botão Iniciar estão dispostas no lado esquer-do do menu e no direito. À esquerda você encontra os aplicativos ou recur-sos colocados na sua máquina.

Algumas opções que poderão estar no botão Iniciar:

Todos os Programas: Exibe uma lista completa com todos os pro-gramas do Windows 7 e aplicativos instalados em seu computador.

Lupa: A Lupa amplia partes diferentes da tela. Esse recurso é útil pa-ra a exibição de partes difíceis de ver.

Windows Fax e Scan: Permite que se receba ou emita fax, além de escanear um documento.

Visualizador XPS: Visualizador dos arquivos criados em formato XPS (XML Paper Specification).

Calculadora: Aplicativo calculadora que auxilia na criação de contas simples.

Paint: Aplicativo para edição de imagens, além de permitir criá-las.

Conexão de Área de Trabalho Remota: Aplicativo que possibilita a conexão com outros computadores remotamente, desde que se obedeçam às permissões.

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Notas Autoadesivas: São lembretes que ficam pendurados na Área de trabalho do Windows.

Conectar a um Projetor: Aplicativo que permite a conexão facilitada a um projetor para exibição da tela em ambientes apropriados, tais como auditórios, salas de reunião, salas de treinamento etc.

Ponto de Partida: Central de tarefas em que são oferecidos recursos que facilitam o uso do Windows, tais como Backup de arquivos, personali-zar o Windows, conexão à internet, entre outros.

Windows Live Messenger: Aplicativo que permite a conversa com outras pessoas em tempo real, no modo texto.

DESLIGANDO SEU COMPUTADOR Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo

corretamente não apenas para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar a manter seu computador mais seguro. E o melhor de tudo: o computador iniciará rapidamente na próxima vez que você quiser utilizá-lo.

Desligamento: O novo conjunto de comandos permite Desligar o com-putador, Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar, Suspender ou Hibernar.

Para desligar o computador, clique no botão Iniciar e, em seguida, cli-que no botão para ligar/desligar no canto inferior direito do menu Iniciar. Normalmente, o botão Ligar/desligar tem a seguinte aparência:

Suspender: Quando você clica neste botão, o computador entra em modo de suspensão. O Windows salva automaticamente seu trabalho, o monitor é desativado e o ruído da ventoinha do computador para. Geral-mente, uma luz na parte externa do gabinete do computador pisca ou fica amarela para indicar que o computador está em suspensão. Todo o pro-cesso leva apenas alguns segundos.

Como o Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar os programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. Na próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se necessá-rio), a aparência da tela será exatamente igual a quando você desligou o computador.

Para acordar o computador, pressione o botão para ligar/desligar no gabinete do computador. Como você não tem de esperar o Windows iniciar, o computador acorda em segundos e você pode voltar ao trabalho quase imediatamente.

PLANO DE FUNDO Todos nós temos uma foto preferida, não é mesmo? Qual é a sua?

Aquela que está no porta-retratos da sua mesa de trabalho ou de estudos? Com o Windows, você pode exibir suas fotos favoritas como plano de fundo da área de trabalho de seu computador.

Além de fotos, o plano de fundo pode ser uma imagem ou um desenho, que deixa o ambiente de trabalho do Windows mais bonito cu até mesmo personalizado, ou seja, do jeito que você gosta.

Quando vai a alguma loja ou escritório, você já deve ter notado que al-gum monitor exibe fotos de família ou mesmo belas paisagens, não é mesmo?

Os planos de fundo da área de trabalho do Windows, também são co-nhecidos como papéis de parede. Hoje em dia existem vários sites especia-lizados em disponibilizar papéis de parede, com os mais variados temas: carros, animais, anjos, etc.

ÍCONES

Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você pode adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones são padrões do Windows: Computador, Painel de Controle, Rede, Lixeira e a Pasta do usuário.

Os ícones de atalho são identificados pela pequena seta no canto in-ferior esquerdo da imagem. Eles permitem que você acesse programas, arquivos, pastas, unidades de disco, páginas da web, impressoras e outros computadores.

Os ícones de atalho oferecem links para os programas ou arquivos que eles representam. Você pode adicioná-los e excluí-los sem afetar os pro-

gramas ou arquivos atuais. Para selecionar ícones aleatórios, pressione a tecla CTRL e clique nos ícones desejados.

Quando você instala programas em seu computador, alguns deles au-tomaticamente criam um ícone de atalho na área de trabalho. Veja a seguir alguns exemplos de ícones:

Windows Live Messenger

Internet Explorer

Adobe PhotoShop CS3

CorelDRAW X3

Autodesk AutoCAD 2010

Cada ícone contém o nome, do programa ou pasta, correspondente. Este nome pode ser modificado conforme a necessidade.

TRABALHANDO COM JANELAS

Mesmo que o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as janelas têm algumas coisas em comum.

A maioria das janelas possuem as mesmas partes básicas.

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1 - Barra de Título: Está localizada na parte superior de uma janela, sendo colorida em azul, na instalação padrão, Apresenta o nome do pro-grama em uso e/ou nome do documento atualmente aberto.

Permite que o usuário movimente a janela para um outro local da tela, ou seja, o usuário posiciona o mouse sobre a Barra de Título, pressiona e segura o botão esquerdo do mouse e arrasta a janela para outra posição, fazendo com que todo o conteúdo sofra também um deslocamento.

2 - Barra de Menus: Ao longo da parte superior de toda as janelas há uma Barra de Menu que relaciona todos os menus disponíveis. Um menu consiste em uma lista de comandos que executam tarefas.

A maioria dos programas possui um menu Arquivo, um menu Editar e um menu Ajuda, além de outros, exclusivos do próprio programa.

3 – Botão Minimizar: Permite ocultar a janela, deixando-a visível so-mente como um botão na barra de tarefas.

4 – Botão Maximizar: Ao clicar neste botão, a janela ocupa a tela intei-ra do monitor. Com a janela maximizada, este botão se transforme no botão Restaurar Tamanho.

Botão Restaurar Tamanho: Este botão também está localizado no meio dos 3 botões, porém só é apresentado se a janela estiver maximizada, portanto o botão Restaurar se alterna com o botão de Maximizar depen-dendo de como a respectiva janela esteja apresentada. Pressionar o botão "Restaurar" faz com que a janela de aplicativo retorne ao seu tamanho anterior.

5 – Botão Fechar: Como o próprio nome diz, este botão é utilizado pa-ra fechar a janela do programa.

6 – Barras de rolagem: Permite rolar o conteúdo da janela para cima, para baixo e para os lados, para ver informações que estão fora de visão no momento.

WINDOWS EXPLORER

No computador, para que tudo fique organizado, existe o Windows Explorer. Ele é um programa que já vem instalado com o Windows e pode ser aberto através do Botão Iniciar ou do seu ícone na barra de tarefas.

Este é um dos principais utilitários encontrados no Windows 7. Permite ao usuário enxergar de forma interessante a divisão organizada do disco (em pastas e arquivos), criar outras pastas, movê-las, copiá-las e até mes-mo apagá-las.

Com relação aos arquivos, permite protegê-los, copiá-los e movê-los entre pastas e/ou unidades de disco, inclusive apagá-los e também reno-meá-los. Em suma, é este o programa que disponibiliza ao usuário a possi-bilidade de gerenciar todos os seus dados gravados.

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O Windows 7 é totalmente voltado para tarefas e usuários, portanto o que você enxerga são os arquivos do usuário que está ligado. Eventual-mente, se efetuar a troca de usuários e abrir o Windows Explorer, ele mostrará primeiramente os arquivos desse novo usuário e assim sucessi-vamente.

Os arquivos são muito importantes e, portanto merecem uma atenção especial. Não podem estar espalhados pelo computador, precisam ser guardados em locais específicos, chamado pastas.

Uma das novidades do Windows 7 são as Bibliotecas. Por padrão já consta uma na qual você pode armazenar todos os seus arquivos e docu-mentos pessoais/trabalho, bem como arquivos de músicas, imagens e vídeos. Também é possível criar outra biblioteca para que você organize da forma como desejar.

O Windows Explorer está dividido em várias partes. A porção da es-querda mostra a sua biblioteca, que pode incluir seus arquivos, suas músi-cas, filmes e imagens; há também o ícone Favoritos para visualizar seus sites preferidos, a área de trabalho, sua rede doméstica ou de trabalho e o Computador.

À direita do Windows Explorer você pode observar os arquivos existen-tes na pasta explorada.

Você pode criar livremente as pastas. O Windows 7 utiliza a Biblioteca como padrão para armazenar seus dados. Isso permite maior organização e facilita a localização. Ainda assim, por exemplo, dentro da pasta Docu-mentos é possível criar pastas para organizar suas informações.

A vantagem de poder criar uma pasta é exatamente ter os trabalhos organizados e divididos por assunto, como se fossem gavetas de um armá-rio.

Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite acesso rápido as principais pastas do usuário.

Veja a seguir uma explicação sobre as partes da janela do Windows Explorer.

Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: servem, respectivamente, pa-ra reduzir a janela a um botão na barra de tarefas, para fazer com que a janela ocupe a tela toda e para fechar o programa.

Botões Avançar e Voltar: o botão Voltar serve para que volte à pasta anterior, ou seja, a pasta que você acessou antes da atual. O botão Avan-çar passa para a pasta seguinte.

Barra de endereço: é o local onde você digita o endereço da pasta ou do arquivo desejado. Enquanto você digita, o botão Ir para é exibido. Ao localizar a pasta ou o arquivo desejado, basta clicar sobre este botão.

Caixa de Pesquisa: utilizando esta caixa, você poderá procurar rapi-damente por qualquer arquivo ou pasta que esteja no computador. Você verá mais detalhes sobre ela no próximo tópico.

Barra de Ferramentas: exibe várias opções, de acordo com os itens que são acessados no painel de navegação. Você verá como utilizá-la a seguir, ainda neste tópico.

Painel de navegação: Como o próprio nome diz, através dele você navega pela área de trabalho, pelas bibliotecas, pelo disco rígido do compu-tador e pela rede, caso o computador esteja conectado a alguma.

No painel de navegação, os itens são divididos em categorias: Favori-tos, Bibliotecas, Computador e Rede.

Favoritos: Permite que você acesse os itens da Área de trabalho, os arquivos que foram baixados da Internet (pasta Downloads) e todos os locais que você acessou recentemente, no seu computador ou na rede.

Bibliotecas: Uma biblioteca se parece muito com uma pasta, mas não armazena arquivos. Em vez disso, uma biblioteca aponta para os locais em que seus arquivos estão armazenados e mostra todos como uma só coleção.

Computador: Exibe o disco rígido do computador (Disco Local C:). Se houver mais de um disco ou se um disco estiver particionado, o Windows Explorer irá exibi-la com a letra seguinte (Disco Local D:). O item Computa-dor também exibe a unidade de CD ou DVD, caso haja alguma.

Rede: Se o seu computador estiver conectado a uma rede, este item fará parte do painel de navegação e irá exibir todos os computadores que fazem parte da rede.

Painel direito: Exibe todas as opções referentes aos itens que estão no painel de navegação.

ARQUIVOS E PASTAS Agora, você aprenderá mais sobre os arquivos e as pastas. Como você

já sabe, cada arquivo possui um nome que o identifica, facilitando o traba-lho do usuário.

Cada um também tem seu formato. Por exemplo, existem arquivos do Bloco de notas, do Paint, do WordPad e assim por diante. De modo que um arquivo criado pelo Bloco de notas não pode ser aberto pelo Paint, pois o formato desse arquivo é texto, e o Painel reconhece arquivos de imagens.

Podemos identificar o formato de um arquivo observando o seu ícone, que é igual ao ícone do aplicativo que o criou.

Vendo os ícones, você pode ver como é fácil distinguir qual é o forma-to de cada arquivo. Primeiro por causa do seu ícone, e segundo porque seus nomes facilitam a identificação.

Portanto, ao salvar arquivos, dê-lhes nomes pequenos e fáceis de identificá-los, relacionados ao assunto do seu conteúdo.

Outra coisa importante que deve ser lembrada é que dois arquivos do mesmo formato não podem ter o mesmo nome no mesmo local, ou seja, na mesma pasta. Agora, caso um arquivo seja do formato texto e o outro formato de desenho, esse problema não ocorre.

O sistema operacional reconhece o formato de um arquivo pela sua ex-tensão. Como o próprio nome diz, ela é uma extensão do nome do próprio arquivo. Seria como se fosse o sobrenome, para saber de que família ele pertence (família das imagens, dos textos, das músicas etc).

Todo arquivo possui uma extensão (quase sempre formada por três le-tras), e ela vem depois de seu nome. Por padrão, o Windows oculta todas as extensões dos arquivos, mostrando apenas o nome dele, mas é a partir delas que o sistema sabe qual aplicativo deverá abrir o arquivo solicitado.

O nome do arquivo é separado de sua extensão por um ponto (.).

Receita

Receita.txt

Extensão

oculta

Extensão

oculta

Observação - Note que a extensão dos arquivos do Bloco de notas é "txt".

É por esse motivo que podemos dar o mesmo nome a arquivos com extensões diferentes na mesma pasta. Pois o sistema percebe que eles não pertencem ao mesmo formato.

O tipo de um arquivo pode ter mais de uma extensão. É o caso dos ar-quivos de imagem. A diferença está na qualidade dos formatos, na quanti-dade de espaço em disco que o arquivo ocupa e em quais aplicativos ele pode ser aberto.

Além dessas extensões, existe também outro tipo de arquivo que é es-sencial para o funcionamento de todo o sistema operacional. São os arqui-vos executáveis.

Os arquivos executáveis possuem a extensão EXE. Eles são os arqui-vos principais dos aplicativos no Windows. Todo aplicativo possui um arquivo com a extensão EXE, que é o responsável pela execução do mes-mo (por isso o nome executável).

Vamos pegar como exemplo a calculadora. Na verdade, a calculadora propriamente dita é o arquivo calc.exc, que fica localizado em uma das pastas internas do Windows.

Portanto, o atalho da calculadora, que fica no grupo Acessórios, do menu Iniciar, direciona diretamente para esse arquivo.

Sem os atalhos, precisaríamos abrir os aplicativos sempre pelo seu ar-quivo executável, tornando o trabalho muito complicado, pois cada aplicati-vo fica instalado em uma pasta diferente no sistema operacional.

LIVE ICONS (MODOS DE EXIBIÇÃO)

Os ícones “ao vivo” no Windows 7 são um grande melhoramento em relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona-lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré-visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.

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Painel de Visualização

De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré-visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora-dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o Explo-rador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.

Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar por pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns segundos do conteúdo de arquivos de mídia. Para isso basta clicar no botão “Mostrar Painel de Pré-Visualização” que fica na Barra de Ferra-mentas.

APLICATIVOS DE WINDOWS 7

O Windows 7 inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra-mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para melhorar o desempenho do computador, calculadora e etc.

Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá-rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes.

A pasta Acessórios é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no subme-nu, que aparece, escolha Acessórios.

BLOCO DE NOTAS

Aplicativo de edição de textos (não oferece nenhum recurso de forma-tação) usado para criar ou modificar arquivos de texto. Utilizado normal-mente para editar arquivos que podem ser usados pelo sistema da sua máquina.

O Bloco de Notas serve para criar ou editar arquivos de texto que não exijam formatação e não ultrapassem 64KB. Ele cria arquivos com exten-sões .INI, .SYS e .BAT, pois abre e salva texto somente no formato ASCII (somente texto).

WORD PAD

Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, ta-belas e outros objetos. A formatação é limitada se comparado com o Word. A extensão padrão gerada pelo Word Pad é a RTF. Lembre-se que por meio do programa Word Pad podemos salvar um arquivo com a extensão DOC entre outras.

PAINT

Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP. Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG, GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.

CALCULADORA

Pode ser exibida de quatro maneiras: padrão, científica, programador e estatística.

WINDOWS LIVE MOVIE MAKER

Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar o vídeo.

PAINEL DE CONTROLE

O Painel de controle fornece um conjunto de ferramentas administrati-vas com finalidades especiais que podem ser usadas para configurar o Windows, aplicativos e ambiente de serviços. O Painel de controle inclui itens padrão que podem ser usados para tarefas comuns (por exemplo, Vídeo, Sistemas, Teclado, Mouse e Adicionar hardware). Os aplicativos e os serviços instalados pelo usuário também podem inserir ícones no Painel de controle.

Existem três opções de modo de exibição para o Painel de controle: O modo de exibição Categoria, Ícones grandes e Ícones pequenos.

A JANELA

Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: Servem, respectivamente, para reduzir a janela a um botão barra de tarefas, para fazer com que a janela ocupe a tela toda e para fechar o programa.

Botões Avançar e Voltar: O botão Voltar serve par que volte à cate-goria anterior, ou seja, a categoria que você acessou antes da atual. O botão Avançar passa para a categoria seguinte.

Barra de endereço: É o local onde você digita o endereço da catego-ria ou item desejado. Enquanto você digita, o botão é exibido.

Caixa de Pesquisa: Através desta caixa, você poderá procurar rapi-damente por qualquer item do Painel de Controle.

MODO DE EXIBIÇÃO CATEGORIA

O modo de exibição Categoria exibe os ícones do Painel de controle de acordo com o tipo de tarefa que o usuário desejar executar.

Sistema e Segurança: Exibe uma série de recursos para manuten-ção e segurança de seu computador, tais como: Central de Ações, Firewall do Windows, Sistema, Windows Update, Opções de energia, Backup e Restauração etc.

Rede e Internet: Exibe o status e as tarefas de rede, tais como: Cen-tral de Rede e Compartilhamento, Grupos Doméstico e Opções da Internet.

Hardware e Sons: Exibe várias opções para você adicionar novos Hardwares e Gerenciar os dispositivos de Áudio e Vídeo em geral.

Programas: Nesta opção você pode gerenciar todos os programas em seu computador, podendo desinstalar e restaurar os programas instala-dos.

Contas de Usuários e Segurança familiar: Permite gerenciar os usuários do computador, determinando se o usuário poderá executar algu-mas tarefas ou não.

Uma conta de usuário é o conjunto de informações que diz ao Win-dows quais arquivos e pastas o usuário poderá acessar, quais alterações poderá efetuar no computador e quais são suas preferências pessoais. Cada pessoa acessa sua conta com um nome de usuário e uma senha.

Há três tipos principais de contas:

Administrador: Criada quando o Windows é instalado, Ele lhe dá acesso completo ao computador.

Usuário padrão: Permite que você execute tarefas comuns e traba-lhe com seus próprios arquivos.

Convidado: Destina-se às pessoas que precisam de acesso tempo-rário ao computador.

Controle dos Pais

Ajuda a controla o modo como as crianças usam o computador. Por exemplo, você pode definir limites para a quantidade de horas que seus filhos podem usar o computador, os jogos que podem jogar e os programas que podem executar.

Aparência e Personalização: Nesta opção você pode controlar toda a aparência de seu computador, o modo como sua tela será exibida. Pode-rá alterar o tema, o Plano de fundo da Área de trabalho, ajustar a Reso-lução da tela etc.

Relógio, Idioma e Região: Nesta opção você poderá alterar a Data e hora, Fuso horário e muitos outros.

Facilidade de Acesso: Permite que o Windows sugira configurações, poderá Otimizar a exibição visual, Alterar configuração do mouse etc.

MODOS DE EXIBIÇÃO ÍCONES PEQUENOS E ÍCONES GRANDES

Os modos de exibições Ícones grandes e Ícones pequenos exibem os ícones do Painel de controle em um modo de exibição que é familiar aos usuários de versões anteriores do Windows 7.

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ÍCONES GRANDES

NOVIDADES DO WINDOWS 7

Ajustar

O recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas pré-definidas e o sistema a ajustará às grades.

Exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Peek permite que o usuário visualize as janelas que ficam ocultadas pela janela principal.

A barra de tarefas do Windows 7 conta com uma grande atualização gráfica. Agora o usuário pode ter uma prévia do que está sendo rodado, apenas passando o mouse sobre o item minimizado.

Área de trabalho bagunçada? Muitas janelas abertas? Basta selecionar a janela deseja, clicar na barra de títulos e sacudir. Todas as outras janelas serão minimizadas automaticamente.

Esse novo recurso permite a criação de listas de atalhos para acesso mais dinâmico aos documentos, sites e programas usados com mais fre-quência. Além da atualização automática, é possível fixar os atalhos favori-tos, para que não sejam trocados.

A cada versão do Windows, a Microsoft prepara novas imagens para papéis de parede, com o Windows 7 não poderia ser diferente. E ainda há uma novidade, o novo sistema operacional permite a configuração de apresentação de slides para planos de fundo, trocando as imagens automa-ticamente.

A barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora é interativa. Permite a fixação de ícones em determinado local, a reorgani-zação de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniatu-ras na própria barra.

Para facilitar o compartilhamento de arquivos e impressoras na rede doméstica, a Microsoft criou o recurso dos grupos domésticos. Uma vez criado o grupo, torna-se muito mais ágil e simples o compartilhamento de músicas, vídeos, documentos e fotos entre computadores. Permite também a proteção por senhas e o controle do conteúdo compartilhado.

Diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra la-teral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário redimensione, arraste e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas.

O gerenciador de jogos do Windows 7 permite a conexão com feeds de atualizações e novas aplicações da Microsoft, registra vitórias, derrotas e outras estatísticas. O novo sistema operacional conta ainda com a volta de três jogos online do Windows XP, Damas, Espadas e Gamão, todos refor-mulados e redesenhados.

O novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos de áudio e vídeo, além do suporte a TVs online de várias qualidades, incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas bibliotecas locais, o TurboScroll.

Além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem tam-bém com o Windows Backup, que permite a restauração de documentos e arquivos pessoais, não somente os programas e configurações.

Uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a com-patibilidade total com a tecnologia do toque na tela, o que inclui o acesso a pastas, redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos.

Os usuários do Windows Vista sofriam com a interface pouco intuitiva do assistente para conexão de redes sem fio. No Windows 7 isso acabou, o sistema simples permite o acesso e a conexão às redes com poucos cli-ques.

Para quem não gosta de teclado e mouse, o Windows 7 vem com muito mais compatibilidade com a tecnologia Tablet. Conta com reconhecimento de manuscrito e de fórmulas matemáticas, digitalizando-as.

Para compatibilidade com programas corporativos de pequenas e mé-dias empresas, o novo sistema operacional conta com suporte ao modo Windows XP, que pode ser baixado no site da Microsoft.

Livre-se de spywares, malwares, adwares e outras pragas virtuais com o Windows Defender do Windows 7, agora mais limpo e mais simples de ser configurado e usado.

Windows Firewall

Para proteção contra crackers e programas mal-intencionados, o Fire-wall do Windows. Agora com configuração de perfis alternáveis, muito útil para uso da rede em ambientes variados, como shoppings com Wi-Fi pública ou conexões residências.

Notas Autoadesivas

As notas autoadesivas servem para colar lembretes na área de traba-lho. Podem ser digitadas ou manuscritas, caso o computador possua Tablet ou tela sensível ao toque.

Central de Ações

Chega de balões de alerta do Windows atrapalhando os aplicativos. O Windows 7 conta com a central de ações, recurso configurável que permite a escolha do que pode ou não pode interferir no sistema durante as aplica-ções.

Novo Paint e nova Calculadora

O Paint e a Calculadora do Windows 7 foram todos reformulados. No Paint novas paletas de ferramentas, novos pincéis e novas formas pré-definidas e na Calculadora os novos modos de exibição, padrão, científica, programador e estatística.

Flip 3D

Flip 3D é um feature padrão do Windows Vista que ficou muito funcio-nal também no Windows 7. No Windows 7 ele ficou com realismo para cada janela e melhorou no reconhecimento de screens atualizadas.

Novo menu Iniciar

Comando de voz (inglês)

Leitura nativa de Blu-Ray e HD DVD

Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Media Player, integrado ao Windows Explorer

Arquitetura modular, como no Windows Server 2008

Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007.

Aceleradores no Internet Explorer 8

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Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM

UAC personalizável

Melhor desempenho

Gerenciador de Credenciais

Boot otimizado e suporte a boot de VHDs (HDs Virtuais)

Instalação do sistema em VHDs

GADGETS

Os Gadgets colocam informação e diversão, como notícias, fotos, jo-gos e as fases da Lua diretamente na sua área de trabalho.

No Windows Vista, os gadgets foram agrupados na Barra Lateral. O Windows 7 os liberta na tela, onde é possível movê-los e redimensioná-los como você preferir.

Arraste um gadget para perto da borda da tela – ou outro gadget – e observe como ele se ajusta direitinho no lugar, para um visual melhor. Janelas abertas no caminho dos seus gadgets? Use o Peek para que eles reapareçam instantaneamente.

Fonte: www.bishost.com.br

Win7

Como Criar Contas de Usuário com as Ferramentas Administrati-vas do Windows

Na plataforma Windows a tarefa de criar contas de usuário não se deve apenas ao item Contas de Usuário do Painel de Controle. Existe um outro caminho que permite a mesma funcionalidade porém com mais detalhes, este caminho é através das Ferramentas Administrativas do Windows. Para que você entenda com mais clareza veja o tutorial abaixo realizado no Windows 7.

Acesse o Painel de Controle e entre no item Ferramentas Adminis-trativas, em seguida acesse as ferramentas do item Gerenciamento do Computador.

Acessando o Gerenciamento do Computador você visualizará o me-

nu de navegação localizado a esquerda do painel e no painel central todas as contas disponíveis para acesso ao Windows. Para criar uma nova conta utilize o painel de navegação, em Ferramentas do Sistema expanda o item Usuários e Grupos Locais para visualizar a pasta Usuários. Clique com o botão direito do mouse na pasta Usuários e selecione Novo Usuá-rio...

Em seguida observamos a janela Novo Usuário, onde você digitará as informações pertinentes do novo usuário para o Windows onde apenas o campo Nome de Usuário é obrigatório. A senha deve ser inserida, quanto maior e mais complexa melhor para sua segurança, caso não deseje colo-cá-la apenas deixe em branco. Os itens restantes podem ser configurados de acordo com as necessidades do administrador do computador e do novo usuário.

Após criar a nova conta é necessário realizar o logoff (via menu Inici-

ar) da conta atual, e automaticamente o novo usuário aparecerá na tela de boas-vindas do Windows 7. Lembrando que todo este procedimento só poderá ser realizado pelo usuário administrador ou pela própria conta de administrador padrão do sistema assim como toda e qualquer alteração só poderá ser feita via administrador.

Como criar um slide para a área de trabalho do Windows 7

No Windows 7 os planos de fundo da área de trabalho estão mais per-sonalizados do que no Windows vista. Agora você pode selecionar várias imagens ao mesmo tempo com o objetivo de criar um slide, e configurá-las para que mudem aleatoriamente.

No Painel de controle acesse o ícone Personalização, e em seguida você poderá escolher dentre alguns pacotes de imagens para criar um slide para o plano de fundo da sua área de trabalho. Dentre essas imagens é possível escolher fotos, imagens da internet, enfim, que ficará ao seu critério.

Na imagem abaixo você pode escolher dentre vários pacotes de planos de fundo. Basta selecionar o desejado e partir para configurá-los.

Nos itens Plano de fundo da área de trabalho é possível configurar o

tempo em que um slide muda para outro e cor de janela. Isso você verá na tela abaixo.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 7

Depois de personalizar ao seu gosto clique em Salvar alterações para aplicar as configurações.

Como personalizar a barra de tarefas do Windows 7

No Windows 7 a barra de tarefas apresenta alguns novos recursos que o Windows Vista não possui, uma das principais novidades é a combinação de telas quando utilizadas do mesmo programa. Na imagem abaixo você poderá enxergar como configurar e personalizar ao seu gosto. Para acessá-la clique com o botão direito no menu Iniciar e clique em Propriedades.

Primeiro vamos ás caixinhas de seleção, nelas você poderá aplicar os

seguintes recursos:

- Bloquear barra de tarefas (Para fixá-la obrigatoriamente na parte in-ferior da área de trabalho)

- Ocultar Automaticamente a barra de tarefas (Para usá-la somente quando passar o mouse)

- Usar ícones pequenos (Ajuda a diminuir o tamanho total da barra de tarefas)

No recurso de seleção a seguir você poderá definir o local dessa barra para as posições: Superior, Direita, Esquerda ou Inferior.

E o mais novo recurso é o da combinação de janelas, perfeito para aqueles que utilizam muitos programas ao mesmo tempo, pois agora você não se preocupará de ter que ficar olhando para um monte de janelas.

As opções são:

- Sempre combinar, ocultar rótulos (Não importando a quantidade de programas a barra combinará as janelas somente pelo ícone do programa, ou seja, sem rótulos)

- Combinar quando a barra de tarefas estiver cheia (Exibirá nor-malmente as janelas do modo tradicional com os rótulos até o quanto a barra suportar, quando ultrapassar combinará os rótulos sumirão)

- Nunca combinar (As janelas serão exibidas tradicionalmente como nos sistemas anteriores)

E por último as notificações dos ícones da parte direita da barra de ta-refas que também não são novidades para nós usuários das versões ante-riores do Windows.

Após configurar á seu gosto clique em Aplicar e Ok.

Como ajustar efeitos visuais no Windows 7

No Windows 7 você também pode configurar alguns recursos visuais para melhorar o desempenho. Para acessar rapidamente utilize as teclas Windows + Pause Break, clique em Configurações avançadas do sis-tema e entre na aba avançado, na guia Desempenho clique no botão Configurações para visualizar as Opções de desempenho.

Na janela opções de desempenho você verá as opções de ajuste de efeitos visuais. Onde 2 são contraditórias, Ajustar para obter uma melhor aparência e Ajustar para obter um melhor desempenho. Pois a 1° opção citada define cada item da lista marcado para utilizar todos os recur-sos visuais do sistema de vídeo otimizando a aparência a todo vapor, e a 2° opção desmarcar todos os itens da lista definindo o sistema de vídeo para a configuração mínima porém otimizando o desempenho do sistema operacional justificando que quanto mais recursos visuais menor é o de-sempenho do computador e vice-versa.

Mas com a opção Personalizar você poderá escolher o item a qual de-seje que o sistema de vídeo utilize, dessa maneira haverá um maior equilí-brio entre a aparência e o desempenho. Após escolher os itens clique em Aplicar e Ok para que a configuração desejada entre em vigor no Windows 7.

Como utilizar as Notas autoadesivas do Windows 7

Dentre os programas novos que acompanham no novo sistema Win-dows 7 temos as Notas Autoadesivas que simula uma espécie de etiqueta adesiva de anotação. É um novo recurso que permite a inserção de peque-nos textos que servem para avisos, recados, etc.

Para utilizá-las, basta clicar sobre Notas Autoadesivas na lista de pro-gramas no menu Acessórios do menu Iniciar. Ao executar uma nova nota será inserida na área de trabalho pronta para receber textos. Você também poderá modificar a cor clicando com o botão direito sobre a nota e selecio-nar dentre as cores disponíveis.

Para adicionar uma nova nota posicione a seta do mouse em sua área superior e clique no botão +. Para fechá-la clique no botão x na outra extremidade da nota, mas lembre-se que dessa maneira o texto digitado não será salvo. O programa salva as notas automaticamente se for fecha-do, sendo que as notas só aparecerão na área de trabalho com o programa em execução, você poderá checar que estará minimizado na barra de tarefas e as notas estarão sendo exibidas.

Como Configurar Grupo Doméstico no Windows 7

Um novo recurso no sistema Windows 7 é a possibilidade de criar gru-pos domésticos que facilita todo um processo para realizar o compartilha-mento de impressora e arquivos. Muito útil para Administradores de redes. É uma forma mais simples de se configurar uma "rede" lógica. Tendo uma estrutura física que garanta o interligamento de máquinas é possível criar

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um grupo doméstico em uma única máquina e distribuir para as outras com Windows 7. Siga o tutorial abaixo.

Para criar o grupo acesse a Central de Rede e Compartilhamento do Windows 7 pelo Painel de controle.

Em seguida clique em Escolher o que você deseja compartilhar.

Marque as bibliotecas desejadas para o compartilhar e clique em

Avançar.

O próximo passo é anotar a senha gerada pelo grupo e repassar para

as outras máquinas (usuários) se conectarem ao grupo doméstico criado. Ao estar conectados poderão compartilhar tudo que foi configurado para o grupo.

Para que outro usuário se conecte ao grupo basta entrar no Centro de Rede e Compartilhamento, clicar em Disponível para ingressar, inserir a senha gerada e pronto. Depois de ingressar o usuário poderá acessar os arquivos compartilhados pelo Windows explorer.

Como utilizar o Windows Defender no Windows 7

Uma combinação interessante e razoavelmente eficaz de proteção no Windows 7 é a utilização manual do Windows Defender aliado a um bom antivírus. A execução contínua de um bom programa antivírus constante-mente atualizado ajuda muito a proteger o seu computador de vírus, spywa-res, etc. No caso do Windows Defender é aconselhável sua ativação manu-al a cada período prolongado do seu computador. Para executá-lo rapida-mente faça o seguinte:

Abra o menu Iniciar, no campo Pesquisar programas e arquivos, di-gite Windows defender. O ícone do programa surgirá no painel superior do campo de pesquisa do menu Iniciar.

Ao executá-lo pela primeira vez o programa mostrará uma mensagem indicando a necessidade de verificação, na imagem acima a mensagem se refere que a verificação já foi realizada com sucesso e sem detecção ne-nhuma. Quanto ao escaneamento você poderá realizar 3 tipos: Verificação Rápida, Completa ou Personalizada. As 2 primeiras verificações são iniciadas automaticamente ao se clicá-las, quanto a verificação Personali-zada será possível selecionar os diretórios do seu sistema para ser scane-ado. Para acioná-la clique na setinha ao lado do botão Verificar, em segui-da clique em Verificação Personalizada.

Clique no botão Selecionar e marque as unidades desejadas para rea-lizar a verificação e clique em Ok e você voltará para a janela anterior.

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Em seguida clique no botão Verificar agora e aguarde o término da verificação.

Lembre-se que o Windows Defender não é um Antivírus, e que deve ser utilizado juntamente com qualquer antivírus legítimo para que seu Windows 7 mantenha-se protegido.

Criando Ponto de Restauração no Windows 7

Durante o uso do computador, instalamos e removemos dezenas de programas do sistema operacional. Estas mudanças podem causar falhas e problemas sérios ao Windows, em especial quando lidamos com desenvol-vedores ruins e certas aplicações específicas, como antivírus e temas para a Área de Trabalho.

Muitas vezes instalamos o aplicativo e tudo parece correr bem, até que algumas funções passam a apresentar erros e outras simplesmente não funcionam mais. Tudo o que queremos nessa hora é voltar no tempo, o que pode ser feito graças à Restauração do Sistema.

A função também serve como tentativa de solucionar qualquer compor-tamento diferente que o Windows passe a apresentar, o que pode ser causado por diversos fatores – falhas inexplicadas do sistema, atualizações feitas de modo errado, vírus.

Como funciona

Ao criarmos um ponto de retorno dentro da Restauração do Sistema, fazemos com que o computador memorize todas as configurações ineren-tes ao funcionamento da máquina, o que em geral acontece no registro do Windows.

Desta forma, temos a segurança de poder voltar atrás quando instala-mos um aplicativo danoso à saúde do sistema operacional. Criar um ponto de restauração no Windows 7 é muito fácil e demanda poucos segundos de atenção. Siga os seguintes passos para realizar o processo:

Crie o ponto de restauração

1. Clique no botão Iniciar e digite Criar ponto na lacuna de pesquisa para encontrar a função, como indicado na figura:

2. Selecione a função Criar, localizada na parte inferior da janela:

3. Digite um nome para identificar o ponto e evitar enganos posterior-mente:

4. Clique em criar e aguarde o término do processo.

Fácil assim, seu primeiro ponto de restauração do sistema está criado! Agora vamos ensiná-lo a reverter situações complicadas que o Windows 7 possa apresentar. O processo é tão fácil quanto o primeiro e em boa parte dos casos gera resultados satisfatórios para os usuários.

Restaure o sistema

1. Abra novamente o Menu Iniciar e digite Restauração para encontrar o processo:

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2. Caso a restauração recomendada não seja a que você criou, marque a seleção Escolher um outro ponto de restauração:

3. Escolha o ponto de sua preferência e clique para avançar:

4. Salve seus arquivos importantes e somente após ter certeza de que tudo está correto clique em Concluir para começar a restauração.

Em alguns casos podem ser necessários diversos minutos para retor-nar o seu Windows 7 a um ponto anterior no tempo. Para problemas causados por aplicativos instalados e danos feitos ao registro, a tarefa recupera o bom funcionamento do computador na grande maioria dos casos.

Fonte: computerdicas

APLICATIVOS DO PACOTE MICROSOFT OFFICE (WORD, EXCEL E POWERPOINT).

Abrir um novo documento e começar a digitar

1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.

3. Clique duas vezes em Documento em branco.

Iniciar um documento de um modelo

O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de do-cumentos, incluindo currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões de visita e documentos de estilo APA.

1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.

3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:

Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um modelo disponível em seu computador.

Observação Para baixar um modelo listado no Office.com, é preciso es-tar conectado à Internet.

4. Clique duas vezes no modelo que você deseja.

SALVAR E REUTILIZAR MODELOS

Se você alterar um modelo baixado, poderá salvá-lo em seu computador e usá-lo novamente. É fácil localizar todos os seus modelos personalizados, clicando em Meus modelos na caixa de diálogo Novo Documento. Para salvar um modelo na pasta Meus modelos, siga este procedimento:

1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Salvar Como.

3. Na caixa de diálogo Salvar Como, clique em Modelos.

4. Na lista Salvar como tipo, selecione Modelo do Word.

5. Digite um nome para o modelo na caixa Nome do arquivo e clique em Salvar.

Excluir um documento

1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Abrir.

3. Localize o arquivo que você deseja excluir.

4. Clique com o botão direito no arquivo e clique em Excluir no menu de atalho.

Adicionar um título

A melhor maneira de adicionar títulos no Word é aplicando estilos. Você pode usar os estilos internos ou pode personalizá-los.

Aplicar um estilo de título

1. Digite o texto do seu título e selecione-o.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo deseja-do. Se não conseguir ver o estilo que deseja, clique no botão

Mais para ampliar a galeria Estilos Rápidos.

Observação É possível ver como o texto selecionado irá aparentar com um estilo específico colocando seu ponteiro sobre o estilo que deseja visualizar.

Observação Se o estilo que você deseja não aparecer a Galeria de Es-tilos Rápidos, pressione CTRL+SHIFT+S para abrir o painel de tarefas Aplicar estilos. Em Nome do estilo, digite o nome do estilo que deseja. A lista mostra apenas os estilos já usados no documento, mas é possível digitar o nome de qualquer estilo definido para o documento.

Personalizar um estilo de título

Você pode alterar a fonte e a formatação de um estilo de título.

1. Selecione o texto do título que você deseja personalizar.

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2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo de título que deseja personalizar.

3. Efetue as alterações desejadas.

Por exemplo, você pode alterar a fonte, o tamanho ou a cor.

Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique com o botão direito do mouse no estilo de título personalizado e clique em Atualizar Título para Corresponder à Seleção.

Sempre que você aplicar esse estilo de título ao documento, ele incluirá

as suas personalizações.

Ajustar os espaços entre linhas e parágrafos

O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um parágrafo.

Espaçamento entre linhas no Word 2010

No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos conjuntos de Estilos Rápidos é de 1,15 entre linhas e uma linha em branco entre parágrafos. O espaçamento padrão em documentos do Office Word 2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre parágrafos.

Espaçamento de linha de 1,0 e nenhum espaço entre parágrafos

Espaçamento entre linhas de 1,15 e uma linha em branco entre parágra-fos

Alterar o espaçamento entre as linhas

A maneira mais fácil de alterar o espaçamento de linha de um docu-mento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o espaça-mento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento de linha de uma parte do documento, poderá selecionar os parágrafos e alterar suas confi-gurações de espaçamento de linha.

Usar um conjunto de estilos para alterar o espaçamento de um docu-mento inteiro

1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alterar Estilos.

2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários conjuntos de estilo. Usando a visualização ao vivo, observe como o espaçamento entre linhas muda de um conjunto de esti-lo para o outro.

Por exemplo, os conjuntos de estilos Tradicional e Word 2003 definem o uso de espaçamento simples. O conjunto de estilos Manuscrito usa espaçamento duplo.

3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em seu nome.

Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento

1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o espaçamento entre linhas.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique em Espa-çamento entre Linhas.

3. Siga um destes procedimentos:

Clique no número de espaçamentos entre linha que deseja.

Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para obter um espaçamento duplo no parágrafo selecionado. Clique em 1,15 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado no Word 2007.

Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e se-lecione as opções desejadas em Espaçamento. Consul-te a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais informações.

OPÇÕES DE ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS

Simples Essa opção acomoda a maior fonte numerais, símbolos e ca-racteres alfabéticos, também denominada tipo. Arial e Courier New são exemplos de fontes. As fontes normalmente vêm em tamanhos diferentes, como 10 pontos, e em vários estilos, como negrito.) nessa linha, além de uma quantidade extra de espaço. A quantidade de espaço extra varia dependendo da fonte usada.

1,5 linha Essa opção é uma vez e meia maior que o espaçamento de linha simples.

Duplo Essa opção é duas vezes maior que o espaçamento de linha simples.

Pelo menos Essa opção define o mínimo de espaçamento entre as li-nhas necessário para acomodar a maior fonte ou gráfico na linha.

Exatamente Essa opção define o espaçamento de linha fixa, expresso em pontos. Por exemplo, se o texto estiver em uma fonte de 10 pontos, você poderá especificar 12 pontos como o espaçamento de linha.

Múltiplos Essa opção define o espaçamento entre linhas que pode ser expresso em números maiores do que 1. Por exemplo, definir o espaça-mento entre linhas como 1,15 aumentará o espaço em 15%, e definir o espaçamento entre linhas como 3 aumentará o espaço em 300% (espaça-mento triplo).

Observação Se uma linha contiver um caractere de texto, um elemento gráfico ou uma fórmula grande, o Word aumentará o espaçamento dessa linha. Para espaçar todas as linhas igualmente dentro de um parágrafo, use o espaçamento exato e especifique uma quantidade de espaço que seja grande o suficiente para conter o maior caractere ou elemento gráfico na linha. Se aparecerem itens recortados, aumente o espaçamento.

Alterar o espaçamento antes ou após os parágrafos

A maneira mais fácil de alterar o espaçamento entre parágrafos de um documento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o espaçamento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento entre parágrafos de uma parte do documento, selecione os parágrafos e altere suas configurações de espaçamento anterior e posterior.

Use um estilo definido para alterar o espaçamento entre parágrafos de um documento inteiro

1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alte-rar Estilos.

2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários conjuntos de estilo. Usando a visualização ao vivo, ob-serve como o espaçamento entre linhas muda de um conjunto de estilo para o outro.

Por exemplo, o conjunto de estilos do Word 2003 não insere espaços extras entre parágrafos e um pequeno espaço acima de títulos. O conjunto de estilos do Word 2007 usa um espaço duplo entre parágrafos e adiciona mais espaço acima títulos.

3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em seu nome.

Alterar o espaçamento antes e depois de parágrafos selecionados

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Por padrão, parágrafos são seguidos por uma linha em branco e os tí-tulos têm um espaço extra acima deles.

1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o es-paçamento anterior ou posterior.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Parágrafo, em Espaçamento, clique na seta ao lado de Antes ou Depois e digite a quantidade de espaço desejada.

EXCEL

O que é o Excel?

Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft Office. Você pode usar o Excel para criar e formatar pastas de trabalho (um conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de negócios mais bem informadas. Especificamente, você pode usar o Excel para acompanhar dados, criar modelos de análise de dados, criar fórmulas para fazer cálculos desses dados, organizar dinamicamente os dados de várias maneiras e apresentá-los em diversos tipos de gráficos profissionais.

Cenários comuns de uso do Excel incluem:

Contabilidade Você pode usar os poderosos recursos de cálculo do Excel em vários demonstrativos de contabilidade financeira; por exemplo, de fluxo de caixa, de rendimentos ou de lucros e perdas.

Orçamento Independentemente de as suas necessidades serem pes-soais ou relacionadas a negócios, você pode criar qualquer tipo de orça-mento no Excel; por exemplo, um plano de orçamento de marketing, um orçamento de evento ou de aposentadoria.

Cobrança e vendas O Excel também é útil para gerenciar dados de cobrança e vendas, e você pode criar facilmente os formulários de que precisa; por exemplo, notas fiscais de vendas, guias de remessa ou pedi-dos de compra.

Relatórios Você pode criar muitos tipos de relatórios no Excel que refli-tam uma análise ou um resumo de dados; por exemplo, relatórios que medem desempenho de projeto, mostram variação entre resultados reais e projetados, ou ainda relatórios que você pode usar para previsão de dados.

Planejamento O Excel é uma ótima ferramenta para criar planos pro-fissionais ou planejadores úteis; por exemplo, um plano de aula semanal, de pesquisa de marketing, de imposto para o final do ano, ou ainda plane-jadores que ajudam a organizar refeições semanais, festas ou férias.

Acompanhamento Você pode usar o Excel para acompanhamento de dados de uma folha de ponto ou de uma lista; por exemplo, uma folha de ponto para acompanhar o trabalho, ou uma lista de estoque que mantém o controle de equipamentos.

Usando calendários Por causa de seu espaço de trabalho semelhante a grades, o Excel é ideal para criar qualquer tipo de calendário; por exem-plo, um calendário acadêmico para controlar atividades durante o ano escolar, um calendário de ano fiscal para acompanhar eventos e etapas comerciais.

Tarefas básicas do Excel

Uma das melhores maneiras de saber mais sobre o Excel é abrir o pro-grama e tentar usar os diversos recursos. Entretanto, se você preferir aprender de uma maneira mais focada ou quiser apenas uma pequena ajuda para começar, poderá consultar os seguintes artigos de "início rápi-do".

Início rápido: criar uma pasta de trabalho

Ao criar uma nova pasta de trabalho, você pode usar um modelo em branco ou basear a pasta de trabalho em um modelo existente que já forneça alguns dados, layout e formatação que você deseja usar.

Como?

Clique na guia Arquivo.

1. Isso abrirá o modo de exibição do Microsoft Office Backstage, que oculta temporariamente a planilha.

2. Clique em Novo.

3. Em Modelos Disponíveis, clique no modelo de pasta de trabalho que você deseja usar.

Dicas

Para uma pasta de trabalho nova e em branco, clique duas vezes em Pasta de Trabalho em Branco.

Para uma pasta de trabalho com base em uma existente, clique em Novo a partir de existente, navegue para o local da pasta de trabalho desejada e clique em Criar Novo.

Para uma pasta de trabalho com base em um modelo, clique em Mode-los de exemplo ou Meus modelos e selecione o modelo desejado.

Início rápido: inserir dados em uma planilha

Para trabalhar com dados em uma planilha, primeiramente insira esses dados nas células da planilha. Em seguida, convém ajustar os dados para torná-los visíveis e exibi-los exatamente da forma como você deseja.

Como?

1. Inserir os dados

Clique em uma célula e, em seguida, digite os dados nessa célula.

Pressione ENTER ou TAB para mover para a próxima célula.

Dica Para inserir dados em uma nova linha de uma célula, insira uma quebra de linha pressionando ALT+ENTER.

Para inserir uma série de dados, como dias, meses ou números pro-gressivos, digite o valor inicial em uma célula e, em seguida, na próxima célula, digite um valor para estabelecer um padrão.

Por exemplo, se quiser obter a série 1, 2, 3, 4, 5..., digite 1 e 2 nas du-as primeiras células.

Selecione as células que contêm os valores iniciais e, em seguida, ar-

raste a alça de preenchimento por todo o intervalo que você deseja preencher.

Dica Para preencher em ordem crescente, arraste para baixo ou para a direita. Para preencher em ordem decrescente, arraste para cima ou para a esquerda.

2. Ajustar configurações

Para quebra automática de linha em uma célula, selecione as células que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Alinhamento, clique em Quebra Automática de Linha.

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Para ajustar a largura de coluna e a altura de linha para adaptar auto-maticamente o conteúdo de uma célula, selecione as colunas ou linhas desejadas e, na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em Formato.

Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da Coluna Au-

tomaticamente ou Ajustar Altura da Linha Automaticamente.

Dica Para ajustar automaticamente de forma rápida todas as colunas ou linhas da planilha, clique no botão Selecionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer borda entre os dois títulos de coluna ou linha.

3. Formatar os dados

Para aplicar formatação numérica, clique na célula que contém os nú-meros que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Núme-ro, clique na seta ao lado de Geral e clique no formato desejado.

Para alterar a fonte, selecione as células que contêm os dados que vo-

cê deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique no formato desejado.

Início rápido: formatar uma planilha

Você pode ajudar a melhorar a legibilidade de uma planilha aplicando diferentes tipos de formatação. Por exemplo, você pode aplicar bordas e sombreamento para ajudar a definir as células em uma planilha.

Como?

1. Aplicar bordas à célula

Selecione a célula ou o intervalo de células ao qual deseja adicionar uma borda.

Dica Para selecionar rapidamente toda a planilha, clique no botão Se-lecionar Tudo.

Na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Bor-

das e clique no estilo de borda desejado.

Dica O botão Bordas exibe o estilo de borda usado mais recentemen-

te. Você pode clicar no botão Bordas (não na seta) para aplicar esse estilo.

2. Alterar a cor e o alinhamento do texto

Selecione a célula ou o intervalo de células que contém (ou conterá) o texto que você deseja formatar. Você também pode selecionar uma ou mais partes do texto dentro de uma célula e aplicar cores de texto diferentes a essas seções.

Para alterar a cor de texto nas células selecionadas, na guia Página

Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Cor da Fonte e em Cores do tema ou Cores Padrão, clique na cor que você deseja usar.

Observação Para aplicar uma cor diferente das cores de tema e cores padrão disponíveis, clique em Mais Cores e defina a cor a ser usada na guia Padrão ou Personalizada da caixa de diálogo Cores.

Para alterar o alinhamento do texto nas células selecionadas, na guia Página Inicial, no grupo Alinhamento, clique na opção de alinhamento desejada.

Por exemplo, para alterar o alinhamento horizontal de conteúdos de cé-

lula, clique em Alinhar Texto à Esquerda , Centro ou Alinhar o

Texto à Direita .

3. Aplicar sombreamento de célula

Selecione a célula ou o intervalo de células em que você deseja aplicar o sombreamento.

Na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Cor

de Preenchimento e em Cores do tema ou Cores Padrão, clique na cor desejada.

Início rápido: formatar números em uma planilha

Aplicando diferentes formatos de número, é possível exibir números como porcentagens, datas, moedas e assim por diante. Por exemplo, ao trabalhar no orçamento trimestral, você pode usar o formato de número Moeda para mostrar valores monetários.

Como?

1. Selecione as células que você deseja formatar.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique no Iniciador de Caixa de Diálogo ao lado de Número (ou apenas pressione CTRL + 1).

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3. Na lista Categoria, clique no formato que deseja usar e ajuste as configurações, se necessário. Por exemplo, ao usar o formato Moeda, você pode selecionar um símbolo de moeda diferente, mostrar mais ou menos casas decimais ou alterar a maneira co-mo são exibidos os números negativos.

Para obter mais informações sobre formatos de número, consulte o ar-

tigo sobre Formatos de número disponíveis.

Início rápido: imprimir uma planilha

Antes de imprimir uma planilha, convém visualizá-la para verificar se ela está do jeito que você quer. Ao visualizar uma planilha no Microsoft Excel, ela é aberta no modo de exibição do Microsoft Office Backstage. Nesse modo de exibição, é possível alterar a configuração e o layout da página antes da impressão.

Como?

1. Visualizar a planilha

Clique na planilha ou selecione as planilhas que você deseja visualizar.

Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.

Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL+P.

Observação A janela de visualização será exibida em preto e branco, quer a(s) planilha(s) inclua(am) cores ou não, a menos que a configuração esteja definida para impressão em uma impressora colorida.

Para visualizar as páginas anteriores e seguintes, na parte inferior da janela Visualizar Impressão, clique em Próxima Página e Página Anterior.

Observação Próxima Página e Página Anterior estão disponíveis apenas quando você seleciona mais de uma planilha ou quando uma planilha contém mais de uma página de dados. Para exibir várias planilhas, em Configurações, clique em Imprimir Toda a Pasta de Trabalho.

2. Definir opções de impressão

Siga um ou mais destes procedimentos:

Para alterar a impressora, clique na caixa suspensa em Impressora e selecione a impressora desejada.

Para fazer alterações na configuração da página, incluindo orientação, tamanho do papel e margens, selecione as opções desejadas em Configu-rações.

Para dimensionar a planilha inteira a fim de ajustá-la a uma única pági-na impressa, em Configurações, clique na opção desejada na caixa sus-pensa de opções de escala.

Dica Para obter informações sobre como especificar cabeçalhos e ro-

dapés, consulte Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas. Para obter informações sobre como repetir linhas ou colunas específicas nas páginas impressas, consulte Repetir linhas ou colunas específicas em todas as páginas impressas

3. Imprimir uma planilha total ou parcialmente

Siga um destes procedimentos:

Para imprimir parte de uma planilha, clique na planilha e selecione o in-tervalo de dados que você deseja imprimir.

Para imprimir a planilha inteira, clique na planilha para ativá-la.

Clique em Imprimir.

Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL+P.

Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, uma ou mais planilhas ativas ou a pasta de trabalho inteira.

Observação Se uma planilha tiver uma área de impressão definida, o

Excel imprimirá apenas essa área. Se você não quiser imprimir apenas a área definida, marque a caixa de seleção Ignorar área de impressão.

Início rápido: criar uma tabela do Excel

Para tornar mais fácil o trabalho com dados, você pode organizar os dados em formato de tabela em uma planilha.

As tabelas oferecem facilidade de filtragem, além de colunas calcula-

das e linhas de total, o que simplifica os cálculos.

Como?

1. Em uma planilha, selecione o intervalo de células que você deseja incluir na tabela. As células podem estar vazias ou podem conter dados. Na guia Página Inicial do grupo Estilos, clique em For-matar como Tabela e depois clique no estilo de tabela desejado.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 15

Atalho de teclado Você também pode pressionar CTRL+L ou CTRL+T.Se o intervalo selecionado contiver dados que você deseja exibir como cabeçalhos da tabela, marque a caixa de seleção Minha tabela tem cabeçalhos na caixa de diálogo Formatar como Tabela.

Observações

Cabeçalhos de tabela exibirão nomes padrão se você não marcar a caixa de seleção Minha tabela tem cabeçalhos. É possível alterar os nomes padrão selecionando o cabeçalho padrão que você deseja substituir e digitando o texto desejado.

Ao contrário de listas no Microsoft Office Excel 2003, uma tabela não tem uma linha especial (marcada com *) para a rápida adição de novas linhas.

Início rápido: filtrar dados usando um filtro automático

A filtragem de informações em uma planilha possibilita encontrar valo-res rapidamente. Você pode filtrar uma ou mais colunas de dados. Com a filtragem, é possível controlar não apenas o que ver, mas também o que excluir. Você pode filtrar com base nas opções escolhidas em uma lista, ou criar filtros específicos focados exatamente nos dados desejados.

Você pode pesquisar texto e números ao filtrar, usando a caixa de diá-logo Pesquisar na interface de filtro.

Durante a filtragem de dados, linhas inteiras serão ocultadas se valores de uma ou mais colunas não atenderem aos critérios de filtragem. Você pode filtrar valores numéricos ou texto, filtrar por cor, para células que tenham formatação de cores aplicada ao plano de fundo ou ao texto dessas células.

Como?

1. Selecione os dados a serem filtrados

Na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar, clique em Filtrar.

Clique na seta no cabeçalho da coluna para exibir uma lista na qual escolher opções de filtro.

Nota Dependendo do tipo de dados na coluna, o Microsoft Excel exibe Filtros de Número ou Filtros de Texto na lista.

2. Filtrar selecionando valores ou pesquisando

A seleção de valores em uma lista e a pesquisa são as maneiras mais fáceis de filtrar. Ao clicar na seta em uma coluna que tenha a filtragem ativada, todos os valores dessa coluna são exibidos em uma lista.

1. Use a caixa de diálogo Pesquisar para inserir texto ou números a serem pesquisados

2. Marque e desmarque as caixas de seleção para mostrar os valo-res encontrados na coluna de dados

3. Use critérios avançados para encontrar valores que atendam a condições específicas

Para selecionar por valores, na lista, desmarque a caixa de seleção (Selecionar Tudo). Isso desmarca todas as caixas de seleção. Em segui-da, selecione apenas os valores desejados e clique em OK para ver os resultados.

Para pesquisar texto na coluna, digite o texto ou números na caixa de diálogo Pesquisar. Como opção, use caracteres curinga, como asterisco (*) ou ponto de interrogação (?). Pressione ENTER para ver os resultados.

Início rápido: classificar dados usando um filtro automático

Ao classificar informações em uma planilha, você pode ver os dados como desejar e localizar valores rapidamente. Você pode classificar um intervalo ou uma tabela de dados em uma ou mais colunas de dados; por exemplo, pode classificar funcionários primeiro por departamento e, em seguida, por sobrenome.

Como?

1. Selecionar os dados que deseja classificar

Selecione um intervalo de dados, como A1:L5 (várias linhas e colunas) ou C1:C80 (uma única coluna). O intervalo pode incluir títulos que você criou para identificar colunas ou linhas.

2. Classificar rapidamente

Selecione uma única célula na coluna em que deseja classificar.

Clique em para executar uma classificação crescente (A a Z ou do número menor para o maior).

Clique em para executar uma classificação decrescente (Z a A ou do número maior para o menor).

3. Classificar especificando critérios

Você pode escolher as colunas em que deseja classificar clicando no comando Classificar no grupo Classificar e Filtrar da guia Dados.

Selecione uma única célula em qualquer lugar do intervalo que você deseja classificar.

Na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar, clique em Classificar.

A caixa de diálogo Classificar é exibida.

Na lista Classificar por, selecione a primeira coluna que você deseja classificar.

Na lista Classificar em, selecione Valores, Cor da Célula, Cor da Fonte ou Ícone de Célula.

Na lista Ordem, selecione a ordem que deseja aplicar à operação de classificação: crescente ou decrescente, alfabética ou numericamente (isto é, A a Z ou Z a A para texto ou menor para maior ou maior para menor para números).

Início rápido: aplicar formatação condicional

Aplicando a formatação condicional aos seus dados, você identifica ra-pidamente variações em uma faixa de valores com uma visão rápida.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 16

Este gráfico mostra dados de temperatura com formatação condicional

que usam uma escala de cores para diferenciar valores altos, médios e baixos. O procedimento a seguir usa esses dados.

Como?

1. Selecione os dados que você deseja formatar condicional-mente

2. Aplique a formatação condicional

Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique na seta ao lado de Formatação Condicional e, em seguida, clique em Escalas de Cor.

Passe o mouse sobre os ícones de escalas de cores para visualizar os

dados com formatação condicional aplicada.

Em uma escala de três cores, a cor superior representa valores mais altos, a do meio, valores médios, e a inferior, valores mais baixos. Esse exemplo usa a escala de cores Vermelho-Amarelo-Azul.

3. Teste a formatação condicional

Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique na seta ao lado de Formatação Condicional e teste os estilos disponíveis.

Início rápido: criar uma fórmula

As fórmulas são equações que podem executar cálculos, retornar in-formações, manipular o conteúdo de outras células, testar condições e mais. Uma fórmula sempre começa com um sinal de igual (=).

A tabela a seguir mostra alguns exemplos de fórmulas e suas descri-ções.

Fórmula Descrição

=5+2*3 Adiciona 5 ao produto de 2 vezes 3.

=RAIZ(A1) Usa função RAIZ para retornar a raiz quadrada do valor em A1.

=HOJE() Retorna a data atual.

=SE(A1>0,"Mais","Menos")

Testa a célula A1 para determinar se ela contém um valor maior que 0. Se o resultado do teste for verda-deiro, o texto "Mais" aparecerá na célula; se for falso, o texto "Menos" aparecerá.

Como?

1. Selecione uma célula e comece a digitar

Em uma célula, digite o sinal de igual (=) para iniciar a fórmula.2. Pre-encha o restante da fórmula

Siga um destes procedimentos:

Digite uma combinação de números e operadores; por exemplo, 3+7.

Use o mouse para selecionar outras células (inserindo um operador en-tre elas). Por exemplo, selecione B1 e, em seguida, digite o sinal de mais (+), selecione C1 e digite +; em seguida, selecione D1.

Digite uma letra para escolher entre uma lista de funções de planilha. Por exemplo, digitar "a" exibe todas as funções disponíveis que começam com a letra "a."

3. Preencha a fórmula

Para preencher uma fórmula que usa uma combinação de números, re-ferências de célula e operadores, pressione ENTER.

Para preencher uma fórmula que usa uma função, preencha as infor-mações requeridas da função e pressione ENTER. Por exemplo, a função ABS requer um valor numérico — pode ser um número digitado ou uma célula selecionada contendo um número.

Suas fórmulas preenchidas poderão ser semelhantes aos exemplos a seguir:

Fórmula Descrição

=3+7 Adiciona dois números

=B1+C1+D1 Adiciona os valores em três células

=ABS(-3) Converte um número em seu valor positivo

Início rápido: usar uma função em uma fórmula

Além de digitar fórmulas que executam cálculos matemáticos básicos — como soma, subtração, multiplicação e divisão — você pode usar uma vasta biblioteca de funções de planilha internas do Microsoft Excel para fazer muito mais.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 17

Você pode usar estas funções para retornar informações, como:

Obter a data atual.

Descobrir o número de caracteres em uma célula.

Manipular texto; por exemplo, converter "olá" em "Olá" ou até em "OLÁ".

Calcular um pagamento de empréstimo.

Testar o conteúdo de duas células para ver qual é a maior ou se são idênticas.

Como?

1. Comece a digitar em uma célula

Em uma célula, digite o sinal de igual (=) e depois digite uma letra, co-mo "a", para ver uma lista de funções disponíveis.

Use a tecla de seta para baixo para percorrer a lista até o final.

Ao percorrer a lista, você verá uma Dica de Tela (uma descrição breve) para cada função. Por exemplo, a Dica de Tela para a função ABS é "Re-torna o valor absoluto de um número, um número sem sinal."

2. Escolha uma função e preencha seus argumentos

Na lista, clique duas vezes na função desejada. O Excel insere o nome da função na célula, seguido por um parêntese de abertura; por exemplo, =SOMA(.

Digite um ou mais argumentos após o parêntese de abertura, se ne-cessário. Argumento é uma informação que a função usa. O Excel mostra que tipo de informação você deve digitar como argumento. Pode ser um número, texto ou uma referência a outra célula.

Por exemplo, a função ABS requer um número como argumento. A função MAIÚSCULA (que converte qualquer texto minúsculo em maiúscu-lo) requer uma cadeia de texto como argumento. A função PI não requer argumentos, já que simplesmente retorna o valor de pi (3,14159...).

3. Preencha a fórmula e veja os resultados

Pressione ENTER.

O Excel adiciona o parêntese de fechamento e a célula mostra o resul-tado da função usada na fórmula. Selecione a célula e olhe na barra de fórmula para ver a fórmula.

Início rápido: criar gráficos com seus dados

Um gráfico é uma representação visual de seus dados. Usando ele-mentos como colunas (em um gráfico de colunas) ou linhas (em um gráfico de linhas), um gráfico exibe uma série de dados numéricos em um formato gráfico.

O formato gráfico de um gráfico facilita a compreensão de grandes

quantidades de dados e do relacionamento entre séries de dados diferen-tes. Um gráfico também mostra a visão geral, para que seja possível anali-sar seus dados e procurar tendências importantes.

Como?

1. Selecione os dados que deseja incluir no gráfico.

Dica Os dados devem ser organizados em linhas e colunas, com rótu-

los de linhas à esquerda e rótulos de coluna acima dos dados — o Excel determina automaticamente a melhor maneira de plotar dados no gráfico.

2. Na guia Inserir, no grupo Gráficos, clique no tipo de gráfico que deseja usar e clique em um subtipo de gráfico.

Dica Para ver todos os tipos de gráfico disponíveis, clique em pa-ra iniciar a caixa de diálogo Inserir Gráfico e clique nas setas para rolar entre os tipos de gráfico.

Quando você posiciona o ponteiro do mouse sobre qualquer tipo de

gráfico, uma Dica de tela mostra seu nome.

Para obter mais informações sobre qualquer um dos tipos de gráfico, consulte Tipos de gráficos disponíveis.

3. Use as Ferramentas de Gráfico para adicionar elementos como títulos e rótulos de dados e para alterar o design, layout ou forma-to de seu gráfico.

Dica Se você não conseguir ver as Ferramentas de Gráfico, clique em qualquer local dentro do gráfico para ativá-las.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 18

POWERPOINT

No Microsoft PowerPoint 2003, você cria sua apresentação usando apenas um arquivo, ele contém tudo o que você precisa – uma estrutura para sua apresentação, os slides, o material a ser distribuído à plateia, e até mesmo as anotações do apresentador.

Você pode utilizar o Microsoft PowerPoint 2003 para planejar todos os aspectos de uma apresentação bem sucedida. O Microsoft PowerPoint 2003 ajuda a organizar as ideias da apresentação. Para obter essa ajuda, utilize o Assistente de Auto Conteúdo do Microsoft PowerPoint.

Iniciando o Microsoft PowerPoint 2003 XP

Clique no botão Iniciar da barra de tarefas do Microsoft Windows. Aponte para o grupo Programas. Selecione Microsoft PowerPoint.

A tela do Microsoft PowerPoint 2003 é composta por vários elementos gráficos como ícones, menus e alguns elementos que são comuns ao ambiente Microsoft Windows 2003, com o qual você já deve estar familiari-zado.

Antes de iniciarmos propriamente o trabalho com textos, é necessário que se conheça e identifique a função dos elementos que compõem a tela do aplicativo.

Iniciando o Documento

Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint engloba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo; escolher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e criar efeitos, como transições de slide animados. As informações a seguir enfatizam as opções que estarão disponíveis quando você for iniciar o processo.

O painel de tarefas Nova apresentação no PowerPoint oferece um in-tervalo de formas com as quais você pode iniciar a criação da apresenta-ção. Estão incluídos:

Em branco - Inicia com slides que têm o design mínimo e não têm cores.

Apresentação existente - Baseie sua nova apresentação em uma já existente. Esse comando cria uma cópia da apresenta-ção existente para que você possa desenvolver um design ou alterações de conteúdo que você deseja para uma nova apre-sentação.

Modelo de estrutura - Baseie sua apresentação em um mo-delo PowerPoint que já tenha design, fontes e esquema de co-res conceituados. Além disso, para os modelos que acompa-nham o PowerPoint, você pode usar um dos modelos que você mesmo criou.

Modelos com sugestão de conteúdo - Use o Assistente de AutoConteúdo para aplicar um modelo de estrutura que tenha sugestões para o texto de seus slides. Em seguida, digite o texto que você deseja.

Um modelo em um site da Web - Crie uma apresentação usando um modelo localizado em um site da Web.

Um modelo do Microsoft.com - Escolha um modelo adicional no Microsoft Office Template Gallery do PowerPoint. Esses modelos estão organizados de acordo com o tipo de apresen-tação.

Observação - O hiperlink neste tópico vai para a Web. Você pode voltar para a Ajuda a qualquer momento.

Conteúdo inserido a partir de outras origens - Você tam-bém pode inserir slides de outras apresentações ou inserir tex-to de outros aplicativos, como o Microsoft Word.

Clique no menu Arquivo, Novo.

Clique no botão Apresentação em branco. Clique no layout que deseja aplicar ao slide atual. Para aplicar o layout

aos slides selecionados, reaplicar estilos mestres ou inserir um novo slide, clique na seta para baixo na miniatura do layout do slide.

Clique no botão Fechar. Insira textos ou gráficos nos slides.

Salvando o Documento Quando você salva uma apresentação pela primeira vez, o Microsoft

PowerPoint 2003 exibe a caixa de diálogo Salvar Como, que permite digitar um nome para a apresentação e especificar onde o arquivo será salvo.

Clique no menu Arquivo, Salvar.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 19

A gravação de uma apresentação sobre outra ou simples geração de uma atualização da apresentação faz com que o modelo anterior seja “perdido” por sobreposição (isto é: a gravação é feita “por cima”).

Clique no botão Salvar. Fechando o Documento Para fechar uma apresentação do Microsoft PowerPoint, liberando es-

paço na memória para continuar o trabalho com outras apresentações, selecione o seguinte comando:

Clique no menu Arquivo, Fechar. Se a apresentação que estiver sendo fechada tiver sido modificada e

não gravada em disco, o programa questiona se você deseja gravar, des-prezar (não gravar), ou cancelar o comando de fechar a apresentação.

Abrindo o Documento Para se abrir uma apresentação, é indispensável que ela tenha sido

salva, ou seja, transportada para o disco. Para abrir uma apresentação, efetue o seguinte comando: Clique no

menu Arquivo, Abrir. Uma vez selecionado esse comando, o Microsoft PowerPoint 2003

mostra uma caixa de diálogo quase idêntica à de gravação de arquivos, para que você informe qual o nome e, em caso de necessidade, o drive e/ou diretório do arquivo.

Clique duas vezes sobre o arquivo.Durante uma sessão de trabalho

com o Microsoft PowerPoint 2002 XP, cada apresentação aberta ocupa uma nova janela de documento. Não abra muitas apresentações ao mesmo tempo, se você for trabalhar isoladamente com cada uma delas. A abertura descontrolada de apresentações pode ocupar todo o espaço disponível na memória do computador, impedindo desenvolvimento de um bom trabalho.

Configurando a página Define as margens, origem do papel, tamanho do papel, orientação da

página e outras opções de layout do arquivo ativo. Clique no menu Arquivo, Configurar página. Clique no tipo de slide que deseja criar. Se você clicar em Personaliza-

do, o PowerPoint alterará as configurações Largura e Altura para preencher a área de impressão da impressora ativa.

Insira o número inicial para o primeiro slide. Altera a orientação dos slides, páginas de anotações, tópicos e folhetos

na apresentação. Clique em Retrato para obter uma orientação vertical ou em Paisagem para obter uma orientação horizontal.

Clique no botão OK para aplicar as alterações. Imprimindo o Documento Visualizar impressão (menu Arquivo) Mostra como será a aparência de um arquivo quando ele for impresso. Clique no menu Arquivo, Visualizar impressão. Clique na seta indicada para baixo da ferramenta Imprimir e Selecione

uma opção desejada. Clique na ferramenta Fechar da barra de ferramentas Visualizar im-

pressão. Imprimir (menu Arquivo) Imprime o arquivo ativo ou itens selecionados. Para selecionar opções

de impressão, clique em Imprimir no menu Arquivo. Clique no menu Arquivo, Imprimir. Clique em uma impressora na caixa Nome. As informações exibi-

das abaixo da caixa Nome aplicam-se à impressora selecionada. A impressora na qual você clicar passará a ser a impressora padrão durante o restante da sessão atual do PowerPoint, ou até que você a altere.

Clique na parte da apresentação que você deseja imprimir. Insira o número de cópias que você deseja imprimir. Selecione as opções desejadas para a impressão dos folhetos. Clique no botão OK para aplicar as alterações.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 20

Cabeçalhos e Rodapés Cabeçalho e rodapé (menu Exibir) Adiciona ou altera o texto que aparece na parte superior e inferior de

cada página ou slide.

Clique no menu Exibir, Cabeçalho e rodapé.

Adiciona a data e a hora ao rodapé do slide.

Adiciona o número do slide ao rodapé.

Adiciona à parte inferior do slide o texto digitado na caixa Rodapé.

Clique no botão Aplicar a todos.

Configurando Ação Configurar ação

Atribui uma ação ao objeto selecionado ou Botão de ação que é execu-tado quando você aponta para o objeto ou clica sobre ele com o mouse.

Selecione um objeto. Clique no menu Apresentações, Configurar ação. Clique em uma ação na guia Clique do mouse para atribuir ao objeto

selecionado uma ação causada por um clique do mouse. Clique em uma ação na guia Passar o mouse para atribuir ao objeto selecionado uma ação causada pela passagem do mouse. Clique em Nenhuma para remover uma ação causada por um clique ou passagem do mouse anteriormente atribuí-da ao objeto. Para atribuir duas ações diferentes a um objeto, digite uma ação na guia Clique do mouse e digite outra ação na guia Passar o mouse.

Clique no botão OK para aplicar as alterações. Configurando Efeitos de animação Efeitos de animação Adiciona ou altera os efeitos de animação do slide atual. Os efeitos de

animação incluem sons, movimentação de objetos e texto, e filmes que ocorrem durante uma apresentação de slides.

Selecione um slide. Clique no menu Apresentações, Esquemas de animação. Lista os esquemas de animação que podem ser aplicados à sua apre-

sentação. Clique em um esquema de animação para aplicá-lo ao slide atual ou aos slides selecionados ou clique em Aplicar a todos os slides para aplicá-lo a toda a apresentação. Você também pode clicar em Aplicar ao mestre para aplicá-lo ao mestre selecionado.

Clique no botão Fechar. Outros efeitos de animação Clique no menu Apresentações, Personalizar animação.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 21

Para aplicar um novo efeito de animação, clique no objeto que deseja

animar e, em seguida, clique em Adicionar efeito. Define quando será iniciado um efeito de animação aplicado a um item

selecionado. Você pode definir o efeito ao clicar em Ao clicar (a animação será iniciada mediante um clique do mouse), Com anterior (a animação será iniciada ao mesmo tempo que o item anterior) ou Após anterior (a animação será iniciada quando o item anterior tiver concluído a animação). Para definir que um efeito seja executado sem que haja necessidade de um clique para iniciá-lo, mova o item para o início da lista de animação e sele-cione Com anterior no começo da lista.

Define uma propriedade para o seu efeito de animação, como a direção

de um vôo ou a fonte para o efeito de alteração de fonte. A lista de proprie-dades é alterada dependendo do tipo de efeito.

Define a velocidade ou duração da animação para o efeito selecionado. Clique no botão Executar. Clique no botão Fechar. Configurando Transição de Slides Transição de slides (menu Apresentações) Adiciona ou altera o efeito especial da apresentação de um slide. Por

exemplo, você pode reproduzir um som quando o slide aparecer ou pode fazer com que o slide surja gradativamente a partir de um fundo preto.

Clique no menu Apresentações, Transição de slide.

Selecione uma transição. Define a velocidade da transição de slides. Sempre que você clicar em

uma velocidade, poderá visualizar a transição de slides selecionada nessa velocidade.

Clique no botão Fechar. Ocultando e Exibindo Slides Ocultar slide (menu Apresentações) Se você estiver no modo de classificação de slides, oculta o slide sele-

cionado. Se estiver no modo de slides, oculta o slide atual para que ele não seja exibido automaticamente durante uma apresentação eletrônica de slides.

Clique no menu Apresentações, Ocultar slide. Apresentações personalizadas Apresentações personalizadas Cria uma apresentação personalizada - uma apresentação dentro de

outra apresentação. Ao criar uma apresentação personalizada, você agrupa slides em uma apresentação existente para mostrar com facilidade essa seção da apresentação para um público específico e omiti-la de outro público.

Clique no menu Apresentações, Personalizar apresentações. Clique no botão Nova para abrir a caixa de diálogo Definir apresenta-

ção personalizada, na qual você pode definir e nomear uma nova apresen-tação personalizada.

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Selecione um slide da primeira lista e clique no botão Adicionar. Adicione os slides que serão apresentados na apresentação personali-

zada. Clique no botão OK para aplicar as alterações. Clique no botão Mostrar para apresentar a apresentação personaliza-

da. Ocultando e Exibindo Slides Ocultar slide (menu Apresentações) Se você estiver no modo de classificação de slides, oculta o slide sele-

cionado. Se estiver no modo de slides, oculta o slide atual para que ele não seja exibido automaticamente durante uma apresentação eletrônica de slides.

Clique no menu Apresentações, Ocultar slide.

NOÇÕES BÁSICAS DE INTERNET E USO DE NAVEGA-DORES. NOÇÕES BÁSICAS DE CORREIO ELETRÔNICO E

ENVIO DE E-MAILS.

O que é uma Intranet? Vamos imaginar que você seja o diretor de informática de uma compa-

nhia global. A diretora de comunicações precisa de sua ajuda para resolver um problema. Ela tem de comunicar toda a política da empresa a funcioná-rios em duas mil localidades em 50 países e não conhece um meio eficaz para fazê-lo.

1. O serviço de correio é muito lento. 2. O correio eletrônico também consome muito tempo porque exige

atualizações constantes dos endereços dos funcionários. 3. O telefone é caro e consome muito tempo, além de apresentar o

mesmo problema do caso anterior. 4. O fax também é muito caro e consome tempo, pelas mesmas ra-

zões. 5. Os serviços de entrega urgente de cartas e pacotes oferecido por

algumas empresas nos Estados Unidos não é prático e é bastante dispendioso em alguns casos.

6. A videoconferência também apresenta um custo muito alto. Você já agilizou a comunicação com pessoas fora da empresa disponi-

bilizando um site Web externo e publicando informações para a mídia e analistas. Com essas mesmas ferramentas, poderá melhorar a comunica-ção com todos dentro da empresa. De fato, uma Internei interna, ou Intra-net, é uma das melhores coisas para proporcionar a comunicação dentro das organizações.

Simplificando, trata-se de uma Internet particular dentro da sua organi-

zação. Um firewall evita a entrada de intrusos do mundo exterior. Uma Intranet é uma rede interna baseada no protocolo de comunicação TCP/IP, o mesmo da Internet. Ela utiliza ferramentas da World Wide Web, como a linguagem de marcação por hipertexto, Hypertext Markup Language (HTML), para atribuir todas as características da Internet à sua rede particu-lar. As ferramentas Web colocam quase todas as informações a seu alcan-ce mediante alguns cliques no mouse. Quando você da um clique em uma

página da Web, tem acesso a informações de um outro computador, que pode estar em um país distante. Não importa onde a informação esteja: você só precisa apontar e dar um clique para obtê-la. Um procedimento simples e poderoso.

Pelo fato de as Intranets serem de fácil construção e utilização, tornam-se a solução perfeita para conectar todos os setores da sua organização para que as informações sejam compartilhadas, permitindo assim que seus funcionários tomem decisões mais consistentes, atendendo melhor a seus clientes.

HISTÓRIA DAS INTRANETS De onde vêm as Intranets? Vamos começar pela história da Internet e

da Web, para depois abordar as Intranets. Primeiro, a Internet O governo dos Estados Unidos criou a Internet na década de 70, por

razões de segurança nacional. Seu propósito era proteger as comunicações militares, caso ocorresse um ataque nuclear. A destruição de um computa-dor não afetaria o restante da rede. Na década seguinte, a Fundação Nacional de Ciência (Nacional Science Foundation — NSF) expandiu a rede para as universidades, a fim de fornecer aos pesquisadores acesso aos caros supercomputadores e facilitar a pesquisa.

Na começo da década de 90, a NSF permitiu que a iniciativa privada

assumisse a Internet, causando uma explosão em sua taxa de crescimento. A cada ano, mais e mais pessoas passam a usar a Internet, fazendo com que o comércio na Web continue a se expandir.

A INTRANET Com a introdução do Mosaic em 1993, algumas empresas mostraram

interesse pela força da Web e desse programa. A mídia noticiou as primei-ras organizações a criar webs internas, entre as quais a Lockheed, a Hughes e o SÃS Instituto. Profissionais provenientes do ambiente acadêmi-co sabiam do que as ferramentas da Internet eram capazes e tentavam avaliar, por meio de programas pilotos, seu valor comercial. A notícia se espalhou, despertando o interesse de outras empresas.

Essas empresas passaram a experimentar a Internet, criando gateways

(portal, porta de entrada) que conectavam seus sistemas de correio eletrô-nico com o resto do mundo. Em seguida, surgiram os servidores e navega-dores para acesso à Web. Descobriu-se então o valor dessas ferramentas para fornecer acesso a informações internas. Os usuários passaram a colocar seus programas e sua documentação no servidor da web interna, protegidos do mundo exterior. Mais tarde, quando surgiram os grupos de discussão da Internet, percebeu-se o valor dos grupos de discussão inter-nos. Este parece ser o processo evolutivo seguido por muitas empresas.

Antes que pudéssemos perceber, essas ‘internets internas’ receberam

muitos nomes diferentes. Tornaram-se conhecidas como webs internas, clones da Internet, webs particulares e webs corporativas. Diz-se que em 1994 alguém na Amdahl usou o termo Intranet para referir-se à sua Internet interna. A mídia aderiu ao nome e ele passou a ser usado. existiam outras pessoas que também usavam isoladamente esse termo. Acredito que esta seja uma daquelas ideias que ocorrem simultaneamente em lugares dife-rentes. Agora é um termo de uso geral.

CRESCIMENTO DAS INTRANETS A Internet, a Web e as Intranets têm tido um crescimento espetacular.

A mídia costuma ser um bom indicador, a única maneira de não ouvir falar do crescimento da Internet e da Web é não tendo acesso a mídia, pois muitas empresas de pequeno e praticamente todas de médio e grande porte utilizam intranets. As intranets também são muito difundidas nas escolas e nas Faculdades.

QUAIS SÃO AS APLICAÇÕES DAS INTRANETS? A aplicabilidade das Intranets é quase ilimitada. Você pode publicar in-

formações, melhorar a comunicação ou até mesmo usá-la para o groupwa-re. Alguns usos requerem somente páginas criadas com HTML, uma lin-guagem simples de criação de páginas, mas outras envolvem programação sofisticada e vínculos a bancos de dados. Você pode fazer sua Intranet tão simples ou tão sofisticada quanto quiser. A seguir, alguns exemplos do uso de Intranets:

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 23

• Correio eletrônico • Diretórios • Gráficos • Boletins informativos e publicações • Veiculação de notícias • Manuais de orientação • Informações de benefícios • Treinamento • Trabalhos à distância (job postings) • Memorandos • Grupos de discussão • Relatórios de vendas • Relatórios financeiros • Informações sobre clientes • Planos de marketing, vídeos e apresentações • Informações de produto • Informações sobre desenvolvimento de produto e esboços • Informações sobre fornecedores • Catálogos de insumos básicos e componentes • Informações de inventario • Estatísticas de qualidade • Documentação de usuários do sistema • Administração da rede • Gerência de ativos • Groupware e workflow COMO SE CONSTITUEM AS INTRANETS? Cada Intranet é diferente, mas há muito em comum entre elas. Em al-

gumas empresas, a Intranet é apenas uma web interna. Em outras, é uma rede completa, que inclui várias outras ferramentas. Em geral, a Intranet é uma rede completa, sendo a web interna apenas um de seus componentes. Veja a seguir os componentes comuns da Intranet:

• Rede • Correio eletrônico • Web interna • Grupos de discussão • Chat • FTP • Gopher • Telnet Rede Inicialmente abordaremos a rede, que é a parte mais complexa e es-

sencial de uma Intranet. Ela pode constituir-se de uma ou de várias redes. As mais simples são as locais (local área network — LAN), que cobrem um único edifício ou parte dele. Os tipos de LANs são:

- Ethernet. São constituídas por cabos coaxiais ou cabos de par trançado (tipo telefone padrão) conectados a um hub (eixo ou pon-to central), que é o vigilante do tráfego na rede.

- Token Ring. Também compostas de cabos coaxiais ou de par tran-çado conectados a uma unidade de junção de mídia (Media Atta-chment Unit — MAU), que simula um anel. Os computadores no anel revezam-se transmitindo um sinal que passa por cada um de seus dispositivos, permitindo a retransmissão.

- Interface de fibra para distribuição de dados (Siber Distributed Data Interface). Essas redes usam cabos de fibra ótica em vez dos de par trançado, e transmitem um sinal como as redes Token Ring.

LANs sem fio (wireless) são uma tecnologia emergente, porém caras e indicadas apenas para casos em que haja dificuldade de instalação de uma rede com cabos.

SURGE A WEB A World Wide Web foi criada por Tim Berners-Lee, em 1989, no Labo-

ratório Europeu de Física de Partículas - CERN, passando a facilitar o acesso às informações por meio do hipertexto, que estabelece vínculos entre informações. Quando você dá um clique em uma frase ou palavra de hipertexto, obtém acesso a informações adicionais. Com o hipertexto, o computador localiza a informação com precisão, quer você esteja em seu escritório ou do outro lado do mundo.

A Web é constituída por home pages, que são pontos de partida para a

localização de informações. Os vínculos de hipertexto nas home pages dão

acesso a todos os tipos de informações, seja em forma de texto, imagem, som e/ou vídeo.

Para facilitar o acesso a informações na Web, Marc Andreessen e al-

guns colegas, estudantes do Centro Nacional de Aplicações para Super-computadores (National Center for Supercomputing Applications - NCSA), da Universidade de Illinois, criaram uma interface gráfica para o usuário da Web chamada Mosaic. Eles a disponibilizaram sem nenhum custo na Internet e, assim que os usuários a descobriam, passavam a baixá-la para seus computadores; a partir daí, a Web decolou.

INTERNET Computador e Comunicação O computador vem se tornando uma ferramenta cada vez mais impor-

tante para a comunicação. Isso ocorre porque todos eles, independente-mente de marca, modelo, tipo e tamanho, têm uma linguagem comum: o sistema binário.

Pouco a pouco, percebeu-se que era fácil trocar informações entre

computadores. Primeiro, de um para outro. Depois, com a formação de redes, até o surgimento da Internet, que hoje pode interligar computadores de todo o planeta.

É claro que, além do custo da conexão, o candidato a internauta preci-

sa ter um computador e uma linha telefônica ou conexão de banda larga. O software necessário para o acesso geralmente é fornecido pelo provedor.

Da Rede Básica à Internet A comunicação entre computadores torna possível desde redes sim-

ples até a Internet. Isso pode ser feito através da porta serial, uma placa de rede, um modem, placas especiais para a comunicação Wireless ou as portas USB ou Firewire.. O backbone – rede capaz de lidar com grandes volumes de dados – dá vazão ao fluxo de dados originados deste forma.

1. A porta serial é um canal para transmissão de dados presente em praticamente todos os computadores. Muitos dispositivos podem ser conectados ao computador através da porta serial, sendo que o mais comum deles é o mouse. A porta serial pode também ser usada para formar a rede mais básica possível: dois computadores interligados por um cabo conectado a suas portas seriais.

2. Para que uma rede seja realmente útil, é preciso que muitos com-putadores possam ser interligados ao mesmo tempo. Para isso, é preciso instalar em cada computador um dispositivo chamado pla-ca de rede. Ela permitirá que muitos computadores sejam interliga-dos simultaneamente, formando o que se chama de uma rede lo-cal, ou LAN (do inglês Local Area Network). Se essa LAN for ligada à Internet, todos os computadores conectados à LAN poderão ter acesso à Internet. É assim que muitas empresas proporcionam acesso à Internet a seus funcionários.

3. O usuário doméstico cujo computador não estiver ligado a nenhu-ma LAN precisará de um equipamento chamado modem. O mo-dem (do inglês (modulator / demodulator) possibilita que computa-dores se comuniquem usando linhas telefônicas comuns ou a ban-da larga. O modem pode ser interno (uma placa instalada dentro do computador) ou externo (um aparelho separado). Através do modem, um computador pode se conectar para outro computador. Se este outro computador for um provedor de acesso, o usuário doméstico também terá acesso à Internet. Existem empresas co-merciais que oferecem esse serviço de acesso à Internet. Tais em-presas mantêm computadores ligados à Internet para esse fim. O usuário faz uma assinatura junto a um provedor e, pode acessar o computador do provedor e através dele, a Internet. Alguns prove-dores cobram uma taxa mensal para este acesso.

A História da Internet Muitos querem saber quem é o “dono” da Internet ou quem ou quem

administra os milhares de computadores e linhas que a fazem funcionar. Para encontrar a resposta, vamos voltar um pouco no tempo. Nos anos 60, quando a Guerra Fria pairava no ar, grandes computadores espalhados pelos Estados Unidos armazenavam informações militares estratégicas em função do perigo de um ataque nuclear soviético.

Surgiu assim a ideia de interconectar os vários centros de computação de modo que o sistema de informações norte-americano continuasse

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 24

funcionando, mesmo que um desses centros, ou a interconexão entre dois deles, fosse destruída.

O Departamento de Defesa, através da ARPA (Advanced Research Projects Agency), mandou pesquisar qual seria a forma mais segura e flexível de interconectar esses computadores. Chegou-se a um esquema chamado chaveamento de pacotes. Com base nisso, em 1979 foi criada a semente do que viria a ser a Internet. A Guerra Fria acabou, mas a herança daqueles dias rendeu bastante. O que viria a ser a Internet tornou-se uma rede voltada principalmente para a pesquisa científica. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones, aos quais são conectadas redes menores.

Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares, todos interligados. A eles são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anárquica. É nisso que consiste a Internet, que não tem um dono.

Software de Comunicação Até agora, tratamos da comunicação entre computadores do ponto de

vista do equipamento (hardware). Como tudo que é feito com computado-res, a comunicação requer também programas (software). O programa a ser utilizado depende do tipo de comunicação que se pretende fazer.

Os sistemas operacionais modernos geralmente são acompanhados de algum programa básico de comunicação. Por exemplo, o Internet Explorer acompanha o Windows.

Com programas desse tipo é possível acessar: - Um computador local utilizando um cabo para interconectar as por-

tas seriais dos dois computadores; - Um computador remoto, através da linha telefônica, desde que os

dois computadores em comunicação estejam equipados com mo-dens.

Além desses programas de comunicação de uso genérico, existem ou-tros mais especializados e com mais recursos. Geralmente, quando você compra um computador, uma placa fax modem ou um modem externo eles vêm acompanhados de programas de comunicação. Esses programas podem incluir também a possibilidade de enviar e receber fax via computa-dor.

Resumo Uma rede que interliga computadores espalhados por todo o mundo.

Em qualquer computador pode ser instalado um programa que permite o acesso à Internet. Para este acesso, o usuário precisa ter uma conta junto a um dos muitos provedores que existem hoje no mercado. O provedor é o intermediário entre o usuário e a Internet.

MECANISMOS DE CADASTRAMENTO E ACESSO A REDE Logon Significado: Procedimento de abertura de sessão de trabalho em um

computador. Normalmente, consiste em fornecer para o computador um username (também chamado de login) e uma senha, que serão verificados se são válidos, ou não. Pode ser usado para fins de segurança ou para que o computador possa carregar as preferências de um determinado usuário.

Login - É a identificação de um usuário para um computador. Outra expressão que tem o mesmo significado é aquele tal de "User ID" que de vez em quando aparece por aí.

Username (Nome do Usuário) ou ID

Significado: Nome pelo qual o sistema operacional identifica o usuário.

usenet - Conjunto dos grupos de discussão, artigos e computado-res que os transferem. A Internet inclui a Usenet, mas esta pode ser transportada por computadores fora da Internet.

user - O utilizador dos serviços de um computador, normalmente registado através de um login e uma password.

Senha é a segurança utilizada para dar acesso a serviços privados. PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE INTERNET Site - Um endereço dentro da Internet que permite acessar arquivos e

documentos mantidos no computador de uma determinada empresa, pes-soa, instituição. Existem sites com apenas um documento; o mais comum, porém, principalmente no caso de empresas e instituições, é que tenha dezenas ou centenas de documentos. O site da Geocities, por exemplo, fica no endereço http://www.geocities.com

A estrutura de um site Ao visitar o site acima, o usuário chegaria pela entrada principal e esco-

lheria o assunto que lhe interessa. Caso procure informações sobre móveis, primeiro seria necessário passar pela página que fala dos produtos e só então escolher a opção Móveis. Para facilitar a procura, alguns sites colo-cam ferramentas de busca na home page. Assim, o usuário pode dizer qual informação está procurando e receber uma relação das páginas que falam daquele assunto.

As ligações entre as páginas, conhecidas como hyperlinks ou ligações de hipertexto, não ocorrem apenas dentro de um site. Elas podem ligar informações armazenadas em computadores, empresas ou mesmo conti-nentes diferentes. Na Web, é possível que uma página faça referência a praticamente qualquer documento disponível na Internet.

Ao chegar à página que fala sobre os móveis da empresa do exemplo acima, o usuário poderia encontrar um link para uma das fábricas que fornecessem o produto e conferir detalhes sobre a produção. De lá, poderia existir uma ligação com o site de um especialista em madeira e assim por diante.

Na Web, pode-se navegar entre sites diferentes O que faz essa malha de informações funcionar é um sistema de ende-

reçamento que permite a cada página ter a sua própria identificação. Assim, desde que o usuário saiba o endereço correto, é possível acessar qualquer arquivo da rede.

Na Web, você vai encontrar também outros tipos de documentos além dessas páginas interligadas. Vai poder acessar computadores que mantém programas para serem copiados gratuitamente, conhecidos como servido-res de FTP, grupos de discussão e páginas comuns de texto.

URL - A Web tem um sistema de endereços específico, tamém chama-do de URL (Uniform Resource Locator, localizador uniforme de recursos). Com ele, é possível localizar qualquer informação na Internet. Tendo em mão o endereço, como http://www.thespot.com, você pode utilizá-lo no navegador e ser transportado até o destino. O endereço da página, por exemplo, é http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm

Você pode copiá-lo e passar para um amigo.

Cada parte de um endereço na Web significa o seguinte: http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm Onde: http:// É o método pelo qual a informação deve ser buscada. No caso, http:// é

o método utilizado para buscar páginas de Web. Você também vai encon-trar outras formas, como ftp:// (para entrar em servidores de FTP), mailto: (para enviar mensagens) e news: (para acessar grupos de discussão), entre outros.

www.uol.com.br É o nome do computador onde a informação está armazenada, tam-

bém chamado de servidor ou site. Pelo nome do computador você pode antecipar que tipo de informação irá encontrar. Os que começam com www são servidores de Web e contém principalmente páginas de hipertexto. Quando o nome do servidor começar com ftp, trata-se de um lugar onde pode-se copiar arquivos. Nesse caso, você estará navegando entre os diretórios desse computador e poderá copiar um programa imediatamente para o seu micro.

/internet/fvm/

É o diretório onde está o arquivo. Exatamente como no seu computa-dor a informação na Internet está organizada em diretórios dentro dos servidores.

sistema _enderecos.htm

É o nome do arquivo que será trazido para o seu navegador. Você de-ve prestar atenção se o nome do arquivo (e dos diretórios) estão escritos em maiúsculas ou minúsculas. Na maior parte dos servidores Internet, essa diferença é importante. No exemplo acima, se você digitasse o nome do arquivo como URL.HTM ou mesmo Url.Htm, a página não seria encontrada. Outro detalhe é a terminação do nome do arquivo (.htm). Ela indica o tipo do documento. No caso, htm são páginas de Web. Você também vai encon-trar documentos hipertexto como este com a extensão htm, quando se trata de páginas produzidas em um computador rodando Windows. Outros tipos

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de arquivos disponíveis na Internet são: txt (documentos comuns de texto), exe (programas) zip, tar ou gz (compactados), au, aiff, ram e wav (som) e mov e avi (vídeo).

e-mail, correio:

Significado: local em um servidor de rede no qual ficam as men-sagens, tanto enviadas quanto recebidas, de um dado usuário.

e-mail - carta eletrônica.

Grupos - Uma lista de assinantes que se correspondem por correio eletrônico. Quando um dos assinantes escreve uma carta para um determinado endereço eletrônico (de gestão da lista) todos os ou-tros a recebem, o que permite que se constituam grupos (privados) de discussão através de correio eletrônico.

mail server - Programa de computador que responde automatica-mente (enviando informações, ficheiros, etc.) a mensagens de cor-reio eletrônico com determinado conteúdo.

HTTP (Hypertext Transfer Protocol) Significado: Este protocolo é o conjunto de regras que permite a trans-

ferência de informações na Web e permite que os autores de páginas de hipertextos incluam comandos que possibilitem saltos para recursos e outros documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma transparen-te para o usuário.

HTML - Hypertext Markup Language. É uma linguagem de descrição de paginas de informacao, standard no WWW, podendo-se definir páginas que contenham informação nos mais variados formatos: texto, som, ima-gens e animações.

HTTP - Hypertext Transport Protocol. É o protocolo que define como é que dois programas/servidores devem interagir, de maneira a transferirem entre si comandos ou informacao relativos a WWW.

Newsgroup - Um grupo de news, um fórum ou grupo de discussão.

NOVAS TECNOLOGIAS Cabo de fibra ótica – Embora a grande maioria dos acessos à internet

ainda ocorra pelas linhas telefônicas, em 1999 começou a ser implantada no Brasil uma nova tecnologia que utiliza cabos de fibra ótica. Com eles, a conexão passa a se realizar a uma velocidade de 128, 256 e 512 kilobites por segundo (kbps), muito superior, portanto, à feita por telefone, a 33 ou 56 kps. Assim, a transferência dos dados da rede para o computador do usuário acontece muito mais rapidamente.

Internet2 –Voltada para projetos nas áreas de saúde, educação e ad-

ministração pública, oferece aos usuários recursos que não estão disponí-veis na internet comercial, como a criação de laboratórios virtuais e de bibliotecas digitais. Nos EUA, já é possível que médicos acompanhem cirurgias a distância por meio da nova rede. Esta nova rede oferece veloci-dades muito superiores a da Internet, tais como 1 Megabites por segundo e velocidades superiores. Sua transmissão é feita por fibras óticas, que permitem trocas de grandes quantidades de arquivos e informações de uma forma mais rápida e segura que a Internet de hoje em dia.

No Brasil, a internet2 interliga os computadores de instituições públicas

e privadas, como universidades, órgãos federais, estaduais e municipais, centros de pesquisas, empresas de TV a cabo e de telecomunicação.

FERRAMENTAS E APLICATIVOS COMERCIAIS DE NAVEGAÇÃO,

DE CORREIO ELETRÔNICO, DE GRUPOS DE DISCUSSÃO, DE BUSCA E PESQUISA

MECANISMOS DE BUSCA As informações na internet estão distribuídas entre inúmeros servido-

res, armazenadas de formas diversas. As páginas Web constituem o recurso hipermídia da rede, uma vez que utilizam diversos recursos como hipertextos, imagens, gráficos, sons, vídeos e animações.

Buscar informações na rede não é uma tarefa difícil, ao contrário, é possível encontrar milhões de referências a um determinado assunto. O problema, contudo, não é a falta de informações, mas o excesso.

Os serviços de pesquisa operam como verdadeiros bibliotecários, que nos auxiliam a encontrar as informações que desejamos. A escolha de um “bibliotecário” específico, depende do tipo de informações que pretendemos encontrar. Todos os mecanismos de busca têm a mesma função, encontrar informações; porém nem todos funcionam da mesma maneira Vistos de

uma forma simplificada, os mecanismos de busca têm três componentes principais:

1. Um programa de computador denominado robot, spider, crawler, wanderer, knowbot, worm ou web-bot. Aqui, vamos chamá-los indistintamente de robô. Esse programa "visita" os sites ou páginas armazenadas na web. Ao chegar em cada site, o programa robô "pára" em cada página dele e cria uma cópia ou réplica do texto contido na página visitada e guarda essa cópia para si. Essa cópia ou réplica vai compor a sua base de dados.

2. O segundo componente é a base de dados constituída das cópias efetuadas pelo robô. Essa base de dados, às vezes também de-nominada índice ou catálogo, fica armazenada no computador, também chamado servidor do mecanismo de busca.

3. O terceiro componente é o programa de busca propriamente dito. Esse programa de busca é acionado cada vez que alguém realiza uma pesquisa. Nesse instante, o programa sai percorrendo a base de dados do mecanismo em busca dos endereços - os URL - das páginas que contém as palavras, expressões ou frases informadas na consulta. Em seguida, os endereços encontrados são apresen-tados ao usuário.

Funções básicas de um sistema de busca. Esses três componentes estão estreitamente associados às três fun-

ções básicas de um sistema de busca:

a análise e a indexação (ou "cópia") das páginas da web,

o armazenamento das "cópias" efetuadas e

a recuperação das páginas que preenchem os requisitos indicados pelo usuário por ocasião da consulta.

Para criar a base de dados de um mecanismo de busca, o programa robô sai visitando os sites da web. Ao passar pelas páginas de cada site, o robô anota os URL existentes nelas para depois ir visitar cada um desses URL. Visitar as páginas, fazer as cópias e repetir a mesma operação: cópia e armazenamento, na base de dados, do que ele encontrar nesses sites. Essa é uma das formas de um mecanismo de busca encontrar os sites na web.

A outra maneira de o mecanismo de busca encontrar os sites na web é o "dono" do site informar, ao mecanismo de busca, qual o endereço, o URL, do site. Todos os mecanismos de buscas têm um quadro reservado para o cadastramento, submissão ou inscrição de novas páginas. É um hiperlink que recebe diversas denominações conforme o sistema de busca. Veja alguns exemplos.

Nome do hiperlink Mecanismos de busca

Acrescente uma URL RadarUol

Cadastre a sua página no Radix Radix

Inserir site Zeek

Nos sites de língua inglesa, usam-se, geralmente, hiperlinks denomina-

dos List your site, Add URL ou Add a site.

Resumindo: num mecanismo de busca, um programa de compu-tador visita as páginas da web e cria cópias dessas páginas para si. Essas cópias vão formar a sua base de dados que será pesquisada por ocasião de uma consulta.

Alguns mecanismos de busca:

Radix RadarUol

AltaVista Fast Search

Excite Snap

HotBot Radix

Google Aol.Com

Northern Light WebCrawler

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COMO EFETUAR UMA BUSCA NA INTERNET

NAVEGADOR INTERNET Histórico da Internet

A Internet começou no início de 1969 sob o nome ARPANET (USA).

Abreviatura Descrição

Gov.br Entidades governamentais

Org.br Entidades não-governamentais

Com.br Entidades comerciais

Mil.br Entidades militares

Composta de quatro computadores tinha como finalidade, demonstrar

as potencialidades na construção de redes usando computadores dispersos em uma grande área. Em 1972, 50 universidades e instituições militares tinham conexões.

Hoje é uma teia de redes diferentes que se comunicam entre si e que são mantidas por organizações comerciais e governamentais. Mas, por mais estranho que pareça, não há um único proprietário que realmente possua a Internet. Para organizar tudo isto, existem associações e grupos que se dedicam para suportar, ratificar padrões e resolver questões opera-cionais, visando promover os objetivos da Internet.

A Word Wide Web

A Word Wide Web (teia mundial) é conhecida também como WWW, uma nova estrutura de navegação pêlos diversos itens de dados em vários computadores diferentes. O modelo da WWW é tratar todos os dados da Internet como hipertexto, “Link” isto é, vinculações entre as diferentes partes do documento para permitir que as informações sejam exploradas interativamente e não apenas de uma forma linear.

Programas como o Internet Explorer, aumentaram muita a popularidade

da Internet graças as suas potencialidades de examinador multimídia, capaz de apresentar documentos formatados, gráficos embutidos, vídeo, som e ligações ou vinculações e mais, total integração com a WWW.

Este tipo de interface poderá levá-lo a um local (site) através de um de-

terminado endereço (Ex: www.apostilasopcao.com.br) localizado em qual-quer local, com apenas um clique, saltar para a página (home page) de um servidor de dados localizado em outro continente.

Navegação Para podermos navegar na Internet é necessário um software navega-

dor (browser) como o Internet Explorer ou Netscape (Estes dois são os mais conhecidos, embora existam diversos navegadores).

Endereços na Internet

Todos os endereços da Internet seguem uma norma estabelecida pelo InterNic, órgão americano pertencente a ISOC (Internet Society).

No Brasil, a responsabilidade pelo registro de Nomes de Domínios na

rede eletrônica Internet é do Comitê Gestor Internet Brasil (CG), órgão responsável. De acordo com as normas estabelecidas, o nome do site, ou tecnicamente falando o “nome do domínio”, segue a seguinte URL (Univer-sal Resource Locator), um sistema universal de endereçamento, que permi-te que os computadores se localizem na Internet:

Exemplo: http://www.apostilasopcao.com.br Onde: 1. http:// - O Hyper Text Transfer Protocol, o protocolo padrão que

permite que os computadores se comuniquem. O http:// é inserido pelo browser, portanto não é necessário digitá-lo.

2. www – padrão para a Internet gráfica. 3. apostilasopcao – geralmente é o nome da empresa cadastrada jun-

to ao Comitê Gestor. 4. com – indica que a empresa é comercial. As categorias de domínios existentes na Internet Brasil são:

UTILIZANDO LINKS A conexão entre páginas da Web é que caracteriza o nome World Wide

Web (Rede de Amplitude Mundial). Basicamente, as páginas da Web são criadas em HTML (Hyper Text

Markup Language). Como essas páginas são hipertextos, pode-se fazer links com outros endereços na Internet.

Os links podem ser textos ou imagens e quando se passa o mouse em cima de algum, o ponteiro torna-se uma “mãozinha branca espalmada”, bastando apenas clicar com o botão esquerdo do mouse para que se façam links com outras páginas.

INTERNET EXPLORER 7

A compilação Internet Explorer 7 inclui melhoramentos de desempe-

nho, estabilidade, segurança e compatibilidade de aplicações. Com esta compilação, a Microsoft também introduziu melhoramentos estéticos e funcionais à interface de utilizador, completou alterações na plataforma CSS, adicionou suporte para idiomas e incluiu uma função de auto-desinstalação no programa de configuração, que desinstala automatica-mente versões beta anteriores do Internet Explorer 7, tornando a desinsta-lação da nova compilação ainda mais fácil.

Clicando na setinha você verá o seguinte menu

Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próximas

páginas” (isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que estão em baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o histórico, últimos sites acessados.

Barra de endereço e botões atualizar e parar

BOTÕES DE NAVEGAÇÕES

Voltar Abaixo as funções de cada botão de seu navegador Internet Explorer

7.0 da Microsoft. O botão acima possibilita voltar na página em que você acabou de sair

ou seja se você estava na página da Microsoft e agora foi para a da aposti-lasopcao, este botão lhe possibilita voltar para a da Microsoft sem Ter que digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços.

Avançar O botão avançar tem a função invertida ao botão voltar citado acima.

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Parar O botão parar tem como função obvia parar o download da página em

execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demorando muito utilize o botão parar para finalizar o download.

O botão atualizar tem como função rebaixar a página em execu-ção, ou seja ver o que há de novo na mesma. Geralmente utilizado para rever a página que não foi completamente baixada, falta figuras ou textos.

Home O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu na-

vegador está configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário, geralmente o Internet Explorer está configurado para ir a sua própria página na Microsoft, caso o usuário não adicionou nenhum endereço como página principal.

Pesquisar

Este botão, é altamente útil pois clicando no mesmo Internet Explorer irá abrir uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá listar os princi-pais, sites de busca na Internet, tal como Cadê, Google, Altavista etc. A partir daqui será possível encontrar o que você está procurando, mas veremos isto mais a fundo nas próximas páginas.

Favoritos O botão favoritos contem os Websites mais interessantes definidos pe-

lo usuário, porém a Microsoft já utiliza como padrão do IE 6 alguns sites que estão na lista de favoritos.

Para você adicionar um site na lista de favoritos basta você clicar com o botão direito em qualquer parte da página de sua escolha e escolher adicionar a favoritos. Geralmente utilizamos este recurso para marcar nossas páginas preferidas, para servir de atalho.

Histórico O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram

os sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode manter um controle dos sites que você passou nas últimas semanas e dias. Bas-tante útil para usuários que esqueceram o nome do site e desejam acessar novamente.

Página

O botão tem várias funções: Recortar Copiar – Colar - Salvar Página - Enviar esta página através de e-mail

- Zoom Esta ferramenta aumenta o zoom da página fazendo com que ela possa ficar ilegíve.Esta outra ferramenta só precisa ser utilizada se você não conseguir enxergar direito a letras ou imagens de um site - Tamanho do texto, configura o tamanho da fonte da página - Ver código fonte, visualiza o código fonte da página - Relatório Da Segurança, verifica se a página contem diretivas de segurança ou certificadas digitais - Privacidade da página, verifica se a página esta configurada de acordo com a sua política de privacidade.

Impressão Botão utilizado para imprimir a página da internet .

Alternar entre as abas Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas. Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e

suas respectivas páginas

Alternar entre as abas Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e

suas respectivas páginas

Alternar entre as abas Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e

suas respectivas páginas Download É nada mais que baixar arquivos da Internet para seu computador

Upload em português significa carregar – é a transferência de um arquivo do seu computador para outro computador.

Como efetuar download de uma figura na Internet. a) Clique com o botão direito do mouse sobre a figura desejada; b) Escola a opção Salvar figura como; c) Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado; d) Clique em Salvar. Como efetuar download de arquivos na Internet Alguns arquivos como jogos; músicas; papéis de parede; utilitários co-

mo antivírus etc.; são disponibilizados na Internet para download a partir de links (texto destacado ou elemento gráfico), e o procedimento é parecido com o download de figuras.

a) Clique no respectivo link de download; b) Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar ar-

quivo em disco; c) Escolha Salvar arquivo em disco; d) Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em Salvar. e) Observa-se a seguir uma Janela (de download em execução) que

mostra o tempo previsto e a porcentagem de transferência do ar-quivo. O tempo de transferência do arquivo varia de acordo com o ser tamanho (byte, kilobyte, megabyte).

FIREFOX O Firefox da Fundação Mozilla, é um programa gratuito e de código

aberto, e constitui-se em uma alternativa viável de navegador ("browser" para acessar a Internet).

Como outros programas freeware conta, no seu desenvolvimento, com

o auxílio de muitas pessoas, em todo o mundo, que contribuem para o controle de qualidade do navegador, que o copiam, testam as principais versões e sugerem melhorias.

O Firefox pode ser usado sozinho, mas nada impede que seja usado

simultaneamente com outro navegador, pois as suas configurações são independentes. Note-se que no caso de usar dois programas, a escolha de qual navegador deve ser o padrão do sistema fica a critério do usuário.

Algumas características Desde a versão 1.5 houve várias melhorias no sistema de atualização,

navegação mais rápida, suporte a SVG ("Scalable Vector Graphics"), novas versões de CSS (3), JavaScript na versão 1.6, uma nova janela de Favori-tos, e melhorias no bloqueio de pop-ups, e várias correções de bugs.

Nota-se que a velocidade de abertura das páginas aumentou, tanto pa-ra novas páginas quanto para as já visitadas. Mesmo páginas complexas, desenvolvidas com diversos recursos em Flash, DHTML e Shockwave, carregam em tempo sensivelmente menor. E a tecnologia de recuperação de páginas recentemente visitadas permite que, assim que você clicar no botão Voltar (Back), o site seja carregado quase que instantaneamente.

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Uma das alterações na interface é a possibilidade de reorganizar as abas de navegação usando o recurso de arrastar e soltar, o que é útil para quem abre muitas abas e quer deixar juntos sites relacionados entre si.

Com relação ao sistema de busca integrado, além dos mecanismos já

presentes em versões anteriores (Google, Yahoo! e Amazon, por exemplo), é possível adicionar o sistema da Answers.com como padrão.

Segurança Com relação à segurança, 1. A partir da versão 1.5 as atualizações para o Firefox são automáti-

cas, liberando o usuário de prestar atenção a alertas de segurança e aviso de novas correções para o navegador.

2. Foi criado um atalho para apagar rapidamente as informações pessoais do usuário, incluindo o histórico de sites navegados, da-dos digitados em formulários da web, cookies, senhas que foram gravadas, entre outros. O atalho está acessível clicando-se no me-nu "Ferramentas" - "Limpar dados pessoais" mas também pode ser acionado pela combinação de teclas <Ctrl> <Shift> <Del>. E, para os esquecidos, o Firefox pode ser configurado para remover esses dados automaticamente sempre que for fechado. A instalação do Firefox cria ícones novos: na tela, (uma raposa com cauda em fogo) ao lado do "Botão Iniciar".

Extensões O Firefox admite dezenas de "extensões", ou seja de programas que se

fundem a ele e que adicionam novos recursos ao navegador. Portanto, cada internauta pode adicionar novos recursos e adaptar o Firefox ao seu estilo de navegar. Ou seja, quem escolhe como o Firefox deve ser é o usuário.

Como abrir o Navegador Para abrir o programa deve-se clicar duplo no novo atalho que aparece

ao lado do botão "Iniciar" ou no ícone que aparece na tela, Ou clicar em Botão Iniciar - Programas - Mozilla Firefox - Mozilla Firefox

Navegação com abas O Firefox possibilita abrir várias páginas na mesma janela, em diferen-

tes abas ou “orelhas” que aparecem logo abaixo da barra de navegação. Assim o navegador não é carregado a cada vez que se abre uma página em outra janela e o sistema economiza memória e ganha em estabilidade.

Portanto, para acessar a outra página basta clicar na sua respectiva aba. Ou seja: - um "site", pode ficar, inteiro, dentro de uma única janela, cada página em uma aba, ou - várias páginas, cujos endereços são diferen-tes, podem ficar em várias abas, na mesma janela.

Como adicionar o botão “Nova aba” na barra de ferramentas Clicar em Exibir - Barras de ferramentas - Personalizar. Na janela de personalização arraste e solte o botão "Nova aba" em al-

guma barra de ferramentas.

Como abrir uma nova aba Para abrir um link em uma nova aba: - clicar nele com o botão direito

do mouse e, no menu que aparece, selecionar “Abrir em nova aba”. ou - Clicar no link mantendo pressionada a tecla Ctrl ou - Selecionar “Nova aba” no "Arquivo" (ou pressionar as teclas <CTRL> e <T>) ou - Clicar no link com o botão do meio (ou clique na rodinha do mouse). ou - Usar o botão "Nova aba" na barra de ferramentas. ou - Dar um duplo clique em uma região vazia da barra de abas.

Como trocar de aba utilizando o teclado - Ir para a aba da esquerda: <CTRL> <Shift> <Tab> ou <CTRL>

<PgUp> - Ir para a aba da direita: <CTRL> <Tab> ou <CTRL> <PgDo>

Como verificar a versão Abrir o Firefox. Clicar em "Ajuda" - "Sobre o Mozilla Firefox". Na janela

que se abre verificar o número da versão. Codificação de caracteres Ao visualizar um "site", a acentuação pode aparecer toda confusa e ca-

racteres estranhos podem estar presentes. É comum que letras com acen-tos e "ç" apareçam como "?" ou outros códigos. (Por exemplo: Sua codifi-ca&ccedil;&atilde;o de caracteres est&aacute; errada).

Deve-se ressaltar que existem protocolos padrão que determinam a codificação dos caracteres que devem ser respeitados pelas pessoas que criam páginas para serem visualizadas na Internet.

Mas, se a página ou a mensagem de e-mail não informar a codificação em que foi escrita, o texto pode aparecer não formatado corretamente.

Duas das mais importantes codificações são: - ISO: "International Standardization Organization". É o padrão oci-

dental, utilizado também no Brasil. Cada caractere só possui 1 byte (8 bits), gerando um máximo de 256 caracteres.

- UTF-8: Padrão mundial, que pode ser usado em quase todos os idiomas.

Cada caractere possui 2 bytes (16 bits), o que permite um valor máxi-mo bem maior que o anterior: 65.536 caracteres.

Como determinar a codificação No menu "Exibir" clicar em "Codificação" Selecionar Ocidental (ISO-

8859-1) e ver a página. Se ainda não estiver correta, selecionar Unicode (UTF-8) e, novamente, e ver a página. Essas são as codificações mais frequentes atualmente, mas há outras opções presentes que podem ser testadas.

Como bloquear janelas de propagandas O Firefox continua com um recurso excelente: a possibilidade de blo-

quear o aparecimento de janelas de propagandas, ou seja, a não permissão do surgimento de propagandas no formato pop, janelas que abrem automa-ticamente, estourando na tela em sequência, por cima (pop up) ou por baixo (pop under) da janela que ocupa o "site" que está sendo visualizado.

Evidentemente, em alguns sites é importante aparecerem janelas ex-tras com informações relevantes (por exemplo, os sites dos bancos que usam janelas pop para informar os horários de funcionamento das agên-cias, em dias próximos a feriados).

Mas, é muito difícil (e chato, e oneroso) ter de aturar janelas pop gigan-tes aparecendo em qualquer "site", apenas com objetivo de propagandear artigos ou serviços nos quais não se está interessado.

Há muitos programas para evitar tais anúncios, mas o Firefox já tem uma opção interna para bloquear essas janelas.

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Clicar em "Ferramentas" - "Opções" Abrir o item "Conteúdos" E selecionar "Bloquear janelas popup" Quando uma janela popup for bloqueada, um ícone novo pode ser exi-

bido na barra de status, informando o bloqueio. Para visitar esse site, deve-se clicar no ícone para desbloquear a popup.

Como alterar o tamanho do texto, ao visualizar um "site" Se um determinado "site" tiver um tamanho de letra muito grande ou

muito pequeno, pode-se controlar a sua visualização: Clicar em "Exibir" - Tamanho do texto e em Aumentar ou Diminuir ou

Clicar em <Ctrl> + para aumentar ou em <Ctrl> - para diminuir o tamanho da fonte.

Lembrar que <Ctrl> 0 retorna pra o tamanho normal Ordenar lista de sites favoritos Para colocar a lista de favoritos em ordem alfabética, clicar em: Favori-

tos - Organizar - Exibir - "Ordenar pelo nome" Como permitir Java e Java Script Clicar em "Ferramentas" - "Opções" Abrir o item "Configurações" e se-

lecionar "Permitir Java" e "Permitir JavaScript" Como salvar uma página visitada Vá no Menu Favoritos > Adicionar Página > OK DOWNLOAD E UPLOAD Download (significa descarregar, em português), é a transferência de

dados de um computador remoto para um computador local, o inverso de upload. Por vezes, é também chamado de puxar (ex: puxar o arquivo) ou baixar (baixar o arquivo). Tecnicamente, qualquer página da Internet que você abre consiste em uma série de descarregamentos. O navegador conecta-se com o servidor, descarrega as páginas HTML, imagens e outros itens e as abre, confeccionando a página que você vê. Mas o termo descar-regar tornou-se sinônimo de copiar arquivos de um servidor remoto para o seu, porque quando o navegador não pode abrir um arquivo em sua janela (como um executável por exemplo) ele abre a opção para que o mesmo seja salvo por você, configurando um descarregamento.

Benefícios Eles trazem arquivos favoráveis ao cotidiano e à diversão. Prejuízos Assim como podem favorecer, eles também podem danificar o compu-

tador, trazendo vírus, spams e outras pragas virtuais. Por isso, é preciso cuidado. Legalmente é proibido descarregar qualquer coisa que viole os Direitos Autorais (como músicas, imagens, vídeos, etc). Embora haja sem-pre exceções, o que deve ser analisado caso a caso. Problemas com spam e vírus não são exclusividade do ato de fazer um download, alguns deles espalham-se automaticamente por redes locais.

Dicas para maior segurança Utilizar um antivírus é crucial, quanto maior poder maior segurança. É

recomendável também que se tenha um firewall e um antispyware Upload Upload é a transferência de dados de um computador local para um

servidor. Caso ambos estejam em rede, pode-se usar um servidor de FTP, HTTP ou qualquer outro protocolo que permita a transferência.

Definição Caso o servidor de upload esteja na Internet, o usuário do serviço pas-

sa a dispor de um repositório de arquivos, similar a um disco rígido, dispo-nível para acesso em qualquer computador que esteja na Internet. Upload é parecido com Download, só que em vez de carregar arquivos para a sua máquina, você os envia para o servidor.

Características Os provedores gratuitos de upload variam bastante na sua política, ca-

pacidades e prazo de validade das transferências. Mas em geral todos funcionam da seguinte forma: o usuário que envia o arquivo fornece o endereço de e-mail (ou correio eletrônico) de um destinatário. Este recebe uma mensagem de e-mail do servidor de upload, informando a disponibili-dade do arquivo, junto com uma URL. Basta que ele então clique nessa URL para receber o arquivo.

Gerenciamento de pop-ups e cookies O pop-up é uma janela extra que abre no navegador ao visitar uma pá-

gina ou clicar em um link específico. A pop-up é utilizada pelos criadores do site para abrir alguma informação extra ou como meio de propaganda.

Como ativar o Bloqueador de pop-ups Observação O Bloqueador de pop-ups está ativado por padrão. Você

precisará ativá-lo apenas se estiver desativado. O Bloqueador de pop-ups pode ser ativado das seguintes maneiras: • Sob solicitação. • No menu Ferramentas. • A partir das Opções da Internet. Sob solicitação Você pode ativar o Bloqueador de pop-ups ao ser solicitado a fazer is-

so antes que a primeira janela pop-up apareça. No menu Ferramentas

Para configurar o Bloqueador de pop-ups no menu Ferramentas, exe-

cute as seguintes etapas: 1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em

Internet Explorer.

2. No menu Ferramentas, aponte para Bloqueador de Pop-ups e clique em Habilitar Bloqueador de Pop-ups para ativar o Bloqueador de pop-ups ou em Desabilitar Bloqueador de Pop-ups para desativá-lo.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 30

Como definir as configurações do Bloqueador de pop-ups As seguintes definições do Bloqueador de pop-ups podem ser configu-

radas: • Permitir lista de sites. Permitir lista de sites Você pode permitir que as janelas pop-up abram em um site, adicio-

nando esse site à lista de Sites permitidos. Para fazer isso, execute as seguintes etapas:

Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em Internet Explorer.

2. No menu Ferramentas, aponte para Bloqueador de Pop-ups e cli-

que em Configurações do Bloqueador de Pop-ups. 3. Na caixa Endereços do site a ser permitido: digite o endereço do

site e clique em Adicionar.

Clique em Fechar. Gerenciamento de Cookies Um cookie é um grupo de dados trocados entre o navegador e o servi-

dor de páginas, colocado num arquivo (ficheiro) de texto criado no compu-tador do utilizador. A sua função principal é a de manter a persistência de sessões HTTP. A utilização e implementação de cookies foi um adendo ao HTTP e muito debatida na altura em que surgiu o conceito, introduzido pela Netscape, devido às consequências de guardar informações confidenciais num computador - já que por vezes pode não ser devidamente seguro, como o uso costumeiro em terminais públicos.

Um exemplo é aquele cookie que um site cria para que você não preci-

se digitar sua senha novamente quando for ao site outra vez. Outros sites podem utilizá-los para guardar as preferências do usuário, por exemplo, quando o sítio lhe permite escolher uma cor de fundo para suas páginas.

Para excluir cookies específicos: 1 – Na guia ferramentas clique em Opções de Internet 2 – Guia Geral, clique no botão Configurações e logo após no botão

Exibir Arquivos. 3 – Na próxima janela, que será a unidade de disco rígido que está

sendo armazenado os cookies, localize o cookie que deseja ex-cluir.

4 – Se desejar excluir mais de um cookie pressione CTRL à medida que for clicando em cada cookie (esta operação faz com que vo-cê selecione um grupo de cookies).

5 – Aperte a tecla Delete. 6 – Ao terminar clique Ok. Lembrete: Determinados sites da Internet armazenam seu nome de

membro, senha e outras informações pessoais. Assim ao excluir todos os cookies o usuário deverá redigitar as senhas e outras informações dos sites visitados.

O QUE SÃO "GRUPOS DE DISCUSSÃO" (NEWSGROUPS)

Grupos de discussão, Grupos de Notícias ou Newsgroups, são espé-cies de fóruns, como estes que você já conhece. As comunidades do Orkut também seguem um molde parecido com os newsgroups, porém com muitas limitações. São incomparavelmente inferiores aos newsgroups. Tanto os fóruns da web como as comunidades do Orkut, você acessa pelo seu navegador (Firefox, Internet Explorer, Netscape, etc.), através de um endereço de uma página.

Entretanto, para acessar os newsgroups, você precisa de um leitor,

chamado newsreader (Leitor de Notícias). Um popular leitor de newsgroup, é o Outlook Express, esse mesmo que vem com o Internet Explorer e você usa para acessar seus e-mails, pois além de ser cliente de e-mail, ele tem capacidade de acessar servidores de newsgroups, mas com algumas limitações.

Em alguns casos, também é possível acessar os mesmos grupos de discussão via navegador, mas isso se o administrador do servidor disponibi-lizar esse recurso. Porém, acessando via navegador, estaremos deixando

de usar o serviço newsgroup de fato, passando a utilizar um simples

fórum da Internet. Operação Basicamente, um newsgroup funciona assim: 1. Alguém envia uma mensagem para o grupo, posta ela. 2. Essa mensagem fica armazenada no servidor do news, e qualquer

pessoa que acessar o servidor e o grupo onde essa mensagem foi postada, poderá visualizá-la, respondê-la, acrescentar algo, discordar, concordar, etc. A resposta também fica armazenada no servidor, e assim como a mensagem original, outras pessoas poderão "responder a resposta" da mensagem original. Para entender melhor, veja um exemplo da estrutura de um newsgroup, veja o exemplo na figura abaixo.

Cada servidor possui diversos grupos dentro dele, divididos por tema.

Atualmente, a maior rede brasileira de newgroups é a U-BR (http://u-br.tk). A U-BR foi criada após o UOL ter passado a não disponibilizar mais

acesso via NNTP (via Gravity, Outlook Express, Agent, etc.) para não-assinantes. De certa forma, isso foi bom, pois acabou "obrigando" os usuá-rios a buscar uma alternativa. Eis então que foi criada a U-BR.

A grande vantagem da U-BR, é que ela não possui um servidor central, ou seja, se um dos servidores dela ficar "fora do ar", você pode acessar usando um outro servidor. Os temas (assuntos) disponíveis nos news-groups em geral, variam desde Windows XP até Política, passando por hardware em geral, sociologia, turismo, cidades, moutain-bike, música, Jornada nas Estrelas, futebol, filosofia, psicologia, cidades, viagens, sexo, humor, música e muito mais. É impossível não achar um tema que lhe agrade.

Instalação configuração e criação de contas Para acessar um news, você precisa usar um programa cliente, o

newsreader. Um dos mais populares é o Outlook Express, da Microsoft, mas não é o melhor. Existem inúmeros programas disponíveis na Internet, que possibilitam, a criação de grupos de discurções, entre eles destacam-

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 31

se o Gravity, da MicroPlanet.

Para usários do Linux, recomendo o Pan Newsreader (também

disponível para Windows). Para configurar uma conta de acesso no Outlook Express, vá no menu

Ferramentas > Contas > Adicionar > News. Siga os passos exibidos na

Tela, informando o servidor de sua preferência quando solici-

tado, veja no exemplo abaixo: CONFIGURAÇÃO DE UMA CONTA DE NEWSGROUP

MICROSFT OUTLOOK EXPRESS Para configurar o acesso aos newsgroups, siga os passos referidos em

baixo: No Microsoft Outlook Express, seleccionar Tools / Accounts

Aqui vai iniciar o processo de configuração da sua conta nos news-

groups. Para tal terá de preencher o nome e endereço de correio electróni-co que pretende que apareçam nas mensagens, bem como o endereço de servidor de newsgroups: news.iol.pt.

Clique em "Yes" para obter as mensagens dos newsgroups.

Nesta janela, poderá escolher quais pretende ver, clicando no "News"

desejado e posteriormente em "Subscribe". Depois de ter seleccionado todos os newsgroups que pretende visualizar, deverá clicar em "OK".

Depois de seleccionados, poderá encontrar os newsgroups escolhidos

na pasta news.iol.pt.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 32

Aqui vai iniciar o processo de configuração da sua conta nos news-groups. Para tal terá de preencher o nome e endereço de correio electróni-co que pretende que apareçam nas mensagens, bem como o endereço de servidor de newsgroups: news.iol.pt.

MICROSOFT OFFICE OUTLOOK Envie e receba email; gerencie sua agenda, contatos e tarefas; e regis-

tre suas atividades usando o Microsoft Office Outlook. Iniciando o Microsoft Office Outlook Clique em Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft Offi-

ce Outlook. Esta versão do Outlook inclui novos recursos criados para ajudá-lo a

acessar, priorizar e lidar com comunicação e informações, de forma a otimizar o seu tempo e facilitar o gerenciamento do fluxo crescente de emails recebidos.

Experiência de Email Dinâmica. O Outlook ajuda você a ler, organi-

zar, acompanhar e localizar emails com mais eficiência do que antigamen-te. O novo layout da janela exibe mais informações na tela de uma só vez, mesmo em monitores pequenos. A lista de mensagens foi reprojetada para utilizar o espaço de forma mais inteligente. Como resultado disso, você perderá menos tempo com a navegação e dedicará mais tempo à realiza-ção de suas tarefas. O agrupamento automático de mensagens ajuda o usuário a localizar e a ir para emails em qualquer lugar da lista com mais rapidez do que antes. E você ainda pode mover ou excluir todas as mensa-gens em um grupo de uma vez.

Filtro de Lixo Eletrônico. O novo Filtro de Lixo Eletrônico ajuda a evi-

tar muitos dos emails indesejáveis que você recebe todos os dias. Ele usa a tecnologia mais avançada desenvolvida pelo Centro de Pesquisa da Micro-soft para avaliar se uma mensagem deve ser tratada como lixo eletrônico com base em vários fatores como, por exemplo, o horário em que a men-sagem foi enviada e o seu conteúdo. O filtro não identifica nenhum reme-tente ou tipo de email específico; ele se baseia no conteúdo da mensagem e faz uma análise avançada da estrutura da mensagem para determinar a probabilidade de ser ou não lixo eletrônico. Qualquer mensagem detectada pelo filtro é movida para a pasta Lixo Eletrônico, de onde ela pode ser recuperada ou revisada posteriormente. Você pode adicionar emails à Lista de Remetentes Confiáveis para garantir que as mensagens desses reme-tentes nunca sejam tratadas como lixo eletrônico e pode ainda bloquear mensagens de determinados endereços de email ou nomes de domínio adicionando o remetente à Lista de Remetentes Bloqueados.

Painel de Navegação. O Painel de Navegação é mais do que uma

simples lista de pastas: ele combina os recursos de navegação principal e compartilhamento do Outlook em um local de fácil utilização. Em Email, você encontrará mais pastas de email do que antigamente. Além disso, poderá adicionar suas pastas favoritas ao início da lista. Em Calendário, você poderá exibir os calendários compartilhados de outras pessoas lado a lado com o seu próprio calendário. Em Contatos, você verá a lista de todas as pastas de contatos que poderá abrir (estejam elas armazenadas no seu computador ou em um local da rede), bem como maneiras aperfeiçoadas de exibir os contatos. Todos os oito módulos do Outlook possuem uma interface de usuário criada para ajudá-lo a encontrar rapidamente o que você está procurando, na forma como você gosta de ver essa informação.

Painel de Leitura. O Painel de Leitura é o local ideal para ler emails,

sem a necessidade de abrir uma janela separada para cada mensagem. Como um pedaço de papel, o Painel de Leitura é posicionado verticalmen-te. Esse layout é mais confortável e, em conjunto com a nova lista de mensagens de várias linhas, significa que você pode ver quase o dobro do conteúdo de um email em um monitor do mesmo tamanho, se comparado com o Painel de Visualização das versões anteriores do Outlook.

Sinalizadores Rápidos. Se você precisar responder a um email, mas

não tiver tempo agora, clique no ícone do sinalizador ao lado da mensagem para marcá-la com um Sinalizador Rápido. Os diversos sinalizadores colo-ridos facilitam a categorização das mensagens. A pasta denominada – Para Acompanhamento" sempre contém uma lista atualizada de todas as men-sagens marcadas com sinalizadores rápidos em cada pasta da caixa de correio.

Organizar por Conversação. Se você receber muitos emails diaria-mente, poderá se beneficiar da opção de agrupamento denominada Orga-nizar por Conversação. O modo de exibição Organizar por Conversação mostra a lista de mensagens de uma forma orientada a conversação ou "segmentada". Para que você leia os emails com mais rapidez, esse modo de exibição mostra primeiro apenas as mensagens não lidas e marcadas com Sinalizadores Rápidos. Cada conversação pode ser ainda mais ex-pandida para mostrar todas as mensagens, inclusive os emails já lidos. Para organizar as mensagens dessa forma, clique em Organizar por Con-versação no menu Exibir.

Pastas de Pesquisa. As Pastas de Pesquisa contêm resultados de

pesquisa, atualizados constantemente, sobre todos os itens de email cor-respondentes a critérios específicos. Você pode ver todas as mensagens não lidas de cada pasta na sua caixa de correio em uma Pasta de Pesquisa denominada "Emails Não Lidos". Para ajudá-lo a reduzir o tamanho da caixa de correio, a Pasta de Pesquisa "Emails Grandes" mostra os maiores emails da caixa de correio, independentemente da pasta em que eles estão armazenados. Você também pode criar suas próprias Pastas de Pesquisa: escolha uma pasta na lista de modelos predefinidos ou crie uma pesquisa com critérios personalizados e salve-a como uma Pasta de Pesquisa para uso futuro.

Calendários Lado a Lado,.Agora você pode exibir vários calendários

lado a lado na janela Calendário do Outlook.Todos os calendários podem ser vistos lado a lado: calendários locais, calendários de pastas públicas, calendários de outros usuários ou lista de eventos da equipe do Microsoft Windows® SharePoint™ Services. Os calendários são codificados por cores para ajudá-lo a distingui-los.

Regras e Alertas. O Outlook o alertará da chegada de novos emails na

sua Caixa de Entrada exibindo uma notificação discreta na área de traba-lho, mesmo quando você estiver usando outro programa. É possível criar rapidamente regras para arquivar emails com base na mensagem, selecio-nando a mensagem e clicando em Criar Regra.

Modo de Transferência em Cachê. Se você usa o Microsoft Exchange

Server não precisa mais se preocupar com problemas causados por redes lentas ou distantes. O Outlook pode baixar a caixa de correio para o seu computador, reduzindo a necessidade de comunicação com o servidor de email. Se a rede ficar indisponível, o Outlook continuará utilizando as infor-mações já baixadas — e talvez você nem perceba a queda da rede. O Outlook se adapta ao tipo de rede disponível, baixando mais itens de email em redes mais rápidas e oferecendo mais controle sobre os itens baixados em redes lentas. Se usar o Outlook com o Microsoft Exchange Server, você se beneficiará de uma redução significativa no tráfego da rede, que o ajudará a obter as informações com mais rapidez.

Ícones de listas de mensagens do Outlook Express Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das

mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados ou ainda se as mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas. Veja o que eles significam:

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 33

Como criar uma conta de e-mail Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o seguinte: 1. Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou do

administrador da rede local e informe-se sobre o tipo de servidor de e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails.

2. Você precisará saber o tipo de servidor usado: POP3 (Post Office Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol) ou HTTP (Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de entrada e, para POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geral-mente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)

Vamos à configuração: 3. No menu Ferramentas, clique em Contas.

Logo a seguir visualizaremos o assistente de configuração do Outlook,

posteriormente clique no botão adicionar- Email.

Clique em Email e o Assistente para conexão com a Internet irá se

abrir. Basta seguir as instruções para estabelecer uma conexão com um servidor de e-mail ou de notícias e ir preenchendo os campos de acordo com seus dados.

Observação: Cada usuário pode criar várias contas de e-mail, repetindo o procedi-

mento descrito acima para cada conta. Compartilhar contatos Para compartilhar contatos você tiver outras identidades (outras pesso-

as) usando o mesmo Outlook Express, poderá fazer com que um contato fique disponível para outras identidades, colocando-o na pasta Contatos compartilhados. Desta forma, as pessoas que estão em seu catálogo de endereços "aparecerão" também para outras identidades de seu Outlook. O catálogo de endereços contém automaticamente duas pastas de identida-des: a pasta Contatos da identidade principal e uma pasta que permite o

compartilhamento de contatos com outras identidades, a pasta Contatos compartilhados. Nenhuma destas pastas pode ser excluída. Você pode criar um novo contato na pasta compartilhada ou compartilhar um contato existente, movendo um de seus contatos para a pasta Contatos comparti-lhados.

1. Clique em Ferramentas/ Catálogo de Endereços. Seu catálogo de endereços irá se abrir. Se você não estiver visuali-

zando a pasta Contatos compartilhados à esquerda, clique em Exi-bir de seu Catálogo de Endereços, clique em Pastas e grupos.

Na lista de contatos, selecione o contato que deseja compartilhar. Arraste o contato para a pasta Contatos compartilhados ou para uma

de suas subpastas. Salvar um rascunho Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde, faça o

seguinte: 1. Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo. 2. A seguir, clique em Salvar. Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma mensagem

de e-mail em outros arquivos de seu computador no formato de e-mail (.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html).

Abrir anexos Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte: 1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de papel no ca-

beçalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do arquivo. Ou apenas clique no símbolo de anexo

Na parte superior da janela da mensagem, clique duas vezes no ícone

de anexo de arquivo no cabeçalho da mensagem. (Quando uma mensagem tem um arquivo anexado, um ícone de clipe

de papel é exibido ao lado dela na lista de mensagens.) Salvar anexos Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o seguinte: 1. Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer salvar. 2. No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.

Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que você quer sal-

var. 4. Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado na caixa abai-

xo é onde você quer salvar seus anexos. (Caso não seja, clique em "Procurar" e escolha outra pasta ou arquivo.)

5. Clique em Salvar.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 34

Como redigir um e-mail A competitividade no mundo dos negócios obriga os profissionais a

uma busca cada vez maior de um diferencial em sua qualificação. Sabe-se da importância de uma boa comunicação em nossos dias. Quantos não vivem às voltas com e-mails, atas, cartas e relatórios?

A arte de se comunicar com simplicidade é essencial para compor qualquer texto. Incluímos aqui todas e quaisquer correspondências comer-ciais, empresariais ou via Internet (correio eletrônico).

Uma correspondência tem como objetivo comunicar algo. Portanto, é

fundamental lembrar que a comunicação só será eficiente se transmitir ao destinatário as ideias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas quanto ao que estamos querendo dizer.

O e-mail é uma forma de comunicação escrita e, portanto, exige cuida-

do. A maior diferença entre um e-mail e uma correspondência via correio tradicional está na forma de transmissão, sendo a primeira, indubitavelmen-te, mais rápida e eficiente.

Ao escrevermos um e-mail, sobretudo com finalidade comercial ou em-

presarial, devemos observar alguns pontos: 1. A forma como você escreve e endereça o e-mail permite que o des-

tinatário interprete seu interesse e o quanto ele é importante para você. O bom senso deve sempre prevalecer de acordo com o tipo de mensa-

gem a ser transmitida. A natureza do assunto e a quem se destina o e-mail determinam se a mensagem será informal ou mais formal. Em qualquer um dos casos, os textos devem ser curtos, bastante claros, objetivos.

O alinhamento à esquerda facilita a leitura. 2. Quando vamos enviar um e-mail em nome de uma empresa ou or-

ganização, é conveniente deixar em destaque que se trata de uma comuni-cação institucional, o que não se faz necessário na correspondência tradici-onal, uma vez que esse aspecto é evidenciado pelo timbre, nome ou marca já impresso no papel.

No caso dos e-mails, temos apenas os campos Para ou To e, para en-

viarmos com uma cópia para outra pessoa, preenchemos o campo CC (Cópia Carbono).

Convém ressaltar que existe um outro campo que pode utilizado para

enviarmos uma cópia para outra pessoa, de modo que não seja exibido o endereço em questão: é o campo CCO (Cópia Carbono Oculta).

Às vezes, recebemos um e-mail com uma lista enorme de destinatá-

rios, o que não é nada recomendável. Se quisermos enviar uma mesma mensagem para um grande

Veja o exemplo: Posteriormente basta clicar no botão enviar

Para grupos de endereços, é preferível colocarmos todos eles no cam-

po CCO e apenas um endereço no campo Para. Estaremos fazendo um favor a quem recebe, além de não estarmos divulgando o endereço de outras pessoas desnecessariamente.

3. É importante indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado.

Uma indicação clara nessa linha ajuda na recepção da mensagem. Lembre-se de que seu destinatário pode receber muitas mensagens e não presuma que ele seja um adivinho. Colocar, por exemplo, apenas a palavra “informa-ções” no campo assunto, não ajuda em nada. Especifique claramente o conteúdo. Por exemplo: Informações sobre novo curso.

4. No espaço reservado à mensagem, especifique logo no início o

emissor e o receptor. Exemplo:

Prezado Cliente Agradecemos aquisição de nossos produtos. Grato. Podemos sintetizar assim: 1. Sempre colocar o assunto. 2. Indique o emissor e o destinatário no corpo da mensagem. 3. Coloque apenas uma saudação. 4. Escreva a mensagem com palavras claras e objetivas. 5. Coloque em destaque (negrito, sublinhado, ou itálico) os aspectos

principais do e-mail. 6. Digite o seu nome completo ou nome da empresa. 7. Abaixo digite o seu e-mail (no caso do destinatário querer respon-

der para você, ou guardar seu endereço). 8. Envie a mensagem. Verificar novas mensagens Para saber se chegaram novas mensagens, faça o seguinte: Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na barra de ferra-

mentas. Os e-mail serão recebidos na caixa de entrada do Outlook, caso houver

algum e-mail a ser enviado, o mesmo será enviado automaticamente. Pastas Padrões As pastas padrões do Outlook não podem ser alteradas. Você poderá

criar outras pastas, mas não deve mexer nas seguintes pastas: 1. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as mensagens

que chegam ao seu Outlook. (Você pode criar pastas e regras para mudar o lugar para o qual suas mensagens devam ser en-caminhadas.).

2. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já escreveu e que vai mandar para o(s) destinatário(s).

3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os e-mails que vo-cê já mandou.

4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você já excluiu de outra(s) pasta(s), mas continuam em seu Outlook.

5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo podem fi-car guardadas aqui enquanto você não as acaba de compor de-finitivamente. Veja como salvar uma mensagem na pasta Ras-cunhos.

Criar novas pastas Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicionar quantas pas-

tas quiser. 1. No menu Arquivo, clique em Pasta. 2. Clique em Nova. 3. Uma nova janela se abrirá. Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que deseja dar à pasta

e, em seguida, selecione o local para a nova pasta. Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta nova dentro

daquela que estiver selecionada no momento. Se você selecionar, por exemplo, "Caixa de Entrada" e solicitar uma nova pasta, esta será posicio-nada dentro da Caixa de Entrada.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 35

Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que você já criou, selecione sempre o item Pastas Locais

Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova pasta que você acabou de criar.

MOZILLA THUNDERBIRD

1. Para configurar sua conta no Thunderbird, ao abrir o programa, na tela principal, clique no menu Ferramentas e em seguida em Configurar contas...

2. Clique em Adicionar conta...

3. Selecione a opção Conta de Correio Eletrônico e clique em Se-guinte.

4. No campo O seu Nome: preencha com o seu nome (ele aparecerá na mensagem enviada ao destinatário). No campo Endereço e Correio: digite o seu endereço eletrônico da USP e clique em Seguinte.

5. Selecione o tipo de recepção de sua preferência (recomendado POP). No campo Servidor de Recepção: digite em letras minúsculas pop.usp.br. No campo Enviar mensagens por este servidor SMTP: digite em letras minúsculas smtp.usp.br.

Ao final, clique em Seguinte.

6. No campo Nome de utilizador: digite seu login (sem @usp.br no fi-nal) do email USP. No campo Nome de utilizador do servidor SMTP: digite seu login novamente. Logo após, clique em Seguinte.

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7. No campo Nome da conta: digite o seu endereço eletrônico da USP e clique em Seguinte.

8. Clique em Concluir.

9. De volta à tela de Configuração de Conta, no menu do lado es-querdo, clique na opção Servidor de Saída (SMTP).

10. No campo que irá aparecer, selecione o item correspondente ao smtp da usp e em seguida clique em Editar...

11. Na tela de configuração do Servidor SMTP que irá surgir, altere o número da porta de 25 para 587.

12. Na área de Autenticação e Segurança abaixo, a opção Usar no-me de utilizador e senha deve estar marcada (caso não esteja, marque-a), e no campo Nome de utilizador: logo abaixo, digite seu login (sem @usp.br no final). No item Usar ligação segura: deixe marcada a opção Não. Ao final, clique em OK.

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13. De volta à tela de Configuração de Conta, selecione a opção Con-figurações do Servidor no menu esquerdo (referente ao seu email @usp.br).

14. Marque a opção Deixar mensagens no servidor (para que, ao baixar as mensagens, seja mantida uma cópia no email USP). Clique em OK para finalizar.

15. Feche o Thunderbird e reabra-o novamente. Agora, basta clicar em Obter correio no menu superior para enviar/receber suas mensagens.

Fonte: cce.usp.br

COMUNICAÇÃO: PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO E REDE DE LOCAIS E REMOTAS

Atualmente é praticamente impossível não se deparar com uma rede

de computadores, em ambientes relacionados à informática, principalmente porque a maioria dos usuários de computadores se conectam a Internet - que é a rede mundial de computadores.

As redes de computadores surgiram da necessidade de troca de infor-

mações, onde é possível ter acesso a um dado que está fisicamente locali-zado distante de você, por exemplo em sistemas bancários. Neste tipo de sistema você tem os dados sobre sua conta armazenado em algum lugar, que não importa onde, e sempre que você precisar consultar informações sobre sua conta basta acessar um caixa automático.

As redes não são uma tecnologia nova. Existe desde a época dos pri-

meiros computadores, antes dos PC‘s existirem, entretanto a evolução da tecnologia permitiu que os computadores pudessem se comunicar melhor a um custo menor.

Além da vantagem de se trocar dados, há também a vantagem de compartilhamento de periféricos, que podem significar uma redução nos custos de equipamentos. A figura abaixo representa uma forma de compar-tilhamento de impressora (periférico) que pode ser usado por 3 computado-res.

É importante saber que quando nos referimos a dados, não quer dizer

apenas arquivos, mas qualquer tipo de informação que se possa obter de um computador.

Os principais motivos que levam a implantação de uma rede de compu-tadores são:

• Possibilitar o compartilhamento de informações (programas e da-dos) armazenadas nos computadores da rede;

• Permitir o compartilhamento de recursos associados às máquinas interligadas;

• Permitir a troca de informações entre os computadores interliga-dos;

• Permitir a troca de informações entre usuários dos computadores interligados;

• Possibilitar a utilização de computadores localizados remotamente; • Permitir o gerenciamento centralizado de recursos e dados; Tipos de redes Do ponto de vista da maneira com que os dados de uma rede são

compartilhados podemos classificar as redes em dois tipos básicos: • Ponto-a-ponto: que é usado em redes pequenas; • Cliente/servidor: que pode ser usado em redes pequenas ou em

redes grandes. Esse tipo de classificação não depende da estrutura física usada pela

rede (forma como está montada), mas sim da maneira com que ela está configurada em software.

Redes Ponto-a-Ponto Esse é o tipo mais simples de rede que pode ser montada, praticamen-

te todos os Sistemas Operacionais já vêm com suporte a rede ponto-a-ponto (com exceção do DOS). Nesse tipo de rede, dados e periféricos podem ser compartilhados sem muita burocracia, qualquer micro pode facilmente ler e escrever arquivos armazenados em outros micros e tam-bém usar os periféricos instalados em outros PC‘s, mas isso só será possí-vel se houver uma configuração correta, que é feita em cada micro. Ou seja, não há um micro que tenha o papel de servidor da rede, todos micros podem ser um servidor de dados ou periféricos.

Apesar de ser possível carregar programas armazenados em outros

micros, é preferível que todos os programas estejam instalados individual-mente em cada micro. Outra característica dessa rede é na impossibilidade de utilização de servidores de banco de dados, pois não há um controle de sincronismo para acesso aos arquivos.

Vantagens e Desvantagens de uma rede Ponto-a-Ponto: • Usada em redes pequenas (normalmente até 10 micros);

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 38

• Baixo Custo; • Fácil implementação; • Baixa segurança; • Sistema simples de cabeamento; • Micros funcionam normalmente sem estarem conectados a rede; • Micros instalados em um mesmo ambiente de trabalho; • Não existe um administrador de rede; • Não existe micros servidores; • A rede terá problemas para crescer de tamanho. Redes Cliente/Servidor Este tipo de rede é usado quando se deseja conectar mais de 10 com-

putadores ou quando se deseja ter uma maior segurança na rede. Nesse tipo de rede aparece uma figura denominada servidor. O servidor é um computador que oferece recursos especializados, para os demais micros da rede, ao contrário do que acontece com a rede ponto-a-ponto onde os computadores compartilham arquivos entre si e também podem estar fazendo um outro processamento em conjunto.

A grande vantagem de se ter um servidor dedicado é a velocidade de

resposta as solicitações do cliente (computador do usuário ou estações de trabalho), isso acontece porque além dele ser especializado na tarefa em questão, normalmente ele não executa outra tarefas. Em redes onde o desempenho não é um fator importante, pode-se ter servidores não dedica-dos, isto é, micros servidores que são usados também como estação de trabalho.

Outra vantagem das redes cliente/servidor é a forma centralizada de administração e configuração, o que melhora a segurança e organização da rede.

Para uma rede cliente/servidor podemos ter vários tipos de servidores dedicados, que vão variar conforme a necessidade da rede, para alguns tipos desses servidores podemos encontrar equipamentos específicos que fazem a mesma função do computador acoplado com o dispositivo, com uma vantagem, o custo desses dispositivos são bem menores. Abaixo temos exemplos de tipos de servidores:

Servidor de Arquivos: É um servidor responsável pelo armazenamen-

to de arquivos de dados - como arquivos de texto, planilhas eletrônicas, etc... É importante saber que esse servidor só é responsável por entregar os dados ao usuário solicitante (cliente), nenhum processamento ocorre nesse servidor, os programas responsáveis pelo processamento dos dados dos arquivos deve estar instalados nos computadores clientes.

• Servidor de Impressão: É um servidor responsável por processar os pedidos de impressão solicitados pelos micros da rede e enviá-los para as impressoras disponíveis. Fica a cargo do servidor fazer o gerenciamento das impressões.

• Servidor de Aplicações: É responsável por executar aplicações do tipo cliente/servidor como, por exemplo, um banco de dados. Ao contrário do servidor de arquivos, esse tipo de servidor faz proces-samento de informações.

• Servidor de Correio Eletrônico: Responsável pelo processamen-to e pela entrega de mensagens eletrônicas.

Componentes de uma Rede Cliente: Um cliente em uma rede, corresponde a todo computador que

busca a utilização de recursos compartilhados ou o acesso a informações que encontram-se em pontos centralizados na rede.

Servidor: Um servidor em uma rede corresponde a um computador que centraliza o oferecimento de recursos compartilhados e que atende as requisições dos computadores clientes desta rede.

Usuário: Corresponde a toda pessoa que utiliza um computador cliente e que procura acess de uma rede

Administrador: O administrador de uma rede corresponde ao profissi-onal que que cuida do gerenciamento dos recursos da rede, manutenção, segurança etc.

Hardware de rede: A placa de redes ou interface corresponde ao dis-positivo que anexado ao computador permite que ele possa ser conectado fisicamente a rede.

Modem: É responsável pela modulação e demodulação dos dados, ou seja codifica o sinal de entrada e saída dos dados.

Sistema operacionais: Para um computador operar em uma rede, tan-to no papel cliente, como no servidor, é necessário que o sistema operacio-

nal instalado neste computador possa suportar as operações de comunica-ção em rede. Todos os sistemas operacionais atuais suportam e reconhe-cem a operação em rede, implementando em suas operações de entrada e saída, as funções de utilização como clientes e servidores. Temos como exemplo os seguintes sistemas: Windows (9x, XP, NT, 2000 e 2003), Novell Netware, Mac OS, Unix e Linux.

Protocolo: O protocolo de rede corresponde a um padrão de comuni-cação existente em uma rede. Para que dois computadores possam trocar informações entre si, é necessário que utilizem o mesmo protocolo de rede. Como exemplos de protocolos de rede atuais temos: TCP/IP, IPX/SPX, AppleTalk, SNA, NETBEUI.

Topologia: Uma topologia de rede corresponde ao desenho lógico que uma rede apresenta. Mostrando principalmente o caminho da comunicação entre os computadores de uma rede.

Classificação de redes de computadores As redes de computadores podem ser classificadas de duas formas:

pela sua dispersão geográfica e pelo seu tipo de topologia de interconexão. Em relação a dispersão geográfica podemos classifica-las como:

Rede Local - LAN (Local Area Network): que são redes de pequena dispersão geográfica dos computadores interligados que conectam compu-tadores numa mesma sala, prédio, ou campus com a finalidade de compar-tilhar recursos associados aos computadores, ou permitir a comunicação entre os usuários destes equipamentos.

Rede de Longa Distância -WAN (Wide Area Network): redes que usam linhas de comunicação das empresas de telecomunicação. É usada para interligação de computadores localizados em diferentes cidades, estados ou países.

Rede Metropolitana - MAN (Metropolitan Area Network): computa-dores interligados em uma região de uma cidade, chegando, às vezes, a interligar até computadores de cidades vizinhas próximas. São usadas para interligação de computadores dispersos numa área geográfica mais ampla, onde não é possível ser interligada usando tecnologia para redes locais.

Podemos fazer interligações entre redes, de forma que uma rede distin-ta possa se comunicar com uma outra rede. Entre as formas de interliga-ções de rede destacamos a Internet, Extranet e Intranet.

Internet A Internet (conhecida como rede mundial de computadores) é uma in-

terligação de mais de uma rede local ou remota, na qual é necessário a existência de um roteador na interface entre duas redes. A transferência de dados ocorre de forma seletiva entre as redes, impedindo assim o tráfego desnecessário nas redes. A Internet tem por finalidade restringir o fluxo das comunicações locais ao âmbito de suas limitações físicas, permitindo o acesso a recursos remotos e o acesso de recursos locais por computadores remotos, quando necessário.

lntranet A Intranet é uma rede privada localizada numa corporação constituída

de uma ou mais redes locais interligadas e pode incluir computadores ou redes remotas. Seu principal objetivo é o compartilhamento interno de informações e recursos de uma companhia, podendo ser usada para facili-tar o trabalho em grupo e para permitir teleconferências. o uso de um ou mais roteadores podem permitir a interação da rede interna com a Internet. Ela se utiliza dos protocolos TCP/IP, HTTP e os outros protocolos da Inter-net são usados nas comunicações e é caracterizada pelo uso da tecnologia WWW dentro de uma rede corporativa.

Extranet É uma rede privada (corporativa) que usa os protocolos da Internet e

os serviços de provedores de telecomunicação para compartilhar parte de suas informações com fornecedores, vendedores, parceiros e consumido-res. Pode ser vista como a parte de uma Intranet que é estendida para usuários fora da companhia. Segurança e privacidade são aspectos funda-mentais para permitir o acesso externo, que é realizado normalmente através das interfaces da WWW, com autenticações, criptografias e restri-ções de acesso. Pode ser usado para troca de grandes volumes de dados, compartilhamento de informações entre vendedores, trabalho cooperativo entre companhias, etc.

Redes sem fio

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A tecnologia hoje, atingiu um grau de disseminação na sociedade que faz com que esteja presente em todas as áreas de trabalho e também até nas áreas do entretenimento. Esse crescimento fez com que as pessoas precisem se conectar em redes em qualquer lugar a qualquer hora. Em muitas situações é impossível ou mesmo muito custoso montar uma estru-tura de conexão utilizando cabeamento convencional. É aí que entra a conexão de redes sem fio. As redes sem fio (ou também conhecidas pelos termos em inglês Wireless e WiFi) correspondem a infra estruturas que permitem a conexão de computadores entre si ou a uma rede convencional, utilizando tecnologias de comunicação que dispensam a utilizam de cabos.

A grande vantagem da rede sem fio é a mobilidade que ela permite aos

computadores, particularmente aos notebooks e portáteis de mão (Palmtops ou PDAs). Um exemplo pode ser dado pelo caso de uma empresa que man-tém um grande depósito de armazenamento e que necessita que um funcio-nário possa levar um computador portátil e registrar a quantidade dos itens no estoque conferindo em cada prateleira. Este computador estaria ligado a rede da empresa, permitindo ao funcionário consultar os dados no banco de dados de estoque e atualizando esses valores se fosse necessário.

O que é topologia física da rede

“Topologia física de rede refere-se ao layout físico dos computadores em uma rede”.

Os profissionais de rede utilizam esse termo quando querem referir-se ao projeto físico da rede, ou a forma como os computadores, e outros componentes de rede, ficam dispostos no projeto geral de uma rede.

A forma de realizar uma tarefa pode tornar um processo mais eficiente. Computadores conectam-se para compartilharem recursos e promoverem serviços para toda a rede. A forma de conectar computadores em rede pode torná-los mais eficientes nas atividades de rede. A topologia de uma rede pode afetar o seu desempenho e sua capacidade.

Montar ou organizar uma rede não é um processo muito simples. De-vem-se combinar diferentes tipos de componentes, escolher o sistema operacional de rede, além de prever como estes componentes estarão sendo conectados em diferentes tipos de ambientes.

Neste ponto a topologia da rede se mostra crucial, por que define como estes componentes estarão sendo interligados em diferentes ambientes e situações e em última análise definem como a informação vai se propagar na rede.

A topologia física de rede também vai definir a topologia lógica da rede ou, como é mais conhecida, a tecnologia de rede a ser utilizada.

Quando usado sozinho, o termo topologia, refere-se a topologia física da rede.

Uma topologia normalmente não corresponde a toda a rede, mas a de-senhos básicos encontrados em diversas partes de uma rede e que assim acabam formando o conjunto completo de uma rede que pode acabar combinando várias topologias.

As estruturas básicas de topologia que formam uma rede podem ser: Barramento - Anel - Estrela - Malha e Sem fio

Barramento Na topologia de barramento os computadores ficam conectados em um

único segmento denominado barramento central ou backbone. Esse seg-mento conecta todos os computadores daquele segmento em uma única linha. Pode ser o caso de que este barramento central do ponto de vista

físico, ser formado de pequenos trechos interligados, mas em termos de transmissão de sinal ser considerado apenas um trecho único.

Comunicação Os computadores na topologia de barramento enviam o sinal para o

backbone que é transmitido em ambas as direções para todos os computa-dores do barramento.

Problemas com o barramento

Terminador com defeito ou solto: Se um terminador estiver com defeito,

solto, ou mesmo se não estiver presente, os sinais elétricos serão retorna-dos no cabo fazendo com que os demais computadores não consigam enviar os dados.

Rompimento do backbone: Quando ocorre um rompimento no backbo-ne, as extremidades do ponto de rompimento não estarão terminadas e os sinais começarão a retornar no cabo fazendo com que a rede seja desati-vada. Objetos pesados que caíam sobre o cabo podem provocar o seu rompimento. O rompimento às vezes não é visual, ficando interno ao cabo, dificultando a identificação.

Estrela Na topologia estrela, os computadores ficam ligados a um ponto central

que tem a função de distribuir o sinal enviado por um dos computadores a todos os outros ligados a este ponto. Esta topologia é assim chamada, pois seu desenho lembra uma estrela.

Funcionamento O ponto central da topologia estrela pode ser um dispositivo de rede

denominado Hub ou ainda ser um dispositivo mais complexo tal como uma switch ou roteador. A implementação mais comum encontrada é a que utiliza um hub como ponto central e cabeamento de par-trançado.

No caso de um Hub o sinal enviado é simplesmente redirecionado a todas as conexões existentes neste Hub, chegando assim a todos os computadores ligados no Hub.

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Na topologia de estrela, há a necessidade de uma conexão de cabo entre cada computador e o Hub ou outro dispositivo agindo como ponto central.

Problemas Os problemas ou desvantagens da utilização desta topologia podem

ser resumidos nos seguintes: • Utilização de uma grande quantidade e metragem de cabos. Em

grandes instalações de rede será preciso um cabo para conectar cada computador ao hub. Dependendo da distância que o hub fica dos computadores, a metragem e a quantidade de cabos, pode se tornar significativa.

• Perda de Conexão na falha do hub. Se, por qualquer razão, o hub for desativado ou falhar, todos os computadores ligados a este hub vão perder a conexão uns com os outros.

Anel Numa topologia em anel os computadores são conectados numa estru-

tura em anel ou um após o outro num circuito fechado. A comunicação é feita de computador a computador num sentido único (horário) através da conexão em anel.

Uma característica importante desta topologia é que cada computador recebe a comunicação do computador anterior e retransmite para o próximo computador.

Funcionamento Na topologia de anel a comunicação entre os computadores é feita

através de um processo denominado passagem de token ou bastão. Um sinal especial denominado Token (bastão) circula pelo anel no sentido horário e somente quando recebe o token é que um computador transmite seu sinal. O sinal circula pelo anel até chegar ao destino, passando por todos os outros computadores. Só após receber de volta o sinal é que o computador libera o token permitindo assim que outro computador possa se comunicar.

Problemas O único problema da topologia de anel é a dependência total do anel

físico implementado, sendo que se for rompido ou comprometido, a comu-nicação em todo o anel é interrompida.

Malha Na topologia em malha os computadores estariam conectados uns aos

outros diretamente formando um desenho semelhante a uma trama ou malha.

Funcionamento A topologia em malha não é utilizada para conexão de computadores,

pois implicaria em múltiplas conexões a partir de cada computador, o que numa grande rede se tornaria inviável. Mas esta topologia pode ser encon-trada na conexão de componentes avançados de rede tais como roteado-res, criando assim rotas alternativas na conexão de redes.

Redes sem fio

Na topologia sem fio os computadores são interligados através de um meio de comunicação que utiliza uma tecnologia sem fio tal como RF (rádio -frequência) ou Infravermelho.

Funcionamento A comunicação numa topologia sem fio é feita computador a computa-

dor através do uso de uma frequência comum nos dispositivos em ambos os computadores.

Quando um computador entra no raio de alcance do outro computador,

cada um passa a enxergar o outro, permitindo assim a comunicação entre eles.

Numa rede RF multiponto, existem pontos de conexão denominados

wireless access points - WAP que conectam computadores com dispositi-vos RF (tranceivers) a uma rede convencional. Este sistema é o mais utilizado em escritórios e também no acesso a Internet em redes metropoli-tanas.

Problemas O principal problema da topologia sem fio é a segurança da comunica-

ção. Pelo fato de que a comunicação sem fio pode ser capturada por qual-quer receptor sintonizado na mesma frequência da comunicação, torna-se necessário que exista um mecanismo adicional de segurança na implemen-tação desta topologia tal como a criptografia da comunicação.

Outro problema também encontrado nas redes sem fio é a interferência

proveniente de dois pontos. Outros dispositivos que atuam na mesma banda de espectro. Obstáculos tais como paredes ou naturais, tal como montes. Equipamentos de rede Placas Adaptadoras de Rede Para que um computador possa se conectar numa mídia de redes é

necessário que exista uma expansão em seu hardware para permitir essa comunicação. Esta expansão é denominada placa adaptadora de rede e pode se apresentar de duas formas:

• Como uma placa de expansão conectada em um slot vazio do computador.

Conector de mídia Baseado na mídia a ser utilizada cada placa adaptadora de rede pode

apresentar os seguintes conectores responsáveis para ligar a mídia. • RJ45 – o mais comum utilizado com cabo de par-trançado • BNC – mais antigo, uti • AUI – utilizado com adaptadores para coaxial ThickNet • ST/SC – utilizados para fibra óptica Padrão Uma placa adaptadora de rede pode utilizar um dos seguintes padrões

de rede hoje utilizados: • Etthenert - o mais utilizado • Token Ring – mais antigo – em desuso • FDDI – utilizado em redes de fibra óptica MAN • WLAN – redes sem fio Velocidade Dentro de cada padrão existem diferentes velocidades de transmissão

como por exemplo no caso de Ethernet: • GigaBit Ethernet – 1000 Mbits/s • Standard Ethernet – 10 Mbits/s • Fast Ethernet – 100 Mbits/s

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Endereço físico Cada placa adaptadora de rede vem com um endereço, já designado

no fabricante, que unicamente te de informação pela mídia, a placa adapta-dora de rede identifica esta placa dentro da rede.

Este endereço é formado internamente como um número de 48 bits e visualizado externamente como um conjunto de 12 caracteres hexadeci-mais.

O endereço físico também é denominado endereço MAC e é exclusivo de cada placa adaptadora de rede.

Cabeamento de redes Quando temos que implementar uma rede de mídia com fio, dizemos

que temos que efetuar cabeamento desta rede. O processo de cabeamento corresponde a conectar todos os computa-

dores numa rede utilizando o tipo de cabo correto em cada situação diferen-te que se encontrar. Para a área de redes podemos usar os seguintes tipos de cabos:

• Coaxial • Par – trançado • Fibra óptica Repetidores O repetidor é um dispositivo responsável por ampliar o tamanho máxi-

mo do cabeamento da rede. Ele funciona como um amplificador de sinais, regenerando os sinais recebidos e transmitindo esses sinais para outro segmento da rede. Como o nome sugere, ele repete as informações rece-bidas em sua porta de entrada na sua porta de saída. Isso significa que os dados que ele mandar para um micro em um segmento, estes dados esta-rão disponíveis em todos os segmentos, pois o repetidor é um elemento que não analisa os quadros de dados para verificar para qual segmento o quadro é destinado. Assim ele realmente funciona como um “extensor” do cabeamento da rede. É como se todos os segmentos de rede estivessem fisicamente instalados no mesmo segmento.

Hubs Os Hubs são dispositivos concentradores, responsáveis por centralizar

a distribuição dos quadros de dados em redes fisicamente ligadas em estrelas. Funcionando assim como uma peça central, que recebe os sinais transmitidos pelas estações e os retransmite para todas as demais. Existem vários tipos de hubs, vejamos:

� Passivos: O termo “Hub” é um termo muito genérico usado para definir qualquer tipo de dispositivo concentrador. Concentradores de cabos que não possuem qualquer tipo de alimentação elétrica são chamados hubs passivos funcionando como um espelho, refle-tindo os sinais recebidos para todas as estações a ele conectadas. Como ele apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo de am-plificação, o comprimento total dos dois trechos de cabo entre um micro e outro, passando pelo hub, não pode exceder os 100 me-tros permitidos pelos cabos de par trançado.

� Ativos: São hubs que regeneram os sinais que recebem de suas portas antes de enviá-los para todas as portas. Funcionando como repetidores. Na maioria das vezes, quando falamos somente “hub” estamos nos referindo a esse tipo de hub. Enquanto usando um Hub passivo o sinal pode trafegar apenas 100 metros somados os dois trechos de cabos entre as estações, usando um hub ativo o sinal pode trafegar por 100 metros até o hub, e após ser retransmi-tido por ele trafegar mais 100 metros completos.

� Inteligentes: São hubs que permitem qualquer tipo de monitora-mento. Este tipo de monitoramento, que é feito via software capaz de detectar e se preciso desconectar da rede estações com pro-blemas que prejudiquem o tráfego ou mesmo derrube a rede intei-ra; detectar pontos de congestionamento na rede, fazendo o possí-vel para normalizar o tráfego; detectar e impedir tentativas de inva-são ou acesso não autorizado à rede entre outras funções, que va-riam de acordo com a fabricante e o modelo do Hub.

Switches O switch é um hub que, em vez de ser um repetidor é uma ponte. Com

isso, em vez dele replicar os dados recebidos para todas as suas portas, ele envia os dados somente para o micro que requisitou os dados através

da análise da Camada de link de dados onde possui o endereço MAC da placa de rede do micro, dando a ideia assim de que o switch é um hub Inteligente, além do fato dos switches trazerem micros processadores internos, que garantem ao aparelho um poder de processamento capaz de traçar os melhores caminhos para o trafego dos dados, evitando a colisão dos pacotes e ainda conseguindo tornar a rede mais confiável e estável. De maneira geral a função do switch é muito parecida com a de um bridge, com a exceção que um switch tem mais portas e um melhor desempenho, já que manterá o cabeamento da rede livre. Outra vantagem é que mais de uma comunicação pode ser estabelecida simultaneamente, desde que as comunicações não envolvam portas de origem ou destino que já estejam sendo usadas em outras comunicações.

Diferença entre Hubs e Switches Um hub simplesmente retransmite todos os dados que chegam para

todas as estações conectadas a ele, como um espelho. Causando o famo-so broadcast que causa muito conflitos de pacotes e faz com que a rede fica muito lenta. O switch ao invés de simplesmente encaminhar os pacotes para todas as estações, encaminha apenas para o destinatário correto pois ele identifica as maquinas pelo o MAC addrees que é estático. Isto traz uma vantagem considerável em termos desempenho para redes congestiona-das, além de permitir que, em casos de redes, onde são misturadas placas 10/10 e 10/100, as comunicações possam ser feitas na velocidade das placas envolvidas.

Roteadores Roteadores são pontes que operam na camada de Rede do modelo

OSI (camada três), essa camada é produzida não pelos componentes físicos da rede (Endereço MAC das placas de rede, que são valores físicos e fixos), mais sim pelo protocolo mais usado hoje em dia, o TCP/IP, o protocolo IP é o responsável por criar o conteúdo dessa camada. Isso significa que os roteadores não analisam os quadros físicos que estão sendo transmitidos, mas sim os datagramas produzidos pelo protocolo que no caso é o TCP/IP, os roteadores são capazes de ler e analisar os data-gramas IP contidos nos quadros transmitidos pela rede.

O papel fundamental do roteador é poder escolher um caminho para o

datagrama chegar até seu destino. Em redes grandes pode haver mais de um caminho, e o roteador é o elemento responsável por tomar a decisão de qual caminho percorrer. Em outras palavras, o roteador é um dispositivo responsável por interligar redes diferentes, inclusive podendo interligar redes que possuam arquiteturas diferentes.

O que são protocolos Pacote é uma estrutura de dados utilizada para que dois computado-

res possam enviar e receber dados em uma rede. Através do modelo OSI, cada camada relaciona-se com a superior e inferior a ela agregando infor-mações de controle aos pacotes. Cada camada do modelo OSI se comuni-ca com a camada adjacente à sua, ou seja, as camadas de um computador se comunicam com as mesmas camadas em um outro computador.

Para que dois computadores possam enviar e receber pacotes e para

que as camadas possam comunicar-se de forma adjacente (no mesmo nível) é necessário um tipo de software chamado de protocolo.

Mas o que são protocolos? “Protocolos são padrões que definem a forma de comunicação en-

tre dois computadores e seus programas”. Protocolos de Mercado Com o desenvolvimento das redes LAN e WAN, e mais recentemente

com o crescimento da Internet, alguns protocolos tornaram-se mais co-muns. Entre eles pode-se citar: NetBEUI, IPX/SPX e TCP/IP

Cada um desses protocolos apresenta características próprias e que podem ser utilizados em situações diferentes.

Endereços de IP Um host TCP/IP dentro de uma LAN é identificado por um endereço ló-

gico de IP. O endereço de IP identifica a localização de um computador na rede da mesma forma que um endereço em uma rua identifica uma casa em uma cidade. Assim como um endereço residencial identifica uma única

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residência ou uma casa, um endereço de IP deve ser único em nível global ou mundial e ter um único formato. Um exemplo de endereços TCP/IP seria: 192.168.10.1

GOOGLE CHROME.

O Chrome é mais novo dos grandes navegadores e já conquistou legi-ões de adeptos no mundo todo. O programa apresenta excelente qualidade em seu desenvolvimento, como quase tudo o que leva a marca Google. O browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo dos softwares.

Neste artigo ensinaremos você a utilizar as principais ferramentas do programa, o que também serve como demonstração para quem gostaria de mudar de navegador. Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo Google Chrome.

Funções visíveis

Antes de detalhar melhor os aspectos mais complicados do navegador, vamos conferir todas as funções disponíveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em seguida:

1. As setas são ferramentas bem conhecidas por todos que já utiliza-ram um navegador. Elas permitem avançar ou voltar nas páginas em exibi-ção, sem maiores detalhes. Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com que o histórico inteiro apareça na janela.

2. Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. Todos são sinôni-mos desta função, ideal para conferir novamente o link em que você se encontra, o que serve para situações bem específicas – links de download perdidos, imagens que não abriram, erros na diagramação da página.

3. O ícone remete à palavra home (casa) e leva o navegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinaremos você a modificar esta página para qualquer endereço de sua preferência.

4. A estrela adiciona a página em exibição aos favoritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.

5. Abre uma nova aba de navegação, o que permite visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.

6. A barra de endereços é o local em que se encontra o link da página visitada. A função adicional dessa parte no Chrome é que ao digitar pala-vras-chave na lacuna, o mecanismo de busca do Google é automaticamen-te ativado e exibe os resultados em questão de poucos segundos.

7. Simplesmente ativa o link que você digitar na lacuna à esquerda.

8. Abre as opções especiais para a página aberta no navegador. Fala-remos um pouco mais sobre elas em seguida.

9. Abre as funções gerais do navegador, que serão melhor detalhadas nos próximos parágrafos.

Para Iniciantes

Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dúvidas básicas sobre essa categoria de programas, continue lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os conceitos e ações mais básicas do programa.

Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao executar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é possível dispensar o famoso “www”, inserido automaticamente pelo programa.)

No entanto nem sempre sabemos exatamente o link que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as palavras-chave do que você procu-

ra na mesma lacuna. Desta forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas a palavra “Baixaki”.

Abas

A segunda tarefa importante para quem quer usar o Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente, basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.

Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pressionar a rodi-nha do mouse, o que torna tudo ainda mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito sobre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma nova guia”.

Liberdade

É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar a aba da janela e desta forma abrir outra independente. Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse faz com que fechem automaticamente.

O botão direito abre o menu de contexto da aba, em que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simplesmente apertando o F1.

Fechei sem querer!

Quem nunca fechou uma aba importante acidentalmente em um mo-mento de distração? Pensando nisso, o Chrome conta com a função “Rea-brir guia fechada” no menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecioná-la para que a última página retorne ao navegador.

Configuração

Antes de continuar com as outras funções do Google Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para isso, vamos às configurações. Vá

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até o canto direito da tela e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”.

Básicas

Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e configurar as páginas que deseja abrir.

Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba anterior, de-fina qual será a página inicial do Chrome. Também é possível escolher se o atalho para a home (aquele em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.

Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui você esco-lhe o site de pesquisas utilizado ao digitar na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.

Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo como seu na-vegador padrão. Se você optar por isso, sempre que algum software ou link for executado, o Chrome será automaticamente utilizado pelo sistema.

Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as senhas que você digitar durante a navegação. A opção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido por você.

Preenchimento automático de formulário: define se os formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) serão sugeridos automatica-mente após a primeira digitação.

Dados de navegação: durante o uso do computador, o Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Limpar dados de navegação” apaga esse conteú-do, enquanto a função “Importar dados” coleta informações de outros navegadores.

Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do navegador. Pa-ra isso, clique em “Obter temas” e aplique um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione “Redefinir para o tema padrão”.

Configurações avançadas

Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado para usuários avançados).

Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com suas preferências.

Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em “Local de download” é possível escolher a pasta em que os arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir que o navegador pergunte o local para cada novo download.

Downloads

Todos os navegadores mais famosos da atualidade contam com pe-quenos gerenciadores de download, o que facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tempo. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em um link de download, muitas vezes o programa perguntará se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo:

Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embaixo da janela, mostrando o progresso do download. Você pode clicar no canto dela e conferir algumas funções especiais para a situação. Além disso, ao selecio-nar a função “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que você está baixando.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a possibilidade de reali-zar pesquisas diretamente dentro de alguns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.

Navegação anônima

Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou históricos de navegação no computador, utilize a navegação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift + N.

Gerenciador de tarefas

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Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o botão direito no topo da página (como indicado na figura) e selecione a função “Gerenciador de tarefas”.

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela controla to-das as abas e funções executadas pelo navegador. Caso uma das guias apresente problemas você pode fechá-la individualmente, sem comprome-ter todo o programa. A função é muito útil e evita diversas dores de cabeça.

Obviamente o Google Chrome conta com diversas outras funções es-pecíficas, o que tornaria este artigo muito grande e dificultaria a leitura. Nestes casos, somente o uso e a experiência com o programa ensinarão você a dominá-lo completamente. O fato é que o Chrome é um excelente navegador e não deve nada para Firefox ou Internet Explorer.

original por: Willian Fonseca

http://fabioapostilas.blogspot.com.br/2010/08/como-usar-o-navegador-de-

internet.html

PROVA SIMULADA I 01. Formatar significa: a) dar forma b) transformar o texto em formato carta c) transformar o texto em formato ofício d) nenhuma das anteriores 02. A formatação funciona como a) enfeite b) alternativa de programação c) alternativa de espaçamento d) nenhuma das anteriores 03. As fontes representam a) programas do computador b) as letras apresentadas no texto c) os arquivos d) nenhuma das anteriores 04. Subscrito significa: a) utilizar a letra “itálico” b) utilizar a letra “sript” c) rebaixar o texto d) nenhuma das anteriores 05. Para copiar e remover um texto podemos a) selecionar o texto e usar Ctrl V – Ctrl C b) selecionar o texto e usar Ctrl X – Ctrl V

c) selecionar o texto e usar Ctrl – Alt – Insert d) nenhuma das anteriores 06. A Mediatriz serve para a) calcular o meio da página b) calcular o cabeçalho da página c) adicionar espaço extra nas margens para encadernação d) nenhuma das anteriores 07. A Orientação define a) o tamanho da impressão b) define se a impressão deve ser feita na horizontal ou vertical c) o tipo de papel a ser usado d) nenhuma das anteriores 08. O zoom nos permite a) reduzir ou ampliar a apresentação da tela b) negritar todo o texto c) formar o texto parcialmente d) nenhuma das anteriores 09. Para salvar um documento em pasta ou disquete devemos clicar a) salvar + o lugar onde salvar b) salvar como + o lugar onde salvar c) salvar + arquivo + locar onde alvar d) nenhuma das anteriores 10. Para criar um novo documento devemos clicar a) Arquivo + Novo b) Meus documentos + Arquivo + Novo c) Meus documentos + Novo + Arquivo + local d) Nenhuma das anteriores 11. A imagem de uma página criada, por uma luz brilhante refletida,

medida e quantificada, de cada ponto de uma página original, caracte-riza o princípio de funcionamento de

a) um plotter, somente. b) um scanner, somente. c) uma impressora laser, somente. d) um plotter ou uma impressora laser. e) um scanner ou uma impressora laser. 12. A criação de cópias de segurança para restaurar ou recuperar arqui-

vos perdidos, em casos de defeito no disco rígido do computador, po-de ser realizada por programas

a) fontes. b) aplicativos. c) compiladores. d) de editar, copiar e colar. e) de backup. 13. O Acessório do Windows utilizado para desenhar é o a) Paint. b) WordPad. c) ScanDisk. e) Mídia Player. e) Microsoft Exposition. 14. Os comandos comuns que podem ser usados em qualquer item do

Windows, clicando-se o botão direito do mouse sobre o item desejado, estão contidos

a) na barra de tarefas. b) na barra de propriedades. c) no menu Iniciar. d) no menu de atalho. e) no Windows Explorer. 15. A criação de um arquivo, a partir de um documento digitado no Word,

é realizado através da caixa de diálogo denominada a) Novo. b) Editar.

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c) Arquivo. d) Salvar tudo. e) Salvar como. 16. A unidade central do computador é composta de: a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa. b) Dispositivos ou Unidades de Entrada. c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal. d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética. e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída 17. A unidade central de processamento (UCP) é composta de: a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa. b) Dispositivos ou Unidades de Entrada. c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal. d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética. e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída 18 - Os periféricos do computador são as/os: a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa. b) Dispositivos ou Unidades de Entrada. c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal. d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética. e) Dispositivos ou Unidades de Entrada/Saída 19 - A memória principal divide-se basicamente em: a) Memória Volátil e Memória de Massa. b) Memória Magnética e Memória Secundária. c) Memória RAM e Memória ROM. d) Memória de Bolha e Memória de Massa. e) Memória Alta e Memória Baixa. 20 - São memórias auxiliares: a) Discos magnéticos e Memória EPROM. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas. c) Memória RAM e Memória ROM. d) Memória de Bolha e Memória Principal. e) Memória Alta e Memória Baixa. 21 - São periféricos somente de entrada: a) Teclado, scanner e leitora de código de barras. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas. c) Teclado, vídeo e impressora. d) Discos magnéticos e memória RAM. e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado. 22 - São periféricos somente de saída: a) Teclado, scanner e leitora de código de barras. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas. c) Vídeo, impressora laser e plotter. d) Discos magnéticos e memória RAM. e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado. 23 - São periféricos magnéticos de entrada/saída: a) Teclado, scanner e leitora de código de barras. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas. c) Vídeo, impressora laser e plotter. d) Discos magnéticos e memória RAM. e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado. 24 - Genericamente pode-se classificar os computadores em: a) Grande porte, minis e mainframes. b) Minicomputadores e estações de trabalho. c) Analógicos e microcomputadores. d) Mainframes, minis e microcomputadores. e) Transistorizados, digitais e híbridos. 25 - A definição de um microcomputador é: a) Equipamento com grande capacidade de memória principal (256

Megabytes), vários processadores, alta velocidade de processamento. b) Equipamento usado geralmente em controle de processos, com

potência e capacidade menor que os mainframes. c) Equipamento baseado em um único processador, com média capaci-

dade de armazenamento em disco fixo (10 a 80 Gigabytes), com di-mensões reduzidas.

d) Equipamento com ou sem unidades de disquetes, com velocidade de

processamento de 10 MIPS. e) Equipamento com três processadores em paralelo e média capacida-

de de armazenamento em disco fixo.

RESPOSTAS

01. A 02. A 03. B 04. C 05. B 06. C 07. B 08. A

09. B 10. A 11. B 12. E 13. A 14. D 15. E 16. C 17. D

18. E 19. C 20. B 21. A 22. C 23. B 24. D 25. C

PROVA SIMULADA II

01) O que é o Windows e qual a sua finalidade? a) ambiente gráfico que tem como objetivo facilitar a vida do usuário. b) aplicativo com recursos avançados. c) gerenciador de arquivos que manipula dados e pastas. d) n.d.a.

02) São propriedades do periférico Mouse: a) soltar, formatar, ampliar b) copiar, direcionar, maximizar. c) apontar, clicar e arrastar, d) n.d.a.

03) O botão INICIAR do Windows serve para: a) reduzir e ampliar uma janela b) iniciar o Windows c) abrir aplicativos, configurar o Windows, abrir documentos, etc. d) n.d.a.

04) Quais os ícones de dimensionamento de janelas: a) iniciar, gerenciar e fechar b) maximizar, minimizar e restaurar c) abrir, explorar e localizar d) n.d.a. 05) Para alterar o tamanho de uma janela, basta: a) clicar em sua borda até que apareça uma seta de duas pontas, arras-

tando para os lados ou para o centro b) clicar em seu centro, movimentando-a para os lados c) clicar em sua barra de título e arrastá-la d) clicar no botão “maximizar” do lado direito da barra de título 06) Os comandos dos Windows são geralmente organizados em: a) caixas de diálogo b) janelas c) menus d) n.d.a. 07) Para alterar a exibição das janelas, deve-se acionar: a) meu computador b) área de trabalho c) barra de tarefas d) n.d.a. 08) Uma caixa de diálogo permite: a) acionar um menu b) abrir um aplicativo Windows c) controlar janelas, formatação de documentos, etc. d) n.d.a. 09) Para acessar a pasta de um aplicativo, utilizamos: a) iniciar ou acessórios b) meu computador ou Windows Explorer

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 46

c) caixa de entrada ou meu computador d) n.d.a. 10) O Windows armazena seus arquivos de programas e de documentos

em: a) pastas b) janelas c) ícones d) n.d.a. 11) Para criar pastas, aciono menu: a) arquivo, novo, pasta (menu secundário) b) arquivo, editar, copiar c) editar, recortar, pasta d) n.d.a. 12) O Windows dispõe de um acessório que simula um CD-Player. Qual é

este acessório? a) WordPad b) Paint c) FreeCell d) multimídia 13) Para iniciar a Agenda, devemos acionar: a) iniciar, acessórios, programas b) iniciar, programas, aplicativos c) iniciar, programas, acessórios d) n.d.a. 14) Porque não podemos desligar o computador, sem antes encerrar uma

sessão: a) para não interromper a impressão b) para não perder dados valiosos ou danificar arquivos abertos c) para não interromper os vínculos com aplicativos d) n.d.a. 15) O Paint, o Word Pad, a Agenda e os Jogos são: a) aplicativos do Windows b) menus do Windows c) janelas do Windows d) n.d.a. 16) O Excel é: a) planilha eletrônica b) processador de texto c) filtro d) n.d.a. 17) Qual o comando de atalho para abrir um documento no Excel? a) crtl +a+o b) ctrl+p c) ctrl+a d) n.d.a. 18) No Excel o botão abrir encontra-se na: a) barra de entrada b) barra de ferramentas c) barra lateral d) n.d.a. 19) No Excel o comando CTRL+B é usado para: a) salvar um arquivo b) sair do Excel c) imprimir o documento d) n.d.a. 20) Para fechar todas as janelas abertas de todas as pastas de trabalho

no Excel o atalho é a) Alt + shift + p b) Alt + f4 c) Alt +4 c) n.d.a. 21) O comando configurar página no Excel serve para: a) controlar gráficos b) controlar impressão

c) controlar a aparência das planilhas impressas d) n.d.a. 22) O comando do Excel usado para imprimir um documento é: a) ctrl + p b) ctrl + a

c) ctrl + j d) n.d.a. 23) O botão do Excel inserir linha, insere uma nova linha vazia______da

linha selecionada. a) na frente b) ao lado c) acima

d) abaixo 24) O botão do Excel inserir planilha, encontra-se na categoria: a) arquivo

b) editar c) célula d) inserir

25) No Excel uma fórmula pode conter: a) janela, referências, operadores, nomes e funções b) constantes, referências, guias, nomes e funções

c) constantes, referências, operadores, nomes e funções d) n.d.a.

26) Quais as três maneiras básicas que permitem trocar informações entre arquivos ou programas no Excel

a) clipboard, vinculando arquivos ou incorporando aplicações b) localizando, adicionando ou incorporando aplicações c) clipboard, vinculando redes ou incorporando aplicações

d) n.d.a. 27) Para que servem as fórmulas no Excel? a) Para substituir dados

b) automatizar os cálculos em uma planilha c) para gravar em cd-rom o resultado d) n.d.a.

28) O Excel salva seu documento com a extensão: a) cdr b) tif

c) xls d) n.d.a.

29) O Word é: a) uma planilha eletrônica b) um processador de texto c) um editor de tabelas

d) n.d.a. 30) Para organizar rapidamente todos os documentos abertos na tela,

basta escolher ____ todas no menu janela do Word a) abrir b) fechar c) ordenar d) n.d.a.

31) O comando tela inteira (Menu Exibir) do Word, serve para: a) ocultar todos os elementos de tela

b) visualizar a impressão c) inserir tabela d) n.d.a.

32) O modo layout da página no Word, permite visualizar a página como será quando ___.

a) Aberta b) Importada

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 47

c) Impressa

d) n.d.a. 33) Para inserir ou incorporar um objeto no Word, usamos o comando

objeto que se encontra no menu: a) inserir b) formatar c) tabela d) n.d.a. 34) Para que servem as ferramentas do Word? a) para consertar o programa b) para manutenção de disco c) para auxiliar o seu trabalho e fazer com que ele tenha uma aparência

profissional d) n.d.a. 35) Para adicionar ou remover marcadores ou numeração rapidamente,

clique sobre o botão ______ ou o botão__________ na barra de fer-ramentas formatação.

a) adicionar; inserir b) marcadores; inserir c) marcadores, numeração d) n.d.a. 36) O que torna o Word, um software amigável é: a) a sua auto formatação b) a facilidade de uso e suas teclas de atalhos c) seu padrão de página d) n.d.a. 37) O assistente de resposta serve para: a) configurar página b) acrescentar borda c) ajuda durante o trabalho, com dicas, referências, aplicação e respos-

tas visuais passo a passo. d) n.d.a. 38) Alinhar e recuar os parágrafos, para que isto seja leito é necessário o

comando_________ no menu ________ a) formatar – layout b) formatar – parágrafo c) parágrafo – formatar d) n.d.a. 39) O comando de formulário no menu inserir do Word: a) insere um campo de formulário b) remove um campo de formulário c) oculta um formulário d) n.d.a. 40) Qual a finalidade do comando cabeçalho e rodapé no menu exibir do

Word? a) ocultar o texto de rodapé apenas com um tipo de letra b) inserir e modificar o cabeçalho e o rodapé c) mudar as margens padrões do rodapé da margem superior d) n.d.a. 41) Para aplicar uma borda rapidamente a um parágrafo, escolha o botão

________ na barra de ferramentas formatação. a) Janela b) Bordas c) Sombras d) n.d.a 42) Qual o comando para mudar o tipo de letra de um trabalho no Word? a) comando fonte (menu formatar) b) comando fonte (menu inserir) c) comando fonte (menu exibir) d) n.d.a. e)

GABARITO

1. A 2. C 3. C 4. B

5. D 6. C 7. A 8. C

9. B 10. A 11. A 12. D

13. C 14. B 15. D 16. A

17. C 18. B 19. A 20. B

21. C 22. A 23. C 24. D

25. C 26. A 27. B 28. C

29. B 30. C 31. A 32. C

33. A 34. C 35. C 36. B

37. C 38. C 39. A 40. B

41. B 42. A

PROVA SIMULADA III 1) Qual a ferramenta para fazer uma cópia de formatos de caractere e

parágrafo no Microsoft Word, depois de selecionado o texto que pos-sui a formatação desejada?

a) Colar b) Copiar c) Colar especial d) Pincel e) nda 2) No Word, para se salvar o documento aberto com um nome diferente

do nome em uso, deve-se utilizar a opção: a) Alterar Nome do menu Arquivo b) Salvar Como do menu Arquivo c) Alterar Nome do menu Ferramentas d) Salvar Como do menu Ferramentas e) nda 3) No editor de textos Word, considere um texto com vários parágrafos e

sem nenhuma formatação inicial. Após dar um clique triplo sobre qualquer palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, clicar no botão Negrito e, finalmente, no botão Itálico, é correto afirmar que:

a) todo o texto ficará com formatação Itálico. b) apenas a palavra que recebeu o clique triplo ficará com formatação

Negrito e Itálico c) todo o texto ficará com formatação Negrito e Itálico. d) a palavra que recebeu o clique duplo ficará com formatação Negrito e

Itálico. e) nda 4) A AutoCorreção do Microsoft Word é um recurso bastante útil durante

o processo de criação de um documento. Qual das alternativas abaixo NÃO é verdadeira no que se refere ao uso da AutoCorreção?

a) A AutoCorreção pode ser utilizada para corrigir erros de ortografia, mas não pode corrigir erros no uso de maiúsculas.

b) Por meio dela pode-se detectar e corrigir automaticamente erros de digitação.

c) Pode ser usada para inserir texto, elementos gráficos ou símbolos rapidamente

d) Pode ser utilizada para corrigir erros de gramática. e) Nda 5) Marque a alternativa com o conjunto de teclas que, quando seleciona-

das ao mesmo tempo pelo usuário, criam um novo documento no Mi-crosoft Word:

a) CTRL e N b) SHIFT e N c) SHIFT e C d) CTRL e C e) nda 6) Sobre o MS Word podemos afirmar corretamente que: a) faz correção ortográfica automática b) através da régua horizontal podemos alterar recuos c) permite voltar apenas as 20 últimas operações feitas d) não podemos criar atalhos de teclado, pois já fazem parte do Word e) nda 7) Marque a alternativa INCORRETA sobre a impressão de documentos

no Microsoft Word: a) Permite imprimir intervalos de páginas, uma alternativa a imprimir

todas as páginas de um documento. b) Ao imprimir duas cópias de um documento com três páginas estas

podem ser impressas nas seguintes sequências: 1,2,3,1,2,3 ou 1,1,2,2,3,3.

c) Para imprimir várias cópias de um documento, deve-se pressionar a tecla CTRL juntamente com a tecla P para cada cópia desejada.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 48

d) Permite imprimir apenas a página correntemente visualizada, sem necessidade de outro meio para explicitar qual é essa página.

e) nda 8) No Word, para alterar a caixa de um texto selecionado, ou seja, trocar

de maiúsculas para minúsculas ou vice-versa, utilizando o teclado, deve-se pressionar, em conjunto, as teclas

a) Ctrl e + b) Ctrl e F3 c) Shift e F5 d) Shift e F3 e) nda 9) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção: a) Mesclar células no menu Tabela combina as células selecionadas em

uma única célula. Dividir células no menu Tabela divide as células se-lecionadas no número de linhas e colunas informados.

b) Selecionar/coluna no menu Tabela seleciona todas as células da coluna que contém o ponto de inserção.

c) Selecionar/tabela no menu Tabela seleciona todas as células da tabela que contém o ponto de inserção

d) Selecionar/linha no menu Tabela seleciona todas as células da linha que contém o ponto de inserção.

e) nda 10) Caso o usuário do Microsoft Word deseje inserir uma quebra de

página incondicional, deve posicionar o cursor onde deseja inserir a quebra da página e, em seguida, pressionar simultaneamente as te-clas:

a) Alt e Page Down b) Ctrl e End c) Alt e End d) Ctrl e Enter e) nda

11) Os diferentes tipos de arquivos são representados por extensões. O Word permite a abertura e o salvamento de vários tipos de arquivos. Assinale a extensão que não é reconhecida pelo Word para abertura de arquivo como documento:

a) *.dot

b) *.rtf

c) *.bmp

d) *.txt

e) nda

12) Para que uma palavra seja impressa em negrito no Word:

a) selecione a palavra dando um clique sobre ela e pressione o botão N;

b) basta pressionar N;

c) coloque o cursor à esquerda da palavra, dê um clique e pressione N e Backspace;

d) selecione a palavra dando dois cliques sobre ela e pressione o botão N;

e) nda

13) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:

a) Classificar no menu Tabela organiza as informações em listas e linhas selecionadas em ordem alfabética, numérica ou de datas.

b) Propriedades da Tabela no menu Tabela permite ajustar a largura, altura, alinhamento e outros atributos de linhas e colunas em tabelas.

c) Personalizar no menu Tabela permite personalizar uma tabela já existente.

d) Ocultar linhas de grade no menu Tabela permite exibir ocultar as linhas de grade pontilhadas para ajudá-lo a ver em quais células está trabalhando.

e) nda

14) Quanto às teclas de Atalho utilizadas no Word, podemos afirmar que:

a) CTRL+P imprime automaticamente o documento ativo sem questio-nar.

b) Para selecionar o texto todo do documento, deve-se usar CTRL+A

c) CTRL+B salva o documento do Word na mesma cópia previamente

gravada.

d) CTRL+J alinha o texto somente à direita da página.

e) nda

15) O Word não permite salvar os documentos como:

a) somente texto com quebras de linha.

b) texto MS-DOS com quebras de linha.

c) banco de dados.

d) HTML

e) nda

16) No editor de texto Word, considere um texto com vários parágrafos, cada um com várias linhas e sem nenhuma formatação inicial. Após clicar sobre uma palavra de um parágrafo qualquer e, em segui-da,clicar no botão Centralizar, é correto afirmar que:

a) apenas a linha que contém a palavra que recebeu o clique ficará centralizada.

b) todo o texto ficará centralizado.

c) apenas a palavra que recebeu o clique ficará centralizada.

d) o parágrafo que contém a palavra que recebeu o clique ficará centrali-zado.

e) nda

17) Uma das formas de movimentarmos um texto ou objeto é depois de selecionarmos o texto ou objeto:

a) acionarmos simultaneamente, Ctrl+C, clicar no ponto para onde iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V.

b) acionarmos simultaneamente Ctrl+X, clicar no ponto para onde iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V.

c) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+C.

d) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+X.

18) Analise as seguintes sentenças sobre o Word

1) O modo de exibição de estrutura de tópicos mostra a estrutura do documento. Os recuos e símbolos exibidos nesse modo não afetam a forma como o documento aparece no modo de exibição normal e não são impressos.

2) Você pode adicionar uma borda a um ou a todos os lados de cada página de um documento, a páginas de uma seção, somente à primei-ra página ou a todas as páginas, exceto a primeira. Também é possí-vel adicionar bordas de página em vários estilos de linha e cores, bem como uma grande variedade de bordas de elementos gráficos.

19) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:

a) Nova janela no menu Janela cria uma nova janela com o mesmo conteúdo da janela ativa.

b) Dividir no menu Janela divide a janela ativa em painéis.

c) Lista de janelas no menu Janela permite que tenhamos ativadas diversas janelas ao mesmo tempo.

d) Lista de janelas no menu Janela lista os arquivos abertos no Word neste momento.

20) Uma forma de abrir uma janela para alterar o tipo de fonte em um texto no Word é, após selecioná-lo, clicar no menu

a) Exibir e em Barra de Ferramentas

b) Ferramentas e em Tipos de Fontes

c) Editar e em Substituir

d) Formatar e em Fonte

21) Para um usuário que deseja criar estrutura de itens para um determi-nado texto, a sequência de comandos que permite esse procedimento é

a) Formatar -- Marcadores e Numeração.

b) Formatar -- Parágrafo.

c) Inserir -- Marcadores e Numeração.

d) Inserir -- Parágrafo.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 49

22) São Modos de Exibição do Microsoft Word, EXCETO:

a) Normal b) Padrão

c) Layout de Impressão d) Layout da Web

23) São opções disponíveis apenas no menu Ferramentas:

a) Ortografia e Gramática, Quebra e Configurar Página.

b) Régua,Colar Classificar.

c) Abrir, Localizar, Dividir.

d) Idioma, Mala Direta, Macro.

24) A seleção de texto pelo teclado do PC se faz com as teclas.

a) Tab+seta

b) Ctrl+s

c) Alt+Shift

d) Shift+seta

25) É um conjunto de características de formatação que podem ser apli-cadas ao texto de seu documento para rapidamente alterar sua apa-rência.

a) Janela

b) Data

c) Estilo

d) Hora

26 São funções dos menus Inserir e Formatar no Microsoft Word, respec-tivamente:

a) Inserir tabela / Manipular blocos de texto.

b) Inserir marcadores / Alterar elementos de texto.

c) Inserir marcadores / Manipular blocos de texto.

d) Inserir símbolos especiais / Alterar elementos de texto.

Gabarito

1 D 14 C

2 B 15 C

3 D 16 D

4 A 17 B

5 A 18 A

6 B 19 C

7 C 20 D

8 D 21 A

9 D 22 B

10 D 23 D

11 C 24 D

12 D 25 C

13 C 26 D

PROVA SIMULADA IV

1) Analise as seguintes afirmações sobre conceitos de Internet. I. A Internet é uma grande rede de computadores, sendo, de fato, a maior

de todas. II. São exemplos de serviços disponíveis na Internet: WWW, FTP, POP,

SMTP e HTML. III. Podemos conectar um computador à Internet através de um modem

Dial-up ou ADSL (banda larga), ou ainda, através da infra-estrutura de TV a cabo ou via satélite.

Assinale a alternativa que contém a(s) afirmação(ões) CORRETA(S). a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas II. d) Apenas III.

2) Uma política de segurança é um conjunto de normas, regras e práticas

que regulam como uma organização gerencia, protege e distribui suas informações e recursos. Com relação aos mecanismos utilizados para promover a segurança de redes de computadores, a criptografia de cha-

ve pública a) baseia-se na utilização de chaves distintas: uma para codificação (E) e

outra para decodificação (D), escolhidas de forma que a derivação de D a partir de E seja, em termos práticos, muito difícil de ser realizada.

b) é um método assimétrico e baseia-se na utilização de uma única chave pública para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma que a violação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser realizada.

c) baseia-se na definição de duas chaves públicas para codificar e uma terceira, também pública, para decodificar a informação, escolhidas de forma que a violação dessas chaves sejam, em termos práticos, muito difícil de ser realizada.

d) é um método simétrico, permitindo que uma mesma chave seja utilizada para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma que a vio-lação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser realiza-da.

3) A partir do Microsoft Outlook 2000 (considerando instalação padrão em português), um usuário pode:

I - manter um calendário pessoal para compromissos; II - enviar e receber mensagens de correio e de fax; III - manter um diário das mensagens recebidas e/ou enviadas. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I, II e III.

4) São formas de conexão que permitem acesso em banda larga, EXCE-TO:

a) Wi-Fi b) ADSL. c) Conexão via rádio d) MODEM em linha discada. 5) Novos vírus podem propagar-se através de volumes compartilhados

conectados em rede. Observe a descrição dos procedimentos a seguir sugeridos como formas de minimizar ou evitar a propagação ou o rece-bimento dessas ameaças através dos recursos de rede:

I. Definir os compartilhamentos como somente de leitura. II. Proteger os compartilhamentos por senha. III. Definir os compartilhamentos como somente alteração. IV. Instalar um programa antivírus. O número de procedimentos que podem ser considerados efetivos é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 6) O recurso implementado em alguns roteadores, que traduz um grupo de

endereços IP inválidos para um grupo de endereços IP válidos na Inter-net e vice-versa, permitindo que os computadores tenham acesso à In-ternet sem que seus endereços sejam propagados (roteados), é conhe-cido como:

a) NAT; b) SMTP; c) DNS; d) NIS; 7) A alocação dinâmica de endereços aos clientes de uma rede pode ser

realizada por um servidor do tipo: a) SMTP. b) DHCP. c) WINS. d) POP3. 8) Assinale a afirmativa correta: Com relação aos conceitos básicos de Internet e World Wide Web, é

correto afirmar: a) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não

são acessíveis por máquinas externas e vice-versa. Essas redes são chamadas de Intranets, pois utilizam variações da tecnologia da Internet e os servidores possuem arquitetura proprietária.

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 50

b) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não são acessíveis por máquinas externas a elas. Essas redes são chama-das de Internets dedicadas, pois são variações da tecnologia da Internet e os servidores possuem arquitetura proprietária.

c) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações centraliza-das e proprietárias que utiliza os serviços de comunicação da Internet, logo não poderia operar em outra rede que não a Internet.

d) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações distribuídas que utiliza os serviços de comunicação da Internet, logo poderia operar também em outra rede que não a Internet.

9) Na Internet, plug in significa: a) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo browser. b) um software que é acoplado a um aplicativo para ampliar suas funções. c) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo sistema operaci-

onal. d) um link presente em uma página Web. 10) No contexto do Windows Internet Explorer, os “cookies” são: a) as configurações de segurança que você criou para o seu ambiente de

rede, incluindo todas as proteções de acesso do Internet Explorer; b) atualizações de segurança para seu computador que, uma vez por mês,

são liberadas pelo fabricante do software; c) os arquivos temporários gerados pelo Internet Explorer, cada vez que

você visita um site. Nesses arquivos ficam armazenadas todas as ima-gens dos sites que você visitou;

d) pequenos arquivos de texto que alguns sites web colocam em seu computador para armazenar diversas informações sobre você e seu computador;

11) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta. a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia

ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados unicamente para uso interno de seus usuários.

b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de roteadores formando uma enorme rede virtual.

c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.

d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse, permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página Web seja acessada.

12) Considere as afirmativas:

I. O acesso à Internet é feito através da conexão de um computador a um provedor de acesso, ou seja, uma empresa que provê acesso à Internet aos seus clientes através da manutenção de uma infraestrutura tecnoló-gica, tanto de hardware quanto de software (linhas telefônicas, compu-tadores, roteadores, páginas, e-mail e outros).

II. World Wide Web ou "WWW" é uma rede mundial de computadores que fornece informações para quem se conecta à Internet, através de um navegador (browser), que descarrega essas informações (chamadas "documentos" ou "páginas") de servidores de internet (ou "sites") para a tela do computador do usuário.

III. Intranet é uma rede corporativa que se utiliza da mesma tecnologia e infra-estrutura de comunicação de dados da Internet, mas restrita a um mesmo espaço físico de uma empresa.

Em relação à Internet e à Intranet, é correto o consta APENAS em:

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

13) Uma das atuais e grandes preocupações de segurança é contra as pragas digitais, ou seja, os vírus. Analise as alternativas abaixo e assina-le a mais correta:

a) Com um ANTI-SPAM atualizado, tenho a proteção adequada.

b) Com um FIREWALL, tenho a proteção adequada.

c) Com um ANTI-VÍRUS atualizado, tenho a proteção adequada.

d) Todas as alternativas estão corretas.

14) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.

a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados unicamente para uso interno de seus usuários.

b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de roteadores formando uma enorme rede virtual.

c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.

d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse, permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página Web seja acessada.

15) No Internet Explorer 7.0 há um recurso de navegação que armazena as entradas vistas anteriormente e sugere entradas correspondentes para você em endereços e formulários Web. Este recurso é chamado de:

a) Assistente de perfil. b) Cookies.

c) Certificados. d) Auto Completar.

16) Em relação à manipulação de contatos no Outlook Express, é INCOR-RETO afirmar:

a) Um único contato pode possuir mais de um endereço de e-mail cadas-trado no mesmo item de contato.

b) O Outlook Express possui o recurso de auto completar para nomes e apelidos de contatos, simultaneamente.

c) Mensagens podem ser enviadas para múltiplos contatos, utilizando-se o separador de ponto-e-vírgula (;) ou utilizando-se os campos “para:”, “cc:” e “cco:”.

d) Caso o apelido digitado no campo “para:” de uma nova mensagem possua várias entradas na lista de contatos, a mensagem é enviada pa-ra todos essas entradas.

17) O componente do Windows que é necessário para a configuração de

uma conexão via linha discada é: a) a discagem automática. b) o acesso à rede dial-up. c) a conexão direta via cabo. d) o Serviço do Internet Mail. 18) A Internet, além de concentrar uma grande quantidade de informações

em servidores destinados a esse fim, possui a função de meio de comu-nicação.

Com relação às diversas maneiras de se comunicar através da Internet, é correto afirmar que:

a) O e-mail é a única forma de comunicação que permite a duas ou mais pessoas se comunicarem simultaneamente.

b) Para duas ou mais pessoas se comunicarem simultaneamente com o uso do Chat, é obrigatório que nos computadores de todas elas tenha um programa FTP cliente instalado.

c) Ao transferir um arquivo de qualquer servidor FTP na Internet para o computador do usuário utilizando um programa FTP cliente, é obrigató-rio o uso de um gerenciador de correio eletrônico para autenticar e auto-rizar o acesso.

d) Ao inscrever-se em uma lista de discussão, o usuário passa a receber mensagens de diversas pessoas da lista, sobre o tema central. Ao envi-ar uma mensagem destinada às pessoas da referida lista, esse mesmo usuário só necessita enviar um único e-mail para a lista, que essa se encarregará de fazer a distribuição aos seus participantes.

19) Cada conta de e-mail tem um endereço único, que é dividido em duas partes: a primeira é usada para identificar a caixa de correio de um usu-ário, e a segunda é usada para identificar o servidor em que a caixa de correio reside. Por exemplo, no e-mail [email protected], bemtivi é a primeira parte e passaro.com.br é a segunda parte. Com relação às caixas postais e endereços eletrônicos, é correto afirmar que

a) cada conta de e-mail está associada a um endereço IP único válido na

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Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 51

Internet. b) em um servidor de e-mail apenas o e-mail da conta do administrador

deverá estar associado a um endereço IP único válido na Internet. c) o software de e-mail no servidor remetente utiliza a segunda parte para

selecionar o servidor de destino e o software de e-mail no computador de destino utiliza a primeira parte para identificar a caixa de correio do usuário.

d) se o servidor de e-mail estiver associado a endereço IP 192.168.2.0, o endereço IP do primeiro e-mail deverá ser 192.168.2.1, o do segundo 192.168.2.2 e assim sucessivamente.

20) Uma das opções de configuração disponível no Internet Explorer para

verificar se há versões mais atualizadas das páginas armazenadas é: a) a cada intervalo de datas. b) a cada página visitada. c) quando o Internet Explorer for iniciado pela manhã. d) quando o Internet Explorer for iniciado à tarde.

Gabarito

1 D 11 C

2 A 12 C

3 D 13 D

4 D 14 A

5 D 15 D

6 A 16 D

7 B 17 B

8 D 18 D

9 B 19 C

10 D 20 B

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Informática A Opção Certa Para a Sua Realização 52

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 1

PORCENTAGEM 1. INTRODUÇÃO Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha vitrinas,

frequentemente se vê às voltas com expressões do tipo: Ø "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%." Ø "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de

18,55%." Ø "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 381,1351. Ø "Os preços foram reduzidos em até 0,5%." Mesmo supondo que essas expressões não sejam completamente

desconhecidas para uma pessoa, é importante fazermos um estudo organi-zado do assunto porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é ferra-menta indispensável para a maioria dos problemas relativos à Matemática Comercial.

2. PORCENTAGEM O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar números

usando a proporção direta. Só que uma das razões da proporção é um fração de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situação em que você tiver de calcular 40% de $ 300,00, o seu trabalho será deter-minar um valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resumido na proporção:

40100 300

=x

Então, o valor de x será de $ 120,00. Sabendo que em cálculos de porcentagem será necessário utilizar

sempre proporções diretas, fica claro, então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser resolvido com regra de três simples.

3. TAXA PORCENTUAL O uso de regra de três simples no cálculo de porcentagens é um recur-

so que torna fácil o entendimento do assunto, mas não é o único caminho possível e nem sequer o mais prático.

Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a partir de um exemplo.

Exemplo: Calcular 20% de 800.

Calcular 20%, ou 20100

de 800 é dividir 800 em 100 partes e tomar 20

dessas partes. Como a centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes será 160.

Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal; 160 de porcentagem.

Temos, portanto: Ø Principal: número sobre o qual se vai calcular a porcentagem. Ø Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do principal. Ø Porcentagem: número que se obtém somando cada uma das 100

partes do principal até conseguir a taxa. A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcularmos uma

porcentagem de um principal conhecido, não é necessário utilizar a monta-gem de uma regra de três. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.

Exemplo: Calcular 32% de 4.000. Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a centésima par-

te de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a resposta para o problema.

Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o resultado dessa

divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o principal por 32

100 ou 0,32.

Vamos usar esse raciocínio de agora em diante:

ANÁLISE COMBINATÓRIA. NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: MÉDIA (ARITMÉTICA, GEOMÉTRICA E HARMÔNICA),

MEDIANA, MODA, DESVIO MÉDIO ABSOLUTO, DESVIO PADRÃO, VARIÂNCIA E SEPARATRIZES (DECIL,

QUARTIL E PERCENTIL).

Média aritmética de n números é o quociente da divisão da soma des-ses números por n.

Exemplo: Achar a média aritmética dos números 5,7 e 9.

321

3975Ma =

++= Ma = 7

Generalizando, a média aritmética entre os números a,b,c,d,..., 1, será:

n1....dcbaMa +++++

=

MÉDIA PONDERADA

Ao tirarmos a média aritmética de varias quantidades, devemos levar

em considerações certas circunstancias que influem nos valores dessas quantidades.

Para calcular a media aritmética ponderada, multiplicamos os números

pelos respectivos pesos e dividimos a soma desses produtos pela soma dos pesos.

Vamos calcular a media ponderada dos números 15, 20 e 32, atribuin-

do-lhes respectivamente os pesos 4, 3 e 2. 44,20

9184

9646060

234232320415Mp ==

++=

++++×+×

= Generalizando, calcular a média ponderada dos números N, N', N", ......

atribuindo-lhes, respectivamente, os pesos p, p', p",...

..."p'pp"...p"N'p'NNpMp

+++++

=

MÉDIA HARMÔNICA

Calculamos a média harmônica de n números a, b, c,..., dividindo n pe-la soma dos inversos desses números. Assim:

....c1

b1

a1

nMh+++

=

Exemplos Calcular a media harmônica dos números 2,3 e 4.

77,2

12133

41

31

21

3Mh ==++

=

MÉDIA GEOMÉTRICA

Média geométrica ou proporcional de dois números é igual à raiz qua-drada do produto desses números.

Assim, a média geométrica entre 6 e 24 será:

1224x6Mg ==

Princípio fundamental da contagem (PFC) Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras diferentes e um

segundo evento, de k maneiras diferentes, então, para ocorrerem os dois sucessivamente, existem m . k maneiras diferentes. Porcentagem = taxa X principal

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 2

Aplicações 1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De quantos modos dis-

tintos ela pode se vestir? Solução: A escolho de uma blusa pode ser feita de 4 maneiras diferentes e a de

uma saia, de 3 maneiras diferentes. Pelo PFC, temos: 4 . 3 = 12 possibilidades para a escolha da blusa e

saia. Podemos resumir a resolução no seguinte esquema;

Blusa saia

4 . 3 = 12 modos diferentes

2) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e 5 caminhos ligan-

do os pontos B e C. Para ir de A a C, passando pelo ponto B, qual o número de trajetos diferentes que podem ser realizados?

Solução: Escolher um trajeto de A a C significa escolher um caminho de A a B e

depois outro, de B a C.

Como para cada percurso escolhido de A a B temos ainda 5 possibili-

dades para ir de B a C, o número de trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20. Esquema:

Percurso AB

Percurso BC

4 . 5 = 20

3) Quantos números de três algarismos podemos escrever com os

algarismos ímpares? Solução: Os números devem ser formados com os algarismos: 1, 3, 5, 7, 9. Exis-

tem 5 possibilidades para a escolha do algarismo das centenas, 5 possibili-dades para o das dezenas e 5 para o das unidades.

Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 = 125. algarismos da centena

algarismos da dezena

algarismos da unidade

5 . 5 . 5 = 125

4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se forem utilizados

três letras e três algarismos para a identificação de um veículo? (Considerar 26 letras, supondo que não há nenhuma restrição.)

Solução: Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilidades para cada posi-

ção a ser preenchida por letras. Por outro lado, como dispomos de dez algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo PFC o número total de placas é dado por:

5) Quantos números de 2 algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4?

Solução: Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro algarismo e, para

cada uma delas, 3 possibilidades para o segundo, visto que não é permitida a repetição. Assim, o número total de possibilidades é: 4 . 3 =12

Esquema:

6) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com

os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9? Solução: Existem 9 possibi1idades para o primeiro algarismo, apenas 8 para o

segundo e apenas 7 para o terceiro. Assim, o número total de possibilida-des é: 9 . 8 . 7 = 504

Esquema:

7) Quantos são os números de 3 algarismos distintos?

Solução: Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Temos 9 possibilida-

des para a escolha do primeiro algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o segundo algarismo, temos também 9 possibilidades, pois um deles foi usado anteriormente.

Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibilidades, pois dois de-les já foram usados. O numero total de possibilidades é: 9 . 9 . 8 = 648

Esquema:

8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos formar com os

algarismos pares, sem os repetir? Solução: Os candidatos a formar os números são: 0, 2, 4, 6 e 8. Como os

números devem estar compreendidos entre 2000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4. Assim, temos apenas duas possibilidades para o primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o terceiro e duas paia o quarto.

O número total de possibilidades é: 2 . 4 . 3 . 2 = 48 Esquema:

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 3

Exercícios 1) Uma indústria automobilística oferece um determinado veículo em três

padrões quanto ao luxo, três tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quantas são as opções para um comprador desse carro?

2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e que cada apartamento possui uma única porta de entrada, de quantos modos diferentes um morador po-de chegar à rua?

3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de maneiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo por uma porta diferente da que se utilizou para entrar?

4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A á cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma pessoa deseja viajar de A a C, passando por B. Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a mesma linha?

5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a identificação de um veículo se forem utilizados duas letras e quatro algarismos? (Ob-servação: dispomos de 26 letras e supomos que não haverá nenhuma restrição)

6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser confeccionadas se forem utilizados 4 letras e 2 algarismos?

7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algaris-mos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?

8) Quantos números de três algarismos podemos formar com os alga-rismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5?

9) Quantos números de 4 algarismos distintos podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?

10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7?

11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, podemos formar com os algarismos ímpares?

12) Quantos números, com 4 algarismos distintos, podemos formar com o nosso sistema de numeração?

13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?

14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algarismos podemos formar com os algarismos 1, 2, 4, 5 e 7, sem os repetir?

15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos, podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7? E quantos ímpares?

16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distintos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1, 2, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9.

17) Quantos números compreendidos entre 2000 e 7000 podemos escre-ver com os algarismos ímpares, sem os repetir?

18) Quantos números de 3 algarismos distintos possuem o zero como algarismo de dezena?

19) Quantos números de 5 algarismos distintos possuem o zero como algarismo das dezenas e começam por um algarismo ímpar?

20) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem o algarismo da unidade de milhar igual a 2?

21) Quantos números se podem escrever com os algarismos ímpares, sem os repetir, que estejam compreendidos entre 700 e 1 500?

22) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pessoas tomam o ôni-bus. De quantas maneiras diferentes elas podem ocupar os lugares?

23) Dez times participam de um campeonato de futebol. De quantas formas se podem obter os três primeiros colocados?

24) A placa de um automóvel é formada por duas letras seguidas e um número de quatro algarismos. Com as letras A e R e os algarismos pares, quantas placas diferentes podem ser confeccionadas, de modo que o número não tenha nenhum algarismo repetido?

25) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro algarismos distin-tos podem ser formados com 2, 3, 4, 6 e 9.

26) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com quatro algarismos distintos que podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

ARRANJOS SIMPLES

Introdução: Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2 algarismos distin-

tos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. Os números são: 12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43

Observe que os números em questão diferem ou pela ordem dentro do agrupamento (12 ¹ 21) ou pelos elementos componentes (13 ¹ 24). Cada número se comporta como uma seqüência, isto é :

(1,2) ¹ (2,1) e (1,3) ¹ (3,4)

A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo simples.

Definição: Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se arranjo simples dos n

elementos de /, tomados p a p, a toda sequência de p elementos distintos, escolhidos entre os elementos de l ( P £ n).

O número de arranjos simples dos n elementos, tomados p a p, é indicado por An,p

Fórmula:

Aplicações 1) Calcular: a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4

Solução: a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210 b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840 2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2. Solução: x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) Þ Þ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0 \ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0

x = 0 (não convém) ou x = 1 ( não convém) ou x = 5 (convém)

S = { }5

3) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?

Solução: Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o principio fundamental

da contagem. Utilizando-se a fórmula, o número de arranjos simples é: A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números

Observação: Podemos resolver os problemas sobre arranjos simples

usando apenas o principio fundamental da contagem. Exercícios 1) Calcule: a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4

2) Efetue:

a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 - A 10,2 b) 1,102,5

4,72,8

AAAA

-+

3) Resolva as equações: a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x - 1)

FATORIAL

Definição: · Chama-se fatorial de um número natural n, n ³ 2, ao produto de

todos os números naturais de 1 até n. Assim: · n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ³ 2 (lê-se: n fatorial) · 1! = l · 0! = 1

A n,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)), { } N n p, e np Ì£

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 4

Fórmula de arranjos simples com o auxílio de fatorial: Aplicações 1) Calcular:

a) 5! c) ! 6! 8 e)

2)! - (n! n

b) ! 4! 5

d) ! 10

! 10 ! 11 +

Solução: a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120

b) 5! 4

! 4 5 ! 4! 5

=

c) 56! 6

! 6 7 8! 6! 8

=××

=

d) ( ) 12

! 10111! 10

!10! 10 ! 10 11

! 10! 10 ! 11

=+

=+×

=+

e) ( ) ( )

( ) nn! 2 - n

! 2 - n 1 - n n2)! - (n! n 2 -=

×=

2) Obter n, de modo que An,2 = 30. Solução: Utilizando a fórmula, vem :

\=Þ= 302)! - (n

! 2) - n ( 1) - n ( n302)! - (n! n

n = 6 n2 - n - 30 = 0 ou

n = -5 ( não convém)

3) Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3. Solução: ( )

( ) ( )( )

( ) ( ) \×=×

Þ×=×

! 1 - n ! n3

! 4 - n ! 3 - n 4

! 3 - n ! n3

! 4 - n ! 1 - n 4

( )( )

( )( )

( )21n n312n4

! 1 - n ! 1 - n n3

! 4 - n ! 4 - n 3 - n 4

=\=-\

×=×

4) Obter n, tal que: 4! n

! ) 1n ( - ! ) 2 n (=

++

Solução:

\=×+×++ 4

! n! n ) 1 n ( - ! n ! ) 1n ( ! ) 2 n (

[ ] 4

! n 1- 2 n ) 2 n ( ! n =

+×+Þ

n + 1 = 2 \ n =1

\ (n + 1 )2 = 4 n + 1 = -2 \ n = -3 (não convém )

Exercícios 1) Assinale a alternativa correta:

a) 10 ! = 5! + 5 ! d) ! 2 ! 10

= 5

b) 10 ! = 2! . 5 ! e) 10 ! =10. 9. 8. 7! c) 10 ! = 11! -1! 2) Assinale a alternativa falsa; a) n! = n ( n-1)! d) ( n –1)! = (n- 1)(n-2)! b) n! = n(n - 1) (n - 2)! e) (n - 1)! = n(n -1) c) n! = n(n – 1) (n - 2) (n - 3)! 3) Calcule:

a) ! 10! 12 c)

! 4 ! 3! 7

b) ! 5

! 5 ! 7 + d) ! 5

! 6 - ! 8

4) Simplifique:

a) ! 1) - n (

! n d)

! 1) - n ( n ! n

b) ( )( )[ ]2 ! 1 n

! n ! 2 n +

+ e) ! M

! ) 1 - M ( 2 - ! 5M

c) ! n

! ) 1 n ( ! n ++

5) Obtenha n, em:

a) 10! n1)!(n

=+

b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)!

c) 62)! - (n1)! - (n n

= d) (n - 1)! = 120

6) Efetuando 1)! (n

n ! n

1+

- , obtém-se:

a) ! 1)(n

2+

d) ! 1)(n

1 2n+

+

b) ! n

1

e) 0

c) 1 - n

! 1) n ( ! n +

7) Resolva as equações: a) Ax,3 = 8Ax,2 b) Ax,3 = 3 . ( x - 1)

8) obtenha n, que verifique 8n ! = 1 n

! 1) (n ! 2) (n+

+++

9) o número n está para o número de seus arranjos 3 a 3 como 1

está para 240, obtenha n.

PERMUTAÇÕES SIMPLES

Introdução: Consideremos os números de três algarismos distintos formados com

os algarismos 1, 2 e 3. Esses números são: 123 132 213 231 312 321 A quantidade desses números é dada por A3,3= 6. Esses números diferem entre si somente pela posição de seus elemen-

tos. Cada número é chamado de permutação simples, obtida com os alga-rismos 1, 2 e 3.

Definição: Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se permutação simples

dos n elementos de l a toda a seqüência dos n elementos.

( ) { } lN np, e n p ,! pn

! nA P,N ̣-

=

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 5

O número de permutações simples de n elementos é indicado por Pn. OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n . Fórmula:

Aplicações 1) Considere a palavra ATREVIDO. a) quantos anagramas (permutações simples) podemos formar? b) quantos anagramas começam por A? c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE? d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E? e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E juntas? f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em

consoante? Solução: a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições disponíveis. Assim:

Ou então, P8 = 8 ! = 40 320 anagramas b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A; assim, devemos

distribuir as 7 letras restantes em 7 posições, Então:

c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas pela sílaba TRE, de-

vemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posições. Então:

d) considerando a sílaba TRE como um único elemento, devemos

permutar entre si 6 elementos,

e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo considerado as letras

T, R, E como um único elemento:

Devemos também permutar as letras T, R, E, pois não foi especificada

a ordem :

Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E podem ser dispostas

de P3 maneiras. Assim, para P6 agrupamentos, temos P6 . P3 anagramas. Então: P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas

f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 consoantes. Assim:

Exercícios 1) Considere a palavra CAPITULO: a) quantos anagramas podemos formar? b) quantos anagramas começam por C? c) quantos anagramas começam pelas letras C, A e P juntas e nesta

ordem? d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas e nesta or-

dem? e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P juntas? f) quantos anagramas começam por vogal e terminam em consoan-

te?

2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA começam e terminam por vogal?

3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA possuem as vogais e consoantes alternadas?

4) De quantos modos diferentes podemos dispor as letras da palavra ESPANTO, de modo que as vogais e consoantes apareçam juntas, em qualquer ordem?

5) obtenha o número de anagramas formados com as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as vogais se mantenham nas respectivas posições.

PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS REPETIDOS

Dados n elementos, dos quais:

1a são iguais a

2a são iguais a . . . . . . . . . . . . . . . . . ra são iguais a

sendo ainda que: r2 1 . . . aaa +++ = n, e indicando-se por ) . . . , ,(p r21n aaa o número das permutações simples dos n elemen-

tos, tem-se que:

Aplicações 1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos formados pelos

algarismos 2 e 3 de maneira que cada um apareça duas vezes na formação do número.

Solução:

os números são îíì

3223 3232 33222332 2323 2233

A quantidade desses números pode ser obtida por:

( ) números 61 2 ! 2! 2 3 4

! 2 ! 2! 4P 2,2

4 =××××

==

2) Quantos anagramas podemos formar com as letras da palavra

AMADA? solução: Temos:

Assim:

( ) anagramas 20 ! 3

! 3 4 5 ! 1 ! 1 ! 3

! 5 p 1,1,35 =

××==

Pn = n !

1 13

D M A A,,A

1

11 11 a ., . . , a ,a aa

®

2

2222 a , . . . ,a ,a aa

®

r

rrrr a , . . . ,a ,a aa

®

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 6

3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA começam pela sílaba RA?

Solução: Usando R e A nas duas primeiras posições, restam 5 letras para serem

permutadas, sendo que: Assim, temos:

( ) anagramas 60 ! 2

! 2 3 4 5 p 1,1,25 =

×××=

Exercícios

1) o número de anagramas que podemos formar com as letras da palavra ARARA é:

a) 120 c) 20 e) 30 b) 60 d) 10

2) o número de permutações distintas possíveis com as oito letras da

palavra PARALELA, começando todas com a letra P, será de ; a) 120 c) 420 e) 360 b) 720 d) 24 3) Quantos números de 5 algarismos podemos formar com os

algarismos 3 e 4 de maneira que o 3 apareça três vezes em todos os números?

a) 10 c) 120 e) 6 b) 20 d) 24

4) Quantos números pares de cinco algarismos podemos escrever

apenas com os dígitos 1, 1, 2, 2 e 3, respeitadas as repetições apresentadas?

a) 120 c) 20 e) 6 b) 24 d) 12 5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA terminam pela

sílaba MA? a) 10 800 c) 5 040 e) 40 320 b) 10 080 d) 5 400

COMBINAÇÕES SIMPLES

Introdução: Consideremos as retas determinadas pelos quatro pontos, conforme a

figura.

Só temos 6 retas distintas ,CD ,BC ,AB( )AD e BD ,AC por-

que , . . . ,BA e AB DC e CD representam retas coincidentes. Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem subconjuntos do

conjunto formado por A, B, C e D.

Diferem entre si apenas pelos elementos componentes, e são

chamados combinações simples dos 4 elementos tomados 2 a 2.

O número de combinações simples dos n elementos tomados p a p é

indicado por Cn,p ou ÷÷ø

öççè

æpn

.

OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p. Fórmula:

Aplicações 1) calcular: a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4 Solução:

a) C7,1 = 7! 6

! 6 7! 6 ! 1

! 7=

×=

b) C7,2 = 21! 5 1 2! 5 6 7

! 5 ! 2! 7

=××××

=

c) C7,3 = 35! 4 1 2 3! 4 5 6 7

! 3 ! 4! 7

=××××××

=

d) C7,4= 35 1 2 3 ! 4! 4 5 6 7

! 3 ! 4! 7

=××××××

=

2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um conjunto de 5

elementos?

ossubconjunt 101 2 ! 3! 3 4 5

! 2 ! 3! 5 C5,3 =

××××

==

3) obter n, tal que 34

CC

n,2

n,3 =

Solução:

\=×Þ=34

! n! ) 2- n ( ! 2

) 3 - n ( ! 3 ! n

34

! ) 2 - n ( ! 2! n

! ) 3 - n ( ! 3! n

42-n 34

! ) 3 - n ( 2 3! ) 3 - n ( ) 2 - n ( 2

=\=××

×\

convém 4) Obter n, tal que Cn,2 = 28. Solução:

\=-

Þ= 56! )2n(

! ) 2 - n ( ) 1 -n ( n28) 2 - n ( ! 2

! n

n = 8

n2 – n – 56 = 0 n = -7 (não convém)

5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2 distintos. Obter o número de triângulos que podemos formar com vértice nos pontos indicados:

! . . . ! ! ! n) . . . , ,(p

r1r21n aaa

aaa =

Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combinação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a qualquer subconjunto de p

elementos do conjunto l.

n = 6

{{{

1121F R AA, G

lN } n p, { e np ,! ) p - n ( ! p

! n C p, n ̣=

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 7

Solução: Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3 desses pontos, não

importando a ordem. Assim, o número de triângulos é dado por:

562 3

6 7 8! 5 ! 3

! 8C8,3 =×××

==

6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5 moças. Quantas

comissões de 5 pessoas, 3 rapazes e 2 moças, podem ser for-madas?

Solução: Na escolha de elementos para formar uma comissão, não importa a

ordem. Sendo assim :

· escolher 3 rapazes: C6,3 =! 3 ! 3

! 6 = 20 modos

· escolher 2 moças: C5,2= 3! 2!! 5 = 10 modos

Como para cada uma das 20 triplas de rapazes temos 10 pares de mo-

ças para compor cada comissão, então, o total de comissões é C6,3 . C5,2 = 200.

7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos.

a) Quantas retas esses pontos determinam? b) Quantos triângulos existem com vértices em três desses pontos?

Solução: a) C10,2 - C6,2 - C4,2 + 2 = 26 retas onde C6,2 é o maior número de retas possíveis de serem determinadas por seis pontos C4,2 é o maior número de retas possíveis de serem determinadas por quatro pontos

b) C10,3 – C6,3 -- C4,3 = 96 triângulos onde C6,3 é o total de combinações determinadas por três pontos alinhados em uma das retas, pois pontos colineares não determinam triângulo. C4,3 é o total de combinações determinadas por três pontos alinhados

da outra reta.

8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas. De quantos

modos é possível tirar 7 bolas das quais pelo menos 4 sejam pretas?

Solução: As retiradas podem ser efetuadas da seguinte forma: 4 pretas e 3 brancas Þ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou 5 pretas e 2 brancas Þ C6,5 . C10,2 = 270 ou 6 pretas e1 branca Þ C6,6 . C10,1 = 10 Logo. 1 800 + 270 + 10 = 2 080 modos Exercícios 1) Calcule: a) C8,1 + C9,2 - C7,7 + C10,0 b) C5,2 +P2 - C5,3 c) An,p . Pp

2) Obtenha n, tal que: a) Cn,2 = 21 b) Cn-1,2 = 36 c) 5 . Cn,n - 1 + Cn,n -3 = An,3 3) Resolva a equação Cx,2 = x. 4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui um conjunto de 8

elementos? 5) Numa reunião de 7 pessoas, quantas comissões de 3 pessoas

podemos formar?

6) Um conjunto A tem 45 subconjuntos de 2 elementos. Obtenha o número de elementos de A,

7) Obtenha o valor de p na equação: 12CA

4,p

3,p = .

8) Obtenha x na equação Cx,3 = 3 . Ax.2. 9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos distintos. Obtenha:

a) o número de retas distintas que esses pontos determinam; b) o número de triângulos com vértices nesses pontos; c) o número de quadriláteros com vértices nesses pontos; d) o número de hexágonos com vértices nesses pontos.

10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 diretores brasileiros e

4 japoneses. Quantas comissões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser formadas?

11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas pretas. De quantos

modos é possível tirar 5 bolas, das quais duas sejam brancas e 3 sejam pretas?

12) Em uma prova existem 10 questões para que os alunos escolham

5 delas. De quantos modos isto pode ser feito? 13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10 pessoas pode ser

dividido em 3 grupos contendo, respectivamente, 5, 3 e duas pes-soas?

14) Quantas diagonais possui um polígono de n lados? 15) São dadas duas retas distintas e paralelas. Sobre a primeira mar-

cam-se 8 pontos e sobre a segunda marcam-se 4 pontos. Obter: a) o número de triângulos com vértices nos pontos marcados; b) o número de quadriláteros convexos com vértices nos

pontos marcados.

16) São dados 12 pontos em um plano, dos quais 5, e somente 5, es-tão alinhados. Quantos triângulos distintos podem ser formados com vértices em três quaisquer dos 12 pontos?

17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pretas e 4 azuis. De

quantos modos podemos tirar 6 bolas das quais: a) nenhuma seja azul b) três bolas sejam azuis c) pelo menos três sejam azuis

18) De quantos modos podemos separar os números de 1 a 8 em

dois conjuntos de 4 elementos? 19) De quantos modos podemos separar os números de 1 a 8 em

dois conjuntos de 4 elementos, de modo que o 2 e o 6 não estejam no mesmo conjunto?

20) Dentre 5 números positivos e 5 números negativos, de quantos

modos podemos escolher quatro números cujo produto seja positivo?

21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não alinhados 3 a 3,

exceto cinco que estão sobre uma reta. O número de retas determinadas por estes pontos é: a) 180 b) 1140 c) 380 d) 190 e) 181

22) Quantos paralelogramos são determinados por um conjunto de

sete retas paralelas, interceptando um outro conjunto de quatro retas paralelas? a) 162 b) 126 c) 106 d) 84 e) 33

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 8

23) Uma lanchonete que vende cachorro quente oferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e molho de tomate, como tempero adi-cional. Quantos tipos de cachorros quentes diferentes (Pela adi-ção ou não de algum tempero) podem ser vendidos? a) 12 b) 24 c) 16 d) 4 e) 10

24) O número de triângulos que podem ser traçados utilizando-se 12 pontos de um plano, não havendo 3 pontos em linha reta, é: a) 4368 b) 220 c) 48 d) 144 e) 180

25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 defensores, 3 jogado-

res de meio de campo e 3 atacantes. Um técnico dispõe de 21 jo-gadores, sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de meio campo e 5 atacantes. De quantas maneiras poderá escalar sua equipe? a) 630 b) 7 000 c) 2,26 . 109

d) 21000 e) n.d.a.

26) Sendo 5 . Cn, n - 1 + Cn, n - 3, calcular n. 27) Um conjunto A possui n elementos, sendo n ³ 4. O número de

subconjuntos de A com 4 elementos é:

a) [ ]

) 4 - n (24! n

c) ( n – 4 ) ! e) 4 !

b) ) 4 - n (

! n d) n !

28) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes tipos de salgadi-

nhos, dos quais apenas 4 serão servidos quentes. O garçom en-carregado de arrumar a travessa e servi-la foi instruído para que a mesma contenha sempre só dois tipos diferentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos quentes. De quantos modos diversos pode o garçom, respeitando as instruções, selecionar os salgadi-nhos para compor a travessa? a) 90 d) 38 b) 21 e) n.d.a. c) 240

29) Em uma sacola há 20 bolas de mesma dimensão: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De quantas maneiras distintas podemos extrair um conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que haja pelo menos uma azul entre elas?

a) ! 12! 16

! 16! 20

- d) ÷ø

öçè

æ -×! 12! 16

! 16! 20

! 41

b) ! 16 ! 4

! 20 e)n.d.a.

c) ! 16! 20

30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas. Quantas comissões di-

ferentes podemos formar com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigatoriamente o melhor aluno dentre os meninos e a melhor aluna dentre as meninas? a) A10,4 . A9,3 c) A9,2 – A8,3 e) C19,7 b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8,2

31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4 será selecionado para uma excursão, De quantas maneiras distintas o grupo pode ser formado, sabendo que dos dez estudantes dois são marido e mulher e apenas irão se juntos? a) 126 b) 98 c) 115 d)165 e) 122

RESPOSTAS Principio fundamental da contagem 1) 63 2) 12 3) 20 4) 72 5) 6 760 000 6) 45 697 600 7) 216 8) 180 9) 360 10) 2 520 11) 120 12) 4 536 13) 60

14) 24 15) 90 par e 120 impares 16) 18 17) 48 18) 72 19) 1 680 20) 504 21) 30 22) 20 23) 720 24) 480 25) 72 26) 96

Arranjos simples 1) a) 8 c) 336 b) 56 d) 1680 2) a) 9 b) 89,6 3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5} Fatorial 1) e 2) e 3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330

4) a) n b) 1n2n

++

c) n + 2 d) 1 e)M

2M5 -

5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 6) a 7) a) S = {10} b) S = {3} 8) n = 5 9) n = 17 Permutações simples 1) a) 40 320 d) 720 b) 5 040 e) 4 320 c) 120 f) 11 520

2) 144 3) 72 4) 288 5) 120

Permutações simples com elementos repetidos 1) d 2) c 3) a 4) d 5) b Combinações simples

1) a) 44 c) )!pn(

!p!n-

b) 2 2) a) n = 7 b) n = 10

c) n = 4 3) S = {3} 4) 70 5) 35 6) 10 7) p=5 8) S={20} 9) a) 21 c) 35

b) 35 d) 7 10) 140 11) 180 12) 252 13) 2 520

14) 2

)3n(n -

15) a) 160 b) 168 16) 210 17) a) 28 c) 252

b) 224 18) 70 19) 55 20) 110 21) e 22) b 23) c 24) b 25) d 26) n =4 27) a 28) a 29) d 30) d 31) b

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 9

ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO Suponha que em uma urna existam cinco bolas vermelhas e uma bola

branca. Extraindo-se, ao acaso, uma das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto irão significa que não saia a bola branca, mas que é mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possíveis seu seis:

Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha. Dizemos que a pro-

babilidade da extração de uma bola vermelha é 65 e a da bola branca,

61 .

Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a extração de uma ver-

melha seria certa e de probabilidade igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.

Espaço amostral: Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do acaso, chamamos

espaço amostral ao conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo pela letra E.

EXEMPLOS: Lançamento de um dado e observação da face voltada para cima: E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Lançamento de uma moeda e observação da face voltada para cima: E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa. Lançamento de duas moedas diferentes e observação das faces voltadas

para cima: E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) } Evento: Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço amostral. Tome-

mos, por exemplo, o lançamento de um dado: · ocorrência do resultado 3: {3} · ocorrência do resultado par: {2, 4, 6} · ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo) · ocorrência de resultado maior que 6 : f (evento impossível) Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as operações entre

conjuntos apresentadas a seguir. · União de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-se união

de A e B ao evento formado pelos resultados de A ou de B, indica-se por A È B.

· Intersecção de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-se in-tersecção de A e B ao evento formado pelos resultados de A e de B. Indica-se por A Ç B.

Se A Ç B =f , dizemos que os eventos A e B são mutuamente ex-

clusivos, isto é, a ocorrência de um deles elimina a possibilidade de ocor-rência do outro.

· Evento complementar – Chama-se evento complementar do evento A

àquele formado pelos resultados que não são de A. indica-se por A .

Aplicações 1) Considerar o experimento "registrar as faces voltadas para cima",

em três lançamentos de uma moeda. a) Quantos elementos tem o espaço amostral? b) Escreva o espaço amostral. Solução: a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para cada lançamento

temos duas possibilidades e, assim: 2 . 2 . 2 = 8. b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,C), (R, C, R), (C,

R, R), (R, R, R) } 2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara no lançamento de

duas moedas". Solução: Cada elemento do evento será representado por um par ordenado.

Indicando o evento pela letra A, temos: A = {(C,R), (R,C), (C,C)} 3) Obter o número de elementos do evento "soma de pontos maior

que 9 no lançamento de dois dados". Solução: O evento pode ser tomado por pares ordenados com soma 10, soma 11

ou soma 12. Indicando o evento pela letra S, temos: S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} Þ Þ n(S) = 6 elementos

4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o número de elementos do

evento "número par no primeiro lançamento e soma dos pontos igual a 7".

Solução: Indicando o evento pela letra B, temos: B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} Þ n(B) = 3 elementos Exercícios 1) Dois dados são lançados. O número de elementos do evento

"produto ímpar dos pontos obtidos nas faces voltadas para cima" é: a) 6 b) 9 c) 18 d) 27 e) 30 2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''escolher 3 pessoas sen-

do que uma determinada esteja sempre presente na comissão". Qual o número de elementos desse evento?

a) 120 b) 90 c) 45 d) 36 e) 28

3) Lançando três dados, considere o evento "obter pontos distintos". O número de elementos desse evento é:

a) 216 b) 210 c) 6 d) 30 e) 36

4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas e 2 azuis. De quan-tas maneiras podemos retirar 4 bolas dessa urna, não importando a ordem em que são retiradas, sem recoloca-las?

a) 1 001 d) 6 006

b) 24 024 e) ! 2 ! 5 ! 7

! 14

c) 14!

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 10

PROBABILIDADE Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e n(E) o número de

elementos do espaço amostral E ( A Ì E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se indica por P(A), é o número real:

OBSERVAÇÕES:

1) Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis ao evento A e n(E) o número de casos possíveis.

2) Esta definição só vale se todos os elementos do espaço amostral tiverem a mesma probabilidade.

3) A é o complementar do evento A.

Propriedades:

Aplicações

4) No lançamento de duas moedas, qual a probabilidade de obtermos cara em ambas?

Solução: Espaço amostral: E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} Þ n(E).= 4

Evento A : A = {(C, C)}Þ n(A) =1

Assim: 41

) E ( n) A ( n ) A ( P ==

5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a probabilidade de se

obter cara pelo menos uma vez? Solução: E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, C), (R, C, R), (C, R,

R), (R. R, R)} Þ n(E)= 8

A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, C), (R, C, R), (C, R, R) Þ n(A) = 7

87P(A)

) E ( n) A ( n ) A ( P =Þ=

6) (Cesgranrio) Um prédio de três andares, com dois apartamentos por

andar, tem apenas três apartamentos ocupados. A probabilidade de que cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento ocupado é : a) 2/5 c) 1/2 e) 2/3 b) 3/5 d) 1/3

Solução: O número de elementos do espaço amostral é dado por : n(E) = C6,3 =

! 3 ! 3! 6 = 20

O número de casos favoráveis é dado por n (A) = 2 . 2 . 2 = 8, pois

em cada andar temos duas possibilidades para ocupa-lo. Portanto, a probabi-lidade pedida é :

52

208

) E ( n) A ( n ) A ( P === (alternativa a)

7) Numa experiência, existem somente duas possibilidades para o

resultado. Se a probabilidade de um resultado é 31 , calcular a

probabilidade do outro, sabendo que eles são complementares.

Solução:

Indicando por A o evento que tem probabilidade 31 , vamos indicar por

A o outro evento. Se eles são complementares, devemos ter:

P(A) + P( A ) = 1 31 Þ + P( A ) = 1 \

8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade de obtermos na

face voltada para cima um número primo? Solução: Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Þ n(E) = 6 Evento A : A = {2, 3, 5} Þ n(A) = 3

Assim: 21)A(P

63

) E ( n) A ( n ) A ( P =Þ==

9) No lançamento de dois dados, qual a probabilidade de se obter

soma dos pontos igual a 10? Solução: Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos pontos:

A B

1

2

3

4

5

6

1 2 3 4 5 6 7 2 3 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 11 6 7 8 9 10 11 12

Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3

Assim: 121

363

) E ( n) A ( n ) A ( P ===

Exercícios 1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos pontos iguais nos dois é:

a) 31 c)

61 e)

367

b) 365 d)

361

2) A probabilidade de se obter pelo menos duas caras num

lançamento de três moedas é;

a) 83 c)

41

e) 51

b) 21

d) 31

ADIÇÃO DE PROBABILIDADES

Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E, tem-se que:

"A probabilidade da união de dois eventos A e B é igual á soma das pro-

babilidades de A e B, menos a probabilidade da intersecção de A com B."

) E ( n) A ( n ) A ( P =

P(A È B) = P (A) + P(B) – P(A Ç B)

32)A(P =

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Justificativa: Sendo n (A È B) e n (A Ç B) o número de elementos dos eventos A

È B e A Ç B, temos que: n( AÈ B) = n(A) +n(B) – n(AÇ B)Þ

-+=È

Þ)E(n

)BA(n)E(n)B(n

)E(n)A(n

)E(n)BA(n

\P(A È B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B) OBSERVAÇÃO: Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é: A Ç B =f ,

então, P(A È B) = P(A) + P(B). Aplicações 1) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4 azuis. Retirando-

se uma bola da urna, qual a probabilidade de que ela seja branca ou verde?

Solução: Número de bolas brancas: n(B) = 2 Número de bolas verdes: n(V) = 3 Número de bolas azuis: n(A) = 4 A probabilidade de obtermos uma bola branca ou uma bola verde é

dada por: P( B È V) = P(B) + P(V) - P(B Ç V)

Porém, P(B Ç V) = 0, pois o evento bola branca e o evento bola verde

são mutuamente exclusivos.

Logo: P(B È V) = P(B) + P(V), ou seja:

P(B È V) = 95)VB(P

93

92

=ÈÞ+

2) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se obter o número

4 ou um número par? Solução: O número de elementos do evento número 4 é n(A) = 1. O número de elementos do evento número par é n(B) = 3. Observando que n(A Ç B) = 1, temos: P(A È B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B)Þ

Þ P(AÈ B) = 21)BA(P

63

61

63

61

=È\=-+

3) A probabilidade de que a população atual de um pais seja de 110

milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110 milhões ou menos é 8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões.

Solução: Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%. A probabilidade de ser 110 milhões é P(A Ç B). Observando que P(A

È B) = 100%, temos: P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B) Þ Þ 100% = 95% + 8% - P(A Ç B) \ (AÇ B) = 3%

Exercícios 1) (Cescem) Uma urna contém 20 bolas numeradas de 1 a 20. Seja o

experimento "retirada de uma bola" e considere os eventos; A = a bola retirada possui um número múltiplo de 2 B = a bola retirada possui um número múltiplo de 5 Então a probabilidade do evento A È B é:

a) 2013 c)

107 e)

2011

b) 54 d)

53

2) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são torcedoras do São

Paulo, 5 são torcedoras do Palmeiras e as demais são torcedoras do Corinthians. Escolhido ao acaso um elemento do grupo, a proba-bilidade de ele ser torcedor do São Paulo ou do Palmeiras é:

a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a. b) 0,25 d) 0,30

3) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B eventos quaisquer em S e P(C) denota a probabilidade associada a um evento genérico C em S. Assinale a alternativa correta.

a) P(A Ç C) = P(A) desde que C contenha A b) P(A È B) ¹ P(A) + P(B) – P(A Ç B) c) P(A Ç B) < P(B) d) P(A) + P(B) £ 1 e) Se P(A) = P(B) então A = B

4) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as probabilidades P(A) e

P(B) valem respectivamente 31 e

32 Assinale qual das

alternativas seguintes não é verdadeira. a) S BA =È d) A È B = B b) AÈ B = f e) (AÇ B) È (AÈ B) = S

c) A Ç B = BA Ç

5) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 20 pertencem aos clubes A e B, 22 aos clubes A e C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas presentes, a probabilidade de ela:

a) Pertencer aos três Clubes é 53 ;

b) pertencer somente ao clube C é zero; c) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%; d) não pertencer ao clube B é 40%; e) n.d.a.

6) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre os 20 inteiros, de 1 a 20. A probabilidade de o número escolhido ser primo ou quadra-do perfeito é:

a) 51 c)

254 e)

53

b) 252 d)

52

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento ocorreu modifica a probabilidade que atribuímos a outro evento. Indicaremos por P(B/A) a proba-bilidade do evento B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicional de B em relação a A). Podemos escrever:

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A)

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Multiplicação de probabilidades: A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B é igual ao produto

da probabilidade de um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro.

Em símbolos: Justificativa:

ÞÇ

=)A( n

)BA( n)A/B(P \

Ç

=

)E(n)A( n)E(n

)BA( n

)A/B(P

)A( P)BA( P)A/B(P Ç

=\

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A) Analogamente: P(A Ç B) = P(B) . P(A/B)

Eventos independentes: Dois eventos A e B são independentes se, e somente se: P(A/B) = P(A)

ou P(B/A) = P(B) Da relação P(A Ç B) = P(A) . P(B/A), e se A e B forem independentes,

temos:

Aplicações:

1) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a probabilidade de ser dama?

Solução: Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13 de copas, 13 de

paus e 13 de espadas, tendo uma dama de cada naipe. Observe que queremos a probabilidade de a carta ser uma dama de ou-

ros num novo espaço amostral modificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de:

· evento A: cartas de ouros · evento B: dama · evento A Ç B : dama de ouros

Temos:

2) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a probabilidade de obtermos

cara na moeda e o número 5 no dado. Solução: Evento A : A = {C} Þ n(A) = 1 Evento B : B = { 5 } Þ n ( B ) = 1 Sendo A e B eventos independentes, temos:

P(A Ç B) = P(A) . P(B) Þ P(A Ç B) = \×61

21

P(A Ç B) = 121

3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho, e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:

a) 21

b) 52 c)

51 d)

32 e )

61

Solução: Evento A : cartão com as duas cores Evento B: face para o juiz vermelha e face para o jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores Temos:

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A Ç B) =21

31

×

P(A Ç B) = 61 (alternativa e)

Respostas: Espaço amostral e evento 1) b 2) d 3) b 4) a Probabilidade 1) c 2) b Adição de probabilidades 1) d 2) b 3) a 4) b 5) b 6) e

MATEMÁTICA COMERCIAL E FINANCEIRA: JUROS, MONTANTE E DESCONTOS.

Por definição, juro simples é aquele pago unicamente sobre o capital

inicial, ou principal, sendo diretamente proporcional a esse capital e ao tempo em que este é aplicado. Pelo regime de capitalização simples o fator de proporcionalidade é a taxa de juros por período, i.

JURO SIMPLES ORDINÁRIO Como o período financeiro mais comum é o ano, e pelo costume vigen-

te, as operações com prazos superiores a um ano são, na maior parte das vezes, avaliadas pelo regime de capitalização composta, resulta que a fórmula do juro simples:

J = C . i . n (1) Onde C = capital inicial ou principal; i = taxa de juros do período e n = prazo de aplicação (é a mais utilizada para períodos n menores do

que um ano) Nessa hipótese, deve-se observar duas normas financeiras comuns: O ANO CIVIL - considera-se o ano civil como base de cálculo, isto é, o

ano com 365 dias ou 366 dias, conforme seja bissexto ou não. Desse modo, um dia equivale, conforme o caso, à fração 1/365 ou 1/366 do ano.

O ANO COMERCIAL - considera-se o ano comercial como base de

cálculo, isto é, o ano de 360 dias, subdividido em 12 meses de 30 dias cada. Assim, um dia equivale à fração 1/360 do ano e um mês equivale à fração 1/ 12 do ano.

JURO SIMPLES EXATO Considerando-se o ano civil para o cálculo do juro, deve-se contar o

tempo em seu número exato de dias. Exemplo: O juro de um capital aplicado de 17.3.19XI a 25.6.19XI, é

calculado sobre 100 dias, número exato de dias decorridos entre as duas datas.

Sendo n o número exato de dias durante os quais um capital C é colo-cado a juros simples, à taxa i, obtém-se o juro calculando n/365, na fórmula (1) : J = C . i . n/365 ou J = C . i . n/366.

O juro assim calculado, é chamado de juro simples exato.

)A( n)BA( n)A/B(P Ç

=

P(A Ç B) = P(A) . P(B)

131

)A( n)BA( n)A/B(P =

Ç=

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 13

JURO SIMPLES COMERCIAL Adotando-se a convenção do ano comercial, deve-se computar o prazo

de acordo com a mesma convenção, isto e, considerando-se cada mês como tendo 30 dias. Assim, por exemplo, de 17.3.Xl a 25.6.Xl deve-se contar 98 dias, da seguinte maneira:

De 17.3 a 17.6 ...... 90 dias (3 meses) De 17.6 a 25.6 ...... 8 dias

98 dias Representando por n o número de dias de corridos entre as duas datas

e, calculando pelo processo acima temos que, um capital C aplicado à taxa i durante esse prazo, é obtido calculando n/360 na fórmula (1), resultando em J = C . i . n/360 (2)

Denominaremos o juro, assim calculado, de juro simples ordinário ou

usual. Como há tabelas que fornecem diretamente o número exato de dias

decorridos entre duas datas, na prática bancária, onde as operações, raramente, são realiza das a prazo superior a 120 dias, usa-se, frequente-mente, a fórmula (2), tomando-se, contudo, para n, o número exato de dias.

Fórmulas Derivadas Considerando a fórmula básica (1) para o cálculo do juro em regime

simples de capitalização, podemos, por simples transformação algébrica, encontrar o quarto termo ou valor da fórmula, desde que sejam dados os outros três, assim:

a) Para calcular o capital inicial: C = J / i . n b) Para calcular a taxa de juros: i = J/C . n c) Para calcular o prazo: n = J/C . i OBSERVAÇÕES: Supõe-se que o juro e o principal são devidos apenas no fim do prazo

de aplicação, a não ser que haja mudança de convenção. O prazo de aplicação (n) deve estar expresso na mesma unidade de

tempo, na fórmula, a que se refere a taxa (i) considerada. Exemplo 1 - Caso uma aplicação seja por 2 anos mas, a taxa de juros

seja expressa em semestre, devemos converter o prazo para semestres. 2. Taxa Percentual e Taxa Unitária FORMA PERCENTUAL - Neste caso, a taxa diz-se aplicada a centos

do capital, ou seja, ao que se obtém após dividir-se o capital por 100. A fórmula (1) tomaria, então, as seguintes formas:

J = C . i/100.n ou J = C/100 . i . n ou J = C . i . n/100 ou o que é o mesmo que: J = C . i . n/100 (3) a partir da qual chega-se à expressão do montante ou valor futuro, co-

mo soma do capital e juros:

Exemplo 1 - Calcular o juro que rende um capital de $10.000 aplicado

por um ano à taxa de juros de 10% a.a. Resolução: Utilizando a fórmula (3), temos:

J x x= =

10 000 10 1100

000. $1.

b) FORMA UNITÀRIA

Agora a taxa refere-se à unidade do capital, isto é, calcula-se o que rende a aplicação de uma unidade de capital no intervalo de tempo a uma dada taxa.

Exemplo 2 - Se tivermos uma taxa de 0,24% a.a., então a aplicação de

$1,00 por ano, gera um juro de $0,24. Exemplo 3 - No exemplo 1, com a taxa na forma unitária (0,10% a.a.). Resolução: J = 10.000 x 0,10 x 1 =

J = $1.000,00 Pode-se observar que para transformar a forma percentual em unitária,

basta dividir a taxa expressa na forma percentual por 100. E, o inverso, transformar a forma unitária em percentual, basta apenas multiplicar a forma unitária por 100.

OBSERVAÇÃO: A fim de diferenciar, simbolicamente, a taxa de juro percentual da taxa

de juro decimal ou unitária, podemos convencionar que:

A notação r signifique a taxa de juros efetiva em cada período de capi-talização, dada em porcentagem, e sempre mencionando a unidade de tempo considerada. Exemplo: r = 15% ao ano.

A notação i signifique a taxa de juros efetiva em cada período, dada em

fração decimal. Exemplo: i = r/100 = 0,15 a.a.

A taxa i será usada no desenvolvimento de todas as fórmulas,

enquanto, r será usada na fixação os juros.

PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES: 1º GRAU, 2º GRAU, EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA.

Propriedades das potências Considerando a, r e s reais, temos como PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS: Vamos admitir que: Exemplos: 1) (-2 )3 .( -2 )2.(-2) = (-2)3+2+1 = (-2)6 = 64 2) 35 : 33 = 35 – 3 = 32 = 9

3) 641

21

21 623

=÷ø

öçè

æ=úúû

ù

êêë

é÷ø

öçè

æ

4) 22 . 52 = ( 2 . 5)2 = 102 = 100

5) 811

313 4

4 ==-

6) 5555 323 ==

ar . as = ar +s

ar : as = ar -s ( a ¹ 0)

(ar)s = ar . s

(a . b)s = as . bs

a - r = ra1 ( a ¹ 0)

ar/s = s ra 2)s lN, s( >Î

a0 = 1 ( a ¹ 0)

a1 = a

M = C + C . i . n/100

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 14

RESOLVENDO EXERCÍCIOS: 1. Determine o valor de: a) (32)0,1 b) (81)2/5

Resolvendo:

a) (32)0,1 = (25)1/10 = 25/10 = 21/2 = 2

b) (81)2/5 = 55 85 2 2733 81 ==

2. Calcule e Simplifique:

a) ( ) 32

232 -

-

-+÷ø

öçè

æ b) 021

32

31:243 ÷

ø

öçè

æ×÷ø

öçè

æ-

Resolvendo:

a) ( )( ) 8

1781

49

21

232

32

32

23

2

=-=-

+=-+÷ø

öçè

æ --

b) 021

32

31:243 ÷

ø

öçè

æ×÷ø

öçè

æ-

=35/2 . 31/2 : 1= 35/2 – 1/2 = 32 = 9

3. Simplifique:

a) 1r

1r1r

2793+

-+ × b) 5n + 3 + 5n + 2

Resolvendo:

a) 3r + 1 . 32r – 2 =33r +3 = 3r + 1 + 2r – 2 – 3r –3= = 3 –4 = 811

314 =

b) 5n . 53 + 5n . 52 = 5n(53 + 52) = 5n . 150

Exercícios: 4. Calcule: a) (8)2/3 b) (0,027)1/3 c) (16)0,25

d) (125)-0,25 e) ( 2 ) – 3 f) 4

31

-

÷÷ø

öççè

æ-

5. Efetue:

a) ( )2

1

4375,0 ÷ø

öçè

æ×-

b) (64)0,08 . (64)0,17

c) ( ) ( )9

2

101001,001,0

-

÷ø

öçè

æ××

6. Efetue e simplifique:

a) 43 4:28 × b) ( )

324

21321

3333

×

×-

-

c) 2n

1n2n

555555

-

-

×

×+× d) 3n

2n1n

222

+

-- -

7. Copie apenas as verdadeiras a) 2n-2 = 2n . 2-2 b) 2b = 23 Û b = 4 c) 3b+1=35 Û b =5 d) 3b + 1 = 35 Û b=4

Gráfico Definição: Uma lei de formação do tipo:

f(x) = ax ou y = ax

onde a é um número real positivo e diferente de 1, define uma função exponencial de base a para todo x real.

Exemplos: São funções exponenciais:

1) f ( x ) = x

21÷ø

öçè

æ ou y = x

21÷ø

öçè

æ , onde a = 21

2) f ( x ) = ( )x3 ou y = ( )x3 , onde a = 3 Gráfico Numa função exponencial, sendo a um numero real positivo e diferente

de 1, podemos ter a > 1 ou 0 < a < 1 e obtemos um tipo de curva para cada caso. Vamos, então construir dois gráficos, um com a = 3 e outro com a =

31 .

a>1 f ( x ) = 3x ou y = 3x onde a = 3 Þ a>1 x y ponto

f ( -2 )= (3)-2 =91

-2

91 ÷

ø

öçè

æ-91 ,2

f ( -1 )= (3)-1 =31

-1

31 ÷

ø

öçè

æ-31 ,1

f ( 0 )= (3) 0 = 1 0 1 ( 0 , 1) f ( 1 )= (3) 1 = 3 1 3 ( 1 , 3 ) f ( 2 )= (3) 2 = 9 2 9 ( 2 , 9 )

Podemos observar que: · D = IR e Im = *lR+ · a curva intercepta o eixo dos y em 1. · a função é crescente.

0 < a < 1

f ( x ) = x

31÷ø

öçè

æ ou y =x

31÷ø

öçè

æ ,

onde a = Þ 31 0 < a < 1

x y ponto

f ( -2 )= 2

31 -

÷ø

öçè

æ = 9 -2

9

( 2 , 9 )

f ( -1 )= 1

31 -

÷ø

öçè

æ =3 -1 3

( 1 , 3 )

f ( 0 )= 0

31÷ø

öçè

æ = 1 0

1

( 0 , 1)

f ( 1 )= 1

31÷ø

öçè

æ = 31

1 3

1 ÷ø

öçè

æ-31 ,1

f ( 2 )= 2

31÷ø

öçè

æ = 91

2 9

1 ÷ø

öçè

æ-91 ,2

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 15

Podemos observar que: · D = lR e Im = *lR+ · a curva intercepta o eixo dos y em 1. · a função é decrescente.

Para qualquer função exponencial y = ax, com a > 0 e a ¹ 1, vale

observar:

1

a > 1 Þ função crescente x1 < x2 Û 21 xx aa <

2

0 <a < 1 Þ função decrescente x1 < x2 Û 21 xx aa >

3

Domínio: D = lR Imagem: Im = *lR+

4

a curva está acima do eixo dos x. a > 0 Þ ax >0 lR x x, Î"

5

a curva intercepta o eixo dos y em y = 1 x = 0 Þ y = a0 Þ y =1

6

21 xx aa = Û x1 = x2

RESOLVENDO EXERCÍCIOS 8. Sendo f ( x ) = (2) -2x, calcule f (-1), f (0) e f (1). f (-1) = ( 2 )-2 (-1) = 22 =4

f ( 1) = ( 2 )-2 . 1 = 2-2 = 41

f ( 0 ) = 2 -2 . 0 = 20 = 1

9. Determine m Î IR de modo que f ( x ) =(m - 2)x seja decrescente:

f ( x ) é decrescente quando a base (m- 2) estiver entre 0 e 1. Portanto:

ïî

ïí

ì

<Þ<

>Þ<Û<<

3m12-me

2m2- m0 1 2- m 0

Devemos Ter: 2 < m < 3 10. Determine o valor de x, em lR.

a) 31x2

31

31

÷ø

öçè

æ=÷ø

öçè

æ-

c) 5x

32

32

÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ

b) 3x

45

45

÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ

Resolvendo:

a) 2x 31x231

31 31x2

=Þ=-Û÷ø

öçè

æ=÷ø

öçè

æ-

b) Como 45é maior que 1, conservamos a desigualdade para os

expoentes:

{ }3x|lRxS 3x45

45 3x

>Î=>Þ÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ

c) Como 32

está entre 0 e 1, invertemos a desigualdade para os

expoentes:

5x32

32 5x

<Þ÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ { }5x |lRxS <Î=

Exercícios: Esboce o gráfico das funções dadas por:

a) y = 2x b) y = x

21÷ø

öçè

æ

11. Sendo f ( x ) = ( ) 2x23 - , calcule:

a) f ( -1) b) f(0) c) f (2) d)f ( 2 )

12. Determine me IR de modo que f ( x ) = (2m - 3)x seja: a) crescente b) decrescente

13. Determine o valor de x, em lR:

a) 3x = 34 e) 21x

32

32 --

÷ø

öçè

æ<÷ø

öçè

æ

b) 21x3

31

31

÷ø

öçè

æ=÷ø

öçè

æ-

f) 31x

34

34

÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ+

c) 2x < 25

d) 3x

21

21

÷ø

öçè

æ>÷ø

öçè

æ

EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Vamos resolver equações exponenciais, isto é, equações onde a

variável pode aparecer no expoente.

São equações exponenciais:

1] 2X = 32

2] 255 XX 2=-

3] 32X – 3X –6=0

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 16

Resolução: Para resolver uma equação exponencial, devemos lembrar que:

RESOLVENDO EXERCÍCIOS:

15. Resolva a equação (113)x-2 = 121

1

113( x –2) = 11 –2 Þ 3(x – 2)= -2Þ

Þ 3 x – 6 = - 2Þ x =34

þýü

îíì=

34V

16. Determine x tal que 41

212

x3x 2

×÷ø

öçè

æ=-

Þ=Þ×Þ×= -- 2x3x2x32

x3x 22222122

22

Þ x2 = 3x – 2Þ x2 – 3x + 2 = 0Þ x = 1 ou x = 2 V = {1, 2}

17. Resolva a equação 4 1x52x 82 8 -+ =×

23 . 22x +5 = [23(x –1 )]1/4Þ 22x + 8 = 43x3

2-

Þ

Þ 2x + 8 = 4

3x3 -Þ 8x + 32 = 3x - 3Þ x = -7

V = {-7} 18. Resolva a equação:

2) x lN, x ( 2433 3 X 2X3 ³Î=× Sendo 243 = 35, temos 2432 = (35)2 = 310; então:

Þ=+Þ=Þ= ++

x10x33333 x10x3x 10x3

5 xou 2x010x3x 212 -==Þ=-+Þ

Como x é índice de raiz, a solução é x = 2 V = { 2} 19. Determine x em: 32x+1 –3x+1 = 18

32x . 3 – 3x . 3 = 18 Þ (3x)2 . 3 – 3x . 3 - 18 = 0 e fazendo 3x = y , temos:

3y2 – 3y - 18 = 0 Þ y = -2 ou y = 3

3x = -2 $ solução, pois 3x > 0 3x – y " x real

3x = 3 Þ x = 1 V = { 1}

Exercícios: 20. Resolva a equação:

a) 3x 813 = c) 81127 x2 =+

b) 10x = 0,001 d)212 1x 2

=+

21. Determine x em : a) 3x . 3-2 = 27 c) (0,001)x-2=102x+1 b) ( 72)x = 343

22. Resolva a equação:

a) 15x2x 2222

=× c) [3(x-1)](2 –x) = 1

b) 125

1515

x4x 2

=÷ø

öçè

æ× Obs: 1 = 30

23. Determine x tal que:

a) 6 2x41x3 12525 -+ =

b) 81 . 3x-2= x 49 (x Î lN | x ³ 2)

24. Resolva a equação: a) 2x+3 + 2x-2 = 33 b) 25x –2 . 5x = -1 c) 32x + 2 . 3x = 0 d) 22x + 3 - 6 . 2x +1 = 0 25. Resolva a equação; a) 4x +2 –2x+3 + 1= 0 b) 26x – 9 . 23x + 8 = 0

INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS Vamos resolver inequações exponenciais, isto é, inequações onde

podemos ter a variável no expoente. Exemplos:

1] 2x –1< 8 2] 132

32 9x6x 2

³÷ø

öçè

æ×÷ø

öçè

æ-

Resolução: Para resolver uma inequação exponencial, vamos lembrar que:

a > 1

21xx xxaa 21 <Û<

“conservamos” a desigualdade

0< a < 1

21xx xxaa 21 >Û<

“invertemos” a desigualdade

NOÇÕES DE PROBABILIDADE

ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO Suponha que em uma urna existam cinco bolas vermelhas e uma bola

branca. Extraindo-se, ao acaso, uma das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto irão significa que não saia a bola branca, mas que é mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possíveis seu seis:

Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha. Dizemos que a pro-

babilidade da extração de uma bola vermelha é 65 e a da bola branca,

61 .

Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a extração de uma ver-

melha seria certa e de probabilidade igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.

Espaço amostral: Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do acaso, chamamos

espaço amostral ao conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo pela letra E.

EXEMPLOS: Lançamento de um dado e observação da face voltada para cima: E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Lançamento de uma moeda e observação da face voltada para cima: E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa. Lançamento de duas moedas diferentes e observação das faces voltadas

para cima: E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) }

) 1a e 0a ( xxaa 21xx 21 ¹>=Û=

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Evento: Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço amostral. Tome-

mos, por exemplo, o lançamento de um dado: · ocorrência do resultado 3: {3} · ocorrência do resultado par: {2, 4, 6} · ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo) · ocorrência de resultado maior que 6 : f (evento impossível) Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as operações entre

conjuntos apresentadas a seguir. · União de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-se união

de A e B ao evento formado pelos resultados de A ou de B, indica-se por A È B.

· Intersecção de dois eventos - Dados os eventos A e B, chama-se in-

tersecção de A e B ao evento formado pelos resultados de A e de B. Indica-se por A Ç B.

Se A Ç B =f , dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos,

isto é, a ocorrência de um deles elimina a possibilidade de ocorrência do outro.

· Evento complementar – Chama-se evento complementar do evento A

àquele formado pelos resultados que não são de A. indica-se por A .

Aplicações

Considerar o experimento "registrar as faces voltadas para cima", em três lançamentos de uma moeda.

c) Quantos elementos tem o espaço amostral? d) Escreva o espaço amostral. Solução: a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para cada lançamento

temos duas possibilidades e, assim: 2 . 2 . 2 = 8. b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,C), (R, C, R), (C,

R, R), (R, R, R) }

Descrever o evento "obter pelo menos uma cara no lançamento de duas moedas".

Solução: Cada elemento do evento será representado por um par ordenado.

Indicando o evento pela letra A, temos: A = {(C,R), (R,C), (C,C)}

Obter o número de elementos do evento "soma de pontos maior que 9 no lançamento de dois dados".

Solução: O evento pode ser tomado por pares ordenados com soma 10, soma 11

ou soma 12. Indicando o evento pela letra S, temos: S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} Þ Þ n(S) = 6 elementos

Lançando-se um dado duas vezes, obter o número de elementos do evento "número par no primeiro lançamento e soma dos pontos igual a 7".

Solução: Indicando o evento pela letra B, temos: B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} Þ n(B) = 3 elementos

PROBABILIDADE Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e n(E) o número de

elementos do espaço amostral E ( A Ì E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se indica por P(A), é o número real:

OBSERVAÇÕES:

Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis ao evento A e n(E) o número de casos possíveis. Esta definição só vale se todos os elementos do espaço amostral tiverem a mesma probabilidade. A é o complementar do evento A.

Propriedades:

Aplicações No lançamento de duas moedas, qual a probabilidade de obtermos cara em ambas?

Solução: Espaço amostral: E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} Þ n(E).= 4

Evento A : A = {(C, C)}Þ n(A) =1

Assim: 41

) E ( n) A ( n ) A ( P ==

Jogando-se uma moeda três vezes, qual a probabilidade de se obter cara pelo menos uma vez?

Solução: E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, C), (R, C, R), (C, R,

R), (R. R, R)} Þ n(E)= 8

A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R, C), (R, C, R), (C, R, R) Þ n(A) = 7

87P(A)

) E ( n) A ( n ) A ( P =Þ=

(Cesgranrio) Um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos ocupados. A probabilidade de que cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento ocupado é:

c) 2/5 c) 1/2 e) 2/3 d) 3/5 d) 1/3

) E ( n) A ( n ) A ( P =

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 18

Solução: O número de elementos do espaço amostral é dado por : n(E) = C6,3 =

! 3 ! 3! 6 = 20

O número de casos favoráveis é dado por n (A) = 2 . 2 . 2 = 8, pois

em cada andar temos duas possibilidades para ocupa-lo. Portanto, a probabi-lidade pedida é :

52

208

) E ( n) A ( n ) A ( P === (alternativa a)

10) Numa experiência, existem somente duas possibilidades para o

resultado. Se a probabilidade de um resultado é 31 , calcular a

probabilidade do outro, sabendo que eles são complementares. Solução:

Indicando por A o evento que tem probabilidade 31 , vamos indicar por

A o outro evento. Se eles são complementares, devemos ter:

P(A) + P( A ) = 1 31 Þ + P( A ) = 1 \

No lançamento de um dado, qual a probabilidade de obtermos na face voltada para cima um número primo?

Solução: Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Þ n(E) = 6 Evento A : A = {2, 3, 5} Þ n(A) = 3

Assim: 21)A(P

63

) E ( n) A ( n ) A ( P =Þ==

No lançamento de dois dados, qual a probabilidade de se obter soma dos pontos igual a 10?

Solução: Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos pontos:

A B

1

2

3

4

5

6

1 2 3 4 5 6 7 2 3 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 11 6 7 8 9 10 11 12

Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3

Assim: 121

363

) E ( n) A ( n ) A ( P ===

Exercícios

1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos pontos iguais nos dois é:

a) 31 c)

61 e)

367

b) 365 d)

361

3) A probabilidade de se obter pelo menos duas caras num lançamento de três moedas é;

a) 83 c)

41

e) 51

b) 21

d) 31

ADIÇÃO DE PROBABILIDADES

Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E, tem-se que:

"A probabilidade da união de dois eventos A e B é igual á soma das pro-

babilidades de A e B, menos a probabilidade da intersecção de A com B."

Justificativa: Sendo n (A È B) e n (A Ç B) o número de elementos dos eventos A

È B e A Ç B, temos que: n( AÈ B) = n(A) +n(B) – n(AÇ B)Þ

-+=È

Þ)E(n

)BA(n)E(n)B(n

)E(n)A(n

)E(n)BA(n

\ P(A È B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B) OBSERVAÇÃO: Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é: A Ç B =f ,

então, P(A È B) = P(A) + P(B). Aplicações 4) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4 azuis. Retirando-se

uma bola da urna, qual a probabilidade de que ela seja branca ou verde?

Solução: Número de bolas brancas: n(B) = 2 Número de bolas verdes: n(V) = 3 Número de bolas azuis: n(A) = 4 A probabilidade de obtermos uma bola branca ou uma bola verde é dada

por: P( B È V) = P(B) + P(V) - P(B Ç V)

Porém, P(B Ç V) = 0, pois o evento bola branca e o evento bola verde

são mutuamente exclusivos.

Logo: P(B È V) = P(B) + P(V), ou seja:

P(B È V) = 95)VB(P

93

92

=ÈÞ+

5) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se obter o número 4

ou um número par? Solução: O número de elementos do evento número 4 é n(A) = 1. O número de elementos do evento número par é n(B) = 3. Observando que n(A Ç B) = 1, temos: P(A È B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B)Þ

Þ P(AÈ B) = 21)BA(P

63

61

63

61

=È\=-+

P(A È B) = P (A) + P(B) – P(A Ç B)

32)A(P =

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6) A probabilidade de que a população atual de um pais seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110 milhões ou menos é 8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões.

Solução: Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%. A probabilidade de ser 110 milhões é P(A Ç B). Observando que P(A

È B) = 100%, temos: P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A Ç B) Þ Þ 100% = 95% + 8% - P(A Ç B) \ (AÇ B) = 3% Exercícios 7) (Cescem) Uma urna contém 20 bolas numeradas de 1 a 20. Seja o

experimento "retirada de uma bola" e considere os eventos; A = a bola retirada possui um número múltiplo de 2 B = a bola retirada possui um número múltiplo de 5 Então a probabilidade do evento A È B é:

a) 2013 c)

107 e)

2011

b) 54 d)

53

8) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são torcedoras do São

Paulo, 5 são torcedoras do Palmeiras e as demais são torcedoras do Corinthians. Escolhido ao acaso um elemento do grupo, a proba-bilidade de ele ser torcedor do São Paulo ou do Palmeiras é:

a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a. b) 0,25 d) 0,30

9) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B eventos quaisquer em S e P(C) denota a probabilidade associada a um evento genérico C em S. Assinale a alternativa correta.

a) P(A Ç C) = P(A) desde que C contenha A b) P(A È B) ¹ P(A) + P(B) – P(A Ç B) c) P(A Ç B) < P(B) d) P(A) + P(B) £ 1 e) Se P(A) = P(B) então A = B

10) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as probabilidades P(A) e

P(B) valem respectivamente 31 e

32 Assinale qual das

alternativas seguintes não é verdadeira. a) S BA =È d) A È B = B b) AÈ B = f e) (AÇ B) È (AÈ B) = S

c) A Ç B = BA Ç

11) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 20 pertencem aos clubes A e B, 22 aos clubes A e C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas presentes, a probabilidade de ela:

f) Pertencer aos três Clubes é 53 ;

g) pertencer somente ao clube C é zero; h) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%; i) não pertencer ao clube B é 40%; j) n.d.a.

12) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre os 20 inteiros, de

1 a 20. A probabilidade de o número escolhido ser primo ou quadra-do perfeito é:

a) 51 c)

254 e)

53

b) 252 d)

52

PROBABILIDADE CONDICIONAL Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento ocorreu modifica a

probabilidade que atribuímos a outro evento. Indicaremos por P(B/A) a proba-bilidade do evento B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicional de B em relação a A). Podemos escrever:

Multiplicação de probabilidades: A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B é igual ao produto

da probabilidade de um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro.

Em símbolos: Justificativa:

ÞÇ

=)A( n

)BA( n)A/B(P \

Ç

=

)E(n)A( n)E(n

)BA( n

)A/B(P

)A( P)BA( P)A/B(P Ç

=\

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A) Analogamente: P(A Ç B) = P(B) . P(A/B)

Eventos independentes: Dois eventos A e B são independentes se, e somente se: P(A/B) = P(A)

ou P(B/A) = P(B) Da relação P(A Ç B) = P(A) . P(B/A), e se A e B forem independentes,

temos:

Aplicações:

4) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a probabilidade de ser dama?

Solução: Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13 de copas, 13 de

paus e 13 de espadas, tendo uma dama de cada naipe. Observe que queremos a probabilidade de a carta ser uma dama de ou-

ros num novo espaço amostral modificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de:

· evento A: cartas de ouros · evento B: dama · evento A Ç B : dama de ouros

Temos:

5) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a probabilidade de obtermos

cara na moeda e o número 5 no dado. Solução: Evento A : A = {C} Þ n(A) = 1 Evento B : B = { 5 } Þ n ( B ) = 1

)A( n)BA( n)A/B(P Ç

=

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A)

P(A Ç B) = P(A) . P(B)

131

)A( n)BA( n)A/B(P =

Ç=

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 20

Sendo A e B eventos independentes, temos:

P(A Ç B) = P(A) . P(B) Þ P(A Ç B) = \×61

21

P(A Ç B) = 121

6) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões no bolso. Um é todo

amarelo, outro é todo vermelho, e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:

a) 21

b) 52 c)

51 d)

32 e )

61

Solução: Evento A : cartão com as duas cores Evento B: face para o juiz vermelha e face para o jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores

Temos:

P(A Ç B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A Ç B) =21

31

×

P(A Ç B) = 61 (alternativa e)

Respostas: Espaço amostral e evento 1) b 2) d 3) b 4) a Probabilidade 1) c 2) b Adição de probabilidades 1) d 2) b 3) a 4) b 5) b 6) e

PROGRESSÕES ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA.

Observe a seguinte sequência: (5; 9; 13; 17; 21; 25; 29) Cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-se 4 ao termo

anterior, ou seja: an = an – 1 + 4 onde 7n2 ££ Podemos notar que a diferença entre dois termos sucessivos não

muda, sendo uma constante. a2 – a1 = 4 a3 – a2 = 4 . . . . . . . . . . a7 – a6 = 4

Este tipo de sequência tem propriedades interessantes e são muito utilizadas, são chamadas de PROGRESSÕES ARITMÉTICAS.

Definição: Progressão Aritmética ( P.A.) é toda sequência onde, a partir do

segundo, a diferença entre um termo e seu antecessor é uma constante que recebe o nome de razão.

AN – AN -1 = R ou AN = AN – 1 + R Exemplos: a) ( 2, 5, 8, 11, 14, . . . . ) a1 = 2 e r = 3

b) ( . . . .,41 ,

163 ,

81 ,

161 ) a1 =

161 e r =

161

c) ( -3, -3, -3, -3, ......) a1 = 3 e r = 0 d) ( 1, 3, 5, 7, 9, . . . . ) a1 = 1 e r = 2

Classificação As Progressões Aritméticas podem ser classificadas em três

categorias: 1.º) CRESCENTES são as PA em que cada termo é maior que o

anterior. É imediato que isto ocorre somente se r > 0. (1, 5, 10, 15, 20, 25, 30 ) (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 ) 2.º) DECRESCENTES são as PA em que cada termo é menor que o

anterior. Isto ocorre se r < 0. ( 0, - 2, - 4, - 6, - 8, - 10, - 12) ( 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1 ) 3.º) CONSTATES são as PA em que cada termo é igual ao anterior.

É fácil ver que isto só ocorre quando r = 0. ( 4, 4 , 4, 4, 4, 4 ) ( 6, 6, 6, 6, 6, 6, 6 ) As PA também podem ser classificadas em: a) FINITAS: ( 1, 3, 5, 7, 9, 11) b) INFINITAS: ( 2, 3, 5, 7, 11, ...) lV - TERMO GERAL Podemos obter uma relação entre o primeiro termo e um termo

qualquer, assim: a2 = a1 + r a3 = a2 + r = ( a1 + r ) + r = a1 + 2r a4 = a3 + r = ( a1 + 2r ) + r = a1 + 3r a5 = a4 + r = ( a1 + 3r ) + r = a1 + 4r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a10 = a9 + r = ( a1 + 8r ) + r = a1 + 9r logo AN = A 1 + ( N – 1) . R que recebe o nome de fórmula do Termo Geral de uma Progressão

Aritmética. V - TERMOS EQUIDISTANTE Em uma PA finita, dois termos são chamados equidistantes dos

extremos, quando o número de termos que precede um deles é igual ao número de termos que sucede o outro.

Por exemplo: Dada a PA ( a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8 )

a2 e a7 são equidistantes dos extremos a3 e a6 são equidistantes dos extremos

E temos a seguinte propriedade para os termos equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos extremos é uma constante igual à soma dos extremos.

Exemplo: ( -3, 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29 ) - 3 e 29 são extremos e sua soma é 26 1 e 25 são equidistantes e sua soma é 26 5 e 21 são equidistantes e sua soma é 26 Dessa propriedade podemos escrever também que: Se uma PA finita tem número ímpar de termos então o termo central é

a média aritmética dos VI - INTERPOLACÃO ARITMÉTICA Dados dois termos A e B inserir ou interpolar k meios aritméticos entre

A e B é obter uma PA cujo primeiro termo é A, o último termo é B e a razão é calculada através da relação:

1KAB

+-

Exemplo:

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 21

Interpolar (inserir) 3 meios aritméticos entre 2 e 10 de modo a formar uma Progressão Aritmética.

Solução:

Aplicando a fórmula:1KAB

+-

3 meios k10 B termo último

2 A termo 1º

==

=

Substituindo na forma acima vem:

2 48

13210

1KAB

==+-

Þ+-

portanto a razão da PA é 2 A Progressão Aritmética procurada será: 2, 4, 6, 8, 10. VII –SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PA Podemos determinar a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma

PA Sn da seguinte forma: Sn = a1 + a2 + a3 +....+ an -2 + an -1 + an ( + ) Sn = an -2 + an -1 + an +....+ a1 + a2 + a3

2Sn = (a1+ an) + (a1+ an)+ (a1 + an)+....+ (a1+ an) Observe que aqui usamos a propriedade dos termos equidistantes,

assim: 2Sn = n (a1+ an)

logo: 2

N )AA(S N1N

×+=

EXERCICIOS Não esquecer as denominações: an ® termo de ordem n a1 ® 1º termo n ® número de termos r ® razão 1) Determinar o 20º termo (a20) da PA (2, 5, 8, ...) Resolução: a1 = 2 an = a1 + (n - 1) . r r = 5 - 2 = 8 –5 = 3 a20 = 2 + (20 - 1) . 3 n = 20 a20 = 2 + 19 . 3 a20 = ? a20 = 2 + 57 a20 = 59 2) Escrever a PA tal que a1 = 2 e r = 5, com sete termos. Solução: a2 = a1 + r = 2 + 5 = 7 a3 = a2 + r = 7 + 5 = 12 a4 = a3 + r = 12 + 5 = 17 a5 = a4 + r = 17 + 5 = 22 a6 = a5 + r = 22 + 5 = 27 a7 = a6 + r = 27 + 5 = 32

Logo, a PA solicitada no problema é: (2, 7, 12, 17, 22, 27, 32) 3) obter a razão da PA em que o primeiro termo é - 8 e o vigésimo é

30. Solução: a20 = a1 + 19 r = Þ 30 = 8 + 19r Þ r = 2 4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 23, ....) Solução: 23 - 18 = 13 - 8 = 5 a5 = a4 + r a5 = 23 + 5 a5 = 28 5) Achar o primeiro termo de uma PA tal que r = - 2 e a10 = 83. Solução: Aplicando a fórmula do termo geral, teremos que o décimo termo é: a10

= a1 + ( 10 – 1 ) r ou seja: 83 = a1 + 9 . (-2) Þ - a1 = - 18 - 83 Þ Þ a1 = - 101 Þ a1 = 101 6) Determinar a razão (r) da PA, cujo 1º termo (a1) é - 5 e o 34º

termo (a34) é 45.

Solução: a1 = -5 a34 =- 5 + (34 - 1) .r a34 = 45 45 = -5 + 33 . r n = 34 33 r = 50

R = ? 3350r =

PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS

1 - DEFINIÇÃO Vejamos a seqüência 2, 6, 18, 54, 162 Onde cada termo, a partir do 2.º, é obtido multiplicando-se o termo

anterior por 3, ou seja: an = an – 1 . 3 n = 2, 3, . . . , 5 Observe que o quociente entre dois termos sucessivos não muda,

sendo uma constante.

3 26

aa

1

2 ==

3 6

18 aa

2

3 ==

3 1854

aa

3

4 ==

3 54

162 aa

4

5 ==

Sequências onde o quociente entre dois termos consecutivos é uma

constante também possuem propriedades interessantes. São também úteis para a Matemática recebem um nome próprio: PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.

PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do seu termo precedente por uma constante. Esta constante é chamada razão da progressão geométrica.

Em símbolos: AN = A N - 1 . Q N = 1, 2, 3, . . .

ou seja: q. . .aa

aa

aa

3

4

2

3

1

2 ====

CLASSIFICAÇÃO E TERMO GERAL Quanto ao número de termos, podemos classificar a Progressão

Geométrica em: - FINITA: quando o nº de termo for finito: 2, 4, 8, 16, 32, 64 ( 6

termos) - INFINITA: quando o número de termos for infinito: 2, 4, 8, 16, 32,

64, . . . Quanto à razão, podemos classificar a PG em: - CRESCENTE: quando cada termo é maior que o anterior: 2, 4,

8, 16, 32 - DECRESCENTE: quando cada termo é menor que o anterior: 16,

8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, .., - CONSTANTE: quando cada termo é igual ao anterior: 3, 3, 3,

3, 3, . . . (q = 1) - OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada termo, a partir do

segundo tem Sinal contrário ao do termo anterior. Em alguns problemas, seria útil existir uma relação entre o primeiro

termo e um termo qualquer. Vejamos como obtê-la. a2 = a1 . q a3 = a2 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q2

a4 = a3 . q = ( a1 . q2 ) . q = a1 . q3

a5 = a4 . q = ( a1 . q3 ) . q = a1 . q4 . . . . . . . . . . . . . an = an -1 . q = ( a1 . qn -2 ) . q = a1 . qn -1

AN = A1 . Q N -1 Esta última expressão é chamada termo geral de uma Progressão

Geométrica.

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 22

EXERCÍCIOS 1) Determinar o 9.º termo (a9) da P.G. (1, 2, 4, 8;....). Solução: an ® termo de ordem n a1 ® 1º termo n ® número de termos q ® razão

FÓRMULA DO TERMO GERAL: an = a1 . qn –1

a1 = 1 q = 2 n = 9 a9 = ? a9 = 1 . 29 –1 Þ a9 = 1 . 28 Þ a9 = 1 . 256 \ a9 = 256

2) Determinar a1 (1º termo) da PG cuja a8 (8º termo) é 729, sabendo-se

que a razão é 3. Solução: a1 = ? q = 3 n = 8 a8 = 729 a8 = a1 . 38 –1

728 = a1 . 37 36 = a1 . 37

a1 = 36 : 37

a1 = 3 –1 Þ 31a1 =

3) Determinar a razão de uma PG com 4 termos cujos extremos são 1

e 64. Solução: 64 = 1 . q4 -1 43 = 1 . q3

43 = q3 q = 4 TERMOS EQUIDISTANTES Em toda PG finita, o produto de dois termos equidistantes dos

extremos é igual ao produto dos extremos. Exemplo: ( 1, 3, 9, 27, 81, 243 ) 1 e 243 extremos ® produto = 243 3 e 81 equidistantes ® produto = 3 . 81 = 243 9 e 27 equidistantes - produto = 9 . 27 = 243 Desta propriedade temos que: Em toda Progressão Geométrica finita com número ímpar de termos, o

termo médio é a média geométrica dos extremos. Exemplo: ( 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192) 242 = 3 . 192 IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG Sendo a1, a2, a3, ..., an uma PG de razão q, indicamos o produto dos

seus n primeiros termos por: Pn = a1 . a2 . a3 . ... . an 0bserve que: Pn = a1. ( a1 . q ) . (a1 . q2) . (a1 . q3) ... (a1 . qn –1) Pn = ( a1. a1 . a1 . . . . a1 ) . ( q1 . q2 . q3. . . qn –1)

1)- (n . . . 321n1n q .a P ++++=

Mas 1 + 2 + 3 + .... + (n -1) é uma PA de (n -1) termos e razão 1.

Considerando a fórmula da soma dos termos de uma PA, temos: [ ]

2)1n( nS

21 - n 1)- n ( 1 S

2)aa(Sn

n1 -=Þ

×+=Þ

+=

Assim, podemos afirmar que:

21)- n ( n

Q N1 AN P ·=

V - INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA. Inserir ou interpolar k meios geométricos entre os números A e B,

significa obter uma PG de k+2 termos, onde A é o primeiro termo e B é o

último e a razão é dada por: ABQ 1K =+

VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG Seja uma PG de n termos a1 , a2, a3, ...., an A soma dos n primeiros termos será indicada por: Sn = a1 + a2 + a3 +

.... + an Observe que, se q = 1, temos S = n . a1. Suponhamos agora que, na

progressão dada, tenhamos q ¹ 1. Multipliquemos ambos os membros por q.

Sn . q = a1 . q + a2 . q + a3 . q +....+ an –1 . q + an . q Como a1 . q = a2 , a2 . q = a3 , ... an –1 . q = an temos: Sn . q = a2 + a3 + a4 +....+ an + an . q E sendo a2 + a3 + a4 +....+ an = Sn – a1 , vem: Sn . q = Sn – a1 + an . q Sn - Sn . q = a1 - an . q

) 1 q ( q - 1

q . a - a S n1n ¹=

q - 1

q q . a - a S1- n

11n

×=

q - 1

q . a - a Sn

11n =

1) q ( q - 1nq - 1 1a nS ¹×=

VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA COM - 1 < Q < 1 Vejamos como calcular . . .

161

81

41

21 1S +++++=

Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG infinita com q = 21

.

Multiplicando por 2 ambos os membros, temos:

2 S = 2 + S Þ S = 2

Calculemos agora . . . 271

91

31 1S ++++=

Multiplicando por 3 ambos os membros, temos:

3S = 3 + S Þ 2S = 3 Þ 23S =

Vamos obter uma fórmula para calcular a soma dos termos de uma PG

infinita com -1 < q < 1, Neste caso a soma converge para um valor que será indicado por S

S = a1 + a2 + a3 +....+ an + . . . S = a1 + a1 . q + a1 . q2 +....+ a1 . qn –1+ . . .

multiplicando por q ambos os membros, temos: Sq = a1q+ a1 q2 + a1 q3 +....+ a1 qn+ . . .Þ Þ Sq = S – a1 Þ S – Sq = a1

Þ S(1 – q) = a1Þ q1

aS 1-

=

Resumindo: se - 1 < q < 1, temos:

q1a. . . a .... a a a S 1

n321 -=+++++=

S

. . . 161

81

41

21 1 2 S 2 ++++++=

...

S271

91

31 13S 3 +++++=

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 23

EXERCÍCIOS 1) Determinar a soma dos termos da PG

)641 , . . . . ,

41 ,

21 1, (

Solução: a1 = 1 21q =

q - 1

q . a - a S n1n =

21128

1- 1S

21 - 1

21 .

641 - 1

S nn =Þ=

ou 64

127S 2 128127

21

128127

S nn =Þ×==

984375,1 Sn = 2) Determinar a soma dos oito primeiros termos da PG (2, 22, 23 , . . .). Solução: a1 = 2 q = 2 n = 8

q - 1

)q - 1 ( a Sn

1n

×=

1-

256) - 1 ( 2 2 - 1

)2 - 1 ( 2 S8

8 =×

=

510S 510 1255) - ( 2

8 =\=-

×=

3) Determinar a razão da PG ) . . . ; 81 ;

41 ;

21 ; 1 ; 2 (

Solução: De a2 = a1. q tiramos que:

21 q

21

aaq

1

2 =Þ==

4) Achar o sétimo termo da PG ( 21

; 1 ; 2 ; . . .)

Solução:

A PG é tal que 21a1 = e q = 2

Aplicando então a fórmula do termo geral, teremos que o sétimo termo é:

( ) 64 21 2

21 q aa 61 - 7

17 ×=×=×=

portanto (\ ) a7 = 32 5) Qual é o número que deve ser somado a 1, 9 e 15 para que se

tenha, nessa ordem três números em PG ? Solução: Para que (x + 1 ; x + 9 ; x + 15) seja PG, devemos ter:

9x

15x1x9x

++

=++ e, então:

(x + 9)2 = (x + 1)(x + 15) Þ Þ x2 + 18x + 81 = x2 + 16x + 15 Þ Þ 2x = - 66 Þ x = - 3

REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA. REGRA DE TRÊS SIMPLES Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo com o uso da

regra de três de maneira prática.

Devemos dispor as grandezas, bem como os valores envolvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza da proporção e escrevê-la.

Assim:

Grandeza 1: tempo (horas)

Grandeza 2: distância percorrida (km)

6

8

900

x

Observe que colocamos na mesma linha valores que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor desconhecido.

Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para indicar a na-

tureza da proporção. Se elas estiverem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa-mente proporcionais.

Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o mesmo sentido,

foi necessário responder à pergunta: "Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são diretamente pro-porcionais.

Já que a proporção é direta, podemos escrever: 68

900=

x

Então: 6 . x = 8 . 900 Þ x = 7200

6 = 1 200

Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8 horas. Vamos analisar outra situação em que usamos a regra de três. Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, percorre um certo

espaço durante 8 horas. Qual será o tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com uma velocidade de 60 km/h?

Grandeza 1: tempo

(horas) Grandeza 2: velocidade

(km/h)

8

x

90

60

A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço percorrido, se au-

mentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais.

Como a proporção é inversa, será necessário invertermos a ordem dos

termos de uma das colunas, tornando a proporção direta. Assim:

60

x 90

Escrevendo a proporção, temos: 8 60

908

60xx= Þ =

× 90= 12

Concluíndo, o automóvel percorrerá a mesma distância em 12 horas.

Regra de três simples é um processo prático utilizado para resolver problemas que envolvam pares de grandezas direta ou inversamente proporcionais. Essas grandezas formam uma proporção em que se

conhece três termos e o quarto termo é procurado.

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 24

REGRA DE TRÊS COMPOSTA Vamos agora utilizar a regra de três para resolver problemas em que

estão envolvidas mais de duas grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte problema.

Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias produzem 2.000 pe-

ças. Quantas máquinas serão necessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias?

Como nos problemas anteriores, você deve verificar a natureza da pro-

porção entre as grandezas e escrever essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grandezas e os valores envolvidos.

Grandeza 1:

número de máquinas Grandeza 2:

dias Grandeza 3:

número de peças

10 x

20

6

2000

1680

Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das setas é

necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la com as outras. Supondo fixo o número de dias, responda à questão: "Aumentando o

número de máquinas, aumentará o número de peças fabricadas?" A res-posta a essa questão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamen-te proporcionais.

Agora, supondo fixo o número de peças, responda à questão: "Au-

mentando o número de máquinas, aumentará o número de dias neces-sários para o trabalho?" Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as gran-dezas 1 e 2 são inversamente proporcionais.

Para se escrever corretamente a proporção, devemos fazer com que as

setas fiquem no mesmo sentido, invertendo os termos das colunas conve-nientes. Naturalmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da grandeza 2.

10 6 2000 x 0 1680

Agora, vamos escrever a proporção: 10 6

20x= ×

20001680

(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas outras é

proporcional ao produto delas.) 10 12000

3360010

28x

x= Þ =×

= 3360012000

Concluíndo, serão necessárias 28 máquinas.

PROVA SIMULADA 1. Um parafuso penetra 3,2 mm a cada 4 voltas. Quantas voltas deverá

dar para penetrar 16 mm? a) 20 voltas b) 18 voltas c) 22 voltas d) 16 voltas e) n.d.a.

2. Sabe-se que 8 kg de café cru dão 6 kg de café torrado. Quantos kg de café cru devem ser levados ao forno para obtermos 27 kg de café torrado? a) 36 b) 40 c) 38 d) 26 e) n.d.a.

3. 40 pintores pintam um edifício em 10 dias. Querendo fazer o mesmo

serviço em 8 dias, quantos pintores seriam necessários? a) 50 b) 48 c) 60 d) 62 e) n.d.a.

4. 8 máquinas produzem 600 peças de metal por hora. Quantas

máquinas idênticas às primeiras são necessárias para produzir 1 500 peças de metal por hora? a) 30 b) 25 c) 40 d) 20 e) n.d.a.

5. Com velocidade de 60 km/h, um automóvel leva 50 minutos para ir de

urna cidade X a urna cidade Y. Se a sua velocidade fosse de 75 km/h, quanto tempo levada para cobrir a mesma distância? a) 45 min b) 38 min c) 40 min d) 42 min e) n.d.a.

6. Uma roda de automóvel dá 2 500 voltas em 10 minutos. Quantas

voltas dará em 12 minutos? a) 3280 b) 2967 c) 3020 d) 3000 e) n.d.a.

7. Para paginar um livro com 30 linhas em cada página, são necessárias

420 páginas. Quantas páginas (iguais às anteriores) de 40 linhas (iguais às anteriores) cada uma seriam necessárias para paginar o mesmo livro? a) 315 b) 321 c) 347 d) 198 e) n.d.a.

8. Para transportar certo volume de areia para urna construção, foram

necessários 20 caminhões com 4 m3 de areia cada um. Se cada caminhão pudesse conter 5 m3 de areia, quantos caminhões seriam necessários para fazer o mesmo serviço? a) 16 b) 20 c) 22 d) 14 e) n.d.a.

9. Uma árvore de 4,2 m de altura projeta no solo urna sombra de 3,6 m.

No mesmo instante, uma torre projeta urna sombra de 28,80 m. Qual é a altura da torre? a) 33,60 b) 28,90 c) 32,00 d) 19,12 e) N.D.A.

Regra de três composta é um processo prático utilizado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas propor-

cionais.

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 25

10. Para assoalhar urna sala de 80 m2 de área, foram necessários 900 tacos de madeira. Quantos tacos iguais a esses seriam necessários para assoalhar urna sala de 60 m2 de área? a) 700 b) 800 c) 760 d) 675 e) n.d.a.

11. Uma torneira despeja 40 litros de água em 5 minutos. Em quanto tempo esta torneira encheria um reservatório de 2 m3 de capacidade? a) 230min b) 220 min c) 250 min d) 242 min e) n.d.a.

12. Uma vara de bambu de 1,5 m de altura projeta no solo uma sombra

de 1 m. Quanto medirá a sombra projetada no mesmo instante por um prédio de 18 m de altura? a) 13 m b) 12 m c) 10,5 m d) 14,2 m e) n.d.a.

13. Para construir urna quadra de basquete, 30 operários levam 40 dias.

Quantos dias levariam 25 operários, de mesma capacidade que os primeiros, para construir urna quadra idêntica? a) 52 dias b) 46 c) 48 d) 45 e) n.d.a.

14. Com a velocidade de 80 km/h, um automóvel leva 1 hora e meia para

percorrer certa distância. Se a sua velocidade fosse de 72 km/h, qual o tempo que seria gasto para cobrir a mesma distância? a) 100 min b) 98 min c) 102 min d) 110 min e) n.d.a.

15. Um muro deverá ter 40 m de comprimento. Em três dias, foram

construídos 12m do muro. Supondo que o trabalho continue a ser feito no mesmo ritmo, em quantos dias será construído o restante do muro? a) 10 dias b) 7 dias c) 8 dias d) 6 dias e) n.d.a.

16. Uma folha de alumínio de 250 cm2 de área pesa 400 g. Quanto

pesará uma peça quadrada, de 10 cm de lado, da mesma folha de alumínio? a) 160 g b) 145 g c) 165 g d) 178 g e) n.d.a.

17. Com certa quantidade de arame, constrói-se uma tela de 20 m de

comprimento por 3 m de largura. Diminuindo-se a largura em 1,80 m, qual seria o comprimento de outra tela fabricada com a mesma quantidade de arame? a) 48 m b) 50m c) 52 m d) 54 m e) n.d.a.

18. Para azulejar uma parede de 15 m2 de área foram usados 300 azulejos. Quantos azulejos iguais a esses seriam usados para azulejar uma parede retangular de 8 m por 3 m? a) 479 b) 500 c) 566 d) 480

e) n.d.a. 19. A velocidade de um automóvel é de 72 km/h. Qual seria a sua

velocidade em m/s? a) 22 b) 18 c) 32 d) 20 e) n.d.a.

20. Um terreno retangular tem 10 m de frente por 40 m de lateral. Se

diminuirmos 2 m da frente do terreno, quantos m devemos aumentar ao comprimento a fim de conservar a sua área? a) 11 m b) 12 m c) 10 m d) 9 m e) n.d.a.

21. $ 6 400,00 representam quantos % de $ 320 000,00?

a) 3 b) 2 c) 4 d) 5 e) n.d.a.

22. 150 alunos representam quantos % de 2 000 alunos?

a) 7,5 b) 6,7 c) 7,1 d) 8,1 e) n.d.a.

23. Uma prova de Matemática tem 50 questões. Um aluno acertou 40

dessas questões. Qual foi a sua taxa de acertos? a) 90% b) 88% c) 77% d) 80% e) n.d.a.

24. A 6ª série C teve, durante todo o ano, 50 aulas de Educação Física.

Um aluno faltou a 8 aulas. Qual foi a taxa de faltas desse aluno? a) 12 b) 18 c) 16 d) 14 e) n.d.a.

25. O preço de custo de um objeto é R$ 1 750,00. Sendo esse objeto

vendido a R$ 2 499,00, qual a taxa de lucro sobre o preço de custo? a) 42,8 b) 43,7 c) 39,8 d) 44,0 e) n.d.a.

26. Um quadro de futebol disputa 16 partidas, vencendo 10 e empatando

2. Pede-se : 1º) a taxa de vitórias em relação ao número de partidas disputadas; 2º) a taxa de empates em relação ao número de partidas disputadas. a) 62,5 e 12,5 b) 61,0 e 11,9 c) 63,1 e 13,3 d) 62,1 e 11,9 e) n.d.a.

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 26

27. Em 1980, a população de uma cidade era de 60 000 habitantes. Em 1981, a população da mesma cidade é de 61920 habitantes. Qual foi a taxa de crescimento populacional em relação à de 1980? a) 4,1 b) 3,1 c) 3,2 d) 1,9 e) n.d.a.

28. Dos 15.000 candidatos que inscreveram-se para o vestibular na

PUC.SP. Foram aprovados 9600. Qual a taxa de aprovação? a) 67 b) 71 c) 66 d) 64 e) n.d.a.

29. Em dezembro de 1996, o preço da gasolina passou de R$ 0,45 para

R$ 0,51 o litro. De quanto % foi o aumento? a) 13,3 b) 12,9 c) 11,8 d) 14,1 e) n.d.a.

30. Na compra de uma bicicleta, cujo preço é R$ 180,00, dá-se um

desconto de R$ 27,00. De quanto % é o desconto dado? a) 17 b) 15 c) 13 d) 11 e) n.d.a.

31. $ 300,00 representam 24% de uma quantia x. Qual é o valor de x?

a) 1320 b) 1250 c) 1145 d) 1232 e) n.d.a.

32. Numa prova de Matemática, um aluno acertou 36 questões, o que

corresponde a 72% do número das questões. Quantas questões havia na prova? a) 44 b) 48 c) 50 d) 53 e) n.d.a.

33. Num colégio X, 520 alunos estudam no período da manhã, o que

corresponde a 65% do número total de alunos do colégio. Quantos alunos tem esse colégio? a) 861 b) 982 c) 870 d) 800 e) n.d.a.

34. Uma peça de ouro foi vendida com um lucro de $ 300,00. Sabe-se

que essa quantia representa 25% do preço de custo da peça. Qual o preço de custo e por quanto foi vendida essa peça? a) 1200 e 1500 b) 1220 e 1488 c) 1180 e 1520 d) 1190 e 1980 e) n.d.a.

35. Uma salina produz 18% de sal em volume de água que é levada a

evaporar. Para produzir 117 m3 de sal, quantos m3 de água são necessários? a) 750 b) 587

c) 710 d) 650 e) n.d.a.

36. Na 6ª série B, 6 alunos foram reprovados, o que representa 15% do

número de alunos da classe. Quantos alunos há na 6ª série B? a) 38 b) 42 c) 40 d) 45 e) n.d.a.

37. Na compra a prazo de um aparelho, há um acréscimo de R$ 150,00, o

que corresponde a 30% do preço a vista do aparelho, Qual é o preço a vista do aparelho, e quanto vou pagar? a) 500 e 640 b) 510 e 630 c) 530 e 678 d) 500 e 650 e) n.d.a.

38. Para assoalhar uma casa foram necessárias 18 dúzias de tábuas de 2

metros e 30 centímetros de comprimento por 10 centímetros de largura. Quantas tábuas seriam necessárias para assoalhar a mesma casa se elas tivessem 1 metro e 80 centímetros de comprimento por 3 decímetros de largura? a) 92 b) 104 c) 98 d) 89 e) 95

39. Uma torneira pode encher um tanque em 9 horas e outra pode encher

o mesmo tanque em 12 horas. Se essas duas torneiras funcionassem juntas e, com elas, mais uma terceira torneira, o tanque ficaria cheio em 4 horas. Em quantas horas a terceira torneira, funcionando sozinha, encheria o tanque? a) 18 horas b) 20 c) 22 d) 16 e) 18h 30min 15s

40. As rodas traseiras de um carro têm 3,25 metros de circunferência.

Enquanto as rodas dianteiras dão 20 voltas, as traseiras dão somente 12. Qual é a circunferência das rodas dianteiras? a) 1,95 m b) 2,05 c) 1,88 d) 1,90 e) 2,01

41. Um viajante vai da cidade X à cidade Z em um trem que faz 60 km/h

e volta em outro cuja velocidade é de 96 km/h, Sabendo-se que a viagem de ida e volta durou, ao todo, 9 horas e 58 minutos, pergunta-se: qual a distância entre as duas cidades? a) 368 b) 388 c) 402 d) 379 e) 354

42. Certa máquina, trabalhando 12 horas por dia, consome, em 30 dias, 9

780 quilos de carvão. Qual o custo do carvão gasto por essa máquina durante 90 dias, sabendo-se que nesse período trabalhou 12 horas e 30 minutos por dia e que cada tonelada de carvão custou R$ 800 00? a) 24.450,00 b) 25.000,00 c) 23.450,00 d) 22.980,00 e) 24.680,00

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43. Se um homem caminha à razão de 4 quilômetros e 500 metros por hora, em quantas horas, minutos e segundos, percorrerá a distância de 14 quilômetros e 415 metros? a) 3h 12min 12s b) 3h 11min 19s c) 2h 59min 2s d) 3h 21min 5s e) n.d.a.

44. Sabendo que 3/4 de certa obra foram feitos por 33 pessoas em 1 ano

de trabalho, determinar quantas pessoas seriam necessárias para fazer a obra toda em metade do tempo. a) 91 b) 88 c) 79 d) 85 e) n.d.a.

45. Sabendo que três operários, trabalhando 7 horas por dia, durante 2

dias, fizeram 126 metros de certa obra, calcular quantos metros da mesma obra farão dois operários, trabalhando 5 dias a 3 horas por dia. a) 88 b) 92 c) 98 d) 95 e) 90

46. Trabalhando 4 horas diárias, durante 18 dias, 64 operários abriram

uma vala de 36 metros de comprimento, em terreno de dureza 3. Determinar o comprimento de outra vala, aberta por 56 operários, que trabalharam 5 horas por dia, durante 16 dias, em terreno de dureza 2. a) 61,4 b) 49,8 c) 52,5 d) 49,1 e) n.d.a.

47. Uma torneira que jorra 1.035,5 litros de água por hora enche certo reservatório em 12 horas. Determinar em quanto tempo outra torneira, que jorra 20 litros por minuto, encheria o mesmo reservatório. a) 10h 21min 18s b) 11h 10min 12s c) 9h 31min 17s d) 10h 17min 32s e) n.d.a.

48. 27 operários, trabalhando 8 horas diárias durante 15 dias, fizeram um muro de 20 metros de comprimento, 1 metro e 80 centímetros de altura e 30 centímetros de espessura. Quantos operários seriam necessários para a construção de outro muro de 30 metros de comprimento, 2 metros de altura e 27 centímetros de espessura, se eles trabalhassem 9 horas por dia durante 18 dias? a) 33 b) 37 c) 29 d) 27 e) 30

49. Vinte e cinco tecelões, trabalhando 7 horas por dia, durante 18 dias, fizeram 750 metros de certo tecido. Quantos tecelões, trabalhando 9 horas por dia, durante 14 dias, seriam necessários para fazer 630 metros do mesmo tecido? a) 23 b) 24 c) 21 d) 17 e) 20

50. O volante de uma máquina, dando 318 voltas em 6 minutos, põe em movimento uma fieira que produz 265 metros de tecido em 60 minutos. Que tempo será preciso para fabricar 564 metros de tecido, se o volante der 376 voltas em 4 minutos? a) 75 min b) 72 min c) 69 d) 65 e) n.d.a.

51. Certo capital, acrescido de juros de 6,5% a.a. em 1 ano e 4 meses, importa em $ 7 824,00. Determinar o capital. a) 7.200,00 b) 6,980,00 c) 7.430,00 d) 8.020,00 e) n.d.a.

52. Um capital, com os juros correspondentes a 5 meses, eleva-se a R$ 748,25. O mesmo capital, com os juros correspondentes a 8 meses, eleva-se a R$ 759,20. Determinar o capital. a) 770,00 b) 760,00 c) 695,00 d) 730,00 e) n.d.a.

53. Determinar o capital e os juros cuja soma, no fim de 5 meses, à taxa

de 5,5% a.a., atingiu R$ 17 676,00. a) 17.280,00 e 396,00 b) 16.980,00 3 400,00 c) 18.960,00 e 385,00 d) 17.680,00 e 411,00 e) n.d.a.

54. Qual é o capital que, acrescido dos seus juros produzidos em 270

dias, à taxa de 4,5% a.a., se eleva a R$ 45 071,50? a) 44.000,00 b) 43.987,20 c) 45.080,00 d) 43.600,00 e) n.d.a.

55. Uma pessoa aplicou $ 110 000,00 do seguinte modo:

$ 68 000,00 a 5% a.a. e $ 42 000,00 a uma taxa desconhecida. Sabendo-se que, no fim de meio ano, a primeira importância tinha rendido $125,00 a mais do que a segunda, pergunta-se: a que taxa esta última foi aplicada? a) 8,3% a.a. b) 7,5 c) 6,7 d) 6,9 e) n.d.a.

56. A soma de um capital com os seus juros, aplicado durante 110 dias, à

taxa de 7% a.a., é igual a R$ 2 553,47. Determinar o valor dos juros, considerando-se o ano com 360 dias. a) 53,47 b) 51,12 c) 49,22 d) 48,98 e) n.d.a.

57. Determinar a que taxa mensal esteve aplicado um capital de R$ 48

000,00 que, em 3 meses e 20 dias, rendeu R$ 440,00 de juros. a) 0,25% a.m. b) 0,40 c) 0,34 d) 0,21 e) 0,49

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Raciocínio Lógico A Opção Certa Para a Sua Realização 28

58. Certo capital, acrescido dos juros resultantes de sua aplicação durante 8 meses, eleva-se a R$ 23 100,00. O mesmo capital, acrescido dos juros resultantes de 13 meses de aplicação, à mesma taxa, eleva-se a R$ 23 475,00. Calcular o capital e a taxa anual. a) 22.500,00 e 4% a.a. b) 21.000,00 e 5% c) 23.650,00 e 5% d) 21.654,00 e 4% e) n.d.a.

GABARITO

1. A 2. A 3. A 4. D 5. C 6. D 7. A 8. A 9. A 10. D 11. C 12. B 13. C 14. A 15. B 16. A 17. B 18. D 19. D 20. C

21. B 22. A 23. D 24. C 25. A 26. A 27. C 28. D 29. A 30. B 31. B 32. C 33. D 34. A 35. D 36. C 37. D 38. A 39. A 40. A

41. A 42. A 43. A 44. B 45. E 46. C 47. A 48. E 49. C 50. B 51. A 52. D 53. A 54. D 55. B 56. A 57. A 58. A

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NOÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Hely Lopes MEIRELLES define que o conceito de direito administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. O conjunto harmôni-co de princípios jurídicos... significa a sistematização de normas doutriná-rias de Direito (e não de Política ou de ação social), o que indica o caráter científico da disciplina em exame, sabido que não há ciência sem princípios teóricos próprios, ordenados e verificáveis na prática; que regem os órgãos, os agentes... indica que ordena a estrutura e o pessoal do serviço público; e as atividades públicas... isto é, a seriação de atos da Administração Públi-ca, praticados nessa qualidade, e não quando atua, excepcionalmente, em condições de igualdade com o particular, sujeito às normas do Direito Privado; tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Aí está a caracterização e a delimitação do objeto do Direito Administrativo. Os três primeiros termos – concreta, direta e imediatamente – afastam a ingerência desse ramo do Direito na atividade estatal abstrata que é a legislativa, na atividade indireta que é a judicial, e na atividade mediata que é a ação social do Estado. As últimas expressões da definição – fins desejados pelo Estado – estão a indicar que ao Direito Administrativo não compete dizer quais são os fins do Estado. Cada Esta-do, ao se organizar, declara os fins por ele visados e institui os Poderes e órgãos necessários à sua consecução. O Direito Administrativo apenas passa a disciplinar as atividades e os órgãos estatais ou a ele assemelha-dos, para o eficiente funcionamento da Administração Pública. Maria Sylvia Zanella di PIETROconceitua que o direito administrativo como ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. Para José CRETELLA JÚNIOR (18) entende-se por direito administrativo o ramo do direito público interno que regula a atividade e as relações jurídicas das pessoas públicas e a institui-ção de meios e órgãos relativos à ação dessas pessoas.

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO:

O Direito Administrativo possui, para sua formação, em quatro fontes principais, a saber: - A lei, que em sentido amplo, é a fonte primária do Direito Administrativo, abrangendo esta expressão desde a Constituição até os regulamentos executivos. E compreende-se que assim seja, porque tais atos, impondo o seu poder normativo aos indivíduos e ao próprio Estado, estabele-cem relações de administração de interesse direto e imediato do Direito Administrativo; - A doutrina, formando o sistema teórico de princípios aplicá-veis ao Direito Positivo, é elemento construtivo da Ciência jurídica à qual pertence a disciplina em causa. Influi ela não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e não contenciosas, ordenando, assim, o próprio Direito Administrativo; - A jurisprudência, traduzindo a reiteração dos julga-mentos num mesmo sentido, influência poderosamente a construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo, que se ressente de sistematização doutrinária e de codificação legal. A jurisprudência tem um caráter mais prático, mais objetivo, mas nem por isso se aparta de princípios teóricos que, por sua persistência nos julgados, acabam por penetrar e inte-grar a própria Ciência Jurídica; - O costume, no Direito Administrativo brasilei-ro, exerce ainda influência, em razão da deficiência da legislação. A prática administrativa vem suprindo o texto escrito, e, sedimentada na consciência dos administradores e administrados, a praxe burocrática passa a suprir a lei, ou atua como elemento informativo da doutrina.

INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO:

O estudo da interpretação das normas, atos e contratos administrativos não tem correspondido, entre nós, ao progresso verificado nesse ramo do Direito. Adiantados como estamos em muitos aspectos da Ciência Jurídica,

não cuidamos, ainda, com a profundidade devida, de fixar as regras básicas da aplicação desse novel ramo do Direito Público Interno, o que nos leva a utilizar, quase que exclusivamente, da hermenêutica civilista em matéria administrativa. A nosso ver, a interpretação do Direito Administrativo, além da utilização analógica das regras do Direito Privado que lhe forem aplicá-veis, há de considerar, necessariamente, esses três pressupostos: 1º) a desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados; 2º) a presunção de legitimidade dos atos da Administração; 3º) a necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público. Com efeito, enquanto o Direito Privado repousa sobre a igualdade das partes na relação jurídica, o Direito Público assenta em princípio inverso, qual seja, o da supremacia do Poder Público sobre os cidadãos, dada a prevalência dos interesses coletivos sobre os individuais. Sempre que entrarem em conflito a direito do indivíduo e o interesse da comunidade, há de prevalecer este, uma vez que o objetivo primacial da Administração é o bem comum. As leis administrativas visam, geralmente, a assegurar essa supremacia do Poder Público sobre os indivíduos, enquanto necessária à consecução dos fins da Administração. Ao aplicador da lei compete inter-pretá-la de modo a estabelecer o equilíbrio entre os privilégios estatais e os direitos individuais, sem perder de vista aquela supremacia. O segundo princípio que há de estar sempre presente ao intérprete é o da presunção de legitimidade dos atos administrativos. Essa presunção, embora relativa, acompanha toda a atividade pública, dispensando a Administração da prova de legitimidade de seus atos. Presumida esta, caberá ao particular provar o contrário, até demonstrar cabalmente que a Administração Pública obrou fora ou além do permitido em lei, isto é, com ilegalidade flagrante ou dissimulada sob a forma de abuso ou desvio de poder. O terceiro princípio é o de que a Administração Pública precisa e se utiliza frequentemente de poderes discricionários na prática rotineira de suas atividades. Esses pode-res não podem ser recusados ao administrador público, embora devam ser interpretados restritivamente quando colidem com os direitos individuais dos administrados. Reconhecida a existência legal da discricionariedade administrativa, cumpre ao interprete e aplicador da lei delimitar o seu cam-po de atuação, o que é do interesse público. A finalidade pública, o bem comum, o interesse da comunidade, é que demarcam o poder discricionário da Administração. Extravasando desses lindes, o ato administrativo des-camba para o arbítrio, e o próprio Direito Administrativo lhe nega validade, por excesso ou desvio de poder. Afora estas regras privativas do Direito Público, admite-se a utilização dos métodos interpretativos do Direito Civil (LICC, artigos 1º a 6º), que é a lei de todos, quando estabelece princípios gerais para aplicação do Direito, sempre trasladados por via analógica, ou seja, por força de compreensão, e não por extensão.

O DIREITO ADMINISTRATIVO NO BRASIL

O Direito Administrativo no Brasil não se atrasou cronologicamente das demais nações. Em 1851 foi criada essa cadeira (Decreto n. 608, de 16/08/1851) nos cursos jurídicos existentes, e já em 1857 era editada a primeira obra sistematizada - Elementos de Direito Administrativo Brasileiro - de Vicente Pereira do Rego, então professor da Academia de Direito do Recife.

O SISTEMA ADMINISTRATIVO BRASILEIRO

Por sistema administrativo, ou sistema jurisdicional da Administração, como se diz modernamente, entende-se o regime adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público em qualquer dos seus departamentos de governo. O Brasil adotou, desde a instauração de sua primeira República (1891), o sistema da jurisdição única, ou seja, o do controle administrativo pela Justiça Co-mum. As Constituições posteriores (1934, 1937, 1946 e 1969) afastaram sempre a ideia de uma Justiça administrativa coexistente com a Justiça ordinária, trilhando, aliás, uma tendência já manifestada pelos mais avan-çados estadistas do Império, que se insurgiam contra o incipiente contenci-oso administrativo da época. A orientação brasileira foi haurida do Direito Público norte-americano, que nos forneceu o modelo para a nossa primeira Constituição. Tal sistema, é o da separação entre o Poder Executivo e o Poder Judiciário, vale dizer, entre administrador e o juiz. Com essa diversi-ficação entre a Justiça e a Administração é inconciliável o contencioso administrativo, porque todos os interesses, quer do particular, quer do Poder Público, se sujeitam a uma única jurisdição conclusiva: a do Poder Judiciário. Isto não significa, evidentemente que se negue à Administração o direito de decidir; absolutamente, não. O que se lhe nega é a possibilida-de de exercer funções materialmente judiciais, ou judiciais por natureza, e

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de emprestar às suas decisões força e definitividade próprias dos julgamen-tos judiciários. Para a correção judicial dos atos administrativos ou para remover a resistência dos particulares às atividades públicas a Administra-ção e os administrados dispõem dos mesmos meios processuais admitidos pelo Direito Comum, e recorrerão ao mesmo Poder Judiciário uno e único - que decide os litígios de Direito público e de Direito Privado. Este é o senti-do da jurisdição única adotada no Brasil.

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO.

Prof. Leandro Cadenas

Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto dá-se o nome de regime jurídico.

Em se tratando de regime jurídico administrativo, importam as normas que buscam atender aos interesses públicos, é dizer, refere-se ao con-junto dessas regras que visam a esse fim. Normalmente, para atingir esses objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídico conce-dem uma posição estatal privilegiada, ou seja, como já dito, o Estado localiza-se num patamar de superioridade em relação ao particular, justa-mente por defender o interesse de toda uma coletividade.

Dessa forma, surgem os dois princípios basilares do Direito Administra-tivo: supremacia do interesse público sobre o particular e indisponibi-lidade do interesse público, tratados adiante.

No entanto, ainda que a importância do Direito Administrativo seja pa-tente, as controvérsias em matéria administrativa decididas pelo órgão executor não fazem coisa julgada material, cabendo ao Judiciário essa incumbência. Então, algum pedido que seja dirigido à Administração Públi-ca e por ela negado, pode ser revisto, como regra geral, pelo Judiciário (CF, art. 5º, XXXV). Veremos adiante que, quanto ao mérito administrativo, o Judiciário nada pode fazer.

Então, no Brasil, cabe somente ao Poder Judiciário dizer o Direito (juris dicere), de forma definitiva, no caso concreto. Isso não afasta a possibilida-de de se recorrer administrativamente de qualquer lesão ou ameaça a direto. Porém, as decisões nessa instância, repita-se, sempre estarão sujeitas ao crivo do Judiciário.

Aqui cabe uma importante distinção, destacando a diferença entre uni-cidade e dualidade de jurisdição. A Jurisdição é una, como no Brasil, quando apenas a um órgão se defere a competência de dizer o Direito de forma definitiva, é dizer, fazendo coisa julgada material (CF, art. 5º, XXXVI). De outro lado, diz-se que é dual quando há previsão de que dois órgãos se manifestem de forma definitiva sobre o Direito, cada qual com suas competências próprias. Ocorre tal dualidade na França, onde as decisões em matéria administrativa fazem coisa julgada material, enquanto que cabe ao Judiciário manifestar-se sobre os demais assuntos. Assim, na França, uma decisão administrativa não pode ser revista pelo Judiciário. Como já se disse, o Direito Administrativo pátrio tem forte influência do Direito francês, sendo que a principal diferença entre ambos os sistemas está justamente na dita natureza judicante da decisão do contencioso administrativo francês.

Apenas para clarear, não se confundam os conceitos de dualidade de jurisdição e duplo grau de jurisdição. Este refere-se à possibilidade de recorrer da decisão de primeira instância, para que seja novamente anali-sado o caso por outra superior, dentro do Judiciário. Portanto, se um caso está pendente de solução na esfera administrativa, e inicia-se ação (peran-te o Judiciário) tratando do mesmo tema, a decisão administrativa fica prejudicada, posto que sempre valerá a judicial. Assim, o processo adminis-trativo será arquivado sem decisão de mérito. A eleição da via administrati-va ou judicial é opção do interessado. Porém, uma vez acionado o Judiciá-rio, não caberá mais a primeira via, pois a decisão judicial sempre prevale-cerá sobre a administrativa. No entanto, nada impede que, após esgotadas todas as instâncias administrativas, o interessado se socorra do Judiciário, pois, repita-se, no Brasil, a jurisdição é una. Só para citar, a instância administrativa tem várias peculiaridades interessantes para os administra-dos, como a informalidade do processo, celeridade, gratuidade, possibilida-de de revisão de ofício e muitas outras, que acabam por incentivar o seu uso, desafogando um pouco o Poder Judiciário.

PARA GUARDAR

• Direito Administrativo é o conjunto dos princípios jurídicos que tra-tam da Administração Pública, suas entidades, órgãos, agentes públi-cos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como se atingir às finalidades do Estado.

• O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja prin-cipal característica encontramos no fato de haver uma desigualdade jurídica entre cada uma das partes envolvidas, ou seja, a Administração Pública se encontra num patamar superior ao particular.

• Esse ramo do Direito regra todas as atividades administrativas do Estado, qualquer que seja o Poder que a exerce, ou o ente estatal a que pertença: se a atividade é administrativa, sujeita-se aos comandos do Direito Administrativo.

• Quatro são as principais fontes do Direito Administrativo:

I – lei: fonte primária, principal, em geral abstrata e geral;

II – jurisprudência: conjunto de decisões do Poder Judiciário no mesmo sentido, é fonte secundária;

III – doutrina: teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, é fonte secundária;

IV – costumes: reiteração uniforme de determinado comportamento, é fonte secundária.

• Regime jurídico administrativo é o conjunto das regras que buscam atender aos interesses públicos.

• São princípios basilares do Direito Administrativo: supremacia do interesse público sobre o particular e ndisponibilidade do interesse público.

• No Brasil, a Jurisdição é una, cabendo apenas a um órgão a com-petência de dizer o Direito de forma definitiva, é dizer, fazendo coisa julgada material: Poder Judiciário.

• Diz-se que a Jurisdição é dual quando há previsão de que dois órgãos se manifestem de forma definitiva sobre o Direito, cada qual com suas competências próprias, como na França.

• Aqui, as decisões em matéria administrativa só fazem coisa julgada material quando tomadas pelo Judiciário.

• Dualidade de jurisdição e duplo grau de jurisdição não se confun-dem. Dualidade: dois órgãos dizendo o Direito no caso concreto, de forma definitiva. Duplo grau: duas instâncias, dentro do mesmo órgão, decidindo a mesma matéria, uma superior à outra.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Antes de falar sobre a estrutura da Administração Pública brasileira, é importante que sejam dados conceitos de alguns importantes institutos, quais sejam: Estado, Governo e Administração Pública. O Estado, sinteti-camente, é o ente que necessariamente é composto por três elementos essenciais: povo, território e governo soberano. Para que o Estado exerça suas funções, este manifesta-se por meio dos Poderes do Estado (ou Funções do Estado), que são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si, conforme assevera a nossa Consti-tuição Federal (art. 2º). A função principal do Poder Legislativo é a elabora-ção de leis (função legislativa), a função principal do Poder Executivo é a execução das leis (função administrativa), enquanto que a função principal do Poder Judiciário é a aplicação das leis aos casos concretos (função judicial). Aqui, cabe um primeiro alerta aos leitores, pois em várias questões de prova, tenho visto que os examinadores tentam confundir os concursan-dos ao tentar vincular a função administrativa exclusivamente ao Poder Executivo, o que é um erro, pois conforme expliquei, cada um dos três Poderes desempenham cada uma dessas funções de maneira precípua, mas todos eles desempenham todas as funções. Ou seja o Poder Executi-vo, também legisla e julga; o Poder Legislativo, também executa e julga e o Poder Judiciário, também executa e legisla, mas em todos esses casos de forma secundária. Governo, conforme nos ensina o eminente autor Hely Lopes, "é a expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos, do Estado e da manutenção da ordem jurídica vigente." No que se refere à Administração Pública, os autores têm várias formas de concei-tuá-la. Novamente, aqui, utilizaremos a definição de Hely Lopes, "a Admi-nistração é o instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções políticas de governo." (Direito Administrativo Brasileiro, 1993, Ma-lheiros, págs. 56-61)

A Administração Pública pode classificar-se em: Administração Pública em sentido objetivo, que "refere-se às atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às ne-cessidades coletivas", e Administração Pública em sentido subjetivo, que "refere-se aos órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (União,

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Estados, Municípios e Distrito Federal), aos quais a lei confere o exercício de funções administrativas." (Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 1997, Atlas, págs. 55-56)

Cada um desses entes políticos possui sua organização administrativa. Será objeto do nosso estudo, a estrutura administrativa federal, ou seja da União. O Decreto-Lei n.º 200, de 25 de fevereiro de 1967, dispõe sobre a organização da Administração Federal, e em seu art. 4º estabelece a divi-são entre administração direta e indireta. A Administração Direta constitui-se dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios, enquanto que a Administração Indireta consti-tui-se nas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. As autarquias e as fundações públicas têm natureza jurídica de direito público, enquanto que as empresas públicas e socieda-des de economia mista têm natureza jurídica de direito privado. Cabe frisar ao leitor a grande importância deste texto legal, objeto de várias questões de prova. O leitor deve ter em mente que esses entes citados pertencem à Administração Pública federal e estão no ordenamento jurídico legal, ou seja, estão positivados (na lei). Existem vários outros entes, que pertencem à Administração Pública Indireta segundo a doutrina (ou seja, o sistema teórico de princípios aplicáveis ao direito positivo, consubstanciado pelo consenso dos escritores) e não estão positivados, tais como os entes cooperativos (ou entes de cooperação).

A atividade administrativa - Em sentido lato, administrar é gerir inte-resses, segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues à guarda e conservação alheias; a Administração Pública, portanto, é a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo preceitos de Direito e da Moral, visando o bem comum. No trato jurídico, a palavra administração traz em si conceito oposto ao de propriedade, isto é, indica a atividade daquele que gere interesses alheios, muito embora o proprietário seja, na maioria dos casos, o próprio gestor de seus bens e interesses; por aí se vê que os poderes normais do adminis-trador são simplesmente de conservação e utilização dos bens confiados à sua gestão, necessitando sempre de consentimento especial do titular de tais bens e interesses para os atos de alienação, oneração, destruição e renúncia (na Administração Pública, deve vir expresso em lei).

Para Hely Lopes MEIRELLES o conceito de administração pública não oferece contornos bem definidos, quer pela diversidade de sentidos da própria expressão, quer pelos diferentes campos em que se desenvolve a atividade administrativa.

Administrar é gerir interesses, segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues à guarda e conservação alheias. Se os bens e interesses geridos são individuais, realiza-se administração particular; se são da coletividade, realiza-se administração pública. Administração pública, portanto, é a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade, no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum. Há de distinguir ainda, na Administração Pública:

I) - os atos de império (é todo aquele que contém uma ordem ou de-cisão coativa da Administração para o administrado);

II) - os atos de gestão (é todo aquele que ordena a conduta interna da Administração e de seus servidores, ou cria direitos e obrigações entre ela e os administrados, tais como os despachos que determi-nam a execução de serviços públicos, os atos de provimento de cargo e movimentação de funcionários, as autorizações e permis-sões, os contratos em geral);

III) - os atos de expediente (é todo aquele de preparo e movimentação de processos, recebimento e expedição de papéis e de despachos rotineiros, sem decisão de mérito administrativo).

Natureza e fins da administração – A Natureza da Administração Pú-blica é a de um munus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade, impondo ao administrador público a obrigação de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da Moral administrativa que regem sua atuação, pois tais preceitos é que expressam a vontade do titular dos interesses administrativos - o povo - e condicionam os atos a serem prati-cados no desempenho do munus público que lhe é confiado. Os Fins da Administração Pública resumem-se num único objetivo: o bem comum da

coletividade administrativa; toda atividade deve ser orientada para esse objetivo; sendo que todo ato administrativo que não for praticado no inte-resse da coletividade será ilícito e imoral.No desempenho dos encargos administrativos o agente do Poder Público não tem a liberdade de procurar outro objetivo, ou de dar fim diverso do prescrito em lei para a atividade; descumpri-los ou renunciá-los equivalerá a desconsiderar a incumbência que aceitou ao empossar-se no cargo ou função pública.Em última análise, os fins da Administração consubstanciam-se em defesa do interesse públi-co, assim entendidas aquelas aspirações ou vantagens licitamente almeja-das por toda a comunidade administrativa, ou por parte expressiva de seus membros; o ato ou contrato administrativo realizado sem interesse público configura desvio de finalidade.

Formas e características – a) As pessoas que exercem as atividades de administração pública são agentes de Direito Público, especialmente designados, podendo também serem designados por delegação. b) Os objetivos perseguidos pela Administração Pública são sempre estabeleci-dos por lei, ou seja, são sempre vinculados e não discricionários. c) Os interesses são sempre públicos, isto é, visando a coletividade como um todo, segundo o princípio da isonomia. d) As atividades administrativas e seus atos em geral gozam de executoriedade prática, ou possibilidade imediata de serem realizados. e) A natureza da Administração é munus público (encargo que alguém de exercer), ou seja, o que procede de natu-reza pública ou da lei, obrigando o agente ao exercício de certos encargos visando o benefício da coletividade ou da ordem social.

Modo de atuação - A Administração, visando o interesse social, de-sempenha suas atividades diretamente através de seus agentes técnicos e administrativos, devidamente selecionados, ou então o faz indiretamente, delegando para outra personalidade jurídica de direito público, ou mesmo para uma instituição de direito privado que possas agir em nome da referida Administração Pública, o que significa, neste caso. outorga de competência, como ocorre nas concessões, permissões, etc. Da mesma forma, a Admi-nistração diversifica no regime jurídico de sua atuação, ora manifestando-se com maior poder de império ou de comando, segundo as normas de direito público, como, v. g.. quando exerce o poder de tributar, ou o poder-dever de coibir a prática de um delito, ou mesmo de punir; ora praticando sua ativi-dade em concorrência com a iniciativa privada, no mesmo pé de igualdade e condições, produzindo e vendendo, bens e serviços. Para atuar devida-mente, a Administração Pública divide-se em entidades de administração, ou seja, em Administração Direta e Administração Indireta, como definido em lei (Decreto-lei 200/67), especificando os órgãos que compõe o Poder Executivo, não obstante as manifestações do poder estatal serem exercidas igualmente também por órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, sendo o primeiro na função de fazer leis e o segundo de aplicá-las.

REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Princípios que regem o regime jurídico da Administração Pública:

Princípio da supremacia do interesse público.

Princípio da indisponibilidade do interesse público.

Princípio da supremacia do interesse público + Princípio da indis-ponibilidade do interesse público = binômio prerrogativas + limites na lei

Princípio da supremacia do interesse público:

Este princípio confere ao administrador um conjunto de privilégios jurí-dicos que o particular não tem, em razão dos interesses que ele representa, ou seja, interesses da coletividade.

A Administração está numa posição de superioridade (supremacia jurí-dica), numa relação vertical (desigual) para com o particular, pois enquanto busca a satisfação dos interesses públicos, o particular busca a satisfação dos próprios interesses. Já no mundo privado, parte-se da ideia que, formalmente, as pessoas estão no mesmo plano, isto é, que as relações são horizontais.

Há um dogma em direito administrativo que diz que o interesse público prevalece sobre o particular. Ex: No mundo privado, uma pessoa não pode criar obrigações ao outro sem a concordância dele. Já o administrador, por uma manifestação de vontade, pode criar uma obrigação unilateral, inde-pendentemente da concordância; Administração pode rescindir o contrato administrativo e o particular não pode fazer nada contra isso; Poderá existir intervenção na propriedade para preservar o interesse público.

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Princípio da indisponibilidade do interesse público:

Este princípio afirma que o administrador não pode dispor livremente do interesse público, pois não representa seus próprios interesses quando atua, devendo assim agir segundo os estritos limites impostos pela lei. O princípio da indisponibilidade do interesse público aparece como um freio ao princípio da supremacia do interesse público.

O princípio da legalidade surge como um desdobramento do princípio da indisponibilidade do interesse público. Segundo tal princípio, o adminis-trador não pode fazer o que bem entender na busca do interesse público, isto é, deve agir segundo a lei, só podendo fazer aquilo que a lei expressa-mente autoriza e no silêncio da lei, está proibido de agir. Há uma relação de subordinação à lei. Já o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe e o que silencia a respeito. Portanto, tem uma maior liberdade do que o administrador. Há uma relação de não contrariedade à lei.

Regime jurídico da Administração Pública:

É o conjunto de direitos (prerrogativas) e deveres (limitação) que o or-denamento jurídico confere ao Poder Público e que não se estende aos particulares, por força dos interesses que ela representa quando atua.

O particular só será submetido a este regime quando lhe for delegado o exercício da função administrativa, isto é, quando executar um serviço público. Ex: Concessionário ou Permissionário; Cartórios extrajudiciais.

Direitos ou Prerrogativas: Os direitos surgem em decorrência dos in-teresses que a Administração representa quando atua. Exemplo de direitos que a Administração Pública tem e o particular não tem:

Os atos administrativos são dotados de auto-executoriedade, isto é, a Administração pode executar sozinha seus próprio atos, sem autorização prévia do Poder Judiciário. Ex: O oficial da prefeitura, quando constata um barulho numa danceteria além dos limites legais, pode lavrar um auto de infração unilateralmente, por força dos interesses que ele representa. Diferentemente, um particular, na mesma situação, teria que procurar o Poder Judiciário.

A Administração elabora sozinha os contratos administrativos, tendo o particular que aderir ao mesmo. Se o particular não cumpre as suas obriga-ções, a Administração pode sozinha invocar a exceção do contrato não cumprido. Nos contratos particulares, as partes participam da sua elabora-ção e podem invocar a exceção do contrato não cumprido através do Poder Judiciário.

O Poder Público tem uma série de vantagens que o coloca num grau de superioridade em relação aos particulares. O nome que se dá a esse conjunto de vantagens é "cláusulas exorbitantes", pois exorbitam o padrão dos contratos particulares, conferindo vantagens à Administração.

Deveres: Os deveres também surgem em razão dos interesses que a Administração representa quando atua. Exemplo de deveres que a Admi-nistração tem e o particular não tem:

O particular tem autonomia de vontade, pode contratar quem quiser pa-ra a sua empresa. Já a Administração deve contratar através de concurso público.

O empresário pode contratar os serviços que quiser e pelo valor que quiser. A Administração não tem essa liberdade, precisa fazer licitação.

http://www.webjur.com.br/doutrina

A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, deve partir do conceito de Estado, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados aos administrados.

CONCEITO, ELEMENTOS E PODERES DE ESTADO

Conceito de Estado — O conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é considerado. Do ponto de vista sociológico, é corporação territori-al dotada de um poder de mando originário (Jellinek); sob o aspecto políti-co, é comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade

superior de ação, de mando e de coerção (Malberg): sob o prisma constitu-cional, é pessoa jurídica territorial soberana (Biscaretti di Ruffia); na concei-tuação do nosso Código Civil, é pessoa jurídica de Direito Público Interno (art. 14. I). Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no campo do Direito Público como no do Direito Privado, mantendo sempre sua única personalidade de Direito Público, pois a teoria da dupla personalidade do Estado acha-se definitivamente superada.

Esse é o Estado de Direito, ou seja, o Estado juridicamente organiza-do e obediente às suas próprias leis.

Elementos do Estado — O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis: Povo, Território e Governo soberano. Povo é o componente humano do Estado; Território, a sua base física; Governo soberano, o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto - organização emanado do Povo. Não há nem pode haver Estado independente sem Soberania, isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastável de organizar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de fazer cumprir as suas decisões inclusive pela força, se necessário. A vontade estatal apresenta-se e se manifesta através dos denominados Poderes de Estado.

Poderes de Estado — Os Poderes de Estado, na clássica tripartição de Montesquieu, até hoje adotada nos Estados de Direito, são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis (CF, art. 2º). Esses Poderes são imanentes e estruturais do Estado (diversamente dos poderes administrati-vos, que são incidentais e instrumentais da Administração), a cada um deles correspondendo uma função que lhe é atribuído com precipuidade. Assim, a função precípua do Poder Legislativo é a elaboração da lei (função normativa); a função precípua do Poder Executivo é a conversão da lei em ato individual e concreto (função administrativa); a função precípua do Poder Judiciário é a aplicação coativa da lei aos litigantes (função judicial). Referimo-nos à função precípua de cada Poder de Estado porque, embora o ideal fosse a privatividade de cada função para cada Poder, na realidade isso não ocorre, uma vez que todos os Poderes têm necessidade de prati-car atos administrativos, ainda que restritos à sua organização e ao seu funcionamento, e. em caráter excepcional admitido pela Constituição, desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de outro Poder. O que há, portanto, não é separação de Poderes com divisão absoluta de funções, mas, sim, distribuição das três funções estatais precípuas entre órgãos independentes, mas harmônicos e coordenados no seu funciona-mento, mesmo porque o poder estatal é uno e indivisível.

Aliás, já se observou que Montesquieu nunca empregou em sua obra política as expressões “separação de Poderes” ou “divisão de Poderes”, referindo-se unicamente à necessidade do “equilíbrio entre os Poderes”, do que resultou entre os ingleses e norte-americanos o sistema de checks and balances, que é o nosso método de freios e contrapesos, em que um Poder limita o outro, como sugerira o próprio autor no original: “le pouvoir arrête le pouvoir”. Seus apressados seguidores é que lhe deturparam o pensamento e passaram a falar em “divisão” e “separação de Poderes”, como se estes fossem estanques e incomunicáveis em todas as suas manifestações, quando, na verdade, isto não ocorre, porque o Governo é a resultante da interação dos três Poderes de Estado — Legislativo, Executivo e Judiciário —, como a Administração o é de todos os órgãos desses Poderes.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO

Organização do Estado — A organização do Estado é matéria consti-tucional no que concerne à divisão política do território nacional, à estrutu-ração dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de investidura dos governantes, aos direitos e garantias dos governados. Após as disposições constitucionais que moldam a organização política do Estado soberano, surge, através da legislação complementar e ordinária, a organização administrativa das entidades estatais, de suas autarquias e entidades paraestatais instituídas para a execução desconcentrada e descentralizada de serviços públicos e outras atividades de interesse coletivo, objeto do Direito Administrativo e das modernas técnicas de administração.

No Estado Federal, que é o que nos interessa, a organização política era dual, abrangendo unicamente a União (detentora da Soberania) e os Estados-membros ou Províncias (com autonomia política, além da adminis-

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trativa e financeira). Agora, a nossa Federação compreende a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, que também são entidades estatais, com autonomia política reconhecida pela Constituição da República (art. 18), embora em menor grau que a dos Estados-membros (art. 25). Essa outorga constitucional de autonomia política aos Municípios é uma peculiaridade da Federação brasileira.. Assim, integra a organização política da nossa Federação um Estado-membro anômalo, que é o Distrito Federal, onde se localiza a Capital da União: Brasília (art. 18 e § 1º).

Na nossa Federação, portanto, as entidades estatais, ou seja, entida-des com autonomia política (além da administrativa e financeira), são unicamente a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Fede-ral. . As demais pessoas jurídicas instituídas ou autorizadas a se constituí-rem por lei ou são autarquias, ou são fundações, ou são entidades paraes-tatais, como veremos ao cuidar dos serviços públicos. Esse conjunto de entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais constitui a Administração Pública em sentido instrumental amplo, ou seja, a Adminis-tração centralizada e a descentralizada, atualmente denominada direta e indireta.

A nossa atual Constituição da República, do ponto de vista formal, é mal redigida, assistemática e detalhista; a redação é confusa, a matéria é distribuída sem sistema, e desce a detalhes impróprios de texto constitucio-nal.

Organização da Administração — Após a organização soberana do Estado, com a instituição constitucional dos três Poderes que compõem o Governo, e a divisão política do território nacional, segue-se a organização da Administração, ou seja, a estruturação legal das entidades e órgãos que irão desempenhar as funções, através de agentes públicos (pessoas físi-cas). Essa organização faz-se normalmente por lei, e excepcionalmente por decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem aumenta a despesa pública.

Nesse campo estrutural e funcional do Estado atua o moderno Direito Administrativo organizatório, auxiliado pelas contemporâneas técnicas de administração, aquele estabelecendo o ordenamento jurídico dos órgãos das funções e dos agentes que irão desempenhá-las, e estas informando sobre o modo mais eficiente e econômico de realizá-las em benefício da coletividade. O Direito Administrativo impõe as regras jurídicas de organiza-ção e funcionamento do complexo estatal; as técnicas de administração indicam os instrumentos e a conduta mais adequada ao pleno desempenho das atribuições da Administração. Assim, embora sendo disciplinas diferen-tes, ambas devem coexistir em toda organização estatal, autárquica, funda-cional e paraestatal, a fim de bem ordenar os órgãos, distribuir as funções, fixar as competências e capacitar os agentes para a satisfatória prestação dos serviços públicos ou de interesse coletivo, objetivo final e supremo do Estado em todos os setores do Governo e da Administração.

Impõe-se, pois, estabelecermos o confronto entre Governo e Adminis-tração e, a seguir, examinarmos seus órgãos e agentes para, após, estu-darmos a atividade administrativa em toda a sua extensão e efeitos.

GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO

Governo e Administração são termos que andam juntos e muitas ve-zes confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vários aspec-tos em que se apresentam.

Governo — Em sentido formal, é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais; em sentido material, é o complexo de funções estatais básicas; em sentido operacional, é a condução política dos negócios públi-cos. Na verdade, o Governo ora se identifica com os Poderes e órgãos supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originárias desses Poderes e órgãos como manifestação da Soberania. A constante, porém, do Governo é a sua expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente. O Governo atua mediante atos de Soberania ou, pelos menos, de autonomia política na condução dos negócios públicos.

Administração Pública — Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, do conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técni-

co, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelha-mento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à satisfa-ção das necessidades coletivas. A Administração não pratica atos de governo; pratica, tão somente, atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.

Comparativamente, podemos dizer que governo é atividade política e discricionária; administração é atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica. Governo é conduta independente; administração é conduta hierarquizada. O Governo comanda com responsabilidade consti-tucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução; a Administração executa sem responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal pela execução. A Administração é o instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções políti-cas do Governo. Isto não quer dizer que a Administração não tenha poder de decisão. Tem. Mas o tem somente na área de suas atribuições e nos limites legais de sua competência executiva, só podendo opinar e decidir sobre assuntos jurídicos, técnicos, financeiros ou de conveniência e oportu-nidade administrativas, sem qualquer faculdade de opção política sobre a matéria.

O Governo e a Administração, como criações abstratas da Constitui-ção e das leis, atuam por intermédio de suas entidades (pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas em cargos e funções). É o que veremos a seguir.

ENTIDADES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS

Entidade é pessoa jurídica, pública ou privada; órgão é elemento des-personalizado incumbido da realização das atividades da entidade a que pertence, através de seus agentes. Na organização política e administrativa brasileira as entidades classificam-se em estatais, autárquicas, fundacio-nais e paraestatais.

Entidades estatais — São pessoas jurídicas de Direito Público que in-tegram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos e administrativos, tais como a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal. A União é soberana; as demais entidades estatais têm apenas autonomia política, administrativa e financeira, mas não dispõem de Soberania, que é privativa da Nação e própria da Federação.

Entidades autárquicas — São pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a reali-zação de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividades econômicas, educacionais, previdenciárias e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem subordinação hierárqui-ca, sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da condu-ta de seus dirigentes.

Entidades fundacionais — São, pela nova orientação da Constituição da República de 1988, pessoas jurídicas de Direito Público, assemelhadas às autarquias, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal. São criadas por lei específica com as atribuições que lhes forem conferidas no ato de sua instituição.

Entidades paraestatais — São pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por lei específica para a realização de obras, serviços ou atividades de interesse coletivo. São espécies de entidades paraestatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos (SESI, SESC, SENAI e outros). As entidades paraestatais são autônomas, administrativa e financeiramente, têm patri-mônio próprio e operam em regime da iniciativa particular, na forma de seus estatutos, ficando vinculadas (não subordinadas) a determinado órgão da entidade estatal a que pertencem, o qual supervisiona e controla seu de-sempenho estatutário, sem interferir diretamente na sua administração.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os princípios referidos no programa são aqueles constantes da reforma administrativa de 1967 (Decreto-Lei n. 200, de 25.02.67), mantidos tacita-mente pela reforma de 1990 (Lei n. 8028, de 12.04.90 e Decreto 99.180, de

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15.03.90). São eles o do “planejamento”, o da .coordenação”, o da “descen-tralização”, o da “delegação de competência” e o do “controle”, que serão sucintamente analisados a seguir:

Planejamento – É o estudo e estabelecimento das diretrizes e metas que deverão orientar a ação governamental, através de um piano geral de governo, de programas globais, setoriais e regionais de duração plurianual, do orçamento-programa anual e da programação financeira de desembolso. Desta forma, as atividades da Administração Pública deverão adaptar-se aos programas aprovados pela Presidência da República, isto é, não são permitidos desvios que comprometam os limites financeiros de desembolso ou afrontem a respectiva programação.

Coordenação – É o que visa entrosar as atividades da Administração, de modo a evitar a duplicidade de atuação, a disperso de recursos, a diver-gência de soluções e outros males característicos da burocracia.

Através da coordenação pretende-se a harmonização de todas as ati-vidades da Administração Pública, evitando-se desperdícios. Economiza-se, portanto, recursos materiais e humanos.

Descentralização - É o que tem por objeto o descongestionamento administrativo, afastando do centro (o Estado) e atribuindo a uma pessoa distinta, poderes de administração, constituídos do exercício de atividades públicas ou de utilidade pública. Desta forma, em seu próprio nome, o ente descentralizado age por outorga do serviço ou atividade pública, bem como por delegação de sua execução. A descentralização distingue-se da “des-concentração”, que vem a se constituir na distribuição ou repartição de funções entre vários órgãos da mesma entidade estatal (União, Estados, DF, Municípios).

Delegação de competência - Pode ser encarada como uma forma de aplicação do “princípio da descentralização”, mas o Decreto-Lei n. 200/67 coloca-o como princípio autônomo e diferenciado daquele. Constitui-se na transferência, pelas autoridades administrativas, de atribuições decisórias a seus subordinados, mediante ato específico e que indique, com clareza e precisão, a autoridade delegante (a que transfere), a delegada (que recebe) e o objeto da delegação (a própria atribuição). Através desse princípio visa, a Administração Pública, maior objetividade e precisão às suas decisões. com vistas a situá-las o mais próximo possível dos fatos, das pessoas e dos problemas que pretende atender.

Controle - Em sentido amplo, caracteriza-se numa das formas de exercício do poder hierárquico, com o objetivo de fiscalização, pelo órgão superior, do cumprimento da lei, das instruções e da execução das atribui-ções específicas, dos órgãos inferiores, bem como dos atos e rendimento de cada servidor. Pelo enfoque da reforma administrativa e que mais dire-tamente interessa ao nosso estudo, constitui-se em instrumento da supervi-são ministerial, a que sujeitam-se todos os órgãos da Administração fede-ral, inclusive os entes descentralizados (autarquias, paraestatais), normal-mente não sujeitos ao poder hierárquico das autoridades da Administração direta. Visa, especificamente, à consecução de seus objetivos e à eficiência de sua gestão, sendo exercido de diversos modos e que poderão chegar, se for o caso, à intervenção, mediante controle total.

CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Estado tem como função primordial o oferecimento de utilidades aos administrados, não se justificando sua atuação senão no interesse público. Assim, entende-se que todas as vezes que o Estado atua, o faz porque à coletividade deve atender.

No início dos estudos sobre o Direito Administrativo havia o entendi-mento de que os serviços público eram poderes estatais (e não deveres), que independiam da vontade ou da necessidade do cidadão ou do residen-te de um determinado local.

Esta ideia inicial foi superada com o surgimento da Escola Francesa do Serviço Público, capitaneada por Léon Duguit, quando se passou a enten-der serviço público como serviços prestados aos administrados.

HELY LOPES MEIRELLES nos deixou o seguinte conceito de serviço público:

"Serviço Público é todo aquela prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessi-

dades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado."

(HELY LOPES MEIRELLES, Direito Administrativo Brasileiro, São Pau-lo, Ed. Malheiros, 1997, 22ª Ed., pg. 297)

Nesse sentido, prendendo-se aos critérios relativos à atividade pública, ensina o Professor JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO:

"..., conceituamos serviço público como toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob o regime de direito públi-co, com vistas a satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade."

(JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO, Manual de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris, 3ª ed., 1999, pg. 217)

Apresentado dois dos diversos conceitos oferecidos pela doutrina, de-ve-se buscar qual a entidade federativa (União, Estados-Membros, Distrito Federal ou Municípios) competente para instituir, regulamentar e controlar os diversos serviços públicos.

Para tanto, há que se buscar o fundamento de validade da atuação es-tatal na Constituição Federal que apresenta, quanto ao ente federativo titular do serviço, a classificação de serviços privativos e serviços comuns. Os primeiros são aqueles atribuídos a somente uma das esferas da federa-ção, como por exemplo, a emissão de moeda, de competência privativa da União (CF, art. 21, VII). Já os serviços comuns, podem ser prestados por mais de uma esfera federativa, como por exemplo, os serviços de saúde pública (CF, art. 23, II).

Analisados o conceito e a atribuição para a prestação dos serviços pú-blicos, deve-se ter em mente que estes são regidos por princípios que levam em consideração o prestador (ente público ou delegado), os destina-tários e o regime a que se sujeitam. Como exemplo dos princípios que regem os serviços públicos temos o princípio da generalidade - o serviço deve beneficiar o maior número possível de indivíduos; princípio da conti-nuidade – os serviços não devem sofrer interrupção; princípio da eficiência; princípio da modicidade – o lucro, meta da atividade econômica capitalista, não é objetivo da função administrativa.

Feitas breves considerações preliminares, quanto à origem, ao concei-to, à titularidade, e aos princípios informativos, passamos à análise da questão central que é a forma de execução dos serviços públicos.

Sendo o titular dos serviços públicos, o Estado deve prestá-los da me-lhor forma possível. Assim, pode, em casos específicos, dividir a tarefa da execução, não podendo, em nenhuma hipótese, transferir a titularidade do serviço.

O certo é que, possível a parceria, podem os serviços públicos serem executados direta ou indiretamente.

O Estado, por seus diversos órgãos e nos diversos níveis da federa-ção, estará prestando serviço por EXECUÇÃO DIRETA quando, dentro de sua estrutura administrativa -ministérios, secretarias, departamentos, dele-gacias -, for o titular do serviço e o seu executor. Assim, o ente federativo, será tanto o titular do serviço, quando o prestador do mesmo. Esses órgãos formam o que a doutrina chama de ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADA, porque é o próprio Estado que, nesses casos, centraliza a atividade.

O professor CARVALHO DOS SANTOS, em sua obra já citada (pg. 229), conclui: "O Decr.-lei n° 200/67, que implantou a reforma administrati-va federal, denominou esse grupamento de órgãos de administração direta (art. 4°, I), isso porque o Estado, na função de administrar, assumirá dire-tamente seus encargos." (GN)

Por outro lado, identifica-se a EXECUÇÃO INDIRETA quando os servi-ços são prestados por pessoas diversas das entidades formadoras da federação.

Ainda que prestados por terceiros, insisto, o Estado não poderá nunca abdicar do controle sobre os serviços públicos, afinal, quem teve o poder jurídico de transferir atividades deve suportar, de algum modo, as conse-quências do fato.

Essa execução indireta, quando os serviços públicos são prestados por terceiros sob o controle e a fiscalização do ente titular, é conhecido na doutrina como DESCENTRALIZAÇÃO.

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Leciona o Professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO que:

"Diz-se que a atividade é descentralizada quando é exercida, ..., por pessoas distintas do Estado.

Na descentralização o Estado atua indiretamente, pois o faz através de outras pessoas, seres juridicamente distintos dele, ainda quando sejam criaturas suas e por isso mesmo se constituam, ..., em parcelas personali-zadas da totalidade do aparelho administrativo estatal." (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, Curso de Direto Administrativo, São Paulo, Ed. Malheiros, 10 ed., 1998, pg. 96)

Visualizado o conceito de descentralização da prestação dos serviços públicos, há que destacar os modelos de descentralização adotados pela doutrina pátria.

Não há, pelos doutrinadores, uniformidade na classificação das subes-pécies de descentralização.

Entretanto, tenho por mais didática a apresentação feita pela Professo-ra MARIA SYLVIA ZANELA DI PIETRO, em seu Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 1997, 8° ed. Pg. 296 e ss.

Em seu curso, a professora MARIA SYLVIA divide a descentralização inicialmente em política e administrativa.

A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exer-ce atribuições próprias que não decorrem do ente central. Tema que já foi abordado supra, a descentralização política decorre diretamente da consti-tuição (o fundamento de validade é o texto constitucional) e independe da manifestação do ente central (União).

Já a descentralização administrativa ocorre quando o ente descentrali-zado exerce atribuições que decorrem do ente central, que empresta sua competência administrativa constitucional a um dos entes da federação tais como os Estados-Membros, os municípios e o Distrito Federal, para a consecução dos serviços públicos.

Assim, entende-se que na descentralização administrativa, os entes descentralizados têm capacidade para gerir os seus próprios "negócios", mas com subordinação a leis postas pelo ente central

A descentralização administrativa se apresenta de três formas. Pode ser territorial ou geográfica, por serviços, funcional ou técnica e por colabo-ração.

A descentralização territorial ou geográfica é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade jurídica própria e com a capacidade legislativa (quando existente) subordinada a normas emanadas do poder central.

No Brasil, podem ser incluídos nessa modalidade de descentralização os territórios federais, embora na atualidade não existam.

A descentralização por serviços, funcional ou técnica é a que se verifi-ca quando o poder público (União, Estados, Distrito Federal ou Município) por meio de uma lei cria uma pessoa jurídica de direito público – autarquia e a ela atribui a titularidade (não a plena, mas a decorrente de lei) e a execução de serviço público descentralizado.

Doutrina minoritária permite, ignorando o DL 200/67, a transferência da titularidade legal e da execução de serviço público a pessoa jurídica de direito privado. Essa classificação permitiria no Brasil a transferência da titularidade legal e da execução dos serviços às sociedades de economia mista e às empresas públicas.

Na descentralização por serviços, o ente descentralizado passa a deter a "titularidade" e a execução do serviço nos termos da lei não devendo e não podendo sofrer interferências indevidas por parte do ente que lhe deu vida. Deve pois, desempenhar o seu mister da melhor forma e de acordo com a estrita demarcação legal.

A descentralização por colaboração é a que se verifica quando por meio de contrato (concessão de serviço público) ou de ato administrativo unilateral (permissão de serviço público), se transfere a execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamen-te existente, conservando o poder público, in totum, a titularidade do servi-ço, o que permite ao ente público dispor do serviço de acordo com o inte-resse público.

Feitas as distinções concernentes ao tema, vale recordar que a des-centralização não se confunde com a desconcentração.

A desconcentração é procedimento eminentemente interno, significan-do, tão somente, a substituição de um órgão por dois ou mais com o objeti-vo de acelerar a prestação do serviço. Na desconcentração o serviço era centralizado e continuou centralizado, pois que a substituição se processou apenas internamente.

Na desconcentração, as atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compões a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e outros. Isso é feito com o intuito de desafogar, ou seja, desconcentrar, tirar do centro um grande volume de atribuições para permitir o seu mais adequado e racional desempenho.

SANCHES, Salvador Infante. Jus Navigandi, Teresina, ano 3, n. 35, out. 1999.

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVOS E LICITA-ÇÕES. NOÇÕES ATOS ADMINISTRATIVOS.

ATOS ADMINISTRATIVOS Noções introdutórias acerca do ato administrativo Texto extraído do Jus Navigandi http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6722

Roberto Wagner Lima Nogueira mestre em Direito Tributário, professor do Departamento de Direito

Público das Universidades Católica de Petrópolis (UCP), procurador do Município de Areal (RJ), membro do Conselho Científico da Associação Paulista de Direito Tributário (APET)

1. CONSIDERAÇÕES PREAMBULARES. Trata-se de apontamentos, anotações básicas para aqueles operado-

res do direito administrativo que queiram iniciar estudos concernentes ao ato administrativo, por conseguinte, carecem de uma maior aprofundamen-to teórico, senão que servem como um guia para estudos a serem feitos com mais rigor e detida análise.

É material de reciclagem para os já formados, e instrumental útil para os bacharelandos que vivenciam o estudo de direito administrativo ainda na universidade. O texto aponta caminhos que devem necessariamente ser percorridos.

2 - FATOS ADMINISTRATIVOS. É conceito mais amplo do que o de ato administrativo. É uma atividade

material no exercício da função administrativa que visa efeitos práticos para a Administração. É o ato material de pura execução, i,e, em satisfa-ção de um dever jurídico e traduz o exercício da função administrativa na dicção de Marçal Justen Filho.

Segundo Hely Lopes Meirelles o fato administrativo resulta do ato administrativo que o determina. Entretanto, pode ocorrer o contrário, no caso da apreensão de mercadoria (atividade material de apreender), primeiro se apreende e depois se lavra o auto de infração, este sim o ato administrativo. Pode ocorrer também independente de um ato administra-tivo, quando se consuma através de uma simples conduta administrativa, alteração de local de um departamento público se perfaz sem a necessidade de um ato administrativo, porém, não deixa de ser um atividade material. Até fenômenos naturais, quando repercutem na esfera administrativa, constituem fatos administrativos, um raio que destrói um bem público, chuvas que deterioram um equipamento do serviço público. Ex de fato admi-nistrativos: Construção de uma ponte, varredura de ruas, dispersão de manifestantes, reforma de escolas públicas.

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Para Diógenes Gasparini os fatos administrativos não se preorde-nam à produção de qualquer efeito jurídico, traduzem mero trabalho ou operação técnica do agente público. Ex: de atos materiais: dar aula. Ainda que não seja a regra, deles, atos materiais, podem advir efeitos jurídicos, ex: o direito a indenização do paciente que foi negligente-mente operado por um cirurgião-médico do serviço público. Já os atos administrativos, ao contrário, predestinam-se a produção de efeitos jurídicos, são os típicos atos administrativos, sejam concretos ou abstra-tos, atos de governo (declaração de guerra, declaração de estado de emergência, declaração de estado de sítio, atos administrativos dos Tribu-nais de Contas, do Poder Legislativo, Judiciário, pelas Concessionárias de serviço público). Celso Antonio não concorda em colocar os atos de governo ou atos políticos sob a rubrica atos administrativos por traduzi-rem exercício de função política e não administrativa, porém, Gasparini diz que hoje em dia a sua sindicabilidade é ampla pelo judiciário, logo, perfeitamente enquadráveis na noção de ato administrativo.

ESPÉCIES ATOS PERTINENTES A ATIVIDADE PÚBLICA - No exer-

cício da função legislativa o legislativo edita leis, o Judiciário, decisões judiciais, e o executivo, atos administrativos. Temos, assim, na ativida-de pública geral, três categorias de atos inconfundíveis entre si: atos legislativos, atos judiciais e atos administrativos.

ATOS DA ADMINISTRAÇÃO QUE NÃO SÃO TÍPICOS ATOS ADMI-

NISTRATIVOS – Podem ser atos privados da administração, contratos regidos pelo direito privado, compra e venda e locação. Atos materiais, os chamados fatos administrativos já estudados.

3- ATO ADMINISTRATIVO. Conceito de Diógenes Gasparini, toda prescrição, juízo ou conheci-

mento, predisposta à produção de efeitos jurídicos, expedida pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, no exercício de suas prerrogativas e como parte interessada numa relação, estabelecida na conformidade ou compati-bilidade da lei, sob o fundamento de cumprir finalidades assinaladas no sistema normativo, sindicável pelo Judiciário.

Do conceito de Gasparini ressalta a presença do atos concretos e abstratos (chamados regulamentos do Executivo, art. 84, IV da CF). A prescrição destina-se a produzir efeitos jurídicos: certificar, criar, extinguir, transferir, declarar ou modificar direitos e obrigações. Exclu-em-se do conceito, os atos materiais, os atos de particulares, os de origem constitucional (sanção e veto), atos legislativos e as sentenças judiciais.

Conceito de José dos Santos Carvalho Filho – é a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.

Para Marçal Justen Filho ato administrativo é uma manifestação de vontade funcional apta a gerar efeitos jurídicos, produzida no exercício de função administrativa.

4. REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. Para fins didáticos adotamos os requisitos constantes do art. 2º da Lei

nº 4.717/65, ação popular, cuja ausência provoca a invalidação do atos. São eles, competência, objeto, forma, motivo e finalidade.

Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades menci-onadas no artigo anterior, nos casos de:

a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade.

COMPETÊNCIA – Di Pietro prefere fazer alusão ao SUJEITO ao revés de falar da COMPETÊNCIA. É o poder que a lei outorga ao agente público para desempenho de suas funções. Competência lembra a capacidade do direito privado, com um plus, além das condições normas necessárias à capacidade, o sujeito deve atuar dentro da esfera que a lei traçou. A competência pode vir primariamente fundada na lei (Art. 61, § 1º, II e 84, VI da CF), ou de forma secundária, através de atos adminis-trativos organizacionais. A CF também pode ser fonte de competência, consoante arts. 84 a 87 (competência do Presidente da República e dos Ministros de Estado no Executivo); arts. 48, 49, 51 inciso IV e 52 (compe-tência do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal).

Para Di Pietro, competência é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.

A competência é inderrogável, isto é, não se transfere a outro órgão

por acordo entre as partes, fixada por lei deve ser rigidamente observada. A competência é improrrogável, diferentemente da esfera jurisdicional onde se admite a prorrogação da competência, na esfera administrativa a incompetência não se transmuda em competência, a não ser por alteração legal. A competência pode ser objeto de delegação (transferência de funções de um sujeito, normalmente para outro de plano hierarquicamente inferior, funções originariamente conferidas ao primeiro – ver art. 84 pará-grafo único da CF) ou avocação (órgão superior atrai para si a competên-cia para cumprir determinado ato atribuído a outro inferior) consoante art. 11 da Lei 9.784/99 (Lei do procedimento administrativo federal), "a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legal-mente admitidos".

Para Di Pietro a regra é a possibilidade de delegação e avocação e

a exceção é a impossibilidade de delegação e avocação que só ocorre quando a competência é outorgada com exclusividade a um determinado órgão. Ver artigos 12 e 13 e 15 da mesma lei. Para José dos Santos Carva-lho Filho tanto a delegação quanto a avocação devem ser consideradas como figuras excepcionais, só justificáveis ante os pressupostos que a lei estabelecer.

OBJETO – Também chamado de conteúdo, é a alteração no mundo

jurídico que o ato administrativo se propõe realizar, é identificado pela análise do que o ato enuncia, prescreve ou dispõe. O objeto é uma res-posta a seguinte pergunta: para que serve o ato? Consiste na aquisição, na modificação, na extinção ou na declaração de direito conforme o fim que a vontade se preordenar. Ex: uma licença para construção tem como objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima; o objeto de uma multa é a punição do transgressor da norma jurídica administrativo; o objeto da nomeação, é admitir o indivíduo como servidor público; na desapropriação o objeto do ato é o comportamento de desapropriar cujo conteúdo é o imóvel sobre a qual ela recai.

Para ser válido o ato administrativo, o objeto há que ser lícito, deter-minado ou determinável, possível.

FORMA - É o meio pelo qual se exteriora a vontade administrativa.

Para ser válida a forma do ato deve compatibilizar-se com o que expres-samente dispõe a lei ou ato equivalente com jurídica. O aspecto relativo à forma válida tem estreita conexão com os procedimentos administrati-vos. O ato administrativo é o ponto em que culmina a sequência de atos prévios (é um produto do procedimento), há que ser observado um iter (procedimento), até mesmo em homenagem ao princípio do devido processo legal. Torna-se viciado o ato (produto) se o procedimento não foi rigorosamente observado. Ex: licitação. Outros exemplos: Se a lei exige a forma escrita e o ato é praticado verbalmente, ele será nulo; se a lei exige processo disciplinar para demissão de um funcionário, a falta ou vício naquele procedimento invalida a demissão.

Como anotado por José dos Santos Carvalho Filho, a forma e pro-

cedimento se distinguem, a forma indica apenas a exteriorização da vontade e o procedimento uma sequência ordenada de atos e vontades, porém, a doutrina costuma caracterizar o defeito em ambos como vício de forma. Ex: portaria de demissão de servidor estável sem a observância do processo administrativo prévio (art. 41, § 1º, II, da CF); ou, contratação direta de empresa para realização de obra pública em hipótese na qual a lei exija o procedimento licitatório.

A forma é uma garantia jurídica para o administrado e para a admi-

nistração, é pelo respeito à forma que se possibilita o controle do ato administrativo, quer pelos seus destinatários, que pela própria administra-ção, que pelos demais poderes do Estado. Em regra a forma é escrita, porém a Lei 9.784/99, consagra em seu art. 22 praticamente o informa-lismo do ato administrativo. Excpecionalmente, admitem-se ordens verbais, gestos, apitos (policial dirigindo o trânsito), sinais luminosos. Há ainda, casos excepcionais de cartazes e placas expressarem a vontade da administração, como os que proíbem estacionar em ruas, vedam acesso de

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pessoas a determinados locais, proíbem fumar etc. Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação de vontade, quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da administração significa concordância ou discordância.

MOTIVO – É o pressuposto de fato e de direito que serve de fun-damento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato e o pressuposto de fato corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a administração a praticar o ato. A ausência de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato administrativo. Ex. de motivos: no ato de punição de servidor, o motivo é a infração prevista em lei que ele praticou; no tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de requisitos comprovados pelo proprietário.

Motivação – Motivação é a demonstração por escrito de que os pres-supostos de fato realmente existiram. A motivação diz respeito às forma-lidades do ato, que integram o próprio ato, vindo sob a forma de "consi-derandos". A lei 9.784/99 em seu art. 50 indica as hipóteses em que a motivação é obrigatória. Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela própria leitura do art. 50 da Lei 9.784/99 pode-se inferir que não se pode mesmo considerar a motivação como indiscriminadamente obrigatória para toda e qualquer manifestação volitiva da Administração. Ainda segun-do ele, o art. 93, X, não pode ser estendido como regra a todos os atos administrativos, ademais a CF fala em "motivadas", termo mais próximo de motivo do que de motivação. Já para Maria Sylvia Zanella Di Pietro a motivação é regra, necessária, tantos para os atos vinculados quanto para os discricionários já que constitui garantia da legalidade adminis-trativa prevista no art. 37, caput, da CF.

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES – Segundo a qual o moti-vo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade. Se o interessa-do comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade. (25) Ex: administração revoga permissão de uso sob a alegação de que a mesma tornou-se incompatível com a destinação do bem público objeto da permissão, e logo a seguir permite o uso do mes-mo bem a terceira pessoa, restará demonstrado que o ato de revogação foi ilegal por vício quanto ao motivo; servidor tem seu pedido de férias indeferido sob a alegação de que há falta de pessoal na repartição, poderia o agente público não ter declinado o motivo, já que o fez e em caso do servidor provar o contrário, o ato estará viciado uma vez que presente a incompatibilidade entre o motivo expresso no ato (motivo determinan-te) e a realidade fática.

FINALIDADE – É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. Enquanto o objeto é o efeito jurídico imediato (aquisição, transformação ou extinção de direitos) a finalidade é o efeito mediato, ou seja, o interesse coletivo que deve o administrador perseguir. Ex: numa permissão de transporte urbano o objeto é permitir a alguém o exercício de tal atividade e a finalidade é o interesse coletivo a ser atendido através deste serviço público.

Abaixo jurisprudência do STJ, sobre vício de finalidade, ou seja, des-

vio de finalidade de ato administrativo, verbis:

DESAPROPRIAÇÃO. UTILIDADE PÚBLICA. Cuida-se de mandado de segurança no qual o impetrante pretende in-

validar ato de autoridade judicial que imitiu o Estado do Rio de Janeiro na posse de imóvel objeto de processo expropriatório. Visa, ainda, à anulação do Dec. Expropriatório n. 9.742/1987. A segurança foi concedi-da pelo TJ-RJ ao entendimento de que haveria ocorrido manifesto desvio de finalidade no ato expropriatório, pois, além de o Decreto omitir qual a utilidade pública na forma do DL n. 3.365/1941, os imóveis desapropri-ados destinavam-se a repasse e cessão a terceiros, entre eles, os inquilinos. O Min. Relator entendeu que se submete ao conhecimento do Poder Judiciário a verificação da validade da utilidade pública, da desapro-priação e seu enquadramento nas hipóteses previstas no citado DL. A vedação que encontra está no juízo valorativo da utilidade pública, e a mera verificação de legalidade é atinente ao controle jurisdicional dos atos admi-nistrativos, cuja discricionariedade, nos casos de desapropriação, não ultrapassa as hipóteses legais regulamentadoras do ato. Com esse

entendimento, a Turma não conheceu do recurso. REsp 97.748-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 5/4/2005.

5. MÉRITO ADMINISTRATIVO. Como bem leciona Hely Lopes Meirelles, o mérito administrativo

conquanto não se possa considerar requisito de sua formação, deve ser apreciado neste tópico dadas as suas implicações com o motivo e o objeto (conteúdo) para que serve o ato? do ato, e consequentemente, com as suas condições de validade e eficácia. Portanto, considera-se mérito administrativo a avaliação (valoração) da conveniência e oportuni-dade relativas ao objeto e ao motivo, na prática do ato discricionário, ou seja, aquele em que a lei permite ao agente público proceder a uma avalia-ção de conduta (motivo e objeto), ponderando os aspectos relativos à conveniência e à oportunidade da prática do ato.

Os atos discricionários possuem requisitos sempre vinculados (competência, finalidade e forma), e outros dois (motivo e objeto) em relação aos quais a Administração decide como valorá-los, desde que observados os princípios constitucionais, e submetendo-se nos casos de desvio de poder a sindicabilidade do Judiciário.

Os atos administrativos vinculados possuem todos os seus requisi-tos (elementos) definidos em lei, logo, não há falar-se em MÉRITO ADMINISTRATIVO (ex: licença para exercer profissão regulamentada em lei), logo, caberá ao Judiciário examinar todos os seus requisitos, a conformidade do ato com a lei, para decretar a sua nulidade ou não; já nos atos administrativos discricionários, o controle judicial também é possí-vel, porém, terá que respeitar a discricionariedade administrativa nos limites em que ela é assegurada à Administração Pública pela lei (legalida-de administrativa – 37, caput, CF).

Os autores que afirmam uma tendência de ampliar o alcance da apreciação do Poder Judiciário, falam em aplicar o princípio da razoabi-lidade para aferir a valoração subjetiva da administração pública. Aplica-se também o princípio da moralidade dos atos administrativos (art. 37, caput, CF), todavia, não cabe ao magistrado substituir os valores morais do administrador público pelos seus próprios valores, desde que uns e outros sejam admitidos como válidos dentro da sociedade; o que ele pode e deve invalidar são os atos que, pelos padrões do ho-mem comum, atentar manifestamente contra a moralidade. Ex: zona cinzenta de sindicabilidade pelo Judiciário é o conceito de notável saber jurídico que permite certa margem de discricionariedade, exceto, nos casos em que fica patente, sem sombra de dúvida, de que o requisito constitucional não foi atendido.

Contra a tese de ampliação do controle de apreciação do mérito administrativo pelo Judiciário, José dos Santos Carvalho Filho cita o STJ – É defeso ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrati-vo, cabendo-lhe unicamente examiná-lo sob o aspecto da sua legalidade, isto é, se foi praticado conforme ou contrariamente à lei. Esta solução se funda no princípio da separação dos poderes, de sorte que a verificação das razões de conveniência ou oportunidade dos atos admistrativos escapa ao controle jurisdicional do Estado (ROMS nº 1288-91-SP, Min. Cesar Asfor Rocha, DJ-2-5-1994). Cita também o STF – que em hipótese onde se discutia a expulsão de estrangeiro, disse a Corte que se trata de ato discricionário de defesa do Estado, sendo de competência do Presidên-cia da República a quem incumbe julgar a conveniência ou oportunidade da decretação da medida, e que ao Judiciário compete tão-somente a apreciação formal e a constatação da existência ou não de vícios de nulidade do ato expulsório, não o mérito da decisão presidencial.

Fluxograma dos requisitos do ato administrativo: Competência Forma Objeto Motivo Finalidade 6. ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. IMPERATIVIDADE ou COERCIBILIDADE – Os atos administrativos

são cogentes, obrigando a todos que se encontrem em seu círculo de incidência, ainda que contrarie interesses privados, porquanto o seu único alvo é o atendimento do interesse coletivo. É certo que em determinados

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atos administrativos de consentimento (permissões e autorizações) o seu cunho coercitivo não se revela cristalino, uma vez que ao lado do interesse coletivo há também o interesse privado, porém, ainda nestes casos a imperatividade se manifesta no que diz respeito à obrigação do beneficiário de se conduzir exatamente dentro dos limites que lhe foram traçados.

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE – Trata-se de presunção relativa

de que o ato administrativo nasceu em conformidade com as devidas normas legais, tal presunção iuris tantum pode ceder à prova de que o ato não se conformou às regras legais. O ônus da prova de provar que o ato é ilegítimo é do administrado que pode inclusive opor resistência ao seu cumprimento mediante dedução de pleito no Judiciário. O judiciário poderá rever o ato administrativo (respeitado o seu mérito) e a interpre-tação dada pela administração, até porque a presunção de legitimidade não é instrumento de bloqueio da atuação jurisdicional.

AUTO-EXECUTORIEDADE – É admissão da execução de ofício das

decisões administrativas sem intervenção do Poder Judiciário. Desse ponto de vista, o ato administrativo vale como própria "sentença" do juiz, ainda que possa ser revista por este como bem anota García de Enterría.

Para Marçal Justen Filho só deve ser aplicada em situações excep-cionais e observados os princípios da legalidade e da proporcionalida-de. Não há auto-executoriedade sem lei que a preveja, e mesmo assim a auto-executoriedade só deverá ser aplicada quando não existir outra alternativa menos lesiva.

José dos Santos Carvalho Filho cita como exemplo do exercício da auto-executoriedade, a destruição de bens impróprios para o consumo público, a demolição de obra que apresenta risco iminente de desabamen-to. A vigente Constituição traça limites à executoriedade em seu art. 5º, LV, contudo mencionada restrição constitucional não suprime o atributo da auto-executoriedade do ato administrativo, até porque, sem ele, dificilmente poderia a Administração em certos momentos concluir seus projetos administrativos.

7. ATOS ADMINISTRATIVOS EM ESPÉCIE. Podemos agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos como que-

rem Hely Lopes Meirelles seguido por Diogo de Figueiredo Moreira Neto.

ATOS NORMATIVOS – São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento (aplicação) de uma lei. Podem apre-sentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral que regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção (decreto de nomeação de um servidor). Os atos normativos podem ser:

Regulamentos – Hely Lopes Meirelles e Diogo Figueiredo classifi-

cam os regulamentos como espécie autônoma dentro do tipo normativo, entretanto, José dos Santos Carvalho Filho entende que os regulamen-tos, muito embora citados pelo art. 84, IV da CF, não constituem espécie autônoma, mas sim um apêndice de decreto, tanto que o próprio Hely Lopes Meirelles apesar de classificá-lo em separado assim afirma: "Os regulamentos são atos administrativos postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei." (38) Logo, verifica-se que Hely Lopes Meirelles defen-de a tese de que existe o regulamento autônomo juntamente com o regulamento de execução. O primeiro seria destinado a prover situações não contempladas em lei, porém, atendo-se sempre aos limites da com-petência do Executivo (reserva do Executivo) não podendo invadir assim a competência de lei (reserva de lei). A partir da Emenda 32/01 que modi-ficou a redação do art. 84, VI da CF, a corrente que defende a existência dos regulamentos autônomos ganhou nova força, pugnando pela ideia de que os regulamentos autônomos estão inseridos no campo da compe-tência constitucional conferida diretamente pela CF ao executivo, chamando tal fenômeno de reserva administrativa.

Decretos – São atos que provêm da manifestação de vontade dos

Chefes do Executivo, o que os torna resultante de competência adminis-trativa específica. A CF trata deles no art. 84, IV, como forma do Presiden-te da República dá curso à fiel execução da lei. Podem se manifestar na forma de decretos gerais, com caráter normativo abstrato, ou como decre-tos individuais, com destinatários específicos e individualizados. Hely

Lopes Meirelles fala em decretos autônomos e decretos regulamentar ou de execução, e representa um importante pensamento dentro desta corrente doutrinária.

Regimentos – São atos de atuação interna da administração desti-

nados a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas, como ato regulamentar interno, o regimento só se dirige aos que devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimen-tada, sem obrigar os particulares em geral. As relações entre o Poder Público e os cidadãos refogem ao âmbito regimental, devendo constar de lei ou de decreto regulamentar.

Resoluções – São atos normativos gerais ou individuais, emanados de

autoridades de elevado escalão administrativo. Ex: Ministros e Secretários de Estado ou Município, art. 87 e incisos da CF. Constituem matéria das resoluções todas as que se inserem na competência específica dos agen-tes ou pessoas jurídicas responsáveis por sua expedição. Não se confun-dem com resolução legislativa (art. 59, VII da CF; 155, § 2º, IV e 68, § 2º, ambos da CF), que é ato do Senado Federal ou do Congresso Nacional que independem de sanção e têm as regras jurídicas de elaboração conforme o Regimento interno ou o Regimento Comum destas Casas.

Deliberação – São atos normativos ou decisórios emanados de ór-

gãos colegiados, como conselhos, comissões, tribunais administrati-vos etc. Segundo Hely Lopes Meirelles as deliberações devem obediência ao regulamento e ao regimento que houver para a organização e funciona-mento do colegiado.

ATOS ORDINATÓRIOS – São os que visam a disciplinar o funcio-

namento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser expedidos por chefes de serviços aos seus subordinados. Só atuam no âmbito interno das repar-tições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu. Não obrigam aos particulares. Não criam, normalmente, direitos ou obrigações para os administrados, mas geram deveres e prerrogativas para os agentes administrativos a que se dirigem.

Instruções, Circulares, Portarias, Ordens de Serviço, Provimentos

e Avisos. Todos estes atos servem para que a Administração organize suas atividades e seus órgãos. O sistema legislativo pátrio não adotou o processo de codificação administrativo, de maneira que cada pessoa federativa dispõe sobre quem vai expedir esses atos e qual será o conteú-do.

ATOS NEGOCIAIS ou DE CONSENTIMENTO ESTATAL – Segundo

Hely Lopes Meirelles são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impos-tas ou consentidas pelo Poder Público.

Consoante escol de Diogo Figueiredo Moreira Neto os atos adminis-trativos negociais contêm uma declaração de vontade da administração coincidente com uma pretensão do administrado. A manifestação de vontade do administrado não é requisito para a formação do ato, contudo, é necessária como provocação do Poder Público para sua expedição, bem como uma vez expedido, para que se dê a aceitação da vontade pública nele expressada. São unilaterais por conceito, embora já contenham um embrião de bilateralidade, já que de algum modo pressupõem a aceitação do administrado via provocação ao Poder Público, daí porque a nomencla-tura atos negociais. Tipos:

Autorização – ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao particular o uso do bem público no seu próprio interesse mediante (autorização de uso – fechamento de rua para realização de festa), ou exerça atividade (autorização de servi-ços de vans-peruas, táxi), ou a prática de ato, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia – porte de arma). Ex: art. 176, parágrafo primeiro, art. 21, VI, XI, XII, todos da Consti-tuição Federal.

Permissão – É ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração consente que ao particular utilize privativamente bem público. Com o advento da Lei 8.987/95 (art. 40), o instituto da per-

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missão como ato administrativo está restringido ao uso de bens públi-cos, porquanto a permissão de serviços públicos passou a ter natureza jurídica de contrato administrativo bilateral, de adesão, e resultante de atividade vinculada do administrador em virtude da exigência normal de licitação para a escolha do contratado.

Licença – Ato vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verifi-

cando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividade ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular, exemplo, o exercício de uma profissão, a construção de um edifício em terreno próprio. Se o interessado preenche os requisi-tos legais para a concessão de licença, e por ser um ato administrativo vinculado, se for negada, caberá a impetração de mandado de segurança ex vi do art. 5º, inciso LXIX da CF.

Em regra a licença por ser ato vinculado não pode ser revogada por

conferir direito adquirido. Contudo, o STF em 1999 (RE nº 212.780-RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão) reafirmou decisão anterior no sentido de que não fere direito adquirido decisão que, no curso do processo de pedido de licença de construção, em projeto de licenciamento, estabelece novas regras de ocupação de solo, ressalvando-se ao prejudicado o direito à indenização nos casos em que haja ocorridos prejuízos.

Aprovação, Homologação ou Visto ou atos de confirmação – Pres-supõem sempre a existência de outro ato administrativo.

A aprovação pode ser prévia (art. 52, III da CF), ou posterior (art. 49, IV da CF), é uma manifestação discricionária do administrador a respeito de outro ato.

A homologação constitui manifestação vinculada, isto é, ou bem procede à homologação se tiver havido legalidade ou não o faz em caso contrário, é sempre produzida a posterior. Ex: licitação.

O visto é ato que se limita à verificação da legitimidade formal de outro ato. É condição de eficácia do ato que o exige. É ato vinculado, todavia, na prática tem sido desvirtuado para o exame discricionário, como ocorre com o visto em passaporte, que é dado ou negado ao alvedrio das autoridades consulares.

ATOS ENUNCIATIVOS – Segundo Diogo Figueiredo Moreira Neto, são

todos aqueles em a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo (objeto).

Certidões – são atos que reproduzem registros das repartições, con-

tendo uma afirmação quanto à existência e ao conteúdo de atos adminis-trativos praticados. É mera trasladação para o documento fornecido ao interessado do que consta de seus arquivos. Podem ser de inteiro teor ou resumidas. A CF em seu art. 5º, XXXIV, b, dispõe sobre o fornecimento de certidões independentemente do pagamento de taxas.

Atestados – São atos pelos quais a Administração comprova um fato

ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competen-tes. Diferentemente da certidão, os atestados comprovam uma situação existente mas não constante em livros, papéis ou documentos em poder da administração, destinam-se a comprovação de situações transeuntes, passíveis de modificações frequentes. Ex: atestado médico.

Pareceres – São atos que contém opiniões de órgãos técnicos a res-

peito de problemas e dúvidas que lhe são submetidos, orientando a Administração sobre a matéria técnica neles contida. Muito embora sejam opinativos, os pareceres da consultoria jurídica, órgãos exercentes de função constitucional essencial à justiça na órbita dos entes da federação, obrigam, em princípio, a Administração, não obstante se optar por des-considerá-los, deverá motivar suficientemente porque o fazem. O parecer embora contenha um enunciado opinativo (opinar é diferente de decidir), pode ser de existência obrigatória no procedimento administrati-vo (caso em que integra o processo de formação do ato) e dar ensejo à nulidade do ato final se não contar do respectivo processo (por ausência de requisito FORMAL), exemplo, casos em que a lei exige prévia audiên-cia de um órgão jurídico-consultivo, processo licitatório. Neste caso, o

parecer é obrigatório, muito embora seu conteúdo não seja vinculante. Quando o ato decisório se limita a aprovar o parecer, fica este integrado ao ato como razões de decidir (motivação), agora, se ao revés, o ato decisório decide de maneira contrária ao parecer, deve expressar for-malmente as razões que o levaram a não acolher o parecer, sob pena de abuso de poder e ilegalidade.

Pareceres normativos – É aquele que quando aprovado pela autori-

dade competente, é convertido em norma de procedimento interno, aos quais se confere uma eficácia geral e abstrata para a Administração, dispensando seus entes, órgãos e agentes de reproduzirem as motiva-ções, se forem as mesmas nele examinadas.

Apostila – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação

anterior criada por lei. Ao apostilar um título a Administração não cria um direito, porquanto apenas declara o reconhecimento da existência de um direito criado por norma legal. Segundo Hely Lopes Meirelles equiva-le a uma averbação.

ATOS PUNITIVOS – São aqueles que contêm uma sanção imposta

pela lei e aplicada pela Administração, visando punir as infrações admi-nistrativas ou conduta irregulares de servidores ou de particulares perante a Administração.

Multa – imposição pecuniária por descumprimento de preceito admi-

nistrativo, geralmente, é de natureza objetiva, independente da ocorrência de dolo ou culpa.

Interdição de atividades – Ato pelo qual a Administração veda a prá-

tica de atividades sujeitas ao seu controle ou que incidam sobre seus bens. Funda-se na lei e no poder de polícia administrativa, e pressupõe a existência de um prévio e devido processo administrativo (Art. 5º, LV da CF), sob pena de nulidade.

Destruição de coisas – Ato sumário da Administração pelo qual se

inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestá-veis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. Típico ato de polícia administrativa, de caráter urgente que dispensa prévio processo, contudo, exige sempre auto de apreensão e de destruição em forma regular (descritivo e circunstanciado), nos quais se fixam os motivos da medida drástica, se identifiquem as coisas destruídas, para oportuna avaliação da legalidade do ato. (

Demolição administrativa – Ato executório, praticado para remover

perigo público iminente, exigindo, também, auto descritivo e circuns-tanciado sobre o estado da edificação a ser destruída, e quando possível, prévio e devido processo legal (art. 5º, LV, CF).

8. EXISTÊNCIA E EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. Noções iniciais – Antes de falarmos da extinção do ato administrativo,

vamos falar de sua formação. Sob a perspectiva de sua existência (perfei-ção) no mundo jurídico o ato administrativo pode ser visto sob três planos de investigação científica quais sejam: vigência, validade e eficácia.

Um ato administrativo quando editado e publicado passa a ter vigên-

cia, logo, possui existência jurídica (perfeição). Um ato administrativo existe quando contiver: motivo, conteúdo, finalidade, forma, e assinatura de autoridade competente. O ato administrativo que entrou no plano da exis-tência "é". Existindo, pode ser válido se obedecidas as condições formais (órgão competente) e materiais (está de acordo com a lei e a Constituição) de sua produção e consequente integração no sistema ou inválido (nulo ou anulável) em caso contrário. Contudo, o ato administrativo inválido é existe e produz eficácia; ou seja, é qualidade do ato administrativo (que existe é válido ou inválido) e que está apto a produzir efeitos jurídicos, isto é, incidir/juridicizar o fato ocorrido no mundo real.

O Ato existe, é válido e eficaz. Ex: nomeação de posse do Prefeito

municipal eleito democraticamente. O ato existe, é válido e ineficaz. Ex: ato que permite a contratação

depois que o vencedor da licitação tenha promovida a competente garantia.

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O ato existe, é inválido e como tal pode ser eficaz ou ineficaz. Ex: ato de declaração de utilidade pública para fins de utilidade pública, para fins expropriatórios, editados por vingança política.

O ato existe, é inválido e ineficaz. Ex: o ato que permite a nomeação de servidor para cargo de provimento efetivo no serviço público (Câmara Municipal), sem o prévio concurso, depois do recesso parlamentar.

EXTINÇÃO – MODALIDADES Extinção natural – por cumprimento de seus efeitos. Ex: a destruição

de mercadoria nociva ao consumo público, neste caso, o ato cumpriu seus objetivos, extinguindo-se naturalmente.

Extinção subjetiva ou objetiva – Ocorre quando do desaparecimento do sujeito ou do objeto. Ex: a morte do permissionário extingue o ato de permissão por ausência do elemento subjetivo. Vejamos agora, outro exemplo, agora de extinção objetiva. Sendo o objeto um dos seus elemen-tos essenciais do ato administrativo, se depois de praticado o ato desapa-rece o objeto ocorre a chamada extinção objetiva, ex: interdição de esta-belecimento, e após o estabelecimento é definitivamente desativado pelo proprietário.

Retirada – Que pode se realizar mediante REVOGAÇÃO quando se dá por razões de conveniência e oportunidade ou por razões de INVA-LIDAÇÃO (ANULAÇÃO), que compreende as ideias de vícios dos atos administrativos, convalidação e as modalidades de cassação e caduci-dade.

Revogação – É ato administrativo discricionário (não se aplica ao ato

vinculado, porque nestes não há conveniência e oportunidade) pelo qual a Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. a)- Não retroage pois pressupõe um ato editado em confor-midade com a lei; b)- seus efeitos se produzem a partir da própria revoga-ção (ex nunc); c)- é ato privativo da administração; d)- não podem ser revogados os atos que já exauriram os seus efeitos, uma vez que a revoga-ção não retroagem mais apenas impede que o ato continue a produzir efeitos, ex: a administração concede dois meses de afastamento ao servi-dor e após este prazo os efeitos já estarão exauridos; e)- pressupõe ato que ainda esteja produzindo efeitos, ex: autorização para porte de arma ou de qualquer atividade sem prazo estabelecido; f)- não podem ser revoga-dos atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão em relação ao ato anterior, ex: não pode ser revogado o ato de adjudicação na licitação quando já celebrado o respectivo contrato; g)- não podem ser revogados os atos que geram direitos adquiridos, conforme Súmula nº 473 do STF - (A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunida-de, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial); g)- só quem pratica o ato ou quem tenha poderes explícitos ou implícitos para dele conhecer de ofício ou por via de recurso, pode revogá-lo, trata-se de competência intransferível a não ser por força de lei; h)- pressupõe o contraditório no caso de desfazimento de processo licitatório, art. 49, § 3º da Lei de Licitações (8.666/93)

Invalidade ou anulação – É o desfazimento do ato por razões de ile-

galidade. a)- atinge o ato em sua origem, produzindo efeitos retroativos à data em que foi emitido (ex tunc); b)- pode ser feita pela própria administra-ção ou pelo judiciário; c)- deve observar o princípio do contraditório quando afetar interesses de terceiros; d)- A doutrina não é unânime quanto ao caráter vinculado ou discricionário da invalidação, os que defendem o dever de anular apegam-se ao princípio da legalidade e da autotutela e os que defendem a faculdade de anular se apoiam na predominância do interesse público sobre o particular. Ex: loteamento irregular realizado em área municipal, valendo-se o interessado de documentos falsos que fizeram com que conseguisse aprovar o projeto na municipalidade e obter alvará, inúmeras famílias adquiriram os lotes, construíram casas, foram cobrados tributos etc. Após foi descoberta a falsidade. A doutrina neste caso entende que a Administração terá liberdade discricionária para avaliar qual será o prejuízo menor, manter (convalidar) ou anular o ato ilegal.

Vícios que geram a possibilidade de invalidação – previstos no art.

2º da Lei 4.717/65 –

Vícios relativos ao sujeito – Diz a Lei 4.717/65 em seu art. 2º, pará-grafo único,

Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;

O vício relativo ao sujeito pode se dar através de usurpação de po-der (crime previsto no art. 328 do CP – a pessoa que pratica o ato não foi investida no cargo); excesso de poder (excede os limites de sua compe-tência) e função de fato (pessoa que pratica o ato está irregularmente investida no cargo.

Vícios relativos ao objeto – Diz a lei já citada, c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa

em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; Ex: município que desaproprie bem imóvel da União; nomeação para

cargo inexistente; desapropriação de bem não definido com precisão; intervenção federal disfarçada por ato de requisição, caso da intervenção na área de saúde no Rio de Janeiro pelo Governo Federal etc.

Vícios relativos à forma – Diz a Lei 4.717/65, b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta

ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;

Ex: o decreto é a forma normal que deve revestir o ato do Chefe do Executivo e o Edital é a única forma possível para convocar os interessados em participar de concorrência pública (modalidade de licitação).

Vícios quanto ao motivo – Diz a Lei 4.717/65, em seu art. 2º, d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou

de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;

Ex: A Administração pune um funcionário, mas este não praticou qual-quer infração, o motivo é inexistente. Se ele praticou infração diversa da qual foi enquadrado o motivo é falso.

Vícios relativos à finalidade. Diz o art. 2º da Lei 4.717/65, e) o desvio da finalidade se verifica quando o agente pratica o ato vi-

sando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

Ex: desapropriação feita para prejudicar determinada pessoa; remoção ex officio do servidor com o objetivo de puni-lo. A grande dificuldade é provar o desvio de poder. Segundo Cretella Júnior o desvio de poder pode ser comprovado por indícios, exemplos, motivação insuficiente; motivação contraditória, irracionalidade do procedimento, camuflagem dos fatos, inadequação entre motivos e efeitos e excesso de motivação.

Convalidação – Também denominada por alguns de sanatória, é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos administra-tivos com vícios superáveis, de modo a confirmá-los no todo ou em parte. O instituto da convalidação é aceito pela doutrina dualista bem como pela Lei 9.784/99 em seu art. 55, que admitem possam os atos administrativos serem nulos ou anuláveis. Convalida-se por ratificação, reforma ou conversão. Na ratificação, a autoridade que praticou o ato ou superior hierárquico decide sanar o ato inválido anteriormente praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia, ex: um ato com vício de forma pode ser posteriormente ratificado com a adoção de forma legal. Na reforma ou conversão, o novo ato suprime a parte inválida do anterior, mantendo sua parte válida, ex: ato anterior concede férias e licença a um servidor, após se verifica que ele não tinha direito a licença, pratica-se novo ato retirando a parte relativa à licença e ratifica-se a parte atinente às férias. Já na conver-são.

Cassação – forma extintiva que se aplica quando o beneficiário de de-terminado ato descumpre condições que permitem a manutenção do ato e seus efeitos. Características: a)- trata-se de ato vinculado, já que o agente só pode cassar o ato anterior nas hipóteses previamente fixadas em lei; b)- é natureza jurídica sancionatória, porquanto pune aquele que deixou de cumprir as condições para a subsistência do ato. Ex: cassação de licença para exercício de profissão; cassação do porte de arma se o portador for detido ou abordado em estado de embriaguez, art. 10, § 2º da Lei 10.826/03.

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Caducidade – Diz Diógenes Gasparini, há caducidade quando a reti-rada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida. Noutro dizer, significa a perda de efei-tos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. Ex: permissão de uso de bem público, supervenientemente, é editada lei que proíbe o uso privativo do referido bem por particulares, o ato anterior (permissão de uso) de natureza precária, sofre caducidade, extinguindo-se.

Discricionariedade é a opção, a escolha entre duas ou mais alternati-

vas válidas perante o direito (e não somente perante a lei), entre várias hipóteses legais e constitucionalmente possíveis ao caso concreto. Essa escolha se faz segundo critérios próprios como oportunidade, conveniência, justiça, equidade, razoabilidade, interesse público, sintetizados no chamado mérito do ato administrativo.

Vinculação e Discricionariedade do Ato Administrativo O ordenamento jurídico confere determinados poderes instrumentais à

Administração Pública para que essa possa tutelar os interesses que foram colocados sob sua guarda. A atividade administrativa não pode ser exercida fora dos trilhos demarcados pela lei.

Quando a lei estabelece que, perante determinadas circunstâncias, a

Administração só pode dar uma específica solução, toda a atuação do administrador público se encontra vinculada ao determinado pelo legislador, como no exemplo de cobrança de um tributo pelo agente fazendário. Nesse sentido, Diogo de Figueiredo Moreira Neto afirma que ato vinculado “é aquele em que o agente tem competência para praticá-lo em estrita con-formidade às prescrições legais, manifestando a vontade da Administração na oportunidade e para os efeitos integralmente previstos em lei, sem qualquer margem de escolha de atuação, seja de tempo ou de conteúdo”.

Se o legislador entender que, diante do caso concreto, caberá ao agen-te público decidir qual será a melhor solução dentre aquelas permitidas pela lei, existe discricionariedade administrativa. A escolha dessa decisão reali-za-se por meio de critérios de oportunidade, conveniência e justiça. Como exemplo de discricionariedade administrativa, tem-se o deferimento ou não de licença para capacitação ao servidor público federal (art. 87 da Lei nº 8.112/90). O servidor pode, após cada quinquênio de efetivo exercício, afastar-se das suas atribuições, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional, no interesse da Administração. Caberá à autoridade competente decidir se é conveniente ou oportuno, permitir que o servidor usufrua dessa licença.

Não se deve confundir, entretanto, discricionariedade com arbitrarieda-

de. Na discricionariedade, o agente público age com liberdade dentro da lei, enquanto, na arbitrariedade, a atuação do administrador ultrapassa os limites legais. Todo ato arbitrário é nulo, pois extrapola o permitido pelo ordenamento jurídico, acarretando a responsabilidade do agente que o emitiu.

Como certos aspectos do ato sempre são vinculados, não há ato admi-

nistrativo inteiramente discricionário. No ato vinculado, todos os elementos estão estabelecidos em lei. Já no ato discricionário, alguns elementos vêm definidos minuciosamente em lei (competência, finalidade e forma), en-quanto outros são deixados para a análise do agente público (motivo e objeto), com maior ou menor liberdade de apreciação da oportunidade e conveniência.

Em consequência disso, o ato vinculado só é examinado sob o aspecto

da legalidade, isto é, apenas é contrastado com a previsão legal. O ato discricionário, por sua vez, pode ser analisado sob aspecto da legalidade e do mérito (oportunidade e conveniência diante do interesse público a atin-gir). O mérito do ato administrativo representa a escolha feita pelo adminis-trador público quanto à conveniência e oportunidade na expedição de um ato discricionário. Não há mérito nos atos vinculados, pois não há decisão a ser tomada pelo agente público. O legislador já decidiu previamente qual é a solução adotada para determinada hipótese nos atos vinculados.

Como bem observa Gustavo Binenbojm, a constitucionalização do di-

reito administrativo permitiu uma incidência direta dos princípios constituci-onais sobre os atos administrativos. Dessa forma, não há decisão adminis-trativa que seja imune ao direito ou aos princípios constitucionais, pois

haverá diferentes “graus de vinculação à juridicidade”. Segundo Gustavo Binenbojm, “conforme a densidade administrativa incidente ao caso, pode-se dizer, assim, que os atos administrativos serão: (i) vinculados por regras (constitucionais, legais ou regulamentares), exibindo alto grau de vincula-ção à juridicidade; (ii) vinculados por conceitos jurídicos indeterminados (constitucionais, legais ou regulamentares), exibindo grau intermediário de vinculação à juridicidade; e (iii) vinculados diretamente por princípios (cons-titucionais, legais ou regulamentares) , exibindo baixo grau de vinculação à juridicidade”.

Informações bibliográficas:

NOGUEIRA, Roberto Wagner Lima. Noções introdutórias acerca do ato adminis-trativo . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 678, 14 maio 2005. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6722>. Acesso em: 19 fev. 2009.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Classificação: Os autores divergem na classificação em razão dos conceitos

diferentes. Um ato administrativo pode estar enquadrado em várias classificações ao mesmo tempo. Ex: Ato de permissão de uso é ato individual, externo, de império, discricionário e simples.

Quanto ao alcance ou efeitos sob terceiros:

Atos internos: São aqueles que geram efeitos dentro da Adminis-tração Pública. Ex: Edição de pareceres.

Atos externos: São aqueles que geram efeitos fora da Adminis-tração Pública, atingindo terceiros. Ex: Permissão de uso; Desa-propriação.

3. Quanto à composição interna:

Atos simples: São aqueles que decorrem da manifestação de vontade de um único órgão (singular, impessoal ou colegiado). Ex: Demissão de um funcionário.

Atos compostos: São aqueles que decorrem da manifestação de vontade de um único órgão em situação sequencial. Ex: Nomeação do Procurador-Geral de Justiça.

Atos complexos: São aqueles que decorrem da conjugação de vontades de mais de um órgão no interior de uma mesmo pessoa jurídica. Ex: Ato de investidura; portaria intersecretarial.

4. Quanto à sua formação:

Atos unilaterais: São aqueles formados pela manifestação de vontade de uma única pessoa. Ex: Demissão - Para Hely Lopes Meirelles, só existem os atos administrativos unilaterais.

Atos bilaterais: São aqueles formados pela manifestação de von-tade de mais de uma pessoa. Ex: Contrato administrativo.

5. Quanto à sua estrutura:

Atos concretos: São aqueles que se exaurem em uma aplicação. Ex: Apreensão.

Atos abstratos: São aqueles que comportam reiteradas aplica-ções, sempre que se renove a hipótese nele prevista. Ex: Punição.

Quanto aos destinatários:

Atos gerais: São aqueles editados sem um destinatário específi-co. Ex: Concurso público.

Atos individuais: São aqueles editados com um destinatário es-pecífico. Ex: Permissão para uso de bem público.

Quanto à esfera jurídica de seus destinatários:

Atos ampliativos: São aqueles que trazem prerrogativas ao desti-natário, alargam sua esfera jurídica. Ex: Nomeação de um funcio-nário; Outorga de permissão.

Atos restritivos: São aqueles que restringem a esfera jurídica do destinatário, retiram direitos seus. Ex: Demissão; Revogação da permissão.

6. Quanto às prerrogativas da Administração para praticá-los:

Atos de império: São aqueles praticados sob o regime de prerro-gativas públicas. A administração de forma unilateral impõe sua vontade sobre os administrados (princípio da supremacia dos inte-

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resses públicos). Ex: Interdição de estabelecimento comercial por irregularidades.

Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis que tramitam no interior das repartições.

Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado. Ex: contratos de locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas são atos da Administração. Para os auto-res que consideram o ato administrativo de forma ampla, os atos de gestão são atos administrativos.

7. Quanto ao grau de liberdade conferido ao administrador:

Atos vinculados: São aqueles praticados sem liberdade subjetiva, isto é, sem espaço para a realização de um juízo de conveniência e oportunidade. O administrador fica inteiramente preso ao enunci-ado da lei, que estabelece previamente um único comportamento possível a ser adotado em situações concretas. Ex: Pedido de aposentadoria por idade em que o servidor demonstra ter atingido o limite exigido pela Constituição Federal.

Atos Discricionários: São aqueles praticados com liberdade de opção, mas dentro dos limites da lei. O administrador também fica preso ao enunciado da lei, mas ela não estabelece um único com-portamento possível a ser adotado em situações concretas, exis-tindo assim espaço para a realização de um juízo de conveniência e oportunidade. Ex: A concessão de uso de bem público depende das características de cada caso concreto; Pedido de moradores exigindo o fechamento de uma rua para festas Juninas.

A discricionariedade é a escolha de alternativas dentro da lei. Já a arbi-trariedade é a escolha de alternativas fora do campo de opções, levando à invalidade do ato.

O Poder Judiciário pode rever o ato discricionário sob o aspecto da le-galidade, mas não pode analisar o mérito do ato administrativo (conjunto de alternativas válidas), salvo quando inválido. Assim, pode analisar o ato sob a ótica da eficiência, da moralidade, da razoabilidade, pois o ato administra-tivo que contrariar estes princípios não se encontra dentro das opções válidas.

Alguns autores alemães afirmam que não há discricionariedade, pois o administrador tem sempre que escolher a melhor alternativa ao interesse público, assim toda atividade seria vinculada.

Aspectos do ato administrativo que são vinculados: Para Hely Lopes Meirelles, são vinculados a competência, a finalidade e a forma (vem defi-nida na lei). Para maior parte dos autores, apenas a competência e a finalidade, pois a forma pode ser um aspecto discricionário (Ex: Lei que disciplina contrato administrativo, diz que tem que ser na forma de termo administrativo, mas quando o valor for baixo pode ser por papéis simplifica-dos); Celso Antonio diz que apenas a competência, pois a lei nem sempre diz o que é finalidade pública, cabendo ao administrados escolher.

Classificação dos atos administrativos quanto ao conteúdo 1. Admissão: Admissão é o ato administrativo unilateral vinculado, pelo qual a

Administração faculta à alguém o ingresso em um estabelecimento governamental para o recebimento de um serviço público. Ex: Ma-trícula em escola.

É preciso não confundir com a admissão que se refere à contrata-ção de servidores por prazo determinado sem concurso público.

2. Licença: Licença é o ato administrativo unilateral vinculado, pelo qual a Ad-

ministração faculta à alguém o exercício de uma atividade material. Ex: Licença para edificar ou construir. Diferente da autorização, que é discricionária.

Homologação: Homologação é o ato administrativo unilateral vinculado, pelo qual

a Administração manifesta a sua concordância com a legalidade de ato jurídico já praticado.

4. Aprovação: Aprovação é o ato administrativo unilateral discricionário, pelo qual

a Administração manifesta sua concordância com ato jurídico já

praticado ou que ainda deva ser praticado. É um ato jurídico que controla outro ato jurídico.

Aprovação prévia ou “a priori”: Ocorre antes da prática do ato e é um requisito necessário à validade do ato.

Aprovação posterior ou “a posteriore”: Ocorre após a pratica do ato e é uma condição indispensável para sua eficácia. Ex: Ato que depende de aprovação do governador.

Na aprovação, o ato é discricionário e pode ser prévia ou posterior. Na homologação, o ato é vinculado e só pode ser posterior à práti-ca do ato. Para outros autores a homologação é o ato administrati-vo unilateral pelo qual o Poder Público manifesta a sua concordân-cia com legalidade ou a conveniência de ato jurídico já praticado, diferindo da aprovação apenas pelo fato de ser posterior.

5. Concessão: Concessão é o contrato administrativo pelo qual a Administração

(Poder Concedente), em caráter não precário, faculta a alguém (Concessionário) o uso de um bem público, a responsabilidade pe-la prestação de um serviço público ou a realização de uma obra pública, mediante o deferimento da sua exploração econômica. – Este contrato está submetido ao regime de direito público.

Tendo em vista que o contrato tem prazo determinado, se o Poder Concedente extingui-lo antes do término por questões de conveni-ência e oportunidade, deverá indenizar, pois o particular tem direito à manutenção do vínculo.

Concessão para uso de bem público: - Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de

uso: É o contrato administrativo por meio do qual delega-se o uso de um bem público ao concessionário, por prazo certo e determi-nado. Por ser direito pessoal não pode ser transferida, “inter vivos” ou “causa mortis”, à terceiros. Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em Aeroportos.

Concessão de direito real de uso: É o contrato administrativo por meio do qual delega-se o uso em imóvel não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização; cultivo da terra (Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso do bem.

Cessão de uso: É o contrato administrativo através do qual trans-fere-se o uso de bem público de um órgão da Administração para outro na mesma esfera de governo ou em outra.

Concessão para realização de uma obra pública:

Contrato de obra pública: É o contrato por meio do qual delega-se a realização da obra pública. A obra será paga pelos cofres pú-blicos.

Concessão de obra pública ou Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: É o contrato por meio do qual delega-se a realização da obra pública e o direito de explo-rá-la. A obra pública será paga por meio de tarifas.

Concessão para delegação de serviço público: É o contrato por meio do qual delega-se a prestação de um serviço público, sem lhe conferir a titularidade, atuando assim em nome do Estado (Lei 8987/95 e Lei 9074/95).

“Incumbe ao Poder Público na forma da lei, diretamente ou sob re-gime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos” (art. 175 da CF).

“A lei disporá sobre o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caduci-dade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; os direi-tos dos usuários, política tarifária, a obrigação de manter serviço adequado” (art. 175, parágrafo único da CF).

6. Permissão: Permissão é o ato administrativo unilateral discricionário pelo qual

o Poder Público (Permitente), em caráter precário, faculta a alguém (Permissionário) o uso de um bem público ou a responsabilidade pela prestação de um serviço público. Há autores que afirmam que permissão é contrato e não ato unilateral (art. 175, parágrafo único da CF).

Tendo em vista que a permissão tem prazo indeterminado, o Pro-mitente pode revogá-lo a qualquer momento, por motivos de con-

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veniência e oportunidade, sem que haja qualquer direito à indeni-zação.

Quando excepcionalmente confere-se prazo certo às permissões são denominadas pela doutrina de permissões qualificadas (aque-las que trazem cláusulas limitadoras da discricionariedade). Se-gundo Hely Lopes Meirelles, a Administração pode fixar prazo se a lei não vedar, e cláusula para indeniza,r no caso de revogar a per-missão. Já para a maioria da doutrina não é possível, pois a per-missão tem caráter precário, sendo esta uma concessão simulada.

7. Permissão de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário

e precário através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período maior que o previsto para a autoriza-ção. Ex: Instalação de barracas em feiras livres; instalação de Bancas de jornal; Box em mercados públicos; Colocação de mesas e cadeiras em calçadas.

8. Permissão de serviço público: É o ato administrativo unilateral,

discricionário e precário pelo qual transfere-se a prestação do ser-viço público à particulares.

9. Autorização: Autorização é o ato administrativo unilateral discricionário pelo qual

o Poder Público faculta a alguém, em caráter precário, o exercício de uma dada atividade material (não jurídica).

10. Autorização de uso: É o ato administrativo unilateral, discricioná-

rio e precaríssimo através do qual transfere-se o uso do bem públi-co para particulares por um período de curtíssima duração. Libera-se o exercício de uma atividade material sobre um bem público. Ex: Empreiteira que está construindo uma obra pede para usar uma área pública, em que irá instalar provisoriamente o seu cantei-ro de obra; Fechamento de ruas por um final de semana; Fecha-mento de ruas do Município para transportar determinada carga.

Difere-se da permissão de uso de bem público, pois nesta o uso é permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorização o prazo máxi-mo estabelecido na Lei Orgânica do Município é de 90 dias (Ex: Circo, Feira do livro).

11. Autorização de serviço público: É o ato administrativo através do

qual autoriza-se que particulares prestem serviço público.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Contrato é acordo de vontades livremente manifestadas pelas partes,

estabelecendo direitos e obrigações recíprocas em relação a um determi-nado objeto. Por essência, o contrato é bilateral e comutativo, oneroso, em regra, podendo ser gratuito, por exceção. A bilateralidade decorre do fato de que, para a formação do ajuste, concorrem pelo menos duas vontades manifestadas pelas partes signatárias. A comutatividade consiste na estipu-lação de obrigações mútuas e equivalentes em deveres e vantagens.

Em oposição ao ato jurídico, unilateral, o contrato é negócio jurídico,

por depender da concorrência de vontades opostas, mas convergentes em torno de um objeto. Assim, por exemplo, quando o proprietário de um veículo quer vendê-lo e outras pessoas o querem comprar, o negócio se realizará entre o vendedor e o proponente que se aproximar mais das expectativas do vendedor na transação. Realizada a venda, ter-se-ão duas partes (vendedor e comprador) e o objeto alienado. O vendedor assume o compromisso de entregar o objeto na data e local aprazados e o compra-dor, de pagar o preço.

O contrato tem força de lei entre as partes, devendo ser fielmente ob-

servado por elas. Para que o contrato possa ter validade jurídica e possa produzir os efeitos próprios, são necessárias as seguintes condições: agentes capazes; objeto lícito; forma prescrita, ou não proibida por lei; livre manifestação da vontade das partes, nos limites da lei. Esse princípio, segundo o qual o contrato é lei entre as partes, vem do Direito romano materializado nas expressões lex inter partes e pacta sunt servanda.

Tais princípios e o da livre manifestação das partes estipulantes não são, nos tempos modernos, tão absolutos quanto o foram no passado. A livre manifestação da vontade cedeu espaço a imposições legais emanadas do Estado intervencionista — característica assumida pelo Estado no início do século XX e em vigor até os dias atuais, passando por fases mais inter-vencionistas e fases menos intervencionistas. Na década atual, já no alvo-recer do século XXI, a tendência mundial é a adoção do neoliberalismo —ideologia política e econômica que consiste na maior liberdade da socieda-de, da livre iniciativa e menos interferência do Estado na atividade econô-mica.

Mesmo que o neoliberalismo atinja a maturação esboçada no contexto

global, o Estado não se reduzirá a mero espectador da sociedade, como foi no século XIX. Ele continuará interferindo na atividade privada e no domínio econômico com vistas ao exercício da cidadania pelos malsucedidos.

Essas restrições estatais chegam aos contratos, limitando ou condicio-

nado as vontades das partes. Por exemplo: jornada máxima de trabalho, salário mínimo, data-base etc., na área trabalhista. Na atividade econômica, restrições ou proibições de importação, controle de preços, controle de qualidade, etc.

As interferências estatais nas atividades laboral e econômica levaram

os doutrinadores a desenvolverem a teoria do dirigismo contratual, segundo a qual a livre manifestação da vontade na estipulação das cláusulas contra-tuais sofre restrições impostas pelo Estado.

No que tange à observância do contrato pelas partes, também houve

uma evolução flexibilizadora do princípio. Já se admite a não-execução ou não-cumprimento do contrato, se ficar comprovado que este é danoso para a parte prestadora da obrigação contratada. Consequentemente, a teoria da lex inter partes perdeu o seu vigor originário. O contrato só pode ser consi-derado lei entre as panes se for justo e equilibrado de modo a ser bom para ambas as partes. Os pratos da balança representada pelo contrato devem ficar nivelados. Neste nível está o equilíbrio contratual.

2 NOÇÕES INICIAIS SOBRE O CONTRATO ADMINISTRATIVO O contrato administrativo é ajuste bilateral, comutativo, firmado pela

Administração Pública com o particular ou com outra pessoa pública, tendo por objeto o interesse público imediato ou mediato, segundo regras previa-mente estabelecidas pela Administração.

O contrato administrativo funda-se na teoria geral dos contratos e sub-

mete-se às regras restritivas da liberdade contratual, decorrente do Direito Público. Enquanto, no contrato privado, prevalece o interesse particular, no contrato administrativo, o interesse público é o motivo da sua existência.

Objetivamente, se pode afirmar que contratos administrativos são todos

aqueles em que a Administração comparece na condição de uma das panes contratantes. Para alguns autores, essa assertiva é falsa, visto defenderem a tese segundo a qual a Administração Pública celebra contra-tos públicos e contratos privados. Seriam públicos aqueles que se sujeitas-sem às regras e princípios do Direito Público, isto é, aos que a Administra-ção impõe condições emanadas do seu poder de império ou em virtude das prerrogativas que lhe são próprias. Exemplo: contrato de concessão. Priva-dos seriam aqueles contratos que se submetem às regras do Direito Priva-do, como, por exemplo, o contrato de locação e o de compra e venda.

Para a elaboração das duas modalidades de contratos referidas como

exemplos de contratos tidos como provados, a Administração sujeita-se a princípios e regras próprias do Direito Privado, mas impõe, entretanto, algumas condições que ao particular são vedadas pelo princípio da igual-dade das partes. Entre as condições preestabelecidas pela Administração, figuram a necessidade de licitação — dispensável ou inexigível nos limites da lei —, minuta prévia do contrato, cláusulas de alteração ou rescisão unilateral, exigência de garantia, dentre outras.

Tais condicionamentos desnaturam o contrato privado, tomando-o pu-

blicizado. Daí, se deve afirmar que os contratos administrativos dividem-se entre os que se submetem predominantemente às normas do Direito Públi-co e os que, para cuja formação, concorrem, com predominância, regras do Direito Privado. Por esses fundamentos, entendemos que todos os contra-

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tos firmados pela Administração são administrativos. Essa posição é defen-dida por vários autores, dentre os quais, Lúcia Valle Figueiredo, que assim pontuou:

"Começamos por questionar a existência de contratos privados da Ad-

ministração. A Administração Pública, consoante entendemos, está, de qualquer forma, jungida ao regime de direito público em muitos aspectos, ainda que o contrato seja dos que se submetem mais às normas do Direito Privado.

De conseguinte afirmamos: de um lado estão os contratos mais rigida-

mente alocados no Direito Público, os chamados contratos administrativos, e, de outro, os contratos da Administração Pública, regidos basicamente pelo Direito Privado, mas sob forte interferência do Direito Público."

2.1 Manifestação do particular na formação de contrato com a

Administração A livre manifestação das partes no contrato privado, com as restrições

salientadas, não se aplica ao contrato administrativo. A Administração deve, por força da Lei n. 8.666/93, expedir o instrumento convocatório acompa-nhado da minuta do contrato a ser celebrado com o licitante vencedor no certame.

O licitante, mesmo depois de adjudicado, não tem poder para propor al-

teração em qualquer das cláusulas constantes da minuta. A sua liberdade contratual consiste, basicamente, em aderir à convocação da entidade promotora da licitação dispondo-se a celebrar o contrato, caso seja classifi-cado. Ainda compete ao proponente estipular o seu preço e fixar as datas de validade da proposta, da manutenção do preço e da entrega da merca-doria, sabendo que esses elementos são, normalmente, considerados no julgamento para eleição da proposta de menor preço, quando este for o tipo da licitação.

2.2 O contrato administrativo é intuitu personae A pessoa contratada, física ou jurídica, não pode transferir o contrato

em todo ou em parte a terceiros, a não ser nos casos previstos em lei e no contrato, mediante prévia autorização expressa do contratante.

3 LEGISLAÇÃO PERTINENTE A primeira norma jurídica, no Brasil, a tratar do contrato administrativo

— basicamente referência — foi o Código de Contabilidade Pública da União, de 1922. Este texto foi substituído pelos arts. 125 a 144 do Decreto-lei n. 200/67. O tratamento sistemático, com o estabelecimento de regras próprias e distintas das regras do contrato privado, veio com o Decreto-lei n. 2.300/ 86. Até então, os princípios e as cláusulas do contrato em exame resultavam do trabalho doutrinário. O Decreto-lei n. 2.300/86 foi, então, o texto legal que, efetivamente, deu ao contrato administrativo a sua feição própria de Direito Público. Mais recentemente, editou-se a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamentando o art. 37, XXI, da Constituição da República. Esta lei revogou o Decreto-lei n. 2.300/86 e cuidou dos contratos administrativos nos arts. 54 a 80. A Lei em referência sofreu sua primeira alteração pela Lei n. 8.883, de 8 de junho de 1994 e outras leis. Entre elas a Lei n. 9.648/98. Estas serão consideradas em momento oportuno.

4 CLÁUSULAS FUNDAMENTAIS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO O art. 55 da Lei Nacional sobre Licitação e Contratos Administrativos

consigna as cláusulas mínimas indispensáveis ao contrato administrativo. A maioria delas é comum aos contratos privados. Outras, todavia, são pró-prias de direito administrativo. Estas, por serem incomuns nos contratos privados, serão, em estreita síntese, consideradas. Hely Lopes Meirelles e José Cretella Júnior, dentre outros, dão a estas cláusulas especiais do contrato administrativo a nomenclatura de "clausulas exorbitantes". A este nome chegaram pelo fato de extrapolarem as previstas para os contratos privados. Hoje, os autores, sobretudo os mais modernos, preferem não usar essa terminologia.

As principais cláusulas especiais são as que a) dispõem sobre as condições e forma de execução ou prestação

do objeto contratado. A cláusula deve estabelecer o regime de execução, tratando-se de obra; da forma de fornecimento, quan-do se tratar de materiais; e de condições de prestação, quando se tratar de serviços. Na contratação de qualquer um desses três

tipos de objeto, a cláusula precisa ser de redação clara e deta-lhada, de modo a não deixar dúvida quanto ao que foi pactuado, principalmente, no que tange à prestação do objeto;

b) fixem o valor do objeto contratado, denominado preço do contra-to; o preço que a entidade pública contratante terá que pagar ao contratado pela execução do contrato. Além da fixação do preço, é indispensável estabelecer a forma e as condições de paga-mento, periodicidade de majoração do preço, os critérios a se-rem utilizados para se chegar ao percentual de correção. Por força da Lei n. 8.880/94, os contratos não podem ser corrigidos no período de um ano. As atualizações dos contratos administra-tivos e privados são, portanto, permitidas de ano em ano, isto é, depois de doze meses da assinatura do ajuste ou da última cor-reção ou reajuste do preço;

c) estipulem a data de início da execução ou suas etapas, a data da conclusão e as condições de recebimento, tratando-se de obra e de equipamento. Nos casos de fornecimento ou de pres-tação de serviço, a fixação da data para a entrega da mercadoria ou para início da prestação do serviço. Em todos os casos, o de-talhamento é indispensável, para evitar dificuldades na fase de execução do contrato;

d) consignem a fonte orçamentária dos recursos financeiros, pela qual correrão as despesas do contrato. A falta dessa indicação é motivo para o Tribunal de Contas não considerar o contrato regu-lar. Essa fonte, denominada "dotação orçamentária", é represen-tada por código numérico, de acordo com a Lei Federal n. 4.320, de 17/3/64;

e) estipulem a garantia para execução do contrato, quando for exi-gida, nos termos do art. 56 da Lei n. 8.666/93, com a redação dada pela Lei n. 8.883/94. De acordo com esse dispositivo, as garantias podem ser prestadas pelo contratante, quando exigi-das, na modalidade de caução em dinheiro ou título da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária. Ao contratante cabe exigir a garantia, mas a escolha entre uma das três a ser ofere-cida compete ao contratado (1º, do art. 56, da Lei n. 8.666/93);

O valor da garantia, em qualquer das modalidades, não deve ultra-passar a 5% do valor, devendo ter o seu valor atualizado quando da alteração do valor do contrato, na mesma proporção. Esta é a regra. Entretanto, tratando-se de obra, serviço e fornecimento de grande vulto, alta complexidade técnica e riscos financeiros consi-deráveis, comprovados por parecer técnico devidamente aprova-do, o valor da garantia poderá chegar a 10% do valor do contrato.

A garantia ficará retida na Administração até a entrega e o rece-bimento definitivo do objeto contratado. Nessa data, não haven-do pendência, a garantia será liberada ou restituída, atualizada monetariamente, quando em dinheiro e se já tiver decorrido mais de um ano da caução.

d) dispõem sobre os direitos e responsabilidades das partes, as sanções de conformidade com a natureza do descumprimento, o valor da multa, quando esta for a forma de punição, a indicação da autoridade competente para aplicar as sanções;

e) estabelecem os recursos administrativos cabíveis, as condições para a interposição deles, com a indicação das autoridades competentes para conhecer e julgá-los;

f) especifiquem os casos de rescisão do contrato; g) o fornecedor declare estar ciente dos direitos da Administração

nos casos de rescisão contratual, de acordo com o disposto no art. 77 da Lei n. 8.666/93;

h) dispõem quanto ao prazo de vigência do contrato. Os contratos administrativos não podem ser por prazo indeterminado. A Lei n. 8.666/93, no art. 57, estabelece prazos diferentes de acordo com o objeto do contrato, como regra de exceção. A regra é a de que os contratos terão prazo de duração correspondente ao do res-pectivo crédito orçamentário. Os créditos orçamentários têm o prazo de um ano; de janeiro a dezembro (o exercício financeiro coincide com o ano civil). Dessa forma, os contratos administrati-vos têm a duração de, no máximo, doze meses. A esta regra existem exceções eleitas pelo mesmo artigo em comento:

os contratos estabelecidos para a execução de projetos previstos em programas plurianuais poderão ser prorrogados, se o contra-tante julgar de interesse, desde que a prorrogação tenha sido prevista no instrumento convocatório e consignado no contrato;

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nos casos de prestação de serviços de forma contínua, os con-tratos podem ter seus prazos de vigência prorrogados por igual prazo até completar sessenta meses, se comprovados preços e condições mais vantajosas para a Administração. O prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado por até doze meses, em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autori-zação expressa da autoridade superior, nos termos do § 4º do art. 57 acrescido pela Lei n. 9.648/98.2

O contrato relativo ao aluguel de equipamentos de informática e ao uso ou locação de programas de informática pode ter o seu prazo de vigência prorrogado até completar quarenta e oito me-ses. O prazo inicial deve ser de um ano, prorrogado por igual pe-ríodo, até completar o prazo máximo, se tal comportamento for conveniente para a Administração. O contratado não tem direito subjetivo à prorrogação, mas apenas expectativa. A prorrogação constitui faculdade da Administração a ser exercida nos casos em que o interesse público o recomendar;

i) vinculem o contrato ao instrumento convocatório, à legislação pertinente e ao projeto básico, quando este for o caso.

Outras cláusulas podem ser necessárias — e certamente serão — de acordo com a complexidade do objeto. E de se lembrar que o contrato não poderá conter cláusula que não esteja previs-ta no instrumento convocatório. Daí o redobrado cuidado que se deve ter por ocasião da elaboração do edital.

5 CASOS EXCEPCIONAIS DE PRORROGAÇÃO DO CONTRATO Os prazos de início da execução da obra ou de parcelas delas, da con-

clusão ou da entrega podem ser prorrogados fora das hipóteses previstas acima, mantidas as demais cláusulas e o equilíbrio econômico-financeiro, quando se verificar uma das seguintes situações:

a) alteração do projeto básico ou executivo pela Administração. Esta alteração é permitida nos casos de erros, de ocorrência de fatos supervenientes ou quando a Administração, com fundamento em parecer ou laudo expedido por autoridade ou órgão competente, julgar necessário o redimensionamento do projeto, para melhor atender ao serviço ou ao interesse público;

b) a ocorrência de fato extraordinário excepcional ou imprevisível, es-tranho à vontade das partes, que traga embaraços na execução do objeto no prazo normal, e ainda possa influir no custo da execução, previamente estipulado;

c) o retardamento na execução do objeto ou a interrupção dos serviços por ordem da Administração, em benefício do interesse público;

d) o acréscimo do objeto nos limites e condições estabelecidos na Lei n. 8666/93, principalmente o previsto no art. 65. Este aumento do objeto a ser prestado pelo contratado, que chega até a 50% do va-lor do contrato nos casos de reforma de prédios, poderá implicar a necessidade de prorrogação do prazo de duração do contrato;

e) a interrupção ou retardamento na execução do objeto, por terceiro, reconhecido e aceito pela contratante;

O a omissão da Administração, o retardamento de providência a seu cargo, como atraso de pagamento, demora na liberação da área para a construção da obra, que possa implicar o retardamento do início ou da conclusão do objeto.

A prorrogação extraordinária do contrato, em todas essas hipóteses previstas como justificativa para a adoção da medida deve ser pelo prazo correspondente ao atraso causado pelo fato motivador. Além disso, o motivo da prorrogação terá de ser suficientemente fundamentado e aprova-do pela autoridade administrativa competente. Fora desses parâmetros, a prorrogação será nula.

6 REGIME JURÍDICO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO Os contratos administrativos podem ter as suas cláusulas regulamenta-

res alteradas ou modificadas unilateralmente pela Administração, para atenderem ao interesse público ou à conveniência do objeto contratado. Já as cláusulas econômicas, para serem modificadas, dependem da manifes-tação do contratado. Só de comum acordo ou por determinação judicial tais cláusulas podem ser modificadas.

Ainda são conferidos à Administração poderes para fiscalizar a execu-ção do contrato, para aplicar sanções por descumprimento parcial ou total do contrato; e, nos casos de prestação de serviços essenciais, para ocupar

bens móveis e imóveis, pessoal e os serviços vinculados à prestação do objeto contratual, nas hipóteses de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais cometidas pelo contratado, ou quando for necessária a rescisão do contrato.

Esse regime está previsto no art. 58 da Lei n. 8.666/93. Pelo § 20 desse artigo é assegurado ao contratado a revisão do valor do contrato, quando a Administração, unilateralmente, o modificar no atendimento do interesse público. O fundamento desse direito é o princípio da manutenção do equilíbrio da equação econômica do contrato estabelecida inicialmente, representada pelos custos, a cargo do contratado, na execução do objeto, mais o lucro, que correspondem o preço a ser pago pelo contratante. Assim, por exemplo, para cada 100 reais de gastos, o contratado perceberá 10 reais de lucro, perfazen-do o total de 110 reais, se 10% for o lucro estimado.

7 EFEITOS DA ANULAÇÃO DO CONTRATO A declaração de nulidade do contrato administrativo tem efeitos seme-

lhantes aos decorrentes da anulação de ato administrativo. Declarada a nulidade do contrato, os seus efeitos cessam imediatamente, e os efeitos do ato declamatório retroagem à data da celebração do contrato. Em prin-cípio, as situações devem se recompor de conformidade com a realidade vigente na data do contrato, sem prejuízo, para o contratado, parte execu-tada até então.

Dessa forma, a Administração não se exime de pagar ao contratado o valor correspondente ao que, efetivamente, já fora executado do contrato até a data da declaração de sua nulidade. O contratado tem direito à re-composição de outros prejuízos decorrentes da anulação, desde que ele não tenha concorrido, de qualquer forma, para o vício do contrato.

8 FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Os contratos administrativos devem ser escritos. São considerados nu-

los e de nenhum efeito os ajustes verbais estabelecidos pela Administração Pública, exceto quando se tratar de pequenas compras de pronto pagamen-to. São consideradas, pela lei, pequenas compras; as de até 10% do valor de convite para compra e serviços que não sejam de engenharia, nos termos do art. 23, II, a da Lei n. 8.666/93.

Os contratos e seus aditivos devem ser numerados em ordem cronoló-gica e arquivados no setor de controle da entidade pública signatária da avença. A lei estabelece que os contratos devem ser lavrados nas reparti-ções interessadas e por elas mantidos arquivados na ordem cronológico dos seus autógrafos (art. 60 da Lei n. 8.666/93).

Entendemos que se atende à vontade da lei, arquivando-se os contra-tos em pastas, na ordem cronológica, numerados nesta mesma ordem, acompanhados de todos os documentos que lhes deram origem, inclusive o processo de licitação, de dispensa ou de inexigibilidade de licitação.

Excluem-se dessa regra os contratos de direitos reais sobre imóveis, que devem ser lavrados em cartório de notas.

Partes signatárias — Os nomes das partes e de seus representantes devem ser consignados no preâmbulo do contrato devidamente qualificados na forma da lei. Também no preâmbulo deve constar o número do processo da licitação que deu origem ao contrato, ou de dispensa ou de reconheci-mento de inexigibilidade.

Por parte da Administração Pública, somente a pessoa jurídica tem po-der para ser parte em ajuste jurídico. Vale dizer que os órgão públicos não detêm legitimidade para celebrar contrato por não serem sujeitos de direitos e deveres. Assim, no caso da celebração de um contrato de interesse direto do Ministério da Agricultura, por exemplo, deve figurar: "A União Federal, através do Ministério da Agricultura, representado por seu titular Dr e a empresa . . . .firmam o presente contrato."

Além de outros requisitos, o contrato depende de sua publicação em resumo no órgão oficial, correndo as despesas por conta da entidade pública. A publicação deve ser providenciada até o quinto dia útil do mês subsequente à assinatura e publicado no prazo de vinte dias, qualquer que seja o valor do contrato, inclusive os sem ônus.

Obrigatoriedade do contrato — Estabelece a Lei n. 8.666/93, no art. 62, que o contrato é obrigatório nos casos de concorrência e tomada de preços. A exigência estende-se nas hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de

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licitação, quando o valor do objeto se enquadrar na modalidade de tomada de preços ou de concorrência.

É facultada a dispensa do contrato formal em qualquer das hipóteses acima, quando se tratar de compra para pronta entrega do material adquiri-do, qualquer que seja o valor, desde que não resulte em obrigações futuras.

Nos demais casos, não havendo obrigação futura, o contrato pode ser substituído por carta-contrato, notas de empenho de despesa, autorização de compra e ordem de execução de serviço.

A carta-contrato é modalidade de documento jurídico pouco usada. Consiste em correspondência expedida pela Administração, endereçada ao fornecedor autorizando o fornecimento ou a prestação de serviços, segundo condições estabelecidas no próprio texto.

Aos contratos de seguro, locação, financiamento firmados pela Admi-nistração Pública, tidos como contratos de conteúdo predominantemente de Direito Privado, aplicam-se as regras de Direito Público constantes dos arts. 55 e 58 a 61 da Lei n. 8.666/93.

A todos os licitantes é assegurado o conhecimento do conteúdo da mi-nuta do contrato e do respectivo processo licitatório. A estes e a qualquer interessado a Administração tem o dever de fornecer cópias autenticadas dos aludidos documentos, mediante o pagamento dos emolumentos devi-dos. Esses emolumentos devem ser entendidos como custo da reprodução dos documentos solicitados pelo interessado, licitante ou não.

Assinatura do contrato — O prazo para o licitante vencedor e adjudica-do assinar o contrato deve ser estabelecido no instrumento convocatório. Ultimada a redação definitiva do contrato, a contratante (Administração Pública) deve convocar o adjudicado para assinar o contrato ou retirar a ordem de fornecimento, no prazo previamente estipulado, sob pena de perda do direito de prestação do objeto e de se tornar devedor da multa estabelecida no edital e, ainda, de sujeição a outras sanções permitidas e previstas.

O prazo para a assinatura do contrato ou para o fornecimento nos ca-sos em que o ajuste formal seja dispensável pode ser prorrogado uma vez, por igual prazo, a pedido do interessado, se formulado antes do seu venci-mento, desde que haja motivo justo aceito pela autoridade administrativa competente.

Se o convocado não assinar o contrato ou não fornecer o objeto no prazo estipulado, a Administração deve, em seguida, aplicar-lhe a sanção prevista, facultando-lhe convocar os demais licitantes, na ordem classifica-tória, para substituir o primeiro nas mesmas condições de sua proposta, inclusive quanto ao preço devidamente atualizado, se for o caso, ou instau-rar novo procedimento licitatório.

Os convocados, em virtude da recusa do primeiro, não são obrigados a atender o chamamento e nem se sujeitam a qualquer tipo de sanção por não se interessarem pelo contrato naqueles termos.

Os licitantes se desobrigam de manter as propostas se no prazo de sessenta dias, contado da data da entrega das mesmas, a Administração não convocar o vencedor para assinar o contrato ou não expedir a ordem de fornecimento ou de autorização de serviço, quando for o caso.

9 ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS Os contratos administrativos podem ser alterados, unilateralmente, pela

Administração, ou em virtude de comum acordo provocado por uma das panes.

Unilateralmente pela Administração — Só em duas hipóteses a Administração pode alterar o contrato unilateralmente:

quando for necessária a modificação do projeto ou de suas especi-ficações para melhor adequação técnica aos seus objetivos. A conveniência da modificação do projeto pode surgir na sua implan-tação em razão de defeito na respectiva elaboração ou em decor-rência de fatos supervenientes que o tornam inadequado ao que se pretende. Em qualquer dos casos, a Administração não deve continuar a implantação do projeto sem as modificações reclama-das. Por essa razão, a lei lhe confere o poder para alterar o contra-to, ainda que esta não seja a vontade do contratado;

quando for necessária a modificação do valor do contrato em vir-tude de alteração do objeto para mais ou para menos nos limites e condições previstas na Lei n. 8.666/93 (art. 65, § 1º). A justifi-cativa para essa medida unilateral funda-se no princípio do não-enriquecimento sem causa. Se o objeto for aumentado sem acréscimo ao valor do contrato, o contratado suportará o ônus sem motivo, com vantagem para a contratada. Ao contrário, se o objeto for reduzido e não houver redução do valor, na mesmo proporção, o contratado terá ganho sem motivo, enriquecimento sem causa.

O § 1º do art. 65 prescreve que o contratado fica obrigado a aceitar o acréscimo ou o decréscimo do objeto contratado, seja ele obra, serviço ou compra, quando necessário, nas mesmas condições avençadas, inclusive quanto ao preço atualizado. A alteração do objeto está limitado a 25% do valor do contrato atualizado. Tratando-se de reforma de prédio e de equi-pamento, o limite é de 50% do valor do contrato.

Nos casos de supressão de obra nos termos previstos no § 1º do art. 65 da Lei n. 8.666/93, se o contratado já havia adquirido materiais destina-dos a essa parte, a Administração fica no dever de reembolsá-lo pelo valor de custo do material.

A adoção do comando emanado do § 10 em questão ao caso concreto costuma oferecer dificuldades. Por exemplo: numa determinada compra, o objeto é composto de dez itens com valores diferenciados. A soma total dos itens perfaz a quantia hipotética de mil reais. Nesse exemplo, é possível o acréscimo de 250 reais. Daí a indagação: os 250 reais podem ser gastos com a compra de mais bens relativos a apenas quatro ou dois itens? Ou cada item não pode exceder ao limite de 25%, mesmo sabendo que a lei se refere ao valor do contrato? O nosso entendimento quanto a essa indaga-ção é no sentido de que, tratando-se de objeto composto de vários itens, o limite para o aumento do objeto nos termos do § 10 do art. 65 em comento é o de cada item e não o da globalidade deles (valor do contrato). O valor do contrato só deve ser tomado quando o objeto se compuser de um único item, ainda que este item se forme de várias unidades. Esta parece ser a posição de Carlos Pinto Coelho Motta, ao afirmar:

"O § 1º do art. 65 estabelece condições e limites em que o contratado é

obrigado a aceitar supressões e acréscimos no objeto do contrato. E impor-tante ressaltar que acréscimo pressupõe serviço, obra ou compra, cujos limites sejam observados por unidade, e não pelo valor global."

Outra questão ainda se verifica quanto à aplicação da regra que permi-te o acréscimo do objeto. Na prática, muitas comissões de licitação, valen-do-se do permissivo legal, vêm adjudicando ao licitante vencedor o objeto da licitação acrescido de 25%. Assim, ao invés de se adquirir 100 computa-dores previstos no edital, adquire-se 125. Esse comportamento é manifes-tamente ilegal. Isto porque a lei prescreve que o contratado fica obrigado a aceitar o acréscimo ou a redução do objeto. Veja bem: o contratado e não o licitante. Por isso, somente depois de estabelecido o ajuste, ainda que pela forma substitutiva da autorização de fornecimento, é que se pode cogitar de promover a aquisição complementar, atendidas as demais formalidades e condições estabelecidas na lei.

Nenhum acréscimo poderá exceder os limites acima examinados. A

supressão, entretanto, poderá ocorrer em percentual superior ao limite estabelecido no § 1º do art. 65, da Lei Federal sobre licitações, desde que as partes acordem neste sentido, em documento formalizado (§ 2º, II do art. 65 da Lei n. 8.666/93) com a redação da Lei n. 9.648/98.

Alteração por comum acordo — Quatro são as hipóteses de alteração

contratual em virtude de comum acordo das partes. São elas: — quando necessária a substituição da garantia. Como já visto antes,

a Administração pode exigir do contratado garantia para a execu-ção do contrato. As modalidades, relembrando, são caução em di-nheiro ou em título da dívida pública, seguro-garantia e fiança ban-cária. Pode acontecer de o contratado ter dado em garantia uma das três modalidades e, no curso do contrato, preferir a substitui-ção daquela modalidade por outra. Para isto, terá de propor à Ad-ministração a sua pretensão. A Administração, em princípio, pode aceitar, uma vez que a escolha da modalidade da garantia é facul-dade do contratado. Não havendo prejuízo aparente, a Administra-

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ção deve pronunciar-se favoravelmente. Se, entretanto, não houver a sua aquiescência, não haverá acordo e o contrato não será alte-rado na via administrativa;

— quando necessária a modificação do regime de execução da obra, da prestação do serviço ou do fornecimento, em virtude de consta-tação técnica incompatível com os termos inicialmente ajustados. As obras, normalmente, são executadas a médio ou longo prazos. Durante esse prazo podem acontecer fatos de ordem técnica que recomendem reavaliação das condições contratadas inicialmente. Podem ainda, independente da evolução tecnológica, surgir fatos, antes desconhecidos, que recomendem compatibilização com a realidade concreta. Exemplo: no caso de construção de edifício, a constatação de rocha no subsolo raso local, até então desconheci-da;

— quando necessária a modificação na forma de pagamento. Os fa-tos da natureza e os humanos, sobretudo estes, são mutáveis. E a mutabilidade deles pode repercutir reflexamente na situação finan-ceira de determinados contratos, inclusive os administrativos. Des-sa forma, circunstâncias supervenientes podem recomendar a alte-ração na forma de pagamento. A modificação do pagamento, nes-se caso, pode consistir em concentração ou, ampliação das parce-las, aumento ou diminuição do prazo de intervalo entre uma e ou-tra, de modo a compatibilizar os interesses da Administração e do contratado. Vedado, entretanto, aumento do valor inicial, salvo a atualização monetária nos limites e condições permitidas pela le-gislação vigente. É igualmente vedada a antecipação de pagamen-to sem a correspondente prestação por parte do contratado. Vale dizer que, enquanto o contratado não concluir a etapa do crono-grama de execução da obra, ou da prestação do serviço, prevista como condição para o recebimento do preço, a Administração não poderá efetuar o pagamento. Em síntese, o Estado só pode pagar pelo objeto que já lhe fora entregue, não pelo que ainda vai ser realizado;

— para restabelecer a relação econômica inicial. A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato é princípio que permeia quase toda a Lei n. 8.666/96. Por força desse princípio, já dito an-tes, o contratado tem direito à observância em toda execução do contrato, da manutenção das condições econômicas estabelecidas na fase inicial. Entretanto, não se aceita qualquer justificativa para a obtenção da revisão do valor do contrato com esse objetivo. A revisão, com vistas ao reequilíbrio econômico-financeiro, é permiti-da nos casos de fatos supervenientes imprevisíveis ou previsíveis, mas de consequências incalculáveis, que impliquem o retardamen-to da execução ou até a sua interrupção temporária. Ainda são fa-tos justificadores da revisão o caso fortuito, a força maior e o fato do príncipe, se, em decorrência de um deles acarretar ao contrata-do álea econômica extraordinária e não prevista no contrato.

Sobre essa matéria a Advocacia Geral da União emitiu o seguinte pa-

recer: "Equilíbrio econômico-financeiro — Contrato administrativo — Teo-

ria da imprevisão — Pressupostos. Ementa — A teoria da imprevisão é aplicável aos contratos administra-

tivos, desde que presentes os pressupostos que autorizam a sua adoção. Tem caráter excepcional e extraordinário, devendo ser adotada sempre de forma restritiva e não extensiva. A inflação não representa motivo ensejador para a aplicação do instituto (Parecer n. 00400.0 1 1042/95-43)."

O Tribunal de Contas da União, atendendo a uma consulta formulada por empresa prestadora de serviços de conservação e limpeza, emitiu o Parecer TC. 009.970/95. A consulente desejava saber se era possível alterar valor de seus contratos, antes de um ano da assinatura, nas hipóte-ses de aumento de salários dos seus empregados, ocorrido na data-base.

A conclusão do Parecer a essa consulta, materializada na Decisão n. 457/95, é do seguinte teor:

"8. Decisão. 8.1. Os preços contratados não poderão sofrer reajustes por incremen-

to dos custos de mão-de-obra decorrentes da data-base de cada categoria, ou de qualquer outra razão, por força do disposto no art. 28 e seguintes da Lei n. 9.069/95, antes de decorrido o prazo de um ano, contado na forma expressa na própria legislação.

8.2. Poderá ser aceita a alegação de desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, com base no reajuste salarial dos trabalhadores ocorrido durante a vigência do instrumento contratual, desde que a revisão pleiteada somente aconteça após decorrido um ano da última ocorrência verificada (a assinatura, a repactuação a revisão ou o reajustamento do contrato), contado na forma da legislação pertinente."

Essa orientação, no nosso entender, contraria o princípio da manuten-

ção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, visto que ocorrência de fato que onera substancialmente o contratado justifica a revisão do mesmo antes da data aprazada, desde que satisfatoriamente comprovado.

No caso da consulta, pode ocorrer esta situação. Admita-se que um

contrato de prestação de serviço de conservação e limpeza tenha sido firmado em 2 de janeiro para vigorar até o dia 31 de dezembro do mesmo ano, com cláusula de correção só depois de um ano, no caso de prorroga-ção, em obediência ao comando da Lei n. 8.883, de 27/5/94. Admita-se ainda que o mês de julho é a data-base da categoria dos empregado pres-tadores desse tipo de serviço e que, pelo dissídio coletivo, os respectivos salários são majorados.

Impedida de repassar o preço para a tomadora do serviço, a contratada

financiaria, com seus próprios recursos, a diferença, considerando princi-palmente que o custo para operacionalização do contrato é basicamente o relativo à mão-de-obra. E claro que a contratada não pode fazer isto, pois, ao fim do contrato, estaria acumulando considerável prejuízo.

A manter a orientação do Colendo Tribunal de Contas, a prestadora

desse serviço adotará um dos dois comportamentos: a) por ocasião da apresentação da proposta, estima o valor da majo-

ração dos salários de seus empregados vinculado ao contrato que pretende firmar, multiplica o valor pelo número de meses entre a data-base e o término do contrato e, em seguida, divide o valor da operação pelos doze meses. Esse procedimentos em face da Ad-ministração Pública, carateriza a apresentação de preços exorbi-tantes, por estarem acima dos praticados naquela data, fato que por-si só impõe a desclassificação da licitante;

b) cota o preço correto, o vigente na data, e, quando do aumento do salário na data-base, não lhe sendo possível repassar o preço, rescindirá o contrato invocando o rompimento do equilíbrio econô-mico-financeiro do contrato estabelecido na data de sua assinatu-ra.

Inclui-se, entre as causas de alteração do contrato, a variação tributária ocorrida depois da celebração da avença. Dessa forma, a criação de impos-tos, a majoração de seu valor, a extinção de impostos ou a redução de alíquota, que repercuta no contrato em execução, impõem a revisão do ajuste para aumentar o seu valor ou diminuí-lo na exata proporção da variação tributária.

10 EXECUÇÃO DOS CONTRATOS Os contratos são firmados para serem executados nos limites da nor-

malidade. As partes devem, cada uma delas, cumprir o que se comprome-teram ao firmar o ajuste. Este é o comportamento que se espera dos con-tratantes em geral.

Nos contratos administrativos, a Administração tem, por dever legal, a

obrigação de designar um agente de seus quadros para acompanhar e fiscalizar a execução de cada contrato. E permitida a contratação de tercei-ros para auxiliar, fornecer informações e assistir ao servidor designado.

Esse representante da Administração Pública deve anotar em registros

próprios todas as ocorrências relativas à execução do contrato, determi-nando as correções na obra ou a observância de regras técnicas ou contra-tuais que, eventualmente, estejam sendo descumpridas pelo contratado.

Se a ocorrência resultar em decisão que ultrapassa a sua competência,

o agente deve, em tempo hábil, levar o fato ao conhecimento da autoridade superior para que ela tome as medidas cabíveis.

O contratado deve manter o seu preposto, aceito pelo contratante, pa-ra, junto com o representante da Administração, acompanharem a execu-ção do contrato.

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Conhecimentos Específicos A Opção Certa Para a Sua Realização 20

E dever do contratado reparar, corrigir, demolir, refazer, corrigir o objeto em construção, cujas irregularidades foram apontadas pela Administração, por conta própria, em virtude de vício na execução ou da má qualidade do material empregado.

Os encargos trabalhistas, sociais, fiscais e comerciais pertinentes ao

contrato são de inteira responsabilidade do contratado. Nem solidariamente a Administração responde por esses encargos, nos termos do § 1º do art. 71 da Lei n. 8.666/93, do seguinte teor:

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos traba-lhistas, previdenciários, fiscais e comerciais não transferirá à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis."

O contratado responde também pelos danos que, em virtude da execu-

ção do contrato, causar à Administração ou a terceiro, em virtude de com-portamento culposo ou doloso.

• Subcontratação de parte do objeto — Ao contratado é permitida a subcontratação de parte do objeto nos limites pré-estabelecidos, em cada caso, pela Administração, mantendo, entretanto, a sua responsabilidade perante a mesma. Os danos ou qualquer irregula-ridade praticada pela subcontratada, perante a Administração, são de inteira responsabilidade da contratada.

• Recebimento do objeto contratado — Executado o contrato, o res-pectivo objeto será recebido pela contratante da seguinte forma:

— tratando-se de obras e serviços, será em dois momentos — provi-soriamente e, cumpridas as formalidades, definitivamente. O rece-bimento provisório é feito pelo representante da Administração que acompanhou e fiscalizou a execução do contrato, mediante recibo circunstanciado, passado no prazo de quinze dias contados da da-ta em que o contratado comunicar a conclusão do objeto. O rece-bimento definitivo deve ser feito no prazo de até noventa dias, por comissão ou autoridade, para este fim designada pela autoridade competente através de documento circunstanciado firmado pelas partes contratantes. Esse prazo entre o recibo provisório e o defini-tivo é reservado à Administração para proceder rigorosa vistoria no objeto, com vistas a verificar se foram observadas as cláusulas contratuais, as normas jurídicas pertinentes, as normas de segu-rança e as normas técnicas. Constatada qualquer irregularidade, o contratado tem o dever de providenciar as correções e reparos de modo a atender o que foi pactuado. Decorrido o prazo sem que a Administração expeça o recibo definitivo e nem faça a vistoria, su-bentende-se vistoriado e conforme, isto é, sem qualquer irregulari-dade.

Os recibos provisório e definitivo não excluem a responsabilidade civil

pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nos termos do Código Civil; — nos casos de compra ou locação de equipamentos, são necessá-

rios o recebimento provisório e o definitivo. O primeiro tem a finali-dade apenas de confirmar ou constatar a entrega do bem pelo for-necedor; e o segundo, definitivo, certifica que o equipamento está perfeito e de conformidade com a proposta e a ordem de forneci-mento.

— Dispensabilidade de recibo provisório — O recibo provisório pode ser substituído pelo recibo comum quando o objeto for gêneros pe-recíveis, alimentação preparada, serviços profissionais, e obras e serviços até o limite de 5% do valor de convite para compra e ser-viços, nos termos do art. 23, II, a, salvo os casos em que o objeto envolva aparelhos e equipamentos sujeitos a verificação de funcio-namento e produtividade.

11 INEXECUÇÃO E RESCISÃO DOS CONTRATOS Os contratos, como dito antes, devem ser observados e cumpridos até

o implemento do seu prazo ou a conclusão do objeto. Há, entretanto, por vários motivos, casos de execução incompleta. A inexecução parcial ou total do contrato acarreta para a parte que der causa a obrigação de pagar à parte inocente as multas e outras sanções previstas no próprio contrato, sem prejuízo de sanções civis, penais e administrativas, conforme o caso.

A Lei n. 8.666/93, no art. 78, enumera 17 hipóteses que constituem mo-

tivo para rescisão do contrato administrativo.

• Causas provocadas pelo contratado — Nos incisos 1 a V são arro-lados casos de descumprimento ou cumprimento irregular de cláu-sulas do contrato, por parte do contratado, relativos a projeto, es-pecificações ou prazo; retardamento no início da execução da obra, da prestação do serviço ou da entrega do bem quando se tra-tar de compra; a paralisação da execução da obra, da prestação do serviço, do fornecimento, quando parcelado, sem motivo justo e sem comunicação à Administração.

O inciso VI consigna, como causa, a subcontratação total ou parcial do

objeto (obra, serviço e fornecimento), fora das hipóteses previstas no edital ou sem a prévia autorização da contratante; a associação da contratada com outra empresa ou grupo; a sua incorporação por outra empresa; a sua fusão, não previstas no edital e no contrato.

O inciso VII prescreve que o descumprimento de recomendação regular

do representante e fiscal pela Administração, relativos a irregularidades constatadas na execução do contrato é motivo para rescisão do contrato.

No inciso VIII estão previstas como hipótese de descumprimento do

contrato reiteradas irregularidades praticadas pelo contratado, de conformi-dade com as anotações registradas pelo agente representante da Adminis-tração.

A alteração social ou modificação do objeto da empresa contratante ou

a sua reestruturação que prejudique a execução do contrato (inciso XI). Todas as hipóteses referidas acima são motivos de rescisão contratual

provocados pelo contratado e ensejam à Administração a iniciativa de rescindir o contrato e impor as sanções que lhe competem, de conformida-de com o contrato.

• Sem culpa do contratado, em princípio — O motivo previsto no in-ciso x é a dissolução social do contratado ou a sua falência. Ainda não é culpa do contratante e pode não ser também do contratado, quando a dissolução ou a falência ocorrer independentemente de sua vontade. Agora, se o contratado concorrer, deliberadamente, para qualquer uma das situações, a responsabilidade será dele.

• Por descumprimento da Administração — Nos incisos XIII a XVI são arroladas as hipóteses de rescisão em virtude de descumpri-mento por parte da Administração. São elas, em síntese: suspen-são pela Administração da prestação do objeto, implicando aumen-to do contrato além dos limites legais previstos no § 1º do art. 65 da Lei n. 8.666/93; a suspensão da execução do contrato pela Ad-ministração por prazo superior a 120 dias; salvo os casos de cala-midade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda quando a medida for tomada em virtude de descumprimento por parte do contratado.

O inciso XV registra hipótese de descumprimento contratual por parte

da Administração o atraso no pagamento ao contratado por prazo superior a 90 (noventa) dias, contados da data do adimplemento por parte do contra-tado, salvo caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem inter-na e guerra.

Ocorrendo o atraso sem os motivos alinhados, a lei faculta ao contrata-

do suspender a execução do contrato, até o restabelecimento do pagamen-to, ou rescindir o contrato, sujeitando-se, a Administração, em qualquer dos casos, aos ônus previstos no contrato por seu descumprimento.

O atraso, pela Administração, na entrega da área destinada à constru-

ção da obra, objeto do contrato, é um dos motivos de descumprimento contratual pelo contratante. Esta modalidade de descumprimento é dada como exemplo de fato da Administração. O fato da Administração é definido como sendo o comportamento da Administração que tenha implicação direta em contrato por ela firmado com terceiro (inciso XVI).

• Inexecução motivada pelo interesse público — O inciso XII prevê hipótese indeterminada, consistente em razão de interesse público de alta relevância e amplo conhecimento, devidamente justificadas e determinadas pela autoridade máxima da entidade contratante, mediante ato lançado no processo administrativo a que se refere o contrato (processo de licitação, dispensa ou de inexigibilidade de licitação).

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• Inexecução por motivos alheios às partes — Por fim, o inciso XVII prevê o caso fortuito e a força maior como causas de rescisão con-tratual. Essas duas hipóteses vêm do Direito Privado e desobrigam os contratados de cumprirem o contrato, bem como das sanções pelo descumprimento.

Caso fortuito decorre de fato da natureza. Exemplo: terremoto, inunda-ção, raio (descarga elétrica), vendaval, maremoto, vulcão, etc. A ocorrência de um desses fenômenos naturais, com implicação no contrato, desobriga as panes de o executar e as liberam das multas e outras sanções previstas.

A força maior decorre do fato do homem. Consiste em comportamento humano contra a vontade e controle dos contratados que afetam a execu-ção contratual. Exemplo: a Administração firma com a Fiat Automóveis contrato de compra de 100 veículos de sua fabricação. O prazo de entrega é de noventa dias, pelo fato de os veículos virem com equipamentos e cores fora dos padrões da montadora. Logo depois da celebração do con-trato, todos os empregados da fornecedora entram em greve prolongada, paralisando totalmente a fábrica. Nesse caso, a entrega dos veículos não se fará no prazo estipulado, por motivo da greve, alheia à vontade e contro-le da contratada.

Nessa situação, ao contratado é facultado propor a entrega do objeto tão logo restabeleça a situação impeditiva, ou comunicar que não entregará o objeto. Tanto num quanto noutro caso, a comunicação terá de ser feita no prazo previsto para o comprimento da obrigação, acompanhado de prova robusta do fato alegado como motivo impeditivo.

• Fato do príncipe — Há, ainda, outro caso de descumprimento con-tratual por parte do contratado, denominado fato do príncipe. Ca-racteriza o fato do príncipe determinado comportamento de autori-dade pública competente que, embora adotado em caráter geral e no interesse público, atinja, reflexamente, o contrato administrativo, tornando inviável a sua execução num determinado período, ou de-finitivamente. Exemplo: determinada entidade pública adquire de uma empresa, sediada no Brasil ou no exterior, 200 microcompu-tadores fabricados nos Estados Unidos. O prazo para entrega é de noventa dias, tempo necessário para a efetivação dos procedimen-tos necessários à importação dos objetos. Acontece que, no curso do prazo de entrega, o Presidente da República expede decreto proibindo a importação de computadores pelo prazo de um ano.

Neste exemplo, a contratada está impedida, por força de um ato admi-

nistrativo, de repercussão, de cumprir o contrato, entregar à adquirente os computadores importados.

• Exceção de contrato não cumprido — O princípio da exceção de contrato não cumprido, trazido do Direito romano — exceptio non adimplenti contractus — comumente invocado nos contratos de Di-reito Privado, consiste na faculdade conferida a uma das partes de não cumprir o contrato se a outra deixar de cumprir a sua obriga-ção contratual.

Esse princípio, largamente observado no Direito Privado não teve aco-

lhida pelo Direito Administrativo com o mesmo vigor. Chegou-se até a afirmar que a exceção de contrato não cumprido não se aplica aos contra-tos administrativos. A justificativa fundamental para esse entendimento é a continuidade dos serviços públicos. Admitia-se, entretanto, esse princípio, em casos excepcionais, como, por exemplo, a força maior e o caso fortuito. Modernamente, essa rigidez perdeu o seu absolutismo, cedendo lugar ao contratado para em certos casos invocar o princípio. Principalmente quando o descumprimento da Administração consiste em atraso ou suspensão de pagamento. O particular contratado não tem o dever de financiar a Adminis-tração Pública. O seu compromisso em face do contrato é o de construir a obra, prestar o serviço ou fornecer a mercadoria, mediante o pagamento do preço. O atraso do pagamento pode inviabilizar a continuação da prestação do objeto.

Por tais motivos a Lei n. 8.666/93 prevê, como salientado, várias hipó-

teses de inexecução do contrato por parte do contratado em virtude de descumprimento pela Administração. Dentre elas, a suspensão da execu-ção do contrato por prazo superior a 120 dias e o atraso do pagamento superior a sessenta dias depois do adimplemento da obrigação pelo contra-tado, salvos os casos previstos na lei.

Tem-se entendido que, quando se tratar de serviços essenciais, mes-mo havendo atraso no pagamento, o contratado não pode simplesmente interromper a sua prestação. Para exercer o seu direito, deverá postular em juízo a rescisão do contrato. Enquanto se discute a questão, a Administra-ção promoverá medidas visando impedir a interrupção do serviço, dada a sua importância.

12 FORMAS DE RESCISÃO DOS CONTRATOS Os contratos administrativos podem ser rescindidos unilateralmente pe-

la Administração, em virtude de comum acordo entre as partes ou por decisão judicial.

Unilateralmente, pela Administração — A rescisão pela Administração ocorre nos casos de descumprimento de cláusulas contratuais por parte do contratado nas hipóteses previstas nos incisos I a XII do art. 78, anterior-mente referidos.

A rescisão contratual, em virtude de inobservância de cláusulas pelo contratado, implica as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas na Lei n. 8.666/93: assunção imediata do contrato pela Adminis-tração na fase e condições em que se encontrar, por ato administrativo; ocupação pela Administração do local; utilização do material, equipamento e pessoal vinculados à obra ou à prestação de serviços indispensáveis à continuidade da execução ou prestação do objeto; execução da garantia prestada pelo contratado (a execução da garantia significa a utilização dela pela Administração, para se ressarcir dos prejuízos e receber a multa, quando for o caso); retenção de créditos do contratado relativos ao contrato até o limite dos prejuízos sofridos pela Administração, se a garantia for insuficiente. No caso de a garantia ser suficiente para a recomposição do prejuízo e resultar saldo a favor do contratado, a diferença ser-lhe-á devol-vida. Caso a garantia e os créditos retidos sejam insuficientes para cobrir a multa e os prejuízos, a Administração recorrerá à via judiciária, postulando a reparação.

Quando a rescisão se der por descumprimento da Administração ou em virtude de caso fortuito ou força maior, nas hipóteses previstas nos incisos XII a XVII do art. 78, o contratado será indenizado por todos os prejuízos sofridos e, ainda, receberá, obviamente, os valores relativos à execução do contrato até a data de sua rescisão; o valor relativo ao dispêndio com demolição, quando for o caso. O contratado terá direito também à devolu-ção da garantia oferecida por ocasião da celebração do contrato.

Por acordo entre as partes — Esta hipótese de rescisão contratual não pressupõe descumprimento por nenhuma das partes. O motivo será o interesse manifestado por ambas, desde que a Administração demonstre, em ato formal, a conveniência e o interesse público. O instrumento que materializa o acordo deve ser acostado aos autos do processo de licitação que deu origem ao contrato desfeito.

Nas rescisões amigáveis, as suas consequências serão as decorrentes do próprio acordo. As partes é que estipularão quanto aos direitos e deve-res de cada uma delas, em face da rescisão.

Judicial — A rescisão judicial ocorrerá nos demais casos e resultará em consequências impostas pela sentença com base no contrato e no livre convencimento do juiz.

13 TIPOS DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Os principais contratos administrativos são: contratos de obras públi-

cas; contrato de concessão de serviços públicos; contrato de permissão de serviço público; contrato de concessão de uso de bens públicos, contrato de prestação de serviços; e contratos de fornecimento.

A estes contratos aplicam-se as regras básicas dos contratos adminis-trativos estudados até aqui. As modalidades existem em função de peculia-ridades em razão do objeto, conforme se verá, resumidamente, mas o suficiente para oferecer ao estudante a exata noção de cada um deles. Não serão examinados, aqui, os contratos de concessão e de permissão de serviços públicos, posto que já foram detalhadamente considerados no Capítulo que cuida dos serviços públicos.

13.1 Contratos de obras públicas Entende-se por contrato de obra pública o ajuste bilateral, oneroso,

precedido, em regra, de concorrência, firmado pela Administração pública

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com empresa ou consórcio de empresas de construção civil, tendo por objeto a construção de obra pública (estradas, pontes, barragens hidrelétri-cas, aeroportos, entre outras).

Quanto ao regime de execução, o contrato de obras públicas pode ser

de empreitada, administração contratada e tarefa: — Empreitada — O contrato de empreitada pode ser por preço global,

empreitada por preço unitário e empreitada integral. — Empreitada por preço global: é o regime de contrato de obra públi-

ca, segundo o qual a Administração contrata com a empresa priva-da vencedora na licitação própria a construção de determinada obra pública pelo preço total do seu custo, envolvendo o pessoal necessário e todo o material a ser utilizado.

A contratada, na fase licitatória, deve cotar o preço global acompanha-

do de planilha de custo, para efeito de avaliações e julgamento. Apesar de o preço, neste caso, ser estabelecido para a totalidade da obra, não há impedimento de que o pagamento se efetue em parcelas de conformidade com o andamento da obra.

É preciso que o edital e o contrato prevejam, de modo claro e expres-

so, as fases e as condições para a efetivação dos pagamentos. Normal-mente, os projetos da obra prevêem cronogramas físicos e financeiros para os efeitos de desembolso pelo contratante. Cada etapa do cronograma corresponde uma parcela de dinheiro a ser paga à empreiteira.

Completada a etapa do cronograma, a Administração fará a inspeção,

imediatamente e se estiver tudo de conformidade com o contrato e as demais regras pertinentes, o pagamento referente a essa parte será efetu-ado. Não é, por conseguinte, a forma de pagamento que caracteriza a empreitada por preço global, mas o preço certo e fixo para a totalidade da obra.

A propósito, pontua Hely Lopes Meirelles: "O que tipifica a empreitada por preço global é a fixação antecipada do

custo da obra para a sua totalidade, diversamente do que ocorre na emprei-tada por preço unitário, em que o custo resulta do que for realizado e medi-do, para pagamento na base da unidade contratada. Nesta modalidade de empreitada o julgamento das propostas se faz pela comparação dos preços finais de cada uma, independentemente dos preços unitários que os com-põem.

O preço, efetivamente, será tomado pela totalidade na fase de julga-

mento pela comissão, mas entendemos ser conveniente examinar as planilhas de custo para se avaliar os critérios e os elementos utilizados para chegar ao valor global. Isto porque a Administração deve, por força da Lei n. 8.666/93, elaborar, previamente, a sua planilha de custo. Um dos objeti-vos dessa planilha é servir de referência no momento do julgamento.

— Empreitada por preço unitário: por preço unitário é a empreitada cuja contratação se faz com base em preço por unidade de execu-ção. Nesta modalidade, tem-se também em mira o objeto total, mas o preço é combinado por etapas ou unidades. Por exemplo: construção de várias casas populares. Quer-se construir determi-nado número de casas mas a contratação será por preço de cada unidade. De modo que o preço total será a soma do custo de cada unidade.

— Empreitada integral: é esta modalidade de empreitada é novidade prevista na Lei n. 8.666/93. O art. 6º, VIII, e, desta Lei define a em-preitada integral como aquela em que se contrata "um empreendi-mento em sua integridade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias sob inteira responsabili-dade da contratada até a sua entrega ao contratante, em condi-ções de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para a sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para as quais foi contratada".

Em que consiste efetivamente essa modalidade de empreitada? Os au-

tores ainda divergem, em parte, quanto ao exato conteúdo do texto legal. Marçal Justen Filho entende que a empreitada integral é espécie de emprei-tada por preço global. Para ele, a empreitada por preço global pode ser contratada por etapas da obra; a integral, não. Esta compreenderá a inte-

gralidade da obra a ser entregue em condições de funcionamento. Maria Sylvia Zanella Di Pietro parece adotar o mesmo entendimento de Marçal Justen Filho.

Raul Armando Mendes, segundo Carlos Pinto Coelho Motta, sustenta

posição diferente da de Marçal Justen Filho, afirmando: "Há casos em que a contratação pode incluir até os equipamentos ne-

cessários ao funcionamento da obra contratada, como, por exemplo, a contratação de um hospital, em que o executor se compromete a entregar o nosocômio pronto para entrar em funcionamento. E o contrato chamado ‘turn-key’ dos ingleses, que não tem correspondente nacional, assemelhan-do-se à linguagem rural ‘porteira-fechada’, onde a propriedade é adquirida com todos os seus pertences, em plena atividade. O ‘turn-key’ é de pouco uso entre nós."

Carlos Pinto Coelho Motta faz referência e transcreve os dois autores

aqui citados, mas assume posição semelhante à de Raul Armando Mendes ao afirmar: "Nesta hipótese, delegam-se ao contratado todas as obrigações relativas ao objeto da avença, a ser entregue em condições de iniciar sua operação."

Entendemos também que a empreitada integral é aquela em que a

Administração contrata, com o licitante vencedor, a construção da obra, compreendendo mão-de-obra e materiais e, ainda, todos os equipamentos e instalações necessárias ao funcionamento do empreendimento. Por exemplo: a construção de uma escola a ser entregue pronta, mobiliada e equipada com computadores, telefones, sistema de vídeo, televisões, retroprojetores, quadros "negros", biblioteca básica e outros itens necessá-rios ao pleno funcionamento da escola. De modo que, sendo o prédio entregue pela empreiteira ao contratante, digamos às 18 horas, às 19 horas a escola já poderá receber os respectivos alunos e professores para o início das aulas.

Na prática, achamos difícil a adoção, entre nós, dessa modalidade de

empreitada por dois motivos, pelo menos: a) as empreiteiras são especialis-tas em materiais de construção e em mão-de-obra, tendo, por conseguinte, facilidade de contratá-los. Entretanto, não têm o mesmo domínio do conhe-cimento sobre certos equipamentos, como, por exemplo, os sofisticados aparelhos e equipamentos utilizados nos bons hospitais. Esse desconheci-mento poderá levar a Administração a adquirir, por esta via triangular, equipamentos e objetos indesejáveis, por impróprios, inadequados ou obsoletos; b) o outro motivo consiste no fato de que a Administração passa por difícil fase financeira e, por este motivo, costuma não ter dinheiro dispo-nível para a construção do prédio e para a aquisição dos equipamentos necessários ao seu pleno funcionamento. Daí a necessidade e a conveni-ência de se contratar por etapas.

Há, por fim, uma outra modalidade de empreitada pouco utilizada mo-

dernamente, chamada pelos autores de empreitada de lavor. E a modalida-de segundo a qual a Administração contrata apenas o serviço, isto é, a mão-de-obra necessária à construção do objeto. O material, nesse caso, é fornecido pela contratante. Ressalte-se que a empreiteira, aqui, não se confunde com a prestadora de mão-de-obra regulamentada e disciplinada em lei própria.

13.2 Contrato de tarefa É modalidade de contrato destinado à realização de pequenos serviços

ou obras, com ou sem material, mediante pagamento de preço certo, de-pois da conclusão do objeto contratado. Adota-se essa modalidade nos casos de valor baixo, em que a licitação é dispensável e o contrato formal também. A ordem de serviço ou de execução é, normalmente, o instrumen-to jurídico hábil para obrigar as partes, nos casos de tarefa.

13.3 Contrato de concessão de uso de bens públicos Os bens públicos, já vistos, são de uso comum, de uso especial e do-

miniais ou patrimoniais. Estes, por não terem destinação certa e por terem a natureza de bens excedentes ou bens acumulados, no sentido econômi-co, podem ser usados por outra entidade pública que não a detentora do domínio, ou por particulares, pessoas físicas ou jurídicas.

A concessão de uso ou a cessão de uso de bens públicos opera-se por

interesse público e pode ser onerosa ou gratuita. O ajuste jurídico que

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materializa a concessão de uso é o denominado contrato de cessão de uso de bens públicos. E regula-se pelas normas de Direito Público, com cláusu-la que faculta à Administração, a qualquer momento, rescindi-lo por conve-niência ou oportunidade.

Essa modalidade de contrato, quando gratuito, substitui o contrato de

comodato, próprio do Direito Privado. Quando oneroso, substitui o contrato de arrendamento utilizado nas relações privadas ou particulares.

13.4 Contrato de prestação de serviço A Administração Pública, a despeito de ter quadro próprio de pessoal,

não dispõe de agentes para realizar todos os serviços de seu interesse. Seja em razão da natureza do serviço, seja em virtude da especificidade do serviço, seja pela sua descontinuidade, seja pelo alto grau de tecnologia, a Administração opta pela contratação de particulares para a realização desse serviço, mediante licitação.

São exemplos de serviços contratados pela Administração Pública, nos três níveis de governo: conservação, limpeza e higiene, manutenção de máquinas e equipamentos, serviços de lavanderia em hospitais e presídios etc. São, como visto, serviços próprios do Direito Privado. Entretanto, quando contratados pelo Poder Público, o respectivo contrato é considera-do administrativo, por conter cláusulas próprias do Direito Público, ainda que poucas. Dentre elas, destacam-se: prazo determinado, identificação da fonte de recursos financeiros para suportarem o ônus da avença, necessi-dade de publicação e de registro pelo Tribunal de Contas.

13.5 Contrato de fornecimento A Administração Pública no País é a pessoa que mais consome. Con-

corre com as maiores consumidoras nacionais e se coloca em primeiro lugar entre as que mais compram.

De acordo com a conveniência, a necessidade, a natureza do bem e o interesse público, as compras pelo Estado podem ser para entrega imediata de uma só vez ou compra de certa quantidade para entrega parcelada ou mediante fornecimento permanente, diário, semanal ou mensal, sem a prefixação da quantidade a ser fornecida.

Nos casos de compra para entrega única, o contrato formal é dispen-sável. Tratando-se de quantidade determinada, mas para entrega parcela-da, ou nos casos de fornecimento em que se estabelece apenas o preço, os locais, a periodicidade e a quantidade de entrega, é indispensável a formalização do contrato, para disciplinar os direitos e deveres de cada parte, condições de entrega e de pagamento e a estipulação de sanções pelo inadimplemento das obrigações.

O prazo de vigência desse tipo de contrato deve ser por um ano, po-dendo ser prorrogado por igual prazo até completar sessenta meses. Findo este prazo, impõe-se nova licitação.

O contrato é próprio do Direito Privado, sujeitando-se a regras do Direi-to Público, semelhante ao que acontece com o contrato de prestação de serviços, visto no item anterior.

13.6 Contrato de gestão Contrato de gestão é modalidade adotada entre nós no início da déca-

da de 90, mesmo assim, sem previsão no direito positivado. Parece que a França foi o primeiro País, ou um dos primeiros, a adotar esta modalidade de contrato, por volta de 1967, com o nome de contrato de programa. A ideia de adoção do ajuste veio da necessidade de se dar mais dinamismo e eficiência às empresas estatais. Pelo instrumento se pode estabelecer metas e resultados a serem alcançados pela empresas estatais.

O contrato de gestão deve ser firmado entre uma entidade política, ou por um de seus órgãos, e entidades da administração descentralizada, com o objetivo de a contratada atingir determinadas metas e resultados com eficiência e, em recompensa, receber certos benefícios da entidade contra-tante.

No Brasil, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, os primeiros contra-tos de gestão foram firmados com a Companhia Vale do Rio Doce e com a Petróleo Brasileiro S/A — Petrobrás e com o Serviço Social Autônomo Associação das Pioneiras Sociais, com amparo no Decreto n. 137, de 27/5/91.

A inexistência de lei dispondo sobre a matéria levou o Tribunal de Con-tas da União a questionar a validade dos referidos Contratos. Atualmente, a modalidade de contrato em exame está prevista na Lei Federal n. 9.637, de 15/5/98 e na Constituição da República, depois da Emenda n. 19/98. Esta Emenda introduziu no art. 37 da Lei Maior, o § 8º, dispondo que a autono-mia gerencial, orçamentária e financeira dos órgão da Administração direta e entidades da Administração indireta pode ser ampliada através de contra-tos firmados por seus dirigentes e por representantes da Administração direta, tendo por objeto a fixação de metas de desempenho do órgão ou entidade signatária do contrato.

O mesmo artigo prescreve que lei disporá sobre o prazo de duração do contrato; os controles e critérios de desempenho; direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes; e a remuneração do pessoal.

A Lei n. 9.637/98 dispõe no art. 5º que, para os seus efeitos, contrato de gestão é modalidade de instrumento formado pelo Poder Público, com entidades particulares qualificadas como Organizações Sociais, tendo por escopo a prestação de serviços na área do ensino, da pesquisa científica, do desenvolvimento tecnológico, da proteção e preservação do meio ambi-ente, da cultura e da saúde.

Por último, a Lei n. 9.649, de 27/5/98, que trata das Agências Executi-vas, prevê a celebração de contrato de gestão por estas Agências Executi-vas com o Ministério supervisor, visando ao estabelecimento de seus objetivos e metas.

O art. 52, § 1º, da aludida Lei, prescreve: "Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento".

Gostaríamos de fazer, adiante, comentário crítico ao tema. Entretanto, não temos espaço, neste livro, que já é volumoso. Mas mesmo assim, devemos registrar, que a nossa inteligência não conseguiu entender como uma entidade pública poderá firmar contrato com um de seus órgãos, de conformidade com o disposto no § 80 do art. 37 da Constituição, com o objetivo de ampliar suas competências, estabelecer metas e prever respon-sabilização do dirigente do órgão signatário do ajuste.

Primeiro porque aprendemos, e sempre ensinamos, que contrato, ou qualquer outro ajuste jurídico, só terá validade se firmado por pessoas capazes. Logo, só pode celebrar contrato, pessoa com personalidade jurídica. A União, o Estado, o Distrito Federal e o Município são pessoas jurídicas, ninguém duvida disto. Mas os seus órgãos, não. Estes, como visto no Capítulo próprio, são centros de competências. Não podem, por isso, firmar contrato, muito menos com a pessoa de que são integrantes.

Segundo porque as competências dos órgãos públicos são fixadas por

lei, ou por decreto, quando por ela autorizado. As metas a serem alcança-das por determinado órgão devem ser definidas pelo governo respectivo. E o princípio da hierarquia enseja à autoridade superior o dever de exigir, da inferior, o cumprimento das atribuições a seu cargo e o atingimento das metas pré— estipuladas pela autoridade competente, Chefe do Executivo, em regra.

LICITAÇÃO (LEI Nº 8.666/93) - FINALIDADE, PRINCÍPIOS E OBJETO DA LICITAÇÃO.

Conceitos e Princípios Licitação é o procedimento administrativo formal em que a Administra-

ção Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços.

A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame ao maior número possível de concorrentes.

A Lei nº 8.666 de 1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitações e contra-

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tos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

De acordo com essa Lei, a celebração de contratos com terceiros na Administração Pública deve ser necessariamente precedida de licitação, ressalvadas as hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação. Os seguintes princípios básicos que norteiam os procedimentos licitatórios devem ser observados, dentre outros:

# Princípio da Legalidade Nos procedimentos de licitação, esse princípio vincula os licitantes e a

Administração Pública às regras estabelecidas, nas normas e princípios em vigor.

# Princípio da Isonomia Significa dar tratamento igual a todos os interessados. É condição es-

sencial para garantir em todas as fases da licitação. # Princípio da Impessoalidade Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões

critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionarieda-de e o subjetivismo na condução dos procedimentos da licitação.

# Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa A conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem que ser, além de

lícita, compatível com a moral, ética, os bons costumes e as regras da boa administração.

# Princípio da Publicidade Qualquer interessado deve ter acesso às licitações públicas e seu con-

trole, mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em todas as fases da licitação.

# Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e condi-

ções estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no ato convocatório.

# Princípio do Julgamento Objetivo Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios ob-

jetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração.

NOÇÕES GERAIS O Que é Licitar A execução de obras, a prestação de serviços e o fornecimento de

bens para atendimento de necessidades públicas, as alienações e locações devem ser contratadas mediante licitações públicas, exceto nos casos previstos na Lei nº 8.666, de 1993, e alterações posteriores.

Por que Licitar A Constituição Federal, art. 37, inciso XXI, prevê para a Administração

Pública a obrigatoriedade de licitar.

O procedimento de licitação objetiva permitir que a Administração con-trate aqueles que reúnam as condições necessárias para o atendimento do interesse público, levando em consideração aspectos relacionados à capa-cidade técnica e econômico-financeira do licitante, à qualidade do produto e ao valor do objeto.

Quem deve Licitar Estão sujeitos à regra de licitar, prevista na Lei nº 8.666, de 1993, além

dos órgãos integrantes da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades da economia mista e demais entidades controladas direta e indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Como Licitar Uma vez definido o objeto que se quer contratar, é necessário estimar

o valor total da obra, do serviço ou do bem a ser licitado, mediante realiza-

ção de pesquisa de mercado. É necessário, ainda, verificar se há previsão de recursos orçamentários para o pagamento da despesa e se esta se encontrará em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Após apuração da estimativa, deve ser adotada a modalidade de licita-ção adequada, com prioridade especial para o pregão, quando o objeto pretendido referir-se a bens e serviços comuns listados no Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2002, que regulamenta esta modalidade.

Responsáveis pela licitação Consideram-se responsáveis pela licitação, os agentes públicos desig-

nados pela autoridade de competência, mediante ato administrativo próprio (portaria, por exemplo), para integrar comissão de licitação, ser pregoeiro ou para realizar licitação na modalidade convite.

A comissão de licitação é criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos ao cadastramento de licitantes e às licitações nas modalidades de concor-rência, tomadas de preços e convite.

Pode ser permanente e especial.

Será permanente quando a designação abranger a realização de licita-ções por período determinado de no máximo doze meses.

Será especial quando for o caso de licitações específicas.

É constituída por, no mínimo, três membros, sendo pelo menos dois deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.

A investidura dos membros das comissões permanentes não pode ex-ceder a um ano. Quando da renovação da comissão para o período subse-quente, é possível a recondução parcial desses membros. A lei não admite apenas a recondução da totalidade.

Os membros da comissão de licitação respondem solidariamente pelos atos praticados, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

Nas pequenas unidades administrativas a na falta de pessoal disponí-vel, em caráter excepcional e só em convite, a comissão pode ser substituí-da por servidor designado para esse fim.

No caso de pregão, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio são de-signados dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação para, dentre outras atribuições, receberem a proposta escrita e os lances verbais, analisar a aceitabilidade da proposta e efetuar sua classificação, habilitar o licitante e adjudicar o objeto vencedor.

Modalidades de Licitação Modalidade de licitação é a forma específica de conduzir o procedimen-

to licitatório, a partir de critérios definidos em lei. O valor estimado para contratação é o principal fator para escolha da modalidade de licitação, exceto quando se trata de pregão, que não está limitado a valores.

Além do leilão e do concurso, as demais modalidades de licitação ad-mitidas são exclusivamente as seguintes:

CONCORRÊNCIA Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na

fase de habilitação preliminar comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do objeto da licitação.

TOMADA DE PREÇOS Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou

que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

CONVITE Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto

da licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela Administração.

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O convite é a modalidade de licitação mais simples. A Administração escolhe quem quer convidar, entre os possíveis interessados, cadastrados ou não. A divulgação deve ser feita mediante afixação de cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgação.

No convite é possível a participação de interessados que não tenham sido formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF. Esses interessados devem solicitar o convite com antecedência de até 24 horas da apresenta-ção das propostas.

No convite para que a contratação seja possível, são necessárias pelo menos três propostas válidas, isto é, que atendam a todas as exigências do ato convocatório. Não é suficiente a obtenção de três propostas. É preciso que as três sejam válidas. Caso isso não ocorra, a Administração deve repetir o convite e convidar mais um interessado, enquanto existirem cadas-trados não convidados nas últimas licitações, ressalvadas as hipóteses de limitação de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, circuns-tâncias estas que devem ser justificadas no processo de licitação.

Para alcançar o maior número possível de interessados no objeto lici-tado e evitar a repetição do procedimento, muitos órgãos ou entidades vêm utilizando a publicação do convite na imprensa oficial e em jornal de grande circulação, além da distribuição direta aos fornecedores do ramo.

A publicação na imprensa e em jornal de grande circulação confere ao convite divulgação idêntica à da concorrência e à tomada de preços e afasta a discricionariedade do agente público.

Quando for impossível a obtenção de três propostas válidas, por limita-ções do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas circuns-tâncias deverão ser devidamente motivada e justificados no processo, sob pena de repetição de convite.

Limitações de mercado ou manifesto desinteresse das empresas con-vidadas não se caracterizam e nem podem ser justificados quando são inseridas na licitação condições que só uma ou outra empresa pode aten-der.

PREGÃO É a modalidade licitação em que disputa pelo fornecimento de bens e

serviços comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e por lances verbais, independentemente do valor estimado da contratação.

Ao contrário do que ocorre em outras modalidades, no Pregão a esco-lha da proposta é feita antes da análise da documentação, razão maior de sua celeridade.

A modalidade pregão foi instituída pela Medida Provisória 2.026, de 4 de maio de 2000, convertida na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo Decreto 3.555, de 2000.

O pregão é modalidade alternativa ao convite, tomada de preços e concorrência para contratação de bens e serviços comuns. Não é obrigató-ria, mas deve ser prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado de contratação.

Escolha da modalidade de Licitação A escolha das modalidades concorrência, tomada de preços, e convite

é definida pelos seguintes limites:

Concorrência: Obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00. Compras e outros serviços acima de R$ 650.000,00.

Tomada de Preços Obras e serviços de engenharia acima de R$ 150.000,00 até R$

1.500.000,00.

Convite Obras e serviços de engenharia acima de R$ 15.000,00 até R$

150.000,00. Compras e outros serviços acima de R$ 8.000,00 até R$

80.000,00.

Quando couber convite, a Administração pode utilizar a tomada de pre-ços e, em qualquer caso, a concorrência. Quando se tratar de bens e serviços que não sejam de engenharia, a Administração pode optar pelo pregão.

Dispensa e Inexigibilidade A licitação é regra para a Administração Pública, quando contrata

obras, bens e serviços. No entanto, a lei apresenta exceções a essa regra. São os casos em que a licitação é legalmente dispensada, dispensável ou inexigível.

A possibilidade de compra ou contratação sem a realização de licitação se dará somente nos casos previstos em lei.

Tipos de licitação O tipo de licitação não deve ser confundido com modalidade de licita-

ção. Modalidade é procedimento. Tipo é o critério de julgamento utilizado pela Administração para sele-

ção da proposta mais vantajosa. Os tipos de licitação mais utilizados para o julgamento das propostas

são os seguintes:

Menor Preço Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Ad-

ministração é a de menor preço. É utilizado para compras e servi-ços de modo geral e para contratação e bens e serviços de infor-mática, nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.

Melhor Técnica Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Ad-

ministração é escolhida com base em fatores de ordem técnica. É usado exclusivamente para serviços de natureza predominante-mente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consulti-va em geral, e em particular, para elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

Técnica e Preço Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Ad-

ministração é escolhida com base na maior média ponderada, con-siderando-se as notas obtidas nas propostas de preço e de técni-ca. É obrigatório na contratação de bens e serviços de informática, nas modalidades tomada de preços e concorrência.

Fases da Licitação

Os atos da licitação devem desenvolver-se em sequência lógica, a par-tir da existência de determinada necessidade pública a ser atendida. O procedimento tem início com o planejamento e prossegue até a assinatura do respectivo contrato ou a emissão de documento correspondente, em duas fases distintas:

Fase interna ou preparatória Delimita e determina as condições do ato convocatório antes de trazê-

las ao conhecimento público.

Fase externa ou executória

Inicia-se com a publicação do edital ou com a entrega do convi-te e termina com a contratação do fornecimento do bem, da execu-ção da obra ou da prestação do serviço.

A Fase Interna Durante a fase interna da licitação, a Administração terá a oportunidade

de corrigir falhas porventura verificadas no procedimento, sem precisar anular atos praticados. Exemplo: inobservância de dispositivos legais, estabelecimento de condições restritivas, ausência de informações neces-sárias, entre outras faltas.

Procedimentos para a abertura de processo licitatório A fase interna do procedimento relativo às licitações públicas observará

a seguinte sequência de atos preparatórios:

solicitação expressa do setor requisitante interessado, com indica-ção de sua necessidade;

aprovação da autoridade competente para início do processo licita-tório, devidamente motivada e analisada sob a ótica da oportuni-dade, conveniência e relevância para o interesse público;

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estimativa do valor da contratação, mediante comprovada pesquisa de mercado;

indicação de recursos orçamentários para fazer face à despesa;

verificação da adequação orçamentária e financeira, em conformi-dade com a Lei de responsabilidade Fiscal, quando for o caso;

elaboração de projeto básico, obrigatório em caso de obras e ser-viços;

definição da modalidade e do tipo de licitação a serem adotados. Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, outras exi-

gências foram impostas ao gestor público para promover licitações públi-cas, em especial quando a despesa se referir à criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despe-sa.

Nesse caso, são condições necessárias para a efetivação do procedi-

mento licitatório a existência de:

estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor a despesa e nos dois subsequentes;

declaração do ordenador de despesa de que o aumento tem ade-quação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes or-çamentárias.

Para a Lei de Responsabilidade Fiscal, considera-se:

adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dota-ção específica e suficiente, ou que seja abrangida por crédito ge-nérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma es-pécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentá-rias, a despesa que se conforme com as diretrizes, os objetivos, prioridades e metas previstas nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

A LRF ressalvou dessas exigências apenas as despesas consideradas irrelevantes, definidas para a lei de diretrizes orçamentárias (LDO). Pelas LDO`s para 2003 (art.98, inciso II, da Lei nº 10.524, de 25 de julho de 2002) e para 2004 (art.110, inciso II, da Lei nº 10.707, 30 de julho de 2003), por exemplo, são despesas irrelevantes aquelas cujo valor não ultrapasse os limites dos incisos I e II do art.24 da Lei de Licitações, ou seja, respectiva-mente, de R$ 15.000,00, para obras e serviços de engenharia e R$ 8.000,00 para compras e outros serviços.

Obras e Serviços Para definir o objeto da licitação, o administrador deve estar atento às

peculiaridades do objeto e às diferentes exigências da Lei de Licitações na contratação de obras, serviços ou compras.

No caso de execução de obras e prestação de serviços, as licitações somente poderão ser realizadas quando:

houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e dis-ponível para exame dos interessados em participar do processo li-citatório;

existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a compo-sição de todos os seus custos unitários;

houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pa-gamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma de desembolso;

a obra ou o serviço estiverem incluídos nas metas estabelecidas no PPA, se for o caso.

Não poderão ser incluídos no objeto da licitação:

a obtenção de recursos financeiros para execução de obras e ser-viços, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de em-preendimentos executados e explorados sob o regime de conces-são, nos termos da legislação específica;

o fornecimento de bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente injustificável, ou quando o fornecimento des-ses materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto no ato convocatório.

A execução das obras e dos serviços deve ser programada sempre em sua totalidade, com previsão de seus custos atual e final, levando em conta o prazo total da execução, e será realizada sob a forma de:

execução direta – quando a Administração utiliza meios próprios;

execução indireta – quando a Administração contrata com terceiros a execução das obras e dos serviços.

Na execução indireta, a contratação é feita sob os seguintes regimes: * empreitada por preço global; * empreitada por preço unitário; * tarefa; * empreitada integral. A empreitada por preço global é utilizada quando se contrata a execu-

ção da obra ou do serviço por preço certo e total. Seu uso se verifica, geralmente, em contratações de objetos mais comuns, quando os quantita-tivos de materiais empregados são pouco sujeitos a alterações durante a execução da obra ou da prestação de serviços e podem ser aferidos mais facilmente.

A empreitada por preço unitário é usada quando se contrata a execu-

ção da obra ou serviço por preço certo de unidades determinadas. É em-pregada com mais frequência em projetos de maior complexidade, cujas quantidades de serviços e dos materiais relativos às parcelas de maior relevância e do valor significativo são definidas de forma exata no ato convocatório, nem tampouco no orçamento apresentado junto à proposta.

A tarefa é utilizada quando se contrata a mão-de-obra para pequenos

trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. A empreitada integral é usada quando se pretende contratar o objeto

em sua totalidade, ou seja, compreendendo todas as etapas da obra, serviços e instalações necessárias. Nesse regime, o contratado assume inteira responsabilidade pela execução do objeto até a sua entrega ao órgão ou entidade da Administração em condições de ser utilizado. Devem ser atendidos os requisitos técnicos e legais para o uso do objeto. Esse uso diz respeito à segurança estrutural e operacional e deve ter as característi-cas adequadas às finalidades para as quais o objeto que foi contratado.

A empreitada por preço global e a empreitada por preço unitário são os

regimes mais utilizados de contratação. Na empreitada por preço global, o pagamento deve ser efetuado após

a conclusão dos serviços ou etapas definidos em cronograma físico-financeiro, por exemplo: fundações, estrutura, concretagem da laje, cober-tura, revestimento, pintura e outras etapas.

Na empreitada por preço unitário, o pagamento deve ser realizado por

unidades feitas, pois seus quantitativos são pouco sujeitos a alterações. Exemplo: metragem executada das fundações, de paredes levantadas, de colocação de piso, de pintura, de colocação de gesso.

É recomendável que o estabelecimento das quantidades a serem lici-

tadas e contratadas seja o mais exato possível, a fim de evitar distorções na execução de obras ou na prestação de serviços, que possam culminar com acréscimos quantitativos além dos limites legais.

A licitação sob o regime de preço unitário é mais indicada quando o ob-

jeto incluir o fornecimento de materiais ou serviços com previsão de quanti-dades ou cujos quantitativos correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo, os quais devem retratar, com adequado nível de precisão, a realidade da execução da obra ou da prestação de serviços.

Independentemente da modalidade adotada, a Administração deverá

fornecer, obrigatoriamente, junto com o ato convocatório, todos os elemen-tos e informações necessárias para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

O projeto básico Toda licitação de obra ou serviço deve ser precedida da elaboração do

projeto básico.

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A lei estabelece que o projeto básico deve estar anexado ao ato con-vocatório, dele sendo parte integrante, e deve ser elaborado segundo as exigências contidas na Lei nº 8.666 de 1993.

Projeto básico é o conjunto de elementos necessários e suficientes,

com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou o serviço, ou complexo de obras ou serviços.

Deve ser elaborado com base nas indicações de estudos técnicos pre-

liminares. Tem como objeto assegurar a viabilidade técnica e o adequado trata-

mento do impacto ambiental do empreendimento. Possibilita a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do

prazo de execução. A legislação determina que o projeto básico, relativamente as obras,

deve conter os seguintes elementos:

desenvolvimento da solução escolhida;

soluções técnicas globais e localizadas;

identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra;

informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos;

subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra;

orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

Um projeto básico bem elaborado para contratação de serviços de ma-

nutenção preventiva e corretiva, por exemplo, deve fornecer, dentre outras informações essenciais:

detalhamento do objeto;

periodicidade de visitas; se diária, semanal, quinzenal, mensal, etc.

horário das visitas de manutenção;

prazo para atendimento às chamadas;

equipe mínima/composição da equipe técnica, com registro na en-tidade profissional competente;

existência de plantonistas quando for o caso;

relação do material de reposição que deverá estar coberto pelo fu-turo contrato;

material mínimo necessário para estoque no local dos serviços;

local de conserto dos equipamentos, quando não puder ser feito no próprio prédio;

exigência de oficina, quando for o caso. O projeto básico, além de ser peça imprescindível para execução de

obra ou prestação de serviço, é o documento que propicia à Administração conhecimento pleno do objeto que se quer licitar, de forma detalhada, clara e precisa. Deve permitir ao licitante as informações necessárias à boa elaboração de sua proposta, mediante regras estabelecidas pela Adminis-tração, a que estará sujeito.

Em qualquer licitação de obras e serviços, se o projeto básico for falho

ou incompleto, a licitação estará viciada e a contratação não atenderá aos objetivos da Administração.

As obras e serviços limitados aos valores máximos a seguir estão dis-

pensados de licitação e desobrigam o agente público da elaboração do projeto básico.

R$ 15.000,00, para obras e serviços de engenharia;

R$ 8.000,00, para quaisquer outros serviços. Os valores referidos serão acrescidos de 20% (vinte por cento) para

compras, obras e serviços contratados por sociedades de economia mista e empresas públicas, além de autarquias e fundações qualificadas na forma de agências executivas.

O projeto executivo

Nas licitações para contratação de obras também é exigido projeto executivo.

No ato convocatório deve ser informado se há projeto executivo dispo-nível, na data da sua publicação, e o local onde possa ser examinado e adquirido.

Projeto executivo é o conjunto de elementos necessários e suficientes à realização do empreendimento a ser executado, com nível máximo de detalhamento possível de todas as suas etapas.

Para realização do procedimento licitatório não há obrigatoriedade da existência prévia de projeto executivo, uma vez que este poderá ser desen-volvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que autorizado pela Administração. No caso, a licitação deverá prever a elaboração do competente projeto executivo por parte da contratada ou por preço previamente fixado pela Administração.

Quem não pode participar da licitação? Não podem participar, direta ou indiretamente, da licitação, da execu-

ção da obra, da prestação dos serviços e do fornecimento de bens neces-sários à obra ou serviços:

o autor de projeto básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;

a empresa, isoladamente ou em consórcio, de responsável pela elaboração de projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto, ou controlador, res-ponsável técnico ou subcontratado;

o servidor dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsá-veis pela licitação.

Considera-se participação indireta a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimento e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários. Esse entendimento é extensivo aos membros da comissão de licitação.

É permitido ao autor do projeto a participação na licitação de obra ou serviços, ou na execução, apenas na qualidade de consultor ou técnico, desde que nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, e exclusivamente a serviço da Administração.

Fonte: http://www.sg6.ufrj.br/licitacao_conceitos_principios.doc

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui

normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I Dos Princípios

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e de-mais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, aliena-

ções, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quan-do contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licita-ção, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denomina-ção utilizada.

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a

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Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são corre-latos.

§ 1o É vedado aos agentes públicos: I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusu-

las ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o es-pecífico objeto do contrato;

II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasi-leiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modali-dade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financia-mentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no pará-grafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.

§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será as-

segurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital na-

cional; II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesqui-

sa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao pú-

blico os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propos-tas, até a respectiva abertura.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos

ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.

Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Adminis-tração Pública.

Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o dis-posto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente, devida-mente publicada.

§ 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigi-dos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.

§ 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamen-tárias que atenderam aos créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Seção II Das Definições

Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se: I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou

ampliação, realizada por execução direta ou indireta; II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade

de interesse para a Administração, tais como: demolição, conser-

to, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicida-de, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;

III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente;

IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens a terceiros; V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor

estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabe-lecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;

VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos;

VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Ad-ministração, pelos próprios meios;

VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com ter-ceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos

por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento

em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsa-bilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em con-dições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutu-ral e operacional e com as características adequadas às finalida-des para que foi contratada;

IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficien-tes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preli-minares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tra-tamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possi-bilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente deta-lhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especifica-ções que assegurem os melhores resultados para o empreendi-mento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execu-ção;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimen-tos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avalia-dos;

X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e sufi-cientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da Uni-ão, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangen-do inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;

XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;

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XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;

XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública;

XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Ad-ministração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadas-tramento de licitantes.

Seção III Das Obras e Serviços

Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência:

I - projeto básico; II - projeto executivo; III - execução das obras e serviços. § 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da

conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e

disponível para exame dos interessados em participar do pro-cesso licitatório;

II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a com-posição de todos os seus custos unitários;

III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;

IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabe-lecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constitui-ção Federal, quando for o caso.

§ 3o É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos fi-nanceiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica.

§ 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimen-to de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitati-vos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.

§ 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e servi-ços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclu-sivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quan-do o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.

§ 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

§ 7o Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de pagamento, desde a data final de cada período de aferição até a do respectivo pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios estabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório.

§ 8o Qualquer cidadão poderá requerer à Administração Pública os quantitativos das obras e preços unitários de determinada obra executada.

§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos ca-sos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sem-pre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução.

Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessá-rios:

I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica; II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela ela-

boração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou res-ponsável pela licitação.

§ 1o É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervi-são ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interes-sada.

§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.

§ 3o Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste ar-tigo, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, eco-nômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.

§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da co-missão de licitação.

Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - execução direta; II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei

nº 8.883, de 1994) a) empreitada por preço global; b) empreitada por preço unitário; c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) d) tarefa; e) empreitada integral. Parágrafo único. (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos

padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas do empreendimento.

Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - segurança; II - funcionalidade e adequação ao interesse público; III - economia na execução, conservação e operação; IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia

e matérias-primas existentes no local para execução, conserva-ção e operação;

V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do traba-lho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

VII - impacto ambiental.

Seção IV Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados

Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profis-sionais especializados os trabalhos relativos a:

I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executi-vos;

II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou

tributárias; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. VIII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos

para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão,

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preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.

§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que cou-ber, o disposto no art. 111 desta Lei.

§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.

Seção V

Das Compras Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de

seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.

Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento) I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibili-

dade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;

II - ser processadas através de sistema de registro de preços; III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhan-

tes às do setor privado; IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para

aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicida-de;

V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e enti-dades da Administração Pública.

§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de merca-do.

§ 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para ori-entação da Administração, na imprensa oficial.

§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

I - seleção feita mediante concorrência; II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos pre-

ços registrados; III - validade do registro não superior a um ano. § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a

firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.

§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quan-do possível, deverá ser informatizado.

§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.

§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda: I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação

de marca; II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas

em função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;

III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.

§ 8o O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação

oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Seção VI Das Alienações

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de ava-liação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispen-sada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da

administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;

d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de

qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito

real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis resi-denciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âm-bito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da admi-nistração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)

g) procedimentos de regularização fundiária de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976; (Redação dada pela Me-dida Provisória nº 458, de 2009)

h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cin-quenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por ór-gãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde inci-dam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e qui-nhentos hectares, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dis-pensada esta nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse so-cial, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou enti-

dades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entida-

des da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deli-beração dos órgãos da Administração Pública em cuja competên-cia legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste arti-

go, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patri-mônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiá-rio.

§ 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso desti-nar-se: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

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II - a pessoa física que, nos termos da lei, regulamento ou ato norma-tivo do órgão competente, haja implementado os requisitos míni-mos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta so-bre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 1o, § 2o, inciso VI, da Lei no 4.771, de 22 de setembro de 1965, su-perior a um módulo fiscal e limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares; (Reda-ção dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

§ 2o-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autori-

zação legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)

I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por parti-cular seja comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime le-gal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei n] 11.196, de 2005)

III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras pú-blicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada noti-ficação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pú-blica ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a veda-ção, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de lici-tação para áreas superiores a esse limite; (Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)

III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da fi-gura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008) § 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada

pela Lei nº 9.648, de 1998) I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área rema-

nescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avalia-ção e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cen-to) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que conside-rados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não in-tegrem a categoria de bens reversíveis ao final da conces-são. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento consta-rão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite ofe-recer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habi-

litação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspon-dente a 5% (cinco por cento) da avaliação.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja

derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:

I - avaliação dos bens alienáveis; II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concor-

rência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Capítulo II Da Licitação

Seção I Das Modalidades, Limites e Dispensa

Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a reparti-ção interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justifi-cado.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.

Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tra-tar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Fe-deral; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vul-to da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interes-sados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.

§ 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o

regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inci-

so anterior; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica"

ou "técnica e preço"; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especifica-

dos na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; (Redação dada pe-la Lei nº 8.883, de 1994)

IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma for-ma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabele-cido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formu-lação das propostas.

Art. 22. São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite;

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IV - concurso; V - leilão. § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interes-

sados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apre-sentação das propostas.

§ 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessa-dos para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência míni-ma de 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produ-tos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamen-te justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a com-binação das referidas neste artigo.

§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somen-te poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:

I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); (Reda-ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economi-camente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aprovei-tamento dos recursos disponíveis no mercado e à amplicação da competi-tiivdade, sem perda da economia de escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parce-ladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preserva-da a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação. (Reda-ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, obser-vados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

§ 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de pre-ços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o soma-tório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concor-rência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empre-sas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manuten-ção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitivida-de, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

Art. 24. É dispensável a licitação: I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez

por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do arti-go anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realiza-das conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando

caracterizada urgência de atendimento de situação que pos-sa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pes-soas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contra-tos;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e es-ta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo pa-ra a Administração, mantidas, neste caso, todas as condi-ções preestabelecidas;

VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado naci-onal, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será ad-mitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor

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não superior ao constante do registro de preços, ou dos ser-viços; (Vide § 3º do art. 48)

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público inter-no, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vi-gência desta Lei, desde que o preço contratado seja compa-tível com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segu-rança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Pre-sidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacio-nal;

X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendi-mento das finalidades precípuas da administração, cujas ne-cessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou forne-cimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante ven-cedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros pere-cíveis, no tempo necessário para a realização dos processos lici-tatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvol-vimento institucional, ou de instituição dedicada à recupera-ção social do preso, desde que a contratada detenha in-questionável reputação ético-profissional e não tenha fins lu-crativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente van-tajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatí-veis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padro-nizados de uso da administração, e de edições técnicas ofi-ciais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou enti-dades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem naci-onal ou estrangeira, necessários à manutenção de equipa-mentos durante o período de garantia técnica, junto ao for-necedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garan-tia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abasteci-mento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades dife-rentes de suas sedes, por motivo de movimentação operaci-onal ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do incico II do art. 23 desta Lei: (Inclu-ído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização re-querida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por

órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o prati-cado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pes-quisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, pa-ra a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempla-das no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecno-lógica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)

XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Fede-ração ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos ter-mos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder pú-blico como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambi-entais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou pres-tados no País, que envolvam, cumulativamente, alta com-plexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade má-xima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessaria-mente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornece-dor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).

Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empre-sa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de compe-tição, em especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado for-necido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Fede-ração ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas

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de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, dire-tamente ou através de empresário exclusivo, desde que consa-grado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano cau-sado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágra-fo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de re-tardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justi-fique a dispensa, quando for o caso;

II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os

bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Seção II Da Habilitação

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:

I - habilitação jurídica; II - qualificação técnica; III - qualificação econômico-financeira; IV - regularidade fiscal. V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constitui-

ção Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999) Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o ca-

so, consistirá em: I - cédula de identidade; II - registro comercial, no caso de empresa individual; III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamen-

te registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;

IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acom-panhada de prova de diretoria em exercício;

V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou socieda-de estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competen-te, quando a atividade assim o exigir.

Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o ca-so, consistirá em:

I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);

II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou mu-nicipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, per-tinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto con-tratual;

III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situa-ção regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade perti-nente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do apa-relhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabiliza-rá pelos trabalhos;

III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

§ 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de pos-suir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reco-nhecido pela entidade competente, detentor de atestado de res-ponsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de caracte-rísticas semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, ve-dadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo,

mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento convo-catório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certi-dões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnoló-gica e operacional equivalente ou superior.

§ 4o Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de apti-dão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado.

§ 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

§ 6o As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, má-quinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados es-senciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas medi-ante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências de proprieda-de e de localização prévia.

§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 8o No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta

complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a meto-dologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a conti-nuidade da prestação de serviços públicos essenciais.

§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1o deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira

limitar-se-á a: I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercí-

cio social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que com-

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provem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;

II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distri-buidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;

III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "ca-put" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.

§ 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado objeti-vo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.

§ 3o O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.

§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumi-dos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patri-mônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

§ 5o A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licita-ção. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresen-

tados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.

§ 2o O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às informa-ções disponibilizadas em sistema informatizado de consulta direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3o A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.

§ 4o As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações internacionais, às exigências dos parágrafos anteriores mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor juramentado, de-vendo ter representação legal no Brasil com poderes expressos para rece-ber citação e responder administrativa ou judicialmente.

§ 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, quando solicitado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação fornecida.

§ 6o O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e no § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o produto de financiamento conce-dido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de contratação com empresa estrangeira, para a compra de equipamentos fabricados e entre-gues no exterior, desde que para este caso tenha havido prévia autorização

do Chefe do Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no exterior.

Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:

I - comprovação do compromisso público ou particular de constitui-ção de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital;

III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada con-sorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acrésci-mo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mes-ma licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente;

V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato.

§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II deste artigo.

§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebra-ção do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.

Seção III

Dos Registros Cadastrais Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração

Pública que realizem frequentemente licitações manterão registros cadas-trais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)

§ 1o O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da impren-sa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados.

§ 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.

Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 desta Lei.

Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documenta-ção relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.

§ 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.

§ 2o A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.

Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para classificação cadastral.

Seção IV

Do Procedimento e Julgamento Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de

processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do

art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite; III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro adminis-

trativo ou oficial, ou do responsável pelo convite; IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem; V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;

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VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dis-pensa ou inexigibilidade;

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologa-ção;

VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respecti-vas manifestações e decisões;

IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;

X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; XI - outros comprovantes de publicações; XII - demais documentos relativos à licitação. Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos

contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examina-das e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua reali-zação, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se mani-festar todos os interessados.

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subsequente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licita-ção antecedente. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoria-mente, o seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos

instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execu-ção do contrato e para entrega do objeto da licitação;

III - sanções para o caso de inadimplemento; IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do

edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adqui-rido;

VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas;

VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;

VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunica-ção à distância em que serão fornecidos elementos, informa-ções e esclarecimentos relativos à licitação e às condições pa-ra atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasi-leiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, con-forme o caso, permitida a fixação de preços máximos e veda-dos a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou fai-xas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o dispossto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da pro-posta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XII - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para exe-cução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previs-tos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;

XIV - condições de pagamento, prevendo: a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir

da data final do período de adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) cronograma de desembolso máximo por período, em confor-midade com a disponibilidade de recursos financeiros;

c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parce-la até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atra-sos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;

e) exigência de seguros, quando for o caso; XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. § 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as fo-

lhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.

§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, dese-

nhos, especificações e outros complementos; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços uni-

tários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o lici-

tante vencedor; IV - as especificações complementares e as normas de execução

pertinentes à licitação. § 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimple-

mento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de cobrança.

§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser dispensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - o disposto no inciso XI deste artigo; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período compreendido entre as datas do adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a quinze dias. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições

do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. § 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licita-

ção por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.

§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação pe-rante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciari-am esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recur-so. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.

§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de par-ticipar das fases subsequentes.

Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e aten-der às exigências dos órgãos competentes.

§ 1o Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moe-da estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.

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§ 2o O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anteri-or à data do efetivo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalen-tes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.

§ 4o Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas dos gravames consequentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à operação final de venda.

§ 5o Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilate-ral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licita-ção, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratifica-do pela autoridade imediatamente superior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6o As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à ha-bilitação dos concorrentes, e sua apreciação;

II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilita-dos, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;

III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julga-mento dos recursos interpostos;

IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constan-tes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devi-damente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a des-classificação das propostas desconformes ou incompatíveis;

V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os crité-rios de avaliação constantes do edital;

VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.

§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação para habili-tação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.

§ 2o Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitan-tes presentes e pela Comissão.

§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a comple-mentar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

§ 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.

Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em conside-ração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.

§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigi-loso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.

§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdi-do, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.

§ 3o Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se também às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira ou importações de qualquer nature-za.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comis-são de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de contro-le.

§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será ven-cedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço. IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienção de bens ou

concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obede-cido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigato-riamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.

§ 3o No caso da licitação do tipo "menor preço", entre os licitantes con-siderados qualificados a classificação se dará pela ordem crescente dos preços propostos, prevalecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o Para contratação de bens e serviços de informática, a administra-ção observará o disposto no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando obrigatoriamento o tipo de licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação não previstos neste artigo.

§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" se-rão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemen-te intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4o do artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas ex-clusivamente dos licitantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qua-lidade técnica da proposta, compreendendo metodologia, organi-zação, tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem mobili-zadas para a sua execução;

II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atin-

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gido a valorização mínima estabelecida no instrumento convoca-tório e à negociação das condições propostas, com a proponente melhor classificada, com base nos orçamentos detalhados apre-sentados e respectivos preços unitários e tendo como referência o limite representado pela proposta de menor preço entre os lici-tantes que obtiveram a valorização mínima;

III - no caso de impasse na negociação anterior, procedimento idên-tico será adotado, sucessivamente, com os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a consecução de acordo para a contratação;

IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a proposta técnica.

§ 2o Nas licitações do tipo "técnica e preço" será adotado, adicional-mente ao inciso I do parágrafo anterior, o seguinte procedimento claramen-te explicitado no instrumento convocatório:

I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com critérios objetivos preestabelecidos no instrumento convocatório;

II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.

§ 3o Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos neste artigo po-derão ser adotados, por autorização expressa e mediante justificativa circunstanciada da maior autoridade da Administração promotora constante do ato convocatório, para fornecimento de bens e execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto majoritariamente dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito, atestado por auto-ridades técnicas de reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pretendido admitir soluções alternativas e variações de execução, com repercussões significativas sobre sua qualidade, produtividade, rendimento e durabilidade concretamente mensuráveis, e estas puderem ser adotadas à livre escolha dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente fixados no ato convocatório.

§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando

for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

Art. 48. Serão desclassificadas: I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório

da licitação; II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com

preços manifestamente inexequiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de do-cumentação que comprove que os custos dos insumos são coeren-tes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições es-tas necessariamente especificadas no ato convocatório da licita-ção. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cin-quenta por cento) do valor orçado pela administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

b) valor orçado pela administração. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo va-lor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas "a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propos-tas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de

outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decor-rente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficien-te para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressal-vado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.

§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julga-das por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.

§ 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exiguidade de pesso-al disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.

§ 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipa-mentos.

§ 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidaria-mente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição indivi-dual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

§ 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não ex-cederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente.

§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhe-cimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.

Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.

§ 1o O regulamento deverá indicar: I - a qualificação exigida dos participantes; II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; III - as condições de realização do concurso e os prêmios a serem

concedidos. § 2o Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Adminis-

tração a executá-lo quando julgar conveniente. Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor de-

signado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação perti-nente.

§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Adminis-tração para fixação do preço mínimo de arrematação.

§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual esta-belecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipu-lado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administra-ção o valor já recolhido.

§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se realizará. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

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Capítulo III DOS CONTRATOS

Seção I Disposições Preliminares

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condi-ções para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de lici-tação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabele-çam:

I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e

periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atuali-zação monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de en-trega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classi-ficação funcional programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de

rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para

conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou

ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente

aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução

do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele as-sumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigi-das na licitação.

§ 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pesso-

as físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.

§ 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.

§ 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo es-tes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômi-cos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)

II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94) § 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a

cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mes-mas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 4o A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetaria-mente.

§ 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garan-tia deverá ser acrescido o valor desses bens.

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à

vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relati-vos:

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorro-gados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessi-vos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de in-

formática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de en-trega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em pro-cesso:

I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração; II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à

vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;

III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;

V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;

VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, in-clusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, direta-mente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e pre-viamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.

§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. § 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante auto-

rização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por

esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finali-

dades de interesse público, respeitados os direitos do contrata-do;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do

ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens

móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do con-trato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração admi-nistrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hi-pótese de rescisão do contrato administrativo.

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§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilí-brio contratual.

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera re-troativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deve-ria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contan-to que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Seção II

Da Formalização dos Contratos Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas reparti-

ções interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autó-grafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressal-vado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concor-rência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substi-tuí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato con-vocatório da licitação.

§ 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja re-gido, predominantemente, por norma de direito privado;

II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público.

§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.

Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

Art. 64. A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei.

§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.

§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condi-ções propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.

§ 3o Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

Seção III

Da Alteração dos Contratos Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com

as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para

melhor adequação técnica aos seus objetivos; b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrên-

cia de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limi-tes permitidos por esta Lei;

II - por acordo das partes: a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra

ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verifi-cação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originá-rios;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por im-posição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contrapresta-ção de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente en-tre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execu-ção do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando área econômica extraordinária e extra-contratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições con-tratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.

§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites esta-belecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratan-

tes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) § 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários

para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste artigo.

§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contrata-do já houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regular-mente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indeniza-ção por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados.

§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extin-tos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.

§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os en-cargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

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§ 7o (VETADO) § 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de pre-

ços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penali-zações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previs-tas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, poden-do ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

Seção IV Da Execução dos Contratos

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permiti-da a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio to-das as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinan-do o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstru-ir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execu-ção ou de materiais empregados.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execu-ção do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previ-denciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos tra-balhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contrata-do pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 3º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das res-

ponsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Adminis-tração.

Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: I - em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fis-

calização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autorida-de competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observa-do o disposto no art. 69 desta Lei;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos: a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformi-

dade do material com a especificação; b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do

material e consequente aceitação. § 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o rece-

bimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.

§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabili-dade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabele-cidos pela lei ou pelo contrato.

§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.

§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunica-dos à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mes-mos.

Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:

I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; II - serviços profissionais; III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alí-

nea "a", desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funciona-mento e produtividade.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito me-diante recibo.

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convi-te ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato correm por conta do contratado.

Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato.

Seção V

Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão,

com as consequências contratuais e as previstas em lei ou regulamento. Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,

projetos ou prazos; II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especifica-

ções, projetos e prazos; III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a

comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimen-to;

V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem jus-ta causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admiti-das no edital e no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, as-sim como as de seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutu-

ra da empresa, que prejudique a execução do contrato; XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhe-

cimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o con-trato;

XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do con-trato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Adminis-tração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem in-terna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totali-zem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obri-gatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previs-tas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de op-tar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

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XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou forneci-mento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem preju-ízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser: I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos

casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no pro-

cesso da licitação, desde que haja conveniência para a Adminis-tração;

III - judicial, nos termos da legislação; IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de au-

torização escrita e fundamentada da autoridade competente. § 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do ar-

tigo anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:

I - devolução de garantia; II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da

rescisão; III - pagamento do custo da desmobilização. § 3º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 4º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 5o Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação do contrato, o

cronograma de execução será prorrogado automaticamente por igual tempo.

Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:

I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;

II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, mate-rial e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;

III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Adminis-tração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;

IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.

§ 1o A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.

§ 2o É permitido à Administração, no caso de concordata do contrata-do, manter o contrato, podendo assumir o controle de determinadas ativi-dades de serviços essenciais.

§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.

§ 4o A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite à Admi-nistração, a seu critério, aplicar a medida prevista no inciso I deste artigo.

Capítulo IV DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL

Seção I Disposições Gerais

Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.

Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.

Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tenta-dos, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das san-ções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo.

Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

§ 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exer-ce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, as demais entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Público.

§ 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes previstos nesta Lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da Administração direta, autarquia, em-presa pública, sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.

Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às licitações e aos contratos celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e quaisquer outras entidades sob seu controle direto ou indireto.

Seção II Das Sanções Administrativas

Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o con-tratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.

§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.

§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será des-contada da garantia do respectivo contratado.

§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administra-ção ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimen-

to de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Admi-nistração Pública enquanto perdurarem os motivos determinan-tes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será conce-dida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplica-da com base no inciso anterior.

§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.

§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.

Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior po-derão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:

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I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;

III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Admi-nistração em virtude de atos ilícitos praticados.

Seção III Dos Crimes e das Penas

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprova-

damente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.

Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudica-ção do objeto da licitação:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a

Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou

vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo com-provadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, obtém vanta-gem indevida ou se beneficia, injustamente, das modificações ou prorroga-ções contratuais.

Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento

licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa. Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, gra-

ve ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena

correspondente à violência. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste

de licitar, em razão da vantagem oferecida. Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada

para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decor-rente:

I - elevando arbitrariamente os preços; II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada

ou deteriorada; III - entregando uma mercadoria por outra; IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria

fornecida; V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a pro-

posta ou a execução do contrato: Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profis-sional declarado inidôneo:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidô-

neo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.

Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qual-quer interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do inscrito:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices per-centuais, cuja base corresponderá ao valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente.

§ 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.

§ 2o O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.

Seção IV

Do Processo e do Procedimento Judicial Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública in-

condicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.

Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.

Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a autori-dade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemu-nhas.

Art. 102. Quando em autos ou documentos de que conhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes verificarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, reme-terão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.

Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o dispos-to nos arts. 29 e 30 do Código de Processo Penal.

Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, contado da data do seu interrogatório, podendo juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir.

Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e pratica-das as diligências instrutórias deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) dias a cada parte para alegações finais.

Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos dentro de 24 (vin-te e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias para proferir a sentença.

Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no prazo de 5 (cin-co) dias.

Art. 108. No processamento e julgamento das infrações penais defini-das nesta Lei, assim como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal.

Capítulo V DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:

I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

a) habilitação ou inabilitação do licitante; b) julgamento das propostas; c) anulação ou revogação da licitação; d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua

alteração ou cancelamento; e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta

Lei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou

de multa; II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da

decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;

III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese

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do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato.

§ 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos licitan-tes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por co-municação direta aos interessados e lavrada em ata.

§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo te-rá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.

§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

§ 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devi-damente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.

§ 5o Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconside-ração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.

§ 6o Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade de "carta convite" os prazos estabelecidos nos incisos I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Capítulo VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-

á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário.

Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos referidos neste ar-tigo em dia de expediente no órgão ou na entidade.

Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou rece-ber projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.

Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra imaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos os dados, documentos e elementos de informação pertinentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento, fixação em supor-te físico de qualquer natureza e aplicação da obra.

Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma enti-dade pública, caberá ao órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução, fiscalização e pagamento.

§ 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos ter-mos do edital, decorram contratos administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federação consorciados. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

§ 2o É facultado à entidade interessada o acompanhamento da licitação e da execução do contrato. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas compe-tente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e regularida-de da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.

§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.

§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interes-sada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos interes-sados.

§ 1o A adoção do procedimento de pré-qualificação será feita mediante proposta da autoridade competente, aprovada pela imediatamente superior.

§ 2o Na pré-qualificação serão observadas as exigências desta Lei re-lativas à concorrência, à convocação dos interessados, ao procedimento e à analise da documentação.

Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir normas relati-vas aos procedimentos operacionais a serem observados na execução das licitações, no âmbito de sua competência, observadas as disposições desta Lei.

Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprova-ção da autoridade competente, deverão ser publicadas na imprensa oficial.

Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

§ 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou enti-dades da Administração Pública depende de prévia aprovação de compe-tente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

I - identificação do objeto a ser executado; II - metas a serem atingidas; III - etapas ou fases de execução; IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; V - cronograma de desembolso; VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da

conclusão das etapas ou fases programadas; VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, com-

provação de que os recursos próprios para complementar a exe-cução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o cus-to total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

§ 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciên-cia do mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.

§ 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação apli-cável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentraliza-dor dos recursos ou pelo órgão competente do sistema de con-trole interno da Administração Pública;

II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recur-sos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fa-ses programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamen-tais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por inte-grantes do respectivo sistema de controle interno.

§ 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatori-amente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.

§ 5o As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demons-trativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.

§ 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convê-nio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instaura-ção de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

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Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.

Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta deverão adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.

Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão regulamentos pró-prios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.

Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este artigo, no âm-bito da Administração Pública, após aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser publicados na imprensa oficial.

Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente re-vistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua vigência, ressalvado o dispos-to no art. 57, nos parágrafos 1o, 2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no "caput" do art. 5o, com relação ao pagamento das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo de noventa dias contados da vigência desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposições do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, com suas alterações, e os relativos a operações de crédito interno ou externo celebrados pela União ou a concessão de garan-tia do Tesouro Nacional continuam regidos pela legislação pertinente, aplicando-se esta Lei, no que couber.

Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar-se-á procedimen-to licitatório específico, a ser estabelecido no Código Brasileiro de Aeronáu-tica.

Art. 123. Em suas licitações e contratações administrativas, as reparti-ções sediadas no exterior observarão as peculiaridades locais e os princí-pios básicos desta Lei, na forma de regulamentação específica.

Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre o assunto. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para concessão de serviços com execução prévia de obras em que não foram previstos desembolso por parte da Administração Pública concedente. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renume-rado por força do disposto no art. 3º da Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de setembro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setem-bro de 1991, e o art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.(Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº 8.883, de 1994)

LEI No 10.520/ 2002.

Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de

licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.

Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Art. 2º (VETADO) § 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos

de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica. § 2º Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bolsas de merca-dorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da infor-mação.

§ 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos e com a participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de pregões.

Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: I - a autoridade competente justificará a necessidade de contrata-

ção e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadim-plemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;

II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, ve-dadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou des-necessárias, limitem a competição;

III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das defini-ções referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis ele-mentos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da lici-tação, dos bens ou serviços a serem licitados; e

IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do ór-gão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebi-mento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.

§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servi-dores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferen-cialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade pro-motora do evento.

§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares

Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras:

I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publi-cação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;

II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a ínte-gra do edital;

III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do in-ciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;

IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposi-ção de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998;

V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis;

VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a exis-tência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;

VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresen-tarão declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo a in-dicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;

VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor;

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IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e suces-sivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;

X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;

XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a res-peito da sua aceitabilidade;

XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoei-ro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;

XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;

XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de ha-bilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso aos dados nele constantes;

XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o lici-tante será declarado vencedor;

XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exi-gências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subse-quentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classifica-ção, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que aten-da ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor;

XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;

XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar ime-diata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados pa-ra apresentar contra-razões em igual número de dias, que come-çarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes as-segurada vista imediata dos autos;

XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento;

XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importa-rá a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;

XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudica-ção do objeto da licitação ao licitante vencedor;

XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudica-tário será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; e

XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.

Art. 5º É vedada a exigência de: I - garantia de proposta; II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participa-

ção no certame; e III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a forne-

cimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua repro-dução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso.

Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.

Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu

objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de forne-cedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de mei-os eletrônicos, serão documentados no processo respectivo, com vistas à aferição de sua regularidade pelos agentes de controle, nos termos do regulamento previsto no art. 2º.

Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto de 2001.

Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico.

Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pode-rão adotar, nas licitações de registro de preços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns da área da saúde, a modalidade do pregão, inclu-sive por meio eletrônico, observando-se o seguinte:

I - são considerados bens e serviços comuns da área da saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de desempenho e quali-dade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais do mercado.

II - quando o quantitativo total estimado para a contratação ou forne-cimento não puder ser atendido pelo licitante vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem necessários pa-ra o atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação, desde que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta vencedora.

III - na impossibilidade do atendimento ao disposto no inciso II, excep-cionalmente, poderão ser registrados outros preços diferentes da proposta vencedora, desde que se trate de objetos de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e que as ofertas sejam em valor inferior ao limite máxi-mo admitido.”

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.

Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e

serviços comuns, e dá outras providências.

Art. 1o A modalidade de licitação pregão, na forma eletrônica, de acor-do com o disposto no § 1o do art. 2o da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União, e submete-se ao regulamento estabelecido neste Decreto.

Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.

Art. 2o O pregão, na forma eletrônica, como modalidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á quando a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à distância em sessão pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.

§ 1o Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.

§ 2o Para o julgamento das propostas, serão fixados critérios objetivos que permitam aferir o menor preço, devendo ser considerados os prazos

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para a execução do contrato e do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as demais condi-ções definidas no edital.

§ 3o O sistema referido no caput será dotado de recursos de criptogra-fia e de autenticação que garantam condições de segurança em todas as etapas do certame.

§ 4o O pregão, na forma eletrônica ,será conduzido pelo órgão ou enti-dade promotora da licitação, com apoio técnico e operacional da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que atuará como provedor do sistema eletrônico para os órgãos integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG.

§ 5o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação poderá ce-der o uso do seu sistema eletrônico a órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, mediante celebração de termo de adesão.

Art. 3o Deverão ser previamente credenciados perante o provedor do

sistema eletrônico a autoridade competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participam do pregão na forma eletrônica.

§ 1o O credenciamento dar-se-á pela atribuição de chave de identifica-ção e de senha, pessoal e intransferível, para acesso ao sistema eletrônico.

§ 2o No caso de pregão promovido por órgão integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem assim a sua manutenção, dependerá de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedo-res - SICAF.

§ 3o A chave de identificação e a senha poderão ser utilizadas em qualquer pregão na forma eletrônica, salvo quando cancelada por solicita-ção do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o SICAF.

§ 4o A perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser comunicada imediatamente ao provedor do sistema, para imediato bloqueio de acesso.

§ 5o O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilida-de exclusiva, incluindo qualquer transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros.

§ 6o O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a respon-sabilidade legal do licitante e a presunção de sua capacidade técnica para realização das transações inerentes ao pregão na forma eletrônica.

Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será

obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente.

§ 2o Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamenta-das no inciso II do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de cotação eletrônica, conforme disposto na legislação vigente.

Art. 5o A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princí-

pios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publici-dade, eficiência, probidade administrativa, vinculação ao instrumento con-vocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.

Parágrafo único. As normas disciplinadoras da licitação serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, desde que não comprometam o interesse da administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação.

Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não

se aplica às contratações de obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral.

Art. 7o Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na for-

ma eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel observância do procedi-mento estabelecido neste Decreto, podendo qualquer interessado acompa-nhar o seu desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.

Art. 8o À autoridade competente, de acordo com as atribuições previs-

tas no regimento ou estatuto do órgão ou da entidade, cabe:

I - designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o credencia-mento do pregoeiro e dos componentes da equipe de apoio;

II - indicar o provedor do sistema; III - determinar a abertura do processo licitatório; IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este manti-

ver sua decisão; V - adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso; VI - homologar o resultado da licitação; e VII - celebrar o contrato.

Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será ob-servado o seguinte:

I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessá-rias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização;

II - aprovação do termo de referência pela autoridade competente; III - apresentação de justificativa da necessidade da contratação; IV - elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das

propostas; V - definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis,

inclusive no que se refere aos prazos e às condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a ce-lebração e execução do contrato e o atendimento das necessi-dades da administração; e

VI - designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio. § 1o A autoridade competente motivará os atos especificados nos inci-

sos II e III, indicando os elementos técnicos fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos elementos contidos no orçamento estimativo e no cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela administração.

§ 2o O termo de referência é o documento que deverá conter elemen-tos capazes de propiciar avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado, definição dos métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preço de mercado, cronogra-ma físico-financeiro, se for o caso, critério de aceitação do objeto, deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalização e gerencia-mento do contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva.

Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem re-cair nos servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integrante do SISG.

§ 1o A equipe de apoio deverá ser integrada, em sua maioria, por ser-vidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração pública, pertencentes, preferencialmente, ao quadro permanente do órgão ou enti-dade promotora da licitação.

§ 2o No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares.

§ 3o A designação do pregoeiro, a critério da autoridade competente, poderá ocorrer para período de um ano, admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.

§ 4o Somente poderá exercer a função de pregoeiro o servidor ou o mi-litar que reúna qualificação profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.

Art. 11. Caberá ao pregoeiro, em especial: I - coordenar o processo licitatório; II - receber, examinar e decidir as impugnações e consultas ao edi-

tal, apoiado pelo setor responsável pela sua elaboração; III - conduzir a sessão pública na internet; IV - verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabele-

cidos no instrumento convocatório; V - dirigir a etapa de lances; VI - verificar e julgar as condições de habilitação; VII - receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando à autori-

dade competente quando mantiver sua decisão; VIII - indicar o vencedor do certame; IX - adjudicar o objeto, quando não houver recurso; X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e XI - encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade su-

perior e propor a homologação. Art. 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, auxiliar o

pregoeiro em todas as fases do processo licitatório.

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Art. 13. Caberá ao licitante interessado em participar do pregão, na forma eletrônica:

I - credenciar-se no SICAF para certames promovidos por órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, e de órgão ou entidade dos demais Poderes, no âmbito da Uni-ão, Estados, Distrito Federal e Municípios, que tenham celebrado termo de adesão;

II - remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrô-nico, via internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos;

III - responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu re-presentante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos de-correntes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;

IV - acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o pro-cesso licitatório, responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer mensa-gens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão;

V - comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

VI - utilizar-se da chave de identificação e da senha de acesso para participar do pregão na forma eletrônica; e

VII - solicitar o cancelamento da chave de identificação ou da senha de acesso por interesse próprio.

Parágrafo único. O fornecedor descredenciado no SICAF terá sua chave de identificação e senha suspensas automaticamente.

Art. 14. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:

I - à habilitação jurídica; II - à qualificação técnica; III - à qualificação econômico-financeira; IV - à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da se-

guridade social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

V - à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Munici-pais, quando for o caso; e

VI - ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Cons-tituição e no inciso XVIII do art. 78 da Lei no 8.666, de 1993.

Parágrafo único. A documentação exigida para atender ao disposto nos incisos I, III, IV e V deste artigo poderá ser substituída pelo registro cadastral no SICAF ou, em se tratando de órgão ou entidade não abrangida pelo referido Sistema, por certificado de registro cadastral que atenda aos requisitos previstos na legislação geral.

Art. 15. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na licitação, as exigências de habilitação serão atendidas mediante documen-tos equivalentes, autenticados pelos respectivos consulados ou embaixa-das e traduzidos por tradutor juramentado no Brasil.

Art. 16. Quando permitida a participação de consórcio de empresas, serão exigidos:

I - comprovação da existência de compromisso público ou particular de constituição de consórcio, com indicação da empresa-líder, que deverá atender às condições de liderança estipuladas no edital e será a representante das consorciadas perante a União;

II - apresentação da documentação de habilitação especificada no instrumento convocatório por empresa consorciada;

III - comprovação da capacidade técnica do consórcio pelo somatório dos quantitativos de cada consorciado, na forma estabelecida no edital;

IV - demonstração, por empresa consorciada, do atendimento aos índices contábeis definidos no edital, para fins de qualificação econômico-financeira;

V - responsabilidade solidária das empresas consorciadas pelas obrigações do consórcio, nas fases de licitação e durante a vi-gência do contrato;

VI - obrigatoriedade de liderança por empresa brasileira no consórcio formado por empresas brasileiras e estrangeiras, observado o disposto no inciso I; e

VII - constituição e registro do consórcio antes da celebração do con-trato.

Parágrafo único. Fica impedida a participação de empresa consorcia-da, na mesma licitação, por intermédio de mais de um consórcio ou isola-damente.

Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio de publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulga-ção a seguir indicados:

I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais): a) Diário Oficial da União; e b) meio eletrônico, na internet; II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) até R$

1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais): a) Diário Oficial da União; b) meio eletrônico, na internet; e c) jornal de grande circulação local; III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais): a) Diário Oficial da União; b) meio eletrônico, na internet; e c) jornal de grande circulação regional ou nacional. § 1o Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem

ao sistema do Governo Federal disponibilizarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET, sítio www.comprasnet.gov.br.

§ 2o O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o pregão, na forma eletrônica, será realizado por meio da internet.

§ 3o A publicação referida neste artigo poderá ser feita em sítios ofici-ais da administração pública, na internet, desde que certificado digitalmente por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

§ 4o O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a par-tir da publicação do aviso, não será inferior a oito dias úteis.

§ 5o Todos os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.

§ 6o Na divulgação de pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será adotado o disposto no inciso III.

Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da ses-são pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.

§ 1o Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elabo-ração do edital, decidir sobre a impugnação no prazo de até vinte e quatro horas.

§ 2o Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será definida e publicada nova data para realização do certame.

Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitató-rio deverão ser enviados ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital.

Art. 20. Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.

Art. 21. Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitan-tes deverão encaminhar proposta com a descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora marcadas para abertura da sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, quan-do, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de recebimento de propostas.

§ 1o A participação no pregão eletrônico dar-se-á pela utilização da senha privativa do licitante.

§ 2o Para participação no pregão eletrônico, o licitante deverá manifes-tar, em campo próprio do sistema eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade com as exigências do instrumento convocatório.

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§ 3o A declaração falsa relativa ao cumprimento dos requisitos de habi-litação e proposta sujeitará o licitante às sanções previstas neste Decreto.

§ 4o Até a abertura da sessão, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada.

Art. 22. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na inter-net será aberta por comando do pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.

§ 1o Os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, de-vendo utilizar sua chave de acesso e senha.

§ 2o O pregoeiro verificará as propostas apresentadas, desclassifican-do aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos estabele-cidos no edital.

§ 3o A desclassificação de proposta será sempre fundamentada e re-gistrada no sistema, com acompanhamento em tempo real por todos os participantes.

§ 4o As propostas contendo a descrição do objeto, valor e eventuais anexos estarão disponíveis na internet.

§ 5o O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes.

Art. 23. O sistema ordenará, automaticamente, as propostas classifica-das pelo pregoeiro, sendo que somente estas participarão da fase de lance.

Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes poderão encaminhar lances exclusi-vamente por meio do sistema eletrônico.

§ 1o No que se refere aos lances, o licitante será imediatamente infor-mado do seu recebimento e do valor consignado no registro.

§ 2o Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da sessão e as regras estabelecidas no edital.

§ 3o O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo sistema.

§ 4o Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aque-le que for recebido e registrado primeiro.

§ 5o Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tem-po real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.

§ 6o A etapa de lances da sessão pública será encerrada por decisão do pregoeiro.

§ 7o O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que transcorrerá período de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual será automaticamente encerrada a recepção de lances.

§ 8o Após o encerramento da etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições diferentes daquelas previstas no edital.

§ 9o A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais licitantes.

§ 10. No caso de desconexão do pregoeiro, no decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrônico permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos realizados.

§ 11. Quando a desconexão do pregoeiro persistir por tempo superior a dez minutos, a sessão do pregão na forma eletrônica será suspensa e reiniciada somente após comunicação aos participantes, no endereço eletrônico utilizado para divulgação.

Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinará a propos-ta classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para contratação e verificará a habilitação do licitante conforme disposições do edital.

§ 1o A habilitação dos licitantes será verificada por meio do SICAF, nos documentos por ele abrangidos, quando dos procedimentos licitatórios realizados por órgãos integrantes do SISG ou por órgãos ou entidades que aderirem ao SICAF.

§ 2o Os documentos exigidos para habilitação que não estejam con-templados no SICAF, inclusive quando houver necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados inclusive via fax, no prazo definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico.

§ 3o Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, de-verão ser apresentados em original ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital.

§ 4o Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do cer-tame nos sítios oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.

§ 5o Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará a proposta subsequente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a apuração de uma proposta que atenda ao edital.

§ 6o No caso de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija apresentação de planilha de composição de preços, esta deverá ser encaminhada de imediato por meio eletrônico, com os respecti-vos valores readequados ao lance vencedor.

§ 7o No pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de regis-tro de preços, quando a proposta do licitante vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, respeitada a ordem de classificação, poderão ser convocados tantos licitantes quantos forem necessários para alcançar o total estimado, observado o preço da proposta vencedora.

§ 8o Os demais procedimentos referentes ao sistema de registro de preços ficam submetidos à norma específica que regulamenta o art. 15 da Lei no 8.666, de 1993.

§ 9o Constatado o atendimento às exigências fixadas no edital, o lici-tante será declarado vencedor.

Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e motivada, em campo próprio do siste-ma, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispen-sáveis à defesa dos seus interesses.

§ 1o A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, nos termos do caput, importará na decadência desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor.

§ 2o O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento.

§ 3o No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de habilitação e classificação.

Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório.

§ 1o Após a homologação referida no caput, o adjudicatário será con-vocado para assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo definido no edital.

§ 2o Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a comprovação das condições de habilitação consignadas no edital, as quais deverão ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços.

§ 3o O vencedor da licitação que não fizer a comprovação referida no § 2o ou quando, injustificadamente, recusar-se a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, poderá ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordem de classificação, para, após comprovados os requisitos habilitatórios e feita a negociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

§ 4o O prazo de validade das propostas será de sessenta dias, salvo disposição específica do edital.

Art. 28. Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o contrato ou ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a propos-ta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidô-neo, fizer declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com a União, e será descredenciado no SICAF, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

Parágrafo único. As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF.

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Art. 29. A autoridade competente para aprovação do procedimento lici-tatório somente poderá revogá-lo em face de razões de interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fun-damentado.

§ 1o A anulação do procedimento licitatório induz à do contrato ou da ata de registro de preços.

§ 2o Os licitantes não terão direito à indenização em decorrência da anulação do procedimento licitatório, ressalvado o direito do contratado de boa-fé de ser ressarcido pelos encargos que tiver suportado no cumprimen-to do contrato.

Art. 30. O processo licitatório será instruído com os seguintes docu-

mentos: I - justificativa da contratação; II - termo de referência; III - planilhas de custo, quando for o caso; IV - previsão de recursos orçamentários, com a indicação das res-

pectivas rubricas; V - autorização de abertura da licitação; VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio; VII - edital e respectivos anexos, quando for o caso; VIII - minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, ou mi-

nuta da ata de registro de preços, conforme o caso; IX - parecer jurídico; X - documentação exigida para a habilitação; XI - ata contendo os seguintes registros: a) licitantes participantes; b) propostas apresentadas; c) lances ofertados na ordem de classificação; d) aceitabilidade da proposta de preço; e) habilitação; e f) recursos interpostos, respectivas análises e decisões; XII - comprovantes das publicações: a) do aviso do edital; b) do resultado da licitação; c) do extrato do contrato; e d) dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o

caso. § 1o O processo licitatório poderá ser realizado por meio de sistema

eletrônico, sendo que os atos e documentos referidos neste artigo constan-tes dos arquivos e registros digitais serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas.

§ 2o Os arquivos e registros digitais, relativos ao processo licitatório, deverão permanecer à disposição das auditorias internas e externas.

§ 3o A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediata-mente após o encerramento da sessão pública.

Art. 31. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabele-cerá instruções complementares ao disposto neste Decreto.

Art. 32. Este Decreto entra em vigor em 1o de julho de 2005.

Art. 33. Fica revogado o Decreto no 3.697, de 21 de dezembro de 2000.

SERVIÇOS PÚBLICOS.

Noções A complexidade da sociedade moderna forçou o estado a se fazer pre-

sente nos mais variados setores da vida social, para atender às múltiplas necessidades coletivas que só ele seria capaz de abranger. Uma das características marcantes do estado contemporâneo é, assim, sua função de protetor e servidor das populações nacionais, a quem presta serviços fundamentais.

Serviço público é o conjunto de serviços que o estado presta à comuni-

dade e aos quais, em princípio, todos os cidadãos têm direito. Compreende todos os serviços que o aparelho burocrático-administrativo presta e o conjunto de benefícios que, por lei, o estado é obrigado a prestar à popula-ção em todas as áreas de atividades como educação, saúde, previdência

social, saneamento básico, segurança, agricultura, lazer etc. A expressão "serviço público" pode ser entendida em dois sentidos: como atividade e como organismo destinado a desempenhá-la.

No primeiro sentido, é a atividade ou serviço que satisfaz a uma neces-

sidade coletiva e cuja gestão é assumida quer pela administração, direta-mente, quer por pessoa ou entidade disso incumbida pela administração, ou com sua colaboração. É necessário ressaltar que, na expressão "serviço público", o termo "público" não se refere à qualidade do ente que realiza a atividade, e sim ao destinatário do serviço, que é o conjunto da coletividade; e que o serviço público não precisa necessariamente ser executado pela administração pública, embora normalmente isso aconteça. Pode ser prestado por particulares, desde que disso encarregados pela administra-ção e sob sua fiscalização. Na segunda acepção, o serviço público é en-tendido como o órgão da administração que assume a tarefa de realizar determinada atividade, visando a atender a uma necessidade de interesse coletivo.

Nos dois sentidos, o serviço público caracteriza-se pela finalidade, que

é satisfazer necessidades da coletividade, e pela presença direta ou indire-ta da administração pública em sua prestação. A prestação dos serviços tanto pode voltar-se para a coletividade em geral como para usuários particularmente considerados. No primeiro caso, estão serviços como a iluminação dos logradouros públicos e a limpeza e conservação das vias públicas; no segundo, os transportes coletivos e a iluminação domiciliar.

Os serviços públicos abrangem atividades as mais diversas, destinadas

a satisfazer necessidades também diferentes. Por isso se afirma que a área por eles coberta varia conforme o lugar e a época, devido a influências exercidas, entre outros fatores, pelo grau de desenvolvimento da socieda-de, o progresso da técnica que suscitou necessidades novas e até mesmo o regime político vigente em cada país.

A instituição de serviços públicos, portanto, não é um problema apenas

econômico ou jurídico, mas também político. Por isso, como critério nortea-dor do assunto, principalmente em países como o Brasil, cuja constituição assegura a livre iniciativa individual inclusive no terreno econômico, aplica-se o princípio segundo o qual são serviços públicos apenas aquelas ativi-dades voltadas para a satisfação de necessidades que só possam ser atendidas de modo cabal pela intervenção da administração, seja devido a sua natureza, seja devido a circunstâncias excepcionais ou particulares.

O interesse público levado em conta pelos governantes é, pois, o traço

fundamental que justifica o serviço público. A salvaguarda desse interesse impõe a participação mais ou menos direta da administração na execução do serviço.

Características do serviço público. Em todos os serviços públicos se

encontra um fundo comum de princípios básicos, que acarreta um mínimo de regras comuns entre as quais se destacam as de continuidade, regulari-dade, uniformidade, generalidade e outras.

Continuidade significa que o serviço público deve ser prestado de mo-

do contínuo e ininterrupto. Desse princípio decorrem importantes conse-quências jurídicas, como a responsabilidade de abandonar a prestação do serviço sob alegação de déficit. Por regularidade, para alguns compreendi-da na continuidade, entende-se que o serviço, além de contínuo, deve ser prestado de forma regular. Uniformidade, também referida como igualdade, significa que todos os usuários do serviço devem ser tratados de maneira idêntica, quer no que se refere ao acesso às prestações, quer no conteúdo destas, quer nas tarifas. A igualdade, porém, deve ser entendida em termos jurídicos, isto é, igualdade dentro das mesmas condições. A generalidade, que de certo modo está contida no princípio anterior, significa que o serviço deve ser oferecido a todos, em igual situação, sem discriminação de qual-quer natureza.

Os princípios de igualdade e generalidade geram a modicidade do custo,

que vai ao encontro do interesse público. Alguns serviços são -- e devem ser -- gratuitos, outros admitem a remuneração em bases inferiores ao preço de custo e outros ainda permitem a cobrança do preço justo, do qual não se exclui a ideia do lucro, ou melhor, da remuneração do capital. O que não se admite é que a obtenção de lucro seja o objetivo principal do serviço.

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Outras características do serviço público que devem ser mencionadas são a obrigatoriedade, segundo a qual o prestador, seja ele da administra-ção pública ou particular contratado, sob as condições estipuladas, é obri-gado a prestar o serviço sem o direito de se recusar; a adaptação, pela qual se compreende o princípio da mutabilidade das condições de serviço, isto é, o fato de que deve adaptar-se constantemente às novas exigências do interesse público; e neutralidade, pela qual se entende que o serviço públi-co está restrito aos fins do interesse público e não pode jamais favorecer interesses de uns em detrimento de outros.

Modos de gestão. O modo tradicional de prestação do serviço público é o que se realiza por intermédio dos próprios órgãos da administração pública, isto é, órgãos que se integram na pessoa jurídica estatal propria-mente dita. É a chamada exploração direta ou gestão direta. Nesse caso, como o órgão prestador não tem personalidade jurídica própria, suas ren-das e despesas correm à conta do orçamento público e os agentes do serviço têm a categoria de funcionários.

A prestação do serviço público pode ocorrer também por intermédio de concessionário. A concessão de serviço público é um contrato pelo qual a administração pública outorga ao particular, pessoa física ou jurídica, o encargo de fazer funcionar um serviço público, em nome do concessionário e por sua conta e risco, pelo qual é remunerado por meio de tarifas pagas pelo usuário do serviço. A administração se reserva, em relação ao conces-sionário, os poderes de fiscalizar, emitir regras para o funcionamento do serviço e alterá-las, e impor sanções no caso do descumprimento das obrigações. De modo geral, a concessão de serviços públicos a particulares se dá em áreas como as de fornecimento de luz e força, comunicações telefônicas, de rádio e televisão, transportes, educação, atendimento hospi-talar etc.

A tendência intervencionista do estado moderno, que gerou a amplia-ção da área de serviços, suscitou, ao lado dessas duas formas tradicionais, o aparecimento de modalidades novas de ação estatal, por intermédio de organismos públicos, privados ou mistos, para a prestação de serviços públicos. Dentre esses organismos podem ser citadas as autarquias, as empresas públicas de criação estatal, de capital exclusivo das entidades estatais, fundadas para explorar atividades econômicas, e as sociedades de economia mista, também destinadas à exploração de atividades econô-micas mas resultantes da conjugação de capitais públicos e particulares.

A ampliação da presença do estado na vida da nação, em especial nas áreas de produção econômica e comercial, tem sido objeto de amplas discussões sobre políticas de administração pública. Na última década do século XX predominou, na maioria das nações de orientação democrática liberal, a tendência de limitar o papel do estado ao atendimento das neces-sidades básicas da população, como saúde, educação e saneamento, e deixar à iniciativa privada as atividades dos setores produtivos. A partir da década de 1980 e em especial na década de 1990, foram privatizadas numerosas empresas públicas, tanto em países de tradicional economia de mercado como naqueles em que os sistemas socialistas de governo foram abolidos.

Funcionário ou servidor público. Em sentido amplo, servidor público é a pessoa legitimamente incumbida de tornar efetiva a função do estado, realizando sua atividade essencial ou executando os serviços da adminis-tração pública. Esse conceito compreende não só os servidores da adminis-tração direta federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, como os servidores da administração indireta, isto é, os funcionários das entidades ou órgãos paraestatais.

Classificam-se os servidores públicos em dois grandes grupos: os civis e os militares. Os servidores militares estão sujeitos a regime peculiar, com escalonamento rigidamente hierárquico e obediência a uma disciplina especial, que se estende, além dos limites do próprio serviço, a vários aspectos de sua atividade peculiar. Entre os servidores civis, figuram em posição de destaque e de maior responsabilidade os titulares dos poderes legislativo, executivo e judiciário, uma vez que, remunerados pelos cofres públicos, são funcionários em sentido amplo, mesmo quando exercem mandatos temporários.

Nas categorias especiais de servidores públicos incluem-se os que in-tegram o ministério público, determinadas serventias de justiça, o magisté-

rio público vitalício e os agentes diplomáticos. Na categoria geral, a dos funcionários públicos em sentido estrito, estão as pessoas legalmente investidas em cargos públicos, seja em comissão, em caráter efetivo ou interinamente.

Conceito, caracteres jurídicos, classificação e garantias A atribuição primordial da Administração Pública é oferecer utilidades

aos administrados, não se justificando a sua presença senão para prestar serviços à coletividade. Esses serviços poder ser essenciais ou apenas úteis à comunidade, daí a necessária distinção entre serviços públicos e serviços de utilidade pública, mas, em sentido amplo e genérico, quando aludimos a serviço público abrangemos ambas as categorias.

CONCEITO Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus

delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado.

As atividades que constituem serviço público, variam segundo as exi-

gências de cada povo e de cada época. Nem se pode dizer que são as atividades coletivas vitais que caracterizam os serviços públicos, porque ao lado destas, existem outras, sabidamente dispensáveis pela comunidade que são realizadas pelo Estado como serviço público.

Também não é a atividade em si que tipifica o serviço público, visto que

algumas tanto podem ser exercidas pelo Estado quanto pelos cidadãos, como objeto da iniciativa privada, independentemente de delegação estatal, a exemplo do ensino, que ao lado do oficial existe o particular, sendo aque-le um serviço público e este não. 0 que prevalece é a vontade soberana do Estado, qualificando o serviço como público ou de utilidade pública, para sua prestação direta ou indireta, pois serviços há que, por natureza, são privativos do Poder Público e só por seus órgãos devem ser executados, e outros são comuns ao Estado e aos particulares, podendo ser realizados por aqueles e estes.

CLASSIFICAÇÃO Os serviços públicos costumam receber a seguinte classificação:

Próprios: são os serviços públicos inerentes à soberania do Esta-do, como a defesa nacional ou a polícia judiciária.

De utilidade pública: são os considerados úteis ou convenientes, como o transporte coletivo e o fornecimento de energia elétrica.

"Uti universi" ou gerais: são os prestados à sociedade em geral, como a defesa do território. As partículas latinas ut ou uti significam de que modo, ou seja, uti universi, de modo geral ou indefinido.

"Uti singuli" ou individualizdveis: são também serviços prestados a todos, mas com possibilidade de identificação dos beneficiados, como os serviços de telefone, água ou energia. O não pagamento de serviço uti singuli compulsório (água, esgoto etc.) não autoriza a supressão do mesmo. A remuneração é feita por taxa, sendo autorizada somente a cobrança executiva. O não pagamento de serviço uti singuli facultativo (telefone etc.) autoriza o corte, porque a retribuição é mediante tarifa ou preço (Hely Lopes Meirelles, ob. cit., p. 300).

Compulsórios: são os serviços que não podem ser recusados pelo destinatário, como os serviços de esgoto ou coleta de lixo. No caso de serem remunerados, são pagos por taxa.

Facultativos: são os serviços que o usuário pode aceitar ou não, como o transporte coletivo. São pagos por tarifa ou preço.

Adequados: serviços adequados são os executados de acordo com os oito princípios específicos do serviço público (Caio Cesar M.G.).

REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE A regulamentação e controle do serviço público e de utilidade pública

caberão exclusivamente ao Poder Público, qualquer que seja a modalidade de sua prestação aos usuários. 0 fato de tais serviços serem delegados a terceiros, estranhos à Administração Pública, não retira do Estado o seu poder indeclinável de regulamentá-los e controlá-los exigindo sempre a sua atualização e eficiência, de par com o exato cumprimento das condições impostas para a sua prestação ao público.

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Qualquer deficiência do serviço que revele inaptidão de quem os presta ou descumprimento de obrigações impostas pela Administração, ensejará a intervenção imediata do Poder Público delegante para regularizar o seu funcionamento, ou retirar-lhe a prestação.

Em todos os atos ou contratos administrativos, como são os que come-tem a exploração de serviços públicos a particulares, está sempre presente a possibilidade da modificação unilateral de suas cláusulas, pelo Poder Público, ou da revogação da delegação, desde que o interesse coletivo assim o exija. Esse poder discricionário da Administração é hoje ponto pacífico na doutrina e na jurisprudência.

REQUISITOS DO SERVIÇO E DIREITOS DO USUÁRIO Os requisitos do serviço público ou de utilidade pública são sintetiza-

dos, modernamente, em cinco princípios que a Administração deve ter sempre presentes, para exigi-los de quem os preste: o princípio da perma-nência impõe continuidade no serviço, o da generalidade impõe serviço igual para todos; o da eficiência exige atualização do serviço; o da modici-dade exige tarifas razoáveis; e o da cortesia se traduz em bom tratamento para com o público: Faltando qualquer desses requisitos em um serviço público ou de utilidade pública, é dever da Administração intervir para restabelecer o seu regular funcionamento ou retomar a sua prestação.

Os direitos do usuário, são hoje reconhecidos em qualquer serviço pú-blico ou de utilidade pública, como fundamento para a exigibilidade de, sua prestação nas condições regulamentares e em igualdade com os demais utentes. São direitos cívicos, de conteúdo positivo consistente no poder de exigir da Administração ou de seu delegado o serviço a que um ou outro se obrigou a prestar individualmente aos usuários. São direitos públicos subje-tivos de exercício pessoal, quando se tratar de serviço uti singuli e o usuário estiver na área de sua prestação. Tais direitos rendem ensejos ações correspondentes, inclusive mandado de segurança, conforme seja a pres-tação a exigir ou a lesão a reparar judicialmente.

Mas não só a obtenção do serviço, como também a sua regular presta-ção constitui direito do usuário. Desde que instalado o equipamento neces-sário, responde o prestador pela normalidade do serviço e se sujeita às indenizações de danos ocasionados ao usuário pela suspensão da presta-ção devida ou pelo mau funcionamento.

Em se tratando de serviço prestado diretamente pelo Poder Público, responde a entidade prestadora pelos prejuízos comprovados, independen-temente de culpa de seus agentes, visto que a Constituição vigente estabe-lece a responsabilidade objetiva pelos danos causados pela Administração aos administrados (art. 37, § 6º), ficando-lhe ressalvada, apenas, a ação regressiva contra os funcionários causadores do dano, quando tiverem agido culposamente.

Quanto aos que realizam serviços por delegação do Poder Público, in-cumbem-lhes as mesmas obrigações de prestação regular aos usuários, e, consequentemente, os mesmos encargos indenizatórios que teria o Estado se os Prestasse diretamente, inclusive a responsabilidade objetiva pelos danos causados a terceiros. Essa responsabilidade é sempre da entidade (autárquica ou paraestatal), da empresa ou da pessoa física que recebeu a delegação. Para executar o serviço (concessionário permissionário ou autorizatário), sem alcançar o Poder Público, que transfere a execução com todos os seus ônus e vantagens.

COMPETÊNCIA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A repartição das competências, para a prestação de serviço público ou

de utilidade pública, pelas três entidades estatais - União, Estado-membro, Município - se opera segundo critérios técnicos e jurídicos, tendo-se em vista sempre os interesses próprios de cada esfera administrativa, a nature-za e extensão dos serviços, bem como a capacidade para executá-los vantajosamente para a Administração e para os administrados.

À União compete prestar todos os serviços de âmbito nacional, desde que não invada as competências privativas dos Estados-membros e dos Municípios, decorrentes de sua autonomia político-administrativa e de seu peculiar interesse.

Dentre os serviços constitucionalmente reservados à União a desta-cam-se, na enumeração do art. 21, os de polícia marítima, aérea e de

fronteiras; repressão ao tráfico de entorpecentes e drogas afins; serviço postal e Correio Aéreo Nacional; defesa contra calamidades públicas; telecomunicações em geral; energia elétrica de qualquer origem ou nature-za; navegação aérea, transporte marítimo ou fluvial internacional e interes-tadual.

Alguns desses serviços, por exigirem coerção estatal só podem ser

prestados diretamente pela União; outros admitem execução indireta, através de delegação a pessoas públicas ou particulares.

A competência do Estado-membro para a prestação de serviços públi-

cos não está discriminada constitucionalmente, pela razão de que, no nosso sistema federativo, o constituinte só enunciou as matérias reserva-das à União, deixando as remanescentes para as unidades federadas e para os municípios. Mas é certo de que da autonomia estadual deflui a competência do Estado-membro para executar ou delegar todo serviço público ou de utilidade pública de âmbito regional contido nos limites do seu território.

Não se pode relacionar, exaustivamente, os serviços da alçada esta-

dual, porque variam segundo as possibilidades do governo e as necessida-des de suas populações. Por exclusão, pertencem ao Estado-membro, todos os serviços públicos não reservados à União, nem atribuídos ao Município o elo critério do peculiar interesse.

Os serviços e obras que ultrapassam as divisas de um município ou

afetam interesses regionais são da competência estadual. Pela mesma razão, compete ao Estado-membro a realização de serviços de interesse geral, ou de grupos ou categorias de habitantes disseminados pelo seu território, relação aos quais não haja predominância do interesse local sobre o estadual.

A competência do Município para organizar e manter serviços públicos

locais, está reconhecida constitucionalmente, com um dos princípios asse-guradores de sua autonomia administrativa (art. 30, V). 0 Município deve prestar os serviços públicos de interesse local, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão observe-se que o transporte coletivo tem caráter essencial.

FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A prestação de serviço público ou de utilidade pública pode ser centra-

lizada, descentralizada e desconcentrada, e a sua execução, direta e indireta (não se confunda com Administração Direta e Indireta).

Serviço centralizado é o que o Poder Público presta por suas próprias

repartições, em seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade. Em tais casos o Estado é ao mesmo tempo titular e prestador do serviço que per-manece integrado na agora denominada Administração Direta (Decreto-lei 200/67, art. 4º, I).

Serviço descentralizado é todo aquele que o Poder Público transfere a

sua titularidade, ou, simplesmente, a sua execução, por outorga ou delega-ção, a autarquias, entidades paraestatais, empresas privadas ou particula-res individualmente. Há outorga, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público ou de utilidade pública; há delegação, quando o Estado transfere por contrato ou (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização), unicamente a execução do serviço, para que o delegado o preste ao público em seu nome e por sua conta e risco, nas condições regulamentares e sob controle estatal.

A distinção entre serviço outorgado e serviço delegado é fundamental,

porque aquele é transferido por lei, e só por lei pode ser retirado ou modifi-cado, e, este tem apenas a sua execução traspassada a terceiro, por ato administrativo (bilateral ou unilateral), pelo que pode ser revogado, modifi-cado e anulado como o são os atos dessa natureza.

Serviço desconcentrado é todo aquele que a Administração executa

centralizadamente, mas o distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos usuários. A desconcentração é uma técnica administrativa de simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade, diversamente da descentralização que é uma técnica de especialização, consistente na retirada do serviço de uma enti-

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dade e transferida a outra para que a execute com mais perfeição e auto-nomia.

Os serviços centralizados, descentralizados ou desconcentrados admi-tem execução direta ou indireta, porque isto diz respeito à sua implantação e operação, e não a quem tem a responsabilidade pela sua prestação ao usuário. Impõe-se, portanto, distinguir prestação centralizada, descentrali-zada ou desconcentrada do serviço, de execução direta ou indireta desse mesmo serviço.

Execução direta do serviço é a realizada pelos próprios meios da pes-

soa responsável pela sua prestação ao público, seja esta pessoa estatal, autarquia, paraestatal, empresa privada ou o particular. Considere-se serviço em execução direta sempre que o encarregado de seu oferecimento ao público o realiza pessoalmente, ou por seus órgãos, ou por seus prepos-tos (não por terceiros contratantes).

Execução indireta do serviço é a que o responsável pela sua prestação

aos usuários comete a terceiros para realizá-lo nas condições regulamenta-res. Serviço próprio ou delegado, feito por outrem é execução indireta. Portanto, quer a Administração Direta, quer a Administração Indireta (autar-quias, empresas privadas e sociedades de economia mista), como tal bem os entes de cooperação (fundações, serviços sociais autônomos, etc.), ou as empresas privadas e particulares que receberem serviços públicos ou de utilidade pública para prestar aos destinatários, podem em certos casos, executar indiretamente o serviço, contratando-o (não delegando) com terceiros.

A possibilidade da execução indireta depende, entretanto, da natureza

do serviço, pois alguns existem que não admitem substituição do executor, como por exemplo os de polícia, e para outros a própria outorga ou delega-ção proíbe o traspasse da execução.

Feitas essas considerações de ordem geral, vejamos agora as formas

descentralizadas de prestação de serviços públicos e de utilidade pública, que se outorgam às autarquias e entidades paraestatais, ou se delegam a concessionários, permissionários e autorizatários, ou se executam por acordos sob a modalidade de convênios e consórcios administrativos.

SERVIÇOS PÚBLICOS - resumo 1. Definição. Serviço público é a atividade exercida pelo poder públi-

co, direta ou indiretamente, para realizar o que entende estar de acordo com os seus fins e suas atribuições.

2. Princípios do serviço público. Aplicam-se ao serviço público oito princípios específicos, arrolados na lei: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modici-dade (art. 6º, § 1º, da Lei 8.987/95, que regula a concessão e a permissão de serviços).

3. Classificação dos serviços públicos. Os serviços públicos costu-mam receber a seguinte classificação:

Próprios: são os serviços públicos inerentes à soberania do Esta-do, como a defesa nacional ou a polícia judiciária.

De utilidade pública: são os considerados úteis ou convenientes, como o transporte coletivo e o fornecimento de energia elétrica.

"Uti universi" ou gerais: são os prestados à sociedade em geral, como a defesa do território. As partículas latinas ut ou uti significam de que modo, ou seja, uti universi, de modo geral ou indefinido.

"Uti singuli" ou individualizdveis: são também serviços prestados a todos, mas com possibilidade de identificação dos beneficiados, como os serviços de telefone, água ou energia.

Compulsórios: são os serviços que não podem ser recusados pelo destinatário, como os serviços de esgoto ou coleta de lixo. No caso de serem remunerados, são pagos por taxa.

Facultativos: são os serviços que o usuário pode aceitar ou não, como o transporte coletivo. São pagos por tarifa ou preço.

Adequados: serviços adequados são os executados de acordo com os oito princípios específicos do serviço público (Caio Cesar M.G.).

4. Concessão de serviços. Na concessão de serviços o poder público delega a prestação dos mesmos a entidades públicas ou privadas, que os executam por sua conta e risco, com remuneração paga, em regra, pelo usuário. Regula-se a concessão pela L 8.987/95.

5. Concessão de serviços precedida da execução de obra. Nesta modalidade de concessão, deve o concessionário primeiro constru-ir, conservar, reformar, ampliar ou melhorar determinada obra pú-blica, por sua própria conta e risco.

6. Permissão de serviço. A permissão de serviço é semelhante à concessão, apenas com algumas nuanças diferenciais. A principal diferença seria o caráter mais precário da permissão.

As permissões regulam-se, no que couber, pelas mesmas normas que regulam as concessões (L 8.987/95, art. 40, § ún).

Concessão

Caráter mais estável

Exige autorização legislativa

Licitação só por concorrência

Formalização por contrato

Prazo determinado

Só para pessoas jurídicas Permissão

Caráter mais precário

Não exige autorização legislativa, em regra

Licitação por qualquer modalidade

Formalização por contrato de adesão

Pode ser por prazo indeterminado

Para pessoas jurídicas ou físicas Extinção da concessão A Lei nº 8.987/95 estabelece no art. 35 várias hipóteses ensejadoras da

extinção do contrato de concessão. Advento do tempo contratual O advento do tempo contratual corresponde à expressão "término do

contrato’. Quer dizer, então, que o contrato de concessão celebrado com cláusula de vigência de 25 anos, por exemplo, será extinto automaticamen-te na data em que o referido tempo for implementado. Esse prazo, em princípio, pode ser prorrogado, desde que haja previsão no edital e nele próprio e que as partes tenham interesse na prorrogação. Nesse caso, antes do vencimento deve ser providenciado o aditamento prorrogatório. Depois de vencido o prazo de vigência do contrato, a prorrogação do ins-trumento torna-se materialmente impossível em virtude da sua inexistência.

A extinção, em virtude do implemento do tempo contratual não gera, às partes, em principio, direitos e deveres indenizatórios. Nesse caso, não há que se falar em descumprimento de cláusulas contratuais. Mas os bens vinculados ao serviço serão revertidos ao poder concedente nos termos e condições estabelecidos no contrato, sem indenização, em regra, pois a presunção é a de que tais bens já estejam amortizados. Que significa bens amortizados? Significa que todos os bens vinculados à prestação do servi-ço já foram pagos com recursos oriundos do próprio serviço.

De acordo com a legislação pertinente, o concessionário de serviço público investe capital próprio para viabilizar a prestação do serviço conce-dido. O investimento destina-se à construção de obra pública, quando for o caso, à aquisição de máquinas, equipamentos e veículos automotores, à contratação de pessoal e à manutenção de todo esse complexo montado para prestar adequadamente o objeto do contrato.

Encampação Encampação consiste na retomada do serviço, antes do término do

contrato de concessão, por motivo de interesse público devidamente justifi-cado e comprovado. Para a efetivação dessa medida, é necessária a edição de lei específica autorizativa.

No caso de encampação, é devida indenização à concessionária pelos prejuízos sofridos com a medida que pôs fim à prestação do serviço preco-cemente. Para isso, o poder concedente promoverá, de preferência antes da medida encampatória, os levantamentos e as avaliações indispensáveis à apuração da quantia a ser indenizada, levando em consideração, princi-palmente, a parte dos bens ainda não amortizados ou não depreciados.

Caducidade Em virtude de descumprimento total ou parcial do contrato de conces-

são, compete ao poder concedente aplicar as sanções previstas no contrato

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ou declarar a caducidade da concessão. Os casos de caducidade estão arrolados no art. 38 da Lei n. 8.987/95.

Rescisão do contrato O contrato de concessão pode ser rescindido em virtude de acordo das

partes nos termos e condições que ajustarem, respeitado o interesse públi-co e resguardado o direito dos usuários, e também em virtude de decisão judicial. Nesse caso, a iniciativa deve ser da concessionária, se o poder concedente descumprir cláusulas contratuais e não reconhecer a sua inadimplência. Durante o curso da ação judiciária, o serviço não pode ser interrompido e nem paralisado. A concessionária tem o dever de cumprir o contrato até o trânsito em julgado da decisão intentada com o fito de res-cindir o contrato (art.. 39 da Lei n. 8.987/95).

E salutar a prescrição do artigo em referência, pois, estando a questão em litígio, não se sabe ainda se, efetivamente, o poder concedente des-cumpriu cláusulas do contrato que pudesse ensejar o fim da concessão. Só com a decisão transitada em julgado é que se saberá com quem está o direito litigado. Se com a concessionária, é nesse momento em que se pode dar a rescisão do contrato. Até então, por força do mesmo ajuste, é dela a responsabilidade da prestação do serviço nas condições pactuadas.

A última hipótese de rescisão do contrato de concessão verifica-se no caso de falência ou extinção da empresa concessionária, ou ainda quando falecer o titular da empresa individual ou for declarada a sua incapacidade, se dessa modalidade for a concessionária.

A falência ou extinção da empresa inviabiliza a manutenção da con-cessão. Nem precisaria estar previsto em lei, vez que, tanto num caso quanto noutro, haverá o desaparecimento de uma das partes signatárias do contrato de concessão, a concessionária. Esse perecimento por si só é bastante para determinar o rompimento definitivo do contrato. Semelhante situação dá-se com o falecimento ou a perda da capacidade civil do proprie-tário da empresa individual. Nesse caso, do ponto de vista do direito civil, o sucessor ou o curador poderá continuar mantendo a empresa, praticando normalmente os atos de responsabilidade do falecido ou do interditado. Essa possibilidade, entretanto, não foi acolhida pela lei disciplinadora da concessão de serviços públicos (art. 35, VI, da Lei n. 8.987/95).

Características do Serviço Público O serviço público é bastante diferente dos serviços comuns prestados

pelas empresas privadas ou pelos prestadores autônomos, vez que está subordinado coletivo, portanto, um interesse maior que o interesse individu-al de cada cidadão.

Assim, o Estado, por critérios jurídicos, técnicos e econômicos, define e estabelece quais os serviços deverão ser públicos ou de utilidade pública, e ainda se estes serviços serão prestados diretamente pela estrutura oficial ou se serão delegados a terceiros.

Naturalmente alguns serviços não poderão ser delegados a terceiros pela sua complexidade ou vinculação direta com a administração pública, entretanto, outros tipos de serviços não devem ser prestados diretamente e, por consequência, sempre são transferidos à iniciativa privada, contudo, obedecidas certas condições e normas.

Os serviços públicos, propriamente ditos, são aqueles prestados dire-

tamente à comunidade pela Administração depois de definida a sua essen-cialidade e necessidade. Assim são privativos do Poder Público, ou seja, só a Administração Pública deve prestá-los. Por exemplo a preservação da saúde pública e os serviços de polícia.

Outros serviços públicos, chamados de serviços de utilidade pública,

são aqueles que a Administração Pública reconhece a sua conveniência para a coletividade prestando-os diretamente ou delegando-os a terceiros, nas condições regulamentadas e sob o seu controle. Por exemplo o trans-porte coletivo, a energia elétrica, o serviço de telecomunicações e o forne-cimento de água.

Os serviços que são prestados individualmente a cada cidadão, por

exemplo o fornecimento de água, luz, telecomunicações etc., geralmente o são por empresas privadas mediante concessão outorgada pelo poder público e sob pagamento da tarifa respectiva diretamente pelo usuário.

A cessação do pagamento desses serviços por parte do usuário tem suscitado hesitações da jurisprudência sobre a legalidade e legitimidade da suspensão de seu fornecimento em face de normas vigentes como o Códi-go de Defesa do Consumidor.

Mas, importante, o prévio aviso da suspensão não pode ser ignorado e

é obrigatório pela lei e, aliás, conforme tem entendido pacificamente a jurisprudência.

A lei também define como essenciais alguns tipos de serviços, que

nem sempre são serviços públicos, mas que, sendo essenciais à coletivida-de, poderão sofrer alguns tipos de intervenção do poder público.

São serviços essenciais, assim definidos pela Lei n.º 7.783/89, os ser-

viços os de água, energia elétrica, gás, combustíveis, saúde, distribuição de medicamentos e alimentos, funerário, transporte coletivo, captação e trata-mento de esgoto, tráfego aéreo, compensação bancária e outros.

O SERVIÇO PÚBLICO NO DIREITO BRASILEIRO. BREVES COMENTÁRIOS ACERCA DE SUA NATUREZA JURÍDICA

Texto extraído do Jus Navigandi http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2606 Adrualdo de Lima Catão Mestre e doutorando em Filosofia e Teoria do Direito pela UFPE, Espe-

cialista em Direito Processual pelo CESMAC/AL, Professor de Filosofia do Direito da Universidade Federal de Alagoas - UFAL

1.AS FORMAS DE ATUAÇÃO ESTATAL 1.1Breve histórico A constituição de 1988 nasceu num momento político que tinha como

paradigma a luta existente entre o comunismo e o capitalismo. Seguindo o exemplo de diversos países europeus, mesclando princípios de igualdade com liberdade, veio a Constituição de 1988 a se consubstanciar em uma Carta do "bem estar social", colocando o Estado como ser que não mais se abstém de prestar, mas que, tendo em vista a desigualdade social existen-te, passa a desempenhar atividades ao cidadão, prestando-lhe utilidades de forma a tornar sua vida mais digna.

Abandona-se, assim, a concepção de estado liberal, que não resiste à

experiência da primeira grande guerra mundial e à Revolução Russa de 1917, que determinaram a mudança de postura do Estado, passando de mero guardião da ordem a um estado prestador e realizador do bem estar dos cidadãos.

Esse é o espírito da Carta de 88. Ela nasceu com o intuito de prestar

ao cidadão as utilidades que o mesmo precisa para viver dignamente, de forma a não depender apenas do mercado para prover suas necessidades. Por isso atribui diversas competências ao Estado brasileiro, obrigando a Administração Pública a desempenhar certas atividades que o Estado, por considera-las "atinentes a interesses integrados em sua esfera de ação própria", retira do comércio e da iniciativa particular e traz para si como uma competência, um dever - poder,

Ocorre que, nos últimos anos, após a derrocada do comunismo, surge

um novo fenômeno que passa a modificar a atuação política das nações. Uma nova postura, denominada de neoliberalismo, faz com que os Esta-dos retirem atribuições estatais e entreguem aos particulares.

No Brasil, tal fenômeno já vem ocorrendo desde 1990, com a eleição

do Presidente Collor. Naquele tempo, logo após a promulgação da CF-88, percebia-se a tendência liberal que começava a surgir. Dada essa recente concepção de estado liberal, a distinção entre serviços próprios do Estado e serviços próprios dos particulares parece não fazer mais sentido para os governantes e legisladores brasileiros.

Todavia, a natureza jurídica do serviço público não desapareceu com a

mudança de atitude dos governos brasileiros. Ao contrário, muitas atitudes governamentais são claras violações ao texto constitucional, que, em sendo inspirada numa carta do bem estar social, como tal deve ser interpretada, levando-se em consideração que, determinadas atividades, por estarem

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previstas na CF, têm regime jurídico peculiar, público, e desta forma devem ser tratadas pelo intérprete do direito.

É por este paradigma que deve a Constituição brasileira ser interpreta-da. Como sendo uma Carta do bem estar social que, ao mesmo tempo em que previu a liberdade de iniciativa característica do regime capitalista, preocupou-se com a desigualdade social e previu um Estado prestador de comodidades básicas ao cidadão através dos serviços públicos. Assim, deve-se levar em consideração esta realidade jurídica quando da análise das formas de atuação do Estado.

São duas as formas básicas de atuação do Estado brasileiro: a presta-ção de atividades que o sistema jurídico considera como públicas e, destar-te, são próprias do Estado, como também aquelas atividades que são próprias dos particulares e que o Estado só atua em casos excepcionais.

1.2.As formas de atuação estatal na CF-88 Nesta seara – a determinação das atividades estatais – ninguém me-

lhor do que Celso Antônio Bandeira de Melo para informar este trabalho. O autor descreve com precisão as duas searas antagônicas nas quais o Estado pode atuar, quais sejam, o serviço público e a atividade econô-mica.

Assim, as atuações Estatais estariam divididas em dois campos bási-cos: as atividades próprias do Estado, que são os serviços públicos, e aquelas próprias dos particulares, mas que, dadas determinadas circuns-tâncias, poderia o Estado nelas intervir.

No direito brasileiro, tem-se referida divisão estampada na nossa Cons-tituição. É ela quem prescreve os dois tipos de atividades, abordando o tema no capítulo da ordem econômica e nas atribuições das competências estatais (art. 21, 205, 208, 23, 173, 175, etc.)

Como observa EROS ROBERTO GRAU, a constituição aparta hialina-mente os dois tipos de atividades, enunciando, no artigo 173, as atividades que são próprias dos particulares e que o Poder Público só pode intervir em casos específicos, e no artigo 175, definindo que cabe ao Poder Público a prestação daquelas atividades que são serviços públicos.

Deste modo, quando o artigo 21 da CF prevê que "compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água", ele está prevendo uma atividade que, dada sua importância no momento político de elaboração da Constituição, foi tida como uma atividade primordial, necessária ao desenvolvimento da socie-dade, indispensável à manutenção da dignidade da pessoa humana e, por isso, foi retirada do domínio dos particulares e foi entregue ao Estado, estando, o mesmo, obrigado a desempenhar esta atividade.

Isto porque, como prevê o artigo 175 da CF-88, compete ao poder pú-blico a prestação dos serviços públicos. Nossa Carta Constitucional apre-senta um complexo de atribuições à Administração Pública, caracterizando certas atividades como serviços públicos e retirando-as da esfera econô-mica que é de domínio dos particulares.

Como se verá adiante, essas atividades sofrem a incidência de um re-gime jurídico peculiar, completamente distinto daquele que rege o outro campo de atividades, que é aquele destinado aos particulares.

Percebe-se que são regimes jurídicos completamente distintos e anta-

gônicos, um, de direito público, o outro de direito privado. Desta maneira, as atividades são regidas por princípios diversos, não podendo haver, neste tema, confusão entre as categorias. Qualquer definição jurídica que não leve em conta a diferença entre as atividades que o Estado desempenha não pode ser cientificamente rigorosa.

Segundo BAZILLI, a atual constituição "traz diretrizes perfeitamente de-

finidas a propósito da matéria". Verdadeiramente, percebe-se com relativa clareza a demarcação dos dois campos básicos de atuação estatal. De um lado, estão previstas atividades que o Estado deve desempenhar, enquanto do outro lado, vê-se o resíduo, previsto no capítulo da Ordem Econômica, que são as atividades próprias dos particulares, nas quais o Estado só poderá se imiscuir quando ocorrerem os fatos previstos na hipótese de incidência da norma prevista no artigo 173 da CF.

Referida separação dos campos de atuação, um próprio do Estado, o outro próprio dos particulares, é que vai demonstrar a verdadeira natureza e conceito do que se chama serviço público, atividade que não pode ser confundida com aquela que o Estado desempenha como "Estado empresa-rial".

Como se verá adiante, o chamado serviço público deve ser definido le-vando-se em consideração a Constituição Federal. É nela que se encon-tram as características básicas dessas atividades que, estando previs-tas como competências estatais, são regidas por um regime jurídico especí-fico, que não se confunde com aquele que rege as atividades econômicas, senão veja-se.

2.O CONCEITO DE SERVIÇO PÚBLICO A noção de serviço público se trata de verdadeira demarcação do âm-

bito de incidência do Direito Administrativo nas atividades estatais. É o serviço público campo próprio de atuação do Estado em que a intervenção de particulares é meramente acessória ou substitutiva e só se dá mediante condições muito específicas. O conceito de serviço público nasce justamen-te para determinar a separação entre direito público e privado, distinção esta que remonta à fase absolutista.

Com o advento da chamada Teoria do Serviço Público, a noção adqui-riu os contornos do Estado do bem-estar social, passando a se consubs-tanciar em uma obrigação de prestar atribuída ao Estado, sendo um dever e não um direito.

No atual Estado brasileiro, que tem como inspiração a noção de Estado do bem estar social, a Constituição prevê várias atribuições que cabem ao Estado prestar (Art. 175), consubstanciando-se, tais atividades, nos cha-mados serviços públicos que, como veremos, são atividades juridicamente distintas que se apresentam completamente delineadas pela Constituição Federal.

2.1.Constituição e Serviço Público Segundo a lição de EROS ROBERTO GRAU, a Constituição apresenta

todos os contornos da noção jurídico-brasileira de serviço público. Assim o faz quando aparta essas atividades daquelas próprias dos particulares, entregando-as ao Estado como sendo um dever-poder.

A nossa Carta constitucional encerra todos os elementos e critérios pa-

ra perfeita identificação das atividades que caracterizam serviço público. O conceito de serviço público no direito brasileiro há de ter como base o Sistema Constitucional. Ainda quando determinada atividade não estiver prevista expressamente como sendo serviço público, sua natureza jurídica será buscada no texto constitucional e confrontada com a mesma para que se averigúe se há ou não serviço público.

Assim é que, tomando como base a Carta Magna brasileira, temos

uma noção de serviço público dividida em dois aspectos. Segundo o pen-samento de CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO, encontrar-se-á, neste trabalho, a noção de serviço público dividida entre os aspectos formal e material.

No aspecto material o serviço público se caracteriza como sendo uma

atividade de prestação de utilidade ou comodidade material fruível direta-mente pelos administrados, que o Estado assume como próprias por se tratarem de atividades necessárias ao interesse social.

O aspecto material da noção deverá influir, em verdade, o legislador

ordinário, tendo em vista que aquelas atividades que a Constituição deter-mina como sendo serviços públicos podem ser assim consideradas imedia-tamente. Porém, as atividades que não estejam previstas na Cf-88 podem vir a ser serviços públicos, contanto que o legislador respeite a natureza da atividade, confrontando a mesma com o substrato material do serviço público que é aquele previsto implicitamente na Constituição Federal.

Já o aspecto formal diz respeito ao regime jurídico a que se submete o serviço. Eis aqui o aspecto nuclear do serviço público. É o regime que incide sobre as atividades consideradas como serviço público. Esse regime é informado por princípios e regras de caráter público, segundo o regime jurídico de direito Administrativo e Constitucional.

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É que, como afirma CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO, "de nada adiantaria qualificar como serviços públicos determinadas atividades se algumas fossem regidas por princípios de Direito Público e outras prestadas em regime de economia privada."

Vê-se que o aspecto formal é quem vai dar a informação ao aplicador do direito no momento de identificar as atividades consideradas serviços públicos. Entretanto, cabe ressaltar que nem todas as atividades que o legislador ordinário queira transformar em serviço público podem ser assim tachadas. Como já delineado, para o legislador ordinário, o aspecto material da noção de serviço público, encontrado implicitamente na Constituição, deve ser levado em consideração para a validade da norma infraconstituci-onal.

Percebe-se, deste modo, que a noção de serviço público em todos os seus aspectos deve ser encontrada na Constituição Federal, eis que a mesma apresenta todos os caracteres necessários à esta definição. Assim, para qualquer forma de aplicação do direito no campo dos serviços público deve ser levada em consideração um conceito constitucional tentando-se dissipar noções que estejam fora do âmbito jurídico a fim de se evitar incongruências.

Concluindo, as atividades que a constituição trata como serviço publico não podem ser caracterizadas de outra forma. Já aquelas que não se encontram delineadas na constituição, so podem vir a ser tornadas serviço publico se o legislador ordinário respeitar sua natureza, e não invadir o campo da iniciativa privada. Tal natureza deve ser buscada no conceito de interesse publico e social, inserto implicitamente na constituição.

2.2.Serviço público como ‘res extra commercium’ – Obrigação Es-

tatal Analisando-se a noção constitucional de serviço público percebe-se

que o mesmo se configura em uma coisa que não pode ser comercializada. É uma atividade retirada do mercado, ou seja, insusceptível de negociação.

Isto porque as atividades que consubstanciam serviços públicos são bens retirados da especulação particular e entregues ao setor público para que o mesmo desempenhe. O Estado retira do mercado as atividades que considera atinente a interesses ligados à sua esfera de ação e transfere para o setor público transformando a mesma em uma atividade pública, destarte, fora da ação livre dos particulares, portanto, fora do mercado.

Isto implica dizer que as atividades chamadas serviços públicos não são negociadas pelo poder público. O Estado presta tais atividades porque é obrigado a fazê-lo pelo texto constitucional. Os serviços públicos são atividades especiais, com regime jurídico específico, qualifi-cadas pela Constituição, que, retirando-as da livre alçada dos particulares, retira-as do mercado e as coloca sob a égide do poder público que deve desempenha-las sob comando constitucional.

"Daí serem as utilidades assim produzidas qualificadas como res extra commercium. Estão fora da livre disposição da vontade de qualquer pes-soa, inclusive da administração (poder executivo). Por isso não lhes são aplicáveis os institutos, fórmulas e regime jurídico próprios das relações privadas."

Nota-se que o serviço público é atividade retirada, pela Constituição, da alçada dos particulares e entregue como dever-poder, ao Estado, que, por não ter livre disposição acerca de suas obrigações e competências estabe-lecidas pela Constituição, não pode reger tais atividades sob regime jurídico diverso do de Direito Público, devendo cumprir a obrigação estabelecida na Constituição e prestar os serviços por ela designados como públicos.

Desta forma, o serviço publico se caracteriza como uma atividade es-pecial, que, dada sua natureza, e retirada do domínio dos particulares e entrega ao poder publico que DEVE prestá-las aos cidadãos sem qualquer exceção, a não ser que prevista na constituição.

Informações bibliográficas:

CATÃO, Adrualdo de Lima. O serviço público no Direito brasileiro. Breves co-

mentários acerca de sua natureza jurídica. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 54, fev. 2002. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2606>. Acesso em: 20 jun. 2009.

SERVIDORES PÚBLICOS

NORMAS CONSTITUCIONAIS PERTINENTES AOS SERVIDORES As normas constitucionais pertinentes aos servidores são, principal-

mente, as dos arts. 37 a 41. Dizemos principalmente porque outras existem, esparsas no texto constitucional, que, embora não reunidas na seção própria (CF, tít. III, cap. VII, seçs. I e II — “Dos servidores públicos”), são também de observância obrigatória, dentre outras as que estabelecem a privatividade da iniciativa das leis que criam cargos públicos (arts. 51, IV, 52, XIII, 61, § 1º, II, “a”, 96, II, “b”, e 127, § 3º) e a competência para seu provimento (arts. 96, I, “c” e “e”, 84, XXV, e 127, § 2º). Como se verá, algumas são pertinentes a todos os servidores públicos enquanto que outras, não, dependendo do regime jurídico adotado.

Todavia, o que nos propomos examinar neste tópico são as normas

constantes dos referidos arts. 37 a 41 da CF. Destas, pelo menos uma tem um caráter nitidamente organizatório (art. 37, I, do qual deriva o princípio da organização legal do serviço público). As demais, como advertimos precedentemente, exercem uma dupla função — de proteção ao serviço e de proteção ao servidor —, pois visam a estabelecer o equilíbrio entre o Poder Público e seu pessoal, para que este não se arme de vantagens prejudiciais ao serviço público, nem o Estado amesquinhe os que o servem.

Essas normas dispõem sobre: acessibilidade aos cargos públicos,

funções e empregos públicos (art. 37, I); obrigatoriedade de concurso público (art. 37, II); contratação por prazo determinado (art. 37, IX); paridade de vencimentos (arts. 37, XII, e 39, § 1º); vedações de equiparações e vinculações (art. 37, XIII); tetos de remuneração, subsídio, proventos e pensões (art. 37, XI); inacumulabilidade de cargos, empregos e funções (art. 37, XVI e XVII); estabilidade (art. 41, caput); aposentadoria (art. 40); cômputo do tempo de serviço prestado a todas as entidades da Administração direta, autárquica e fundacional (art. 40, § 3º); exercício de funções eletivas por servidor (art. 38); demissão de estáveis (art. 41, § 1º); reintegração (art. 41, § 2º); responsabilização civil dos servidores (art. 37, § 6º); sujeição às normas constitucionais quanto à forma e às condições de provimento dos cargos públicos (art. 37, I e II); greve (art. 37, VII). Analise-mos, sumariamente, a razão de ser e a extensão dessas imposições.

Acessibilidade aos cargos, funções e empregos públicos

Ao estabelecer a acessibilidade aos cargos, empregos e funções públicas a todos os brasileiros (art. 37, I) a Constituição assegura aos brasileiros natos e naturalizados, salvo as exceções constitucionais previstas no seu art. 12, § 3º, o direito de acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Pela EC 11, de 30.4.96, que acrescentou parágrafos ao art. 207 da CF de 1988, as universidades e as instituições de pesquisa científica e tecnológica podem admitir estrangeiros como professores, técnicos e cientistas, na forma da lei federal e de caráter nacional. Agora, pela redação dada pela EC 19, os cargos, empregos e funções públicas são também acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei, também federal e de natureza nacional. Por outro lado, o mesmo art. 37, I, condiciona a acessibilidade aos cargos públicos, funções e empregos públicos ao preenchimento dos requisitos estabelecidos em lei.

Com isso, ficam as Administrações autorizadas a prescrever em lei

exigências quanto à capacidade física, moral, técnica, científica e profissional que entenderem convenientes, como condições de eficiência, moralidade e aperfeiçoamento do serviço público. Mas à lei específica, de caráter local, é vedado dispensar condições estabelecidas em lei nacional para a investidura em cargos públicos, como, p. ex., as exigidas pelas leis eleitoral e do serviço militar, ou para o exercício de determinadas profissões (CF, art. 22, XVI). E tanto uma como outra deverão respeitar as garantias asseguradas no art. 5º da CF, que veda distinções baseadas em sexo, idade, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas. E, tratando-se de concurso público, este será realizado de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei (CF, art. 37, II).

Assim sendo, desde que a lei genérica, de cunho nacional, condicione

o exercício de determinada atividade à habilitação profissional na forma que prescrever, como ocorre com a Medicina e a Engenharia, não é permitido à lei específica dispensar ou inexigir a mesma habilitação para a investidura em cargo cuja função precípua se confunda com aquela atividade.

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Quanto ao princípio da isonomia (CF, art. 5º), é preciso ver que, além das distinções acima referidas, a igualdade de todos os brasileiros perante a lei veda as exigências meramente discriminatórias, como as relativas ao lugar de nascimento, condições pessoais de fortuna, família, privilégios de classe ou qualquer outra qualificação social. E assim é porque os requisitos a que se refere a CF (art. 37) hão de ser apenas os que, objetivamente considerados, se mostrem necessários e razoáveis ao cabal desempenho da função pública. Se determinado cargo de datilógrafo, por ex., pode ser exercido indiferentemente por pessoas do sexo feminino ou masculino, a discriminação fundada nesse atributo pessoal do candidato será indevida; entretanto, se o que a Administração deseja é uma pessoa do sexo feminino para ocupar o cargo de datilógrafo numa penitenciária de mulheres, o estabelecimento desse requisito não constituirá discriminação ilegal, uma vez que visa a atender a uma legítima conduta administrativa. Daí por que a jurisprudência tem admitido como válidas, com base no princípio da razoabilidade, exigências que, à primeira vista, pareceriam atentatórias ao princípio da isonomia, tais como as que limitam a acessibilidade a certos cargos em razão da idade, sexo, categoria profissional, condições mínimas de capacidade física e mental e outros requisitos de adequação ao cargo.

Apreciando a matéria, o TFR (hoje, substituído pelo STJ) assentou

lição antiga, mas de conteúdo atual: “A desigualdade física, moral e intelectual é um fato que a lei reconhece e por vezes aprecia e apura, como sucede na seleção do pessoal para as funções públicas, acessíveis a qual-quer que dê prova da capacidade exigida”. O STF, em suas decisões, tem deixado claro que as limitações impostas por lei só podem ser admitidas quando forem razoáveis, ou seja, a razoabilidade deverá ser aferida em razão da natureza das atribuições do cargo a preencher.

Dessa forma, a EC 19, ao inserir dispositivo permitindo que a lei

estabeleça requisitos diferenciados de admissão quando a natureza ou a complexidade do cargo os exigirem (CF, art. 37, II), nada mais fez do que consagrar o que o Judiciário já vinha entendendo. Portanto, esses requisitos só serão constitucionais se forem razoáveis.

Concurso

A obrigatoriedade de concurso público, ressalvados os cargos em comissão e empregos com essa natureza, refere-se à investidura em cargo ou emprego público, isto é, ao ingresso em cargo ou emprego isolado ou em cargo ou emprego público inicial da carreira na Administração direta e indireta. O concurso é o meio técnico posto à disposição da Administração Pública para obter-se moralidade, eficiência e aperfeiçoamento do serviço público e, ao mesmo tempo, propiciar igual oportunidade a todos os interessados que atendam aos requisitos da lei, fixados de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, consoante determina o art. 37, II, da CF. Pelo concurso afastam-se, pois, os ineptos e os apaniguados que costumam abarrotar as repartições, num espetáculo degradante de protecionismo e falta de escrúpulos de políticos que se alçam e se mantêm no poder leiloando cargos e empregos públicos.

Desde a Constituição de 1967 para os cargos públicos efetivos e a

quase-totalidade dos vitalícios os concursos públicos só podem ser de provas ou de provas e títulos, ficando, assim, afastada a possibilidade de seleção com base unicamente em títulos, como ocorria na vigência da Constituição de 1946, que fazia igual exigência para a primeira investidura em cargos de carreira, silenciando, entretanto, quanto à modalidade do concurso (art. 186; cf art. 37, II, da atual CF). Com o objetivo de evitar interferências eleitorais, a Lei 9.507/97 proíbe a realização de concurso público no período por ela especificado, salvo as exceções por ela previstas (art. 73, V). A respeito, ver Consulta 1.065, TSE, Pleno, DJU 12.7.2004. Tratando-se de pessoa jurídica de Direito Privado integrante da Administração indireta admite-se que o certame seja feito sem essa complexidade, porém é essencial que assegure o atendimento do princípio da isonomia, possibilitando àquele que queira participar uma efetiva participação.

Os concursos não têm forma ou procedimento estabelecido na

Constituição, mas é de toda conveniência que sejam precedidos de uma regulamentação legal ou administrativa, amplamente divulgada, para que os candidatos se inteirem de suas bases e matérias exigidas. Suas normas, desde que conformes com a CF e a lei, obrigam tanto os candidatos quanto

a Administração. Como atos administrativos, devem ser realizados através de bancas ou comissões examinadoras, regularmente constituídas com elementos capazes e idôneos dos quadros do funcionalismo ou não, e com recurso para órgãos superiores, visto que o regime democrático é contrário a decisões únicas, soberanas e irrecorríveis. De qualquer forma, caberá sempre reapreciação judicial do resultado dos concursos, limitada ao aspecto da legalidade da constituição das bancas ou comissões examinadoras, dos critérios adotados para o julgamento e classificação dos candidatos. Isso porque nenhuma lesão ou ameaça a direito individual poderá ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (CF, art. 5º, XXXV).

É conveniente, ainda, que as bancas ou comissões examinadoras, se

constituídas por servidores, o sejam somente com os efetivos, para se assegurar a independência no julgamento e afastar as influências estranhas. Outra cautela recomendável é a de não se colocar examinadores de hierarquia inferior à do cargo em concurso ou que tenham menos títulos científicos ou técnicos que os eventuais candidatos, sem o quê ficará prejudicada a eficiência das provas, além de constituir uma capitis deminutio para os concorrentes mais categorizados que os integrantes da banca.

Desde que o concurso visa a selecionar os candidatos mais capazes, é

inadmissível e tem sido julgada inconstitucional a concessão inicial de vantagens ou privilégios a determinadas pessoas ou categorias de servidores, porque isto cria desigualdade entre os concorrentes. Os concursados remanescentes, enquanto não esgotado o prazo de validade do concurso realizado, têm prioridade sobre os novos concursados (CF, art. 37, IV). A reserva de percentual de cargos para as pessoas portadoras de deficiência, prevista no art. 37, VIII, da CF, não afasta a exigência de caráter geral relativa ao concurso público.

A Administração é livre para estabelecer as bases do concurso e os

critérios de julgamento, desde que o faça com igualdade para todos os candidatos, tendo, ainda, o poder de, a todo tempo, alterar as condições e requisitos de admissão dos concorrentes, para melhor atendimento do interesse público. Não obstante, é ilegal a exclusão ou reprovação com base em critério subjetivo, como a realização de exame psicotécnico sem critérios objetivos ou a avaliação sigilosa de conduta do candidato, sem motivação. Ante a presunção de não culpabilidade, é também ilegal reprovar ou excluir do concurso candidato com ação penal em curso ou cumprindo pena em regime semi-aberto, sob a alegação de falta de capacitação moral”.

Os candidatos, mesmo que inscritos, não adquirem direito à realização

do concurso na época e condições inicialmente estabelecidas pela Administração; esses elementos podem ser modificados pelo Poder Público, como pode ser cancelado ou invalidado o concurso, antes, durante ou após sua realização. E assim é porque os concorrentes têm apenas uma expectativa de direito, que não obriga a Administração a realizar as provas prometidas. Ainda mesmo a aprovação no concurso não gera direito absoluto à nomeação ou à admissão, pois que continua o aprovado com simples expectativa de direito à investidura no cargo ou emprego disputado;

mas a Administração deve demonstrar, de forma consistente, o motivo da conveniência administrativa da não-nomeação daquele que está dentro do número de vagas previsto no concurso.

Vencido o concurso, o primeiro colocado adquire direito subjetivo à

nomeação com preferência sobre qualquer outro, desde que a Administração se disponha a prover o cargo ou o emprego público, mas a conveniência e oportunidade do provimento ficam à inteira discrição do Poder Público. O que não se admite é a nomeação de outro candidato que não o vencedor do concurso, pois, nesse caso, haverá preterição do seu direito, salvo a exceção do art. 37, IV.

O concurso tem validade de até dois anos, contados da homologação,

prorrogável uma vez, por igual período, conforme dispõe o art. 37, III, da CF. Tratando-se de cargo público, após o concurso segue-se o provimento do cargo, através da nomeação do candidato aprovado. A nomeação é o ato de provimento de cargo, que se completa com a posse e o exercício.

A investidura do servidor no cargo ocorre com a posse. A posse é a

conditio juris da função pública. Por ela se conferem ao servidor ou ao

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agente político as prerrogativas, os direitos e os deveres do cargo ou do mandato. Sem a posse o provimento não se completa, nem pode haver exercício da função pública. É a posse que marca o inicio dos direitos e deveres funcionais, como, também, gera as restrições, impedimentos e incompatibilidades para o desempenho de outros cargos, funções ou mandatos. Por isso mesmo, a nomeação regular só pode ser desfeita pela Administração antes da posse do nomeado. No entanto, a anulação do concurso, com a exoneração do nomeado, após a posse, só pode ser feita com observância do devido processo legal e a garantia de ampla defesa.

O exercício do cargo é decorrência natural da posse. Normalmente, a

posse e o exercício são dados em momentos sucessivos e por autoridades diversas, mas casos há em que se reúnem num só ato, perante a mesma autoridade. E o exercício que marca o momento em que o funcionário passa a desempenhar legalmente suas funções e adquire direito às vantagens do cargo e à contraprestação pecuniária devida pelo Poder Público. Sem exercício, já decidiu o TJSP, não há direito ao recebimento de vencimentos.

Com a posse o cargo fica provido e não poderá ser ocupado por

outrem, mas o provimento só se completa com a entrada em exercício do nomeado. Se este não o faz na data prevista, a nomeação e, consequentemente, a posse tomam-se ineficazes, o que, juntamente com a vacância do cargo, deve ser declarado pela autoridade competente.

Em face do art. 13 da Lei 8.429/92, que trata do enriquecimento ilícito,

a posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de bens e valores, a fim de ser arquivada no Serviço de Pessoal. O conteúdo da declaração, sua atualização e as consequências da não apresentação estão prescritos nos §§ 1º a 3º do art. 13. No âmbito federal, o Dec. 5.483, de 30.6.2005, regulamentou esse art. 13 e instituiu a sindicância patrimonial.

Observe-se, por fim, que a exigência de prévia aprovação em concurso

é para os cargos de provimento efetivo, ou seja, não temporário, não condi-cionado a uma relação de confiança entre o nomeado e seus superiores hierárquicos. Daí por que é dispensada para o preenchimento dos cargos declarados em lei de provimento em comissão, cuja principal característica é a confiabilidade que devem merecer seus ocupantes, por isso mesmo no-meáveis e exoneráveis livremente (CF, art. 37, II), e destinados apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento (CF, art. 37, V). Como vi-mos, um parcela desses cargos em comissão será preenchida por servido-res de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei (CF, art. 37, V). Nestas hipóteses, a nomeação, embora livre, fica condi-cionada à observância dos requisitos previstos na lei federal, estadual, distrital ou municipal.

Neste campo, o legislador deve ter presente, sempre, advertência e

alerta do STF no sentido de que “a criação de cargo em comissão, em moldes artificiais e não condizentes com as praxes de nosso ordenamento jurídico e administrativo, só pode ser encarada como inaceitável esvaziamento da exigência constitucional do concurso”, ou, por extensão, agora, da exigência de um percentual mínimo para os servidores de carreira, isto é, concursados.

Contratação por tempo determinado

Além dos servidores públicos concursados ou nomeados em comissão, a Constituição Federal permite que a União, os Estados e os Municípios editem leis que estabeleçam “os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público” (art. 37, IX). Obviamente, essas leis deverão atender aos princípios da razoabilidade e da moralidade. Não podem prever hipóteses abrangentes e genéricas, nem deixar sem definição, ou em aberto, os casos de contratação. Dessa forma, só podem prever casos que efetivamente justifiquem a contratação. Esta, à evidência, somente poderá ser feita sem processo seletivo quando o interesse público assim o permitir.

No âmbito federal essa contratação encontra-se regulada pela Lei

8.745, de 9.12.93, alterada pelas Leis 9.849, de 26.10.99, 10.973/2004 e 11.204/2005. Esta lei federal deve servir de norte para Estados e Municípios disporem sobre a matéria. Os casos relacionados pela aludida lei, exemplificativamente, são: a) assistência a situações de calamidade

pública; b) combate a surtos endêmicos; c) admissão de professor substituto e professor visitante; d) admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; e e) atividades especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de Engenharia. O seu art. 3º estabelece como regra geral o recrutamento mediante processo seletivo simplificado, prescindindo, portanto, de concurso público. Todavia, a contratação para atender a situação de calamidade pública dispensa o processo seletivo e a prevista nas letras “e” e “f’, acima, poderá ser efetivada à vista de notória capacidade técnica ou científica do profissional, mediante análise do curriculum vitae (cf. §§ 1º e 2º do art. 3º). Com a finalidade de evitar fraude à regra do tempo determinado, a lei veda a prorrogação dos contratos, só a admitindo nos casos e nos prazos ali estabelecidos (art. 4º e §§ 1º e 2º). A extinção do contrato dar-se-á pelo término do prazo contratual, por iniciativa do contratado ou por iniciativa do contratante, decorrente de conveniência administrativa. Nas duas primeiras hipóteses a extinção opera sem direito a indenização, e na última o contratado será indenizado por valor correspondente à metade do que lhe caberia até o restante do contrato (art. 12 e § 2º).

Desinvestidura de cargo ou emprego público A desinvestidura de cargo pode ocorrer por demissão, exoneração ou

dispensa. Demissão é punição por falta grave. Exoneração é desinvestidura:

a) a pedido do interessado — neste caso, desde que não esteja sendo processado judicial ou administrativamente; b) de oficio, livremente (ad nutum), nos cargos em comissão; e c) motivada, nas seguintes hipóteses: c1) do servidor não estável no conceito do art. 33 da EC 19, para os fins previstos pelo art. 169, § 3º, II, da CF; c2) durante o estágio probatório (CF, art. 41, § 4º); c3) do servidor estável, por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, § lº, III) ou para observar o limite máximo de despesa com pessoal ativo e inativo (CF, art. 169, § 4º). A dispensa ocorre em relação ao admitido pelo regime da CLT quando não há a justa causa por esta prevista. Embora a CLT fale em demissão sem justa causa, preferimos o termo dispensa, porque não tem natureza punitiva. O ato de dispensa, no nosso entender, deve ser motivado, expondo-se por escrito o seu motivo ou a sua causa. A motivação decorre dos princípios da legalidade, da eficiência, da moralidade e da razoabilidade, pois só com ela é que poderão ser afastados os desligamentos de celetistas motivados por perseguição política ou por outro desvio de finalidade. Se o particular pode, em tese, desligar o empregado que queira, o mesmo raciocínio não cabe tratando-se de empregado público. De fato, em razão dos princípios citados e como acentuado em outro tópico, a relação de administração é distinta da relação de propriedade. Nesta, a propriedade e a vontade prevalecem; naquela, o dever ao influxo de uma finalidade cogente. Assim, sem motivação que demonstre finalidade pública a dispensa é ilegal.

Paridade de vencimentos

No atual sistema os vencimentos pagos pelo Poder Executivo constituem o limite máximo para a remuneração dos servidores que exerçam funções iguais ou assemelhadas no Legislativo e no Judiciário (CF, art. 37, XII). Sendo assim, estes Poderes, tendo em vista suas disponibilidades orçamentárias, podem estabelecer a retribuição a seus servidores em bases idênticas às do Executivo, ou lhes atribuir menor remuneração, mas nunca pagar-lhes mais, de modo a criar uma injusta disparidade, dai resultando um teto para esse Poderes. A liberdade dos Poderes Legislativo e Judiciário reduz-se, quanto a esse aspecto, à possibilidade de criar ou não seus cargos e à de fixar-lhes um estipêndio igual ou inferior ao estabelecido em lei para os mesmos servidores, isto é, os que tenham atribuições iguais ou assemelhadas, no âmbito do Executivo. Todavia, por lei, os demais Poderes podem instituir limites diversos do Executivo, desde que os cargos e suas funções sejam diferenciados. Esse limite não corresponde aos tetos remuneratórios para todos os servidores ativos e inativos, previstos pelo art. 37, XI, da CF.

Vedação de equiparações e vinculações

A vedação de equiparações e vinculações de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público (CF, art. 37, XIII) é outra norma moralizadora que figura no texto constitucional desde 1967 (art. 96). A Constituição proíbe o tratamento jurídico paralelo de cargos com funções desiguais (equiparação) e a subordinação de um cargo a outro, dentro ou fora do mesmo Poder, ou a

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qualquer fator que funcione como índice de reajustamento automático, que retire a iniciativa do Poder competente para a fixação da remuneração, como o salário mínimo, inclusive o profissional, ou a arrecadação orçamentária (vinculação), para fins de remuneração do pessoal administrativo. Equiparar significa a previsão, em lei, de remuneração igual à de determinada carreira ou cargo. Assim, não significa equiparação a existência de duas ou mais leis estabelecendo, cada uma, valores iguais para os servidores por elas abrangidos. Vincular não significa remuneração igual, mas atrelada a outra, de sorte que a alteração da remuneração do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado.

Como norma de eficácia plena, o dispositivo em exame é de incidência

direta, dispensando outras normas reguladoras e revogando desde logo as que disponham diversamente, de modo que “os beneficiários de equipa-ração de vencimentos ou proventos estabelecidos antes da Constituição não podem reivindicá-la após a vigência desta” (STF, RDA 98/133).

A própria Constituição em alguns casos prevê a equiparação ou a

vinculação, como ocorre com os Ministros dos Tribunais de Contas sendo equiparados aos Ministros do STJ (CF, art. 73, § 3º), com a vinculação entre os subsídios dos Ministros do STF com os do STJ e demais magistrados, prevista pelo art. 93, V, da CF, e com o direito à percepção de salário-base em valor não inferior ao salário mínimo.

Acumulação de cargos, empregos e funções públicas

A proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções, tanto na Administração direta como nas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público (CF, art. 37, XVI e XVII), visa a impedir que um mesmo cidadão passe a ocupar vários lugares ou a exercer várias funções sem que as possa desempenhar proficientemente, embora percebendo integralmente os respectivos vencimentos. As origens dessa vedação vêm de longe, ou seja, do Decreto da Regência, de 18.6.1822, da lavra de José Bonifácio, cuja justificativa tem ainda plena atualidade quando esclarece que por ele “se proíbe que seja reunido em uma só pessoa mais de um oficio ou emprego, e vença mais de um ordenado, resultando manifesto dano e prejuízo à Administração Pública e às partes interessadas, por não poder de modo ordinário um tal empregado público ou funcionário cumprir as funções e as incumbências de que duplicadamente encarregado, muito principalmente sendo incompatíveis esses ofícios e empregos; e, acontecendo, ao mesmo tempo, que alguns desses empregados e funcionários públicos, ocupando os ditos empregos e ofícios, recebam ordenados por aqueles mesmo que não exercitam, ou por serem incompatíveis, ou por concorrer o seu expediente nas mesmas horas em que se acham ocupados em outras repartições”.

A própria Constituição, entretanto, reconhecendo a conveniência de

melhor aproveitamento da capacidade técnica e científica de determinados profissionais, abriu algumas exceções à regra da não acumulação, para permiti-la expressamente quanto a cargo da Magistratura e do Magistério (art. 95, parágrafo único, I), a dois cargos de Magistério (art. 37, XVI, “a”), a de um destes com outro, técnico ou científico (art. 37, XVI, “b”), e a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, “c”, red. da EC 34/01), contanto que haja compatibilidade de horários (art. 37, XVI). Todavia, mesmo nesses casos aplica-se o teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da CF. A vedação é genérica e, ressalvadas as mencionadas exceções, prevalece entre quaisquer cargos — de nomeação ou eletivos —, ocupados a qualquer título, de quaisquer entidades estatais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como, por força da EC 19, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público (CF, art. 37, XVII).

O entendimento exposto em edições anteriores a respeito da

acumulação por parte do aposentado está superado pelo STF. Este entende, mesmo em relação aos aposentados, que a acumulação de proventos e vencimentos só é cabível quando tais cargos, empregos ou funções são acumuláveis na atividade. Quanto ao servidor aposentado compulsoriamente (setenta anos de idade), entendemos que, salvo quanto aos eletivos, não poderá ocupar qualquer outro cargo, emprego ou função pública, porque a própria Constituição da República estabelece uma

presunção de incapacidade absoluta para o desempenho de serviço público.

A proibição de acumular, sendo uma restrição de direito, não pode ser

interpretada ampliativamente. Assim, como veda a acumulação remunerada, inexistem óbices constitucionais à acumulação de cargos, funções ou empregos do serviço público desde que o servidor seja remunerado apenas pelo exercício de uma das atividades acumuladas.

Trata-se, todavia, de uma exceção, e não de uma regra, que as Administrações devem usar com cautela, pois, como observa Castro Aguiar, cujo pensamento, neste ponto, coincide com o nosso, “em geral, as acumulações são nocivas, inclusive porque cargos acumulados são cargos mal-desempenhados”.

Estabilidade

Estabilidade é a garantia constitucional de permanência no serviço público outorgada ao servidor que, nomeado para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, tenha transposto o estágio probatório de três anos, após ser submetido a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade (CF, art. 41).

O instituto da estabilidade sofreu profundas alterações com a EC 19,

ditadas por dois objetivos básicos: atender ao princípio da eficiência e reduzir os gastos com os servidores públicos. Essas alterações não podem e não devem gerar uma volta ao passado. Com efeito, vale lembrar que, criada pela Carta de 1938, a estabilidade tinha por fim garantir o servidor público contra exonerações, de sorte a assegurar a continuidade do serviço, a propiciar um melhor exercício de suas funções e, também, a obstar aos efeitos decorrentes da mudança do Governo. De fato, quase como regra, a cada alternância do poder partidário o partido que assumia o Governo dispensava os servidores do outro, quer para admitir outros do respectivo partido, quer por perseguição política . Por isso — e felizmente —, a EC 19 exige a motivação e assegura a ampla defesa em cada caso de exoneração por avaliação de desempenho (art. 41, § 1º), ou só a motivação, tratando-se de atendimento aos limites das despesas com pessoal (art. 169), permitindo, assim, que haja um melhor controle sobre elas.

A nomeação para cargo de provimento efetivo é a condição primeira

para a aquisição da estabilidade. A efetividade, embora se refira ao servidor, é apenas um atributo do cargo, concernente à sua forma de provimento, que deve ser por concurso público, e, como tal, deve ser declarada no decreto de nomeação e no título respectivo, porque um servidor pode ocupar transitoriamente um cargo de provimento efetivo (casos de substituição, p. ex.), sem que essa qualidade se transmita ao seu ocupante eventual. Esta condição — cargo efetivo — afasta a aquisição da estabilidade por parte do servidor empregado público regido pela CLT.

É importante frisar que essa nomeação deve ocorrer em virtude de

concurso público, sendo esta a segunda condição para a aquisição da estabilidade. Note-se que agora ficou claro que o provimento originário do cargo efetivo deve ter como causa a aprovação em concurso público prestado especificamente para tal fim, não para qualquer outro cargo.

É por isso que os nomeados em comissão e os admitidos na forma do

art. 37, IX, da CF, cujos vínculos empregatícios têm sempre um caráter provisório, jamais adquirem estabilidade. Não podem pretender a permanência no serviço público, porque essa garantia, repetimos, é exclusiva dos servidores regularmente investidos em cargos públicos de provimento efetivo em virtude de concurso público.

Não há confundir efetividade com estabilidade, porque aquela é uma

característica da nomeação e esta é um atributo pessoal do ocupante do cargo, adquirido após a satisfação de certas condições de seu exercício. A efetividade é um pressuposto necessário da estabilidade. Sem efetividade não pode ser adquirida a estabilidade.

Estágio probatório de três anos, terceira condição para a estabilidade,

é o período de exercício do servidor durante o qual é observado e apurada pela Administração a conveniência ou não de sua permanência no serviço público, mediante a verificação dos requisitos estabelecidos em lei para a aquisição da estabilidade (idoneidade moral, aptidão, disciplina,

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assiduidade, dedicação ao serviço, eficiência etc.). O prazo era de dois anos antes da EC 19. Por isso, esta, em norma transitória (art. 28), assegura tal prazo aos servidores em estágio probatório na data da sua promulgação, sem prejuízo da avaliação especial de desempenho, examinada a seguir. Para esse estágio só se conta o tempo de nomeação efetiva na mesma Administração, não sendo computável o tempo de serviço prestado em outra entidade estatal, nem o período de exercício de função pública a título provisório.

A quarta condição para a aquisição da estabilidade, durante o estágio

probatório, é obrigatoriedade de avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade (CF, art. 41, § 4º). É novidade da EC 19. O acompanhamento do desempenho do servidor durante o estágio probatório, ínsito na exigência deste, como em grande parte não era realizado, passou a ser condição para a aquisição da estabilidade. É decorrência do principio da eficiência. Ficou clara, assim, a importância do desempenho na apuração da estabilidade. Se aquele for insuficiente, a estabilidade não deve ser declarada. O ideal é que cada categoria profissional tenha sua comissão de avaliação especial do servidor em estágio probatório e que haja um relatório circunstanciado para o servidor em estágio. Essa direção foi apontada pela EC 19 ao prever que para os Procuradores do Estado e do Distrito Federal em estágio probatório essa avaliação especial seja feita perante os respectivos órgãos próprios após relatório circunstanciado das Corregedorias (parágrafo único do art. 132 da CF).

Fatalmente haverá caso envolvendo o decurso do prazo de três anos sem que essa avaliação especial tenha sido feita nos moldes determinados pelo dispositivo constitucional. Como esse dever cabe à Administração Pública, o servidor não poderá ser prejudicado e adquirirá a estabilidade caso preencha as demais condições, apurando-se e responsabilizando-se o servidor que tinha o dever funcional de instituir a comissão especial ou o da própria comissão que, embora instituída, não exerceu sua atribuição.

Comprovado durante o estágio probatório que o servidor público não

satisfaz as exigências legais da Administração ou que seu desempenho é ineficaz, pode ser exonerado justificadamente pelos dados colhidos no serviço, na forma legal, independentemente de inquérito administrativo, isto é, de processo administrativo disciplinar, mesmo porque não se trata de punição.

Por isso, essa exoneração não é penalidade, não é demissão; é

simples dispensa do servidor, por não convir à Administração sua permanência, uma vez que seu desempenho funcional não foi satisfatório nessa fase experimental, sabiamente instituída pela Constituição para os que almejam a estabilidade no serviço público.

O que os tribunais têm sustentado — e com inteira razão — é que a exoneração na fase probatória não é arbitrária, nem imotivada. Deve basear-se em motivos e fatos reais que revelem insuficiência de desempenho, inaptidão ou desídia do servidor em observação, defeitos, esses, apuráveis e comprováveis pelos meios administrativos consentâneos (ficha de ponto, anotações na folha de serviço, investigações regulares sobre a conduta e o desempenho no trabalho etc.), sem o formalismo de um processo disciplinar. O necessário é que a Administração justifique, com base em fatos reais, a exoneração, como, a final, sumulou o STF, nestes termos: “Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade” (Súmula 21). Entre essas formalidades estão, sem dúvida, a observância do contraditório e a oportunidade de defesa.

Se a Administração não pudesse exonerar o servidor em fase de observação nenhuma utilidade teria o estágio probatório, criado precisamente para se verificar, na prática, se o candidato à estabilidade confirma aquelas condições teóricas de capacidade que demonstrou no concurso. Somente quando se conjugam os requisitos teóricos de eficiência com as condições concretas de aptidão prática para o serviço público, nesta incluída o desempenho no estágio experimental, é que “se titulariza o funcionário para o cargo”, na feliz expressão de Waline. Daí por que, em razão do estágio probatório, a exoneração do servidor fica sujeita à comprovação administrativa da sua incapacidade ou inadequação para o serviço público ou de insuficiência de seu desempenho, e, superada essa fase, consolida-se sua posição no serviço público, tomando-se estável.

O regime jurídico dos servidores públicos da União assegura ao estável nomeado para novo cargo efetivo o direito de ser reconduzido ao cargo anterior se exonerado por não lograr aprovação no estágio probatório desse novo cargo (Lei federal 8.112/90, art. 20, § 2º). Tal garantia merece elogios, mas só pode ser reconhecida se prevista em lei, como ocorre na área federal.

A estabilidade é um atributo pessoal do servidor, enquanto a

efetividade é uma característica do provimento de certos cargos. Daí decorre que a estabilidade não é no cargo, mas no serviço público, em qualquer cargo equivalente ao da nomeação efetiva. O servidor estável pode ser removido ou transferido pela Administração, segundo as conveniências do serviço, sem qualquer ofensa à sua efetividade e estabilidade. O estável não é inamovível. E conservado no cargo enquanto bem servir e convier à Administração. Nisso se distingue do vitalício, que tem direito ao exercício do cargo, enquanto existir, conservando as vantagens respectivas, no caso de extinção.

Extinguindo-se o cargo em que se encontrava o servidor estável ou

declarada sua desnecessidade, ficará ele em disponibilidade remunerada proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro de natureza e vencimentos compatíveis com o que ocupava (CF, art. 41, § 3º), diversamente do que ocorre com o vitalício inamovível, que não é obrigado a aceitar outro cargo, embora idêntico ao seu que fora extinto. Se a extinção do cargo ou a declaração de desnecessidade se der no estágio probatório, poderá o estagiário ser exonerado de oficio, uma vez que ainda não tem estabilidade e, portanto, não desfruta da prerrogativa constitucional da disponibilidade, consoante reiterada jurisprudência, ora cristalizada na Súmula 22 do STF, in verbis: “O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo”.

Note-se que a declaração de desnecessidade decorre de juízo de

conveniência e oportunidade da Administração Pública, descabendo, assim, cuidar de lei que discipline a matéria, na medida em que o dispositivo constitucional acima é auto-aplicável.

A alteração da denominação do cargo ou de suas atribuições não afeta

seu ocupante estável, que tem direito à continuação de seu exercício, salvo se a remoção se der por interesse do serviço público. O que não se admite é a transferência do servidor estável para cargo inferior ou incompatível com suas aptidões reveladas em concurso ou decorrentes de títulos profissionais que serviram de base para o ingresso no serviço público, ou com atribuições não coincidentes com o cargo extinto.”

O afastamento de servidor estável para dar lugar a apadrinhado,

ficando aquele em disfarçada disponibilidade remunerada, sob o eufemismo de “comissionamento”, ou, ainda, o não-preenchimento do cargo para que outro, sem ter prestado concurso para tal cargo, venha a exercê-lo, conquanto aparentemente legais, se nos afiguram substancialmente ilegítimos e imorais, por encobrirem um abuso de poder e caracterizarem o chamado desvio de função, na primeira hipótese, além de lesivo aos cofres públicos, pela dupla retribuição a dois ocupantes de um mesmo cargo: o titular e o substituto; e, na segunda hipótese, por prejudicar a eficiência administrativa e burla à obrigatoriedade do concurso público. Além disso, o afastamento do servidor estável sem finalidade administrativa é um desvio de poder tão ilegal quanto os demais atos administrativos praticados arbitrariamente, por favoritismo ou perseguição, sem qualquer interesse público. Tais afastamentos podem ser invalidados por via judicial pelo titular do cargo, prejudicado no direito subjetivo ao seu exercício, na forma da nomeação, desde que se comprove a ausência de finalidade pública do comissionamento, caracterizadora do abuso de poder administrativo. Ademais, caracterizando improbidade administrativa, esses afastamentos podem ser impugnados via ação civil pública. Sendo ilegal, esse desvio de função não pode dar ensejo a reenquadramento. Não se nega à Administração o poder de movimentar seus servidores, ainda que estáveis; nega-se, sim, o abuso desse poder quando exercido arbitrariamente, sem justificativa e sem interesse público, sabido que todo ato administrativo está sujeito aos princípios da legalidade (conformidade com a lei) e da finalidade (objetivo público).

O servidor estável — melhor diríamos, estabilizado —, por ter satisfeito

as quatro condições constitucionais para a aquisição dessa situação

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funcional — nomeação para cargo efetivo, em virtude de concurso publico, estágio probatório e avaliação especial de desempenho por comissão específica —, não pode ser exonerado “ad nutum “, nem demitido sem se apurar a infração em processo administrativo ou judicial, que sirva de base à aplicação da pena demissória (CF, art. 41, § lº). Observe-se, desde logo, que demissão e exoneração constituem institutos diversos no Direito Administrativo: demissão é dispensa a titulo de penalidade funcional; exoneração é dispensa a pedido ou por motivo previsto em lei ou, ainda, por conveniência da Administração (ad nutum), nos casos em que o servidor assim pode ser dispensado. Lamentavelmente, os administradores e o próprio Judiciário vêm confundindo demissão com exoneração, ambos considerando, erroneamente, em alguns casos, que no estágio probatório não cabe demissão sumária do servidor. Ora, demissão sumária não cabe em caso algum, para nenhum servidor, quer estável, quer em estágio probatório, porque nenhum servidor pode ser punido com a pena máxima de dispensa do serviço sem comprovação da falta que deu causa à punição e sem ampla defesa. O que pode ocorrer no estágio probatório é a exoneração (não demissão) do servidor, por inadaptação para o serviço ou por insuficiência de desempenho, como já vimos precedentemente. Só poderá haver demissão quando houver infração disciplinar punida com essa pena.

Ao servidor estável garante, ainda, a Constituição o direito de se

reintegrar no mesmo cargo quando invalidada por sentença judicial a demissão, e o eventual ocupante da vaga, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com remuneração proporcional (CF, art. 41, § 2º). Nesse caso, verifica-se que a estabilidade do servidor nomeado para ocupar o lugar do demitido não mais depende da decisão judicial favorável à Administração. Realmente, decorrido o prazo do estágio probatório, mesmo na pendência de ação anulatória da demissão, esse funcionário será estável para todos os efeitos. Se o ocupante da vaga não for estável ele não tem as garantias acima, ficando a critério da Administração a definição de sua situação.

Hoje, por força da EC 19, o estável pode perder o cargo por demissão

ou por exoneração (CF, arts. 41, § 1º e incisos, e 169, § 4º). Como vimos, a demissão do estável é motivada por falta funcional e

pode ocorrer em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou em virtude de ato punitivo resultante de processo administrativo em que ao servidor tenha sido assegurada ampla defesa (art. 41, §1º, I e II).

A demissão, entretanto, como pena administrativa que é, pode ser

aplicada em qualquer fase — ao estável e ao instável — desde que o servidor cometa infração disciplinar ou crime funcional regularmente apurado em processo administrativo ou judicial. Não há demissão ad nutum, como não há exoneração disciplinar.

A exoneração do estável pode ser por iniciativa do próprio servidor (a pedido) ou por iniciativa da Administração Pública motivada por insuficiência de desempenho do servidor ou para observância do limite de despesa com pessoal previsto no art. 169 da CF. Estas duas foram instituídas pela EC 19.

A por insuficiência ocorre mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (CF, art. 41, § 1º, III). Não tem natureza punitiva e busca atender ao princípio da eficiência. Essa exoneração quebra uma longa tradição do Direito Constitucional Brasileiro, que previa a perda da estabilidade, por iniciativa da Administração, apenas como medida punitiva (demissão). De qualquer forma, só poderá ocorrer com base no desempenho funcional do servidor, apurado em procedimento de avaliação, no qual se assegure, previamente, a ampla defesa, sob pena de nulidade do ato de exoneração.

A lei complementar aí prevista é de natureza nacional e, assim, obrigatória para União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Essa mesma lei estabelecerá critérios e garantias especiais para a perda do cargo por in-suficiência de desempenho pelo servidor público estável que, em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado, sendo que a perda somente ocorrerá mediante processo administrativo em que sejam assegurados o contraditório e a

ampla defesa (cf. art. 247 e seu parágrafo único, acrescentado pela EC 19). Nitidamente, ao exigir processo administrativo, com contraditório e ampla defesa, a Constituição assegura a estes servidores uma garantia de estabilidade de natureza especial, pois para os demais não exige processo administrativo e só menciona a ampla defesa. Na prática, o efeito é praticamente o mesmo. A diferença reside na forma. Para o exercente de atividade exclusiva de Estado exige-se-o processo administrativo; e para os outros, simples procedimento de avaliação.

Algumas dessas atividades exclusivas são desempenhadas por servi-

dores vitalícios, como os membros da Magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Portanto, somente outras atividades exclusivas de Estado é que deverão ser indicadas pela lei; dentre elas, por certo, as dos policiais, dos advogados públicos, dos diplomatas, dos pesquisadores científicos, dos agentes de saneamento básico, dos agentes fiscais de tributos, de previdência, do sistema bancário e financeiro, de normas sanitárias e de outras funções peculiares ao exercício do poder de polícia. Portanto, as atividades exclusivas de Estado são aquelas inerentes ao chamado poder extroverso do Estado, consistentes em regulamentar, fiscalizar e fomentar. Nessa linha, o inc. XXII do art. 37, na redação dada pela EC 42, de 19.12.2003, diz que as administrações tributárias são atividades essenciais ao funcionamento do Estado e terão recursos prioritários para a realização de suas atividades, atuando de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de seus cadastros e informações, na forma da lei ou convênio.

A segunda hipótese excepcional de perda de cargo pelo estável,

também de natureza não punitiva, ocorre, como prevê o § 4º do art. 169 da CF, quando a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios — mesmo após adotarem as medidas de contenção de despesas com pessoal ativo e inativo consistentes na (a) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e (b) exoneração dos não estáveis (cf § 3º do mesmo artigo) — não assegurarem o cumprimento dos limites de despesa com pessoal ativo e inativo estabelecidos pela lei complementar prevista pelo caput desse art. 169. Essa lei é de caráter nacional.

Somente após a adoção dessas medidas, e se elas não forem

suficientes para assegurar a observância do limite legal de despesa com pessoal, é que a exoneração poderá ser efetuada, “desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal” (CF, art. 169, § 4º). Note-se que tal ato é ato administrativo normativo, sendo lei apenas em sentido material; dai por que não deve ser individual, mas geral e abstrato. Tanto não é lei em sentido formal que será expedido no âmbito da competência de cada Poder.

Ao exigir que esse ato normativo seja motivado a norma constitucional

deixa claro que somente a causa ali prevista é que poderá ensejar a prática de cada ato individual de exoneração, a qual só poderá ocorrer na exata necessidade da observância dos limites fixados pela lei complementar e dos motivos constantes daquele ato normativo. Dessa forma, e dada a relevância do controle de tais exonerações, inclusive pelas razões já apontadas, cada uma deve ser motivada, de sorte a ensejar efetiva averiguação da finalidade, moralidade e razoabilidade desses atos.

A título de indenização, o servidor estável exonerado em razão da

redução de despesa fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço (art. 169, § 5º). Essa indenização deve se equiparar à da Justiça do Trabalho, pelo quê a remuneração aí referida compreende também o décimo-terceiro salário, férias proporcionais e não gozadas e outras parcelas consectárias. Ademais, o cargo do servidor estável e exonerado será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos (cf. art. 169, § 6º). Este dispositivo é de cunho moralizador. Com efeito, ao prever a vedação acima pelo prazo de quatro anos — idêntico ao dos mandatos dos Chefes dos Executivos —, quer evitar que o mesmo Governo que exonerou possa, em seguida, ainda na sua gestão, nomear outro servidor para aquela função, com desvio de finalidade e quebra da moralidade administrativa. Bem por isso, os órgãos participantes do controle externo da Administração Pública não devem interpretar a expressão “com atribuições assemelhadas” de forma restritiva.

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Para evitar lides e insegurança jurídica, a EC 19, em seu art. 33, diz que, para os fins do aludido art. 169, § 3º, da CF, consideram-se servidores não estáveis aqueles admitidos na Administração direta, autárquica e fundacional sem concurso de provas ou de provas e títulos após o dia 5 de outubro de 1983. Tal data decorre do art. 19 do ADCT da Carta de 1988, que declarou estáveis os servidores em exercício na data da promulgação da Constituição há pelo menos cinco anos continuados, mas que só serão efetivados mediante concurso público.

O art. 169, § 7º, da CF estabelece que lei federal disporá sobre as

normas gerais a serem obedecidas na efetivação das exonerações de servidor estável. Essa lei é de caráter nacional.

A exigência foi atendida com a edição da Lei 9.801, de 14.6.99. O seu

art. 2º determina que a exoneração deverá ser precedida de “ato normativo motivado dos Chefes de cada um dos Poderes da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal”. Esse ato deverá especificar, obrigatoriamente, o que determina o § 1º desse art. 1º. Dentre essas especificações, avulta “o critério geral impessoal escolhido para a identificação dos servidores estáveis a serem desligados”, a ser fixado, necessariamente, entre o menor tempo de serviço público, maior remuneração e menor idade, podendo qualquer um deles “ser combinado com critério complementar do menor número de dependentes” (cf. §§ 2º e 3º).

Essa lei determina que “os critérios e garantias especiais para a

identificação dos servidores estáveis que, em decorrência das atribuições do cargo efetivo, desenvolvam atividades exclusivas de Estado”, para os fins do art. 247 da CF, sejam também especificados no referido “ato normativo motivado” (cf art. 2º, § 1º, IV). Só que, por força do art. 3º dessa Lei 9.801/ 99, a atividade exclusiva de Estado será definida em lei e sua exoneração observará as condições estabelecidas pelos incisos I e II dessa norma legal.

Tudo isso confirma o que dissemos na edição anterior, no sentido de

acreditarmos que uma nova fase está surgindo na organização administrativa brasileira em relação aos servidores públicos, com forte tendência para as funções correspondentes às atividades exclusivas de Estado serem exercidas por titulares de cargos públicos vitalícios ou efetivos e as demais atividades, não compreendidas naquelas, pelo menos em grande parte, desempenhadas por titulares de emprego público. Aqueles estarão sujeitos a vínculo estatutário e a regime de previdência peculiar, enquanto que os últimos, como os trabalhadores do setor privado, submetidos ao regime da CLT e ao regime geral de previdência social, como se verá melhor nos itens seguintes.

Previdência social

Como acentuado nas edições anteriores, a EC 20 modificou profunda-mente o sistema de previdência social do servidor advindo com a Constituição Federal de 1988, estabelecendo regras de transição. Por sua vez, a EC 41, publicada em 31.12.2003, introduziu novas e significativas alterações nesse sistema, bem como novas regras de transição. Agora, a EC 47, de 2005 — reitere-se, com efeitos retroativos à data de vigência da EC 41, de 2003 —, trouxe novas mudanças, inclusive nas normas de transição. Diante desse quadro, como plano geral desta obra, faremos um estudo do regime jurídico aplicável aos servidores públicos que ingressaram após a publicação da EC 41 para, em seguida, examinarmos, de forma destacada e com títulos próprios, as normas de transição para aqueles que ingressaram antes dela, ou mesmo antes da EC 20, e que tenham ou não direito adquirido.

Sistema de previdência social do servidor

Nos passos da EC 20/98, a EC 41/2003 manteve regras de previdência social diferenciadas para os servidores titulares de cargo vitalício, de cargo efetivo, cargo em comissão ou de outro cargo temporário e de emprego público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações públicas de Direito Público. Para os dois primeiros — servidor vitalício e servidor efetivo — assegura regime de previdência peculiar (arts. 40, caput, 73, § 3º, 93, VI, e 129, § 4º), enquanto que para os três últimos — servidor em comissão ou em outro cargo temporário e servidor empregado público — determina a aplicação do regime geral (art. 40, § 13) de previdência social previsto pelo art. 201 da

CF, que é o regime dos trabalhadores regidos pela CLT. Assim, a norma não atinge o servidor vitalício ou efetivo que, sem perder a titularidade do cargo, venha a ocupar cargo em comissão, cargo temporário ou emprego público. Ele continuará enquadrado no regime peculiar (RE 154.945, DJU 7.6.1996).

Como observado nas edições anteriores, trata-se de alteração

profunda e significativa da política administrativa adotada até a EC 20, em termos de previdência social, na medida em que o servidor titular, exclusivamente, de cargo em comissão ou de outro cargo temporário ou de emprego público só poderá estar sujeito ao regime geral, não se permitindo ao Estado adotar o outro, chamado de regime peculiar, ou mesmo um regime especial ou misto.

Os dois regimes — o peculiar e o geral — são de caráter contributivo e

solidário, e devem observar critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial dos benefícios (CF, arts. 40 e 201). Como a EC 20 adotou o tempo de contribuição e aboliu o tempo de serviço para obtenção de aposentadoria ou cálculo da pensão, em qualquer esfera, a lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, §10). Veda-se, outrossim, a percepção simultânea de proventos de aposentadoria concedidos aos titulares de cargo vitalício ou efetivo e também aos militares com a remuneração de outro cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, § 10).

Veda-se, ademais, a adoção de requisitos e critérios diferenciados para

a concessão de aposentadoria e pensão aos abrangidos pelo regime peculiar, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores portadores de deficiência ou que exerçam atividades de risco ou cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 40, § 4º, redação da EC 47). A mesma vedação alcança os servidores submetidos ao regime geral, mas as ressalvas são para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar (art. 201, § 1º, redação da EC 47). Portanto, a proibição de tratamento desigual a integrantes de um mesmo regime de previdência é expressa e de ordem geral.

Os tetos para qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal

e Municípios são os estabelecidos pelo § 11 do art. 40, que determina a aplicação dos limites fixados no art. 37, XI, ou na forma do § 12 desse art. 37, na redação da EC 47, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração e cargo eletivo.

Regime jurídico peculiar

Regras específicas — Além das regras gerais comuns aos dois regimes, acima especificadas, a EC 41 e a EC 47, ao darem nova redação a artigos da Constituição Federal, determinaram regras específicas para o regime peculiar, examinadas a seguir.

Assim, foi estabelecido um limite ou teto individual para os proventos e

a pensão. Estes benefícios, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo ou vitalício em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão (art. 40, § 2º, da CF). Não é permitida a dupla percepção de aposentadoria e de pensão à conta do regime peculiar previsto pelo art. 40 da CF, salvo aquelas decorrentes dos cargos acumuláveis (art. 40, § 6º). Vale dizer, se a Carta permitir a acumulação remunerada será possível a dupla percepção de beneficio; caso contrário, não.

O regime de previdência peculiar, além, é claro, das normas que lhe

são pertinentes, observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral (art. 40, § 12).

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A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios desde que instituam regime de previdência complementar para os servidores submeti-dos ao regime peculiar, poderão fixar o valor dos proventos e da pensão no limite máximo previsto pelo regime geral de previdência (art. 40, § 14, c/c o art. 201, da CF), fixado em R$ 2.400,00 pelo art. 5º da EC 41/2003, que também determina que ele seja reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, e atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios desse regime geral. Esse regime complementar será instituído por lei de iniciativa do Poder Executivo de cada entidade política e deverá observar o disposto no art. 202 e seus §§ da CF, no que couber (art. 40, § 15). Todavia, o sistema de previdência complementar que vier a ser instituído somente poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação da lei que o instituir, mediante sua prévia e expressa opção (art. 40, § 16).

O § 20 do art. 40, acrescentado pelo art. 1º da EC 41, veda a existência

de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X, da CF. E o § 21 do art. 40, na redação da EC 47, determina que, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante, a contribuição prevista no seu § 18 incidirá apenas sobre as parcelas de proventos e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de que trata o art. 201.

Aposentadoria — A aposentadoria é a garantia de inatividade remunerada reconhecida aos servidores que já prestaram longos anos de serviço, ou se tomaram incapacitados para suas funções. Pode dar-se pelo regime peculiar, a ser examinado a seguir, ou pelo geral, regido pelo regime geral da Previdência. Sendo um ato complexo, ela só se aperfeiçoa com o ato de seu registro pelo Tribunal de Contas; daí estar o ato inicial que a concede submetido a essa condição resolutiva.

Aposentadoria pelo regime peculiar — A Constituição Federal, com as redações das EC 20/98 e 41/2003, estabelece para os servidores de cargos efetivos da Administração direta, autárquica e fundacional (fundação pública de Direito Público) três espécies de aposentadoria: a) por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (art. 40, § 1º, I); b) compulsória, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (art. 40, § 1º, II); c) voluntária, quando requerida pelo servidor que tenha cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, nas seguintes condições: c1) com proventos integrais — sessenta anos de idade e trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta anos de contribuição, se mulher; e c2) com proventos proporcionais ao tempo de contribuição — sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher (art. 40, § 1º, III, “a” e “b”).

Esses proventos serão calculados a partir de valores fixados na forma

dos §§ 3º e 17 do art. 40. Vale dizer: serão consideradas as remunerações utilizadas como base as contribuições do servidor aos regimes de previdência peculiar e geral, tratados pelos arts. 40 e 201 da CF, na forma da lei. Essas remunerações serão atualizadas, também na forma da lei.

Dessa forma, a EC 41/2003 extinguiu a integralidade dos proventos

para os servidores que ingressarem no serviço após sua publicação, pois para os que já haviam ingressado, antes da EC 20/98 e depois dela, prevêem-se regras de transição, a serem examinadas mais adiante.

A aposentadoria voluntária do servidor com mais de dez anos de ser-

viço e que não tenha tempo mínimo de cinco anos em determinado cargo efetivo ou vitalício dar-se-á com base no cargo anterior, desde que nele tenha aquele tempo mínimo; caso contrário, o cargo inicial servirá de cálculo para o beneficio. Só dessa forma é que não se chegará ao absurdo de se impedir a aposentadoria do servidor que, mesmo tendo mais de dez anos de efetivo serviço, não tenha mais de cinco no seu último cargo, embora o tenha em outro ou na soma dos efetivos exercícios em outros cargos. A promoção do servidor não pode obstar à sua aposentadoria. Daí

a única solução cabível: se no cargo anterior o tempo mínimo de cinco anos foi atingido, com base nele serão calculados os proventos; e se não tiver em nenhum deles mais de cinco anos, muito embora tenha mais de dez na soma total, o cálculo deve ser feito com base no cargo inicial.

Para a aposentadoria voluntária do professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de Magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio os requisitos de idade e de tempo de contribuição acima especificados serão reduzidos em cinco anos (art. 40, § 5º).

Cabe aos Tribunais de Contas apreciar a legalidade dos atos de

aposentadoria e determinar ao órgão concedente a exclusão ou redução das vantagens que reputar indevidas. Na esfera administrativa essa determinação deve ser acatada, restando ao interessado a via judicial.

Reajustamento dos proventos e da pensão — O reajustamento desses benefícios é assegurado pelo § 8º do art. 40, na redação da EC 41/ 2003, para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. A EC 41, assim, deu, para os servidores que ingressarem após sua publicação, tratamento diverso do constante do sistema anterior, que previa, na antiga redação desse mesmo § 8º, uma revisão na mesma proporção e na mesma data em que se modificasse a remuneração dos servidores em atividade, sendo estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens, de natureza geral. A nova regra, ao dizer “em caráter permanente” e “valor real”, no nosso entender, impõe o dever do reajustamento, pelo menos anualmente, e, assim, dá ao beneficiário um direito subjetivo de buscá-lo judicialmente. Portanto, para observar a Constituição Federal e até mesmo o princípio da razoabilidade, os critérios da lei aí prevista não podem deixar de atender àquelas duas balizas. De qualquer forma, é certo que a isonomia entre os inativos e pensionistas em face dos servidores da ativa não mais é garantida pela Carta. Todavia, insistindo com o princípio da razoabilidade, não se pode aceitar que Governos insensíveis, aproveitando-se da nova norma, venham a descaracterizar o valor real dos benefícios ou deixar de revê-los por período superior a um ano, pois, aí, não terão o caráter permanente, acima referido.

Requisitos e critérios para a aposentadoria — Os requisitos e critérios para a aposentadoria e para a pensão, tais como estabelecidos na Constituição, não podem ser alterados pela legislação ordinária, sendo também vedada a adoção de outros por ela não previstos, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar (art. 40, § 4º). Esta lei complementar é de natureza nacional, tendo, assim, caráter impositivo para todas as esferas administrativas, federal, estadual, distrital e municipal.

Direito à aposentadoria — O direito à aposentadoria, consoante vem decidindo reiteradamente o STF, adquire-se com o preenchimento dos requisitos exigidos pela lei da época, de modo que, se o servidor não a requereu na vigência desta, sua situação não se alterará pela edição de lei modificadora. A EC 20, no art. 3º e seus §§, consagrou tal entendimento, e a EC 41 também o fez, no art. 3º, como se verá mais adiante.

Reversão, cassação e anulação da aposentadoria — A aposentadoria admite reversão e cassação. Reversão é o retorno do inativo ao serviço, em face da cessação dos motivos que autorizaram a aposentadoria por invalidez. Cassação da aposentadoria é penalidade assemelhada à demissão, por acarretar a exclusão do infrator do quadro dos inativos e, consequentemente, a cessação do pagamento de seus proventos. Sendo penalidade, deve observar a garantia da ampla defesa e do contraditório; porém, por ter natureza punitiva e por ser ato privativo do Poder que a concedeu, não depende de prévio assentimento do Tribunal de Contas, mesmo que este tenha registrado o ato de aposentadoria (STF, RDA 108/226, MS 23.299, DJU 12.4.2002, e RTJ 195/40). A anulação da aposentadoria é o desfazimento do ato administrativo que a concedeu, por motivo de ilegalidade (na contagem do tempo de serviço, p. ex.); mas, em face das atribuições outorgadas constitucionalmente ao Tribunal de Contas (art. 71, III), somente com a aprovação deste a anulação

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produzirá efeitos, ressalvado o controle judicial (STF, Súmula 6 e RDA 77/192).

Pensão por morte — A Constituição Federal estabelece que a lei disporá sobre a concessão do beneficio da pensão ao cônjuge ou companheiro e dependentes, por morte do segurado, homem ou mulher (art. 201, V), que será igual ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido e aposentado à data do óbito, ou ao valor da totalidade da remuneração do cargo efetivo em que se deu o falecimento — nas duas hipótese, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral da previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite (art. 40, § 7º, na redação da EC 41/2003). Dessa forma, a paridade da pensão com a remuneração do falecido ou com seus proventos foi suprimida, salvo, é bom destacar, em relação às pensões concedidas antes da publicação da EC 41.

Cômputo do tempo de contribuição — O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado apenas para efeito de aposentadoria e tempo de serviço para efeito de disponibilidade (art. 40, § 9º). Dessa forma, em termos de previdência social o tempo de contribuição havido em uma esfera será contado na outra para fins de aposentadoria. Mas, em termos administrativos, esse tempo de contribuição será computado para o cálculo da remuneração proporcional do servidor titular de cargo vitalício ou efetivo posto em disponibilidade.

Como ressalvado, na sistemática atual não há mais tempo de serviço,

porém de contribuição, sendo vedada qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, § 10). Disso resulta que nenhum outro tempo que não seja o de contribuição poderá ser contado para fins de aposentadoria. Segundo o art. 40 da EC 20, c/c o art. 40, § 10, da CF, o tempo de serviço considerado cumprido pela legislação vigente para efeito de aposentadoria será contado como tempo de contribuição até que a lei nacional discipline a matéria. A partir da vigência dessa lei, a legislação que prevê contagem de tempo fictício deixa de ser recepcionada, posto que revogada.

Assim, o tempo de serviço gratuito só será computável se houver a

correspondente contribuição. A Constituição Federal, no entanto, ainda assegura, para efeito de aposentadoria e cálculo da pensão, a contagem recíproca do tempo de contribuição na Administração Pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei (art. 201, § 9º, e arts. 94 a 99 da Lei 8.213/93). A norma do art. 201, § 9º, da CF, na redação da EC 20/98, não permite que a legislação infraconstitucional preveja qualquer limite quanto ao número de anos de contribuição na esfera pública e na atividade privada, para os efeitos de compensação financeira entre os sistemas.

No caso de acumulação é inadmissível a contagem do tempo de

serviço para a aposentadoria em cargo de uma entidade estatal quando já computado em outra para o mesmo fim, como vem entendendo o STF.

Regras previdenciárias de transição

A EC 20 contém regras de transição para o servidor que tenha ingressado em cargo vitalício ou efetivo da Administração Pública, direta, autárquica e fundacional, até a data de sua publicação e ainda não tinha cumprido os requisitos para a obtenção dos benefícios com base nos critérios da legislação então vigente (EC 20, art. 80). A EC 41 também contém tais regras, inclusive em face da EC 20 (arts 2º e seus §§ 6º e 8º). O mesmo ocorre com a EC 47, em seus arts. 2º a 5º.

Assim, o art. 2º da EC 4 1/2003, mandando observar o disposto no art.

4º da EC 20/98, acima referido, assegura ao servidor que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na Administração Pública direta, autárquica e fundacional (fundação pública de Direito Público) até a data de publicação da EC 20, o direito de opção pela aposentadoria voluntária com proventos calculados de acordo com o art. 40, §§ 3º e 17, na redação anterior a essa EC 41, se, cumulativamente: I— tiver cinquenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; II — tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria; III — contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; b) e um período adicional de

contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação da EC 20, faltaria para atingir o limite de tempo constante da letra anterior. O § 1º desse art. 20 da EC 41 estatui que o servidor que cumprir as exigências previstas no caput terá seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relação aos limites de idade estabelecidos pelo art. 40, §1º, III, “a”, e 5º, da CF, na seguinte proporção: I — três inteiros e cinco décimos por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput até 31.12.2005; II — cinco por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput até 3 1.12.2006.

Tais regras são aplicáveis ao magistrado e ao membro do Ministério

Público e do Tribunal de Contas, mas o tempo de serviço anterior será contado com o acréscimo de dezessete por cento, até a data da publicação da EC 20. O mesmo ocorre com o professor titular de cargo efetivo de Magistério que opte por se aposentar com proventos integrais e conte exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de Magistério, só que para a mulher aquele acréscimo passa a ser de vinte por cento (EC 41, §§ 2º e 3º do art. 2º e art. 4º). Com mencionado nas edições anteriores, não se cuida de tratamento privilegiado. É que no sistema anterior à EC 20 os integrantes dessas categorias aposentavam-se com trinta anos de serviço, daí o acréscimo para que ficassem, como ficaram, na mesma situação de tempo que os demais servidores.

E importante atentar a que as aposentadorias concedidas de acordo

com esse art. 2º da EC 41 serão reajustadas na forma do art. 40, § 8º, da CF, por força do § 6º desse mesmo art. 2º.

Como estimulo à permanência na atividade, qualquer desses

servidores que, após completar as exigências para a aposentadoria estabelecidas nesse art. 20 da EC 41, optar por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição até completar as exigências para aposentadoria compulsória. (art. 2º, § 5º, da EC 41).

A vedação contida no art. 37, § 10, da CF, na redação dada pela EC

20, já mencionada como regra geral ao sistema de previdência, não se aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que até a publicação dessa emenda tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e títulos e pelas demais formas previstas na Constituição, sendo-lhes, no entanto, proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime peculiar, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o teto geral previsto pelo art. 40, § 11 (cf. art. 11 da EC 20).

O servidor que tenha ingressado no serviço público até a data de

publicação da EC 41 poderá aposentar-se optando pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da CF ou optando pelas regras estabelecidas pelo art. 2º dessa EC 41. Caso não haja a opção, para que tenha proventos integrais, que corresponderão à totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei e desde que observadas as reduções de idade e tempo de contribuição contidas no § 5º do art. 40 da CF, o servidor deverá preencher, cumulativamente, as seguintes condições: I— sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher; II— trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; III — vinte anos de efetivo exercício no serviço público; e IV — dez anos de carreira e cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria (art. 6º da EC 41). O art. 2º da EC 47 manda aplicar aos proventos de aposentadoria dos servidores públicos que se aposentarem na forma do caput do art. 6º da EC 41, de 2003, o disposto no art. 7º da mesma EC 41, examinado abaixo; e para evitar dúvidas, a EC 47 revogou o parágrafo único do art. 6º da EC 41 (art. 5º).

Em outra norma de transição, o art. 3º, dessa EC 47, sem prejuízo do

direito de opção pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da CF ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da EC 41, permite ao servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações (que devem ser as de direito público), que tenha ingressado no serviço público até 16.12.1998 (EC 20/1998), aposentar-se com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições: I — trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II — vinte e cinco anos de efetivo

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exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria; III — idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, “a”, da CF, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput desse artigo (redução de um ano na idade mínima de 60 anos, se homem, e de 55, se mulher). Assegurando a paridade e a integralidade, o parágrafo único desse art. 3º, manda aplicar ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base nesse art. 3º, o disposto no art. 7º da EC 41/2003, e observar-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com o mesmo art. 3º.

Como ocorreu com a EC 20 (art. 3º e §§), o art. 3º da EC 41 assegura a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria ao servidor, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de sua publicação, tenha cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente. Este servidor que opte por permanecer em atividade e que conte com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos, se homem, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria compulsória.

Quanto aos benefícios (a1) em fruição na data de publicação da EC 41

e aos (a2) que forem pagos aos dependentes dos servidores abrangidos pelo seu art. 3º, o art. 7º da mesma EC 41, determina que, obedecido o disposto no art. 37, XI, da CF, serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens, de natureza geral, posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentaria ou serviu de referência para concessão da pensão, na forma da lei (deixou de ter aplicação a Súmula 38 do STF, por contrariar o atual texto constitucional). O mesmo art. 7º, nos termos acima, aplica-se aos proventos de aposentadoria dos servidores que se aposentarem na forma do caput do art. 6º da EC 41 (cf. art. 2º, da EC 47). Assegura-se aí o que a Carta e a EC 20 já estabeleciam em termos de revisão de proventos e pensão. A locução “na forma da lei”, inserida na parte final desse art. 7º, apenas submete a situação dos inativos às balizas impostas na outorga do direito aos servidores da ativa, como consignou o Min. Marco Aurélio, do STF. No mesmo julgado ficou assente que a norma do art. 40, § 8º, da CF, na sua redação original, e, portanto, na atual, porque de igual teor, é de eficácia imediata e não depende de lei específica para sua aplicação.

Note-se que esse art. 7º da EC 41 reafirma o direito adquirido, ao es-

tender tal direito à revisão dos proventos de aposentadoria e às pensões dos dependentes dos servidores abrangidos pelo seu art. 3º, e agora, também, pelo seu art. 6º.

O dispositivo constitucional em tela apenas esclarece o que já é

consequência do princípio da isonomia. Sua mens é a de evitar que Governos insensíveis venham a estabelecer tratamento desigual e injusto entre os inativos e pensionistas em face dos servidores da ativa. Cabe lembrar antiga lição do TJSP, nestes termos: “A majoração de vencimentos decorrente das modificações ou alterações do poder aquisitivo da moeda há de aproveitar, nas mesmas bases, aos inativos, sob pena de não se cumprir o preceito constitucional atinente”.

Exercício de mandatos eletivos

O exercício de mandatos eletivos por servidor público não é vedado na Constituição Federal, cujo art. 38 regula a situação dos servidores da Administração direta, autárquica e fundacional investidos em mandatos eletivos.

As duas principais regras que defluem da norma constitucional são: 1ª) o servidor público pode exercer mandato eletivo federal, estadual ou municipal sem perder o cargo, emprego ou função, devendo apenas afastar-se, com prejuízo da remuneração; 2ª) o tempo de serviço do servidor afastado para exercer mandato eletivo será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

O afastamento do cargo, emprego ou função com prejuízo da correspondente remuneração é decorrência do principio geral da

inacumulabilidade de cargos, empregos e funções públicas, constante do art. 37, XVI e XVII, da CF. A essa regra, entretanto, o texto constitucional admite duas exceções, relativamente aos mandatos de Prefeito e Vereador. Com efeito, o servidor que se afastar do cargo, emprego ou função para exercer o mandato de Prefeito poderá optar entre a remuneração e os subsídios (art. 38, II); se o mandato for de Vereador e houver compatibilidade de horários, não se afastará, passando a perceber cumulativamente a remuneração e os subsídios (art. 38, III), podendo ser promovido até por merecimento, pois a vedação constitucional atinge apenas os servidores afastados (art. 38, IV). A fim de evitar quaisquer dúvidas, o texto constitucional esclarece que para o exercício de mandato de Vereador, se não houver compatibilidade de horários, aplicar-se-á a regra geral do art. 38, IV, isto é, o servidor deverá afastar-se, podendo optar pela sua remuneração ou a do cargo eletivo.

Por outro lado, é expressamente vedado ao Vereador o exercício de cargo em comissão ou exonerável ad nutum nos casos já previstos na Constituição da República para os Deputados Federais e Senadores (art. 54, I, e II, “b,”), conforme o disposto no art. 29, IX, da mesma CF.

De acordo com o STF, ao servidor público investido no mandato de

Vice-Prefeito é aplicável, por analogia, o disposto no inc. II do art. 38 da CF/88, enquanto que ao suplente de Vereador não se pode validamente estabelecer restrição alguma, por não ser titular de mandato eletivo, sendo-lhe, assim, inaplicável o inc. III do mesmo artigo (ADI 199-PE, DJU 7.8.98).

Demissão de vitalícios e estáveis

A demissão de vitalícios — servidores investidos em caráter perpétuo no cargo — e dos estáveis — servidores que adquiriram o direito de permanência no serviço público — depende, em qualquer caso, de sentença judicial ou, tratando-se de estável, de processo administrativo em que se lhe assegure ampla defesa (CF, arts. 41, § 1º, 95, I, e 128, § 5º, I).

Os vitalícios não podem ser exonerados ex officio e somente perdem

os respectivos cargos quando se exonerarem a pedido ou forem punidos com a pena de demissão, ficando em disponibilidade com remuneração proporcional na hipótese de extinção. Como vimos acima, ao tratar da estabilidade, o estável, com a EC 19, além da demissão judicial ou administrativa, pode ser exonerado em razão de seu desempenho funcional, mediante procedimento de avaliação periódica, na forma a ser regulamentada por lei complementar nacional, assegurada sempre a ampla defesa. Excepcionalmente, pode, ainda, ser exonerado com base no art. 169, § 4º, da CF, com a redação da EC 19. Vale acentuar, como fizemos no momento adequado, que demissão é ato punitivo, e exoneração, não.

Para a demissão do vitalício o único meio é o processo judicial, geral-mente o penal, pois “a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo” é efeito da condenação, devendo “ser motivadamente declarado na sentença” em que incorre o infrator, “condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública”, quando a pena aplicada for igual ou superior a um ano, ou quando for superior a quatro anos nos demais casos (CP, art. 92, I, “a” e “b”; Lei 9.455, de 7.4.97 — lei penal especial —, art. 1º, § 5º). No processo, administrativo ou judicial, a Constituição assegura o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV). Nada impede, porém, que, através de processo judicial diverso do penal, mas, como este, com contraditório e defesa ampla, se peça o reconheci-mento da culpa do vitalício por fatos que, embora não consubstanciando crime definido em lei, constituam falta grave, ensejadora da penalidade máxima. Na primeira hipótese a perda do cargo é efeito da aplicação da pena principal pelo Judiciário, enquanto na segunda a Justiça faculta à Administração a aplicação da pena demissória, reconhecendo a materialidade e a autoria do fato.

Para a demissão do estável a Administração não precisa recorrer à Justiça, ainda que o fato sujeito a punição configure crime, nem aguardar a solução do processo penal pelo mesmo fato, uma vez que a Constituição lhe permite fazê-lo mediante processo administrativo ou, mais precisamente, processo administrativo disciplinar, em que assegure ampla defesa ao infrator. Por ampla defesa, no caso, deve-se entender a vista do processo, com a faculdade de resposta e de produção de provas contrárias à acusação. O processo administrativo disciplinar não é tão formal quanto o judicial, penal ou não, nem tão rigoroso no contraditório. O essencial é que se conceda ao acusado a oportunidade de ilidir a acusação, com

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observância do devido processo legal, sem o quê a punição administrativa é nula, por afrontar a garantia constitucional da ampla defesa (art. 41, § 1º).

Tanto para o vitalício como para o estável pode ocorrer, ainda, a perda

da função pública como pena resultante de condenação judicial civil por improbidade administrativa, nos termos do art. 12, I, II e II, da Lei 8.429/ 92, que só será efetivada com o trânsito em julgado da sentença condenatória, como determina o seu art. 20.

Apenas para registro, o regime jurídico dos servidores federais

relaciona entre as penalidades disciplinares a destituição de cargo em comissão e a destituição de função comissionada (art. 127, V e VI). Assim, para o cargo em comissão e para a função comissionada a Lei 8.112/90 emprega terminologia diversa da utilizada para cargo efetivo. Este é punido com demissão; aqueles, com destituição. Nas duas penas é obrigatório o devido processo administrativo.

Reintegração, recondução, reversão, readmissão e aproveitamento

A reintegração é a recondução do servidor ao mesmo cargo de que fora demitido, com o pagamento integral dos vencimentos e vantagens do tempo em que esteve afastado, uma vez reconhecida a ilegalidade da de-missão em decisão judicial ou administrativa. Como a reabilitação funcional, a reintegração acarreta, necessariamente, a restauração de todos os direitos de que foi privado o servidor com a ilegal demissão. Nessa reparação, entretanto, só entram as vantagens decorrentes do cargo, auferidas no âmbito administrativo. Com a volta do reintegrando ao cargo, quem o ocupava perde o lugar, sem direito a qualquer indenização. Todavia, se for estável, será reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Não sendo estável, como vimos, a solução de sua situação funcional fica a critério da Administração. De qualquer forma, dará sempre o lugar ao reintegrado (CF, art. 41, § 2º, com a redação da EC 19).

Não se confunda a reintegração com a recondução ou com a reversão.

Na reintegração reconhece-se que a pena de demissão foi ilegal e, em razão desse reconhecimento, restauram-se todos os direitos do demitido, com seu retorno ao cargo e pagamento das indenizações devidas; na recondução o servidor estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante (cf. art. 29 da Lei 8.112/90); na reversão ocorre o retorno à atividade do aposentado por invalidez quando junta médica oficial declarar insubsistentes os seus motivos, ou no interesse da Administração, no caso de aposentadoria voluntária, desde que atendidas as seguintes condições: solicitação do inativo (estável quando na atividade), haja cargo vago e a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação. Nas duas espécies o retorno dar-se-á no mesmo cargo ou ao cargo resultante de sua transformação, ou simplesmente ao serviço, como excedente (na terminologia da lei), se o antigo cargo estiver provido. Em ambas as hipóteses perceberá, em substituição aos proventos de aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria (cf. art. 25 da Lei 8.112/90, na redação dada pela MP 2.225-45, de 4.9.2001).

Aproveitamento é o retorno obrigatório à atividade do servidor em

disponibilidade, em cargo de atribuições e remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado (cf. art. 30 da Lei 8.112/90).

Alguns Estados e Municípios denominam de readmissão a reintegração

decorrente de ato administrativo. Nessa hipótese, a readmissão seria o retorno do funcionário ao serviço público quando anulada administrativa-mente sua desinvestidura. Como visto, em face da sistemática constitucional, fora dessas hipóteses a readmissão e a reversão não são mais permitidas.

Responsabilização civil de servidores

A responsabilização civil de servidores por danos causados a terceiros no exercício de suas atividades funcionais depende da comprovação da existência de dolo ou culpa de sua parte em ação regressiva proposta pela pessoa jurídica de Direito Público obrigada, objetivamente, à reparação do dano, nos termos do art. 37, § 6º, da CF.

De fato, o § 6º do art. 37 estabelece a responsabilidade sem culpa, por isso denominada objetiva, das entidades de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, suas autarquias e fundações públicas de Direito Público) e de Direito Privado prestadoras de serviços públicos pelos prejuízos causados por seus agentes a terceiros em decorrência da atividade administrativa. Todavia, o dispositivo constitucional veda a transferência dessa responsabilidade ao servidor imputável, impondo seu chamamento a juízo não pelo lesado, mas pela entidade interessada em ressarcir-se, a qual, para tanto, deverá demonstrar a culpa do referido servidor, em ação autônoma.

A responsabilidade civil do servidor por danos que, nessa qualidade,

causar a terceiros constitui, portanto, apenas um aspecto da responsabilidade por danos à Administração, consignando desde já que a expressão agente, no texto em exame (art. 37, § 6º), está empregada em sentido amplo, abrangendo toda gama dos servidores públicos.

Abrangência das normas constitucionais

As normas constitucionais sobre os servidores, por expressa disposição do art. 37, caput, aplicam-se à Administração direta e indireta dos três Poderes da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios.

Competência da Justiça Comum

De acordo com o art. 114, I, da CF, na redação dada pela EC 45/2004, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar “as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de Direito externo e da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto os servidores ocupantes de cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, incluídas as autarquias e fundações públicas dos referidos entes da Federação”. A leitura do referido dispositivo revela a ocorrência de uma ampliação da competência da Justiça do Trabalho, a qual passa a julgar todos os conflitos oriundos da relação de trabalho, seja de emprego ou não, em sentido amplo. Em face da exceção contida na norma quanto aos cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, tratando-se de servidor público titular desses cargos, sob regime jurídico estatutário regular ou administrativo especial, não submetido à CLT, entendemos que as reivindicações são de competência da Justiça Comum, Federal ou Estadual. Assim, toda e qualquer reivindicação de empregado público regido pela CLT deve ser julgada pela Justiça do Trabalho, inclusive a contratação ilegal, ainda que sob o regime estatutário. Os que não tiverem cargos criados por lei e mantiverem, por qualquer motivo, relação de trabalho com “Administração Pública direta e indireta”, referida pelo texto, terão seus conflitos julgados pela Justiça do Trabalho. Em decorrência dos demais incisos do referido art. 114, como novas competência da Justiça do Trabalho temos as que tratam dos litígios sindicais, dos atos decorrentes da greve, do habeas corpus, do habeas data, da ação de indenização por dano moral ou patrimonial, e as relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

Fonte: DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO – Hely Lopes Meirelles – 33ª edição, 2007 – Malheiros Editores Ltda. São Paulo, SP

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO.

Fernanda Cunha Gomes

1. Conceito e principais aspectos Inicialmente, faz-se oportuno conceituar o que a doutrina compreende

como controle da Administração Pública, com o fito de conferir uma pers-pectiva de sua atuação dentro do Estado Democrático de Direito.

A palavra controle tem origem no latim roulum, em francês rôle, desig-

nando o rol dos contribuintes pelo qual se verificava a operação do arreca-dador. No direito pátrio, o vocábulo foi introduzido por Seabra Fagundes em sua obra O Controle dos Atos Administrativos pelo Poder Judiciário.

Controlar é qualquer ação tomada pela Administração Pública com o

objetivo de atingir metas preestabelecidas. A Administração Pública plane-ja, organiza e supervisiona a execução de inúmeras funções e estas ativi-

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dades, caso sejam bem executadas, devem resultar no alcance destas metas. Neste contexto, controle é o resultado de planejamento, organização e supervisão.

O professor Hely Lopes Meireles, em trabalho publicado em 1975 na

Revista do Tribunal de Contas do Distrito Federal, destaca: “Controle admi-nistrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos de Administração dos demais poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade, de conveniência e de eficiência”.

O controle administrativo, nas palavras do mestre Carvalho Filho, “re-

presenta o conjunto de mecanismos administrativos e jurídicos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder”. Dessa forma, o controle da Administração está fulcrado nas normas elaboradas pelos representan-tes do povo, estabelecendo tipos e modos de controle de toda atuação administrativa, para a defesa da própria Administração e dos direitos ine-rentes a todos os administrados.

O traço que distingue controle político do controle administrativo é o fa-

to de que enquanto aquele se relaciona com as instituições políticas, visan-do o equilíbrio entre os Poderes da República - Executivo, Legislativo e o Judiciário -, este incide sobre os órgãos incumbidos de exercer a função administrativa do Estado.

O controle administrativo está lastreado fundamentalmente no poder de

autotulela, hierarquia e disciplinar, que é exercido pelo próprio Poder Exe-cutivo, com a finalidade de corrigir e fiscalizar sua atuação, alcançando os aspectos de legalidade e de mérito. A fiscalização e a revisão são, destarte, os elementos básicos do controle; enquanto a fiscalização consiste na verificação realizada sobre a atividade dos órgãos e agentes administrati-vos, bem como em relação à finalidade pública que deve ser perseguida pela Administração, a revisão nada mais é que a prerrogativa de corrigir condutas administrativas praticadas em desatenção às normas legais. Este controle, de natureza interna, atinge toda a atividade administrativa, alcan-çando, assim, todas as esferas de Poder, vale dizer, o Legislativo, o Execu-tivo e o Judiciário.

O poder de autotutela da Administração Pública encontra-se consagra-

do em duas súmulas do Supremo Tribunal Federal (infra transcritas), as quais conferem à Administração Pública o poder de declarar nulos os seus próprios atos, quando da constatação de ilegalidade dos mesmos, ou de revogá-los, sob a égide dos critérios de oportunidade e conveniência do ato.

Súmula 346: “Administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.”

Súmula 473: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando

eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivos de conveniência e oportunidade, respei-tados os direitos adquiridos, e ressalvado, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Assim, a legitimidade para praticar o autocontrole, é conferida à própria

Administração Pública. Esta prática pode ser exercida não só ex officio, como também por provocação.

O fato de anular seus próprios atos constitui um poder interno conferido

à Administração Pública para rever a legalidade de seus atos. Tradicionalmente, para os mais importantes doutrinadores, o ato admi-

nistrativo podia ser classificado ou como válido, ou como nulo; seria nulo o ato insuscetível de produzir efeitos (exceto perante terceiros de boa-fé) e impassível de correção. Negava-se, desta forma, a possibilidade da Admi-nistração editar ato anulável, passível de convalidação.

Porém, com a edição da Lei 9784/1999, passou a existir previsão ex-

pressa da convalidação de atos administrativos defeituosos, fato que ense-jou a existência de “ato administrativo anulável”. Em seus arts.54 e 55 a

referida Lei traça as duas hipóteses que permitem a convalidação de ato administrativo viciado, quais sejam:

a) sendo favoráveis ao administrado os efeitos do ato viciado, e Ad-ministração não proceder à sua invalidação dentro do prazo de cinco anos contados de sua edição, este ato restará convalidado, sendo definitivos os efeitos dele advindos, salvo comprovada má-fé do beneficiário.

b) quando a Administração expressamente determinar a convalidação do ato defeituoso, desde que deste não resulte lesão ao interesse público ou a terceiros.

Fora destas duas hipóteses, portanto, o ato administrativo viciado não

enseja convalidação, devendo, desta forma, ser declarado nulo pela Admi-nistração, em decorrência de sua autotutela.

Na execução de suas funções, a Administração Pública sujeita-se a

controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer controle sobre seus próprios atos. Esse controle é exercido pela adminis-tração em todos os poderes, quando estiverem exercendo função tipica-mente administrativa - em outras palavras, abrange a Administração Públi-ca considerada em sentido amplo -. A finalidade é de assegurar que a Administração siga afinada com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico.

Embora seja de atribuição do Estado, o administrado (cidadão) partici-

pa através de provocação, agindo na defesa de interesses individuais e coletivos. O controle popular, provavelmente é o mais eficaz meio de con-trole da Administração a ser utilizado.

O controle da Administração Pública também ocorre em sentido estrito,

quando os órgãos públicos exercem os seus próprios controles internamen-te. As Corregedorias exercem internamente essas atividades. Nesse aspec-to, as Corregedorias são identificadas pelo seu poder de correição - esse controle praticamente rotula as suas competências. Entretanto, o mesmo corresponde a uma função que visa a solução das situações irregulares consumadas e praticadas pelos funcionários, através do devido processo administrativo legal.

O poder fiscalizador exercido pelas Corregedorias, como meio de con-

trole da Administração, é utilizado também como instrumento para identifi-cação, prevenção e solução das anomalias administrativas na sua origem, e identificador da eficácia do serviço público.

Sendo assim, entende-se que o controle da Administração Pública é

exercido com o propósito de corrigir atos ilegais, que são anulados, bem como os atos considerados inconvenientes ou inoportunos, que ficam sujeitos à revogação - entendimento sintetizado nas Súmulas 346 e 473, acima transcritas.

2. Classificação das formas de controle a) conforme a origem Quanto a origem, o controle pode ser classificado em interno, externo

ou popular, a depender do sujeito do qual emana. Em Administração, é pacífica a compreensão de que controle interno é

a ação exercida, sobre si própria, pela organização responsável pelo de-sempenho da atividade controlada. Hely Lopes Meireles assim o define: “Controle interno é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsá-vel pela atividade controlada, no âmbito da própria Administração. Assim, qualquer controle efetivado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes é considerado interno, como interno será também o controle do Legislativo ou do Judiciário, por seus órgãos de administração, sobre o seu pessoal e os atos administrativos que pratiquem”.

Logo, controle interno é aquele exercido por órgãos de um Poder sobre

as condutas administrativas produzidas dentro de sua esfera. A Emenda Constitucional 45/2004, que implantou a Reforma do Judici-

ário, tratou de reforçar ainda mais a criação de órgãos instituidores do controle interno, haja vista o Conselho Nacional de Justiça (art.103-B) e o Conselho Nacional do Ministério Público (art.130-A), que detêm competên-cia para o controle da atuação administrativa e financeira do Judiciário e do

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Ministério Público e a função de zelar pela observância dos princípios administrativos dispostos no art.37 da Carta Magna.

Diz-se externo o controle quando exercido por um Poder sobre os atos

administrativos praticados por outro Poder; define-o Hely Lopes Meireles como sendo:

“O controle que se realiza por órgão estranho à administração respon-sável pelo ato controlado, como por exemplo, a apreciação das contas do executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de determinada despesa do Executivo; a anulação de um ato do executivo por decisão do Judiciário.”

O controle legislativo é de natureza externa e se desdobra em dois ní-

veis principais, que são o controle político, exercido pelo Congresso Nacio-nal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais; e o controle financei-ro, exercido através dos Tribunais de Contas. É o controle externo, desta forma, que dá a medida da harmonia que deve reinar entre os Poderes, como dispõe o art. 2º da Constituição Federal.

Por fim, há o controle popular, que se manifesta pelos mecanismos

constitucionalmente previstos, à disposição dos administrados, que possibi-litam a verificação da regularidade da atuação da Administração e impedem a prática de atos ilegítmos, lesivos ao indivíduo ou à coletividade, ou possi-bilitem a reparação dos danos decorrentes da prática de tais atos.

b) quanto ao momento de sua realização De acordo com este critério, a doutrina classifica as diversas modalida-

des de controle em: - controle preventivo ou prévio (a priori) – É exercido antes de con-

sumar-se a conduta administrativa. Tal modo de controle é o mais antigo, contudo, em determinadas situações pode gerar o inconve-niente de emperrar a máquina administrativa, suspendendo a efi-cácia do ato até sua análise pelo órgão competente.

- controle concomitante – é efetuado durante a realização do ato e permite a verificação da regularidade de sua formação. Considera-do o mais eficaz, visto que o ato tido como irregular pode ser so-brestado durante a sua consecução, evitando, assim, maior dis-pêndio para o erário. Como ilustração deste tipo de controle, tem-se as auditorias do Tribunal de Contas, a fiscalização de concursos públicos e procedimentos licitatórios, dentre outros.

- controle subsequente ou corretivo (a posteriori) – tem por objetivo a revisão de atos já praticados, seja para confirmá-los, seja para corrigi-los. É a forma mais comum, mas também a mais ineficaz, pois verificar a regularidade de ato já consumado pode tornar a re-paração de eventual dano dele advindo e a restauração ao statu quo ante muito difíceis.

c) quanto à iniciativa O controle pode ser dividido em de ofício ou provocado, sendo aquele

executado pela Administração, por iniciativa própria, no exercício de suas funções, e este, deflagrado por terceiro, que toma a iniciativa de solicitar que seja certo ato revisto pela autoridade competente.

d) quanto ao aspecto controlado O controle pode ainda ser: de legalidade ou de mérito. Pelo controle de legalidade ou de legitimidade, a Administração verifica

se o ato foi praticado em consonância com a lei, fazendo-se o confronto entre uma conduta administrativa e uma norma jurídica. Verificada a incom-patibilidade da ação ou omissão administrativa com a norma jurídica inci-dente sobre a espécie, deve ser revista a conduta, posto que ilegítima. Este controle pode ser processado pelos órgãos da mesma Administração ou por órgãos de Poder diverso. O resultado desse controle pode ser, de um lado, a confirmação do ato ou, de outro, a sua invalidação.

O controle de mérito visa verificar a eficiência, a oportunidade e a con-veniência do ato controlado; é privativo da Administração Pública, e, logi-camente, não se submete à sindicabilidade no Poder Judiciário. Deste controle resulta ou a confirmação da conduta, ou sua revogação.

e) no tocante à amplitude, o controle administrativo pode caracterizar-

se como: - controle hierárquico: decorre da desconcentração administrativa,

ou seja, da organização vertical dos órgãos administrativa; resulta

do escalonamento vertical dos órgãos da Administração Direta ou das unidades integrantes das entidades da Administração Indireta. Esta modalidade de controle pressupõe faculdades de supervisão, orientação, fiscalização, aprovação e revisão das atividades con-troladas, disponibilizando meios corretivos para os agentes res-ponsáveis pelo desvio de conduta. Deve-se atentar para o fato de que não se deve confundir as faculdades de controle hierárquico com os da direção hierárquica, que consiste no poder reservado às chefias de planejamento e comando dos serviços e atividades de sua competência, proferirem ordens, corrigirem os atos inferiores e punirem seus subalternos.

- controle finalístico – é aquele exercido pela Administração Direta sobre as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta; verifica o escopo da instituição, perscrutando o seu enquadramen-to no programa de governo e o acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho das funções estatutárias, para o alcan-ce das finalidades da atividade controlada. Em razão da autonomia administrativa, o controle das entidades da Administração Indireta, consubstanciado na denominada supervisão ministerial, em muito difere do controle hierárquico pleno e automático acima descrito.

4. Considerações finais Ante o exposto, percebe-se que o sistema de controle da atividade ad-

ministrativa é um corolário do Estado de Direito, posto que limita a legalida-de e a conveniência da atuação do administrador a dois postulados bási-cos: o princípio da legalidade e o da finalidade pública.

Enquanto a legalidade condiciona a atividade administrativa, subordi-

nando o administrador às balizas traçadas pela lei, o princípio da finalidade pública estabelece que a Administração deve desempenhar suas atividades de modo a garantir o interesse público da forma mais rápida e eficiente possível.

Em que pese a inexistência de diploma único que discipline o assunto”

controle da Administração”, fazendo-se necessário, assim, para o estudo do tema as jurisprudências a ele relativas e as orientações jurisprudenciais, os mecanismos de controle da administração representam elemento essencial para assegurar que o governo tutele o interesse público com eficiência, efetividade e dentro dos preceitos legais da ordem democrática.

Princípios do Processo Administrativo Giovana Harue Jojima Tavarnaro

Para a regularidade de desenvolvimento do processo administrativo e justiça das decisões é essencial o bom emprego dos princípios jurídicos sobre ele incidentes e, por isso, deve-se observar o significado, a importân-cia, os objetivos e as decorrências de ordem prática de cada um dos princí-pios do processo administrativo.

Os princípios são normas, e, como tal, dotados de positividade, que de-

terminam condutas obrigatórias e impedem a adoção de comportamentos com eles incompatíveis. Servem, também, para orientar a correta interpre-tação das normas isoladas, indicar, dentre as interpretações possíveis diante do caso concreto, qual deve ser obrigatoriamente adotada pelo aplicador da norma, em face dos valores consagrados pelo sistema jurídico.

Cabe ressaltar que, sobre o processo administrativo incidem diversos

princípios expressamente previstos em diferentes partes do texto constitu-cional, como é o caso dos princípios contidos no art. 5o e, mais diretamente, dos princípios contidos no art. 37, especificamente direcionados para a Administração Pública em todas as suas formas e ações. Porém, além dos princípios expressos existem também no contexto constitucional princípios implícitos ou decorrentes daqueles, sem falar dos princípios consagrados pela teoria geral do Direito, como é o caso do princípio da segurança jurídi-ca.

Diante da pouca utilidade em se tentar organizar sistematicamente os princípios do processo administrativo, optou-se por fazer uma simples enumeração, não exaustiva e sem ordem hierárquica, do que pareceu corresponder aos princípios de maior aplicabilidade ou utilidade prática. É certo que outros princípios são também aplicáveis ao processo administra-tivo, sendo que sua relevância vai depender das circunstâncias do caso concreto.

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Princípio da Igualdade Deve-se observar que no processo administrativo o Estado é, ao mes-

mo tempo, parte e juiz, evidenciando uma desigualdade fundamental. Mas essa desigualdade deve ser compensada por uma atuação a mais isenta possível na condução do processo, tendo como norte a igualdade entre as partes.

Um requisito básico e fundamental para isso é assegurar ao adminis-

trado que postula ou se defende perante o Estado um tratamento que não o coloque em posição subalterna.

Na instrução e na decisão do processo administrativo a autoridade pú-

blica disso incumbida deve zelar pela maior igualdade possível entre as partes, inclusive compensando eventuais desigualdades, em busca de uma solução legal, justa e convincente.

Princípio da Legalidade Pelo princípio da legalidade, tem-se que administração pública é uma

atividade que se desenvolve debaixo da lei, na forma da lei, nos limites da lei e para atingir os fins assinalados pela lei.

É sempre necessária a previsão legislativa como condição de validade

de uma atuação administrativa, porém, é essencial que tenham efetivamen-te acontecido os fatos aos quais a lei estipulou uma consequência.

Está totalmente superado o entendimento segundo o qual a discriciona-

riedade que a lei confere ao agente legitima qualquer conduta e impede o exame pelo Poder judiciário.

O princípio da legalidade não pode ser entendido como um simples

cumprimento formal das disposições legais. Ele não se coaduna com a mera aparência de legalidade, mas, ao contrário, requer uma atenção especial para com o espírito da lei e para com as circunstâncias do caso concreto.

Princípio da Finalidade Segundo o princípio da finalidade, a norma administrativa deve ser in-

terpretada e aplicada da forma que melhor garanta a realização do fim público a que se dirige.

Deve-se ressaltar que o que explica, justifica e confere sentido a uma

norma é precisamente a finalidade a que se destina. A partir dela é que se compreende a racionalidade que lhe presidiu a edição. Logo, é na finalida-de da lei que reside o critério norteador de sua correta aplicação, pois é em nome de um dado objetivo que se confere competência aos agentes da Administração.

É preciso examinar à luz das circunstâncias do caso concreto se o ato

em exame atendeu ou concorreu para o atendimento do específico interes-se público almejado pela previsão normativa genérica.

Princípio da Motivação O princípio da motivação determina que a autoridade administrativa

deve apresentar as razões que a levaram a tomar uma decisão. A motivação é uma exigência do Estado de Direito, ao qual é inerente,

entre outros direitos dos administrados, o direito a uma decisão fundada, motivada, com explicitação dos motivos.

Sem a explicitação dos motivos torna-se extremamente difícil sindicar,

sopesar ou aferir a correção daquilo que foi decidido, por isso, é essencial que se apontem os fatos, as inferências feitas e os fundamentos da deci-são.

A falta de motivação no ato discricionário abre a possibilidade de ocor-

rência de desvio ou abuso de poder, dada a dificuldade ou, mesmo, a impossibilidade de efetivo controle judicial, pois, pela motivação ;e possível aferir a verdadeira intenção do agente.

Princípio da Razoabilidade O princípio da razoabilidade é uma diretriz de senso comum, ou mais

exatamente, de bom-senso, aplicada ao Direito. Esse bom-senso jurídico se

faz necessário à medida que as exigências formais que decorrem do princí-pio da legalidade tendem a reforçar mais o texto das normas, a palavra da lei, que o seu espírito.

Enuncia-se com este princípio que a Administração, ao atuar no exer-cício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respei-tosas das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida.

Princípio da Proporcionalidade O princípio da proporcionalidade tem o objetivo de coibir excessos de-

sarrazoados, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, para evitar restrições desnecessárias ou abusivas.

Por força deste princípio, não é lícito à Administração Pública valer-se de medidas restritivas ou formular exigências aos particulares além daquilo que for estritamente necessário para a realização da finalidade pública almejada.

Visa-se, com isso, a adequação entre os meios e os fins, vedando-se a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

Princípio da Moralidade A Constituição Federal elegeu como um de seus princípios fundamen-

tais a moralidade como um todo, abrindo o caminho para a superação da vergonhosa impunidade que campeia na Administração Pública, podendo-se confiar em uma nova ordem administrativa baseada na confiança, na boa-fé, na honradez e na probidade.

O princípio da moralidade pública contempla a determinação jurídica da observância de preceitos éticos produzidos pela sociedade, variáveis segundo as circunstâncias de cada caso.

É possível zelar pela moralidade administrativa, por meio da correta uti-lização dos instrumentos para isso existentes na ordem jurídica, entre os quais merece posição de destaque exatamente o processo administrativo, pela extrema amplitude de investigação que nele se permite, chegando mesmo ao mérito do ato ou da decisão, ao questionamento de sua oportu-nidade e conveniência.

Princípio da Ampla Defesa A Constituição Federal assegura, aos litigantes em geral, tanto na esfe-

ra administrativa quanto judicial, o direito à defesa, com os meios a ela inerentes. Ao falar-se de princípio da ampla defesa, na verdade está se falando dos meios para isso necessários, dentre eles, assegurar o acesso aos autos, possibilitar a apresentação de razões e documentos, produzir provas testemunhais ou periciais e conhecer os fundamentos e a motivação da decisão proferida.

O direito à ampla defesa impõe à autoridade o dever de fiel observân-cia das normas processuais e de todos os princípios jurídicos incidentes sobre o processo.

Princípio do Contraditório A instrução do processo deve ser contraditória, ou seja, é essencial

que ao interessado ou acusado seja dada a possibilidade de produzir suas próprias razões e provas e, mais que isso, que lhe seja dada a possibilida-de de examinar e contestar argumentos, fundamentos e elementos proban-tes que lhe sejam favoráveis.

O princípio do contraditório determina que a parte seja efetivamente ouvida e que seus argumentos sejam efetivamente considerados no julga-mento.

Princípio da Segurança Jurídica O princípio da segurança jurídica ou da estabilidade das relações jurí-

dicas impede a desconstituição injustificada de atos ou situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido alguma inconformidade com o texto legal duran-te sua constituição.

Muitas vezes o desfazimento do ato ou da situação jurídica por ele cri-ada pode ser mais prejudicial do que sua manutenção, especialmente

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Conhecimentos Específicos A Opção Certa Para a Sua Realização 70

quanto a repercussões na ordem social. Por isso, não há razão para invali-dar ato que tenha atingido sua finalidade, sem causar dano algum, seja ao interesse público, seja a direitos de terceiros.

Muitas vezes as anulações e revogações são praticadas em nome da

restauração da legalidade ou da melhor satisfação do interesse público, mas na verdade para satisfazer interesses subalternos, configurando abuso ou desvio de poder. Mesmo que assim não seja, a própria instabilidade decorrente desses atos é um elemento perturbador da ordem jurídica, exigindo que seu exame se faça com especial cuidado.

Princípio do Interesse Público A finalidade da lei sempre será a realização do interesse público, en-

tendido como o interesse da coletividade. Cada norma visa a satisfação de um determinado interesse público, mas a concretização de cada específico interesse público concorre par a realização do interesse público em sentido amplo (interesse comum a todos os cidadãos).

O interesse público deve ser conceituado como interesse resultante do

conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm quando consi-derados em sua qualidade de membros da sociedade.

Princípio da Eficiência A Emenda Constitucional no 19/88 acrescentou o princípio da eficiência

aos demais princípios originalmente previstos no art. 37 a Constituição Federal. Por óbvio, este princípio já estava implícito, porém, ao torná-lo explícito, pretendeu-se demonstrar a importância que ele passou a ter.

Em termos práticos, deve-se considerar que, quando mera formalidade

burocrática for um empecilho à realização do interesse público, o formalis-mo deve ceder diante da eficiência.

Dessa forma, é preciso superar concepções puramente burocráticas ou

meramente formalísticas, dando-se maior ênfase ao exame da legitimidade, da economicidade, da razoabilidade, em benefício da eficiência.

Princípio da Informalidade O princípio da informalidade significa que, dentro da lei, pode haver

dispensa de algum requisito formal sempre que a ausência não prejudicar terceiros nem comprometer o interesse público. Um direito não pode ser negado em razão da inobservância de alguma formalidade instituída para garanti-lo desde que o interesse público almejado tenha sido atendido.

Princípio da Boa-fé A boa-fé é um importante princípio jurídico, que serve também como

fundamento para a manutenção do ato viciado por alguma irregularidade. A boa-fé é um elemento externo ao ato, na medida em que se encontra no pensamento do agente, na intenção com a qual ele fez ou deixou de fazer alguma coisa. Na prática, é impossível definir o pensamento, mas é possí-vel aferir a boa ou má-fé, pelas circunstâncias do caso concreto.

Princípio da Publicidade O art. 37 da Constituição Federal estampa o princípio da publicidade,

aplicável a todos os Poderes, em todos os níveis de governo. Como regra geral, os atos praticados pelos agentes administrativos não

devem ser sigilosos. Portanto, salvo as ressalvas legalmente estabelecidas e as decorrentes de razões de ordem lógica, o processo administrativo deve ser público, acessível ao público em geral, não apenas às partes envolvidas.

Princípio da Oficialidade Por força do princípio da oficialidade a autoridade competente para de-

cidir tem também o poder/dever de inaugurar e impulsionar o processo, até que se obtenha um resultado final conclusivo e definitivo, pelo menos no âmbito da Administração Pública.

Diante do fato de que a administração pública tem o dever elementar

de satisfazer o interesse público, ela não pode, para isso, depender da iniciativa de algum particular.

O princípio da oficialidade se revela pelo poder de iniciativa para ins-

taurar o processo, na instrução do processo e na revisão de suas decisões,

inerente à Administração Pública. E, por isso, tais ações independem de expressa previsão legal.

A Administração Pública tem o dever de dar prosseguimento ao pro-

cesso, podendo, por sua conta, providenciar a produção de provas, solicitar laudos e pareceres, enfim, fazer tudo aquilo que for necessário para que se chegue a uma decisão final conclusiva.

Princípio da Verdade material No processo administrativo o julgador deve sempre buscar a verdade,

ainda que, para isso, tenha que se valer de outros elementos além daque-les trazidos aos autos pelos interessados.

A autoridade administrativa competente não fica obrigada a restringir

seu exame ao que foi alegado, trazido ou provado pelas partes, podendo e devendo buscar todos os elementos que possam influir no seu convenci-mento.

Princípio do Duplo grau de jurisdição administrativa As decisões administrativas, inclusive e principalmente aquelas proferi-

das no processo, podem conter equívocos. Daí a necessidade de que as condutas estatais submetam-se a duplo exame, porque a oportunidade de se haver uma segunda análise propicia uma melhor conclusão e maior segurança para o interessado e para a coletividade. À própria autoridade que tenha proferido a decisão recorrida é oferecida uma oportunidade de reexame, em geral, vez que a ela é que se dirige o recurso e o pedido de reconsideração, o que, não ocorrendo, determina a remessa à autoridade hierarquicamente superior.

A possibilidade de reexame da decisão retira o arbítrio de quem decide

e obriga a que a decisão proferida seja devidamente fundamentada e motivada, dando ensejo à possibilidade de controle, inclusive judicial, sem o qual não existe o chamado Estado de Direito.

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL. REDAÇÃO OFICIAL. FORMAS DE TRATAMENTO. EXPRESSÕES E VO-

CÁBULOS LATINOS DE USO FREQUENTE NAS CO-MUNICAÇÕES ADMINISTRATIVAS OFICIAIS. MODE-

LOS E/OU DOCUMENTOS UTILIZADOS.

MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 2a edição, revista e atualizada. Brasília, 2002

Apresentação

Com a edição do Decreto no 100.000, em 11 de janeiro de 1991, o Pre-sidente da República autorizou a criação de comissão para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações oficiais. Após nove meses de intensa atividade da Comissão presidida pelo hoje Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, apre-sentou-se a primeira edição do MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.

A obra dividia-se em duas partes: a primeira, elaborada pelo diplomata Nestor Forster Jr., tratava das comunicações oficiais, sistematizava seus aspectos essenciais, padronizava a diagramação dos expedientes, exibia modelos, simplificava os fechos que vinham sendo utilizados desde 1937, suprimia arcaísmos e apresentava uma súmula gramatical aplicada à redação oficial. A segunda parte, a cargo do Ministro Gilmar Mendes, ocupava-se da elaboração e redação dos atos normativos no âmbito do Executivo, da conceituação e exemplificação desses atos e do procedimen-to legislativo.

A edição do Manual propiciou, ainda, a criação de um sistema de con-trole sobre a edição de atos normativos do Poder Executivo que teve por finalidade permitir a adequada reflexão sobre o ato proposto: a identificação clara e precisa do problema ou da situação que o motiva; os custos que poderia acarretar; seus efeitos práticos; a probabilidade de impugnação judicial; sua legalidade e constitucionalidade; e sua repercussão no orde-namento jurídico.

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Buscou-se, assim, evitar a edição de normas repetitivas, redundantes ou desnecessárias; possibilitar total transparência ao processo de elabora-ção de atos normativos; ensejar a verificação prévia da eficácia das normas e considerar, no processo de elaboração de atos normativos, a experiência dos encarregados em executar o disposto na norma.

Decorridos mais de dez anos da primeira edição do Manual, fez-se ne-cessário proceder à revisão e atualização do texto para a elaboração desta 2a Edição, a qual preserva integralmente as linhas mestras do trabalho originalmente desenvolvido. Na primeira parte, as alterações principais deram-se em torno da adequação das formas de comunicação usadas na administração aos avanços da informática. Na segunda parte, as alterações decorreram da necessidade de adaptação do texto à evolução legislativa na matéria, em especial à Lei Complementar no 95, de 26 de fevereiro de 1998, ao Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002, e às alterações consti-tucionais ocorridas no período.

Espera-se que esta nova edição do Manual contribua, tal como a pri-meira, para a consolidação de uma cultura administrativa de profissionali-zação dos servidores públicos e de respeito aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, com a consequente melhoria dos serviços prestados à sociedade.

PEDRO PARENTE Chefe da Casa Civil da Presidência da República

Sinais e Abreviaturas Empregados

* = indica forma (em geral sintática) inaceitável ou agramatical. § = parágrafo adj. adv. = adjunto adverbial arc. = arcaico art. = artigo cf. = confronte CN = Congresso Nacional Cp. = compare f.v. = forma verbal fem.= feminino ind. = indicativo i. é. = isto é masc. = masculino obj. dir. = objeto direto obj. ind. = objeto indireto p. = páginap. us. = pouco usado pess. = pessoa pl. = plural pref. = prefixo pres. = presente Res. = Resolução do Congresso Nacional RI da CD = Regimento Interno da Câmara dos Deputados RI do SF = Regimento Interno do Senado Federal s. = substantivo s.f. = substantivo feminino s.m. = substantivo masculino sing. = singular tb. = também v. = ver ou verbo v. g; = verbi gratia var. pop. = variante popular

PARTE I

AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

CAPÍTULO I

ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL 1. O que é Redação Oficial

Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.

A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do pa-

drão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe,

no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-dade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redi-

gido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilida-de, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, ne-cessariamente, clareza e concisão.

Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normati-

vos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remon-tam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatori-edade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano.

Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, con-

cisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impes-soais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.

Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são ne-

cessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais

foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Men-cione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.

Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das ca-

racterísticas específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.

A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à

evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impesso-alidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.

Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial,

passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 1.1. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita.

Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.

Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos

assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora

se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de de-

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terminada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é fei-ta a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre conce-bido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, te-mos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;

c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo te-mático das comunicações oficiais se restringe a questões que di-zem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.

Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.

A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos vale-mos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.

1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos

e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público des-ses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.

As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.

Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua fala-da e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.

A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acor-do com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.

O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles reque-rem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexi-cais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.

Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de ex-pressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária.

Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão ofici-al de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunica-

ções oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos.

Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologismo e estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.

1.3. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem

a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impesso-alidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunica-ção.

A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária unifor-midade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabeleci-mento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.

A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definiti-vo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padroniza-ção. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de nor-mas específicas para cada tipo de expediente.

1.4. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto

oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informa-ções com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias.

O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusiva-mente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.

Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.

A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem:

a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;

b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;

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c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;

d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lin-guísticos que nada lhe acrescentam.

É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.

Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fá-cil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assun-tos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verda-de. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significa-do das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados.

A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.

Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em to-das as comunicações oficiais, transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury, a partir do qual podem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem sentido!

CAPÍTULO II AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

2. Introdução A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os

preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análi-se, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.

2.1. Pronomes de Tratamento 2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga

tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incor-porados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de distinção e de respeito, a segun-da pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor:

“Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria supe-rior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o trata-mento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade.”

A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já es-tava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresen-

tam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e prono-minal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com

quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.

Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”).

Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramati-

cal deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senho-ria deve estar satisfeita”.

2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular

tradição. São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos

de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de

Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido

do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador,

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autori-

dades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70064-900 – Brasília. DF

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repe-tida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para parti-culares. O vocativo adequado é:

Senhor Fulano de Tal, (...)

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No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 – Curitiba. PR Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do

superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título aca-

dêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medici-na. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por for-

ça da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierar-

quia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo cor-

respondente é: Santíssimo Padre, (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunica-

ções aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas

a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reve-rendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

2.2. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de

arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autorida-

des estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.

2.3. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República,

todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura) NOME

Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura)

NOME Ministro de Estado da Justiça

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em pági-na isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

3. O Padrão Ofício Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade

do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformi-zá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças.

3.1. Partes do documento no Padrão Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o

expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à

direita: Exemplo: Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a co-municação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.

e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de do-cumentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, em-pregue a forma direta;

– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;

– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estru-tura é a seguinte:

– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encami-nhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:

“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”

ou

“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do tele-grama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”

– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.

f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);

g) assinatura do autor da comunicação; e

h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signatário).

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3.2. Forma de diagramação Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de

apresentação: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no

texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-

se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da pági-

na; d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos

em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);

e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;

f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;

g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pon-

tos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;

i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do do-cumento;

j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel bran-co. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;

l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impres-sos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;

m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto;

n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveita-mento de trechos para casos análogos;

o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser for-mados da seguinte maneira: tipo do documento + número do do-cumento + palavras-chaves do conteúdo

Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” 3.3. Aviso e Ofício 3.3.1. Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente

idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusiva-mente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Adminis-tração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.

3.3.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício,

com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.

Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes in-

formações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e endereço de correio eletrônico.

3.4. Memorando 3.4.1. Definição e Finalidade O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades admi-

nistrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.

Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por deter-minado setor do serviço público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.

3.4.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,

com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

4. Exposição de Motivos 4.1. Definição e Finalidade Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da Repú-

blica ou ao Vice-Presidente para: a) informá-lo de determinado assunto; b) propor alguma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da Repúbli-

ca por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a

exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvi-dos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.

4.2. Forma e Estrutura Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão

ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normati-vo, segue o modelo descrito adiante.

A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusiva-mente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo.

No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.

Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentários julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:

a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medi-da ou do ato normativo proposto;

b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alter-nativas existentes para equacioná-lo;

c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.

Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de moti-vos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002.

Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão equivalente) no , de de de 200 .

5. Mensagem 5.1. Definição e Finalidade É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes

Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração

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Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da Nação.

Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presi-dência da República, a cujas assessorias caberá a redação final.

As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:

a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou finan-ceira.

Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime nor-mal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgên-cia.

Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Presi-dência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).

Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano pluria-nual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis financeiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas.

As mensagens aqui tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbi-to do Poder Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das matérias objeto das proposições por elas enca-minhadas.

Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos inte-ressados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de enca-minhamento ao Congresso.

b) encaminhamento de medida provisória. Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presi-

dente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juntan-do cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documen-tação da Presidência da República.

c) indicação de autoridades. As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pes-

soas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indica-ção.

O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado, acompanha a mensagem.

d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do País por mais de 15 dias.

Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência privativa do Congresso Nacional.

O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.

e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão

de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter tais atos à apreciação do Congresso Nacional

consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na men-sagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do art. 223 já define o prazo da tramitação.

Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem o cor-

respondente processo administrativo.

f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior. O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a aber-

tura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas (Constitui-ção, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno.

g) mensagem de abertura da sessão legislativa. Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação do Pa-

ís e solicitação de providências que julgar necessárias (Constituição, art. 84, XI).

O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da Presidência da

República. Esta mensagem difere das demais porque vai encadernada e é distribuída a todos os Congressistas em forma de livro.

h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos). Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacional, en-

caminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de sanção.

i) comunicação de veto. Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1o), a

mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai publicado na ínte-gra no Diário Oficial da União (v. 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)

j) outras mensagens. Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência mensa-

gens com: – encaminhamento de atos internacionais que acarretam encargos

ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I); – pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e

prestações interestaduais e de exportação (Constituição, art. 155, § 2o, IV);

– proposta de fixação de limites globais para o montante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);

– pedido de autorização para operações financeiras externas (Cons-tituição, art. 52, V); e outros.

Entre as mensagens menos comuns estão as de: – convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constituição,

art. 57, § 6o); – pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da Repú-

blica (art. 52, XI, e 128, § 2o); – pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobilização

nacional (Constituição, art. 84, XIX); – pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz (Constitui-

ção, art. 84, XX); – justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua prorro-

gação (Constituição, art. 136, § 4o); – pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Constitui-

ção, art. 137); – relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio ou de

defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único); – proposta de modificação de projetos de leis financeiras (Constitui-

ção, art. 166, § 5o);

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– pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem des-pesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou rejei-ção do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, § 8o);

– pedido de autorização para alienar ou conceder terras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); etc.

5.2. Forma e Estrutura

As mensagens contêm: a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmen-

te, no início da margem esquerda: Mensagem no

b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda;

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e horizon-

talmente fazendo coincidir seu final com a margem direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da Re-

pública, não traz identificação de seu signatário.

6. Telegrama 6.1. Definição e Finalidade Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos

burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.

Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).

6.2. Forma e Estrutura

Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Inter-net.

7. Fax 7.1. Definição e Finalidade O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de

comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.

Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapi-damente.

7.2. Forma e Estrutura Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que

lhes são inerentes.

É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada.

8. Correio Eletrônico 8.1 Definição e finalidade O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, trans-

formou-se na principal forma de comunicação para transmissão de docu-mentos.

8.2. Forma e Estrutura Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibili-

dade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretan-to, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais).

O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferenci-

almente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de lei-

tura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

8.3 Valor documental Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio

eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

CUIDADOS COM O AMBIENTE DE TRABALHO: NO-ÇÕES DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO.

LEGISLAÇÃO VIGENTE

ERGONOMIA Algumas definições para a ergonomia. Montmollin, M. - A Ergonomia é a tecnologia das comunicações ho-

mem-máquina (1971). Grandjean, E. - A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar. Ela com-

preende a fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria é a sociedade no trabalho. O objetivo prático da Ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos intrumentos, das máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem. A realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço humano (1968).

Leplat, J - A Ergonomia é uma tecnologia e não uma ciência, cujo ob-jeto é a organização dos sistemas homens-máquina (1972).

Murrel, K.F. - A Ergonomia pode ser definida como o estudo científico das relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho (1965).

Self - A Ergonomia reúne os conhecimentos da fisiologia e psicologia, e das ciências vizinhas aplicadas ao trabalho humano, na perspectiva de uma melhor adaptação ao homem dos métodos, meios e ambientes de trabalho.

Wisner - A Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos rela-tivos ao homem e necessários a concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de confôrto e eficácia (1972).

A Ergonomia é considerada por alguns autores como ciência, enquan-

to geradora de conhecimentos.Outros autores a enquadram como tecnolo-gia, por seu caráteer aplicativo, de transformação.Apesar das divergências conceituais, alguns aspectos são comuns as várias definições existentes:

a aplicação dos estudos ergonômicos;

a natureza multidisciplinar, o uso de conhecimentos de várias dis-ciplinas;

o fundamento nas ciências;

o objeto: a concepção do trabalho.

OBJETO E OBJETIVO DA ERGONOMIA Se, para um certo número de disciplinas, o trabalho é o campo de apli-

cação ou uma extensão do objeto próprio da disciplina, para a ergonomia o trabalho é o único possível de intervenção.

A ergonomia tem como objetivo produzir conhecimentos específicos sobre a atividade do trabalho humano.

O objetivo desejado no processo de produção de conhecimentos é o de informar sobre a carga do trabalhador, sendo a atividade do trabalho espe-cífica a cada trabalhador.

O procedimento ergonômico é orientado pela perspectiva de transfor-mação da realidade, cujos resultados obtidos irão depender em grande parte da necessidade da mudança. Mesmo que o objetivo possa ser dife-

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Conhecimentos Específicos A Opção Certa Para a Sua Realização 78

rente de acordo com a especialização de cada pesquisador, o objeto do estudo não pode ser definido a priori, pois sua construção depende do objetivo da transformação.

Em ergonomia o objeto sobre o qual pretende-se produzir conhecimen-

tos, deve ser construido por um processo de decomposição/ recomposição da atividade complexa do trabalho, que é analisada e que deve ser trans-formada.

O objetivo é ocultar o mínimo possível a complexidade do trabalho real.

Quanto mais ergonomia aprofunda o seu questionamento sobre a realida-de, mais ela é interpelada por ela mesma.

Em 1857 Jastrezebowisky publicou um artigo intitulado "ensaios de er-

gonomia ou ciência do trabalho". O tema é retomado quase cem anos depois, quando em 1949 um grupo de cientistas e pesquisadores se reu-nem, interessados em formalizar a existência desse novo ramo de aplica-ção interdisciplinar da ciência.

Em 1950, durante a segunda reunião deste grupo, foi proposto o neo-

logismo "ERGONOMIA", formado pelos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (regras). Funda-se assim no início da década de '50, na Inglaterra, a Ergonomics Research Society.

Em 1955, é publicada a obra "Análise do Trabalho" de Obredane & Fa-

verge, que torna-se deciciva para a evolução da metodologia ergonômica. Nesta publicação é apresentada de forma clara a importância da observa-ção das situações reais de trabalho para a melhoria dos meios, métodos e ambiente do trabalho.

Em referência as publicações científicas que marcaram o início da pro-

dução dos conhecimentos em ergonomia, podemos citar: A ergonomia no Brasil começou a ser evocada na USP, nos anos 60

pelo Prof. Sergio Penna Khel, que encorajou Itiro Iida a desenvolver a primeira tese brasileira em Ergonomia, a Ergonomia do Manejo. Também na USP, Ribeirão Preto, Paul Stephaneek introduzia o tema na Psicologia.

Nesta época, no Rio de Janeiro, o Prof. Alberto Mibielli de Carvalho

apresentava Ergonomia aos estudantes de Medicina das duas faculdades mais importantes do Rio, a Nacional (UFRJ) e a ciencias Médicas (UEG, depois UERJ); O Prof. Franco Seminério falava desta disciplina, com seu refinado estilo, aos estudantes de Psicologia da UFRJ. O maior impulso se deu na COPPE, no início dos anos 70, com a vinda do Prof. Itiro Iida para o Programa de Engenharia de Produção, com escala na ESDI/RJ. Além dos cursos de mestrado e graduação, Itiro organizou com Collin Palmer um curso que deu origem ao primeiro livro editado em português.

A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o tra-

balho humano.

A estratégia utilizada pela Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a atividade em indicadores observáveis (postura, exploração visual, deslocamento).

A partir dos resultados iniciais obtidos e validados com os operadores,

chega-se a uma síntese que permite explicar a inter-relação de vários condicionantes à situação de trabalho.

Como em todo processo científico de investigação, a espinha dorsal de

uma intervenção ergonômica é a formulação de hipóteses.

Segundo LEPLAT "o pesquisador trabalha em geral a partir de uma hi-pótese, é isso que lhe permite ordenar os fatos". São as hipóteses que darão o status científico aos métodos de observação nas atividades do homem no trabalho.

A organização das observações em uma situação real de trabalho é fei-ta em função das hipóteses que guiam a análise, mas também, segundo GUERIN (1991), em função das imposições práticas ou das facilidades de cada situação de trabalho.

Os comportamentos manifestáveis do homem são frequentemente ob-serváveis pelos ergonomistas, como por exemplo:

Os deslocamentos dos operadores - esses podem ser registrados a partir do acompanhamento dos percursos realizados pelo operador em sua jornada de trabalho. O registro do deslocamento pode explicar a importân-cia de outras áreas de trabalho e zonas adjacentes. Exemplo; em uma sala de controle o deslocamento dos operadores até os painéis de controle está relacionado à exploração de certas informações visuais que são fundamen-tais para o controle de processo; o deslocamento até outros colegas pode esclarecer as trocas de comunicações necessárias ao trabalho.

Técnicas utilizadas na análise do trabalho Pode-se agrupar as técnicas utilizadas em Ergonomia em técnicas ob-

jetivas e subjetivas. • Técnicas objetivas ou diretas: - Registro das atividades ao longo

de um período, por exemplo, através de um registro em video. Es-sas técnicas impõem uma etapa importante de tratamento de da-dos.

• Técnicas subjetivas ou indiretas:- Técnicas que tratam do dis-curso do operador, são os questionários, os check-lists e as entre-vistas. Esse tipo de coleta de dados pode levar a distorções da si-tuação real de trabalho, se considerada uma apreciação subjetiva. Entretanto, esses podem fornecer uma gama de dados que favore-çam uma análise preliminar.

Deve-se considerar que essas técnicas são aplicadas segundo um pla-no preestabelecido de intervenção em campo, com um dimensionamento da amostra a ser considerado em função dos problemas abordados.

Métodos diretos Observação É o método mais utilizado em Ergonomia pois permite abordar de ma-

neira global a atividade no trabalho. A partir da estruturação das grandes classes de problemas a serem

observados, o Ergonomista dirige suas observações e faz uma filtragem seletiva das informações disponíveis.

Observação assistida Inicialmente considera-se uma ficha de observação, construída a partir

de uma primeira fase de observação "aberta". A utilização de uma ficha de registro permite tratar estatisticamente os

dados recolhidos; as frequências de utilização, as transições entre ativida-des, a evolução temporal das atividades.

Em um segundo nível utiliza-se os meios automáticos de registro, áudio e video.

O registro em video é interessante à medida que libera o pesquisador da tomada incessante de dados, que são, inevitavelmente, incompletos, e permite a fusão entre os comportamentos verbais, posturais e outros. O video pode ser um elemento importante na análise do trabalho, mas os registros devem poder ser sempre explicados pelos resultados da observa-ção paralela dos pesquisadores.

Os registros em video permitem recuperar inúmeras informações inte-ressantes nos processos de validação dos dados pelos operadores. Essa técnica, entretanto, está relacionada a uma etapa importante de tratamento de dados, assim como de toda preparação inicial para a coleta de dados (ambientação dos operadores), e uma filtragem dos períodos observáveis e dos operadores que participarão dos registros.

Alguns indicadores podem ser observados para melhor estudo da situ-ação de trabalho (postura, exploração visual, deslocamentos etc).

Direção do olhar A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir

para onde esse está olhando. O registro da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia

para apreciação das fontes de informações utilizadas pelos operadores. As observações da direção do olhar podem ser utilizadas como indicador da solicitação visual da tarefa.

O número e a frequência das informações observadas em um painel de controle na troca de petróleo em uma refinaria, por exemplo, indicam as estratégias que estão sendo utilizadas pelos operadores na detecção de presença de água no petróleo, para planejar sua ação futura.

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Comunicações A troca de informação entre indivíduos no trabalho podem ter diversas

formas: verbais, por intermédio de telefones, documentais e através de gestos.

O conteúdo das informações trocadas tem se revelado como grande fonte entre operadores, esclarecedora da aprendizagem no trabalho, da competência das pessoas, da importância e contribuição do conhecimento diferenciado de cada um na resolução de incidentes.

O registro do conteúdo das comunicações em um estudo de caso no Setor Petroquímico da Refinaria Alberto Pasqualini, Canoas - RS, mostrou a importância da checagem das informações fornecidas pelos automatis-mos e pelas pessoas envolvidas no trabalho, através de inúmeras confir-mações solicitadas pelos operadores do painel de controle.

O conteúdo das comunicações pode, além de permitir uma quantifica-ção de fontes de informações e interlocutores privilegiados, revelar os aspectos coletivos do trabalho.

Posturas As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da ati-

vidade a ser realizada. A postura é um suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. A postura é influenciada pelas características antropométricas do operador e caracterís-ticas formais e dimensionais dos postos de trabalho.

No trabalho em salas de controle, a postura é condicionada à oscilação do volume de trabalho. Em períodos monótonos a alternância postural servirá como escape à monotonia e reduzirá a fadiga do operador. Em períodos perturbados a postura será condicionada pela exploração visual que passa a ser o pivô da atividade. Os segmentos corporais acompanha-rão a exploração visual e excutarão os gestos.

Estudo de traços A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na pró-

pria atividade. Ela permite confrontar os resultados técnicos esperados e os resultados reais.

Os dados levantados em diferentes fases do trabalho podem dar indi-cação sobre os custos humanos no trabalho mas, entretanto, não conse-guem explicar o processo cognitivo necessário à execução da atividade. O estudo de traços pode ser considerado como complemento e é usado, com frequência, nas primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode ser fundamental no quadro metodológico para análise dos erros.

Métodos subjetivos O questionário é pouco utilizado em Ergonomia pois requer um número

importante de operadores. Entretanto a aplicação de questionário em um grupo restrito de pessoas pode ser utilizada para hierarquizar um certo número de questões a serem tratadas em uma análise aprofundada.

As respostas dos questionários podem ser úteis para a contribuição de uma classificação de tarefas e de postos de trabalho. O questionário, entretanto, deve respeitar a amostra e as probabilidades de aplicação.

Deve-se ressaltar que com o questionário se obtém as opiniões, as ati-tudes em relação aos objetos, e que elas não permitem acesso ao compor-tamento real.

Segundo PAVARD & VLADIS (1985), o questionário é um método fácil e se presta ao tratamento estatístico, e, se corretamente utilizado, permite coletar um certo número de informações pertinentes para o Ergonomista.

Tabelas de avaliação Esse tipo de questionário permite aos operadores avaliarem, eles

mesmos, o sistema que utilizam. O objetivo é apontar os pontos fracos e fortes dos produtos. No caso de avaliação de programas, uma tabela de avaliação deve cobrir os aspectos funcionais e conversacionais.

Entrevistas e verbalizações provocadas A consideração do discurso do operador é uma fonte de dados indis-

pensável à Ergonomia. A linguagem, segundo MONTMOLLIN (1984), é a expressão direta dos processos cognitivos utilizados pelo operador para realizar uma tarefa.

A entrevista pode ser consecutiva à realização da tarefa (pede-se ao operador para explicar o que ele faz, como ele faz e por que).

Entrevistas e verbalizações simultâneas As entrevistas podem ser realizadas simultaneamente à observação

dos operadores trabalhando em situação real ou em simulação.

A análise se concentra nas questões sobre a natureza dos dados le-vantados, sobre as razões que motivaram certas decisões e sobre as estratégias utilizadas.

Dessa maneira o Ergonomista revela a significação que os operadores tem do seu próprio comportamento. As verbalizações devem ser aplicadas com cuidado e de maneira a não alterar a atividade real de trabalho.

Medidas de conforto

O conforto e a segurança têm uma concepção ampla e abrangem as-pectos físicos, psicossociais e espirituais. Ambos constituem necessidades básicas de qualquer ser humano. A internação determina uma quebra de rotina, um afastamento temporário da família, da escola, do trabalho. O paciente vê-se só, para enfrentar uma situação desconhecida, e sente que a sua vida está ameaçada. Por outro lado, as medidas utilizadas para restabelecer a sua saúde normalmente geram ansiedade muito grande porque a maioria das condutas para diagnóstico e tratamento causam sofrimento físico.

A enfermagem tem um papel importante para auxiliar o paciente duran-te a hospitalização, pois é a que o assiste nas 24 horas, porém, só o traba-lho integrado de equipe é que vai assegurar uma assistência mais adequa-da e completa. Na admissão, se suas condições físicas o permitirem, deve-se apresentar o paciente para os companheiros da enfermaria e à equipe de saúde. Mostrar as dependências e orientá-lo quanto à rotina da unidade. Todas as condutas terapêuticas e assistência de enfermagem devem ser precedidas de orientação, esclarecimento de dúvidas e encorajamento.

São procedimentos de enfermagem: De uma maneira geral, a enfermagem poderá proporcionar conforto ao

paciente através de: — Ambiente limpo, arejado, em ordem, com temperatura adequada e

jeito confortável. — Boa postura, movimentação ativa ou passiva. — Mudança de decúbito. — Respeito quanto à individualidade do paciente. — Inspiração de sentimentos de confiança, segurança e otimismo. — Recreação através de televisão, grupos de conversação, trabalhos

manuais, leituras. — Facilitação da prática religiosa.

Prevenção de acidentes.

A segurança no trabalho sempre foi essencial para garantir a saúde e evitar acidentes nos locais de trabalho. Atualmente, tornou-se um item obrigatório em todos os tipos de trabalho.

Milhares ou milhões?

Infelizmente, as estatísticas oficiais ainda não quantificam, adequada-mente, a ocorrência anual de acidentes do trabalho no Brasil. Segundo as últimas estatísticas da Previdência Social, os acidentes com lesão foram da ordem de 400 mil no período de um ano, sendo que aproximadamente 400 desses acidentes resultaram na morte do trabalhador.

Desde aqueles que ocorrem sem lesão ou danos visíveis até os fatais, os acidentes no trabalho são objeto de estudo de um setor que, entre outras denominações, intitula-se de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

O acidente é, por definição, um evento negativo e indesejado do qual resulta uma lesão pessoal ou dano material.

Essa lesão pode ser imediata (lesão traumática) ou mediata (doença profissional).

Assim, caracteriza-se a lesão quando a integridade física ou a saúde são atingidas. O acidente, entretanto, caracteriza-se pela existência do risco.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT apresenta a se-guinte definição para o acidente do trabalho:

"ACIDENTE DO TRABALHO (ou, simplesmente, ACIDENTE ) é a ocor-rência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão" (NBR 14280/99, Cadastro de Acidentes do Trabalho - Procedimento e Classificação.)

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Conhecimentos Específicos A Opção Certa Para a Sua Realização 80

Muitas vezes o acidente parece ocorrer sem ocasionar lesão ou danos, o que, a princípio poderia contradizer a definição acima apresentada. Alguns autores chamam esses acidentes de incidentes ou de "quase-acidentes". Outros autores, preservando a definição, os chamam de "aci-dentes sem lesão ou danos visíveis". Nesse caso o prejuízo (dano) material pode ser até mesmo a perda de tempo associada ao acidente.

Exemplificamos aqui dois acidentes com lesão:

1) acidente: exposição do trabalhador a ruído excessivo causa: ausência de isolamento acústico e/ou não utilização de protetor auricular consequência: perda auditiva (doença profissional).

2) acidente: queda do trabalhador de um andaime causa: ausência da proteção lateral do andaime e/ou não utilização de cinto de segurança consequência: fraturas diversas (lesões traumáticas) e/ou morte.

Existe uma ampla legislação sobre esse assunto, especialmente na área trabalhista e previdenciária.

O gerenciamento dos riscos associados ao trabalho é fundamental pa-ra a prevenção de acidentes. Isso requer pesquisas, métodos e técnicas específicas, monitoramento e controle.

Os conceitos básicos de segurança e saúde devem estar incorporados em todas as etapas do processo produtivo, do projeto à operação. Essa concepção irá garantir inclusive a continuidade e segurança dos processos, uma vez que os acidentes geram horas e dias perdidos.

Instituições públicas e privadas, no Brasil e no exterior dedicam-se a esse assunto em suas mais variadas vertentes, envolvendo uma grande diversidade de profissionais, devido ao seu caráter multidisciplinar.

Acima de tudo, entretanto, a busca de condições seguras e saudáveis no ambiente de trabalho significa proteger e preservar a vida e, principal-mente, é mais uma forma de se construir qualidade de vida.

O trabalho realizado seriamente de forma competente e assídua, é uma das maiores virtudes do ser humano. Ele valoriza, revitaliza e honra quem o realiza para o bem estar próprio e ao dos seus semelhantes.

Os frutos colhidos do trabalho desenvolvido com segurança geram pra-zer e satisfação. Os traumas físicos e psicológicos provocados por aciden-tes durante o mesmo, geram a angústia, a infelicidade e, consequentemen-te, o desestímulo.

O trabalhador e a unidade onde ele desenvolve suas atividades têm obrigação de conhecer os respectivos direitos e deveres que regem o trabalho feito com harmonia, satisfação e, sobretudo, segurança.

O contorno às situações insalubres, o uso de equipamentos de segu-rança individual e/ou coletiva e a supervisão constante de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), são objetivos que não podemos deixar de priorizar.

A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) define que as Unidades mantenham Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Traba-lho, de acordo com o grau de risco da atividade específica e com o número de servidores.

A legislação prevê, por exemplo, que o custeio de exames médicos ocupacionais dos servidores seja de responsabilidade do empregador. Existem também Normas Regulamentadoras da CLT, que estabelecem direitos e deveres da Unidade e dos servidores, relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Como é o caso da Portaria nº 3214, de 08.06.78.

Assim, é de fundamental importância que não só o empregador cumpra sua parte, mas principalmente os servidores conheçam as normas e instru-ções existentes em sua área de trabalho e as atitudes corretas que devem ser tomadas no dia a dia.

Diante de situações novas ou de emergências, use o bom senso, veri-fique as precauções a serem tomadas, em consonância com as recomen-dações da Unidade. Em caso de dúvida, busque orientação da chefia imediata, a quem devem ser dadas também sugestões práticas de como executar um trabalho em condições seguras.

SEGURANÇA

Alguns conceitos norteiam as ações de segurança no ambiente de tra-balho:

Segurança do Trabalho:

Conjunto de recursos utilizados para manter sistemas de controle de riscos e prevenção de acidente.

Risco:

Conjunto de variáveis que favorecem a interrupção de um processo e a ocorrência de um acidente.

Prevenção:

Conjunto de métodos ou processos cuja finalidade é evitar ou controlar os riscos.

Controle:

Concretização dos métodos e processos de prevenção.

Controle de Risco:

Para preservar a integridade dos servidores, a CIPA deve desenvolver um trabalho de levantamento das condições de trabalho e dos riscos que podem causar desconforto, lesão ou agravo à saúde.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA):

É um grupo de servidores constituído por representantes da Unidade (indicados pelo Diretor), para contribuir na prevenção de doenças e aciden-tes do trabalho. No entanto, TODOS devem se sentir integrantes da CIPA. Entre as suas várias atividades, está a Semana Interna de Prevenção de Acidentes - SIPAT, durante a qual se desenvolvem eventos para despertar em cada um o interesse prevencionista. SUA participação é de grande importância.

Acidente de trabalho:

Incidentes que acontecem, apesar dos programas de controle de riscos desenvolvidos periodicamente. O conceito legal de acidente de trabalho é “o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da Unidade, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que causa a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

Acidente de trajeto:

É aquele ocorrido fora do local de trabalho, no trajeto do trabalho para a residência ou da residência para o trabalho e no deslocamento do traba-lho para atender necessidades fisiológicas - refeições, lanches e outros - e para descanso programado.

Daí a importância de manter sempre atualizado o endereço de sua re-sidência junto a Sessão de Pessoal e Chefe imediato.

Doenças profissionais:

São equiparadas aos acidentes de trabalho.

na Unidade ou fora da Unidade, no horário de trabalho - procurar atendimento médico e comunicar o fato à chefia imediata.

fora da Unidade e do horário de trabalho ou no trajeto - pro-curar atendimento médico e comunicar ao Chefe imediato, no início do próximo expediente

CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E

A PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

Riscos

Físicos

Riscos

Químicos

Riscos

Biológicos

Riscos Ergo-

nômicos

Riscos de Aci-

dentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico

intenso

Arranjo físico

inadequado

Vibrações Fumos Bactérias Levantamento

e transporte

manual de

peso

Máquinas e

equipamentos

sem proteção

Radiações

ionizantes

Névoas Protozoários Exigência de

postura

inadequada

Ferramentas

inadequadas ou

defeituosas

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Radiações

não ioni-

zantes

Neblinas Fungos Controle

rígido de

produtividade

Iluminação

inadequada

Frio Gases Parasitas Imposição de

ritmos exces-

sivos

Eletricidade

Calor Vapores Bacilos Trabalho em

turno e notur-

no

Probabilidade de

incêndio ou

explosão

Pressões

anormais

Substâncias,

compostos

ou produtos

químicos em

geral

Jornada de

trabalho

prolongada

Armazena-

mento inade-

quado

Umidade Monotonia e

repetitividade

Animais peço-

nhentos

Outras situa-

ções causa-

doras de

“stress” físico

e/ou psíquico

Outras situações

de risco que

poderão contri-

buir para a

ocorrência de

acidentes

SIMBOLOGIA UTILIZADA

Círculos com diâmetros diferentes

A simbologia representada pelo tamanho dos círculos acompanha o ti-po de gravidade de risco.

O tipo de risco varia com a cor. Veja:

RISCOS AMBIENTAIS

Agentes Físicos Verde

Agentes Químicos Vermelho

Agentes Biológicos Marrom

Agentes Ergonômicos Amarelo

Agentes de Acidentes Azul

RECOMENDAÇÕES

Para sua própria segurança, procure estar sempre informado sobre normas e instruções existentes em sua área de trabalho. Diante de novas situações no dia a dia, use o bom senso. Verifique as precauções a serem tomadas, observando sempre as recomendações da Unidade. Em caso de dúvidas, consulte seu Chefe Imediato. Faça sugestões sobre como execu-tar o trabalho em condições mais seguras.

É IMPORTANTE CONHECER OS REPRESENTANTES DA CIPA DE SUA UNIDADE

OS CINCO SENSOS

O Programa dos Cinco Sensos, que vamos chamar de 5S, consolidou-se no Japão a partir da década de 50. Seu nome provém das palavras que, em japonês, começam com a letra S.

Antes de adotar estes princípios de segurança, torna-se necessário uma explicação detalhada de cada um para o entendimento da verdadeira profundidade do programa.

1º S (SEIRI) - Senso de Utilização

2º S (SEITON) - Senso de Ordenação

3º S (SEISOU) - Senso de Limpeza

4º S (SEIKETSU) - Senso de Saúde

5º S (SHITSUKE) - Senso de Autodisciplina

As etapas mencionadas fazem parte do Programa 5S. Em cada uma delas, sua participação é muito importante. Só você pode melhorar o seu ambiente de trabalho.

SENSO DE UTILIZAÇÃO

O que é?

Manter no local de trabalho apenas o que você realmente precisa e usa, e na quantidade certa.

Para que serve?

Eliminar materiais desnecessários;

Poupar energia das pessoas;

Reduzir acidentes;

Reaproveitar recursos;

Elevar a produtividade;

Diminuir custos;

Liberar espaços;

Combater a burocracia.

Vamos nos livrar do inútil!

O que não serve para nada só atrapalha. Vai ser muito bom poder livrar-se do que é inútil em sua volta e em todos os outros locais da Unidade. Faça a sua parte. O primeiro passo é separar o que é necessário do que é inútil em seu local de trabalho.

Como praticar o Senso de Utilização?

Analise criteriosamente os recursos disponíveis, de acordo com a necessidade e a utilização diária;

Retire o inútil, deslocando-o para a área determinada de descar-te;

Busque as causas e evite novos acúmulos;

Aplique o princípio um que é o melhor. Ex.: uma ferramenta, uma cópia, um dia definido para as providências, uma hora de reunião, etc.;

Confraternize e compartilhe, não aceitando argumentos que não justifiquem ter mais do que um objeto a ser guardado e/ou utili-zado em um determinado ambiente.

SENSO DE ORDENAÇÃO

O que é?

Determinar um local único e exclusivo para cada coisa, para você achar facilmente quando precisar.

Para que serve?

Economizar tempo e material;

Trabalhar melhor, com mais conforto;

Facilitar a comunicação (todos sabem onde estão os objetos);

Elevar a produtividade;

Reduzir acidentes;

Poupar energia das pessoas.

Cada coisa em seu lugar!

Em um ambiente organizado, vive-se e trabalha-se melhor. Não perdemos tempo e evitamos erros.

A dica para organizar o seu local de trabalho é: materiais e objetos limpos, conservados, organizados e com a identificação necessária.

Como praticar o Senso de Ordenação?

Defina o melhor arranjo físico de sua área de trabalho;

Padronize nomes;

Guarde objetos semelhantes no mesmo lugar;

Use rótulos e cores vivas para identificar os materiais;

Busque o comprometimento de todos na manutenção da ordem.

SENSO DE LIMPEZA

O que é?

Retirar sujeiras do ambiente de trabalho e conservar as ferramentas, má-quinas e instrumentos na melhor condição de uso possível.

Para que serve?

Eliminar todo e qualquer traço de sujeira;

Maior satisfação das pessoas por se sentirem mais valorizadas e por trabalharem em ambiente mais agradável;

Maior controle sobre o estado de conservação das ferramentas, máquinas e instrumentos;

Eliminar tudo aquilo que incomoda (desrespeito, fofoca, futri-cas...).

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Nós fazemos o ambiente

Trabalhar num ambiente limpo é outra coisa. Aliás, deve ser um direito de todos, mas também uma obrigação. Não sujar é tão importante quanto limpar. Por isso, todos são responsáveis pela limpeza.

Sujou, limpou. Esta é a regra !

A limpeza protege nossa saúde, torna o ambiente mais agradável, é sinal de respeito aos clientes e a todos nós.

Como praticar o Senso de Limpeza ?

Eduque para não sujar;

Antes de guardar, limpe as ferramentas e os utensílios imedia-tamente após o uso;

Conserve sempre limpas as mesas, gavetas, armários, equipa-mentos e móveis em geral;

Inspecione enquanto limpa;

Descubra e elimine as fontes de sujeira;

Recolha o lixo de forma seletiva.

SENSO DE SAÚDE

O que é ?

Manter condições favoráveis para a saúde (física e mental). Engloba, portanto, não apenas o que a Unidade pode oferecer destas condições em termos de asseio e bem-estar no trabalho, mas também cuidados com a saúde, segurança e apresentação pessoal dos servidores.

Para que serve?

Maior motivação e satisfação das pessoas

Tornar o ambiente de trabalho extremamente limpo, seguro, agradável e arrumado

Evitar qualquer tipo de poluição do ar, da água, sonora ou visual

Melhorar o convívio social

Melhorar a imagem da Unidade perante os seus membros e a comunidade

Viva com mais qualidade!

Com a nossa saúde, todo cuidado é pouco. Da mesma forma, é preciso zelar pela nossa segurança no local de trabalho.

A higiene deve ser observada por todos na Unidade, mas exige, igualmen-te, cuidados pessoais indispensáveis. Outra coisa importante é manter um ambiente de trabalho alegre e cordial entre os colegas: isso faz parte de nossa higiene mental.

Como praticar o Senso de Saúde?

Pense e aja positivamente, isso faz parte da higiene mental;

Mantenha hábitos que melhorem a higiene pessoal;

Mantenha sempre limpos e higienizados os banheiros, lavató-rios, restaurantes, etc.;

Conserve o ambiente de trabalho com aspecto agradável e sau-dável;

Evite qualquer tipo de poluição;

Crie mecanismo de avaliação e melhoria das condições de tra-balho.

SENSO DE AUTODISCIPLINA

O que é?

É o cumprimento rigoroso daquilo que for estabelecido entre as pessoas, bem como das normas vigentes. É uma atitude de respeito ao próximo.

Na prática, significa paciência e persistência na forma correta de fazer as coisas. Completa todos os sensos anteriores, permitindo manter o que foi conseguido anteriormente. A evolução da disciplina é a autodisciplina e o autocontrole.

Para que serve?

Eliminar a necessidade de controles e pressões;

Facilitar a execução das tarefas de acordo com o estabelecido;

Elevar a previsibilidade do resultado;

Aumentar o autodesenvolvimento;

Melhorar o clima organizacional;

Aumentar a produtividade através da criatividade;

Dar manutenção nos padrões de qualidade.

O comprometimento de cada um em benefício de todos !

O respeito aos outros é fundamental para o sucesso do trabalho em equipe e da melhoria da eficiência dos processos.

Como praticar o Senso de Autodisciplina ?

Compartilhe visão e valores;

Eduque para a criatividade;

Tenha padrões simples;

Melhore a comunicação em geral;

Treine com paciência e persistência.

Pratique os 5S sem parar !

Lembre-se de que os cinco sensos estão interligados compondo um sistema.

A prevenção de acidentes deve obedecer a um processo dinâmico e constante que se caracterize por ações efetivamente prevencionistas que devem ser tomadas no sentido de evitar, eliminar, controlar ou impedir a evolução e consolidação dos riscos no ambiente de trabalho.

Assim, a ação prevencionista correta e ideal é aquela que procura eli-minar ou minimizar as causas dos acidentes antes que os mesmos aconte-çam, proporcionando aos trabalhadores condições eficazes de sobrevivên-cia no exercício do trabalho. No entanto, mesmo dentro deste sistema, os acidentes poderão ocorrer e caberá à “CIPA” (Comissão Interna de Preven-ção de acidentes) estudar suas causas, circunstâncias e consequências.

Identificação das causas

Basicamente, existem duas causas de acidentes difundidas pelos “es-pecialistas” e cipeiros, que são:

Ato inseguro

É todo o ato do trabalhador que contraria normas e procedimentos que visam a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. A Portaria 3214 – NR 1, item 1.7 – subitem I, define a responsabilidade com relação ao ato inseguro; Cabe ao empregador prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho. Deve ficar claro que o importante não é eliminar a ação ou ato e sim modificar a atitude.

Atitude – decisão mental de fazer ou não algo.

Condição insegura

É outro termo técnico usado na prevenção de acidentes que tem como definição as circunstâncias externas de que dependem os trabalhadores para executarem usas atividades e que sejam contrárias às normas e procedimen-tos de segurança. Deve ser lembrado que essas condições estão presentes no ambiente de trabalho pelo simples fato que foram instaladas por decisão, acompanhamento inadequado e/ou mau comportamento das pessoas que observam ou não o desenvolvimento das situações de risco daqueles que estão exercendo ou vão exercer atividades. Portanto, as condições inseguras são, frequentemente, geradas pelo comportamento do homem.

Deve-se evitar o uso dos termos condição insegura e/ou ato inseguro em uma investigação e análise de acidentes. O objetivo é identificar as falhas no processo que levaram ao ato e/ou condição insegura.

Coletadas as informações, incluindo fatores que precederam e sucede-ram o acidente, poderemos comparar os depoimentos, apurar as causas reais e propor esforços para eliminação das mesmas. Em resumo, as investigações de acidente visam apurar:

o que aconteceu;

como aconteceu;

por que aconteceu;

o que deve ser feito ou providenciado para evitar casos semelhantes.

Desse último item deve resultar recomendação das medidas que deve-rão ser tomadas para prevenir novas ocorrências semelhantes.

A anatomia dos acidentes nem sempre é fácil de ser estudada, pois não se resume nos fatos aparentes ou visíveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que o procederam, até o último que resultou no acidente.

A situação é muitas vezes complexa, envolve diversos itens ligados às instalações, maquinarias, ferramentas, horário de trabalho, etc., ligados às ações negligentes dos trabalhadores ou a problemas pessoais de ordem emocional, de saúde ou econômica. Há necessidade de tentar revelar todas essas causas, suas relações e interdependências.

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A análise do acidente

A cuidadosa investigação de um acidente oferece elementos valiosos para a análise que deve ser feita, concluindo-se sobre suas causas e suas consequências.

Tal trabalho provoca a adoção de uma série de medidas ou providên-cias administrativas, técnicas, psicológicas ou educativas dentro da empre-sa.

A CIPA deve participar dos vários aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analisá-lo e elaborando relatórios, registros, comunicações e sugestões entre outras providências.

O estudo dos acidentes não deve limitar-se àqueles considerados gra-ves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem lesão podem transformar-se em ocorrências com vítimas. A CIPA deve investir na identificação de perigos que parecem sem gravidade, mas que poderão tornar-se fontes de acidentes graves.

A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais correta sobre as condições de trabalho da empresa, com indicações sobre os tipos de acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das consequências e revelando os setores que necessitam de maior atenção da CIPA e do SESMT.

Considerando-se dimensão das consequências do acidentes (físicas, econômicas, psicológicas, sociais, etc.) para o trabalhador e analisando de forma real os benefícios devidos, os efetivados pela legislação, e a real perspectiva de reabilitação profissional, reintegração social e familiar, revela-se a necessidade de realizar com seriedade e competência a inves-tigação e análise dos acidentes, como trabalho prevencionista.

Passos a serem seguidos

Levantar os fatos:

fazer pesquisa no local de trabalho;

fazer entrevistas com pessoas envolvidas com o objetivo de levantar os fatos reais e não fazer prejulgamentos ou interpretações pessoais.

Ordenar os fatos:

identificar o último fato, ou seja, o acidente;

identificar as causas, perguntando:

- O que causou este fato?

- Esse “causador” foi necessário?

- Esse mesmo causador foi suficiente para que o acidente ocorresse, ou há outras causas?

Procurar medidas preventivas que:

Estejam de conformidade com a lei;

Apresentem relação custo/benefício positiva;

Providenciem a eliminação do risco.

Priorizar e acompanhar a implantação das medidas.

Ter sempre como requisito básico – rigor, lógica, objetividade e eficá-cia.

5. Preservação do meio ambiente.

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. O meio ambiente é bem da natureza, de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. O Poder Público e a coletividade têm o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gera-ções. É o que expressamente consta no art. 225 da Constituição Federal.

Como assegurar esses direitos?

A Constituição Federal elencou medidas e providências cabíveis tanto à União como aos Estados e Municípios e que se destinam a assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, entre as quais:

• preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

• preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do Pa-ís e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

• exigir, na forma da lei, relatório de impacto ambiental e de vizinhança para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de signifi-cativa degradação do meio ambiente;

• controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, mé-todos e substâncias que comportem risco para a vida e sua qualidade;

• proteger a fauna e a flora, sendo vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica.

Quais são os principais crimes ambientais?

A Lei nº 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas de-rivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Assim, por esta lei são crimes as seguintes condutas:

• matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécie da fauna silvestre ou nativa;

• vender, exportar, guardar espécies da fauna silvestre sem a devida permissão;

• cortar árvores sem permissão da autoridade competente;

• fabricar, vender, transportar balões que possam provocar incêndios;

• causar poluição de qualquer natureza em níveis que possam resultar danos à saúde humana ou mortalidade de animais ou a destruição significa-tiva da flora;

• alterar a edificação que esteja protegida por lei em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, religioso;

• pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumen-to urbano.

Há também muitas outras espécies de crime. As penas para a pessoa ou empresa que cometeu uma dessas práticas delituosas são muito pesa-das. Envolvem penas administrativas como de prisão e multas, esta poden-do ser diária.

No crime ambiental, por ser de ação pública, a competência para in-gressar com a ação é do Ministério Público. Assim, a polícia investiga e o Ministério Público ingressa com a ação penal. Na maioria dos casos, tam-bém cabe indenização por danos causados às vítimas.

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