85
Arbovírus e arboviruses 14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 1

Arbovírus e arboviruses prof. Clovis Gurski - Biólogo

Embed Size (px)

Citation preview

Arbovírus e arboviruses

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 1

Arbovírus e arboviruses

Arbovírus (de “arthropod borne vírus”) são vírus que podem ser transmitidos

ao homem por vetores artrópodos.

Os arbovírus pertencem a três famílias:

1- Togaviridae: Chikungunya, Encefalites equinas (Leste, Oeste, Venezuelana).

2- Bunyaviridae: Febre da Sandfly (mosquito pólvora), Febre do Vale Rift, Febre

hemorrágica da Criméia-Congo.

3- Flaviviridae: Febre amarela, Dengue, Zika.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 2

Ciclos de Transmissão Homem - artrópode - homem

e.g. Dengue, Chikungunya, Zika, Febre amarela urbana.

Reservatório pode ser ou o homem ou o vetor artrópode.

Pode haver transmissão transvoariam.

Animal - artrópode - homem

e.g. Encefalites equinas Leste e Oeste, Febre amarela selvática.

O reservatório é um animal.

O vírus é mantido na natureza em um ciclo de transmissão Envolvendo o vetor artrópode e um animal. O

homem se infecta incidentalmente.

Ambos ciclos podem ocorrer com alguns arbovírus, como a Febre amarela.

Vírus Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 3

Homem – Artrópode – Homem

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 4

Animal – Artrópode – Homem

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 5

Vetores artrópodos

Mosquitos

Chikungunya, Encefalite japonesa, Oeste do Nilo, Dengue, Febre amarela, Encefalites St. Louis,

Equinas Leste, Oeste, Venezuelana.

Carrapatos

Febre da Criméia-Congo.

Sandflies (mosquito pólvora)

Febre da sandlfly siciliana, Febre do Vale Rift.14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 6

Exemplos de vetores artrópodos

Aedes AegytiAlguns Carrapatos

Phlebotomíneo (Sandfly,

mosquito pólvora)Culex Mosquito

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 7

Reservatórios Animais

Em muitos casos, o reservatório verdadeiro não é conhecido, os

seguintes animais podem ser reservatórios:

Aves Encefalites Japonesa, St Louis, Oeste do Nilo,

Equinas Leste, Oeste

Suínos Encefalite Japonesa

Macacos Febre amarela, Zika

Roedores Encef. Venezuelana, Russian Spring-Summer

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 8

Doenças associadas

Febre e eritema - usualmente inespecífico, lembrando

influenza, rubéola, ou infecções.

Encefalites.

Febre hemorrágicas.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 9

Diagnóstico

Sorologia - comumente usada para o diagnóstico de arboviroses.

Cultivo - em camundongos ou várias linhagens de células

podem ser usadas, incluindo células de mosquitos. Raramente

usado, pois podem ser perigosos.

Testes de detecção direta: detecção de antígenos e ácidos

nucléicos possíveis.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 10

Prevenção

Vigilância - da enfermidade e de vetores

Controle de vetores- pesticidas, eliminação de locais de

procriação.

Proteção pessoal - triagem de casas, redes de dormir, repelentes

Vacinação - disponível para algumas como Febre amarela,

encefalites Japonesa e Russa (carrapato)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 11

Família Flaviviridae, Gênero Flavivirus

Causa Dengue clássico (DC) e febre

hemorrágica do Dengue (FHD)

É um arbovírus (transmitidos por mosquitos)

Possui 4 sorotipos distintos (DENV-1, 2, 3, 4)

Vírus da Dengue

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 12

Flavivírus - Organização do vírion

RNA fita simples (+)

prM

Bicamada

Lipídica

E

Nucleocapsídeo

3 prots estruturais 7 prots não- estruturais

30-50nm

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 13

Cada sorotipo confere imunidade sorotipo específica permanente e contra

outros sorotipos, por curto período;

Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal;

Variação genética dentro dos sorotipos (Genótipos);

Alguns genótipos parecem ser mais virulentos e com maior potencial

epidêmico;

Novas infecções com outro sorotipo, entre 3 -15 meses após a primeira

infecção podem levar a dengue hemorrágico por desencadeamento de

processo de hipersensibilidade.

Vírus da Dengue

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 14

ADSORÇÃOVírus – Célula

hospedeira

via

receptor

celular

CITOPLASMA

MONTAGEMdo nucleocapsídeo

Diminuição do pH

Fusão da membrana

do vírus

Prot. E sofre

mudança

conformacional

Nucleocapsídeo é

liberado no

citoplasma

DESNUDAMENTO

ssRNA(+)

genômico

ssRNA(+)

TRADUÇÃO

Mediada pelo CAP

CITOPLASMA

poliproteína

ProteínasNão-estruturais

Proteínas

Estruturais

Proteases virais e celulares

Helicase + RNA polimerase RNA-dependente & Cofatores

Progênies de

ssRNA (+)Síntese de molde

de ssRNA (-)ENDOCITOSE

MORFOGÊNESEVIRALOcorre noRER LIBERAÇÃO

Via secretora do Complexo de Golgi

Replicação dos Vírus Dengue(monócitos, macrófagos, linfócitos B, células endoteliais e dendríticas

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 15

Mosquitos do gênero Aedes.

Nas Américas: Aedes aegypti .

Na Ásia: Aedes albopictus.

Aedes aegypti Aedes albopictus

Vetores Hospedeiros

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 16

O vírus Dengue é transmitido por fêmeas do

mosquito infectado;

Principalmente se alimenta durante o dia;

Possui hábitos domésticos;

Coloca os ovos e gera larvas preferencialmente

em recipientes artificiais.

Aedes aegypti

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 17

Por incrível que pareça, ele se alimenta

de seiva de planta.

O mosquito da dengue é

pretinho e rajado de branco.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 18

A Mosquita pica para botar seus ovinhos.

É assim que ela transmite a Dengue.

Ana Vitoria Andriolli

E.M. Diva M. Gouveia

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 19

Com a chegada da chuva, tudo

o que está espalhado por ai

serve como um berçário de

Mosquito da dengue.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 20

Manifestações

Clínicas

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 21

(OMS,2015)

Manifestações do Dengue

Assintomática Sintomática

Febre Indiferenciada

Dengue Clássica(DC)

Febre do Dengue Hemorrágico (FDH)

com manifestações hemorrágicas

Infecção por Dengue

SemChoque

Com choque (SCD)

sem manifestações hemorrágicas

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 22

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 23

Febre;

Prostração;

Cefaléia;

Dor retro-orbital;

Artralgia e mialgia;

Náuseas/vômito;

Anorexia;

Rash;

Manifestações hemorrágicas.

Rash

Manifestações Clínicas do Dengue

Clássico (DC)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 24

99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto;

60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos;

50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital);

50% têm prostração, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos;

25% têm manchas vermelhas no tórax e braços;

IMPORTANTE: A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar

sintomas respiratórios.

Dengue clássica - manifestações

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 25

Hemorragias na pele (ex:

petéquias);

Gengivorragia;

Sangramento nasal;

Sangramento gastrointestinal;

Hematúria;

Fluxo menstrual aumentado.

Petéquias

Manifestações Hemorrágicas do Dengue Clássico (DC)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 26

Febre ou história recente de febre de até 7 dias;

Trombocitopenia: plaquetas ≤100,000/mm3;

Manifestações hemorrágicas;

Evidências de permeabilidade vascular;

Confirmação laboratorial durante períodos

epidêmicos ou interepidêmicos.

O paciente deverá apresentar os seguintes critérios:

Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

(OMS,2015)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 27

Choque: ocorre entre o 3º e 7º dia de doença, precedido por um ou mais sinais de alerta.

Decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência

circulatória.

É de curta duração e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida após

terapia anti-choque apropriada.

Síndrome do Choque da Dengue

(SCD)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 28

Resposta Imune nas Infecções por Dengue

Nív

eis

de a

nti

co

rpo

se a

ntí

gen

o

IgM

IgM

IgG

Infecção Primária(início dos sintomas)

Infecção Secundária(início dos sintomas)

Vírus Vírus

NS1NS1

Tempo14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 29

Diagnóstico Laboratorial

Dengue

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 30

Coleta e Processamento de Amostras para o

Diagnóstico Laboratorial do Dengue

Tipo de

Espécime

Momento da

Coleta

Tipo de

Análise

Soro de fase

aguda

De 0-5 dias após o

início dos sintomas

Isolamento viral, métodos

sorológicos, moleculares e

captura de NS1

Soro de fase

convalescente

Entre os dias 6-21 após o

início dos sintomasMétodos sorológicos

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 31

Isolamento Viral

Cultura de células de mosquito A. albopictus clone C6/36

Inoculação intratoráxica de mosquitos Toxorhynchites

Detecção de ácido nucléico viral

RT-PCR, PCR em tempo real

Sorologia

Mac-ELISA

IgG-ELISA

Captura de antígeno NS1

Kits comerciais

Histopatologia e Imunohistoquímica

Diagnóstico Laboratorial - Dengue

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 32

Cultura de células de mosquito A. albopictus

clone C6/36Inoculação intratoráxica de mosquitos

Toxorhynchites

Imunofluorescência Indireta Anticorpos Monoclonais tipo-específicos (Gubler et al., 1984)

Isolamento Viral (Igarashi, 1978)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 33

Captura de anticorpos IgM (MAC-ELISA)

1 Captura IgM

2. Bloqueio

3. Soro

4. Antígeno

5. Anticorpo

Secundário

6. SubstratoPlaca

Anti-IgM

Soro Paciente

IgM

Antígeno

de dengue

Anticorpo Secundário

Substrato

Sorologia

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 34

Placa

Fluido hiperimune

Antígeno Dengue

Soro

paciente IgG

Anticorpo SecundárioAnti-IgG

Substrato

Detecção de anticorpos IgG (IgG-ELISA)

Sorologia

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 35

Segunda etapa de amplificação – Nested PCR

Amplicon DENV-1 (482 bp)

D1

5’ 3’

TS1TS4TS3TS2

511 pb

produto

Amplicon DENV-4 (392 bp)

Amplicon DENV-3 (290 bp)

Amplicon DENV-2 (119 bp)

Transcrição reversa e primeira etapa de

amplificação

cDNA

produto

511 pb

5’

CAPSIDEO prM

5’3’

D2

DENV

RNA

1 hora/ 42ºC

3’ 5’

5’ 3’

D1

5’

3’

3’

5’

35 ciclos

30sec/ 94ºC

1 min / 55ºC

2 min / 72ºC

3’

RT- PCR para a tipagem dos vírus Dengue (Lanciotti et al, 1992)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 36

Segundo a OMS

. ~50 milhões de pessoas contraem a doença;

o . 500 mil são hospitalizadas (90% crianças) 24

mil óbitos;

o . Cerca de 2,5 – 3 bilhões de pessoas vivem

em risco de contrair a doença nos países onde o

dengue é endêmico.

Epidemiologia Dengue

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 37

Distribuição global dos

sorotipos de vírus dengue,

1970

Distribuição global dos sorotipos de

vírus dengue, 2004

Mackenzie et al., 2004

Mudança na distribuição dos sorotipos

de dengue nos últimos 30 anos

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 38

http://www.paho.org/English/AD/DPC/CD/dengue.htm * Até a 25ª Semana Epidemiológica

BRASIL

(560,000)~90%

630,0002007

BRASIL

(734.384)

865.6972008

~85%

BRASIL

(332.083)

480.9092009*

~69%

1.015.420BRASIL

(780,644)~80%

2002

741,865BRASIL

(535,388)~73%

1998

Casos de Dengue Clássico nas Américas,

1980–2009*

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 39

Vacina contra a dengue?

Dificuldades para o desenvolvimento de uma vacina

Vacinas: somente em 2016/2017

Falta de um modelo animal adequado que reproduza as formas clínicas da infecção

Presença de 4 sorotipos

Questionamentos quanto à eficácia e custo das vacinas oferecidas

Maior Desafio:

a) Desenvolver vacina quádrupla combinada em uma única (tetravalente);

b) Induza proteção permanente contra os 4 sorotipos;

c) Não deve causar reações de hipersensibilidade.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 40

Vamos correr do mosquito?

Mateus Mendes dos Santos

E.M. Diva Marques Gouvêa

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 41

Podemos trabalhar juntos!!

Thalia de Deus R. Lemos

E.M. Sérgio H. Fittipaldi

Clara G. Borcato

E.M. Ephaim R. dos Santos

Pedro Cardoso Todoroviski

E.M. E´pídio Mina

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 42

E assim o mosquito vai

embora!

Gabrieli de S. L. Silva

E.M. Sergio H. Fittipaldi

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 43

O quanto é perigoso deixar o lixo espalhado por ai?

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 44

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 45

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 46

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 48

A

CUIDE DA SUA CASA E DO

SEU QUINTAL!

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 49

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 50

Febre amarela (1)

Regiões: oeste da África e América do Sul.

Duas formas: urbana e silvática.

Forma silvática: mosquitos Haemagogus spp.

Forma urbana: mosquito Aedes aegypti.

Sinais clínicos: calafrios, febre e dor de cabeça, mialgia generalizada e sinais gastrointestinais.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 51

Família Flaviviridae, Gênero Flavivirus

É um arbovirus – protótipo da família;

Transmitidos por mosquitos,

Possui um só sorotipo.

Vírus Da Febre Amarela

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 52

Organização da Partícula e Genoma Virais

RNA fita simples (+)

prM

Bicamada

Lipídica

M

E

Nucleocapsídeo

3 prots estruturais 7 prots não- estruturais

30-50nm

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 53

ADSORÇÃOVírus – Célula

hospedeira

via

receptor

celular

CITOPLASMA

MONTAGEMdo nucleocapsídeo

Diminuição do pH

Fusão da membrana

do vírus

Prot. E sofre

mudança

conformacional

Nucleocapsídeo é

liberado no

citoplasma

DESNUDAMENTO

ssRNA(+)

genômico

ssRNA(+)

TRADUÇÃO

Mediada pelo CAP

CITOPLASMA

poliproteína

ProteínasNão-estruturais

Proteínas

Estruturais

Proteases virais e celulares

Helicase + RNA polimerase RNA-dependente & Cofatores

Progênies de

ssRNA (+)Síntese de molde

de ssRNA (-)ENDOCITOSE

MORFOGÊNESEVIRALOcorre noRER LIBERAÇÃO

Via secretora do Complexo de Golgi

Replicação Vírus da Febre Amarela(monócitos, macrófagos, linfócitos B, células endoteliais e dendríticas

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 54

Patogenia – Febre amarela Vírus replica em linfonodos e infecta células dendríticas;

Vai ao fígado e infecta hepatócitos (provavelmente via células de Kupfer,

indiretamente), o que leva a uma degradação eosinofílica destas e liberação de

citocinas;

Massas necróticas (corpúsculos de Councilman) surgem no citoplasma dos

hepatócitos;

Em caso de progressão fatal, ocorre choque cardiovascular e falha múltipla de

órgãos, com nível muito elevado de citocinas (“citokine storm”).

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 55

Febre amarela (2)

Sinais:

PI 3 a 4 dias

Severamente infectados=> bradicardia

icterícia

hemorragias.

50% dos pacientes => doença fatal: hemorragias

oliguria

hipotensão.

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 56

Febre amarela – sinais

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 57

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 58

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 59

Febre Amarela - áreas de risco

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 60

Febre Amarela - áreas de risco

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 61

Em áreas endêmicas, cada caso deve ser considerado suspeito

pois pode contribuir para o alastramento da doença (6-10 dias

depois de deixar a área infectada com sinais de febre, dor,

náusea e vômitos).

Vírus somente pode ser detectado até 6-10 dias do início.

Confirmação por RT-PCR em busca do genoma viral.

Isolamento viral – fácil: a partir de plasma em células BHK,

Vero, LLCMK2 e outras

Sorológico: ELISA para IgM específica.

aumento no título de IgG específica ≥ 4 vezes

Diagnóstico:

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 62

A origem do vírus vacinal amostra 17D para febre amarela

Vacinação: vacina produzida em embrião de galinha, com a amostra “Asibi 17D”. Indicação: pessoas em áreasendêmicas ou viajantes.

1935: a amostra “Asibi” ( do nome do paciente do qual o vírus foi isolado) foi adaptada em tecidos de embrião de camundongo. Após 17 passagens, o vírus, denominado 17D, foi cultivado por 58 passagens em tecidos de embrião de galinha e até a passagem 114, em tecidos de embrião denervados.

Então, Theiler e Smith injetaram o vírus via IC em macacos – mostrando uma acentuada redução no víscero- e neurotropismo.

O vírus foi cultivado ainda até as passagens 227 e 229 –estes forma usados para imunizar 8 voluntários humanos.

“Os resultados foram satisfatórios – não houve reações adversas e todos soroconverteram em 2 semanas.”

Paciente Asibi, Dakar, 1935

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 63

1939 P Müller discovery of the insecticidal qualities and use of DDT for the control of vector-

borne diseases (yellow fever, dengue, malaria, typhus)

Paul Hermann Müller (1899-1965)DDT (dichloro-dipheynl-tricholoethane)

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 64

vírus Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 65

Infecção pelo vírus Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 66

Os primeiros casos no Brasil => 2010 apresentaram os sintomas depois de uma viagem à Indonésia.

A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.

Em junho de 2014 => seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti.

Em 15 de outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas na cidade de

Feira de Santana, na Bahia.

Em 2015 ocorreu um surto na América do sul nos primeiros quatro meses deste ano com estimativa de

10 mil casos e 113 mortes.

Estima-se que 2.500 desses casos foram no Brasil, a maioria dos casos na Bahia, Minas Gerais e São

Paulo.

Vírus Chikungunya – epidemiologia

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 67

Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 68

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 69

Infecção pelo vírus Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 70

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 71

Chikungunya aguda – sinais

Febre

Poliartralgias (pode haver inchaço)

Dor de cabeça

Dores musculares

Dor nas costas

Náusea

Vômito

Eritema

Poliartrite

Conjuntivite

Calafrios

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 72

Chikungunya crônica – sinais

Poliartralgia => pode durar semanas a anos;

Dores articulares até 2 anos ;

95% dos adultos são assintomáticos;

Porém, a maioria se torna desabilitado por meses ou semanas => destreza

reduzida, perda de mobilidade, reações atrasadas;

Dor articular recorrente ocorre em 30–40% dos infectados;

Complicações raras: miocardite, meningoencefalite, hemorragias leves, uveite,

retinite.

Morte rara.14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 73

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 74

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 75

Chikungunya - sinais

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 76

Chikungunya – sinais

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 77

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 78

Dengue x Chikungunya

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 79

Chikungunya

Evolução da infecção no hospedeiro

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 80

O primeiro caso bem documentado do vírus Zika foi em 1964, começando com uma leve dor de

cabeça que progrediu para uma febre e dor nas costas.

Com dois dias, a erupção começou a desaparecer, e com 3 dias, a febre desapareceu

permanecendo apenas a erupção.

Sinais

- Dor de cabeça leve;

- Febre;

- Mal estar;

- Conjuntivite,

- Artralgia.

Vírus Zika - é mais um Flavivírus !

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 81

Zikavírus – distribuição até 2007

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 82

Zikavírus – distribuição até 2015

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 83

Transmissão

É transmitida por mosquitos e foi isolado de um número de espécies do gênero Aedes - Aedes aegypti, Aedes

africanus, Aedes apicoargenteus, Aedes furcifer, Aedes luteocephalus e Aedes vitattus.

Patogenia

período de incubação extrínseca (em mosquitos) ~10 dias.

Os hospedeiros vertebrados=> macacos e humanos.

Acredita-se que infecte células dendríticas próximas ao lugar de inoculação => nódulos linfáticos => na corrente

sanguínea.

Tratamento/prevenção

Não há vacina.

Tratamento sintomático

Anti-inflamatórios não-esteróides e Analgésicos não-salicílicos.

!

Vírus Zika

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 84

Infecção por vírus Zika

14/03/2016 Prof. MSc. Clovis Roberto Gurski - BIÓLOGO 85