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Seminário de arte no Brasil II Professor Luiz Edegar Costa
Plano de Aula:
Arte Contemporânea Brasileira
Iole de Freitas e Karin Lambrecht
Polo POA 1- UFRGS
Leila Quintana
Neusa Loreni Vinhas
Sônia Maris Rittmann
Iole de Freitas
&
Karin Lambrecht
AS ARTISTAS :
Duas trajetórias e poéticas pessoais
diferentes e ao mesmo tempo conectadas.
Além da contemporaneidade comum
às duas, a utilização inusitada dos
materiais, a amplitude dos espaços de
criação, a simbologia dos elementos...
Dois olhares que se entrecruzam
quando utilizam diferentes suportes,
materiais e espaços diversos.
Iole de Freitas é uma
artista mineira que vive no
Rio de Janeiro e tem uma
atuação de destaque no
campo da arte
contemporânea.
Trabalha com diversos materiais
como o arame, a tela, o aço, o cobre,
a pedra e a água dialogando com o
espaço arquitetônico.
Sem Titulo, 1991
aço inoxidável, cobre e latão,
300 x 400 x 100cm
sem assinatura
doação, Iole de Freitas, 1995
Iole de Freitas. Exposição na
Galeria Paulo Klabin,
Rio de Janeiro, 1985.
Foto: João Bosco.
Sem título,1990.
Tela de aço e chapa
de cobre.
57 x 90 x 54 cm.
Iole de Freitas
Freitas, Iole de
Sem Título , 1993
estanho, cobre e latão
250 x 240 x 200 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand –
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ)
Freitas, Iole de
Sem título , 1989
cobre, estanho, ferro e latão
270 x 210 x 120 cm
Coleção Particular
Freitas, Iole de
Colunas , 1994
bronze, aço inox, cobre e latão
450 x 200 cm (diâmetro)
Museu de Arte Contemporânea
(Porto Alegre, RS)
Sem Título" Iole de Freitas
escultura 1997 Doação
Fundação AT&T - Parque do Ibirapuera
A forma estrutural das esculturas em policarbonato transparente, cabos de aço, são sistemas de relações espaciais que trabalham o equilíbrio de forças dobrando folhas transparentes ao mesmo tempo em que sustenta a escultura e a torna visível impedindo que se desmonte ou se perca no ar.
Museum Fridericnum, Iole de Freitas,
Installation, 2007
"Assim como a linha,
o olhar cruza a transparência
e desestabiliza o andar
desmonta a percepção
primeira do espaço
desloca a profundidade que
– rasa – ilude e planifica". Iole de Freitas
V
Í
D
E
O
http://www.youtube.com/watch?v=3N8teH-y1BU
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metropolis--
exposicao-iole-de-freitas-
04024C193268C8B91326?types=A
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metrpolis--
iole-de-freitas-0402193568C8B173A6?types=A
Karin Lambrecht vive e
trabalha em Porto Alegre, para ela
pintura é um processo, uma ação
que junta o corpo
do pensamento;
pintura é ação,
é vida e morte.
No início de sua carreira,
repensa a tela e a forma de pintar –
elimina o chassi, costura o tecido,
usa tecidos rasgados e queimados
incorporando materiais inusitados,
como sucata, fragmentos de chapas
de metal ou ripas de madeira às suas
pinturas.
Lambrecht, Karin
O Aba Vê Tudo Que Aconteceu do Que Não Tinha Sido Prometido (tríptico) ,
dia e mês desconhecidos 1985
acrílica e massa plástica sobre tela
200 x 340 cm
Lambrecht, Karin
Resta Pensar em Seu Vagar e Seu Encontro: o Amor de Anita , 1985
óleo sobre tela 170 x 315 cm
A abstração gestual, característica
da geração 80, serve de veia central;
suas obras habitam um espaço entre
pintura e escultura, dialogam com a
arte povera, com Joseph Beuys, são
políticas, mas também corpóreas.
Lambrecht, Karin
A Garganta , 1987
acrílica, pigmento,massa
plástica sobre tela e metal
240 x 250 cm
A partir da década de 1990, a artista
incorpora materiais orgânicos às telas,
como terra e sangue, que ditam os tons
recorrentes.
Por vezes, expõe as obras à ação
da natureza, como o sol, vento ou chuva,
que as modifica e faz com que elementos
novos, como folhas de árvores, fragmentos
de cascas ou pegadas de animais, sejam
agregados a elas.
Do Outro Lado do Horizonte , 1990
acrílica com pigmentos, terra, argila, goma laca, arame e madeira
300 x 520 cm
Casa de Cultura Mario Quintana (Porto Alegre, RS)
Lambrecht, Karin
Sem Título , 1996
grafite, tinta a óleo e óleo de linhaça sobre papel
97 x 66 cm
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
Lambrecht, Karin
Sem Título , 1996
mista sobre papel 96 x 66 cm
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
V
Í
D
E
O
http://blog.desarte.com.br/artes-plasticas/karin-
lambrecht-de-corpo-e-alma
http://www.youtube.com/watch?v=zoozBVi790o
"Joseph Beuys - A Revolução Somos Nós"
(Mostra paralela à 29ª Bienal de São Paulo)
O artista Beuys (1921-1986)
importante na arte contemporânea
por influenciar de forma direta
diversos artistas, inclusive Karin
Lambrech e por fazer as conexões
entre arte, política, ecologia e
humanismo.
“todo homem é um artista”
“a revolução somos nós” Beuys
Joseph Beuys
Aqui termina a implosão,
1974Lápis sobre cunha Joseph Beuys
Bateria Capri, 1985
Joseph Beuys,1977
Bomba de mel no
local de trabalho,
Joseph Beuys
Sem Título, 1979
Joseph Beuys,1979
Nesta edição: os verdes
“É isso que faz a lebre: encarnar-se fortemente dentro da terra,
coisa que o homem só pode realizar radicalmente por meio do
seu pensamento - esfregar, bater, cavar na matéria (terra);
por fim penetra (a lebre) nas leis da terra.
Nesse trabalho seu pensamento é aguçado e
então transformado, tornando-se revolucionário”
Beuys em 1965
Fontes de Pesquisa Metal Contra as Nuvens” Legião Urbana
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46952/
“Karin Lambrecht: De Corpo e Alma”
http://www.artenaescola.org.br/dvdteca/pdf/arq_pdf_126.pdf
http://www.nararoesler.com.br/sobre/karin-lambrecht
http://www.nauprodutora.com.br/portugues/arealkarin.htm
http://vivigil.blogspot.com/search?updated-max=2008-01-22T18%3A24%3A00-02%3A00&max-results=7
http://blog.desarte.com.br/artes-plasticas/karin-lambrecht-de-corpo-e-alma
Iole deFreitas
http://www.ioledefreitas.com/home.html
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_v
erbete=2099&cd_idioma=28555
http://www.edwardandlilly.com/2008/02/documenta-12-kassel-germany.html
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metropolis--exposicao-iole-de-freitas-
04024C193268C8B91326?types=A
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metrpolis--iole-de-freitas-0402193568C8B173A6?types=A
http://www.youtube.com/watch?v=3N8teH-y1BU
http://www.germinaliteratura.com.br/especial_cincomineiros_iole.htm
Exposição “Joseph Beuys-A Revolução Somos Nós”
http://entretenimento.uol.com.br/album/joseph_beuys_retrospectiva_album.jhtm
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2010/09/15/com-260-obras-sp-tem-maior-retrospectiva-brasileira-
do-alemao-joseph-beuys.jhtm
Plano de Aula:
Arte Contemporânea Brasileira
A proposta deste Plano de Aula, pensada a partir da
disciplina de Seminário Arte Brasil II, foi planejada para aplicação
em uma turma de 1º ano do ensino médio de uma Escola Pública.
Acreditamos que ao propormos o estudo da arte
contemporânea, com sua pluralidade de formas, meios e
procedimentos, propiciamos um trabalho muito rico de produção,
contextualização e reflexão. Espaço esse que deverá buscar
alguma possibilidade de compartilhamento de experiências de arte e
de vida.
Temática:
Ao consideramos a proposta da disciplina de incluir o
estudo de arte brasileira contemporânea, decidimos por trabalhar
com as artistas: Iole de Freitas listada nas sugestões do Pólo 1
e Karin Lambrecht.
Duas artistas. Duas mulheres, uma mineira, outra
gaúcha. Duas trajetórias e poéticas pessoais diferentes e ao
mesmo tempo conectadas.
Além da contemporaneidade comum às duas, a utilização
inusitada dos materiais, a amplitude dos espaços de criação, a
simbologia dos elementos... Dois olhares que se entrecruzam
quando utilizam diferentes suportes, materiais e espaços
diversos.
Objetivos:
• Oportunizar o estudo da arte contemporânea brasileira através do conhecimento de obras e artistas, suas poéticas, experiências em diversos materiais e suportes;
• Propor um percurso de atividades que possam desenvolver a compreensão estética e ampliar o vocabulário de arte e cultura;
• Educar e sensibilizar olhares para a arte e para o espaço que vivemos;
• Estimular a pesquisa interdisciplinar, as relações de sentido e as conexões com outros saberes;
Conteúdos Privilegiados:
• Arte contemporânea brasileira;
• Leitura de imagem;
• Fotografia e vídeo;
• Experimentação de materiais e suportes inusitados para pinturas;
• Linguagens.
Acreditamos que a abordagem deva ser interdisciplinar,
contemplando além da arte, disciplinas como história(política),
biologia (ecologia), língua e literatura(poesia), química(elementos) e
física(processo de transformações dos materiais), filosofia (vida e
morte), sociologia (relações de poder).
Isso não significa que outras áreas não possam se juntar
durante o processo. Listamos essas disciplinas como possibilidades
de conexões iniciais.
Organização Didática:
Organizamos nossa proposta percebendo a escola como
um universo possível para os alunos expressarem seu discurso, seu
olhar sobre o mundo e suas produções e criações. Pensamos a arte
como processo de conhecimento que pode acessar as apropriações
dos códigos necessários para a criação do vocabulário expressivo
dos alunos, a construção de sua poética pessoal, estimular a
alfabetização estética e a educação dos sentidos.
O ensino de artes deve ser pensado e construído como
espaço de fruição, reflexão e ação possibilitando o desenvolvimento
da percepção do mundo além da escola, ampliando a dimensão de
humanidade, ecologia e política, em um exercício de cidadania.
Ações:
As ações desenvolvidas foram pensadas para serem
desenvolvidas em um conjunto de 4 aulas, organizadas em períodos
de aproximadamente 50 minutos, podendo se estender a mais
aulas, se houver necessidade:
1ª aula:
Sensibilização e Apreciação das imagens: Vídeo Clipe da música “Metal Contra as Nuvens” da Legião Urbana³
a) Apresentar imagens de obras das duas artistas em estudo. As
imagens, deverão fazer as provocações iniciais da proposta sobre o
problema do projeto;
b) Assistir os fragmentos do vídeo “Karin Lambrecht-De Corpo e
Alma“¹ e conversar sobre as questões pertencentes a arte
contemporânea presentes na poética da artista*;
c)Assistir os fragmentos dos vídeos Iole de Freitas e conversar
sobre as questões pertencentes a arte contemporânea presentes
na poética da artista*:
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metropolis--exposicao-
iole-de-freitas-04024C193268C8B91326?types=A
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metrpolis--iole-de-freitas-
0402193568C8B173A6?types=A
d)Os alunos, a partir da leitura de imagens*, poderão
contextualizar os trabalhos das artistas na arte brasileira
contemporânea;
Nessa primeira aula o professor deverá fazer a proposição
de trabalho, contextualizando e destacando a relevância das
artistas para a Arte Contemporânea.
*Ler as imagens com mediação do professor , mas com escuta atenta aos alunos, pois as obras certamente provocarão discussões. São instalações ,espaços,luz, materiais diversos e inéditos para construir arte. Sangue, inclusive como tinta, terra molhada, “carimbos” com órgãos de carneiros e outras possibilidades que a arte contemporânea propõe. Durante esse processo deverão ser realizadas anotações nos portfólios individuais, imprescindível para preparação para saída de campo; organização e listagem de materiais que devem ser coletados para a execução dos trabalhos: ferramentas, equipamentos específicos, câmera fotográfica e filmadora para os registros.
2ª aula:
Saída de campo:
• Para a segunda aula, planejamos uma atividade mais prática (numa
exploração da forma de criação de karin Lambrecht, (nossa escolha
pessoal) em que os alunos munidos de baldes, lonas de algodão cru,
terras de diferentes origens coletadas em lugares diversos, deverão
experimentar a pintura com as próprias mãos, com a pasta criada
com terra e água. As lonas devem ser estendidas no chão, para
facilitar a movimentação e o gesto pictórico.
• O espaço para a atividade deve ser ao ar livre, privilegiando a
questão da amplitude do espaço aberto e da relação com o meio
ambiente (ar, céu, água, terra). O ideal seria ir a beira de um rio,
próximo à escola, para que a própria água do rio faça a parte do
processo. Mas, caso não seja possível, pode-se utilizar o pátio da
escola mesmo.
• Os alunos e o professor devem explorar as potencialidades da
matéria, as camadas sobrepostas, a densidade da pasta criada,
a diversidade de tons que a terra nos propicia, a impressão
deixada pela ação na lona, lembrando que a secagem poderá
ser um pouco mais demorada e para que não haja interferência
na obra, as lonas já trabalhadas com a terra deverão secar no
local onde foi realizada a pintura.
Avaliação:
Pensando a avaliação como processo constante de
reflexão, a mesma será realizada através de observação e
anotações individuais.
A leitura dos portfólios (diários) será considerada um
instrumento importante para nossa análise. A interação nos
diversos momentos da situação de aprendizagem, as reflexões, as
pesquisas, a organização dos conteúdos, a reelaboração dos
conhecimentos propostos e a representação artística como
produção individual na escultura, e pintura serão considerados
parte significativa do todo o processo.