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LINGUAGENS DO CORPO
VISÕES SOBRE O CORPO
As duas imagens representam o mesmo tema. O que elas possuem em comum e o que as diferenciam?
Em qual delas as figuras parecem mais reais? Por quê? Justifique sua resposta apontando elementos nas imagens.
Desde as primeiras manifestações artísticas conhecidas, o corpo humano tem sido objeto de interesse da arte, e a sua representação visual acontece em grande parte das culturas. O olhar que se dirige ao corpo, no entanto, difere de uma época à outra e de uma cultura para outra, e afeta o resultado dessa representação.
Cada cultura define seus padrões de representação e proporções. Ao olharmos essas diferentes formas de representação, é possível analisar como cada sociedade entende o corpo, pois seus valores sociais, morais, culturais e religiosos se refletem na criação de imagens.
VISÕES SOBRE O CORPO
O CORPO HUMANO NA
IDADE MÉDIA
Durante a Idade Média europeia, a representação do corpo humano estava fortemente atrelada às crenças da Igreja Católica, e a arte, na maior parte, era religiosa.
A Igreja tinha o poder social de orientar os fiéis no caminho da virtude.
Na visão entre corpo e alma, o corpo era visto como veículo do mal e do pecado e deveria ser purificado com sacrifícios, jejuns e orações para a salvação da alma.
A representação do corpo não deveria apelar para a sensualidade dos corpos reais.
As imagens serviam para contar as histórias da religião para o povo e para lembrá-los da necessidade de sua devoção.
As figuras sagradas não eram representadas como reais, são imagens estilizadas, figuras etéreas, em ambientes indefinidos.
Haviam regras iconográficas a serem seguidas.
As imagens, as cores e posições das figuras carregavam simbologias para que as pessoas as reconhecessem.
Por exemplo a cor azul era associada a imaterialidade e a pureza.
Até hoje, nas imagens religiosas, cada santo possui elementos que o identificam.
Os artistas dessa época não eram valorizados em sua individualidade.
Não assinavam suas obras e não aprendiam seu ofício por meio da observação da realidade.
Prendiam com os mestres e seguiam as mesmas regras que eram ensinadas.
Não haver preocupação com o realismo.
As imagens aparecem desproporcionais, se comparadas com o real.
No RENASCIMENTO, que foi a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, novas visões de mundo contribuíram para mudar a forma como as imagens eram representadas. Época de grande desenvolvimento comercial, científico e artístico, as relações passam a ser regidas mais pelas coisas do mundo, pela razão e pela ciência, e menos por valores religiosos e espirituais. O ser humano e sua capacidade intelectual são valorizados e o conhecimento passa a ser entendido como algo a ser apreendido pela observação, e não somente pelos ensinamentos do passado.
No Renascimento, os artistas passam a olhar para o mundo real na construção de suas figuras, procurando representar seu volume, o espaço em que se encontram e novas regras de representação surgem, como a perspectiva. Até as figuras religiosas são mostradas em sua humanidade em espaços terrestres.
Concebida entre 1503 a 1505, medindo 77cm x 53cm, este óleo sobre madeira encontra-se atualmente no Museu do Louvre em Paris
Uma das pessoas que mais contribuíram para o desenvolvimento das artes e das ciências. Projetou invenções que só se tornaram possíveis séculos depois.
Leonardo da Vinci 1452 - 1519)
Estudava anatomia dos corpos, desenhando por observação, para conhecer e representar de forma aprofundada o ser humano, chegando a dissecar e desenhar cadáveres, estudando a relação entre suas partes.
Duas técnicas foram atribuídas à Leonardo Da Vinci.
SFUMATO - é a técnica de atenuar as linhas e contornos que separam as formas, dando a impressão de esfumaçado, criando uma transição suave entre as tonalidades da pintura, fazendo-a parecer mais real
CHIAROSCURO - (claro e escuro), que é o uso de luz e sombra e seus contrastes, acentuando a impressão de volume das figuras.
Gerrit Van Honthorst
Michelangelo Merisi
Caravaggio O Sepultamento de Cristo
Leonardo da Vinci - Anna Selbdritt mit dem
Johannesknaben und Maria mit Kind, Detail
Allegory of Vanity de Trophime Bigot 1650-1699
O corpo nu