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Noções de Arquivologia para o Ministério da Integração Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe CepkauskasPetrachini –Aula Extra Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 25 AULA Extra – Legislação Arquivística SUMÁRIO PÁGINA Sumário Constituição Federal ........................................................................................ 1 Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 ................ 3 Decreto 4.915/2013 ......................................................................................... 9 Decreto 4.073/2002 ....................................................................................... 13 Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução CONARQ10 ................................................................................................................................. 16 Decreto 4553/2002 ........................................................................................ 22 Lei 12527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ......................................... 22 Pois bem, sua banca cobrou textualmente o item Legislação Arquivística. Isso é motivo para preocupação? Não! O curso foi estruturado levando em conta a legislação atual, então, você vai notar que sabe do que estou falando. Ainda assim, desta vez eu vou especificar exatamente de que lei, decreto ou resolução estou falando, e você poderá ir para a prova tranquilo. Vamos lá. Constituição Federal Sim meus caros, nossa vasta e quase interminável Carta Magna disse uma palavrinha ou duas que o estudante de arquivologia deve também ouvir falar. Já aviso logo que não foi exatamente dos arquivos que a Constituição Federal falou em seu texto, mas de algo muito caro às Democracias: a informação. Informação, como quero acreditar que os Senhores ainda se recordam :P, é a parte intangível do documento. É a ideia fixada em suporte.

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AULA Extra – Legislação Arquivística

SUMÁRIO PÁGINA

Sumário Constituição Federal ........................................................................................ 1

Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 ................ 3

Decreto 4.915/2013 ......................................................................................... 9

Decreto 4.073/2002 ....................................................................................... 13

Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução CONARQ10

................................................................................................................................. 16

Decreto 4553/2002 ........................................................................................ 22

Lei 12527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ......................................... 22

Pois bem, sua banca cobrou textualmente o item Legislação Arquivística. Isso

é motivo para preocupação? Não! O curso foi estruturado levando em conta a

legislação atual, então, você vai notar que sabe do que estou falando. Ainda assim,

desta vez eu vou especificar exatamente de que lei, decreto ou resolução estou

falando, e você poderá ir para a prova tranquilo.

Vamos lá.

Constituição Federal

Sim meus caros, nossa vasta e quase interminável Carta Magna disse uma

palavrinha ou duas que o estudante de arquivologia deve também ouvir falar.

Já aviso logo que não foi exatamente dos arquivos que a Constituição

Federal falou em seu texto, mas de algo muito caro às Democracias: a informação.

Informação, como quero acreditar que os Senhores ainda se recordam :P, é a

parte intangível do documento. É a ideia fixada em suporte.

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E quais artigos devemos conhecer? Eu ficaria com estes aqui:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes:

[...]

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de

seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas

no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado

Olha o lendário artigo 5º aqui, diretamente das suas aulas de Direito

Constitucional.

De uma só vez, esta nação deixa claro que todos tem direito a receber

informações dos órgãos públicos, mas também qualifica algumas informações que,

por sua importância, não devem ser franqueadas a este mesmo público. Neste

segundo caso, está presente a ideia de sigilo, já conhecida por vocês.

Caso seu professor de Constitucional não tenha sido suficientemente enfático

(porque tenho certeza de que ele falou o que direi agora), o direito a informação diz

respeito ao seu próprio nariz, ou àquilo que for da conta de todo mundo :P.

Você tem direito de obter informações que digam respeito a você, e àquelas

que digam respeito ao interesse coletivo ou geral. A princípio, você NÃO tem direito a informações de interesses de terceiros, Salvo casos específicos, que

não dizem respeito ao nosso estudo aqui.

O segundo artigo que considero importante está perdido quase lá no fim da

Constituição Federal, e mesmo assim, não é todo ele que nos interessa:

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de

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referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da

sociedade brasileira, nos quais se incluem:

[...]

§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

Fui obrigado a transcrever o artigo 216, mas o que realmente nos importa

aqui é o parágrafo 2º daquele artigo. Nesta parte, a Constituição prevê a criação de

um diploma legal que discipline a gestão de documentos dentro dos órgãos

públicos.

Com esta deixa, passamos ao capítulo seguinte, que possui a lei mais

importante do nosso curso.

Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002

Meu caro, se seu tempo estiver curto e você só puder ler uma lei, leia a Lei

8.159/1991. Ela é, de longe, a lei mais importante do curso, sendo o alfa e o ômega

de tudo, tudo, tudo mesmo que aprendemos sobre arquivologia e arquivística ao

longo do curso.

A versão completa da lei tem 28 artigos, dos quais três deles encontram-se

revogados pela Lei 12.527/2011 (artigos 22 a 24).

O link dela está aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-

2014/2011/lei/l12527.htm

Fiquei aqui pensando em como passar o conteúdo sem ser maçante.

Cheguei a duas conclusões: não vou reproduzir integralmente a legislação, para não

tornar o PDF cansativo, e, como recebi inúmeras críticas positivas quanto ao uso e

abuso da palheta de cores do Microsoft Word, vou “colorir” a legislação, nas partes

em que vocês devem ter mais atenção.

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Olha só como não é difícil.

Conforme o próprio preâmbulo da lei, esta “Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências.”

A razão de estarmos aqui portanto :P.

Vamos aos principais artigos:

Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de

documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte

da informação ou a natureza dos documentos.

Olha só meu filho, tudo que eu venho repetindo, constantemente, aula após

aula. Seu querido professor não infernizou você este tempo todo inutilmente. O

artigo 2º define, em todo seu esplendor e glória, o que é um arquivo.

E o próximo artigo é ainda melhor:

“Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e

arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou

recolhimento para guarda permanente.”

O tio não só já comentou esse artigo, como escreveu um capítulo inteiro

sobre ele. Pode conferir a aula 02 de novo, que está lá, com as mesmas cores e

detalhes. E caí em prova. Direto!

Seguindo. Lembra do nosso artigo 5º, inciso XXXIII? Embora ele tenha sido já

bastante enfático, a Lei 8159 não perdeu a oportunidade de reproduzi-lo. A

informação do artigo 4º desta lei corresponde à mesma ideia daquele inciso. Veja

só:

Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de

seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de

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responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

Novidade: A Lei trata de documentos, e assim sendo, é normal que

adequasse a redação do inciso ao objeto que busca regulamentar. Também

especificou as hipóteses de sigilo com um pouco mais de detalhamento, mas, de

resto, é a mesma coisa :P.

Depois deste, temos alguns artigos menos nobres, que dispensarei a

reprodução :P.

Seguindo em frente.

Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de

suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Regulamento

§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.

§ 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter

público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.

O artigo 7º, de novo, é a consagração de todo o nosso curso. Arquivo,

qualquer que seja, é o conjunto de documentos produzidos e recebidos no exercício das atividades de determinada entidade. Assim sendo, arquivo público é o conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos. Simples assim :P.

O parágrafo 1º chama a atenção a uma particularidade já cobrada em prova:

documentos de instituições privadas podem também compor o que se chama de

arquivo público, nas hipóteses nele previstas.

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E o parágrafo 2º também já foi cobrado em prova. Ele trata de uma situação

específica de encerramento de atividades de determinada instituição pública.

Só para ficar bem claro:

A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público

Implica

recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública

ou

sua transferência à instituição sucessora

E como saberemos qual dos dois procedimentos tomar? A existência de uma

instituição sucessora, que venha a exercer as atividades da entidade original.

Alias, este caso é particularmente curioso. De acordo com o princípio da

proveniência, dois fundos de arquivo diferentes não podem ser misturados, e este é

o princípio mais importante da arquivística. Ainda assim, em caso de sucessão,

pode ser que a instituição sucessora se veja servida agora dos documentos do

fundo que sucedeu, e com o seu acervo próprio. O que fazer? Vou dizer a vocês o

que NÃO FAZER: estes fundos não devem ser misturados. São dois fundos de

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arquivo totalmente independentes, que deverão ser mantidos pela instituição

exatamente desta forma.

Olha outro artigo já amplamente estudado na Aula 02:

Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários

e permanentes.

§ 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,

mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas freqüentes.

§ 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo

de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.

§ 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor

histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.

(grifos nossos, o Planalto não costuma utilizar cores nos diplomas legais :P)

Não preciso repetir o que foi dito em aula né? Espero que não :P

Passando adiante, temos o querido artigo 10º:

Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e

imprescritíveis.

Todos termos familiares ao Direito Civil. Lembre-se que os documentos de

valor permanente jamais perdem esta característica. Nós já falamos disso, e caso

você não se lembre:

07. CESPE 2012 – ANATEL - Os documentos de valor permanente,

consoante legislação, não devem ser eliminados ou alienados.

Comentários: Item correto. Os documentos permanentes nunca podem ser

eliminados, nem alienados (vendidos). É o que nos diz o art. 10º da lei art. 8.159/91:

Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e

imprescritíveis.

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Lembre-se que os documentos permanentes possuem valor histórico, não

sendo mais “propriedade” (tecnicamente, não estão mais sob a custódia) da

instituição de origem, constituindo patrimônio histórico da nação.

O artigo 12 é bom que vocês apenas conheçam, pois é fonte inesgotável de

cascas de banana para concurseiros incautos:

Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder

Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como

conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional.

Antes de adentrarmos às disposições finais da lei, temos os artigos 18, 19 e

20 da Lei 8159:

Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos

documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como

preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e

implementar a política nacional de arquivos.

Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo

Nacional poderá criar unidades regionais.

Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão

e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo

Federal no exercício das suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos

documentos sob sua guarda.

Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e

o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário

Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e

secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua

guarda.

Preste atenção (nunca se sabe quando poderá ser cobrado :P) que o

Executivo Federal tem um órgão próprio para cuidar dos documentos por ele

produzidos e recebidos no desempenho de suas atividades: o Arquivo Nacional.

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Quanto aos demais poderes, a lei cuida apenas de conceder-lhes

competência para gerir seus documentos da maneira que melhor lhes aprouver.

Pois bem, o próximo passo da aula seria falar dos artigos 23, 24 e 25.

Felizmente, seu professor, como o bacharel em direito e advogado recusado pela

OAB, em virtude do artigo 28, inciso VII da Lei 8906 de 1994, sabe que estes artigos

foram revogados.

A parte interessante deles tratava sobre sigilo de documentos. Tudo isso será

visto quando falarmos da Lei 12.527 de 2011, na parte que nos interessar.

E para terminar:

Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão

vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos,

como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).

O CONARQ está inserido dentro de um sistema maior, chamado SINAR.

Cabe ao SINAR implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma

a garantir a integridade do ciclo documental, sendo o CONARQ seu órgão central.

Decreto 4.915/2013

Meu amigo, você está indo para o Executivo Federal. Posso dizer, por

experiência própria, que este é o poder que mais adora editar decretos, instruções

normativas e ordens de serviço interpretando e regulamentando a legislação

existente.

Este Decreto, que normalmente não é visto em outros cursos, tem bastante

chance de ser exigido na sua prova. Através do Decreto 4915/2013, conforme seu

próprio preâmbulo, buscou-se regulamentar o “disposto no art. 30 do Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e

no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002”.

Pela ordem:

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- O Decreto-Lei 200 dispõe sobre a Administração Pública Federal e existe

desde os tempos em que o tio Hely Lopes Meireles ainda era vivo. É

frequentemente estudado em Direito Administrativo e Administração Pública, e só

apareceu no texto da lei porque é uma lei que dispõe sobre procedimentos a serem

adotados dentro do Executivo Federal.

O Decreto 4.073 trata especificamente do CONARQ. Já falamos dele, e

falaremos do Decreto em breve.

E por fim, o art. 18 da Lei 8.159, trata da Gestão de Documentos dentro do

Executivo Federal, e de certo modo, é a principal razão de ser do Decreto.

O que você precisa saber? Acompanhe:

Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação

de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de

gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública

federal.

O SIGA é um sistema dedicado à Gestão de Documentos na Administração

Pública Federal. Ele não é exatamente uma entidade, mas é composto por diversos

órgãos, entre os quais velhos conhecidos, como o CONARQ. Já chegaremos lá.

O SIGA, como tudo que é criado no serviço público, seja um órgão, entidade,

ou mesmo um simples sistema, existe para atender a uma finalidade:

Art. 2o O SIGA tem por finalidade:

I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração

pública federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às

informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições

administrativas ou legais;

II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de

arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram;

III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo;

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IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública;

V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da

documentação arquivística pública;

VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração

pública federal;

VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou

indiretamente na gestão da informação pública federal.

Não tem muito segredo aqui. Tudo que o SIGA busca fazer é aquilo que

vimos durante a aula, ser objetivos a serem alcançados pelo gestor do arquivo. Há

tanto preocupação com a disseminação da informação (mandamento de ordem

constitucional), como preocupações mais “mundanas”, como a tentativa de

racionalização da produção de documentos e custos.

Art. 3o Integram o SIGA:

I - como órgão central, o Arquivo Nacional;

II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos equivalentes;

III - como , as órgãos seccionais unidades vinculadas aos Ministérios . e órgãos equivalentes

Vamos ver se dá para facilitar a visualização:

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No seu caso, a unidade dentro do Ministério da Integração responsável pela

gestão de documentos é o Órgão Setorial, e você provavelmente trabalhará em um

dos inúmeros Órgãos Seccionais (que seriam as outras unidades).

Dê uma lida descompromissada nos artigos 4º a 7º do Decreto. Você precisa

memorizar? NÃO!!! Tenha em mente uma coisa antes de começar: Quanto mais alto

na hierarquia, menos trabalho braçal e mais atribuições de supervisão e orientação.

Quem carrega caixa na repartição é você, não seu chefe :P. Ele é quem diz onde a

caixa deve ser posta, e o chefe dele tem o conhecimento do porque a caixa deve

ser posta onde foi posta :P.

Com este exemplo esdrúxulo e ligeiramente confuso, acredito que você

pescará a ideia.

Uma última particularidade, um tanto óbvia, mas que seria a cara da CESPE

cobrar na sua prova:

Art. 9o Os do SIGA vinculam-se ao órgão central para órgãos setoriais os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou

vinculação administrativa decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos

órgãos e entidades da administração pública federal.

Arquivo Nacional

Órgãos Setoriais (Ministérios)

Órgão Seccional Órgão Seccional

Órgãos Setoriais

(Órgãos Equivalentes)

Órgão Seccional

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Em outras palavras, a estrutura administrativa de todos os órgãos da

Administração Pública Federal continua a mesma, mas, em matéria de gestão de

documentos, é o Arquivo Nacional quem deve dar a última palavra. Assim sendo, a

hierarquia existente tendo o Arquivo Nacional no ápice só é válida quando o assunto

for gestão de documentos, e mais nada!

Qualquer afirmação que tenda a dizer o contrário está incorreta.

Decreto 4.073/2002

O Decreto 4.073/2002 trata tanto do CONARQ como do SINAR. Como seu

edital não pediu especificamente o decreto, não precisaremos ir muito fundo nele.

Mas, os próximos dois artigos devem ser conhecidos por você (sem neura

:P):

Art. 2o Compete ao CONARQ:

I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional

de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos

de arquivos;

II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados

com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas;

III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais necessárias

ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e

privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência

IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e

legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos;

V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,

produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e

judiciária;

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VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento,

sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados;

VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos

Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios;

VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e

privados;

IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos

termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991;

X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de

Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos privados;

(Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência

XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que

desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR;

XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos

lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados;

XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos

e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos;

XIV - , manter intercâmbio com outros conselhos e instituições cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e

receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações;

XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de

políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e

informática.

[...]

Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR:

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I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e

aos documentos na sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes

e normas emanadas do órgão central;

II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu cumprimento;

III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de

forma a garantir a integridade do ciclo documental;

IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente;

V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR;

VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ;

VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de

dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à implementação da política

nacional de arquivos públicos e privados;

VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua

esfera de atuação;

IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser

considerados de interesse público e social;

X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos

ao patrimônio arquivístico nacional;

XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e

privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a

arquivos;

XII - possibilitar a participação de especialistas nas câmaras técnicas,

câmaras setoriais e comissões especiais constituídas pelo CONARQ;

XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da , garantindo constante atualização. área de arquivo

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Tudo aquilo que está colorido merece uma atenção especial, mas como eu

disse, sem pânico (eu disse neura, mas você entendeu a ideia). Estou apenas

apresentando as estruturas que compõe o maravilhoso mundo da gestão de

documentos na Administração Pública Federal. Você não precisa conhecê-las a

fundo, apenas ter ciência de seu papel no grande quadro.

Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução CONARQ10

Agora você sabe porque não apaguei o capítulo de microfilmagem das aulas

de vocês. Os diplomas legais acima tratam justamente do suporte de microfilme, em

um nível de detalhamento que nos deixaria durante horas estudando o tema.

Para variar, seu estimado professor já semeou a matéria na cabeça de vocês

ao longo das aulas (neste caso, da Aula 03).

Vou ser bem honesto com vocês: a Lei 5.433 é muito chata :P. Até aí tudo

bem, mas o verdadeiro ponto do argumento é que o que vocês precisam, mesmo,

saber para a prova está no Decreto Federal que regulamenta esta lei, no caso, o

Decreto Federal 1.799/1996.

Este sim precisa ser estudado com cuidado. Recomendação do seu

professor: leia a Lei 5.433 sem stress, apenas para não derrapar em pegadinhas

óbvias, e vá com sangue nos olhos quando for ler o Decreto Federal.

Veja uma pegadinha óbvia, que a mera leitura descompromissada da Lei

5.433 já te garantiria o ponto:

§ 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade

competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro

processo adequado que assegure a sua desintegração.

Isso mesmo meu caro, podemos mandar documentos para a grande fornalha,

desde que tenham sido microfilmados anteriormente. EXCETO:

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Art 2º Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados,

podendo ser arquivados em local diverso da repartição detentora dos mesmos.

Tudo isso só batendo o olho na legislação. Então, não deixe de ler :P

Passando ao Decreto, vamos direto ao ponto:

Art. 3° Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios

fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução.

Já vimos em aula este artigo, estou apenas refrescando sua memória.

Agora o negócio vai ficar pesado:

Art. 7° Na microfilmagem de documentos, cada série será precedida de

imagem de abertura, com os seguintes elementos:

I - identificação do detentor dos documentos, a serem microfilmados;

II - número do microfilme, se for o caso;

III - local e data da microfilmagem;

IV - registro no Ministério da Justiça;

V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem

microfilmados;

VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior;

VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e

do grau de redução;

VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados;

IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

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Art. 8º No final da microfilmagem de cada série,será reproduzida a

imagem de encerramento, imediatamente após o último documento, com os

seguintes elementos:

I - identificação do detentor dos documentos microfilmados;

II - informações complementares relativas ao inciso V do artigo anterior;

III - termo de encerramento atestando a fiel observância às

disposições deste Decreto;

IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos microfilmados continua em microfilme posterior;

V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

Os artigos acima discriminam tudo que deve conter as imagens de abertura e

encerramento de um microfilme.

Se você tentar memorizar isto, vai enlouquecer. Vamos tentar um outro

caminho. Seu querido professor, nos tempos em que era Assistente Técnico lá na

Receita Federal (e confesso que até hoje), a fim de complementar sua renda, fazia

edições de vídeo de casamento para poder levar a namorada no cinema :P.

Não que isso em si seja importante, mas o método que eu utilizava para

identificar as fitas é o mesmo que você vê em alguns rolos de filme antigos. É

necessário, logo no começo da fita (ou no nosso caso, microfilme), identificar que

negócio é aquele.

Agora pense um pouco: o que você gostaria de ver logo de cara que te

ajudasse a identificar o que exatamente é aquele microfilme?

O que é isto: I - identificação do detentor dos documentos, a serem

microfilmados; II - número do microfilme, se for o caso; IV - registro no Ministério da Justiça;

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Onde e quando foi feito isto: III - local e data da microfilmagem;

Quem será que fez isto: VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados; IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

Como isto foi feito: VII - identificação do equipamento utilizado, da

unidade filmadora e do grau de redução;

E o meu favorito, quando as edições de vídeo continham mais de uma fita:

Onde raios isso começa? V - ordenação, identificação e resumo da série

de documentos a serem microfilmados; VI - menção, quando for o caso, de que a

série de documentos a serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior;

E quando o microfilme termina, é quase a mesma coisa, só que não

precisamos de tantos detalhes, embora algumas informações devam ser repetidas:

O que é isto?: I - identificação do detentor dos documentos

microfilmados;

Isto foi feito certo? III - termo de encerramento atestando a fiel

observância às disposições deste Decreto;

Quem será que fez isto: V - nome por extenso, qualificação funcional e

assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

E será que raios isto terminou? II - informações complementares

relativas ao inciso V do artigo anterior; IV - menção, quando for o caso, de que a

série de documentos microfilmados continua em microfilme posterior;

Quer ver algo legal agora? Olha só:

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Art 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados, êstes de órgãos federais, estaduais e municipais.

§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dêle.

Significa que um documento microfilmado tem o mesmo valor legal

que o documento que tenha servido de base à sua confecção. Agora, que

fique bem claro: o mesmo valor legal. Nada mais que isto!

Vá olhar para sua coleção de figurinhas. Veja aquela figurinha

brilhante do Ronaldo nos tempos em que ele conseguia correr de uma

ponto a outra do campo sem bufar. Caso eu microfilmasse sua coleção de

figurinhas, você iria aceitar que eu as incinerasse logo em seguida, já que,

basicamente, toda a informação contida na figurinha está no microfilme?

Quero eu acreditar que não :P.

Por que? Porque embora o microfilme tenha valor legal, ele não tem

o mesmo valor histórico que o documento original.

Pensando nisso, temos o artigo 13:

Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser

recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio

órgão detentor.

Viu como tudo se encaixa com perfeição? :P

Até aqui estava tudo indo bem. Mas não falei ainda da Resolução 10 do

CONARQ. Pelo amor de Deus, não se desespere. Se a banca quisesse pegar

pesado, teria especificado a matéria no edital. Não o fazendo, o negócio vai ser

mais tranquilo.

Primeiro passo:

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http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/legisla/anexos_da_resoluo_n_10.pdf

Este link direcionará você à resolução. Estou apontando por curiosidade

apenas, e caso você tenha tempo de ler, poderá passar o olho por lá.

O que você deve memorizar: desenhos :P. Veja aqui:

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Meu caro, aqui não tem segredo. Essa imagem saiu direto da resolução.

Você terá de aprender a fazer relações entre o desenho e o significado (alias, os

desenhos foram criados justamente para facilitar essa assimilação.

Decreto 4553/2002

REVOGADO!!!!! :P.

Se o material de vocês for um pouco mais antigo, apenas pule esta parte.

Conforme artigo 60 do Decreto 7845 de 2012

Art. 60. Ficam revogados:

I - o Decreto no 4.553, de 27 de dezembro de 2002; e

II - o Decreto no 5.301, de 9 de dezembro de 2004.

ESQUEÇA!

Lei 12527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação)

Também conhecida como o mais recente recurso de pesquisa à

remuneração dos servidores de todo o Brasil ou então, parte do programa “quanto

ganha o meu professor?” :P. (Só pra constar, caso alguém vá procurar nos sistemas

da Prefeitura, aquele é o BRUTO!!!!)

A despeito da minha opinião sobre o referido diploma, é fato que tal lei veio

regulamentar o inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal, bem como

parágrafo 2º do artigo 216. “Por acaso”, ambos já foram vistos nesta aula.

Veja o artigo 1º:

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a

informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art.

216 da Constituição Federal.

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Assim o sendo, coloque em sua cabeça que este diploma tem um único tema

em todos os seus artigos: permitir o acesso a informações que se encontrem em

poder da Administração Pública.

A Lei 12527 de 2011 não é um diploma que trata especificamente sobre

regras de arquivologia, documentos ou qualquer outra coisa que possam te dizer

nos enunciados, mas trata de informações.

E o que você, caro aluno, tem com isso? A Lei 12527 alterou toda a disciplina

referente ao sigilo de documentos, que antes era estudada no Decreto 4533/2002.

Então, fora recomendar que você leia a lei de maneira atenta, mas não

paranoica, reproduzirei os dois artigos que reputo interessantes para o seu estudo:

Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação

ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;

II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por

outros Estados e organismos internacionais;

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou

monetária do País;

V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das

Forças Armadas;

VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de

interesse estratégico nacional;

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VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação

ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de

infrações.

Queria dizer a vocês que estes verbos fazem alguma diferença, mas,

francamente, duvido que alguma questão da CESPE vá trocar “por em risco” por

“prejudicar” nas questões. E mesmo que faça isso, você vai ver que a alternativa

fica esquisita.

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado

o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do

Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme

a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os

seguintes:

I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

II - secreta: 15 (quinze) anos; e

III - reservada: 5 (cinco) anos.

§ 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do

Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão

classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em

exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.

§ 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser estabelecida

como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento,

desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação.

§ 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que

defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso

público.

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§ 5o Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo,

deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos

restritivo possível, considerados:

I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado;

e

II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.

Se você puxar bem na memória, vai lembrar que elaborei uma tabela na Aula

01 simplificando tudo isto. Foi daqui que eu tirei as informações.

Bom meus caros, era isso que eu acreditava ser útil para a sua prova. Podem

ir em paz, tranquilos, sabendo que a matéria dada corresponde à matéria cobrada.

Estarei com vocês até o dia da prova para tirar dúvidas, e espero, sinceramente,

que este curso tenha sido útil no seu aprendizado, e venha a ser útil na sua

aprovação.

Fica minha última dica: faça questões, muitas questões. Primeiro, pois

mesmo que eu tenha dado toda a matéria, sua mente ainda não percebeu todas as

informações. As questões vão forçar seu cérebro a fixar os conceitos.

E nem precisa ser comigo. Pegue as provas diretamente dos últimos

concursos da CESPE e veja o que você já sabe fazer.

Vão lá e me deixem orgulhoso.

Grande abraço

Felipe