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LINGUAGEM VISUAL AULA 04 Tipografia Prof. Ms. Elizeu N. Silva

Aula 04 linguagem visual

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LINGUAGEM VISUAL

AULA 04

Tipografia

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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A tipologia (ou tipografia) é um importante recurso visual. As

escolhas relacionadas aos tipos de letras podem auxiliar na

interpretação da mensagem.

Mais que signos que permitem a leitura verbal, as letras

também proporcionam leituras visuais em função do design.

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As letras são um recurso essencial empregado por

designers, assim como vidro, pedra, ferro e outros

materiais são utilizados por arquitetos.

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A história da tipografia reflete uma tensão contínua entre a

mão e a máquina, o orgânico e o geométrico, o corpo

humano e o sistema abstrato. Essas tensões, que marcaram

o nascimento das letras impressas há mais de quinhentos

anos, continuam a energizar a tipografia atualmente.

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Os tipos móveis inventados por Johannes Guttenberg na

Alemanha no início do século XV, revolucionaram a escrita

no Ocidente. Ao contrário dos escribas, que fabricavam livros

e documentos à mão, a impressão com tipos permitia a

produção em massa. Grandes quantidades

de letras podiam ser

fundidas a partir de um

molde e concatenadas

em “formas”. Depois

que as páginas eram

impressas, as letras

podiam ser

dispensadas, para

reutilização.

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A famosa Bíblia impressa por

Guttenberg foi impressa com

tipografia que imitava a densa e

escura escrita manual conhecida

como letra gótica. Ele reproduziu

a textura errática desse estilo

criando variações de cada letra,

bem como inúmeras ligaturas.

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Na Itália do século XV, escritores e acadêmicos humanistas

rejeitaram as escritas góticas em favor da lettera antica, um

modo clássico de escrita manual com formas mais largas e

abertas.

A preferência pela lettera antica fazia parte do Renascimento

da arte e da literatura clássicas.

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Em 1469, o francês Nicolas Jenson, que aprendera a arte da

tipografia na Alemanha, estabeleceu uma gráfica influente

em Veneza. As fontes adotadas por ele mesclavam a

tradição tipográfica gótica típicas da Alemanha e da França,

com o gosto italiano por formas mais leves e arredondadas.

Suas fontes acabaram conhecidas como as primeiras fontes

romanas.

Nicolas

Jenson's

roman type

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Muitas das fontes utilizadas atualmente, como Garamond,

Bembo, Palatino, e Jenson, herdaram seus nomes de

impressores famosos dos séculos XV e XVI. Essas fontes

são conhecidas geralmente como “humanistas”.

As versões contemporâneas de fontes históricas são

projetadas para adequar-se às tecnologias modernas e às

exigências atuais por precisão e uniformidade.

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Humanistas

Fontes romanas dos séculos

XV e XVI, emulavam a

caligrafia clássica.

Humanistas

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As fontes itálicas, que surgiram na Itália no século XV, foram

modeladas em estilo manuscrito mais casual.

Enquanto as letras humanistas apareciam em livros caros e

de prestígio, a forma cursiva, que podia ser escrita com mais

rapidez do que a cuidadosa lettera antica, era usada por

gráficas mais baratas.

Francesco Griffo, 1500

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Quando as

fontes de John

Baskerville

foram

apresentadas,

em meados do

século XVIII,

suas formas

precisas e seu

alto contraste

foram

considerados

chocantes.

Transicionais

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ModernasAs fontes desenhadas por

Giambattista Bodoni no final do

século XVIII e início do XIX são

radicalmente abstratas. As

serifas são finas e retas. Há forte

contraste entre traços grossos e

finos.

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EgipciasFontes pesadas e decorativas. Foram adotadas no século XIX

para utilização em propaganda. Possuem serifas pesadas e

retangulares.

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Sem Serifas

HumanistasFontes sem serifas tornaram-se comuns no século XX. A Gill

Sans, desenhada por Eric Gill em 1928, possui características

humanistas.

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Cada tipo apresenta-se com anatomia própria.

É ela que diferencia e determina a visibilidade e

a legibilidade de cada família tipográfica.

As características anatômicas da fonte

influenciam o uso delas na Publicidade e no

Design.

Adobe Garamond

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Há fontes cuja anatomia agrada quase universalmente, e por

isso são consideradas clássicas. Podem ser utilizadas em

quase todas as situações e são garantia de bom gosto e ótima

legibilidade.

Helvética: Provavelmente a mais clássica

das fontes. Desenvolvida em 1957 pelos

designers suíços Max Miedinger e Eduard

Hoffman.

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Bodoni: Família de lestras serifadas desenhada por

Giambattista Bodoni em 1798.

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Claredon: Letras cheias e serifadas desenhadas por Robert

Besley em 1845.

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Futura: Uma das fontes mais utilizadas pela

Publicidade e pelo mercado Editorial desde

que foi criada por Paul Renner em 1920.

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News Gothic: Desenhada por Morris Fuller

Benton em 1908, foi a tipografia adotada para

os créditos de abertura da série Star Wars.

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Gill Sans: Desenhada por Eric Gill em 1926, também muito

utilizada por designers ao redor do mundo.

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Garamond: Uma das fontes serifadas mais conhecidas, conta

com muitas variações, como Adobe Garamond, entre outras.

Utilizada principalmente para edição de livros.

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Avant Garde: Desenvolvida originalmente para a Revista

Avant Garde, atualmente pode ser vista em várias

publicações.

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Família tipográfica: conjunto de caracteres com

semelhanças anatômicas, porém com variações de peso, de

inclinação e de corpo.

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Fontes fantasia: são famílias de fontes personalizadas e

desenvolvidas para uso específico em produtos ou

campanhas. O desenho das letras faz referência ao tema ao

qual se destinam.

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Referência bibliográfica

LUPTON, Ellen. Pensar com tipos. São Paulo: Cosac Naify,

2006.

TIPOGRAFIA. Tipografos.Net. Disponível em

www.tipógrafos.net.