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TEORIA SOCIAL DO CONSUMO – AULA SOBRE CONSUMO E CORPO – 04 de maio de 2016 COMPORTAMENTO DOS ADOLESCENTES NAS REDES SOCIAIS O instituto Pew Research Center, que constantemente traz levantamentos e tendências sobre tecnologia, divulgou uma nova pesquisa neste mês de abril. Adolescentes entre 13 e 17 anos tiveram seu comportamento nas redes sociais mapeado por um relatório que constatou que 92% deles ficam online diariamente, incluindo ainda 24% que disseram se conectar constantemente. As redes sociais mais usadas pelos entrevistados são Facebook (71%), Instagram (52%), SnapChat (41%), Twitter (33%), Google+ (33%), Vine (24%) e Tumblr (14%). A maioria (71%) dos adolescentes ouvidos na pesquisa do Pew Research Center também contou que usa mais de uma rede social. Dentro do grupo de adolescentes que utiliza uma única rede social (22%), as preferidas são Facebook (66%), Google+ (13%), Instagram (13%) e SnapChat (3%). A pesquisa também aponta que, nesta faixa etária, redes sociais focadas em imagem possuem público predominantemente feminino. No Instagram, são 61% de mulheres contra 44% de homens. A proporção fica 51% / 31% no SnapChat e 23% / 5% no Tumblr. A média de mensagens trocadas diretamente pelo celular ou via apps entre adolescentes de 13 a 17 anos é 30 por dia. Segmentando as respostas apenas das meninas, a média sobe para 40. Entre garotas mais velhas, de 15 a 17 anos, são aproximadamente 50 mensagens trocadas diariamente. Analisando o Facebook, um adolescente entre 13 e 17 anos tem, em média, 145 amigos. Mas, na verdade, a maioria (34%) não faz ideia de quantos

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TEORIA SOCIAL DO CONSUMO – AULA SOBRE CONSUMO E CORPO – 04 de maio de 2016

COMPORTAMENTO DOS ADOLESCENTES NAS REDES SOCIAIS

O instituto Pew Research Center, que constantemente traz levantamentos e tendências sobre tecnologia, divulgou uma nova pesquisa neste mês de abril. Adolescentes entre 13 e 17 anos tiveram seu comportamento nas redes sociais mapeado por um relatório que constatou que 92% deles ficam online diariamente, incluindo ainda 24% que disseram se conectar constantemente.

As redes sociais mais usadas pelos entrevistados são Facebook (71%), Instagram (52%), SnapChat (41%), Twitter (33%), Google+ (33%), Vine (24%) e Tumblr (14%). A maioria (71%) dos adolescentes ouvidos na pesquisa do Pew Research Center também contou que usa mais de uma rede social.

Dentro do grupo de adolescentes que utiliza uma única rede social (22%), as preferidas são Facebook (66%), Google+ (13%), Instagram (13%) e SnapChat (3%).

A pesquisa também aponta que, nesta faixa etária, redes sociais focadas em imagem possuem público predominantemente feminino. No Instagram, são 61% de

mulheres contra 44% de homens. A proporção fica 51% / 31% no SnapChat e 23% / 5% no Tumblr.

A média de mensagens trocadas diretamente pelo celular ou via apps entre adolescentes de 13 a 17 anos é 30 por dia. Segmentando as respostas apenas das meninas, a média sobe para 40. Entre garotas mais velhas, de 15 a 17 anos, são aproximadamente 50 mensagens trocadas diariamente.

Analisando o Facebook, um adolescente entre 13 e 17 anos tem, em média, 145 amigos. Mas, na verdade, a maioria (34%) não faz ideia de quantos contatos possui na rede. O levantamento também revela que 30% possuem até cem amigos no Facebook; 12%, entre 101 e 200 contatos; 9%, entre 201 e 300; e 15%, 301 ou mais amigos.

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EUA: 1/3 DAS ADOLESCENTES JÁ SE ENCONTROU COM ALGUÉM QUE CONHECEU NA WEB1

Adolescentes maltratadas estavam mais propensas que outras garotas a se apresentar online de forma

sexualmente provocativa

Um estudo publicado na edição desta semana do periódico Pediatrics mostra que três em cada dez garotas entre 14 e 17 anos afirmam que já se encontraram com pessoas que conheceram online e que cuja identidade não havia sido confirmada previamente. A pesquisa mostra ainda os riscos que as adolescentes enfrentam na internet, principalmente aquelas que já foram vítimas de maus tratos, ou de abandono, ou apresentam problemas comportamentais ou baixa capacidade cognitiva.

CONHEÇA A PESQUISA2

Resultado: Adolescentes que já foram vítimas de maus tratos estão mais propensas a se encontrar pessoalmente com pessoas que conheceram na internet

De acordo com Jennie Noll, uma das autoras do estudo e psicóloga do Centro Médico do Hospital Infantil Cincinnati, nos Estados Unidos, esses encontros podem não ter trazido mal algum, mas não deixam de ser perigosos para meninas. "Além disso, adolescentes maltratadas ou abandonadas estavam mais propensas que outras garotas a se apresentar online de forma sexualmente provocativa", relatou. Jennie é diretora de medicina comportamental e psicologia clínica no Hospital Infantil Cincinnati.

1 Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/tres-em-cada-dez-garotas-entre-14-e-17-anos-americanas-ja-se-encontraram-com-pessoas-que-conheceram-online

2 Título original: Association of Maltreatment With High-Risk Internet Behaviors and Offline Encounters. Onde foi divulgada: periódico Pediatrics. Quem fez: Jennie G. Noll, Chad E. Shenk, Jaclyn E. Barnes e Katherine J. Haralson. Instituição: Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, Estados Unidos. Dados de amostragem: 251 adolescentes do sexo feminino, 130 delas vítimas de maus tratos.

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O estudo foi realizado com 251 adolescentes do sexo feminino, das quais cerca de metade já havia sido vítima de maus tratos ou abandono, e durou de 12 a 16 meses, com o objetivo de observar o impacto dos comportamentos na internet nos subsequentes encontros marcados fora dela. "Se uma pessoa na internet está procurando uma adolescente vulnerável para começar uma conversa de cunho sexual, tal pessoa irá procurar alguém que se apresenta provocativamente", disse Jennie.

Comportamentos de alto risco na internet incluem busca intencional por conteúdo adulto, autoapresentações provocativas em redes sociais e recebimento de chamados sexuais online. Por outro lado, segundo Jennie, uma "criação de alta qualidade" e o monitoramento dos pais ajudaram a reduzir a associação entre fatores de risco e esses comportamentos online, coisa que softwares com

filtros que controlam a internet não têm capacidade de fazer sozinhos.

A partir dos resultados obtidos, a equipe chegou à conclusão de que modalidades de tratamento para adolescentes maltratadas devem ser ampliadas para incluir informações sobre segurança na internet. Tanto os pais como as adolescentes precisam estar cientes de que a autoapresentações online e outros comportamentos na internet podem aumentar a vulnerabilidade da pessoa.

O estudo faz parte de um trabalho maior da pesquisadora sobre comportamentos de alto risco na internet e foi financiado pelo National Institutes of Health. O trabalho deve prosseguir ainda por um período de cinco anos, com 3,7 milhões de dólares do governo federal para obter mais dados sobre esse tipo de comportamento na internet.