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Ler é compreender.
Para ensinar um leitor a construir o significado de um textp é necessário conhecer os processos (cognitivos, motivacionais, textuais, entre muitos outros) envolvidos na leitura.
Para optimizar o processo de ensino é preciso, também, saber avaliar estes processos, aos quais não se acede directamente, mas através das respostas dos leitores a diferentes tarefas, que mais não são do que as formas de tornar explícita (ou não) a sua operacionalização
A Avaliação é, por isso, uma componente essencial do processo de ensino, e o seu objectivo primeiro é o de fornecer ao professor informações que fundamentem decisões.
Só podemos avaliar o que tiver sido ensinado
Segundo Paulo Abrantes, pag.47, in Avaliação das Aprendizagens. Das concepções às práticas (ME, 2001), “A Avaliação é parte integrante do currículo, devendo ter por base um conjunto de princípios orientadores:
- Procedimentos adequados aos objectivos (objectivos bem definidos e de forma operacional)
-No 1º Ceb avaliação deve ter carácter essencialmente formativo, evidenciando os aspectos que devem ser trabalhados, mas tb os aspectos consolidados. Deve ser o ponto de partida para a intervenção pedagógica, permitindo que o aluno se apoie nos pontos fortes para progredir nos pontos fracos, assumindo-se como factor de motivação.
-A avalição formativa tem que ser completada com a avaliação sumativa, que permita analisar a posição relativa do aluno, da turma ou da escola, no que concerne a critérios de referência mais amplos.
A transposição destes princípios para a aprendizagem da leitura e para a prática pedagógica implica que os professores:
-Conheçam as competências que os alunos deverão ter desenvolvido no final do 1º cEB em termos de leitura
- Saibam proceder a uma avaliação que permita construir “um retrato de cada aluno ao nível das diferentes competências envolvidas no acto de ler (ponto de partida para diferenciação pedagógica)
- Saibam em que posição se situam os alunos, da mesma turma e ano de escolaridade e o que se espera que TODOS atinjam, introdução as mudanças necessárias à sua prática de acordo com esta avaliação
-Apreender o sentido global de um texto, identificar o tema central e aspectos acessórios,
-- Relacionada a informação lida com conhecimentos exteriores ao texto
-- Inferir o significado de uma palavra desconhecida com base na estrutura interna e contexto
-- Localizar informações específicas salientes,
- Realizar inferências, mobilzando informações textuais implícitas e explícitas e conhecimentos exteriores ao texto.
--Seguir instruções escritas para realizar uma acção- (Continua….)
DESCRITORES DE DESEMPENHO EM LEITURA PARA O 1º CEB.
(…continuação)
-Distinguir entre ficção/ não ficção / facto / opinião.
-- Distinguir entre causa/efeito
- Sintetizar partes do texto
- Utilizar estratégias de monitorização da compreensão
-Extrair conclusões do que foi lido
-Reconhecer os objectivos do escritor
- Ler autonomamente obras integrais adequadas ao interesse da faixa etária em questão.
A concretização destes objectivos exige o domínio das competências específicas de leitura que precisam ser sistematicamente desenvolvidas e avaliadas.
ORA:
POR SUA VEZ:
Esta concretização implica que o professor:
-Conheça bem o processo de ensino aprendizagem da leitura
- Conheça vários modos e processos de avaliação da leitura:
A dimensão do reconhecimento das palavrasDECIFRAÇÃO
A dimensão da construção de significadosCOMPREENSÃO
OBJECTIVOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar o produto da leitura(mudanças de conhecimentos que se operam depois da leitura)
Avaliar o processo( Conjunto de competências(sub-processos) que o aluno mobiliza (ou não) ao longo da leitura para que as modificações de conhecimento aconteçam)
Avaliação de produto(usadas na avaliação de desempenho / realização da leitura (Nível de leitura; o desempenho esperado de acordo com a idade, grau escolar…)
Avaliação do processo
Usada essencialmente na avaliação diagnóstica, e formativa
Destinam-se à observação e à análise das diferentes competências específicas que os alunos mobilizam (ou não) durante a leitura
Permite detectar:
-O que impede o aluno de ler bem ou melhor-Em aspectos específicos está a falhar-Seleccionar estratégias de ensino de forma a colmatar as fragilidades detectadas
A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é provocada pelos protozoários do gênero leishmaniat transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos (Ordem Diptera Família Psychodidae; Sub-Família Phlebotominae), também chamados de mosquito palha ou birigui. Em Portugal existe principalmente a leishmaníase visceral e alguns casos (muito raros) de leishmaníase cutânea. Esta raridade é relativa, visto na realidade o que ocorre é uma subnotificação dos casos de leishmaniose cutânea. Uma razão para esta subnotificação é o facto de a maioria dos casos de leishmaniose cutânea humana serem autolimitantes, embora possam demorar até vários meses a resolverem-se. As leishmania são transmitidas pelos insectos fêmeas dos géneros PPhlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo).
Ler para Perceber…
Ler para Perceber…
A Síndrome do X Frágil (também conhecida como Síndrome de Martin & Bell) t. É uma doença genética causada pela mutaçãodo gene FMR1 (Estudos demonstram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos neurônios) no cromossoma X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com o síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome ao síndrome.
Dimensões da Avaliação da Leitura
LEITOR
-Estruturas cognitivas e afectivas
- processo
TEXTO
-Intenção do autor- estrutura- conteúdo
CONTEXTO
-Social- psicológico- físico
Modelo consensual de Leitura (Glasson, 1993)
FACTORES INTERVENIENTES NA AVALIAÇÃO DA LEITURA
-Peso do contexto em que é efectuada
- Conhecimentos prévios do leitor
- processos linguísticos (ao nível da sílaba, da palavra, das frases e dos textos)
Reconhecimento das palavras (decifração)
Construção de significado (dentro da frase, entre sequências de frases e no texto como um todo)
Reconhecimento das palavras (decifração)
Processos perceptivos(identificar letras e as palavras) Processos léxicos
(unidades de significado)
“Adoro passear pela praia e deixar a marca dos meus pés na areia molhada”. (pág.24 brochura)
O carro do meu tio é azul.O carro do meu tio + é azul.
Processos perceptivos(identificar letras e as palavras) (pág 15)
-Apresentação aleatória de letras (em diferentes formatos, maiúsculas, minúsculas, manuscritas e de imprensa) solicitando a sua nomeação
-- Apresentação de textos impresssos (recortes de notícias de jornal ou revistas) pedindo a identificação de determinadas letras
- Apresentação de pares de palavras graficamente semelhantes, pedindo a identificação dos pares iguais ou diferentes
Importante.
Um dos erros mais comuns nas crianças portuguesas é o da confusão entre o nome das letras e o seu(s) valor (es) fónico(s):, considerando que o nome e valor/som da letra são a mesma coisa. Por isso é importante que o professor registe esta informação, por exemplo através duma grelha
Identificação de Letras
Nome ValorN éne neH agá -l éle le
M éme me…
Nota: um mesmo tipo de tarefa pode ser usado para informar sobre quais as letras que são correctamente identificadas e quais as que não são, quais as que são confundidas, ou que estão nomeadas através de um valor.
LETRA MANUSCRITO IMPRENSA
Maiúscula Minúscula Maiúscula Minúscula
B x C x x
D x x
….
( ) Respondeu ( ) autocorrigiu ( ) correcto
Exemplos:
Igual ou diferente
1. Janela / panela2. canela / capela3. fogueira / fogueira4. vistoso / viscoso5. ….
Nota: A velocidade de identificação das letras e das palavras é um indicador da velocidade de processamento
OS PROCESSOS LÉXICOS
O leitor tem de reconhecer, com rapidez e precisão, as palavras escritas, de modo a libertar recursos tencionais para outros processos implicados na extracção de sentido.
O modelo consensual, dual de acesso ao léxico é o de (Coltheart et al, 2001) - preconiza a existências de duas vias para processar as palavras escritas – a via directa, visual ou lexical (ortográfica), e a via indirecta, fonológica ou sub-lexical.
TIPOS DE TAREFAS
lista de palavras controladas do ponto de vista de frequência, regularidade e extensão (Palavras curtas e longas; frequentes e infrequentes; regulares e irregulares).
listas de pseudopalavras (exigem apenas a conversão de grafemas/fonemas)
Exemplos:
PALAVRAS
Freq. Curtas Freq. longas Infreq. Curtas Infreq. Longas
Água Carnaval Crepe Dinamite
Casa Exercício Ralo Metacarpo
Natal…. Fevereiro filtro optimista
PSEUDO-PALAVRAS
Curtas Longas
Lopa Alguende
Napal Daibarina
ádua grinidela