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Escola E.B. 2,3/s de Mora Educação Física Mora, 21 de Janeiro de 2010 Docente: Paulo Santos Realizado por: Ana Margarida Pinto, nº2

Basquetebol

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Page 1: Basquetebol

Escola E.B. 2,3/s de Mora

Educação Física

Mora, 21 de Janeiro de 2010

Docente:

Paulo Santos

Realizado por:

Ana Margarida Pinto, nº2

11ºA

Page 2: Basquetebol

Índice

Introdução pág.3

Basquetebol pág.4

História pág.5

Regulamento pág.7

Elementos técnicos individuais:

1-Posição básica ofensivapág.17

2-Paragem a um e dois tempospág.17

3-Passe: 3.1-Passe de peito pág.18

3.2-Passe picado pág.19

3.3-Passe de ombropág.19

4-Recepção pág.20

5-Rotação pág.20

6-Drible: 6.1-Drible de progressão pág.21

6.2-Drible de protecção pág.21

6.3-Mudança de direcção em drible pág.21

7-Lançamento ao cesto

7.1-Lançamento em apoio pág.22

7.2-Lançamento na passada pág.22

7.3-Lançamento em suspensãopág.22

8-Ressalto: 8.1-Ressalto defensivo pág.23

8.2-Ressalto ofensivo pág.23

9-Posição básica defensiva pág.23

10-Defesa

10.1-Defesa ao jogador com bolapág.24

10.2-Defesa ao jogador sem bola pág.25

11-Desmarcação pág.26

12-Bloqueios pág.26

Táctica pág.27

Conclusão pág.29

2

Page 3: Basquetebol

Bibliografia pág.30

Introdução

Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de educação

física e, que tem como objectivo, abranger a modalidade que será

leccionada durante todo o 2º período do presente ano lectivo

2009/2010 – o basquetebol.

Ao longo das próximas páginas irei abordar tudo o que é,

minimamente, necessário para se poder praticar esta modalidade.

Iniciarei com o principal objectivo do jogo contando, depois, um pouco

da sua história, do seu aparecimento tanto internacionalmente, como

em Portugal, e do seu desenvolvimento ao longo dos anos. De

seguida irei falar das principais regras do jogo e, por fim, terminarei

com os elementos técnicos individuais necessários para a realização

correcta dos jogos de basquetebol, bem como, as táticas utilizadas.

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Page 4: Basquetebol

Basquetebol

É uma das práticas mais completas, uma vez que implica a

actividade de todos os músculos do corpo e exige um raciocínio

rápido e lúcido. No basquetebol, a rapidez dos reflexos e a

sagacidade predominam claramente sobre a força.

Objectivo do jogo:

O basquetebol é um desporto colectivo praticado por duas

equipas, que tem como objectivo introduzir a bola no cesto da equipa

adversária, para marcar pontos e, simultaneamente, evitar que esta

seja introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo.

Os jogadores podem caminhar no campo desde que driblem a

bola, a cada passo dado. Também é possível executar passes, ou

seja, atirar a bola em direcção a um companheiro da equipa.

Daí o seu nome, que vem do inglês basketball e, que significa

literalmente “bola na cesta”.

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Fig.1 Jogo de Basquetebol (Portugal-Letónia)

Page 5: Basquetebol

História

Em 1891, na Associação Cristã da Mocidade, radicada em

Springfield, Ohio, nos Estados Unidos, foi criado um novo desporto

colectivo designado, devido às suas características, como

basquetebol. Devido ao clima, este desporto tinha de poder ser

praticado em locais fechados, no Inverno, e em áreas abertas, no

Verão. Além disso, o novo desporto deveria ser jogado por um grande

número de alunos, constituir um exercício completo, atraente e sem

violência. Assim, o

professor de educação física, James Naismith, chegou à conclusão de

que o jogo deveria ter um alvo fixo, algum grau de dificuldade e

deveria, também, ser jogado com uma bola, maior que a de futebol e

leve, que saltasse com regularidade. Decidiu, então, que o jogo seria

jogado com as mãos, mas a bola não poderia ficar retida por muito

tempo nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos

acidentais. O alvo deveria ficar a 3,05m de altura o que dava um

certo grau de dificuldade ao jogo. Então, os alvos escolhidos foram

dois velhos cestos de pêssegos, que foram fixados um em cada lado

do ginásio. Para facilitar a vida aos jogadores, a base da cesta foi

cortada e, desta forma, eles não teriam de subir para apanhar a bola.

Em Dezembro de 1891, foi realizado o primeiro jogo. As equipas

eram constituídas cada uma por nove jogadores, o próprio fundador

foi o árbitro e, o objectivo era, como já foi referido, lançar a bola

sobre um cesto de pêssegos. Já o basquete feminino foi iniciado em

1892 mas, a primeira partida, foi concretizada anos mais tarde.

Também, em 1892, foram criadas as primeiras cestas sem fundo, que

consistiam em cilindros de madeira com borda de metal. No ano

seguinte, foi construído um anel metálico com uma rede nele

pendurada e, em 1895, as tabelas foram oficialmente introduzidas.

Rapidamente este desporto se espalhou por todos os Estados

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Page 6: Basquetebol

Unidos, sendo praticado inicialmente sobre relva, cimento e madeira.

Fora da América do Norte e da América Central, depressa se instalou

em toda a Europa a partir da 1º Guerra Mundial, trazido pelos

soldados americanos.

A 18 de Julho de 1932 é fundada a F.I.B.A. - Federação

Internacional de Basquetebol - no 1º Congresso Internacional de

Basquetebol realizado em Genebra. Esta Federação impôs pouco a

pouco a sua identidade e, em 1935, organizou em Genebra os

primeiros campeonatos da Europa de basquetebol. O seu

reconhecimento traduziu-se por uma admissão do basquetebol nos

Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.

Em 1898, surgiu a Liga Nacional de Basquetebol

Americano, na sequência da crescente profissionalização da

modalidade e, anos mais tarde, em 1946, foi criada a Associação de

Basquetebol da América, uma segunda liga. Três anos depois, as duas

ligas fundiram-se na, mundialmente famosa, NBA - Associação

Nacional de basquetebol. E, apesar de o basquetebol ser

organizado, actualmente, por todo o mundo pela F.I.B.A., a NBA,

possui as suas próprias regras, que são um pouco diferentes das

utilizadas internacionalmente.

As grandes competições internacionais,

antigamente reservadas apenas a amadores, começaram a ser

dirigidas, depois de 1992, também a profissionais. Sendo que, as

provas maiores desta modalidade são o campeonato anual da NBA, o

Campeonato do Mundo e a competição integrada nos Jogos

Olímpicos.

Em Portugal:

O basquetebol, foi introduzido neste País, em 1913 por Rodolfo

Horney, professor de Educação Física, de nacionalidade suíça. Sendo

este um jogo competitivo, foi bem aceite e, rapidamente os clubes e

escolas o integraram nos seus programas de Cultura Física. A 17 de

Agosto de 1927 é fundada a Federação Portuguesa de Basquetebol - FC

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Page 7: Basquetebol

Porto, Académico F.C.  Clube Fluvial Portuense fazem da cidade do

Porto a capital do basquetebol português, sendo os grandes

impulsionadores para a criação desta. Em 1933 realizou-se o primeiro

campeonato de Portugal, do qual saiu vencedor o Sport Clube

Conimbricense. De então para cá, o basquetebol tem vindo a ter uma

grande afluência, sendo hoje em dia, após o futebol, o desporto que

mais particantes possui.

Regulamento

Terreno de jogo

O jogo realiza-se num campo rectangular (cuja dimensão

máxima é de 28×15m e a mínima de 26×14m), limitado por duas

linhas laterais e duas linhas de fundo, onde se situam os cestos

fixados, cada um, num painel vertical rígido. Estes, constituem um

alvo horizontal situado a 3,05m do chão.

Fig.2 Campo de basquetebol

Bola

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Page 8: Basquetebol

A bola é esférica, de cabedal, borracha ou material sintético. O

peso situa-se entre 600 e 650g, sendo que, a circunferência deve

estar compreendida entre 75 e 78 cm.

Fig.3 Bola de basquetebol

Equipas

O basquetebol é constituído por duas equipas. Cada uma das

equipas é constituída por 12 jogadores, na qual, 5 jogadores iniciam a

partida e os outros 7 ficam no banco como suplentes.

O treinador pode efectuar as substituições ao

longo do jogo. Qualquer um dos jogadores pode ser substituído e

regressar, posteriormente.

Duração do tempo de jogo

A duração do tempo de jogo é de 40 minutos. Este divide-se em

4 períodos de 10 minutos cada, com intervalos entre eles. Entre o 1º

e 2º períodos e, o 3º e 4º períodos existe um intervalo de 2 minutos

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Fig.4 Equipa de Basquetebol (Lusitânea)

Page 9: Basquetebol

mas, entre o 2º e 3º períodos (meio-tempo de jogo), o intervalo é de

15 minutos. O cronómetro só está a contar quando a

bola se encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro interrompe o

jogo, o tempo é parado de imediato.

A cada intervalo, invertem-se as quadras de ataque e defesa

das equipas, como tal, estas defendem cada cesto duas vezes, ou

seja, em dois períodos.

Descontos de tempo

Cada equipa tem direito a descontos de tempo que duram um

minuto completo, podendo pedir cada uma delas: 1 desconto de

tempo em cada um dos 1º, 2º e 3º períodos e 2 descontos no 4º

período.

Equipa de juízes

A equipa de juízes é constituída por: 2 árbitros, 1 cronometrista,

1 marcador e 1 operador de 24 segundos.

Os árbitros têm como função assegurar o cumprimento

das regras do jogo. O marcador preenche o boletim de jogo, onde são

registados os pontos marcados, as faltas pessoais e técnicas, entre

outras. O cronometrista verifica o tempo de jogo e os descontos de

tempo. E, por fim, o operador de 24 segundos controla os 24

segundos que cada equipa dispõe para a execução de uma jogada.

Início do jogo

O jogo inicia-se com um lançamento de bola ao ar (no começo

de cada período também), efectuado pelo árbitro, no círculo central,

entre dois jogadores adversários. A bola só pode ser tocada depois de

ter atingido o ponto mais alto e, nenhum dos saltadores pode agarrar

a bola ou tocar nela mais de duas vezes. Os restantes jogadores

devem encontrar-se fora do círculo.

NOTA: No caso desta regra ser

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Page 10: Basquetebol

violada, existe perda da posse de bola e há reposição da mesma pela

linha lateral.

Bola fora

As linhas que delimitam o terreno de jogo não fazem parte dele.

Desta forma, a bola está fora quando esta, ou o jogador que tem a

posse da mesma, toca ou pisa, as linhas laterais, finais ou o solo para

além delas. Também, se encontra fora, quando toca nos suportes ou

na parte exterior da tabela.

Reposição da bola em jogo

Quando é marcada uma falta ou é bola fora, o jogo recomeça

com um lançamento fora da linha-limite mais próxima (com excepção

para o caso de serem lances livres), ou a bola é reposta em jogo no

local onde saiu do terreno de jogo. O jogador que repõe a bola não

pode pisar as linhas. Após a marcação de pontos, o jogo

prossegue com um passe realizado atrás da linha final do campo da

equipa que defende. Durante a reposição da bola, os adversários têm

de estar a mais de 1 metro de distância desse jogador. Regra dos 5

segundos. NOTA: Quando a bola

fica presa no suporte do cesto, o jogo deverá recomeçar com bola ao

ar.

Jogar a bola

A bola só pode ser jogada com as mãos, podendo ser passada,

lançada ou driblada em qualquer direcção. Não é permitido correr

ou realizar mais do que dois apoios, com a bola nas mãos.

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Page 11: Basquetebol

Também não se pode dar socos ou pontapés.

Durante o drible, é assinalada infracção

se, a bola for batida com as duas mãos simultaneamente;

driblar, controlar ou segurar a bola com uma das mão e voltar

a driblar ou, no caso de haver transporte da bola.

Pontuação

Um cesto é válido quando a bola entra pela sua parte superior e

cai através da rede. Os pontos são obtidos através de lançamentos de

campo (lançamentos que se efectuam no decorrer normal do jogo e

em qualquer local do campo) ou lances livres (executados como

penalizações ao adversário e efectuados atrás da linha de lançamento

livre; neste tipo de lances, o cronómetro encontra-se parado).

2 pontos – lançamento convertido em cima ou à frente da linha

de 6,25m;

3 pontos – lançamento convertido de qualquer local atrás da

linha dos 6,25m;

1 ponto – lançamento livre convertido.

Fig.5 Linha dos 3 pontos e de lance livre

Resultado

O jogo é ganho pela equipa que marcar maior número de pontos no

tempo regulamentar.

11

Linha 6,25m – 3

Linha de lance livre – 1 ponto

Page 12: Basquetebol

Os jogos não podem terminar empatados e, como tal, o

desempate processa-se através de períodos suplementares de 5

minutos.

Faltas

1. Pessoais

Um jogador não pode agarrar, obstruir, empurrar, carregar,

rasteirar, nem impedir a progressão de um adversário utilizando

os braços, os ombros, quadris, joelhos ou inclinando o corpo para uma

posição que não seja normal.

Faltas cometidas sobre um jogador que não está em

acto de lançamento:

- Não dão direito a lances livres excepto se a equipa

que comete a falta já tiver atingido a 4ª falta;

Faltas cometidas sobre um jogador em acto de

lançamento: - Faltas cometidas sobre um jogador

em acto de lançamento desde o momento que salta para lançar até

que cai novamente;

Penalizações:

É assinalada falta ao jogador faltoso;

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Page 13: Basquetebol

O jogador que sofre a falta tem direito a executar o

número de lances livres, de acordo com a pontuação do lançamento:

1 lançamento – quando lança e

converte com falta; 2 – quando lança e não

converte o lançamento de 2 pontos com falta do adversário;

3 – quando lança e

não converte o lançamento de 3 pontos com falta.

Quando a falta

não dá direito a lances livres, a bola é reposta na linha lateral

perpendicular ao ponto de ocorrência da infracção.

2. Dupla

Quando dois jogadores de equipas adversárias fazem faltas

simultaneamente, o árbitro assinala falta aos dois jogadores e o jogo

começa com bola ao ar.

3. Técnicas

Atitudes anti-desportivas, como linguagem ou gestos ofensivos

e desrespeito pelas indicações da arbitragem, serão penalizadas com

faltas técnicas.

4. Anti-desportivas

São as faltas cometidas deliberadamente por um jogador sobre

o adversário, “fugindo” ao carácter desportivo.

5. Desqualificantes

Sempre que um comportamento incorrecto do jogador seja

considerado grave, justificando-se o seu afastamento.

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Page 14: Basquetebol

- Num jogo, o jogador que cometer 5 faltas de qualquer tipo

(com excepção para o caso das faltas desqualificantes) será

informado e deverá abandonar de imediato o terreno de jogo.

- Uma equipa, quando comete 4 faltas de equipa num

período (como resultado de faltas pessoais ou técnicas, assinaladas

a qualquer dos seus jogadores), atinge a situação de penalidade de

falta. A partir da 4ª falta, sempre que a equipa

voltar a cometer uma, a equipa adversária terá direito a 2 lances

livres a cada falta cometida.

Lance livre

O jogador que sofreu a falta e vai marcar o lance livre deverá

colocar-se atrás da linha de lance livre (sem a pisar), dentro do

semicírculo. E, dispõe de 5 segundos para o efectuar. Ao longo da

área restrita existem 5 espaços marcados, 3 de um lado e 2 do outro,

que serão ocupados da seguinte forma: os dois espaços mais

próximos do cesto são ocupados pelos defensores; os dois

intermédios são ocupados pelos atacantes; o terceiro defesa coloca-

se num dos lados e mais próximo do lançador. Os jogadores que não

estão colocados nos espaços de ressalto devem estar atrás da linha

de lance livre e fora da linha de 3 pontos, até que a bola toque o aro

ou termine o lance.

Nenhum jogador pode entrar na área restritiva antes de a bola

ter saído das mãos do lançador.

Fig.6 Lance livre

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Page 15: Basquetebol

Regra dos 3 segundos

Nenhum jogador atacante pode permanecer no interior da área

restritiva adversária mais de 3 segundos consecutivos, quando a sua

equipa tem a posse de bola.

NOTA: No caso desta regra ser violada, a equipa atacante

perde a posse de bola.

Regra dos 5 segundos

Um jogador, após o drible, não pode ter a bola na mão mais de

5 segundos, desde que esteja estritamente marcado.

Cada jogador dispõe de 5 segundos para repor a

bola em jogo.

Regra dos 8 segundos

Quando uma equipa ganha a posse de bola na sua zona

defensiva, dispõe de 8 segundos para levar a bola para a zona de

ataque.

Regra dos 24 segundos

Quando uma equipa tem a posse de bola, dispõe de 24

segundos para lançar a bola ao cesto do adversário.

NOTA: No caso desta regra ser violada, a

equipa atacante perde a posse de bola.

Bola presa

Quando a bola é segura por dois jogadores, cada um de uma

equipa, e não se define a posse de bola, os árbitros assinalam bola

presa, recomeçando o jogo com bola ao ar no círculo mais próximo.

15

Page 16: Basquetebol

Regresso da bola à zona de defesa

Se uma equipa estiver na zona de ataque, a bola não pode ser

driblada para a zona de defesa ou passada a um jogador que esteja

colocado nessa zona.

Posição tripla ameaça

Quando o jogador com bola, de frente para o cesto, adopta uma

atitude a partir da qual pode realizar o lançamento, passar a bola

ou driblar.

Posições dos jogadores

São, usualmente, utilizadas no basquete três posições: base,

extremos e postes. Estas designações diferem, consoante, as zonas

de campo e as funções que os jogadores ocupam.

Fig.7 Postos no ataque; posições

Elementos técnicos individuais

1) Posição básica ofensiva

A posição básica ofensiva do jogador atacante é uma condição

indispensável, ou seja, o ponto de partida, para que os movimentos a

realizar no decorrer do jogo, sejam efectuados com eficácia.

Descrição: -Pés afastados à largura dos ombros (com um

apoio ligeiramente avançado em relação ao outro);

-Membros inferiores semi-flectidos;

-Peso distribuído igualmente pelos

dois apoios; -Tronco ligeiramente inclinado à

16

1 – Base

2 e 3 – Extremos

4 e 5 – Postes

Fig.8 Posição básica ofensiva

Page 17: Basquetebol

frente; -Cabeça levantada, campo visual dominando a

maior área possível de jogo.

2) Paragem a um e dois tempos

Estes elementos técnicos são utilizados quando pretendemos

interromper a progressão em drible, quando recebemos uma bola,

desmarcação, interrupção da corrida, entre outras.

i. Paragem a um tempo

-Apoio simultâneo dos dois pés (paralelos);

-Flexão dos membros inferiores ao entrar em

contacto com o solo, ficando o corpo ligeiramente

atrasado a fim de contrariar a velocidade de

deslocamento existente;

-Baixar o centro de gravidade;

-Ganhar a posição básica ofensiva no final da acção,

avançando com a bacia e o tronco para cima dos apoios de forma

controlada;

-Qualquer pé pode ser usado como “pé eixo” para a rotação.

ii. Paragem a dois tempos

-Paragem mais natural;

-Agarrar a bola, efectuando dois apoios (2

tempo); -Aquando da paragem, flectir os

membros inferiores baixando o centro da

gravidade, mantendo as costas direitas;

-Ganhar a

posição básica ofensiva no final da acção; -O pé

apoiado em primeiro lugar, é obrigatoriamente o “pé eixo”.

3) Passe

17

Fig.9 Paragem a um tempo

Fig.10 Paragem a dois tempos

Page 18: Basquetebol

Sedo o basquetebol um jogo de equipa, de entre todos os seus

elementos técnicos, o passe é o que de forma mais objectiva traduz a

comunicação entre jogadores da mesma equipa. Para isso, existem

diversos passes: de peito, picado ou de ombro.

3.1) Passe de peito

-Partir da posição básica ofensiva, com olhar fixo para onde se vai

mandar a bola;

-Cotovelos colocados naturalmente ao lado do corpo;

-Bola à altura do peito, dedos para cima, polegares na parte

posterior da bola;

-Extensão dos membros superiores na direcção do alvo e

rotação externa dos pulsos (terminar com as palmas das mãos

viradas para fora e os polegares a apontar para o solo);

-Avanço de um dos apoios na direcção do passe;

-Trajectória da bola tensa, dirigida ao alvo.

3.2) Passe picado

-Semelhante, no princípio, ao passe picado. Sendo que a extensão

dos membros superiores deve ser realizada na direcção do solo e

para a frente;

-O ressalto da bola deverá ocorrer a ¾ da distância a

percorrer. Tem como objectivo a mão alvo do outro jogador ou as

zonas próximas do peito;

-Avanço de um dos apoios na direcção do

passe; -Rotação externa dos pulsos

(terminar com as palmas das mãos viradas para fora e os

polegares a apontar para dentro e para baixo).

18

Fig.11 Passe de peito

Page 19: Basquetebol

3.3) Passe de ombro

-Colocar a bola à altura do ombro, segurando-a com as duas

mãos; -Atirar a bola na direcção do outro jogador,

impulsionando-a com uma só mão.

4) Recepção

Descrição:

-Olhar dirigido para a bola;

-Mãos em forma de concha com os dedos bem afastados;

-Ir ao encontro da bola, flectindo os membros inferiores e

inclinando o troco com as mãos à frente do corpo;

-Dirigir os membros superiores em extensão

na direcção da bola; -No momento do contacto com a bola

efectuar uma flexão dos membros superiores (para amortecer a

bola); -Recepção da bola na sua

parte posterior, sem as palmas das mãos entrarem em contacto

com ela;

19

Fig.12 Passe picado

Fig.13 Passe de ombro

Page 20: Basquetebol

5) Rotações

As rotações são utilizadas quando já não podem ser dados mais

passos com a bola na mão (depois do drible, por exemplo), e se quer

realizar um passe ou lançamento. Descrição:

-Determinação do pé eixo;

-Distribuição do peso corporal sobre o pé eixo;

-Rodar sobre a parte anterior da planta do pé;

-O pé móvel não deve elevar-se muito acima do solo,

realizando rotações de pequena amplitude.

6) Drible

O drible é um elemento muito importante e decisivo do

basquetebol. Este serve para: o portador da bola sair de uma zona

muito aglomerada de jogadores; fugir de uma grande pressão

defensiva; para progredir para o cesto, sempre que não existir outro

jogador em melhores condições para finalizar; criar uma linha de

penetração para o cesto ou para garantir a posse de bola.

6.1) Drible de progressão

O drible de progressão é utilizado em deslocamentos de grande

velocidade, sendo um drible relativamente alto e, como o próprio

nome indica, serve para progredir com a bola no terreno. Descrição:

-Posição do corpo elevada;

20

Fig.16 Drible de progressão

Fig.14 Recepção

Após a recepção, deve assumir-se a posição básica ofensiva ou de tripla ameaça. Pode-se, ainda, proteger a bola através da rotação do tronco.

Fig.15 Rotação

Manter sempre a posição básica ofensiva.

Page 21: Basquetebol

-Drible pela cintura, ao lado e à frente do corpo;

-Contacto da mão com a bola por trás; -Um

batimento de bola por 2,3 apoios.

6.2) Drible de protecção

O drible de protecção caracteriza-se por uma menor velocidade de

deslocamento do jogador e por ser mais baixo que o drible de

progressão. Utiliza-se, preferencialmente, para “fugir” a

situações de aglomeração e de grande pressão

defensiva. Descrição: -Drible baixo, raramente

ultrapassa a altura do joelho; -Cabeça levantada;

-Interposição do

braço e da perna do lado do defesa; -Bola deve ressaltar no

solo no meio dos pés do jogador; -Mão sobre a bola e movimento

enérgico do pulso.

6.3) Mudança de direcção em drible

-Mudar de direcção e de mão, passando a bola pela frente

do corpo (driblar em ziguezague).

7) Lançamento ao cesto

O lançamento ao cesto é, certamente, o elemento técnico

mais importante no jogo de basquetebol, pois é em função dele que

se definem o principal objectivo do jogo: marcar cesto. O lançamento

ao cesto é, assim, a finalidade última de todas as acções individuais e

colectivas, de uma equipa com posse de bola.

7.1) Lançamento em apoio

-Colocar a bola à frente do peito, com as pernas flectidas e o pé do

lado do braço que lança ligeiramente adiantado, fixando o olhar no

cesto;

21

Fig.17 Drible de protecção

Fig.18 Mudança de direcção em drible

Page 22: Basquetebol

-Estender sucessivamente pernas e o braço, impulsionando a bola

na direcção do cesto, com uma só mão, através da acção do pulso e

dos dedos.

7.2) Lançamento na passada

- Em movimento, controlar a bola com as duas mãos, com o pé à

frente;

-Apoiar o pé esquerdo, saltar na vertical e empurrar a bola contra

a tabela, através da acção do pulso e dos dedos.

7.3) Lançamento em suspensão

-O salto deve ser efectuado na vertical, verificando-se a extensão sucessiva das pernas e do braço.

8) Ressalto

A um lançamento falhado segue-se,

normalmente, um ressalto da bola. Os jogadores, atacantes ou

defensores, que consigam ocupar a posição entre o adversário e o

cesto (posição interior), ficam melhor colocados para recuperar a

posse da bola, ganhando o ressalto ofensivo ou defensivo.

8.1) Ressalto defensivo

-Ver simultaneamente o atacante e a bola;

22

Fig.19 Lançamento em apoio

Fig.20 Lançamento na passada

Fig.21 Lançamento em suspensão

Page 23: Basquetebol

-Detectar o movimento do ataque após a

realização do lançamento; -Rodar para a frente ou para

trás, conforme a trajectória do atacante; -Realizar o

bloqueio defensivo, estabelecendo o contacto com o atacante: pés

afastados, pernas flectidas, costas direitas, cotovelos à altura dos ombros,

olhos na bola;

-Saltar para a bola, agarrá-la com duas mãos e protegê-la;

-Procurar rapidamente um colega a quem passar a bola (realizar o

primeiro passe de contra-ataque).

8.2) Ressalto ofensivo

Procura recuperar a bola sempre que há lançamento.-Semelhante ao ressalto defensivo.

9) Posição básica defensiva

É importante para tentar deixar o adversário sem ângulo para realizar o lançamento e para tapar as linhas de passe. Descrição:

-Pés afastados à largura dos ombros (com um apoio ligeiramente avançado em relação ao

outro);- Peso distribuído igualmente pelos dois

apoios (parte anterior do pé) -Membros inferiores ligeiramente flectidos;

-Joelhos e pés dirigidos para a mesma direcção; -Membros superiores semi-flectidos, palma das mãos viradas para a frente e dedos afastados;

-Tronco ligeiramente inclinado à frente;-Cabeça levantada, campo visual dominando a maior área

possível de jogo.

23Fig.23 Posição básica defensiva

Page 24: Basquetebol

10) Defesa

Face aos atacantes, as principais preocupações da defesa são:

defender o jogador com bola, defender o jogador sem bola, apoiar os

companheiros, para além de efectuar o ressalto defensivo.

10.1) Defesa ao jogador com bola

Para defender o jogador com bola é necessário estar colocado

entre ele e o cesto, dificultando o seu avanço no campo, o

lançamento ou a execução do passe em boas condições para outro

jogador.

É também preciso acompanhar os deslocamentos em drible do

adversário, deslizando e mantendo os apoios em contacto com o solo,

evitando o cruzamento das pernas e o toque de calcanhares.

Se o atacante interromper o drible, o defesa pode

aumentar a pressão, diminuindo a distância e

acompanhando os movimentos da bola com as mãos,

para dificultar os passes ou o lançamento.

Se o atacante conseguir passar a um outro jogador,

o defensor deverá afastar-se rapidamente para trás e

para o lado da bola, tomando uma posição que lhe

permita controlar ao mesmo tempo o jogador e a bola.

Deverá evitar que o atacante passe pela sua frente,

obrigando-o a afastar-se do jogador com a bola.

10.2) Defesa do jogador sem bola

Para defender ao jogadores sem bola, podemos considerar dois

casos, conforme aqueles se encontrarem em linha de primeiro ou

segundo passe.

24

Fig.24 Defesas ao jogador com bola

Page 25: Basquetebol

O jogador B está em linha de primeiro passe. Neste caso, os

defensores devem manter-se entre os atacantes e a bola,

acompanhando os deslocamentos destes e usando o braço e a mão

para cortarem as linhas de passe.

O jogador C está em linha de segundo passe, pelo que o

respectivo defensor pode afastar-se um pouco, colocando-se de

forma a poder vê-lo e à bola. Forma assim um triângulo que lhe

permitirá controlar o seu adversário directo e apoiar mais facilmente

os restantes companheiros.

11) Desmarcação

-Ver sempre a bola;-Não se colocar por de trás do adversário;-Explorar a linha jogador/cesto quando esta é deixada livre pelo

defesa; -Aproximar do defesa e depois afastar-se dele rapidamente, de modo a fixá-lo;

-Aumento da velocidade de deslocamento, para a surpreender o adversário e ganhar situação de vantagem numérica ou linha de passe;

12) Bloqueios

O bloqueio é um elemento da técnica de basquetebol que em

termos ofensivos permite outras soluções atacantes pela

possibilidade de se realizarem novas formas de desmarcação.

25

Fig.26 Desmarcação

Fig.25 Defesa ao jogador sem bola

Page 26: Basquetebol

12.1) Bloqueios directos – quando realizados ao jogador com

bola e ao jogador com bola em drible;

12.2) Bloqueios indirectos – quando realizados ao jogador sem

bola. É uma combinação táctica com o objectivo de libertar outro

jogador da equipa de modo a que ele possa receber a bola em

melhores condições de executar o lançamento ou efectuar outra

acção de jogo. Permite igualmente, na sua sequência, a hipótese de

criação de linhas de passe para o próprio jogador que efectua o

bloqueio.

Táctica

No basquetebol, como em todos os jogos desportivos colectivos, as

soluções individuais do jogador com a bola, não são muitas vezes

suficientes para resolver as situações de jogo que se criam.

26

Page 27: Basquetebol

E, apesar de ser necessária a participação de todos os jogadores

em campo, quer no ataque, quer na defesa, a maior parte das

situações ofensivas e defensivas baseiam-se na colaboração entre 3

jogadores.

Táctica colectiva

Táctica individual

27

Fig.27 Quadro com informação sobre a táctica colectiva

Page 28: Basquetebol

Conclusão

28

Fig.28 Quadro com informação sobre a táctica individual

Page 29: Basquetebol

O basquetebol é uma modalidade que tem vindo a ganhar adeptos

ao longo dos anos. Neste desporto o raciocínio rápido e lúcido, bem

como, os bons reflexos são muito importantes para a conquista do

principal objectivo, que se define por marcar pontos, lançando a bola

ao cesto, e evitar que a equipa adversária faça o mesmo. Ao longo

dos 40 minutos de jogo (divididos em 4 períodos), as duas equipas,

constituídas por 5 elementos em campo e por 7 suplentes, devem de

seguir todas as regras para evitar a acumulação de faltas, que podem

resultar em lances livres, perdas da posse de bola ou à expulsão de

um jogador (à 5ª falta). Os jogadores estão proibidos de realizar mais

do que dois apoios com a bola nas mãos.

Os jogadores podem fazer passes (de peito, de ombro ou picado),

driblar (drible de protecção e de progressão), fazer lançamentos (na

passada, de apoio ou em suspensão) para marcarem pontos (2

pontos – depois da linha 6,25m; 3 pontos – antes ou na linha dos

6,25m) e efectuar rotações com o pé-eixo. Além disso, devem tomar

as posições básica ofensiva e básica defensiva para uma maior

eficácia na realização dos movimentos no decorrer do jogo. No final

do tempo regulamentar, a equipa vencedora será quem tiver mais

pontos.

Penso que, no geral, atingi os objectivos que me propôs a realizar

no inicio, para que o trabalho ficasse completo, na medida em que

falei de todos os aspectos mais importantes que esta modalidade

engloba. Não houve grandes dificuldades na realização do trabalho

uma vez que, este é um desporto bastante conhecido e por essa

razão existe muita informação disponível, além de que, o basquetebol

tem vindo a ser estudado ao longo dos anos lectivos passados.

Para terminar, acredito que depois de

realizado o trabalho relembrei alguns aspectos que já não me

recordava mas, também aprendi algumas regras.

Bibliografia

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Page 30: Basquetebol

ROMÃO, Paula; PAIS, Silvina; Educação Física 10º/11º/12º anos – 1ª parte; Porto Editora

Enciclopédia dos conhecimentos, volume 11; Oceano Liarte

http://www.mirandela.org/secmirandela/documentos/basquetebol.pdf

http://www.resumos.net/files/regrasbasquetebol.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Basquetebol

http://www.google.pt/search?sourceid=navclient&hl=pt-BR&ie=UTF-8&rlz=1T4ADBF_ptBRPT303PT304&q=Trabalho+elaborado+por%3a+Daniela+Rocha+Labrincha+basquetebol

http://www.anossaescola.com/idanha/ficheiros/recursos/Basquetebol.pdf

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://

basquetebol.sclusitania.com/fotos/escaloes/Liga.jpg&imgrefur

http://media.photobucket.com/image/portugal%20basquetebol/desportugal_album/portugal_letonia_baquet_desportugal.jpg

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