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Sistema Digestório Humano Itaituba-Pará Setembro de 2013

Biologia s. digestivo

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Sistema Digestório Humano

Itaituba-Pará

Setembro de 2013

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Disciplina: Biologia

Professor: James Leão

Alunas: Alini S. Maia; Annanda M. de Menezes; Stéfhanie Millard S. de Brito; Thalyta R. de Brito; Yasmin Christine P. da Silva

Turma: Te4 Turno: Manhã

Tema: Sistema Digestório do Corpo Humano

Trabalho realizado como um

dos requisitos de avaliação

parcial do 4°Bimestre

da disciplina de Biologia,

ministrada pelo professor James Leão.

Itaituba-Pará

Setembro de 2013

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Introdução

O seguinte trabalho consiste em uma pesquisa detalhada do funcionamento do Sistema Digestório Humano. Sabemos que o assunto já foi estudado diversas vezes ao longo da vida escolar, porém não de forma tão abrangente. Usaremos no trabalho tabelas e figuras com o intuito de ajudar na melhor compreensão do mesmo. Encontraremos ainda, a organização do sistema digestório, ou seja, seus componentes e para que serve cada um, o processo da digestão e sua complexidade, de como a comida entra na boca e acaba se transformando em fezes.

Ficaremos surpreendidos com o que ocorre com os produtos que não irão se transformar em fezes e de como ocorre o controle da digestão. Porém, não podemos esquecer-nos dos cuidados importantíssimos com o sistema digestório que se não levados em consideração podem acarretar doenças como cáries, diarréias e úlceras. Leiam com atenção, será indispensável para seu futuro.

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Organização do Sistema Digestório

A ingestão dos alimentos, sua digestão e absorção dos produtos resultantes são realizadas por um conjunto de órgãos que constituem o sistema digestório. Este se compõe de um longo tubo, com cerca de 9 m de comprimento- o tubo digestório-, e de algumas glândulas associadas, como as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.

Componentes do sistema digestório humano

A abertura de entrada do tubo digestório é a boca, rodeada pelos lábios, que auxiliam a tomada de alimento No interior da boca, localizam-se os dentes e a língua,

Que preparam o alimento para a digestão. Na boca há canais provenientes de três pares de glândulas salivares, que produzem e liberam na cavidade bucal um fluido chamado saliva.

À boca segue-se a faringe, situada na região da garganta, que leva ao esôfago, um tubo fino e de paredes musculosas que atravessa o diafragma, membrana musculosa que separa o tórax do abdome.

O estômago é uma bolsa de paredes musculosas, localizado no lado esquerdo superior do abdome, logo abaixo das últimas costelas. Quando está vazio, toma a forma da letra J. Quando cheio de alimento, torna-se ovóide ou arredondado e pode conter cerca de 1,5 l de alimento.

A comunicação do esôfago com o estômago é feita por meio da cárdia, ou esfíncter cárdico, uma válvula cujo orifício pode se fechar pela contração de um anel de musculatura lisa que o circunda. A cárdia relaxa-se e abre-se para permitir a passagem do bolo alimentar para o estômago.

O estômago comunica-se com o intestino delgado por meio de uma válvula semelhante à cárdia, o piloro ou esfíncter pilórico. O relaxamento da musculatura do piloro permite a passagem do conteúdo estomacal para o duodeno. Anéis musculares como os

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presentes na cárdia e no piloro, que se atuam como válvulas, são genericamente denominadas esfíncteres, estando presentes também na junção entre o intestino delgado e o intestino grosso e o ânus.

O intestino delgado é um tubo pouco mais de 6m de comprimento por 4 cm de diâmetro, dividido em três regiões: duodeno, com cerca de 25 cm de comprimento; jejuno, com cerca de 4,5 m de comprimento; íleo, com cerca de 1,5 m de comprimento. No duodeno desembarca um ducto chamado de canal colédoco, que traz as secreções produzidas no pâncreas e no fígado.

O intestino grosso tem cerca de 0,5 m de comprimento e entre 6 cm e 7 cm de diâmetro, sendo dividido em três partes: ceco, colo e reto. O ceco é uma bolsa de fundo cego ( daí seu nome), com cerca de 7 cm de comprimento, situada perto da junção com o intestino delgado. Na extremidade fechada do ceco localiza-se o apêndice vermiforme ou apêndice cecal, uma pequena bolsa tubular do tamanho de um dedo mínimo. O ceco e o apêndice parecem não desempenhar nenhuma função importante nos seres humanos; os cientistas acreditam que eles sejam “órgãos vestigiais”, isto é, que foram importantes na digestão de nossos ancestrais herbívoros, mas que em nossa espécie tem função reduzida. Certos animais herbívoros, como os coelhos tem ceco intestinal bem desenvolvido e funcional onde vivem microrganismos que digerem celulose. O colo tem forma da letra U invertida e é dividido em quatro regiões: colo ascendente, colo transversal, colo descendente e colo sigmóide. A última parte do intestino grosso é o reto que termina no ânus.

Boca humana com identificação dos diversos tipos de dente que compõem a dentição permanente.

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O processo da Digestão

Digestão é o conjunto de processos pelos quais os componentes dos alimentos são transformados em substâncias assimiláveis pelas células. Costuma-se distinguir dois tipos de digestão: mecânica, que consiste na trituração dos alimentos, e química, que consiste na quebra de moléculas orgânicas por ação de enzimas hidrolíticas. Na espécie humana a digestão mecânica é realizada pelos dentes, pela língua e pelas contrações da musculatura lisa presente na parede do tubo digestório. A digestão química é realizada por enzimas secretadas por células glandulares presentes no revestimento interno do tubo digestório e por glândulas anexas: as glândulas salivares e o pâncreas.

Digestão na boca e deglutição

O alimento começa a ser digerido assim que entra na boca. Pela mastigação os dentes reduzem os alimentos sólidos a pequenos pedaços, o que torna possível seu contato mais íntimo com as moléculas de enzimas digestivas, facilitando a ação enzimática.

A presença do alimento na cavidade bucal, bem como sua visão e paladar, leva nosso sistema nervoso central a estimular as glândulas salivares a secretar a saliva, solução aquosa de consistência viscosa contendo a enzima amilase salivar, além de sais, muco e outras substâncias. A amilase salivar, ou ptialina, atua sobre as grandes moléculas de amido e de glicogênio do alimento, quebrando-as em fragmentos menores denominados dextrinas. O prosseguimento dessa ação enzimática leva as dextrinas transformarem-se no dissacarídeo maltose. Os sais presentes na saliva neutralizam substâncias ácidas eventualmente presentes no alimento, mantendo o grau de acidez próximo da neutralidade, ideal para a ação da amilase salivar.

Durante a mastigação, a língua movimenta o alimento no interior da cavidade bucal, misturando-o com a saliva, processo conhecido como insalivação. Na superfície da língua há dezenas de papilas gustativas, cujas células identificam os quatro sabores básicos: doce, salgado, azedo e amargo.

Diversas glândulas do epitélio que reveste a boca secretam muco, que se mistura à saliva, tornando-a viscosa. A viscosidade da saliva protege o epitélio bucal e faringeano do atrito com alimentos engolidos. O bolo alimentar, como é chamado o alimento mastigado e misturado à saliva, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, rumo ao esôfago, processo esse conhecido como deglutição.

A faringe comunica-se também com a laringe, um canal que conduz ar aos pulmões. Durante a deglutição, entra em ação um mecanismo que fecha a laringe, evitando assim que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias. Eventualmente esse mecanismo falha, e pequenas quantidades de alimento podem entrar na laringe, provocando engasgo e tosse.

O bolo alimentar deglutido é impulsionado por “ondas” de contração da parede esofágica, chegando ao estômago em 5 segundos a 10 segundos. As ondas rítmicas de contração do esôfago e de outras partes do tubo digestório são chamadas de ondas peristálticas, ou peristaltismo, sendo responsável pelo deslocamento dos alimentos desde boca até o ânus.

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Digestão no estômago

O bolo alimentar penetra no estômago pelo relaxamento do esfíncter cárdico, também chamado de esfíncter estomacal esofágico inferior. Na parede estomacal há invaginações da mucosa onde se localizam as glândulas estomacais. Lá há células secretoras de suco gástrico, uma solução aquosa rica em ácido clorídrico e em enzimas que atuam na digestão de proteínas. O ácido clorídrico é produzido pelas células parietais e a enzima pepsina, pelas células principais.

A pepsina é a principal enzima ativa no suco gástrico; ela digere proteínas quebrando ligações peptídicas entre certos aminoácidos. A pepsina é secretada pelas células principais em forma inativa, chamada pepsinogênio. Ao entrar em contato com o ácido clorídrico, o pepsinogênio transforma-se em enzima ativa, a pepsina, que, por sua vez, estimula a transformação de mais pepsinogênio em pepsina.

Outra enzima presente no suco gástrico é a renina, produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos e de crianças e, em pequena quantidade no estômago de pessoas adultas. A renina provoca a coagulação de caseína, a principal proteína do leite, fazendo com que ela permaneça por mais tempo no estômago e seja mais bem digerida.

O alimento pode permanecer no estômago por quatro horas ou mais, transformando-se em uma massa acidificada e semilíquida denominada quimo.

Representação esquemática dos componentes do estômago humano

Digestão no Intestino Delgado

A digestão do quimo que chega do estômago ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. Milhares de pequenas glândulas localizadas na mucosa intestinal produzem uma secreção denominada suco intestinal, ou suco entérico, que contém diversas enzimas. As principais são a enteroquinase, que transforma tripsinogênio em tripsina, e as peptidases que completam a digestão das proteínas e das peptonas formadas no estômago, decompondo-as em aminoácidos.

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Além do suco intestinal, no duodeno também atua a secreção produzida pelo pâncreas, o suco pancreático. Esta é uma solução aquosa alcalina que contém diversas enzimas digestivas. As principais enzimas ativas no suco pancreático são: a tripsina, a quimotripsina, que digerem proteínas e peptonas, transformando-as em moléculas menores, com poucos peptídeos. No suco pancreático há também ribonucleases e desoxirribonucleases, que digerem, respectivamente, RNA e DNA.

Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. A bile é uma secreção de cor esverdeada, sem enzimas digestivas; seus principais componentes são os sais biliares, que quebram gotas de gorduras em gotículas minúsculas, o que facilita a ação da lipase pancreática.

Ativação de três enzimas pancreáticas envolvidas na digestão que ocorre na cavidade intestinal

O Pâncreas e o fígado

O pâncreas é uma glândula com cerca de 15 cm de comprimento e formato triangular e alongado, localizado sobre o estômago, na alça do duodeno. Além de produzir os bicarbonatos e as enzimas que compõem o suco pancreático, o pâncreas também produz hormônios e os lança na corrente sanguínea, apresentando, portanto, função endócrina.

O fígado é a maior glândula de nosso corpo. Pesa cerca de 1,5 kg, tem cor marrom-avermelhada e localiza-se no lado direito do abdome, na altura das últimas costelas, imediatamente abaixo do diafragma. O fígado participa da digestão produzindo a bile.

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Localização do fígado e do pâncreas em relação ao tubo digestório

1ª figura: Detalhe da organização interna do fígado.

2ª figura: Detalhe dos ácinos pancreáticos e sua relação com os ductos secretores.

Destino dos produtos da digestão

Pela digestão, as grandes moléculas que constituem as substâncias orgânicas dos alimentos são transformadas em moléculas menores, suficientemente pequenas para atravessar a membrana das células intestinais, passando para o sangue e para linfa; esse processo é denominado absorção. Apenas umas poucas substâncias, como o álcool etílico, água e alguns saís podem ser absorvidas diretamente no estômago.

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Estrutura da parede do intestino delgado.

Principais enzimas digestivas humanas

Suco digestório Enzimas Ph ótimo Substratos ProdutosSaliva Amilase salivar Neutro Polissacarídeos Maltose e glicoseSuco gástrico Pepsina

ReninaÁcidoÁcido

ProteínasCaseína solúvel

PeptonaCaseína insolúvel

SucoPancreático

QuimotripsinaTripsinaAmilopsinaRNaseDNaseLipase

AlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalino

Proteínas e peptonasProteínas e peptonasPolissacarídeosRNADNALipídios

OligopeptídiosOligopeptídiosMaltose e glicoseNucleotídiosNucleotídiosÁcidos graxos e glicerol

Suco entérico CarboxipeptidaseAminopeptidaseDipeptidaseMaltaseSacaraseLactase

AlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalinoAlcalino

OligopeptídiosOligopeptídiosDipeptídosMaltaseSacaraseLactase

AminoácidosAminoácidosAminoácidosGlicoseGlicose e frutoseGlicose e galactose

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Funções do Intestino

Os restos não aproveitados de uma refeição levam cerca de 9 horas para chegar ao intestino grosso, onde permanecem, em média, por 1 a 3 dias. Durante essa permanência há intensa proliferação de bactérias na massa de resíduos e parte da água e dos sais nela contidos é absorvida. Com isso, na região final do colo, os resíduos solidificam-se e transformam-se em fezes.

Controle da digestão

O processo da digestão é controlado pelo sistema nervoso autônomo e por hormônios. A visão, o cheiro e o sabor do alimento estimulam o sistema nervoso central, e este, por meio de nervos, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, fenômeno conhecido como salivação, e as glândulas estomacais a secretar enzimas digestivas e ácidas clorídrico. Além da estimulação nervosa o estômago também recebem estímulos hormonais.

Cuidados com o Sistema Digestório

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Nosso sistema digestório é requisitado a entrar em ação várias vezes por dia, a cada refeição que nós fazemos. Mesmo quando não estamos comendo, ele continua trabalhando para garantir a nutrição de todas as células de nosso corpo.

Cuidados com a alimentação

Como regra geral, deve-se preferir alimentos frescos e naturais, deixando em segundo plano alimentos industrializados, com os enlatados, por exemplo. Os alimentos frescos, além da melhor qualidade, não contêm conservantes e aditivos que podem causar mal à saúde.

Prevenção de cáries dentárias

Certas bactérias que vivem na boca humana alimentam-se dos restos de comida que ficam entre os dentes. Na presença de açúcar, essas bactérias multiplicam-se rapidamente, aderindo nos dentes e formando as chamadas “placas bacterianas”.

As bactérias das placas produzem ácidos que corroem o esmalte do dente, causando cáries.

Prevenção de Infecções intestinais

Os alimentos e a água que ingerimos podem estar contaminados com vírus, bactérias ou protozoários patogênicos. Apesar de a saliva conter substâncias bactericidas e de o suco gástrico destruir a maior parte dos microrganismos ingeridos, alguns podem sobreviver e multiplicar-se no sistema digestório, originando infecções intestinais.

Prevenção de vômito, diarreia e prisão de ventre

Quando comemos ou bebemos demais, ou quando a comida ingerida está deteriorada, nosso sistema nervoso faz entrar em ação uma operação de emergência: o vômito. Contrações violentas da musculatura abdominal e do estômago fazem o conteúdo estomacal subir pelo esôfago e sair pela boca.

A diarreia é caracterizada por defecações frequentes, causadas pelo aumento dos movimentos peristálticos intestinais. Trata-se de um processo de eliminação rápida do conteúdo intestinal, e pode ocorrer por diversas causas, como a ingestão de alimento deteriorado, nervosismo ou alergia a certos tipos de substâncias alimentares.

Outros distúrbios do Sistema Digestório

Apendicite Câncer Intestinal Pancreatite Cálculos vesiculares

Conclusão

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É mais do que notório que o trabalho era sobre o Sistema Digestivo Humano, resumidamente dividimos o trabalho em: organização do sistema digestivo, o processo da digestão, pâncreas e fígado, destino dos produtos da digestão, controle da digestão e cuidados com o sistema digestório.

O primeiro tópico consiste em informações a respeito de como funciona o sistema digestório e para que, órgãos como o esôfago e o estômago servem. O segundo fala a respeito de como ocorre à digestão dos alimentos. O terceiro sobre qual a importância do fígado e do pâncreas no sistema digestivo, o quarto sobre como os produtos que não viram fezes são transformados em energia para as células. O quinto sobre como o nosso corpo encontra a hora mais propensa para digerir os alimentos e o último tópico sobre os cuidados necessários para que não contraíamos doenças no sistema digestivo.

Bibliografia

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Amabis, José Mariano, 1947-.

Biologia/ José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. – 2. Ed. - São Paulo: Moderna, 2004.