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Semíramis Biasoli relata sua experiência como enraiza-
dora do DEA/MMA, contextualizando a formação dos
Coletivos Educadores, e o processo que vem rolando de
2005 até hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Marcos Sorrentino, diretor do Departamento de Edu-
cação Ambiental/MMA fala sobre as utopias, o perfil
e a formação da educadora e do educador ambiental
popular, além da articulação dos Coletivos Educadores
que facilita as trocas e a sinergia entre seus participan-
tes e as instituições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Os Coletivos Educadores de São Paulo relatam suas
experiências, sonhos, dificuldades e desafios na imple-
mentação do ProFEA, segundo as Unidades de Geren-
ciamento de Recursos Hídricos – UGRHI em que estão
organizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Qual a abrangência territorial dos CEs no estado de São
Paulo hoje? Localize no mapa o Coletivo Educador mais
próximo e entre em contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
O fractal é uma figura auto-semelhante, ou seja, cada parte
da figura é semelhante (não idêntica) à figura toda . Cada
parte apresenta seus diferenciais .
Este fractal Coleciona SP refere-se a um tecido-sistema
de redes de redes de redes, ou de coletivos de coletivos de
coletivos interagindo em permanente transformação . As
particularidades de cada coletivo estão evidenciadas ao lon-
go do boletim como um todo, já que não padronizamos as
linguagens dos textos, mas abrimos os ouvidos aos sotaques
próprios de cada coletivo . Cada um fala de si, conversando
com os outros, buscando o diálogo que, esperamos, venha
fortalecer este movimento vivo, dinâmico, colorido .
Ao criar um espaço para que os coletivos paulistas se co-
nheçam e se percebam dentro do contexto estadual, provocan-
do reflexão e discussão sobre suas caminhadas, com a troca de
informações e experiências, o boletim Fractais – Coleciona SP
faz parte da perspectiva dos Coletivos Educadores mais anti-
gos, que já vêm buscando a dinâmica do trabalho em rede, que
acolhe, embala e protege através da co-operação, do aprendi-
zado mútuo, da solidariedade e da alegria em construir coleti-
vamente, desde antes de suas constituições enquanto CE .
O fortalecimento da REPEA – Rede Paulista de EA e da
Rede de Coletivos Educadores é uma das aspirações desta publi-
cação, assim como a participação na construção das Políticas de
EA, daí a participação ativa dos coletivos no IIIEEEA - Encontro
Estadual de EA - e na construção da Política Estadual de EA .
O processo de produção desta primeira edição deu mui-
to trabalho e muito prazer para quem se envolveu bem de
perto . Formamos um “GT do Boletim” e utilizamos a lista de
discussão virtual “ColetivosParceirosSP” para trocar arquivos,
discutir livremente as idéias e tomar as decisões em grupo . . . .
Muita vontade, nenhum jornalista profissional, poucas reuni-
ões presenciais, alguns interurbanos e muita, muita internet .
E para os próximos números já pintaram algumas
idéias . . . Agora convidamos outros grupos e outras cabeças
para participarem dos próximos números, reverem tudo que
fizemos, criarem novos elementos e assim o Fractais poderá
seguir descobrindo e desenhando seu caminho .
A rede dA rede dA rede…
Boletim dos Coletivos Educadores de São Paulo | Ano 1 no 01 Julho/2007
Pessoal do Cescar que aprende participando
�
Com o edital do FNMA 05/2005, lançado em outubro de
2005, alguns grupos de São Paulo que já vinham se articulan-
do na perspectiva do ProFEA, acabaram por virem seus pro-
jetos contemplados e apoiados pelo Fundo Nacional do Meio
Ambiente (temos 06 projetos aprovados em São Paulo) – nes-
ta primeira edição do boletim temos relatos destes “irmãos
mais velhos”. A caminhada continuou e novos grupos foram
nascendo; uma nova demanda por parte da DEA – Chamada
Pública para constituição de Coletivos Educadores MMA/DEA
001/2006 – é lançada e, desta vez, temos 13 novos projetos
contemplados no estado – nossos”irmãos mais novos” com
muita coragem estão aqui se mostrando, se apresentando aos
demais, contando um pouco de como também estão cons-
truindo seus caminhos ao caminhar .
A constituição de Coletivos Educadores em várias partes
do território continua acontecendo, novos coletivos vêm agre-
gando as diversas iniciativas dos grupos, instituições e pessoas
destes territórios, que trazem seus acúmulos de trabalho, de
luta pelo Meio ambiente e pela melhoria da qualidade de vida
das pessoas .
Mas afinal, o que são Coletivos Educadores? A meu ver,
Coletivos Educadores são pontos de convergência de ações e
. . . Escrever contando um pouco da trajetória como enraizado-
ra do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do
Meio Ambiente (DEA/MMA) no estado de São Paulo, nesta 1ª
edição do Boletim “Fractais – COLECIONA São Paulo” é difícil . . . .
Difícil porque ao escrevermos estamos nos expondo, nos mos-
trando e é preciso, então, estar em paz com o ato de escrever
– ou fazer as pazes com o ato de escrever – e se mostrar! Fa-
rei então do meu jeito, assim como todos vocês – coletivos e
pessoas – fizeram dos seus jeitos . Este é meu texto que tento
escrever, acionando esta criatividade em mim - criatividade
necessária para as mudanças que queremos . Se queremos mu-
dar nossa qualidade de vida, nossas relações humanas, nosso
MEIO AMBIENTE, precisamos ter criatividade e coragem PARA
MUDAR!!!! Vejo nos Coletivos Educadores (CEs) esse “lócus”,
este espaço de construção coletiva das mudanças necessárias .
O caminho fazemos ao caminhar . . . Assim, trouxemos a
proposta de Formação de Educadores e Educadoras Ambien-
tais Populares – o ProFEA e a Política de Coletivos Educadores
para o estado de São Paulo . Em dezembro de 2004 aconteceu
nossa primeira reunião, aqui no estado, na cidade de Campi-
nas, para a qual convidamos inicialmente alguns poucos edu-
cadores e educadoras . O desafio de construir juntos a proposta
foi prontamente aceito, e nos dias 31 de março e 01 de abril
de 2005, no município de Indaiatuba, apresentamos o Progra-
ma de Formção de Educadores(as) Ambientais da DEA/MMA
(ProFEA), com a presença de vários outros parceiros(as) de
diferentes regiões do estado . Várias sementes foram lançadas
neste dia e, desde então, vários caminhos e histórias foram
acontecendo . . . Alguns partiram para o franco diálogo de seus
trabalhos com o ProFEA e viram neste diálogo os grupos se
constituindo e descobrindo suas identidades, enquanto Cole-
tivos Educadores .
de pessoas que sonham, acreditam neste sonho, arregaçam
as mangas e partem para a construção deste sonho possível,
convergindo seus esforços e saindo destes espaços coletivos
mais fortes, reenergizados, e com maiores e melhores possi-
bilidades de atuação . Ao se tornar um movimento contínuo,
amplia-se a base territorial de atuação destes coletivos que
estão sempre abertos a novas e renovadas Instituições, grupos
e pessoas, que trazem seu repertório pessoal e institucional de
habilidades, conhecimentos, e também de fragilidades e de-
safios, para a efetiva troca com a conseqüente potencialização
das ações de todas e todos .
O grande desafio dos Coletivos Educadores é: como che-
garemos às pessoas de nosso território – em cada uma das
pessoas de nossa base territorial, despertando-as para as mu-
danças? Como “desacomodar” cada um de nós dos saberes e
fazeres comuns que nos mantêm rendidos ao padrão de vida
individual, egocêntrico tão enraizado na natureza humana?
Como equilibrarmos nosso padrão de consumo, se a todo
tempo somos bombardeados pelo “carro novo”, pela roupa
nova, pelo brinquedo novo? Como valorizar e revisitar objetos,
lugares, sabores, amores . . .
Estamos falando de Educação Ambiental, então estamos
falando de respeito à comunidade de vida, estamos falando de
ações solidárias - solidárias aos ecossistemas planetários – na
medida em que exageramos nas necessidades individuais e fami-
liares, estamos contribuindo para o desequilíbrio de nossa casa .
Qual a medida da felicidade de cada um? Como estimular
este questionamento, fazendo com que todos nós pensemos
e assumamos criticamente nossa participação na cadeia da
vida? Como ensinar aos nossos filhos a buscarem suas felicida-
des sim, mas respeitando as diferenças e se responsabilizando
pela sua parte sem JAMAIS esquecer do todo?
Trajetórias
Primeiro encontro geral do Cescar
Trajetórias
�
Penso que nós PAPs, pessoas que estamos aprendendo
participando, temos dialogado bastante com boas práticas só-
cio-educacionais que vêm se encontrando “dentro” dos Coleti-
vos Educadores, na direção destas transformações individuais
e coletivas necessárias .
Agora, cabe aos Coletivos Educadores abrir caminhos e
permanentemente articular Projetos e Programas construindo
efetivamente uma Política Pública – de estado e da sociedade
– de Educação Ambiental .
Quando o ProFEA propõe aos CEs o desafio de imple-
mentar quatro processos educacionais que se complementam
– ele quer dizer que a educação para ser transformadora, com
a totalidade não pode estar restrita à formação através de
“cursos” presenciais ou à distância . Esses processos de forma-
ção são essenciais, mas sozinhos não dão conta de atingir a
totalidade das pessoas e nem de acessar permanentemente e
continuadamente todas as pessoas .
Temos então três outros processos formadores que si-
multaneamente e complementarmente, podem dar conta do
sonho de transformação de cada um e cada uma de nós .
A formação que se dá através dos diversos Conselhos,
Colegiados e Fóruns, demonstra que a própria essência de fun-
cionamento coletivo, a própria estrutura de funcionamento
destes espaços, tem o potencial de educar – na medida em
que são espaços que só existem e cumprem seu papel com a
participação de seus integrantes, e considerando que a parti-
cipação é a chave para a transformação - e se esta transforma-
ção se dá para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e
do meio ambiente - estamos falando de um processo de for-
mação em Educação Ambiental .
Outro processo educacional a ser implementado pelas
instituições, pessoas e grupos dos Coletivos Educadores com
o intuito de se chegar à totalidade da base territorial de forma
permanente, é transformando espaços existentes e criando
novos espaços, em espaços educadores – estruturas educado-
ras - através de “atividades” e exemplos que mexam com as
pessoas, que as emocionem, valorizando a história, a cultura,
os saberes populares, estimulando que conheçam os lugares
onde vivem, e aproveitem os seus espaços de convivência para
refletirem sobre sua participação na cadeia da vida .
E a outra ferramenta essencial é a comunicação - mas não
a comunicação que apenas informa – também importante,
mas a comunicação que transforma, na medida em que é feita
COM as pessoas e não PARA as pessoas . É a educomunicação
que planeja junto o uso das diversas linguagens da comunica-
ção com os grupos beneficiados .
Bem, mas para cumprir estes desafios todos postos aos
Coletivos Educadores, uma grande ferramenta é nos conhecer-
mos, conhecermos as iniciativas de cada um, vermos as ne-
cessidades e benefícios da troca, e este BOLETIM pode ser um
facilitador - a grande riqueza dele é a sua própria construção
– quando cada um dos Coletivos se dispôs a sentar e registrar
Atividades com alunos da 2ª . edição do Projeto de Educação e Conservação Ambiental Chão Verde Terra Firme (Coletivo Juquery-Cantareira) .
os processos de aprendizagem que vêm acontecendo em cada
parte do estado, nos permitindo sentir a particularidade de
cada região – aqui, sim, temos uma grande riqueza .
Ao recebermos os materiais de cada Coletivo, pudemos
ir materializando esta primeira edição e sentindo na pele a
potencialização de um trabalho feito a várias mãos . . . e agora
nada melhor do que ler um pouco daquilo que outras mãos
escreveram para a primeira edição do Fractais – COLECIONA
São Paulo.
Semíramis Biasoli
�
Quem é o educador ambiental popular?
Marcos Sorrentino é diretor do Departamento de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente . Atua no movi-
mento ambientalista desde a década de 70, seja na prática
acadêmica, seja participando de associações, conselhos e re-
des, e tem contribuído enormemente para a elaboração, de-
senvolvimento, articulação e fortalecimento da EA no Brasil .
O que você considera fundamental na formação do educa-
dor e da educadora ambiental?
Marcos - Fundamental na formação do educador e da educa-
dora ambiental é a iniciativa, a criatividade, a capacidade de
construir alternativas, soluções no enfrentamento dos proble-
mas e na materialização dos sonhos.
Fundamental na formação do EA é o aprendizado do diálogo, é
o aprendizado do ouvir e do falar, o aprendizado da identidade
e da alteridade, do eu sou eu, você é você e vejo flores em você .
Fundamental na formação do Educador Ambiental é a capa-
cidade de organização, de estimular a organização, de con-
vidar as pessoas com as quais a gente convive para pensar o
ambiente onde nós estamos, para pensar nas relações sociais,
para ter um olhar crítico sobre a própria realidade, para fazer
este mergulho em si próprio se perguntando: Quem eu sou? Por
que eu existo? Pra onde que eu quero caminhar e quais são os
desafios que estão colocados pra mim? Pra minha gente?(...)
Quem é este educador, esta educadora ambiental?
Marcos - O educador, a educadora é todo e qualquer cidadão/
cidadã, toda e qualquer pessoa que se coloque tal desafio, que
se perceba enquanto agente de transformação social, que se
perceba enquanto editor de uma nova realidade, de um novo
mundo, de um novo ser humano . A pessoa quando compreen-
de que a vida é obra e arte de cada um, ( . . .) sem ingenuidade
de perceber que existem inúmeros fatores que condicionam
esta construção, que limitam as possibilidades que nós temos
para tal construção; mas com esperança e tenacidade, com
perseverança pra enfrentar esta dificuldade, no sentido de
construir a própria utopia e a utopia coletiva .
Como os Coletivos Educadores (CEs) podem contribuir na
formação e na atuação destes educadores e educadoras?
Marcos - Os coletivos são momentos de encontros de trajetó-
rias peculiares, ( . . .) pessoas que vêm de historias de vida mui-
to distintas ou semelhantes, mas que em certo momento se
encontram no espaço – do meu ponto de vista sagrado – do
diálogo, da troca, da enunciação de sonhos, de utopias, no es-
paço da construção de alternativas para superação de proble-
mas na direção destes sonhos .
Os CEs ao criarem condições para estes encontros ( . . .) eles em-
poderam os indivíduos, eles contribuem para que os indivídu-
os se debrucem sobre esta tarefa de construção de uma socie-
dade alternativa ou condizente com os ideais deste grupo .
O Coletivo Educador, mais que um ajuntamento de pessoas e
instituições, é uma aproximação de olhares, uma troca, um
intercâmbio das distintas perspectivas que existem, para a
transformação daquela realidade, para a construção do edu-
cador e da educadora ambiental, para a missão de fazer um
processo educador enraizado . Trabalhando com a totalida-
de dos indivíduos de uma determinada base populacional e
promovendo sinergia de processos formativos diversos, para
que eles permitam que esta totalidade da base populacional
– onde o educador está – seja educada ambientalmente, de
forma permanente e continuada . Ou seja, não sofra com a mu-
dança de governo, com a mudança da direção de instituições e
não se limite a ações pontuais e fragmentadas .
Nós só conseguiremos enfrentar o estado de degradação dos
humanos (social, cultural, econômica), só conseguiremos en-
frentar o estado de degradação do meio ambiente – que vai
desde a erosão até a diminuição da fertilidade, a proliferação
dos cânceres e as mudanças climáticas – se nós tivermos con-
juntos de pessoas e instituições que coloquem esse desafio de
forma coordenada, que coloquem a intervenção para supe-
ração destes problemas de forma sincronizada, coordenada,
cooperativa, solidária .
Então a gente fala de identidade de CE, mas na verdade cada
coletivo educador tem sua própria identidade, e a identidade
coletiva dele vai se dar pelo colorido que cada um vai ofertar
para essa rede de coletivos educadores .
Entrevista extraída do CD encarte do Livro “Encontros e
Caminhos – Formação de Educadores Ambientais e Cole-
tivos Educadores” (disponível no site www .mma .gov .br) .
Da esquerda para a direita, Marcos Sorrentino (DEA/MMA), Heloisa Cinquetti, Amadeu Logarezzi, Haydée T . de Oliveira (professores da UFSCar)
�
Ele e construido de forma participativa, e deve levar em
consideracao o sonho de futuro e o contexto atual da realidade da regiao onde esta o Coletivo Educador para
estabelecer as suas acoes educacionais.
Acho que voce tem razao. Vamos la...
Ola, pessoal!
Aqui no Fractais Coleciona/SP,
vamos bater um papinhosobre a PNEA, o PPP, a
CGEA...
Calma la. Que “PAP” e esse?
Vamosesclarecer essas siglas
todas primeiro.
O educador ambiental popular esta sempre ensinando e
aprendendo. Ha termos que sao importantes conhecer. Posso te
ajudar?
PNEA e a sigla para PoliticaNacional de Educacao
Ambiental, definida pela Lei N. 9.795/99. Esta e a Lei que
define e da as diretrizes para a Educacao Ambiental no Brasil,
alem de criar o orgao Gestor da PNEA.
Formado pelo DEA/MMA e a CGEA/MEC, é
responsavel por coordenar a
PNEA,definindo como ela seraá
implantada no pais, supervisionando programas e projetos em Educacao
Ambiental e negociando financiamentos para eles.
DEA/MMA e o Departamento de Educacao Ambiental do Ministerio do Meio Ambiente. Foi criado em 1999 e e responsavel por estimular a ampliacao e aprofunda-mento da Educacao Ambiental em todos os municipios do pais, desenvol-vendo acoes a partir das diretrizes da PNEA.
PROFEA e o Programa Nacional de Formacao de Educadores Ambientais, o documento do DEA/MMA dialoga com os coletivos educadores o que e importante (necessario para) na nossa formacao (formacao dos educadores ambientais populares).
CGEA/MEC e a Coordenacao-Geral de Educacao Ambiental do Ministerio da
Educacao. Desenvolve acoes para fortalecer a PNEA, para apoiar projetos e formar
continuamente professores em Educacao Ambiental e para ampliar o debate sobre
Educacao Ambiental no ensino superior.
PPP e a sigla para Projeto Político Pedagogico. O PPP e é quem define a proposta educacional, os conceitos, a filosofia de trabalho e política que nosso Coletivo Educador adotou para o projeto de formacao dos Educadores Ambientais Populares.
PAP : Esta sigla tem dois significados. Pode ser a metodologia de pesquisa participativa utilizada pelos coletivos educadores, chamada Pesquisa-AcaoParticipante. Mas tambem pode ser o nome dado as pessoas e instituicoes envolvidas nos coletivos educadores e que utilizam a metodologia PAP, as Pessoas que Aprendem Participando.
Orgao Gestor da PNEA:
Cardapio/Item de aprendizagem - sao alternativas para as grades e disciplinas tradicionais, adotadas pelos coletivos educadores na formacao dos Educadores Ambientais Populares e cada educador escolhe os itens que quer oferecer a degustar.
Ufa! Quanto termo
novo, ne?
Pois e, agora vamos aproveitar a leitura.
Boa viagem!
Falando a lingua do PAP
�
Abrangência dos coletivos educadores no Estado de São Paulo(Julho de 2007)
�
O Coletivo Mantiqueira leva a serio a questao da
agua... mas tambem, os municipios que o coletivo reune sao importantes no abasteci-
mento de tres sub-bacias: as do rio Piracicaba, Capivari e Jundiai!
Coletivo MantiqueiraColetivo Mantiqueira
As Instituições de Ensino Superior parceiras do Coletivo
Educador Mantiqueira Sustentável irão certificar o curso na
modalidade extensão .
O Curso de Formação PAP3 será dividido em aulas presen-
ciais, educação à distância, estudo em biblioteca e videoteca
virtuais, trabalhos de campo (visitas de estudo e vivência ins-
titucional) e elaboração e execução de projeto formativo .
Está sendo realizado um mapeamento das atividades de
Educação Ambiental dentro de cada município, para apoiar a
formação de uma Rede de Informação e Articulação para Con-
servação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da região .
O curso de formação para agentes ambientais constitui
uma das portas de entrada para este processo, pois através
dele os novos agentes seriam incluídos nos processos de for-
mação continuada já existentes no Coletivo, tornando cada vez
maior e mais forte a estrutura .
Este processo de formação deve ser uma ruptura dos pa-
drões existentes de formação, para uma práxis que valorize
a intervenção e diferentes atividades existentes na região . O
indivíduo deverá perceber a sua própria capacidade de criar
ações no local, independente de sua área de conhecimento
específico . Dessa forma, haverá o empoderamento enquanto
animadores locais, que conceitualmente independe da sua
área de conhecimento .
Próximos passos . . .
Julho - Encerramento do Projeto Político Pedagógico,
desenvolvimento de conteúdos e metodologias, ativação do
Portal do Coletivo Mantiqueira .
Agosto - Contato com as mídias e instituições, ampla di-
vulgação e Ativação do Portal EaD .
Setembro - turma piloto, lançamento do processo for-
mativo e início do processo de formação dos PAP3 .
Coordenador: Edwaldo Luiz de Oliveira
E-mail: coletivomantiqueira@terceiravia .org .br
Fone: (11) 4539-7776
Coletivo MantiqueiraO Coletivo Mantiqueira foi proposto a fim de promover na região
de cabeceiras dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí, a criação de
uma estrutura coletiva de reflexão-ação socioambiental, através
de um processo de retroalimentação em Educação Ambiental .
Localizado na microrregião do alto da Serra da Manti-
queira, envolve seguintes municípios: Atibaia, Bom Jesus dos
Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pira-
caia e Vargem no Estado de São Paulo e Extrema, Camandu-
caia e Itapeva no Estado de Minas Gerais .
Estes municípios são considerados de vital importância
como fonte produtora de água para as sub-bacias hidrográfi-
cas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, inseridos no âmbito
do Comitê PCJ (SP/MG) . A escolha desses municípios leva em
conta as seguintes considerações:
• A bacia do Piracicaba é a maior bacia de todas, sendo
responsável pelo abastecimento de cerca de 60% da
Região Metropolitana de São Paulo, além de Campi-
nas e Região;
• Há preocupação quanto à disponibilidade natural de
recursos hídricos proveniente destes municípios, in-
clusive muito discutido no âmbito do Comitê PCJ, já
que muitas nascentes estão diminuindo, em decor-
rência de atividades antropogênicas;
• Critérios de maior proximidade e identidade regional:
potencial turístico, ambiental e de desenvolvimento
econômico;
• Fazem parte do cinturão econômico as margens de
duas rodovias federais que ligam a importantes centros
metropolitanos do país: Rod . D . Pedro I e Fernão Dias .
O Projeto Político Pedagógico está em fase de encerra-
mento de discussões . Após a consolidação dos PAP2 através da
Oficina de Constituição realizada no dia 29 de março de 2007,
foram formados três grupos de trabalho: O GT de Formação, o
GT de Planejamento e o GT de Comunicação . Durante o pro-
cesso, foi trabalhada a formação dos integrantes do coletivo
através de discussão de conceitos importantes, como Cardápio
de Aprendizagem, Comunidades Interpretativas e Pesqui-
sa–Ação–Participante, através da apresentação de vídeos e
o envio de documentos e referências relacionados à Educação
Ambiental a todos os envolvidos . Os andamentos dos traba-
lhos até então desenvolvidos na implantação do Coletivo Man-
tiqueira foram integrados através de uma Oficina realizada no
dia 17 de maio . Foi sugerido um esboço da Proposta Pedagógi-
ca para formação de PAP3, que depois de discutida pelo grupo
e sofrer algumas correções, foi aprovado pelos presentes, com
as seguintes considerações:
• A questão da “ÁGUA” foi definida como eixo central
para atuação do Coletivo, de forma a ficar menos di-
fuso e mais eletivo, conferindo mais foco ao projeto,
uma vez que são muitas as questões ambientais que
podem decorrer a partir desta questão;
• O trabalho deverá caminhar em consonância com
o programa “Municípios Educadores Sustentáveis
– MES”;
• Existe a necessidade de um CURSO PILOTO para ava-
liação do GT-Formação, com acompanhamento mo-
nitorado, número de pessoas definido por turma e
logística de apoio local;
• Os PAP4 serão certificados com carga horária menor
e para serem certificados em PAP3 deverão cumprir a
carga horária complementar .
Serão abertas 20 turmas com 25 vagas cada, totalizando
a formação de 500 PAP3 . A carga horária total será de 140 ho-
ras, com o processo de formação acontecendo dentro de cada
município .
Os critérios de seleção serão: 1) Nível de escolaridade
– Ensino Fundamental completo . 2) Estar comprometido em
desenvolver uma ação socioambiental local .
�
menores que produzem mudas, que distribuem material edu-
cativo nas casas, que nos apoiam com limpeza, manutenção e
confecção de material de apoio .
Os mini-cursos de educação ambiental para os morado-
res continuaram ocorrendo principalmente em escolas e Asso-
ciações de bairros e ainda são considerados nossos principais
meios de tornar claros os motivos que devem levar a todos a
terem novas condutas em suas relações com o meio ambiente .
Nos envolvemos também em um projeto para geração de
sustentabilidade financeira para a Sala Verde, o que nos toma
grande parte do tempo .
Apesar disso tudo, a Sala Verde Ubatuba continua tra-
balhando com muitas dificuldades . financeiras, de pessoal, e
estamos vendo as articulações em torno da constituição en-
quanto Coletivo Educador como um reforço para nossas lacu-
nas e a possibilidade de nos estruturarmos para que os proje-
tos possam ocorrer conforme julgamos que há necessidade .
Temos um blog em funcionamento: salaverdeubatuba .
blogspot .com, onde constam algumas fotos .
Contato: Vânia Carrozzo . Sala Verde, Ubatuba .
E-mail: vaniacarrozzo@yahoo .com .br
Fone: (12) 38333010
Sala Verde Ubatuba
Sala Verde Ubatuba
O COE-Mantivale Coletivo Educador da Mantiqueira e Vale do ParaíbaO COE-Mantivale COLETIVO EDUCADOR DA MANTIQUEIRA E
VALE DO PARAÍBA, engloba a região do Vale do Paraíba e da
Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo . Atualmente te-
mos mais de 10 municípios mapeados na região: Campos do
Jordão, São José dos Campos, Santo Antônio do Pinhal, Cru-
zeiro, Taubaté, Caçapava, Jacareí, Guará, Pindamonhangaba
e Piquete . Estamos agora partindo para delinear o perfil do
educador popular que irá atuar em nossa região . Já sabemos
de antemão que esse educador deverá desempenhar em meio
a um ambiente de muita resistência, pois quando falamos das
questões ambientais em nossa região, todos concordam que é
importante trabalhar pelo meio ambiente, mas quando se tra-
ta de mudar velhos hábitos e agir a história passa a ser outra .
Estamos trabalhando de forma voluntária, as distâncias
entre os municípios é um desafio, trabalhamos na forma de
reuniões itinerantes, para que as pessoas possam aderir ao co-
letivo . Entendemos que a visão do novo governo do estado de
fomentar a EA é positiva, assim como este engajamento com
a Política Estadual de EA que está sendo construída pelos edu-
cadores ambientais do estado reflete o bom momento político
pelo qual estamos passando .
Nossas reuniões têm momentos de formação com o apro-
fundamento conceitual através da discussão sobre as entrevis-
tas do livro “Encontros e Caminhos” da DEA/MMA, e também
com a distribuição de CDs com conteúdo do livro procuramos
iniciar com a sensibilização e uma pauta para organizar o lado
operacional do trabalho . Um forte aliado do coletivo é a rede
de solidariedade do SENAC que engloba várias pessoas e ins-
tituições envolvidas com as questões sócio-ambientais . Nosso
nome é fruto de construção coletiva e estamos no processo de
criação de logomarca ou selo que também seja construído co-
letivamente, em cima do perfil deste Educador popular .
O COE- Mantivale é coordenado pelo IAP – Instituto
Águas do Prata
Contatos: Elvira Rose Atuali, e-mail: iap1@terra .com .br e
Adriana Prestes, e-mail: profadrianaprestes@ig .com .br
Sala Verde Ubatuba
A Sala Verde Ubatuba está programando para o início do mês
de Agosto, uma discussão sobre o Coletivo Educador a todas as
instituições parceiras e novas convidadas para que todos com-
preendam melhor o processo das atividades que irão ocorrer
com o projeto, que foi assinado em meados de junho de 2007,
quando estávamos mergulhados em uma série de atividades
já anteriormente programadas .
Firmamos uma parceria com a Secretaria Municipal de
assistência social em março e iniciamos um projeto de geração
de renda com a comunidade de Itamambuca . Nesse projeto,
ocorreu um processo de Educação Ambiental que foi se intensifi-
cando através das pinturas dos animais e das plantas nativas da
Mata Atlântica, encontradas no local e culminou na eleição da
nova diretoria da ONG API, que estava inativa desde 2004 . Des-
sa vez, é a comunidade que assume suas atividades e não nós,
os técnicos que constantemente buscam promover uma série
de projetos sem que haja maior envolvimento dos beneficiados .
No último domingo, a coordenação de projetos de ge-
ração de renda da secretaria de assistência social promoveu
em parceria com a Sala Verde, um evento que apresentou o
projeto da comunidade de Itamambuca e de outros grupos
com produções diversificadas, onde propusemos um modelo
artesanal de barracas e conseguimos um espaço público para
exposição mensal .
Durante a exposição, o grupo de Dança para Educação
Ambiental da Sala Verde, fez apresentações .
No mês de junho também, deu-se o início de uma par-
ceria que levou à estruturação de um cursinho pré-vestibular
através do voluntariado de um grupo de professores, no prédio
que estamos administrando para manter o funcionamento da
Sala Verde . Trata-se do apoio e parceria da Igreja Evangélica
Ágape, que está num processo de prontidão para estruturar
um canal específico de Educação Ambiental e manejo de áreas
degradadas no Município de Ubatuba e nos outros onde atua,
conectando esse trabalho inclusive, a outras igrejas .
Em fevereiro, firmamos uma parceria com a FUNDACC,
uma entidade municipal de apoio a menores infratores . Foi a
melhor alternativa que conseguimos nesses dois anos e meio
de trabalho, para a questão da falta de funcionários . São esses
�
Prosa de GaiaProsa de Gaia
Coletivo Educador de Ribeirão Preto e Região IPÊ ROXO
Coletivo Educador de Ribeirão Preto e Região IPÊ ROXO
Coletivo Educador de Ribeirão Preto e Região IPÊ ROXO
Há inúmeras possibilidades de olhar para um processo e
contá-lo . E quando este é coletivo a responsabilidade da-
queles que escrevem sobre ele aumenta . . . O coletivo de
Ribeirão Preto iniciou sua mobilização em julho de 2005,
com cerca de 20 pessoas e instituições participantes .
Está situado na Bacia do Pardo e tem aproximação com algu-
mas cidades da região - Serrana, Jardinópolis, Sertãozinho,
Cravinhos e outras - além de Ribeirão Preto . De lá pra cá muitas
pessoas/organizações circularam, se aproximaram, se afasta-
ram, se renovaram, deixaram marcas e muitas contribuições .
Aquelas que hoje estão presentes – Programa USP Re-
cicla/campus USP de Ribeirão Preto, Associação Olhos
D´Água, Depto de Gestão Ambiental/PMRP; Projeto Gira
Recicla/Faculdade Barão de Mauá e Casa da Ciência/Sala
Verde - compartilham um pedaço desta história, sob
um determinado olhar, como sempre . Buscamos iden-
tificar para este artigo aspectos que nos movem e nos
desafiam no processo de construção coletiva de ações de For-
mação de Educadores Ambientais Populares em nosso terri-
tório . Olhamos para isto esperançosos de compreendermos
melhor nosso caminho e colaborar na reflexão com os demais
coletivos do estado sobre como nos constituímos em coletivos
educadores . Destacamos, em nosso caminho quatro momen-
tos e neles, alguns eventos dinamizadores:
- Momento inicial de formação do Coletivo – quando
percebemos que certas características do PROFEA facilitaram a
congregação de múltiplas intencionalidades, pessoas e organi-
zações . O convite inicial, aberto às diferentes possibilidades de
composição de cardápios de formação, sem a exigência única
do espírito acadêmico, animou a aproximação de atuantes di-
versos em EA . Ainda no final de 2005, a resposta do Coletivo de
Ribeirão Preto ao edital do FNMA constituiu-se num momento
intenso de reflexões sobre o potencial de cardápios do municí-
pio e busca de parceiros, quando um grupo buscou um formato
que respondesse ao edital, permeado pelo referencial de for-
mação popular . Nesse momento, o Projeto gerou uma grande
expectativa em relação ao aporte de recursos públicos
para a efetivação de um projeto de formação . Também
notamos que se iniciou um processo, em alguns mo-
mentos conflituosos, de discussão sobre o papel do Pro-
jeto no Coletivo: o Projeto fazia parte do Coletivo ou o
Coletivo se resumia no Projeto? O Coletivo teria condições de
existência fora do/sem o Projeto?
- A organização coletiva de um evento, na Semana do
Meio Ambiente, fortaleceu laços e referendou posições das
pessoas participantes, conferindo um ritmo de trabalho con-
creto ao grupo . Ações conjuntas no município foram fortaleci-
das . Pessoas de outros cantos do país aceitaram o convite para
fazer conferências e trocar experiências com Ribeirão Preto,
animando a continuidade do trabalho .
- Um terceiro ponto marcante no processo deste grupo foi
a saída de uma professora referência em Educação Ambien-
tal, representante da instituição proponente, que exercia uma
coordenação aglutinadora no Coletivo . Esta saída representou
mudanças na comunicação com essa instituição e um rearran-
jo de papéis, lideranças e passos de trabalho do grupo . A pro-
moção de uma oficina de Projeto Político Pedagógico – PPP
pela assessoria da Diretoria de EA/MMA nos esclareceu diver-
sos aspectos e alimentou a caminhada .
- Por fim, destacamos a questão das relações entre
participantes do Coletivo – o grupo teve um momento
intenso de enfrentamento de suas diferenças numa cer-
ta etapa do processo, com diálogo difícil e divergências
marcantes . Este fato, porém, não nos faz concluir que as
divergências são um problema num grupo, mas ao contrário,
nos faz valorizar ainda mais a importância que temos que dar
para a abertura ao diálogo .
Em Ribeirão Preto um grupo coletivo continua se reunin-
do, pautado no PROFEA . A re-construção e aprofundamento
do Projeto Político Pedagógico oferecem uma base para se
Prosa de Gaia O projeto dos Coletivos Educadores aqui na região (Restinga,
Serrana e Ribeirão Preto), municípios do interior do estado de
São Paulo está parado . Houve uma grande mobilização inicial,
e um interesse nosso e de outras instituições em construir o
Coletivo, mas há de fato uma impossibilidade operacional
para efetuar essa vontade . A idéia aqui na região era a de po-
tencializar o trabalho que as instituições já desenvolvem em
EA, manter uma rede para trocas, multiplicação da proposta
e para organizar oficinas de formação de educadores(as) am-
bientais . Como as instituições já estão com muito trabalho e
pouco pessoal, ficou difícil operacionalizar esse projeto, e aqui
vai uma pergunta: a DEA poderia nos apontar um caminho, em
função da experiência de outros coletivos? Essa é a situação do
CE daqui!
Contato: Thelmeli: projetorp@uol .com .br
caminhar em grupo . Há uma agenda elaborada para cons-
trução do “Mapa socioambiental de Ribeirão Preto”, “Feira
dos Frutos”, dentre outras ações . A perspectiva de ampliação
do grupo, da chegada de novos parceiros, de aproximação com
o outro Coletivo da região, o fortalecimento dos coletivos em
seus estados e o PROFEA também nos anima e encanta a con-
tinuar no processo!
Coletivo Ipê Roxo
Contato: Edina Sim: ednacosta@gmail .com
USP Recicla: (16) 3602-3584/4904
10
Ação Sócio-Educativa no COEDUCAColetivo Educador Ambiental de Campinas/BrasilAção Sócio-Educativa no COEDUCAColetivo Educador Ambiental de Campinas/BrasilAção Sócio-Educativa no COEDUCAColetivo Educador Ambiental de Campinas/Brasil
Introdução
O COEDUCA – Coletivo Educador Ambiental de Campinas é
um grupo de pessoas e instituições governamentais e não-
governamentais atuantes na cidade de Campinas (Brasil) que
reconhecem em sua atuação cotidiana uma preocupação (ou
efetiva ação) com a formação de Educadores Ambientais no
âmbito municipal . Com base nas diretrizes do ProFEA (Progra-
ma de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais),
implementado pela Diretoria de Educação Ambiental do Mi-
nistério do Meio Ambiente (DEA/MMA), o COEDUCA tem como
proposta formar 150 Educadores Ambientais em todo o muni-
cípio, que formarão outros Educadores Ambientais Populares
nos seus bairros e regiões, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida da população campineira .
Nosso principal objetivo é o de construir uma sociedade
sustentável o que significa que os processos sociais, culturais
e políticos são tão importantes quanto os econômicos e eco-
lógicos na necessária busca desta qualidade de vida para a
totalidade da população da cidade .
Neste sentido, o COEDUCA se compromete constante-
mente com os processos de combate à exclusão e diminuição
das desigualdades sócio-econômicas e, para isto, se posiciona
de uma maneira crítica quanto a valores como o materialis-
mo, o individualismo, a competitividade e a homogeneização
cultural por intermédio de uma globalização hegemônica que
tende a desvalorizar a diversidade entre os grupos e povos .
Finalmente, devemos deixar claro que, apesar de partir-
mos das questões (problemas) sócio-ambientais presentes na
sociedade, nos diferenciamos de outras atividades ditas am-
bientais, pois nosso foco é prioritariamente educativo e não
de gestão ambiental . Citando Paulo Freire: “A educação não
transforma o mundo, a educação transforma pessoas e pesso-
as transformam o mundo”, desta forma, nosso foco de atenção
são as pessoas e não necessariamente os processos, os equipa-
mentos ou mesmo as legislações, estas sim, focos de atuação
das pessoas formadas no processo proposto pelo COEDUCA .
MétodosO processo de formação do COEDUCA iniciou-se em de-
zembro de 2004, e as atividades de formação dos primeiros
150 Educadores Ambientais no município tiveram início em
fevereiro de 2007 . Após a realização de um amplo diagnóstico
ao longo de 2 anos, através do projeto do COEDUCA foram for-
mados 21 grupos (“Coletivos Locais de Ação Sócio-Educativa”)
em diferentes regiões do município, cada um deles abrangen-
do uma ampla diversidade de pessoas que, por sua vez, estão
inseridas nessas comunidades locais, através de diversos pro-
jetos de ação nas áreas cultural, social e ambiental e em sin-
tonia com outros Coletivos Educadores similares em diversos
municípios de todo o Brasil .
A adesão a este processo tem ocorrido a partir da manifes-
tação espontânea de pessoas que se identifiquem com os prin-
cípios conceituais e metodológicos expostos pelo COEDUCA .
Desta forma, uma ampla divulgação deste processo de
convite tem sido fundamental, tanto para que pessoas das
mais diferentes experiências pessoais e profissionais sejam
envolvidas no processo, quanto para que estas pessoas “repre-
sentem” a diversidade e a extensão territorial de Campinas .
Paralelamente, esta ampla divulgação tem permitido
que, por meio de uma linguagem plural e acessível, estas
pessoas reconheçam e, eventualmente, se identifiquem com
algumas das características inovadoras deste processo:
1 a formação de pessoas por meio de uma Ação sócio-
educativa;
2 o estímulo à criação de Coletivos Locais responsáveis
pelas Ações e
3 o apoio a estes processos por meio da disponibiliza-
ção de um Cardápio de Aprendizagem que represente Os Pap2 do Coeduca na abertura do projeto em dezembro de 2006
11
O Coletivo Educador Piracicamirim O Coletivo Educador Piracicamirim
a diversidade de visões sobre conteúdos e metodolo-
gias presentes na formação de educadores ambien-
tais em Campinas
Todo este processo deve ser acompanhado, na forma
de tutoria, pelos integrantes do COEDUCA, grupo que cresce
permanentemente, à medida que mais pessoas se identifi-
cam com o movimento . Desta forma, o COEDUCA, mais que
um grupo definido de pessoas, passa a ser uma verdadeira
rede local de Educadores Ambientais, comprometidos com
a formação de outros por meio, tanto do apoio aos Coletivos
Locais de Ação Sócio-Educativas, quanto das nossas atividades
cotidianas .
Resultados parciaisEstamos no final da primeira fase do processo de forma-
ção dos Educadores Ambientais . Nesta fase foram vivenciadas
04 atividades que tiveram por objetivo:
4 ampliar o conhecimento in loco de cada pessoa com
o próprio território municipal, ou seja, com o espaço
da cidade de Campinas, sua história, seus processos
de apropriação e transformação e seus mais diver-
sos grupos de expressão cultural – Re –conhecendo
Campinas .
5 ampliar a capacidade de percepção e de expressão de
cada pessoa colocando-as em contato com atividades
e dinâmicas que exigiram que as dimensões senso-
riais e afetivas fossem estimuladas por meios os mais
diversos – Caminhos .
6 propiciar as trocas de histórias (de aprendizagem) de
cada participante reconhecendo em cada um deles
um fundamental ator/agente de transformação de
sua própria história e território - Relatos .
7 criar espaços de discussão ampla sobre alguns dos
conceitos fundamentais deste processo: comunida-
des interpretativa de aprendizagem e pesquisa-ação
participante, além de diversos conceitos básicos so-
bre os quais estes se fundamentam: alteridade, per-
tencimento e potência de ação – PAP .
Nesta nova fase do projeto, os Coletivos Locais definirão
seu próprio processo de formação a partir tanto de um conjunto
de atividades formadoras oferecidas pelos integrantes do COE-
DUCA, quanto por atividades que partam da suas próprias ne-
cessidade (identificadas e expostas para o Coletivo), passando
prioritariamente pelas atividades de formação que os próprios
Coletivos Locais já disponham na forma de conhecimentos e ha-
bilidades de seus membros ou de pessoas da comunidade .
Deste modo, se compõe um cardápio de aprendizagem
que disponibiliza atividades de formação - amplas, ricas e di-
versas – que serão acessadas e demandadas pelos integrantes
de todos os Coletivos Locais, cada qual compondo seu particu-
lar e apropriado percurso de formação .
Conclusões parciais, mas definitivas
Ainda no meio de um processo de formação, no qual nos
educamos ao educarmos outras pessoas, citamos Paulo Freire
O Coletivo Educador Piracicamirim
(“Extensão ou Comunicação”, 1970) para apresentar nossas
conclusões parciais:
“Educar, educar-se [ou coeducar] . . . é tarefa daqueles que
sabem que pouco sabem, e por isso sabem que sabem algo e,
podem assim chegar a saber mais, em diálogo com aqueles
que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes,
transformando seu saber que nada sabem em saber que pou-
co sabem, possam igualmente saber mais .”
Coordenador: Sandro Tonso
E-mail: coeduca_contato@yahoo .com .br
Fone: (19) 8116-6763 – Osvaldo
O Coletivo Educador do Ribeirão Piracicamirim (Pisca) é fruto de
uma articulação que existe na sub-bacia do Pisca há alguns anos .
O território desta sub-bacia abrange 3 municípios: Saltinho,
Rio das pedras e Piracicaba e está dentro da bacia do Rio Piracicaba,
na URGH – PCJ .
O momento atual é a elaboração do nosso Projeto Político
Pedagógico (PPP), através da reflexão sobre qual é a água que
permeia nosso Coletivo, ou seja, nossos conceitos e objetivos em
comum .
Para isso olhar a bacia, olhar as instituições, as ações, as pes-
soas, as relações, as parcerias dentro deste cenário é fundamental para todo o processo do Coletivo Educador agora e no futuro .
Uma decisão importante tomada é de que durante um ano um dos integrantes do Coletivo terá o papel de animá-lo, ou seja,
planejar e facilitar todo o processo .
Hoje esta função é exercida pelo Projeto Bacias Irmãs – Equipe Piracicamirim ESALQ/USP .
O caminho agora é finalizar o marco situacional e conceitual do PPP e seguir rumo à formação dos cardápios e definição dos
PAPP 3, lembrando que incorporamos um P a mais nos PAP´s = Pessoas que aprendem Participando com PACIÊNCIA .
Joyce Brandão, e-mail: joycebras@yahoo .com .br, blog: coletivopisca .blogspot .com
Colaboração: Julia Faro
1�
Coletivo Educador da Região Norte da cidade de São PauloColetivo Educador da Região
Norte da cidade de São PauloColetivo Educador da Região
Norte da cidade de São PauloIniciada a primeira etapa do projeto “Coletivo Educador da região norte da cidade de São Paulo”
Em junho, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultu-
ra de São Paulo – IBECC iniciou a execução da primeira etapa
do projeto “Coletivo Educador da Região Norte da Cidade de
São Paulo”, com o apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente
– Ministério do Meio Ambiente e contando com a cooperação
do LAPSI / IP-USP – Laboratório de Psicologia Socioambiental
e Intervenção do Instituto de Psicologia da Universidade de
São Paulo, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da PMSP,
Centro de Educação Unificada - CEU Paz da Secretaria de Edu-
cação da PMSP, Rede Paulista de Educação Ambiental (REPEA),
Fundação Zerbini, Instituto Kairós, Associação Holística de Par-
ticipação Comunitária e Econômica (AHPCE) .
Estrategicamente, o trabalho pretende constituir um co-
letivo de instituições públicas e/ou da sociedade civil sediadas
e/ou atuando na região norte de São Paulo, com o propósito
de emular, promover e subsidiar a organização de coletivos de
habitantes e/ou associações enraizando-se, propagando-se
e expandindo-se “na” Região Norte . O projeto visa o aprimo-
ramento na eficiência e eficácia de produção de mudanças
ambientais comprometidas com a construção de sociedades
sustentáveis pela via da educação ambiental e através da or-
questração de ações e iniciativas, englobando:
• Formação de educadores ambientais,;
• Educomunicação socioambiental;
• Educação por meio de estruturas educadoras; e
• Educação em foros e coletivos .
Todo o projeto é permeado pela pressuposição da ne-
cessidade de um processo coletivo de planejamento adapta-
tivo; neste sentido, estão previstas estratégias continuadas e
flexíveis de acompanhamento avaliativo, que fornecerão os
elementos para o prosseguimento das ações e iniciativas no
campo . Em sua primeira etapa, com duração de seis meses, o
trabalho terá como objetivos:
• Organizar espaços urbanos na região selecionada,
constituindo-os em micro-territórios delimitados em
torno das escolas públicas nela existentes;
• Implementar, a partir dos agentes de saúde e em
conjunto com as escolas e comunidade, programas,
ações e iniciativas visando o aprofundamento das
análises da questão socioambiental;
• Gerar e realizar estudos diagnósticos e prognósticos
do socioambiente; e
• Planejar e estruturar as dimensões técnicas da educa-
ção ambiental e dos programas de trabalho .
O território abrangido pelo projeto é formado pelos dis-
tritos administrativos que definem a fronteira ao norte do
Município de São Paulo, acompanhando o desenho da Serra
da Cantareira até o Pico do Jaraguá, denominados: Tremembé,
no extremo norte, Mandaquí, Cachoeirinha, Brasilândia, Jara-
guá, Perus e Anhangüera, no extremo noroeste . A área total
desse território é de 191,55 Km² (SEMPLA / Geocidade de São
Paulo) e sua população é de 913 .969 habitantes, alocados pre-
dominantemente em domicílios com renda mensal entre 0 e 7
salários mínimos (IBGE - Censo 2000) .
Do ponto de vista ético, o projeto caracteriza-se pelo
contato com as demandas de grupos minoritários (no sentido
psicossocial e político, conforme adotado por Kurt Lewin) e
pela compreensão crítica acerca da necessidade de superar as
inúmeras formas de atuação interventiva que, muitas vezes,
fomentam a manutenção do status quo, seja, por um lado, em
decorrência de práticas produtoras de degradação ambiental
seja, por outro lado, em função do direcionamento da dese-
jabilidade popular no sentido da inclusão nos espaços (reais e
virtuais) urbanos .
Do ponto de vista teórico-metodológico, a intervenção
proposta caracteriza-se pelo esforço para produzir, mediante
a ampliação do universo de livre interlocução, concomitante-
mente com ações cooperativas e refletidas no socioambiente,
uma tecnologia social que propicie aos sujeitos participantes
a experiência de criar novas formas de construir a história de
vida (pessoal e coletiva), objetivando a apropriação da condi-
ção de sujeito histórico – um agente de transformação socio-
ambiental .
Contato: Eda Tassara e Yara Vicenti: ibecc .mma@terra .com .brLa na
grande cidade de Sao Paulo, o pessoal da zona norte trabalha um
novo olhar sobre a cidade para poder mudar seu SOCIOAMBIENTE e possibilitar a
inclusao popular nos espacos urbanos. E nao fica so por ai! Eles querem se
expandir para o Vale do ParaibaPaulista, formando um novo Coletivo
Educador por la!
1�
Coletivo Educador
Serra do marColetivo Educador
Serra do marUm começo simples: um grupo de educadores de Parques e
Zôos da Baixada interessados em conhecer projetos uns dos
outros . Logo percebemos que nossas semelhanças extrapola-
vam as atividades, alcançando anseios, sonhos, desejos . Entre
cafezinhos e bolachas, surgiram as primeiras reuniões . Logo
depois a lista na internet da REABS .
Envolvemos mais instituições e tivemos de articular en-
contros maiores . Em um ano, três grandes encontros estabele-
ceram, fortaleceram e expandiram a rede . Criamos um grupo
de estudos para aprofundar conhecimentos e entender a vi-
vência em rede e realizamos visitas técnicas para socializar os
trabalhos desenvolvidos .
A aprovação na Chamada Pública 001/2006 (DEA/)MMA)
foi apenas o começo de nova fase . Não temos clareza ainda
dos limites entre rede e Coletivo Educador, mas sabemos que
o mais importante já foi conquistado: a consolidação do grupo
com parceiros integrados, motivados, sintonizados e unidos
por laços de admiração, respeito e carinho . Desta força surgi-
rão as respostas necessárias para seguir em frente! Como diz
a canção . . .
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada a temer
Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada para temer!
(Todos juntos – Enriquez Bardotti e Chico Buarque)
Carla Cerqueira
Bióloga, Horto Municipal de São Vicente .
Coletivo Educador
Serra do marUma fonte para duas crianças
Um bebê quando nasce mama que é uma beleza . Como todo
e qualquer organismo recém nascido ou em concepção, de-
manda proporcionalmente mais energia do que aqueles já
crescidos . Em fase de expansão plena, acumula mais recursos
energéticos para permitir seu desenvolvimento . O mesmo
acontece com os organismos sociais, como o Coletivo Educador
da Baixada Santista .
A analogia com um bebê é muito propícia para abordar o
CE-BS, pois é também um bebê . Oriundo da Chamada Pública
DEA 001/2006, nasceu, mas precisa crescer . Isto é, identificar o
seu terreno, encontrar as instituições com potencial de forma-
ção de Educadores Ambientais (PAP2), construir o Projeto Po-
lítico Pedagógico (PPP) e depois o Cardápio de Aprendizagens,
para após trabalhar na formação dos educadores ambientais
(PAP3) . . . mas até lá há uma intensa jornada .
Porém, para desenvolver-se saudavelmente necessita de
muitos recursos, energias, matéria humana comprometida,
com tempo para dispor e destinar ao crescimento do organis-
mo .
Mas e se o mesmo alimento que permite o pleno desen-
volvimento de um corpo necessita ser dividido para satisfazer
dois? Provavelmente o crescimento de um, de outro, ou dos
dois será comprometido . Esta é uma característica do CE-BS
e um dilema para seus integrantes, que membros do Grupo
Gestor da REABS – Rede de EA da Baixada Santista, hoje se
vêem obrigados a direcionar suas energias e seus tempos para
a estruturação do CE-BS .
Surgem então dois questionamentos: Como destinar tem-
po, energia e recursos para o CE-BS sem que a REABS venha a
cair na inatividade? Ou então, como alimentar dois organis-
mos com a mesma quantidade de alimentos que alimentava
um só? Apesar de principiar a multiliderança, novos quadros
ainda não se apropriaram naturalmente da REABS . Mas a rede
vê, forçadamente, seus líderes terem de direcionar tempo para
o CE-BS, já que se trata de um processo menos orgânico que a
REABS, com prazos e demandas estabelecidos externamente .
Qual a diferença exata entre uma Rede de EA e um CE? Em
que, ou quais pontos pode-se distinguir a proposta de um e de
outro? Há diferenças entre os públicos com que trabalha um e
outro? Apesar de haver consciência de que o CE-BS alimentará
a REABS ao formar novos educadores ambientais, não se tem
muito clara esta distinção .
Pretende-se continuar a questionar o padrão organiza-
cional hegemônico com a REABS, estimulando a cultura de
redes a partir de sua vivência . Mas pretende-se também es-
truturar uma dinâmica sinérgica dos processos formativos em
EA no território, composto pelos nove municípios da Região
Metropolitana da BS (Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão,
São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe),
e potencializar a ação dos Educadores Ambientais a partir do
CE . Mas o alimento para os dois corpos ainda é o mesmo que
alimentava um só .
Bruno Pinheiro
Contato: coletivoserradomar@gmail .com
1�
Coletivo Educador Ambiental do
Rio MojiguaçuColetivo Educador Ambiental do
Rio MojiguaçuColetivo Educador Ambiental do
Rio Mojiguaçu
A valorizacao do conhecimento popular
tambem e um item da mochila! No RIOMOGI ela estaápre-
sente ja no planejamento das atividades de formacao, onde
todo mundo devera aprender e ensinar!
O coletivo do Mojiguaçu (grafado desta forma, preservando
o dialeto de origem) atualmente abrange os municípios de
Mogi Guaçu, Estiva Gerbi . Já articulamos Mogi Mirim, Itapira,
Socorro; pretendemos chegar a Lindóia, E . S . Pinhal, Conchal e
demais municípios do Alto–Mogi .
Encontra-se em fase de estruturação e ampliação da arti-
culação de novos parceiros, de coleta de dados e informações e
no aguardo da celebração do Termo de Cooperação Técnica en-
tre o MMA e a ONG Comunidade Cooper 3 R Rio Mogi Guaçu .
No ano de 2006, alguns integrantes da OSCIP Comunida-
de Cooper 3 R Rio Mogi Guaçu, proponente do projeto, cujo
presidente é o Sr . Joselito de Jesus Paiva, catador, convidou os
representantes das ONGs ORE - Organização Regional Ecológi-
ca, ICMG – Instituto Cidadania Mogi Guaçu e OCA – Organiza-
ção Comunidade Ativa (Estiva Gerbi) para atenderem à Cha-
mada Pública do MMA “Mapeamento de Potenciais Coletivos
Educadores para Territórios Sustentáveis“ e formalizarem as
parcerias em ações políticas, culturais e educativas socioam-
bientais interinstitucionais que já vinham realizando juntos .
Já de início, chamaram seus outros parceiros de luta,
workshops, seminários e encontros: APROMA (Associação
de Proteção ao Meio Ambiente); ONG TUPEC; Museu Histórico,
Pedagógico, Arqueológico Franco de Godoy . Outros órgãos e
setores responderam afirmativamente: CBH MOGI; DEPRN
- Mogi Guaçu; SAMAE; Secretaria de Comunicação de Mogi
Guaçu .
As primeiras reuniões do grupo articulador operacional
ocorreram na Escola Comunidade Interativa Objetivo . Foi en-
tão que antigos parceiros disseram ao MMA: Presentes! Esta-
mos aqui!
Enquanto aguarda a formalização do contrato de cola-
boração com o MMA, o GAO (grupo articulador operacional)
reúne-se para coletar dados e informações, inserindo-se em
contextos e diálogos com os outros Coletivos, aprendendo a
ser PAPs2 ao participar de alguns encontros . Bia e Cláudia (Co-
munidade 3 R) estiveram em São Paulo em 1º de dezembro
de 2006, onde foi elaborada a minuta da PEEA SP Políti-
ca Estadual de EA do Estado de São Paulo (Diálogos da
DUMAPAZ).
No lançamento do COEDUCA, estiveram em Campinas:
Sandra, Bia, Tainá, Vítor (Comunidade 3R), Lucélia (Comuni-
max), Reginaldo e Shirlei (ICMG) e Lara (ex–vereadora jovem) .
Lá pudemos esclarecer algumas dúvidas e nortear as ações
para a construção do CE RIOMOJI .
Estamos contatando as lideranças de associações, facul-
dades, escolas, poder público, etc . de Mogi Guaçu, identifican-
do as PAPs3 e PAPs2 de Mogi Guaçu, Estiva, Itapira e Mogi Mi-
rim (por ora) . Os PAPs4 serão: catadores, trabalhadores rurais,
pescadores, pedreiros, donas de casa, crianças, pajens, profes-
sores e professoras de todos os níveis, empregadas domésti-
cas, comerciantes e comerciários, empresários e industriários,
líderes de associação de bairros, sindicalistas, etc . Observamos
que algumas destas PAPs4 precisarão ser escaladas para atu-
arem como PAPs3 em algumas oficinas, incorporando sabe-
res populares aos cardápios de aprendizagem (por exemplo,
alguns catadores e artesãos que orientarão algumas oficinas
formadoras de PAPs4) .
No último encontro, o GAO definiu as próximas ações:
buscar contato com representantes de novos núcleos (Lindóia,
Conchal, Espírito Santo do Pinhal); marcar encontro com nú-
cleos de Socorro, Itapira e Mogi Mirim; criar logotipo; elaborar
folder divulgando o que é o Coletivo e convidando todos os
segmentos sociais a participarem; elaborar texto para carta-
proposta e documentação para formalizar as parcerias com
carta de adesão ao Coletivo Educador por instituições (PAPs2)
que irão participar com recursos logísticos e financeiros e/ou
político-pedagógicos .
Coordenação/articulação: Maria Beatriz Vedovello Bimbati .
E-mail: fonoaudio .bia@terra .com .br
1�
Coletivo CUESTA EducadorColetivo CUESTA Educador
Tema Reponsável Dia/hora Local1º Trocas de experiências Cicilia, Fernanda, Maria
Clara e Mariana31/06 e 07/08 8 às 13 horas
EMA Escola do Meio Ambiente
2º Fundamentos de educação ambiental Marília 14/08 e 21/08 8 às 13 horas
UNESP Departamento de Educação
3º questões socioambientais doterritório de botucatu
Linder 28/088 às 13 horas
Instituto Floravida
4º Políticas e gestão em educaçãoambiental
Lourdinha/Janaína 04/09 8 às 13 horas
Secretaria Municipal de Educação
5° Metologias participativas em educação ambiental
Célio 11/09 e 18/09 8 às 13 horas
Diretoria de Ensino
Boletim:
Coletivo CUESTA EducadorA gestão do grupo tem se pautado em decisões coleti-
vizadas, especialmente nos encontros presenciais . Sempre se
colocam em consulta e votação as discussões e idéias que en-
volvem os vários pontos do trabalho do Coletivo, objetivando
em todo o processo a gestão compartilhada .
Eventos relacionados ao CE programados para o 2º semestre de 2007:
a) Programa de Formação do PAP 2 conforme tabela a
seguir :
b) Reuniões de planejamento de trabalhos e elabora-
ção do PPP, a partir de da segunda quinzena de setembro;
c) Mapeamento socioambiental – ampliação e organi-
zação dos dados;
d) Formalização das parcerias;
e) Elaboração do PPP .
Dificuldades e desafios para o CE: A construção de um
grupo inter-institucional voltado para a elaboração de progra-
mas de auto-formação e formação multiplicada constitui-se
por si só um grande desafio, especialmente, quando se espera
uma diversidade de pessoas e instituições . No entanto, o que
nos parece ser o elemento dificultador, ou seja, reunir pesso-
as que representam segmentos diferenciados e sedentos em
ampliar seu espaço de formação e multiplicá-los também é o
grande elemento facilitador, uma vez que a proposta do Cole-
tivo Educador possibilita a arregimentação de pessoas identi-
ficadas com essas idéias, cujo propósito é o de formarem-se e
multiplicarem-se no campo socioambiental .
Mapeamento Socioambiental: Iniciado o mapeamen-
to desde o processo de construção do projeto quando cada ins-
tituição, proponente e parceiras, levantou ações que realizam
e o contexto socioambiental da região .
É importante ressaltar que a região de Botucatu está sobre
áreas de recarga do Aqüífero Guarani, o segundo maior reserva-
tório de água doce do planeta, e que, algumas destas áreas de
recarga estão situadas em solos muito susceptíveis a processos
erosivos em áreas vulneráveis a contaminação do Aqüífero .
Os Municípios de Botucatu, Pardinho e Bofete e Itatinga tem
seus perímetros parcialmente localizados dentro da APA Botuca-
tu-Corumbataí-Tejupá . No Perímetro Botucatu desta APA encon-
tra-se um dos mais importantes sítios arqueológicos do Estado, o
abrigo Sarandi, no Município de Guareí, com registros pré-histó-
ricos de cerca de seis mil anos . Outro patrimônio desta APA é o da
formação geológica das cuestas basálticas, único no Brasil .
No momento da primeira reunião de ampliação reto-
–Um item muito importante de se
ter na mochila e o respeito aàDIVERSI-DADE. La no CUESTA o pessoal ja
percebeu: E dificil trabalhar com ela, mas e ela que permite que o trabalho seja
feito, bonito como deve ser!
Região de abrangência: A região delimitada inicialmen-
te para o Projeto está nos municípios de Pardinho, Botucatu,
Areiópolis, São Manuel, Pratânia, Itatinga Anhembi, Conchas,
Bofete, Pereiras, Porangaba, Torre de Pedra .
Inicio da caminhada é marcada por dois momentos:
um em 2005 quando um grupo de diferentes instituições se
reúne para organizar-se entorno da construção do coletivo .
Por inúmeras razões o grupo não se consolida e nem apresenta
proposta ao Edital no .005/2005 . Reunindo-se novamente um
grupo com composição semelhante, mas ampliado, agora com
seis instituições da região de Botucatu, iniciam no segundo se-
mestre de 2006 o segundo momento que culmina com a ela-
boração do projeto para concorrerem ao Edital do DEA/MMA,
deste mesmo ano . O envolvimento de pessoas e instituições
em várias demandas da Educação Ambiental em diferentes
espaços é o que propicia a aproximação com a proposta do
Coletivo Educador apresentado pelo DEA/MMA .
1�
mamos esse diagnóstico por meio de um cadastro de identi-
ficação de iniciativas socioambientais de cada novo membro
e instituição parceira . Esses dados iniciais que percolam in-
formações sobre os trabalhos ou projetos desenvolvidos, os
materiais produzidos e seus resultados, bem como o estágio
de envolvimento da instituição com a área da Educação Am-
biental, estão em fase de tabulação . Esse mapeamento estará
orientando as atividades relacionadas principalmente com a
construção do PPP e a formação dos PAP 3 .
Cardápio Regional: No decorrer do processo de forma-
ção do PAP 2 (agosto e setembro), haverá encontros que prevê-
em oficinas de trocas de experiências, momentos importantes
para cada instituição participante disponibilizar os recursos e
conteúdos para a formação do coletivo educador, no âmbito
do PAP2 e PAP 3 . Com essa metodologia espera-se integrar e
contemplar a diversidade de experiências sociais que serão
desenvolvidas na região para serem incorporadas e integradas
ao processo advindo de diversos campos do conhecimento .
Processos educacionais que estão permeando a cons-
trução do coletivo são: utilização dos espaços e estruturas edu-
cadoras de cada instituição que estão integrando o PAP 2, tanto
para desenvolver as reuniões de trabalhos quanto os processos
formativos; o incentivo a participação em foros e colegiados da
região e do estado com a integração as redes e demais coletivos
do estado; a formação de educadores ao nível do PAP 2 através
de cursos, reuniões e seminários; e a divulgação das ações as-
sociadas a estratégias de ampliação por meio da inserção de
release do Coletivo Cuesta Educador em sites das instituições,
release para jornais e programas nas tvs locais .
As avaliações permeiam o processo constante do grupo,
pois a cada encontro ou ações realizadas têm-se retomado os
passos já percorridos e as propostas que ainda estão em está-
gio embrionário .
Coordenação: Marilia de Freitas Tozoni-Reis/Maria de Lourdes
Spazziani
e-mail: mariliaedu@ibb .unesp .br) (spazziani@ibb .unesp .
br), Tel . 14 3811 62 32 – Instituto de Biociências/Depto de
Educação da UNESP – Botucatu/SP
O início de uma trilha: a articulação do pré-coletivo Educador das Bacias Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha
representando o Coletivo Educador de Campinas (COEDUCA),
Miguel Anselmo e Sérgio “Natureza”, representando o Coleti-
vo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e Região
(CESCAR) . Para demonstrar a experiência ambiental de um
município, o Prefeito de Bocaina, Kiko Danieletto, fez uma pe-
quena apresentação das iniciativas em desenvolvimento na-
quela comunidade . Também foram apresentadas as caracte-
rísticas dessas duas bacias, como um retrato de um conhecido
que unia os presentes .
Os participantes do encontro tiveram a oportunidade de
apresentar suas iniciativas em painéis e no debate feito no
período da tarde . Ao final da atividade, cerca de 60 indivídu-
os/instituições se manifestaram interessados em iniciar a for-
mação de um ou mais coletivos neste território . As próximas
articulações incluem a participação do grupo no III Encontro
Estadual de Educação Ambiental e a realização de oficina so-
bre coletivos educadores, para definição dos grupos de traba-
lho . Muitas atividades também foram citadas como potencial
para reunir os interessados, demonstrando que há inúmeras
iniciativas percorrendo o interior paulista . A troca de experi-
ências com os coletivos já formados têm sido fundamental
para orientar essa trilha . Perceber tanta diversidade de idéias
e ações visando a construção de uma sociedade crítica e que
pense de forma coletiva tem nos incentivado a somar neste
processo . E viva o embrião Coletivo Educador que cresce a cada
dia nesta região!!!
Inicialmente os contatos deste pré-coletivo são o Instituto
Ambiental Vidágua (14 – 3281-2633/ contato@vidagua .org .
br) e o Instituto Pró-Terra (14 – 9702-8922/ institutoproter-
ra@hotmail .com) .
As Bacias Hidrográficas Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha estão
localizadas na região centro-oeste do Estado de São Paulo e
abrangem 70 municípios, totalizando mais de 2 milhões de
habitantes . Esta área compartilha aspectos ambientais po-
sitivos, como manchas de Cerrado com rica biodiversidade e
negativos, com a invasão da monocultura da cana-de-açúcar,
trazendo consigo a exploração social e todos os impactos no
ar, água e solo decorrentes desta atividade . Muitas institui-
ções, grupos e indivíduos têm se empenhado em realizar ações
que favoreçam a melhoria das condições ambientais, sociais
e econômicas desta região, muitas vezes de forma isolada e
improvisada . Buscando potencializar essa energia, o Instituto
Ambiental Vidágua, de w e o Instituto Pró-Terra, de Jaú, pro-
moveram em 22 de julho o I Encontro de Iniciativas Socioam-
bientais das Bacias Hidrográficas Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha,
reunindo aproximadamente 200 pessoas de governos, orga-
nizações não governamentais, estudantes, comunidades indí-
genas, assentados, empresas e demais interessados .
Para compartilhar com este grupo os conceitos de um co-
letivo educador estiveram presentes Semíramis Biasoli, repre-
sentando o Ministério do Meio Ambiente, Vitor (completar!)
1�
Coletivo Educador do
Pontal do ParapanemaColetivo Educador do
Pontal do Parapanemae mais de 10 .000 pessoas abordadas diretamente pelo proje-
to .
A região compreendida pelo Coletivo Educador “Dedos
Verdes” são os municípios de Teodoro Sampaio, Mirante do
Paranapanema, Rosana, Euclides da Cunha Paulista, Sando-
valina, Tarabai, Estrela do Norte, Narandiba e os distritos de
Primavera, Planalto do Sul, Costa Machado, Paraíso e Cuiabá
Paulista, da Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema,
extremo oeste do Estado de São Paulo .
No momento, a implantação do Coletivo Educador apre-
senta como desafio a própria questão do voluntariado, que se
caracteriza por ser desde o princípio um processo participati-
vo, de forma que nada seja imposto e direcionado e sim tudo
discutido, pensado e planejado coletivamente e que a realiza-
ção das atividades esteja conciliada com o tempo disponível
dos participantes .
Atividades programadas para o 2º semestre de 2007:
- julho: ampla divulgação do planejamento e implan-
tação do Coletivo Educador na região do Pontal do Pa-
ranapanema durante atividades guiadas (orientação
e capacitação) com grupos de voluntários de Teodoro
Sampaio;
- agosto: fortalecimento das práticas e saberes do gru-
po de voluntários para o desenvolvimento das ações
práticas do Coletivo Educador na região do Pontal do
Paranapanema;
- setembro: ações de educação e conservação comuni-
tária .
Contato: Maria das Graças de Souza,
e-mail gracinha@ipe .org .br Tel . (18) 3282-3924 .
Coletivo Educador do
Pontal do Parapanema
O projeto Gente e Natureza: Mãos dadas para a conservação
socioambiental no Pontal do Paranapanema – Uma proposta
para a implantação dos Coletivos Educadores “Dedos Verdes”
teve sua primeira iniciativa durante o mês de junho de 2007
com o desenvolvimento da Semana do Meio Ambiente pelo
Programa de Educação Ambiental “Um Pontal Bom Para Todos”
do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Diretoria Regional
de Ensino Mirante do Paranapanema e Prefeitura Municipal de
Teodoro Sampaio .
Durante a Semana do Meio Ambiente foram realizadas
diversas atividades sócio-educativas em Teodoro Sampaio
com o objetivo de incentivar a participação dos jovens no de-
senvolvimento de ações socioambientais que visem a melho-
ria da qualidade de vida da comunidade onde estão inseridos
e trabalhar temáticas sobre aquecimento global e escassez de
água .
O desenvolvimento das atividades contou com a partici-
pação direta e auxílio de diversos jovens (participantes do Pro-
jeto Jovens ECOnscientes - parceria IPÊ com o Instituto Elektro)
e mais de 20 voluntários, estudantes das áreas urbanas e ru-
rais de Teodoro Sampaio, que possuem envolvimento com as
questões socioambientais do município . Dentre as atividades
realizadas estão: palestras temáticas, plantio de mudas de es-
pécies nativas, visitas monitoradas a um viveiro agroflorestal
comunitário do município e tendas “Biodiversidade & Susten-
tabilidade” (montadas em espaços públicos da comunidade
– escolas, praças e instituições - onde houve distribuição de
árvores nativas e de materiais didáticos, exposição de fotos e
informações de projetos socioambientais em desenvolvimen-
to na região, projeção de vídeos ecológicos, oficinas educativas
diversas e jogos ecológicos digitais) .
As atividades foram promovidas em parceria com a Po-
lícia Ambiental e de Mananciais, o Departamento Municipal
de Meio Ambiente, o Departamento Municipal de Educação, o
Instituto Elektro, a Cerb (Comunidade Ecológica Ribeirão Boni-
to), o Viveiro Agroflorestal Alvorada, o Itesp (Instituto de Terras
de São Paulo) e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) .
A mobilização comunitária que foi provocada pela ação
desse grupo de jovens atingiu diretamente cerca de 2 .000
pessoas no desenvolvimento das atividades educativas, confi-
gurando um dos momentos significativos do processo Coletivo
Educador . Estima-se a participação de 260 jovens (20 de cada
município/distrito) nas ações de informação e de capacitação
Projeto Gente e Natureza
1�
CESCAR São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e regiãoCESCAR São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e regiãoCESCAR São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e região
Em uma frase, poderíamos dizer que o objetivo fundamental
do CESCAR é formar sujeitos atuantes em Educação Ambien-
tal (EA)! Em outra, formar educadoras e educadores ambientais
que possam formar outros novos sujeitos em EA, que possam in-
tervir sistemática e cotidianamente em seus contextos de vida .
A formação do coletivo teve o seu marco inicial no Semi-
nário de Indaiatuba, em março de 2005, com a presença de
educadores ambientais convidados pela DEA/MMA, dentre es-
tes, 10 representantes de São Carlos, um de Araraquara e um
de Jaboticabal . Num segundo encontro em maio do mesmo
ano, o pólo regional do interior paulista formado em Indaiatu-
ba reuniu-se em um Seminário Regional na UFSCar – Univer-
sidade Federal de São Carlos, para discutir o detalhamento das
linhas de ação do projeto e a definição de instituições âncoras
para a instalação de Coletivos Educadores na região . Em reu-
niões posteriores foram agregadas instituições de Dourado e
outras de Jaboticabal (trazendo a articulação de municípios
em torno do Programa MES), formando-se o CESCAR .
Atualmente, o Coletivo reúne 38 instituições de 09 mu-
nicípios paulistas: Araraquara, Bebedouro, Dourado, Guariba,
Ibaté, Jaboticabal, Monte Alto, São Carlos e Taquaritinga, que
apostam no trabalho cooperativo, crítico e reflexivo de forma-
ção em EA .
Na fase atual, o CESCAR está trabalhando com o proje-
to de formação intitulado “Viabilizando a Utopia”, financiado
pelo FNMA . Em janeiro de 2007, foram iniciados os cursos gra-
tuitos de extensão e de especialização em EA, certificados pela
UFSCar - Universidade Federal de São Carlos e outras institui-
ções envolvidas no Coletivo Educador . Fazem parte do quadro
de PAP3, representantes comunitários, professores das redes
de ensino, técnicos de organizações governamentais e não-
governamentais e profissionais graduados ou não, interessa-
dos na problemática ambiental e com perfil de participação
e mobilização .
Além de educandas(os) pertencentes aos municípios ci-
tados, foram incluídos inicialmente representantes PAP3 de
Ribeirão Bonito, integrante do recorte territorial, e Américo
Brasiliense e Rincão, pela proximidade com Araraquara . Dos 92
candidatas/os selecionadas/os, 24 pertencem a instituições par-
ceiras, e algumas dessas pessoas têm a função de PAP2/PAP3 .
Nossa proposta educacional tem o objetivo maior de pro-
mover uma articulação das ações educativas voltadas para as
atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio-ambien-
tal, potencializando o papel da educação para as necessárias
mudanças culturais e sociais em direção à sustentabilidade .
Desse modo, o programa de formação deverá ser enten-
dido como um processo de potencialização das capacidades
individuais e de grupos para a realização de interações edu-
cativas reflexivas e críticas levando em conta as dimensões
espacial, histórica, cultural, econômica, ecológica e política da
realidade sócio-ambiental . Talvez, na melhor das versões para
a sigla PAP, que pode significar Pessoas que Aprendem Partici-
pando ou Pessoas que Aprendem Praticando, realmente .
Várias são os esforços de organização do CESCAR que per-
mitem trabalhar de maneira coerente com a abordagem da
pesquisa-ação-participativa:
• Do ponto de vista geográfico/territorial o CESCAR tem
se estruturado em 3 Núcleos Gestores (NG São Car-
los; NG Araraquara e NG Jaboticabal);
• Para atender as demandas específicas foram or-
ganizados Grupos de Trabalho com função de
elaborar propostas: GT de Cardápio e PPP; GT de
(Edu)comunicação e Divulgação; GT de Articulação
externa; GT de Diagnóstico de Ações, Projetos e Pro-
gramas de EA e Diagnóstico Sócio-Ambiental . As de-
cisões são acertadas nas Reuniões Gerais, das quais
participam as instituições parceiras (PAP2);
• PAP2 e PAP3 se encontram quinzenalmente para os
Encontros Gerais (que atualmente corresponde aos
encontros educativos do curso propriamente dito); e
• Além disso, vêm se estruturando grupos menores de
PAP2/tutoras(es) e PAP3 que vão se dedicar aos
projetos de intervenção educativa, formando Comu-
nidades Interpretativas/de Aprendizagem que deve-
rão incorporar mais à frente os grupos de PAP4 .
Merecem destaque dois aspectos observados durante o
processo de implementação do projeto:
• Nas Reuniões Gerais mensais são compartilhadas
as propostas dos GTs mencionados, e as decisões to-
madas coletivamente . Esse movimento entre as reu-
niões de GTs, Reuniões Gerais, Encontros Gerais com
os PAP3 e futuramente os Encontros de Tutoria, criam
uma dinâmica que, se por um lado representa um
movimento relativamente lento e exige maior dedi-
1�
No começo do curso de formação de educadoras(es) ambientais, começam as descobertas .
Dentre as ações formativas do CESCAR, os exercícios de percepção propostos nos primeiros encontros (mapa contorno e
percepção ambiental por meio de fotografia) possibilitaram a compreensão inicial de potencialidades e problemas presentes
nos municípios, relatados pelos PAPs3, bem como estimular a observação e reflexão mais apurada sobre os modos de vida,
os valores, etc . Os PAP3 registraram em fotografia as suas impressões sobre o ambiente em que vivem, apresentaram para o
grupo o resultado do trabalho e depois foram convidados a refletir sobre a experiência:
“No primeiro momento achei que tirar fotos era uma atividade simples que se daria facilmente ( . . .) Verifiquei então que
não era uma tarefa tão simples, pois antes de mais nada, teria que além de ver, teria que enxergar detalhes, ver com outros
olhos, de observador, de inquisidor sobre o lugar . Hoje sinto que comecei a domesticar e educar o meu olhar para pequenas e
grandes coisas graças a esta atividade de fotografar .” Eva dos Santos Cozza .
“( . . .) Achei um exercício válido, pois consegui olhar para minha realidade com uma visão diferente, procurando potencia-
lidades, onde só via problemas até então ( . . .)” Viviane Aparecida do Nascimento .
“( . . .) Consegui fotografar alguns espaços bem legais que na verdade nem eu mesma estava explorando . Parques, campi-
nhos, áreas verdes . Hoje tenho levado meus alunos nesses locais para aulas de Ed . Física e aproveito para integrar com aulas
sobre meio ambiente .” Ana Lúcia Lopes Tagliatela .
“( . . .) Quando se documenta (fotografa) os problemas ou as soluções, ficam mais concretos, mais próximo de você, te induz
a se sentir responsável .” Raimunda Gomes Silva Soares .
“Pensar criativamente é acrescentar ao raciocínio lógico elementos conciliadores como a imaginação, o mito, o sonho, a
utopia, a sincronicidade, os ritos, a meditação e os insights, como instrumentos de compreensão e de significados tão impor-
tantes quanto os conhecimentos científicos” . Kátia, citando Suzete Carvalho .
CJ Caipira juventude em ação!CJ Caipira juventude em ação!
cação dos envolvidos, por outro vem consolidando
uma prática de gestão democrática do projeto, que
busca ser coerente com a proposta da pesquisa-ação-
participante . E tem gerado também uma apropriação
crescente do projeto e de seus princípios norteadores,
bem como uma identidade com o CESCAR;
• O Coletivo Educador apresentou um crescimento de
100% desde sua formação original - de 19 para 38
instituições .
Provisoriamente tornamos disponível um espaço virtual
para acesso aos conteúdos que são trabalhados nos Encontros
Gerais com os PAP3, no endereço http://www .cdcc .sc .usp .br/
CESCAR/ . O sítio definitivo ainda está em processo de elabo-
ração .
E-mail: cescarsaocarlos@yahoo .com .br,
Fones: (16) 3351-8771 ; (16) 3373-9772 (com Bel Patronis ou
Silvia Martins dos Santos)
Coordenação: Haydée Torres de Oliveira - UFSCar
CJ Caipira juventude em ação!
O Coletivo Jovem Caipira de Meio Ambiente é um empreendimento de estímulo ao envolvimento e à organização de jovens num
processo de engajamento e atuação junto às questões socioambientais . Reflete o espírito interiorano, a construção de um trabalho
local, cooperativo e dedicado na inclusão da juventude de nossas cidades no mundo globalizado .
Em setembro iniciam-se as atividades do Projeto Braço de Orion que tem como objetivo garantir aos jovens de comunidades
escolares a convivência em grupo, a ampliação do universo cultural, acesso às novas tecnologias e a experimentação da vida pú-
blica .
Serão ao todo 18 cidades das bacias Sorocaba Médio Tiête, Alto Paranapanema e Ribeira do Iguape envolvidas e jovens de 12 a
29 anos podem participar de forma voluntária em inúmeras atividades e oficinas tais como: agricultura urbana, ciberativismo, jazz
contemporâneo, gestão de projetos sociais e Mapa Verde, entre outras .
Entre em contato pelo e-mail: cjcaipira@gmail .com ou pelo telefone: 11 8142-2699 .
�0
C.E. Lagamar Coletivo Educador Ambiental do Lagamar C.E. Lagamar Coletivo Educador Ambiental do Lagamar O Coletivo Educador do Lagamar foi formado em agosto de
2006 no Complexo Estuarino- Lagunar de Iguape-Cananéia-
Paranaguá, mais conhecido como Lagamar e está inserido no
baixo Vale do Ribeira . Essa região possui uma extrema impor-
tância para o país, pois além de apresentar os menores Índices
de Desenvolvimento Humano – IDH do estado, abriga os maio-
res remanescentes de Mata Atlântica e estoques pesqueiros
ainda conservados no Brasil, sem contar com a diversidade
sócio-cultural, composta por comunidades tradicionais de
caiçaras, ribeirinhos, quilombolas e indígenas e com a diver-
sidade histórica, através dos sítios arqueológicos e das antigas
cidades aqui localizadas .
O C. E. A. Lagamar abrange quatro municípios, Cananéia,
Iguape, Ilha Comprida e Pariquera-Açu e indiretamente possui
atuação em toda a região do Vale do Ribeira em sua Bacia 11
– Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira . Desde a sua formação, o
grupo vem trazendo à tona aspectos que dificultam as ações
das instituições e pessoas dos quatro municípios que com-
põem o coletivo e discutindo de forma concreta estratégias e
saídas para solucionar estes pontos, sendo que a comunicação
é um dos principais desafios que temos pela frente, seguido
do envolvimento e integração dos três setores, incentivos e
apoios para a consolidação do coletivo, como transporte, fi-
nanciamentos e capacitações continuadas para os PAP2 .
Alguns projetos realizados localmente inseriram pessoas
e instituições da área de abrangência do Coletivo Educador e
possibilitaram trocas de experiências entre os municípios, via-
bilizando condições para a ampliação desta integração e do
potencial que existe nestas ações coletivas . O principal foi o
projeto “Formação de Educadores Sócio-Ambientais no muni-
cípio de Cananéia” pelo programa Educação de Chico Mendes
(MEC), que proporcionou a alguns participantes de outros mu-
nicípios – além de Cananéia - uma vivência da realidade local
e referenciais teóricos-práticos sobre temas ligados a Agenda
21, sustentabilidade, geração de renda e economia solidária,
C.E. Lagamar Coletivo Educador Ambiental do Lagamar
educomunicação entre outros . Atualmente, o Núcleo Cana-
néia do C . E . A . Lagamar elaborou um projeto de educação
popular para realização de Conferências de Meio Ambiente
e Agenda 21 Local, visando finalizar com um Fórum Local da
Agenda 21 . Este projeto, proposto pelo IpeC - Instituto de Pes-
quisas Cananéia – tem financiamento do IDESC/FNMA e início
no mês de julho .
Outras ações estão sendo realizadas no âmbito regional,
buscando envolver um maior número de pessoas e institui-
ções, como a Semana Ambiental do Lagamar, com atividades
desenvolvidas pelas instituições e parceiros do coletivo; as
etapas do Circuito Vale Surf 2007; e o Plano de Limpeza das
Praias do litoral sul de São Paulo, ambos realizados no dia
12/05/2007 pela Associação Ilha Adventures, Biologus ONG
e Coletivo Educador do Lagamar, nas praias da Ilha Compri-
da, que realizaram atividades de conscientização ambiental,
mutirão de limpeza e panfletagem sobre saúde e qualidade
de vida .
Através do crescente envolvimento dos parceiros e utili-
zando como base projetos e ações locais que tiveram resul-
tados positivos e outras iniciativas que estão sendo realizadas
local e regionalmente, estamos permitindo a inserção de pes-
soas e instituições com potencial de serem executoras e propa-
gadoras dos objetivos do Coletivo Educador .
Por enquanto os processos educacionais são sendo de-
senvolvidos localmente, mas desde a formação do Coletivo
Educador algumas iniciativas vem sendo discutidas no sentido
de integração, como por exemplo, as estruturas educadoras
que alguns municípios estão buscando e/ou potencializando,
como Salas Verdes, COM-VIDAs, Coletivos Jovens entre outras .
A participação em colegiados vem se tornando também algo
concreto no Coletivo Educador, como conselhos locais e regio-
nais . Recentemente, foi oferecido ao C . E . A . Lagamar a assun-
ção da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conselho da
Área de Proteção Ambiental de Cananéia, Iguape e Peruíbe
– CONAPA, coordenando e facilitando os encontros e discus-
sões dessa questão na região de abrangência da APA-CIP .
A formação do PAP2 está ocorrendo por meio dos encon-
tros mensais do coletivo nos quais estão sendo apresentados
alguns conceitos e subsídios teóricos para os membros do co-
letivo educador, mas estamos necessitando de um nivelamen-
to conceitual e orientações técnicas de especialistas (MMA e
MEC) e também de outros coletivos existentes .
Serão formados 36 PAP3 . A proposta é selecioná-los atra-
vés de critérios estabelecidos após a realização do mapeamen-
to sócio-ambiental e cultural da região, elaboração do PPP e
definição dos cardápios de aprendizagem .
Algumas ações práticas que estão permitindo o engaja-
mento e a articulação das parcerias para potencializar o Cole-
tivo Educador do Lagamar são:
• Participação no projeto Em Cena . . . Ação! Educomuni-
cação para construção da Agenda 21 no município de
Cananéia
• Campanha em defesa do Rio Ribeira de Iguape
• Circuito Vale Surf 2007 e Plano de Limpeza das Praias
do litoral sul de São Paulo
• Coordenação das reuniões da Câmara Técnica de Edu-
cação Ambiental do Conselho da Área de Proteção
Ambiental de Cananéia, Iguape e Peruíbe – CONAPA .
C .E . Lagamar - e-mail: gmrigo@gmail .com,
clebebio@yahoo .com, araca@riseup .net
Núcleo de Cananéia: (13) 3851-3081
Lagamar
�1
Coletivos Educadores do Baixo TieteColetivos Educadores do Baixo TieteColetivos Educadores do Baixo Tiete
ou eventos ligados ás questões ambientais tem colocado os
gestores municipais como o principal interventor na área tan-
to educacional como ambientalista . A característica ambiental
da região – pobre quanto a reservas florestais, biodiversidade
ou mesmo paisagens significativas tem concentrado as ações
ambientais nos serviços público de saneamento e meio am-
biente, tanto dos municípios como os estaduais com sede na
região . Assim a grande maioria dos interessados pelo projeto
está ligada aos gestores públicos (Secretarias Municipais de
Educação, Secretarias Municipais de Meio Ambiente ou de
Agricultura, Serviços Autônomos de Saneamento e outros) .
Complementarmente temos, tanto na zona rural como na ur-
bana, instituições ou lideranças que demonstraram interesse
em participar do projeto, como: Associações de produtores
rurais, vinculados aos projetos de Micro bacias desenvolvi-
dos pela CATI; Usinas de destilaria e Álcool, através dos seus
departamentos de relacionamento externo; Sindicatos dos
trabalhadores rurais;Membros de Conselhos Municipais de
Meio Ambiente; Associação e Cooperativas de catadores ou
recicladores de lixo; Membros de pastorais da Igreja Católica;
Associações de pescadores; Movimentos sociais ligados aos as-
sentamentos rurais do INCRA ou ITESP .Ong`s com atuação em
educação ambiental ou de caráter ambientalista; Associações
ambientalistas – viveiros de mudas, de proteção ou de gestão
de reservas; Clubes de serviços .
Atividade desenvolvida com tutoria do PAP2 . A metodo-
logia utilizada pelos tutores será composta por elementos de
monitoria e avaliação de projetos, comuns nas intervenções de
políticas públicas e ações implementadas pela sociedade civil
O monitoramento e a avaliação aqui proposta se refere à forma
de acompanhamento que a intervenção do PAP3 e PAP4 estão
empreendendo em suas comunidades o projeto ser avaliado
no que tangem a sua condução, procedimentos, resultados, e
as mudanças esperadas através das ações realizadas .
O PPP A formatação do projeto político pedagógico foi elabo-
rada em oficinas e GTs – grupos de trabalho cujo documento
base foi elaborado pelo grupo executivo segundo a orienta-
ções do MAPEA . Em cada tópico perguntas orientaram as dis-
cussões, acordando o processo de formação, a escolha do PAP3
e entre outros . Para o segundo semestre de 2007 estaremos
realizando o Cadastro das instituições que atuarão no processo
de formação; detalhando os cardápios existentes no território,
observando os recursos financeiros, institucionais, humanos e
materiais; Elaborando e apresentando a proposta preliminar
do PPP seminário para conclusão e definição do calendário das
atividades do processo de formação .
O processo de formação terá carga horária de 180 horas
aula – sendo 132 horas de atividade em grupo e 48 horas de
atividades a serem desenvolvidas nos projetos individuais de
intervenção . As atividades em grupo serão de oito horas, aos
sábados, a cada quinze dias . A estrutura curricular proposta na
forma de eixos deverá ser implementada de forma intercala-
da e não modular . Ou seja, os conteúdos mínimos demandam
conteúdos instrumentais, que podem ser complementados
com tema regional específico e assim, ao longo do processo de
capacitação dos participantes já podem produzir intervenções
em suas comunidades . Os Eixos Pedagógicos 1- Eixo Bási-
co - Fundamentos da Educação Ambiental - 40 horas/aula,
2- Eixo Instrumental: Ferramentas de Planejamento e Ges-
tão em Educação Ambiental - 28 horas/aula, Eixo Específico:
Temática Regional - 72 horas/aula . O Módulo composto por
assuntos de interesse regional, vinculados à problemática am-
Em 2005 o Coletivo educador do Baixo Tietê começava a dar
seus primeiros passos, em reuniões para apresentação do
projeto Coletivos educadores ambientais para os potenciais
parceiros nesse trabalho a ser desenvolvido na Bacia Hidrográ-
fica do Baixo Tietê . Contando com a participação da Semíramis
Biasoli representante do MMA e muitas entidades de Penápo-
lis e região, foram formalizadas as parcerias, definidos alguns
itens de cardápios de aprendizagem e organizada a proposta
de trabalho dos Coletivos Educadores buscando formas de
ampliar suas parcerias e seus cardápios regionais . Realizaram-
se oficinas para que todos visualizassem a capilaridade que
se pretendia instituir no Coletivo da nossa região, e também
uma oficina conceitual sobre o Projeto Político Pedagógico . E
assim seguimos a longa caminhada, articulando esforços re-
gionais para ampliação de cardápios, divulgação de conceitos
e princípios do programa, sensibilização de lideranças até che-
garmos em novembro de 2006 onde realizamos a assinatura
do convênio para darmos continuidade aos trabalhos que já
vinham sendo desenvolvidos . Em 2006 um novo encontro com
os parceiros para constituição do grupo gestor, apresentação
das fases de aprovação pelo do projeto pelo FNMA e as etapas
previstas para continuidade do programa
O projeto utiliza como recorte territorial a área abrangida
pela Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, composta por 42 muni-
cípios . Neste momento estamos trabalhando com 10 muni-
cípios – Penápolis, Promissão, Barbosa, Avanhandava, Birigui,
Alto Alegre, Braúna, Brejo Alegre, Araçatuba e Glicério .
PAP2 ou PAP3 ? Percebemos que as pessoas transitam por estas denomi-
nações PAP2 e PAP3 . O pequeno número de organizações da
sociedade civil existente na bacia, ou mesmo de movimentos
��
Coletivo Educador
Juca VivoColetivo Educador
Juca Vivo
biental da Região e o Eixo da Intervenção será trabalho do
PAP3 junto ao PAP4 na sua comunidade: 48 horas . A certifica-
ção do curso será realizada pela UNITOLEDO e terá os seguintes
critérios;Certificado de extensão universitária; necessidade de
presença em 70%, no mínimo, nas atividades a serem desen-
volvidas; necessidade de realização do projeto de intervenção
apresentado quando da inscrição; apresentação final dos re-
sultados do trabalho de intervenção de forma mais adequada
à proposta ( escrito, fotos, vídeos, espetáculos, oficinas, etc) .
Momentos únicos...
Durante as oficinas conhecemos pessoas incríveis, uma
delas o senhor Otaciano Moura da Costa, 80 anos, natural de
Santa Luz-Ba, em 1952 veio visitar nossa região e por aqui
ficou . É um profundo conhecedor da nossa região: a história
da “construção” da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil com
todas as nuances de destruição ambiental e da dizimação dos
3000 indígenas que por aqui viviam, é a sua preferida, não só
sabe detalhes como acompanhou a reconstrução das tribos
em Brauna . E como ele mesmo diz: “até 1978 eu fui um dos
destruidores da fauna brasileira” o caçador conhecido em toda
região, o pescador (atividade praticada até hoje) e até o mine-
rador, vasculhou o rio Paraná todinho em busca de minério,
fez desse baiano um banco de dados vivo de nossa região . Nos
anos 90 ele participava ativamente da Caritas do Brasil, orga-
nização religiosa, que lançou o Projeto Luxo do Lixo no estado
de São Paulo . Em 1995 quatro amigas procuraram seu Otacia-
no que não só fez contato com a Caritas para a vinda de uma
prensa e da semente do Lixo do Luxo, como se envolveu com o
projeto de tal maneira que em 1997 quando da oficialização da
Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reciclá-
veis ele era o presidente . Quando questionado sobre sua vitali-
dade e longevidade Otaciano cita o acordo que Pedro, Thiago e
André fizeram com Jesus que na contagem do tempo de vida o
que foi passado na beira de um rio não pode ser contado .
Onde pretendemos chegar?
Mapeamos as áreas do projeto nesta primeira etapa, sen-
do que os 42 municípios serão envolvidos nos subcoletivos .
Para que possamos concretizar a formação de 5 subcoletivos
para reproduzirmos as experiências entre eles, aproximando
a realidade regional de forma a produzir sinergia, buscamos
recursos no Comitê de Bacia do BH-BT através do FEHIDRO
– Secretaria Estadual do Meio Ambiente .
O conceito de capilaridade também será alcançado atra-
vés da realização de projetos individuais de intervenção dos
participantes do projeto de formação de maneira a garantir a
reprodução e disseminação dos conhecimentos adquiridos .
O grande sonho...
Não temos história de participação, mas vanguardas .
Atualmente as tomadas de decisões ficam a cargo do poder
público . Nosso maior desafio para nos constituirmos como CE
está em mobilizar para a participação e o envolvimento das
vontades políticas da comunidade, do poder público, e da so-
ciedade civil nos municípios, a fim de estimulá-los a incorporar
nas suas atitudes a luta em defesa do ambiente no território
da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, propondo soluções em
situações conflitantes utilizando-se de flexibilidade e adapta-
bilidade diante de problemas concretos . A partir destas parce-
rias diversas e com a valorização das diferentes práticas sociais,
encontramos apoio para mobilizar a participação popular .
Olha aí pessoal, as parcerias se comprometendo, boca no trombone...
O Instituto Afonso Toledo / UNITOLEDO – estará utilizan-
do do estúdio de TV; produção e edição de programas (25 no
total) de TV sobre o projeto que serão veiculados pela TV Uni-
versitária, TV´s das Câmaras de Vereadores da Região e utiliza-
ção no processo de formação;
O DAEP – cessão de hospedagem da página da Internet .
Encontro com jornalistas da impressa escrita e falada para docu-
mentar as ações de formação do projeto; Desenvolver um vídeo
de todas as etapas do projeto com o objetivo dar suporte ao pro-
cesso de ampliação dos coletivos (formação dos sub-coletivos) .
Coordenadora: Regina Fátima Ferlini Teixeira – regina .
plis@uol .com .br, telefone – (18) 3652-0146 – Penápolis .
Contato: DAEP- Departamento de Água e Esgoto de Pe-
nápolis, www .daep .com .br , telefone – (18) 3654-6100,
cea@daep .com .br, diretoria@daep .com .br
Página na web hospedada no portal do DAEP .
www .daep .com .br/coletivos
Coletivo Educador
Juca VivoVale do Juquery e Serra da Cantareira em São Paulo
O Vale do Rio Juquery e a Serra da Cantareira são localizados
no segmento Norte-Noroeste da Região Metropolitana de São
Paulo . Abrangem os municípios de Cajamar, Caieiras, Franco
da Rocha, Francisco Morato, Pirapora do Bom Jesus, Santana
de Parnaíba e os bairros paulistanos de Anhangüera, Perus e
Jaraguá/Parada de Taipas, que integram a Sub-bacia do rio Ju-
query, vinculada ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê
– CBH-AT e ao Subcomitê Juquery-Cantareira – SCBH-JC/AT .
Com de cerca de 900 mil habitantes (IBGE - 2004), o vale
do Juquery-Cantareira apresenta importantes patrimônios
tanto naturais quanto arquitetônicos culturais edificados ou
tecnologicamente produzidos . São muitos os exemplos das
áreas presentes legalmente protegidas .
Além de suas características naturais e patrimoniais, o
bairro paulistano de Perus e a cidade de Cajamar pertencentes
ao Vale têm uma arraigada tradição de lutas sociais de perfil
ambientalista, contribuindo para o desenvolvimento de ações,
projetos e programas estratégicos e efetivos de defesa do meio
ambiente . Dentre os exemplos, citamos os debates acerca do
Plano Diretor da cidade de Cajamar, que representam um
grande progresso de iniciativas ligadas à Agenda 21 .
E com esse caldo bastante fértil de cultura e de história po-
lítica democrática, o COLETIVO EDUCADOR JUCA VIVO conta para
que as discussões relativas ao planejamento regional e à preser-
vação dos recursos ambientais e hídricos tenham novos desdo-
bramentos em termos de participação comunitária, mudanças
de atitude na vida cotidiana e avanços institucionais na região .
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Caminhada ecológica em prol da criação do Parque do Juquery em setem-bro de 1989 . ©Alcir de R . de Oliveira .
O Coletivo Educador ICEA - Interação Comunidade Para
Educação Ambiental tem como objetivos sensibilizar e for-
mar a população de Mogi das Cruzes para que seja atuante em
sua realidade, tendo conhecimento de suas responsabilidades
como cidadã e das diversas formas de atuação na conservação
e preservação de seu ambiente; e desenvolver alternativas que
priorizem um novo perfil de sustentabilidade socioambiental,
compartilhando conhecimentos, informações e sonhos, para
construir uma nova sociedade .
Mogi das Cruzes conta com oito distritos que serão parti-
cipantes do projeto dos Coletivos Educadores .
O CE ICEA tem como Instituição proponente na Chamada
Dentre os programas de Educação e Conservação Am-
biental e Patrimonial desenvolvidos na região, podemos citar
“Chão Verde Terra Firme” e “Rio Pelos Trilhos” .
Em 2006, o Instituto de Pesquisa em Ecologia Humana -
IPEH, em conjunto com o Conselho Comunitário de Saúde Dr .
Franco da Rocha (CCSFR) – duas das organizações da sociedade
civil da região que constituem o movimento de mobilização da
comunidade local para recuperação do rio chamado Juca Vivo, e
pró-desenvolvimento sustentável do vale do Juquery e Serra da
Cantareira – realizaram a quarta edição do Programa de Educa-
ção e Conservação Ambiental denominado: Projeto Chão Verde
Terra Firme . Este Projeto é desenvolvido na região desde 1997,
com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (a partir
de 1999), e tem como principais metas: capacitar na área de
EA com foco na conservação, uso racional e economia da água;
difundir conceitos e boas práticas de educação e conservação
ambiental, com foco na questão dos recursos hídricos, uso e
manejo adequado do solo; prevenir e reduzir o assoreamento e
a ocupação das várzeas e dos cursos d’água; promover o sane-
amento ambiental com a participação da comunidade; fomen-
tar campanhas de bom uso da várzea e preventivas de controle
de enchentes; educar com base na realidade local; enraizar os
conceitos difundidos nos concursos do Parque da Várzea e Mo-
radia Ecológica (primeira versão do Projeto) .
Nessa edição do Projeto, as atividades de formação de
Educadores trabalharam a “leitura crítica de imagens de bens
naturais e patrimoniais” no processo de ensino e aprendiza-
gem da EA (Arte-Educação Ambiental) . Apresentaram a “Lei-
tura Crítica”, a partir de um diálogo pioneiro com a Arte-Edu-
cação, como mais um instrumento de trabalho pedagógico do
professor, para a compreensão e manejo de conceitos de EA e
Patrimonial, entendendo-se que o conhecimento e percepção
da história da região podem motivar pessoas a se mobilizar
pelo desenvolvimento local e para a construção de políticas
públicas, em estreita parceria com os poderes públicos locais .
Realizado também com estreita interação com o calendário
escolar das redes regionais de ensino, em 2004-2005, o Projeto
Rio pelos Trilhos já envolveu a comunidade escolar do município
de Cajamar e dos bairros paulistanos de Perus, Anhangüera e
Parada de Taipas (parcerias com a Diretoria de Ensino de Caiei-
ras, que engloba Cajamar, e com a DE Norte I da Capital) .
O Projeto Rio pelos Trilhos buscou, acima de tudo, apoiar e
promover o intercâmbio entre trabalhos em desenvolvimento,
apontando-lhes a alternativa de colaborar na elaboração de
uma obra coletiva sobre o processo de ocupação humana da
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Juquery, como forma de contri-
buir para uma melhor definição de políticas públicas regionais
para os recursos hídricos .
Com reuniões técnicas realizadas tanto em escolas quan-
to em entidades comunitárias, o Projeto contou com a parti-
cipação, na sua fase final, de 934 educadores, estudantes e
lideranças populares, ao mesmo tempo em que importantes
parcerias possibilitaram a expansão de suas atividades de for-
ma qualificada para a base estudantil e para segmentos orga-
nizados das comunidades alvo .
Mais informações, nos sites: www .ipeh .org .br e www .ccsfr .
org .br . Visite o Setor de Educação na Net dos Programas e co-
nheça os Materiais de Apoio Didáticos em Educação Ambien-
tal e em Recursos Hídricos disponibilizados e realize, no Canal
do Professor do Setor, as aulas virtuais do Curso Semi-Presen-
cial para Educadores em Arte-Educação Ambiental .
Pública dos Coletivos educadores ambientais para territórios
sustentáveis (do Ministério do Meio Ambiente), a Associação
Amigos de Taiaçupeba (SAT), formada por um grupo de ci-
dadãos éticos, com valores morais e legais, empenhados na
conservação da Mata Atlântica da região . Através de ações de
cidadania e educação ambiental, procuram zelar pela preser-
vação do meio ambiente e do remanescente da fauna, flora e
da água e da promoção do desenvolvimento sustentável .
A instituição atua ainda para a melhoria da qualidade
de vida, na formação de crianças e jovens, com atividades em
creches e grupo de escoteiros, entre outras; e desenvolve ações
sociais, mudanças no urbanismo, na preservação histórica,
cultural e econômica, coordenando atividades públicas, cursos
de aperfeiçoamento vocacional, artesanal e aprimoramento
sócio-cultural entre outros .
No momento, as principais ações do ICEA são: a constitui-
ção do grupo coordenador, com reuniões semanais e mensais
(no distrito de Jundiapeba – Mogi das Cruzes) e a Capacitação
e formação para educadores ambientais populares .
No distrito de Jundiapeba, foi desenvolvida a metodologia
MAPA FALADO com a participação de vários lideres comunitá-
rios, o que resultou no diagnóstico dos maiores problemas . Foi
definido, então, numa escala gradual, que o lixo ocupa 33% da
problemática ambiental, 24% Saneamento Básico e Seguran-
Coletivo Educador ICEA – Mogi das Cruzes Coletivo Educador ICEA – Mogi das Cruzes Coletivo Educador ICEA – Mogi das Cruzes
��
Articulando a Política Estadual de EAArticulando a Política Estadual de EAArticulando a Política Estadual de EAPatrícia Otero é diretora da Ong 5 Elementos - Instituto de Edu-
cação e Pesquisa Ambiental e elo articulador da REPEA - Rede
Paulista de Educação Ambiental . Na entrevista a seguir ela co-
menta a articulação da política estadual de EA .
Bruno Pinheiro - Qual a importância de uma Política Esta-
dual de Educação Ambiental (PEEA)?
Patrícia Otero - Com uma Política de EA espera-se superar o des-
compasso entre a grande diversidade do que é feito em termos
de EA no estado de São Paulo e o lento processo de implanta-
ção . Acreditamos que poderão ser dinamizadas a atuação dos
órgãos públicos, programas e projetos . E que também reivindi-
que e otimize recursos e promova ações coordenadas de EA .
Bruno - Como se deu o processo de construção da PEEA-SP?
Patrícia - O processo de consulta à minuta da Política Estadual
de EA de São Paulo teve inicio em dezembro de 2006, já fo-
ram realizados 18 Pré-Encontros nas bacias hidrográficas . Os
Pré-Encontros tiveram um perfil democrático e participativo
e a orientação é q fosse organizado de acordo com as Bacias
Hidrográficas do Estado . A diversidade nas discussões foi gran-
de, potencializando os objetivos e princípios da EA . Principais
questões discutidas:
A Educação Ambiental na escola .
A Educação Ambiental e interfaces com outras Políticas Públi-
cas ambientais .
E como se dará sua execução, financiamento e gestão da Po-
lítica de EA .
Bruno - Qual a participação da Rede Paulista de Educação
Ambiental (REPEA) neste processo?
Patrícia - Quando a Rede Paulista de Educação Ambiental
– REPEA definiu o objetivo do III Encontro Estadual de Educa-
ção Ambiental - III EEEA, de ampliar a reflexão sobre o papel
do agente público, da participação e mobilização social para a
construção e implementação da Política Estadual de Educação
Ambiental, decidimos uma composição em parceria com redes
locais, Coletivos Jovens e Educadores e ONGs que a Repea faci-
litaria os Pré-Encontros .
Bruno - O processo de consulta pública à Minuta da PEEA-
SP culmina no III EEEA – Encontro Estadual de EA. E depois,
quais serão os encaminhamentos?
Patrícia - O processo de consulta encerra-se na Plenária final
do IIIEEEA dia 28 de julho em São José do Rio Preto, com a
presença de representantes do órgão Gestor da Política Na-
cional de Educação Ambiental, Deputados, representantes do
governo do estado da área ambiental, educacional e toda a
comunidade de educadoras e educadores ambientais atuantes
do estado de São Paulo . Já estamos conversando com repre-
sentantes do legislativo para definir como este projeto de lei
entra na assembléia .
Bruno - Na sua opinião, qual papel os educadores(as) am-
bientais e a REPEA devem desempenhar na continuidade
desta construção?
Patrícia - Desde o início esse processo tem exigido uma arti-
culação e integração dos educadores ambientais do Estado
e com isso tem fortalecido a REPEA, promovido o encontro,
debate e colhido sugestões . Uma discussão que apareceu nos
Pré-Encontros é a necessidade de institucionalização da CIEA
– Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental, à qual
compete a implementação da Política Estadual de Educação
Ambiental-SP . Após a consolidação do documento da PEEA,
vamos acompanhar e definir o melhor caminho para sua re-
gulamentação . Aí teremos q divulgá-la, torná-la conhecida no
Estado de São Paulo .
Apoio:
Fractais Coleciona/SP
Ano 1 - n . 01 - Julho de 2007
GT do Boletim Bruno Pinheiro (CJ Caiçara SP/ REABS/ CE Serra do Mar); Edna Kunieda (APASC/ CESCAR); Edna Costa (CE Ipê Roxo); Bel Patronis (CESCAR); Luciana Jatobá (CESCAR); Marta Kawamura (Ong Ramudá/CESCAR); Semiramis Biasoli (DEA/MMA); Vitor Ta-vares Gaspar (COEDUCA)
Edição: Edna Costa, Bel Patronis, Luciana Jatobá, Marta Kawamura, Semiramis BiasoliFAQ: Luciana JatobáDesenhos: Daniela da SilvaMapa dos CEs São Paulo: Vitor Tavares GasparProjeto Gráfico e diagramação: Guto Sguissardi/Beto Sguissardi/Paulo Paino Agradecimento à Débora Menezes
Tiragem: 5 .000 mil exemplares
Este boletim é uma iniciativa dos Coletivos Educadores do Estado de São Paulo . Os textos sem assinatura são de responsabilidade de cada coletivo reportado . A reprodução dos conteúdos é livre, desde que as fontes sejam citadas (Copyleft) .
ça e, diluídos os itens enchentes, infra-estrutura e ocupações
irregulares .
Diante da problemática dos resíduos sólidos, o ICEA,
vem trabalhando nas ações que levem aos lideres comunitá-
rios informações de cidadania, coletividade e necessidade de
preservação do meio ambiente . Debatemos, também, sobre a
participação efetiva da comunidade e enfatizamos o planeja-
mento como item fundamental de todo o trabalho que busca
resultados positivos .
Coordenadora: Ivete de Fátima Lima Nagao 11-9807-2801
dknagao@uol .com .br
Adriana de Oliveira Andrade 11-8253-2977 adriandrade_@
hotmail .com
Francisco Cláudio Tavares 11-9969-8222 fclaudio@umc .br
Ricardo Arouca Junior 11-9904-9046 ricardoaroucajunior@
gmail .com