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Caderno Pedagógico de História - 6º Ano

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3.° BIMESTRE - 2016

As mascotes Vinicius e Tom estão torcendo para que você ganhe medalha de ouro na luta contra o

Aedes aegypti! Agora ele não transmite só a Dengue, mas Zika e

Chikungunya também.

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EDUARDO PAES PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO REGINA HELENA DINIZ BOMENY SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO JUREMA HOLPERIN SUBSECRETARIA DE ENSINO MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO MARIA DE FÁTIMA CUNHA COORDENADORIA TÉCNICA ILMAR ROHLOFF DE MATTOS CONSULTORIA ILMAR ROHLOFF DE MATTOS JAIME PACHECO DOS SANTOS LUCIO CARVALHO IGNACIO ROBERTO ANUNCIAÇÃO ANTUNES ELABORAÇÃO LEILA CUNHA DE OLIVEIRA REVISÃO FÁBIO DA SILVA JULIA LYS DE LISBOA MARCELO ALVES COELHO JÚNIOR DESIGN GRÁFICO EDIGRÁFICA IMPRESSÃO

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DOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO À GRÉCIA ANTIGA: UMA VIAGEM DIFERENTE

Quantas vezes você já viu, nos últimos dias, a imagem acima: cinco anéis ou aros entrelaçados e de cores diferentes, sempre sobre um fundo branco?

Muitas vezes, provavelmente. O que você sabe sobre essa imagem? Converse com os colegas a respeito do símbolo das Olimpíadas Modernas. Vocês podem pedir

ajuda a seu(sua) Professor(a), se necessário. Por que cinco aros ou anéis entrelaçados? Por que seis cores: azul, amarelo, preto, verde, vermelho e branco? Por que damos o nome Olimpíadas – ou Jogos Olímpicos – a este acontecimento extraordinário e previsto que ocorre a cada quatro

anos? Por que os Jogos Olímpicos sempre são realizados em uma cidade – como o Rio de Janeiro, em 2016? As respostas dadas por vocês são o ponto de partida de uma viagem diferente e fascinante: uma viagem no tempo! Do presente em direção ao passado: das Olimpíadas modernas, como a atual em nossa cidade, às Olimpíadas na Grécia na Antiguidade,

há quase 3000 anos!

As Olimpíadas Modernas aconteceram, pela primeira vez, na cidade de Atenas, capital da Grécia, no ano de 1896. Seu

principal idealizador – o Barão Pierre de Coubertin – queria reviver as Olimpíadas realizadas pelos gregos na Antiguidade. E essa foi a razão da escolha da cidade de Atenas para sede da primeira Olimpíada Moderna, da qual participaram atletas de

vários países. Mas foi somente nas Olimpíadas de Estocolmo, capital da Suécia, em 1912, que os Jogos Olímpicos reuniram, pela

primeira vez, atletas dos cinco continentes.

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Para registrar a importância de um acontecimento que aproximava

povos e nações de cinco continentes, no ano seguinte, o Barão teve a

ideia dos cinco aros ou anéis entrelaçados.

Desde então, a bandeira branca com os anéis tornou-se um dos

símbolos olímpicos, ao lado de outros dois: o lema “Citius, Altus, Fortius”

(Mais rápido, Mais alto, Mais forte) e a tocha olímpica. Eles nos lembram os

ideais dos Jogos Olímpicos Modernos.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deverão reunir 10 500 atletas, homens e mulheres, de 206 países, para disputar 306 provas, durante 17 dias. E, logo em seguida, ocorrerão as Paralimpíadas ou os Jogos Paralímpicos.

Desde a XVI Olimpíada da Era Moderna, em 1960, na cidade de Roma, logo após as Olimpíadas, e usando as mesmas instalações, se

realizam as Paralimpíadas. Em Roma, a I Paralimpíada reuniu 400 atletas e 23 delegações.

Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de 1896 Estádio Panathinaiko, em Atenas, na Grécia.

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As pessoas com deficiência, muitas vezes discriminadas pela sociedade e desmotivadas pela sua própria condição, encontram, nas Paralimpíadas, mais uma oportunidade de elevar sua autoestima, direta ou indiretamente, e provam para todos o seu valor como atletas e cidadãos.

Entre os atletas paralímpicos encontramos os que nasceram com alguma deficiência e os que a adquiriram ao longo da vida. Há atletas com lesão medular, poliomielite, amputação de pernas e de braços, deficiência visual e mental. Daniel Dias, o maior atleta

paralímpico do Brasil.

Fonte: http://f.i.uol.com.br/fotogr

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Olímpia era uma das cidades da Grécia antiga. De Olímpia

partiam mensageiros, a cada quatro anos, em direção às demais

cidades gregas, anunciando a próxima realização dos jogos olímpicos

– isto é, os jogos da cidade de Olímpia. Os jogos eram

consagrados a Zeus, a divindade protetora da cidade e a maior das

divindades do Olimpo – a morada dos deuses, de acordo com a

Mitologia Grega.

Nessa época, uma trégua suspendia todas as hostilidades entre

as cidades, garantindo segurança aos participantes que se

deslocavam em direção a Olímpia e celebrando a paz – a paz

olímpica. A cerimônia de acendimento da tocha com o fogo

sagrado, no templo da deusa Hera, anunciava o começo dos jogos.

Durante cinco ou seis dias do mês de julho, os atletas participavam de

jogos ou competições atléticas, como o arremesso de disco, lutas,

corridas a cavalo ou em carros e representações dramáticas.

E COMO ERAM AS OLIMPÍADAS DA GRÉCIA NA ANTIGUIDADE?

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w.zazzle.co.uk

Aos vencedores eram ofertadas coroas de ramos de oliveira ou de loureiro.

Ao retornar às suas cidades, eles eram aclamados pela multidão e recebiam novas homenagens.

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As Olimpíadas eram para os gregos um modo de prestar homenagem aos

deuses protetores de suas cidades e, principalmente, a Zeus.

Elas eram também uma forma de aproximar os habitantes das diferentes cidades.

E ainda um momento de valorização da saúde e do corpo saudável.

Observe a imagem à esquerda.

Ela reproduz a estátua do escultor grego Míron, intitulada Discóbolo, esculpida em

meados do século V a.C. Representa um atleta momentos antes de lançar um disco.

O que chama sua atenção nessa que é considerada por muitos a mais famosa

estátua de um desportista no mundo?

Nas Olimpíadas da Grécia Antiga somente os gregos ou helenos participavam das

competições, sendo delas excluídos os estrangeiros, os escravos e também as

mulheres, mesmo que elas tivessem nascido em uma cidade da Grécia Antiga.

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Não sabemos com certeza quando ocorreram pela primeira vez os jogos da cidade de Olímpia. Porém, costuma-se dizer que os

primeiros jogos aconteceram no ano de 776 a. C., a partir da descoberta de um disco de pedra no templo de Hera, em Olímpia, que traz uma

inscrição sobre a paz entre as cidades durante os jogos.

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Neste momento da viagem, vamos comparar as Olimpíadas da Antiguidade às Olimpíadas Modernas, completando o quadro abaixo.

OLIMPÍADAS DA ANTIGUIDADE OLIMPÍADAS MODERNAS

LOCAL DE REALIZAÇÃO

PERIODICIDADE

DURAÇÃO

PARTICIPANTES

IDEAIS OU OBJETIVOS DOS JOGOS OLÍMPICOS

E, agora, responda se for capaz: Se a primeira Olimpíada da Antiguidade ocorreu no ano 776 a. C., quantos anos depois acontecerão as Olimpíadas do Rio de Janeiro,

em 2016?

( ) 1240 anos. ( ) 3000 anos. ( ) 2792 anos. ( ) 1950 anos.

O que vocês concluíram? Quais as semelhanças entre as Olimpíadas da Antiguidade e as Olimpíadas atuais? E as diferenças?

Fazendo uma viagem diferente – em direção ao passado – podemos, mais uma vez, compreender que o passado é um tempo

distante. E também um tempo diferente do presente.

Comparando as experiências vividas pelos gregos ou helenos na Antiguidade e aquelas vividas por nós, nos dias atuais, concluímos que

existem permanências e também mudanças.

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Se alguém perguntar por que você é brasileiro, o que você responderá? E se a mesma pergunta for feita a um argentino, o que ele

dirá? Como são chamadas as pessoas nascidas em Portugal?

A Grécia atual é um país situado ao sul da Europa. Um indivíduo natural da Grécia (isto é, que nasceu na Grécia) é um grego, assim

como você diz ser brasileiro porque nasceu no Brasil.

Mas como era chamado aquele que nascia na Grécia Antiga?

Se você respondeu grego, não acertou! Mas também não errou completamente.

O que chamamos de Grécia Antiga era um conjunto de cidades-Estado, como Olímpia, Atenas, Esparta, Corinto, Tebas, Micenas e

inúmeras outras. Elas eram muito diferentes entre si e não formavam uma unidade política – um país, como o Brasil, Portugal, Argentina e

a própria Grécia atual.

Porém, cada um dos habitantes nascidos nessas cidades-Estado sentia-se parte de algo comum. Eles acreditavam ser descendentes

de um mesmo patriarca. Esse patriarca chamava-se Heleno. E por isso aqueles habitantes autodenominavam-se helenos.

GREGOS OU HELENOS?

Por terem uma mesma origem, os helenos identificavam pontos comuns entre si – a mesma

língua, costumes, hábitos, conhecimentos e crenças. Ou seja, eles sentiam-se como pertencendo a

uma mesma unidade cultural: a Hélade.

E esse era o nome dado à região que habitavam.

Você deve estar lembrado. A cada quatro anos, os jogos da cidade de Olímpia reafirmavam

a unidade cultural entre os helenos.

freepik

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Mas por que chamamos os helenos de gregos?

Foram os antigos romanos que passaram a chamar os helenos de gregos –

ou melhor: graeci, em latim, a língua que falavam. Conquistando vários territórios e

formando um grande império, os romanos difundiram a língua latina.

E, assim, passaram a dar nomes latinos aos deuses, heróis e muitas outras

coisas dos helenos. Assim, Zeus passou a ser chamado Júpiter, Hera tornou-se

Juno e Atena, Minerva.

Porém, para os helenos, todo aquele que não falava a sua língua, não tinha

hábitos e costumes semelhantes aos seus era um bárbaro. Os bárbaros eram

estranhos (ou estrangeiros), assemelhavam-se a animais, fossem pessoas livres

ou escravas. Por essa razão eram excluídos dos jogos olímpicos, mas não apenas

deles.

ZEUS ou JÚPITER

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w.pinterest.com

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Você deve estar lembrado do que aprendeu no caderno anterior.

Egípcios, babilônios, fenícios e outros povos do Antigo Oriente Próximo podem ser considerados bárbaros?

Devemos dizer que são bárbaras as pessoas cujos hábitos são diferentes dos nossos?

Converse a respeito com seus colegas e com seus Professores.

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Leia o mapa abaixo. Não deixe de começar pela leitura da legenda!

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LEGENDA 1 – Grécia Peninsular (Peloponeso) 2 – Grécia Insular (Creta) 3 – Grécia Continental (Península Balcânica) 4 – Magna Grécia 5 – Grécia Asiática 6 – Mar Jônico

A GRÉCIA ANTIGA 1. PONTO DE PARTIDA

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A partir de, aproximadamente, 1 800 a. C., povos de língua indoeuropeia do norte da

Europa começaram a migrar em direção ao sul. Em ondas sucessivas, de modo lento e quase

sempre pacífico, eles chegaram à Península Balcânica. Os primeiros foram os aqueus, que

conheciam o bronze e chamavam a si mesmos de “criadores de cavalos”. Eles expulsariam os

pelágios, os primeiros habitantes da região, que, utilizando instrumentos de pedra, cultivavam

as poucas terras férteis.

Em seguida, chegaram os eólios e os jônios. Os eólios diziam que seu nome vinha de

Éolo, deus dos ventos.

Quando chegaram à Grécia, os aqueus eram um conjunto de clãs ou famílias extensas. Cada família extensa era um genos. Um

conjunto de genos formava uma frátia; e um conjunto de frátias formava uma tribo. Cada genos era liderado por um pater (patriarca) que

exercia as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Ele tinha autoridade absoluta, inclusive de vida e de morte. Entre os membros de um

genos quase não havia diferenças sociais. O que mantinha a união daqueles que formavam o genos era o culto a um ancestral comum,

do qual todos acreditavam descender.

DEUSA CIBELE

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vasosagrado.blogspot.com.br/2015_09_01_archive.htm

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Aqueus, eólios e jônios se localizaram em diversos pontos da Grécia continental e do

Peloponeso, onde sempre foram escassos os cereais e a madeira. Entre outros deuses, eles

honravam Cibele, a deusa que representava a natureza. Cibele, entre os romanos, tornou-se

Ceres, a deusa da natureza cultivada pelos homens. De seu nome deriva a palavra cereal em

nossa língua. Você saberia dizer o nome de dois cereais?

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Mas tudo isso, aos poucos, começou a mudar...

O genos foi se transformando. E para essa transformação contribuiu o contato com outros povos, como os cretenses. Surgiu um rei

(basileus) e, a seu lado, uma nobreza.

O rei tornou-se um chefe militar e a nobreza era guerreira. Surgiram os escravos. Porém, senhores e escravos trabalhavam lado a lado e

os escravos faziam parte da família. Era a escravidão doméstica. Nas cidades de Micenas e Tirinto, no Peloponeso, foram construídos

grandes palácios.

Era a civilização aqueana ou micênica.

REPRESENTAÇÃO DA CIDADE DE ESPARTA

http://pashalis-genika.blogspot.com.br/2013/11/blog-post_2740.htm

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Por volta do ano 1200 a.C. – 600 anos depois! – uma

última onda de indoeuropeus chegou à península, mas não

de modo pacífico. Eram os dórios.

Eles conheciam o ferro e possuíam um modo de vida e

uma organização social que valorizava a atividade

guerreira.

Ao se localizarem no Peloponeso, eles destruíram e

incendiaram várias cidades e fundaram uma nova: Esparta.

A civilização aqueana ou micênica chegou ao fim.

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Os dórios forçaram o deslocamento daqueles primeiros gregos para outras regiões da Grécia e

para o litoral da Ásia Menor, onde surgiu a Grécia asiática. A essa migração forçada e à colonização de

novas terras dá-se o nome de Primeira Diáspora Grega. Chamamos de diáspora a dispersão de um

povo motivada pela perseguição de grupos dominadores intolerantes.

Aqueus, eólios, jônios e dórios foram os povos ou etnias formadoras dos helenos ou gregos.

Durante quase 18 séculos (1800 anos) os gregos viveriam muitas e variadas experiências

históricas. E sempre que narravam uma daquelas experiências, nelas estavam presentes deuses,

semideuses e heróis como Zeus, Cibele, Heleno, Hera, Éolo, Teseu e muitos outros... Narrativas que

misturavam acontecimentos reais a acontecimentos fantasiosos.

Para narrar ou contar as histórias da longa experiência vivida pelos gregos, os historiadores classificam essas experiências em Períodos ou Épocas:

ESCULTURA DE UM SOLDADO DÓRIO

civilizacaoantiga.com

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2. O PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO

TESEU E O MINOTAURO

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w.portalsaofrancisco.com

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Você conhece o mito do Minotauro?

Na mitologia grega, o MINOTAURO era uma criatura que tinha corpo de homem e

cabeça de touro. Era uma criatura selvagem. Ele morava no Labirinto, que foi

construído a pedido do rei Minos, de Creta, para manter o Minotauro bem longe do

povo. O labirinto era localizado sob o palácio de Minos, em Cnossos. Porém, ocorreu

que Androceu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, que invejaram suas vitórias

num festival esportivo.

Para vingar a morte de seu filho, Minos declarou guerra contra Atenas e venceu.

Ele então ordenou que sete moças e sete rapazes atenienses fossem enviados,

anualmente, para serem devorados pelo Minotauro. No terceiro ano do sacrifício, o

jovem Teseu voluntariou-se para ir e matar o monstro.

Ariadne, filha do rei Minos, apaixonou-se por Teseu e o ajudou, entregando-lhe

uma bola de linha de costura para que ele, marcando o caminho, pudesse sair do

labirinto. Teseu matou o Minotauro com uma espada mágica que Ariadne havia lhe

dado e liderou os outros atenienses para fora do labirinto.

Adaptado de “Os Grandes Contos Populares do Mundo”, organizado por

Flávio Monteiro da Costa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

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Você sabia que Teseu era o principal herói da cidade de Atenas? Para os gregos, um herói era

um personagem que, pela bravura, coragem e sabedoria, era diferente de seus semelhantes,

aproximando-se dos deuses e merecendo culto especial. Teseu é personagem de um mito.

Um mito não conta acontecimentos verídicos ou que realmente aconteceram. Narrados pelos

aedos (poetas ou cantores) e transmitidos, oralmente, de uma geração a outra, os mitos

explicavam aos que os ouviam a criação do universo, a origem dos povos ou um fato extraordinário,

como, por exemplo, uma epidemia que os deuses enviavam sobre um país como castigo por crimes

ou sacrilégios cometidos pelos habitantes, por um herói ou por um rei. E muitas outras coisas...

O que você achou do mito do Minotauro?

Para nós, os mitos têm uma importância diferente. Eles permitem saber como viviam os gregos, o que julgavam certo ou errado, o que

apreciavam como Belo etc. O mito do Minotauro, por exemplo, nos apresenta a época em que os cretenses dominavam o mar Egeu e em

que a ilha de Creta era o centro da civilização cretense ou minoica.

E não se espante: naquela época, a cidade de Atenas ainda não existia. Aproveite a oportunidade para saber, também, que os deuses

gregos não viviam no céu, mas no monte Olimpo. Embora fossem imortais, possuíam as qualidades e os defeitos dos humanos. Assim,

podiam ser questionados sem que isso representasse um sacrilégio.

http://sonhoesignificado.blogspot.com.br/2015/02/sonhar-com

-minotauro-significado.htm

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MINOTAURO

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perrengueiros.blogspot.com.br/

RUÍNAS DO PALÁCIO DE CNOSSOS

Muito antes de os aqueus, eólios e jônios chegarem à Península Balcânica, os

cretenses já exerciam intensa atividade comercial no mar Egeu e a ilha de Creta tornara-se a primeira potência marítima a surgir no mar Mediterrâneo.

Os cretenses destacavam-se na metalurgia (construção de peças e estruturas metálicas),

na cerâmica e na produção de tecidos. Cultivavam a oliveira, a vinha e o trigo. E destacavam-se no comércio, que se expandia pelos mares Egeu e Mediterrâneo.

Nas cidades da ilha foram construídos palácios que eram, ao mesmo tempo, residência do

soberano, armazéns, oficinas e fortes (construções destinadas a proteger um lugar estratégico). Cnossos e Festos eram as cidades mais importantes.

O palácio de Cnossos era conhecido como o palácio do machado de dois gumes ou labyr. De labyr deriva o nome labirinto.

Um traço significativo da sociedade cretense era o papel privilegiado desempenhado pelas mulheres, o que se expressava na religião. A principal divindade era a Grande Mãe, deusa da natureza que reinava sobre os animais e os vegetais. Não havia templos e o culto

realizava-se nas elevações, nas grutas, em volta das árvores e no palácio, sempre presidido por sacerdotisas. O apogeu de Creta e da civilização cretense ou minoica parece ter ocorrido entre 1580 e 1450 a. C., quando teria reinado sobre toda

a ilha, em Cnossos, o rei Minos, muito provavelmente uma figura lendária.

Porém, a hegemonia de Cnossos era contestada pelas demais cidades, e as guerras entre elas aconteciam com frequência.

Enquanto isso, na Grécia, mudanças também aconteciam... Ali surgira a civilização aqueana ou micênica que tinha, por centro, a cidade de Micenas (ver p. 12). Com os cretenses, os aqueus tinham aprendido a navegar, entre inúmeras outras coisas. O nome basileus para designar o rei ou

soberano era de origem cretense. Por volta de 1450 a. C., os aqueus invadiram e conquistaram a ilha de Creta. Porém, aproximadamente 300 anos depois, a chegada dos dórios poria fim à civilização aqueana ou micênica. Os dórios também invadiram a ilha de Creta. A civilização cretense também chegava ao fim.

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Com a invasão dos dórios, teve início o Período Homérico ou os

Tempos Homéricos. Essa denominação vem de Homero, a quem é

atribuída a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.

A Ilíada trata da Guerra de Troia e a Odisseia do retorno de Ulisses,

um herói aqueu, para a sua terra natal – Ítaca –, após lutar na guerra.

Ao que parece, Homero não existiu e o seu nome representa o conjunto

de aedos que narravam os acontecimentos da época.

Você já ouviu a expressão “um presente de grego”? O que ela quer

dizer? E conhece a história do “cavalo de Troia”? E a lenda de “Helena de

Troia?” Converse com o seu(sua) Professor(a) a respeito desses temas.

Ele(ela) poderá também lhe explicar o que é uma epopeia.

O Período Homérico estendeu-se até o século IX a.C. e, em seu

decorrer, a desagregação do genos foi acelerada, o que fez surgir diferentes

grupos sociais como a aristocracia, os demiurgos (artesãos especializados),

os tetas (aqueles que alugavam seus serviços por não possuir terras) e os

escravos, ainda pouco numerosos. Essas mudanças contribuiriam para o

surgimento da pólis. O que era uma pólis? HOMERO

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3. O PERÍODO HOMÉRICO

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3.° BIMESTRE - 2016

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O Período Arcaico foi assinalado por vários acontecimentos, dos quais o

mais importante foi o surgimento da polis, a cidade-Estado grega.

Uma pólis era constituída por dois espaços principais: a Acrópole ‒ situada

em uma colina fortificada, onde ficava o templo da divindade, e a Ágora ‒ local

de reunião e das discussões políticas, ocasião em que era garantido o direito à

palavra e, assim, o direito de argumentar. A Ágora era também o mercado da

cidade.

Observe a imagem ao lado. Onde se encontram as pessoas nela

representadas: na Acrópole ou na Ágora?

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A pólis grega era uma cidade-Estado muito diferente de uma cidade-Estado do Antigo Oriente Próximo. A invenção da pólis pelos

gregos foi também a invenção da política, bastando lembrar que a palavra política deriva de pólis.

Mas o Período Arcaico foi assinalado também por uma grave crise social. A desagregação do genos punha fim aos laços comunitários

que uniam os membros de uma mesma família. O fato de alguns membros do antigo genos se apropriarem das terras que antes eram

comuns, formando uma aristocracia, agravou a extrema pobreza de muitos homens e mulheres que migraram para as cidades onde nem

sempre encontravam ocupação. A alternativa, para muitos desses gregos, foi tentar uma nova vida em outros locais, no que foram, muitas

vezes, encorajados pelos governantes.

4. O PERÍODO ARCAICO

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O Período Arcaico foi o período da

colonização grega, ou seja, o período de

criação de colônias no litoral do mar

Mediterrâneo e do mar Negro.

Entre outros locais, colônias foram

estabelecidas na península itálica e na Sicília,

dando origem à Magna Grécia.

Foi ainda nessa época que ocorreu o

declínio dos antigos monarcas e o surgimento

dos governos aristocráticos, isto é, daqueles

que eram considerados os melhores ou os mais

capacitados para governar a cidade. Mas a crise

social faria surgir os tiranos, que diziam poder

resolver os problemas dos menos favorecidos.

Durante o Período Arcaico, as cidades de

Atenas e Esparta foram se tornando cada vez

mais diferentes entre si, e isso ocorria porque

cada uma delas possuía modelos de organização

social e política diferentes.

Pela lei, os cidadãos

espartanos só

podiam guerrear ou

administrar a cidade.

Mas as artes, como a

poesia, a música e a

dança eram

praticadas na cidade

por homens e

mulheres.

As roupas dos espartanos tinham que ser

extremamente despojadas, pois vaidade era

proibida por lei. A única vaidade permitida aos

espartanos era deixar o cabelo crescer

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Page 20: Caderno Pedagógico de História - 6º Ano

3.° BIMESTRE - 2016

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O Período Clássico foi o período de apogeu da civilização grega.

Nele ocorreu outra invenção política grega: a democracia ou a forma de governo democrática.

Em épocas passadas, os gregos já tinham experimentado outras formas de governo. Ou seja, eles já tinham vivido outras formas de

relação entre o governante (aquele que governa) e os governados. Por isso podiam avaliar que existiam formas de governo positivas (ou

boas) e formas negativas (ou más).

Eles já tinham sido governados por UM governante: a MONARQUIA e a TIRANIA. E já tinham sido governados também por ALGUNS

governantes: a ARISTOCRACIA e a OLIGARQUIA.

Leia o quadro abaixo. Ele resume o que dissemos até agora.

QUALIDADE

POR QUEM

SOU GOVERNADO?

POSITIVA

(BOM GOVERNO)

NEGATIVA

(MAU GOVERNO)

UM MONARQUIA TIRANIA

ALGUNS

ARISTOCRACIA

(GOVERNO DOS “MELHORES” OU

“MAIS CAPACITADOS”)

OLIGARQUIA

(GOVERNO DA PLUTOCRACIA

OU DOS MAIS RICOS E PODEROSOS)

Agora, os gregos estavam aprendendo que era possível uma nova forma de governo. Era isso que as reformas realizadas por

Clístenes estavam demonstrando em Atenas, desde o final do século VI a.C.

5. O PERÍODO CLÁSSICO

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Assim, nem todos os habitantes de Atenas eram cidadãos. Das discussões na Ágora ateniense não participavam os estrangeiros

(metecos) e os escravos. Daquelas discussões e decisões também não participavam as mulheres, mesmo que tivessem nascido em Atenas.

Você ainda está lembrado que os estrangeiros, os escravos e as mulheres também não participavam dos Jogos Olímpicos?

Os cidadãos atenienses achavam que, se os metecos, os escravos e as mulheres participassem das discussões e votações na Ágora, a

Democracia se tornaria uma forma negativa de governo.

Os metecos podiam ser comerciantes e artesãos, mas eles não podiam ser proprietários de terras. Os próprios cidadãos podiam sofrer a

pena do ostracismo, isto é, a suspensão ou cassação dos direitos políticos por dez anos. E é importante não esquecer que a base da

democracia ateniense era a escravidão.

A Grécia – cidades-Estado (Pólis)

A - Acrópole B - Ágora C - Zona Rural D - Porto

Na Época Clássica, os atenienses estavam vivendo a

experiência de uma forma de governo diferente: a

DEMOCRACIA.

Reunidos na Ágora, os cidadãos participavam das

discussões que decidiam o destino político da pólis. A

Democracia era o governo da MAIORIA dos cidadãos. E

somente eram cidadãos os homens livres, filhos de pai

e mãe atenienses. Eles tinham direitos políticos e civis.

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Mas é importante não esquecer o seguinte: para a existência da Democracia ateniense foi fundamental a obra dos legisladores. Eles escreveram e organizaram as leis dos primitivos genos, que eram baseadas nos costumes. Agora, aquelas leis já adaptadas ou modificadas estavam se tornando as leis da pólis.

Um dos primeiros legisladores foi Drácon, cujas leis eram excessivamente rigorosas. Por isso, ainda hoje, é comum alguém dizer ser draconiana alguma lei ou uma medida excessiva. Ainda assim, as leis de Dracon tinham uma grande vantagem: por serem escritas e públicas (isto é, do conhecimento de todos), evitavam ou limitavam as arbitrariedades dos mais poderosos, por ocasião dos julgamentos.

Sólon e Clístenes também foram legisladores e realizaram reformas políticas e sociais que permitiram o triunfo da experiência democrática.

infoescola.com

SÓLON DRÁCON

CLÍSTENES

helenosylatinos.wordpress.com

jjhueso.blogspot.com

Agora, responda se for capaz: Você aprendeu que foram várias as formas de governo inventadas pelos gregos. Mas os gregos não inventaram uma das formas de governo mais adotadas pelos países no mundo atual. Você sabe qual é ela? Uma dica: ela é a forma de governo do Brasil desde 1889. _______________________________________________________________________________________________________________ Você seria capaz de identificar duas diferenças entre a Democracia na Grécia Antiga e a Democracia em nosso país? Converse com seus colegas e com seu Professor. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Viver em sociedade é compartilhar determinadas regras, normas e leis. Elas definem os direitos de cada um de nós. E também os nossos deveres. Em uma democracia, regras,

normas e leis devem ser iguais para todos e respeitadas por todos.

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Durante o Período Clássico, Atenas foi a mais importante das cidades gregas.

Sob a liderança de Atenas, as cidades gregas formaram uma aliança militar para combater e derrotar o invasor persa nas Guerras

Médicas ou Greco-Pérsicas, um longo conflito durante o século V a. C.

Esparta era uma cidade também importante, embora sua organização social e política permanecesse a mesma da Época Arcaica.

Esparta nunca teve uma forma de governo democrática.

O prestígio dos espartanos residia no poderio militar da cidade, que tinha nos esparciatas ou homoioi (os “iguais”) o grupo social

privilegiado. Desde cedo, os meninos espartanos eram treinados para a guerra. E, desde os sete anos de idade, as meninas participavam

de atividades físicas com o objetivo de formar um corpo saudável para gerar filhos sadios e vigorosos para a guerra.

As rivalidades entre Atenas e Esparta culminaram na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.). Então, duas ligas de cidades foram formadas: a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta, e a Liga de Delos, liderada por Atenas. A vitória da Liga do Peloponeso garantiu, desde então, a Esparta a liderança no mundo grego. Porém, os prolongados conflitos da guerra enfraqueceram as cidades-Estado gregas.

Todavia, se é comum dizer que a Época Clássica foi o

período de apogeu da civilização grega, tal não se deve apenas à experiência democrática. A Época Clássica foi também o momento de importantes criações culturais pelos gregos – a literatura, a política, a filosofia, a historiografia, a arquitetura, a escultura, a matemática, a geometria, o teatro, além de várias outras.

SOLDADOS DA CIDADE DE ESPARTA

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Em 338 a.C., na batalha de Queroneia, as forças de Filipe II da Macedônia derrotaram uma coligação composta

por Atenas e Tebas. Iniciava-se o Período Helenístico da experiência histórica dos gregos na Antiguidade, que se

estendeu até o ano 146 a.C.

Seu filho – Alexandre, o Grande ‒ por meio de conquistas militares e da fundação de cidades, muitas delas

denominadas Alexandria, ampliou os limites da cultura grega, fundamento do seu ideal de um império universal, não

realizado. O surgimento de uma cultura helenística era a síntese da cultura grega clássica e das tradições orientais.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.htm

l?aula=32238

ALEXANDRE

6. O PERÍODO HELENÍSTICO

ATENAS A cidade de Atenas localizava-se na Ática, uma região da Grécia continental.

O nome da cidade homenageava Atena, a deusa grega da sabedoria e da inteligência. Retratada na

imagem ao lado, Atena era a deusa Minerva dos romanos.

Ao nascer, já investida de capacete e armadura, Atena emitiu um grito de guerra. Deusa guerreira, o que

lhe interessava não era a batalha ou o combate sangrento, mas sim a arte bélica (da guerra), que exigia

sabedoria e inteligência.

Porém, ao contrário de Esparta – a cidade que era sua maior rival e que se tornara famosa por valorizar o

militarismo – Atenas ficaria conhecida pela valorização da cultura.

Em Atenas, a experiência de um governo democrático foi possível pela passagem da sociedade

aristocrática do Período Arcaico para a do Período Clássico, na qual os cidadãos ocupavam posição

destacada.

https://upload.wikim

edia.org/wikipedia/com

mons/3/36/Atena-Giustiniani---Vatican.jpg

ESTÁTUA DA DEUSA ATENA

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• EUPÁTRIDAS: formavam a aristocracia, ou seja, a classe mais poderosa. • GEOMORES: eram os pequenos agricultores. • DEMIURGOS: classe composta pelos artesãos. • METECOS: eram os estrangeiros. • ESCRAVOS: geralmente obtidos entre os povos derrotados nas batalhas e, em menor número, aqueles que não honrassem suas dívidas.

A SOCIEDADE ATENIENSE

• CIDADÃOS: filhos de pai e mãe atenienses. Tinham todos os direitos garantidos. Eram livres. • METECOS: estrangeiros ou nascidos na Ática de pais não cidadãos. Como os cidadãos livres, participavam do serviço militar e pagavam impostos, porém não participavam da vida política. Sendo artesãos e comerciantes, podiam ter riqueza e prestígio. • ESCRAVOS: maior parte da população da Ática. Faziam todos os serviços. Eram filhos de escravos ou prisioneiros de guerra. Podiam ser emancipados (serem libertos), mas não se tornavam cidadãos.

avidanagreciantiga.wordpress.com

UM ESCRAVO EM SEU TRABALHO DEMIURGOS

sigloscuriosos.blogspot.com

ANTES DA DEMOCRACIA NA ERA CLÁSSICA (DEMOCRÁTICA)

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A sociedade ateniense na ERA CLÁSSICA 1 - Complete as lacunas:

2 - Leia as afirmativas e coloque V (verdadeiro) ou F (falso). Justifique as respostas que você considerar falsas.

( ) Alguns cidadãos eram livres.

_______________________________________________________________

( ) Livres e escravos compunham a sociedade ateniense no século V a.C.

_______________________________________________________________

( ) Todos os cidadãos e metecos eram livres.

_______________________________________________________________

( ) Alguns metecos eram estrangeiros.

_______________________________________________________________

( ) Todos os habitantes de Atenas, na Era Clássica, eram livres.

_______________________________________________________________

planetaeducacao.com.br

Homens livres em Atenas = cidadãos + _______________________ .

Cidadãos + metecos + _______________________ = sociedade de Atenas na Era Clássica.

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3.° BIMESTRE - 2016

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O apogeu de Atenas ocorreu durante o governo de Péricles, no século V a.C.

Foi durante seu governo que a democracia ateniense teria alcançado o seu

apogeu, o que era complementado pelo apoio de Péricles às atividades culturais.

Considerado por Tucídides ‒ um dos historiadores gregos ‒ “o primeiro cidadão de

Atenas”, Péricles foi o responsável pelas construções que embelezaram a Acrópole de

Atenas – em especial, o Partenon, o templo em honra da deusa Atena ‒, o que tornou

famosas a Acrópole e a cidade desde o mundo antigo. As obras realizadas permitiram

dar emprego à população pobre de uma cidade onde eram numerosos os escravos. O PARTENON, EM ATENAS (TEMPLO EM HONRA DA DEUSA ATENA).

http://2.bp.blogspot.com/-SJiifqLxIgo/U

8CJYq6kc0I/AAAA AAAACdM

/LKnCF4gfwxA/s1600/acropole+-+Atenas+1.jpg

Você já deve ter ouvido alguém dizer esta frase. Quando não

entendemos alguma coisa é comum nós nos lembrarmos dos gregos. Mas

por quê? O português é uma língua de origem latina, mas muitas palavras

usadas em nosso vocabulário têm, no idioma grego, a sua origem.

Democracia é um exemplo. Em grego, demos quer dizer povo e kratos,

poder. A junção das duas palavras resultou em DEMOCRACIA, o poder

do povo. Outro exemplo é a palavra alfabeto. No idioma grego, alfa e beta

eram as suas duas primeiras letras, sabia? Daí surgiu a palavra alfabeto.

ALFABETO GREGO

profwillian.com

“Ih, parece que você está falando grego!”

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Pouco a pouco, sozinho ou com a ajuda de seu(sua) Professor(a), você foi percorrendo as páginas deste caderno, aprendendo coisas,

conhecendo personagens, observando e lendo imagens.

Muitas dessas imagens reproduzem obras dos próprios gregos e expressam as experiências por eles vividas, como, por exemplo, uma

escultura e uma cerâmica.

Observe as imagens. Elas reproduzem duas esculturas de autores desconhecidos.

A VÊNUS DE MILO, de autor desconhecido, data, aproximadamente, do ano 100 a.C.. É uma das mais famosas esculturas do mundo. Encontra-se em exposição no Museu do Louvre, em Paris, na França.

A VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA, também de autor desconhecido, data, aproximadamente, do ano 190 a.C.. É outra obra exemplar da arte grega. Encontra-se, também, no Museu do Louvre.

br.freepik.com

http://passapalavra.info

Um dos principais escultores gregos foi Fídias, autor de uma das estátuas da deusa Atena e de muitas outras obras.

A CULTURA GREGA

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PÁGINA 29

Originária de Corinto, durante o início do século VII a.C, foi introduzida em Atenas posteriormente.

Outras notáveis figuras negras existiam em olarias de Esparta e de outras cidades da Grécia Oriental.

Adaptado de http://sobregrecia.com

A cerâmica figura-negra é um estilo de pintura antiga em que a decoração

aparece como silhuetas negras sobre fundo vermelho.

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As imagens abaixo representam Ésquilo, Sófocles e Eurípides, três autores do teatro antigo. E os três principais gêneros eram a

tragédia, a comédia e o drama satírico. Sófocles é o autor de Antígona, Édipo Rei e Elektra.

Abaixo aparecem representados Sócrates, Platão e Aristóteles, os três mais importantes filósofos gregos.

Apresentada por Pitágoras, um dos primeiros filósofos gregos, como o amor pela sabedoria, experimentado pelo ser humano consciente

de sua própria ignorância, a filosofia é uma das importantes invenções dos gregos.

educacao.uol.com.br

Sófocles (495 a.C./405 a.C.) Eurípedes (480 a.C./406 a.C.)

portalsaofrancisco.com.br

Ésquilo (525 a.C./ 456 a.C)

portalsaofrancisco.com.br

portalsaofrancisco.com.br

PLATÃO SÓCRATES

educacao.uol.com.br

ARISTÓTELES

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cienciae.blogspot.com

GAIA

GAIA, a Mãe-Terra. De acordo com Hesíodo, no princípio, era o Caos (o vazio, matéria eterna, sem forma definida). Depois, surgiram Gaia, a Terra; Eros, o amor; Érebo, as trevas; Tártaro, o abismo; e Nix , a noite.

Ao lado de Homero e da Ilíada e da Odisseia, situam-se Hesíodo e o poema-épico Teogonia,

que lhe é atribuído.

A Teogonia (teo = deus) narra o surgimento do mundo e, também, dos deuses. A este tipo de

narrativa damos o nome de cosmogonia.

Como aedos, Homero e Hesíodo compuseram canções que eram transmitidas de geração a

geração, e assim permitiam aos homens e mulheres gregos compreender e estar no mundo – isto

é, em GAIA, sua morada.

MITO E RELIGIÃO Volte, agora, à p. 14. Releia o mito do Minotauro. E não deixe de reler, também, na p. 15, o que vem a seguir a respeito de mito e dos deuses gregos. Agora, podemos continuar? Os gregos eram politeístas como os povos do Antigo Oriente Próximo, com exceção dos hebreus. Mas os deuses gregos, embora fossem imortais, possuíam as qualidades e os defeitos dos humanos. Assim, podiam ser

questionados sem que isso representasse um sacrilégio. O mesmo acontecia com os semideuses, assim denominados porque eram filhos de um deus com uma mortal ou de um homem com uma deusa. Você também já sabe que os deuses gregos não viviam no céu, e sim no Monte Olimpo. Ao conjunto de narrativas sobre deuses, semideuses, heróis, patriarcas e outros mais damos o nome de mitologia (logia – estudo, ou seja, estudo dos mitos).

Você já conhece a Ilíada e a Odisseia, os textos atribuídos a Homero, que permitiam aos gregos conhecer as experiências vividas pelos seus antepassados?

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