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Luzia 08-11-2016

Chuva de novembro marcia portella

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Page 1: Chuva de novembro marcia portella

Luzia08-11-2016

Page 2: Chuva de novembro marcia portella

Chega novembro com a primeira chuva...

Na janela em silêncio, olho para fora vendo

o lusco-fusco da manhã transitando à minha frente...

o vento balança as folhas enquanto o aroma adocicado

do jasmim espalha, tomando o quarto na tentativa

de suavizar as rugas da minha consciência,

e fazê-las desaparecer...

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Page 4: Chuva de novembro marcia portella

O céu está cinza ardósia e inchado de nuvens...

a rajada grossa açoita a janela; veloz

sacode o salgueiro chorão que verga

nas calçadas com a cabeça de longas cabeleiras verdes...

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Page 6: Chuva de novembro marcia portella

Uma gaivota grita no alto contra o vento que

surpreende o mar, sussurrando sonhos em murmúrios, rasgando

uma abertura no pequeno lugar interno onde

estão amontoadas velhas imagens,

abrindo espaçopara a realidade...

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Page 8: Chuva de novembro marcia portella

Na gaveta guardo seu retrato que me olha com

olhos petrificados de anjo de igreja, à espera

minhas preces constantes...

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Page 10: Chuva de novembro marcia portella

Sinto que morro aqui, mas veja: já estará

morto antes de mim, antes mesmo

que a luz fria, trêmula e aquosa dessa manhã

de novembro, permeie seu vulto que um dia tenha sonhado que

jamais!pereceria em mim...

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Page 12: Chuva de novembro marcia portella

Chega novembro com a primeira chuva...Na janela em silêncio, olho para fora vendo

o lusco-fusco da manhã transitando à minha frente...o vento balança as folhas enquanto o aroma adocicado

do jasmim espalha, tomando o quarto na tentativa de suavizar as rugas da minha consciência,

e fazê-las desaparecer...O céu está cinza ardósia e inchado de nuvens...

a rajada grossa açoita a janela; veloz sacode o salgueiro chorão que verga

nas calçadas com a cabeça de longas cabeleiras verdes... Uma gaivota grita no alto contra o vento que

surpreende o mar, sussurrando sonhos em murmúrios, rasgando uma abertura

no pequeno lugar interno onde estão amontoadas velhas imagens, abrindo espaço

Para a realidade...Na gaveta guardo seu retrato que me olha com

olhos petrificados de anjo de igreja, à espera minhas preces constantes...

Sinto que morro aqui, mas veja: já estará morto antes de mim, antes mesmo

que a luz fria, trêmula e aquosa dessa manhã de novembro, permeie seu vulto

que um dia tenha sonhado que jamais!pereceria em mim...

Chuva de

Novembro

Marcia PortellaGoiânia – Go

Brasil

Page 13: Chuva de novembro marcia portella

Formatação: Luzia GabrieleE-mail: [email protected]

Poetisa: Marcia Portellahttp://marciaportellago.blogspo.comImagens: Internet e Arquivo PessoalMúsica: A Miragem O Clone - Versão

Instrumental 2Criação: Luzia Gabriele

http://www.slideshare.net/luziagabrielehttps://

www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskjl4zkow

Data: 08 de Novembro de 2016