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Consciênci a Fonológica Orientadora de Estudo: Ananda Lima

Consciência Fonológica

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Consciência Fonológica

Orientadora de Estudo: Ananda Lima

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Denomina-se consciência fonológica a consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:

(Byrne e Fielding-Barnsley, 1989)

1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.

2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas.

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Diferentes pesquisas têm apontado o papel do desenvolvimento da consciência fonológica para a aquisição da leitura e escrita.

[...] Crianças com dificuldades em consciência fonológica geralmente apresentam atraso na aquisição da leitura e escrita, e procedimentos para desenvolver a consciência fonológica podem ajudar as crianças com dificuldades na escrita a superá-los (Capovilla e Capovilla, 2000).

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O que é consciência fonológica?

Conjunto de habilidades que nos permitem refletir sobre as partes sonoras das palavras.

Além de usar as palavras para nos comunicar, podemos assumir diante delas uma atitude metacognitiva, refletindo sobre sua dimensão sonora.

(cf. BRADLEY; BRYANT, 1987; CARDOSO-MARTINS, 1991; FREITAS, 2004; GOMBERT, 1992).

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As habilidades de consciência fonológica se diferenciam:

1. Quanto ao tipo de operação que o sujeito realiza em sua mente (separar, contar, comparar quanto ao tamanho ou quanto à semelhança sonora etc.)

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2. Quanto ao tipo de segmento sonoro envolvido (rimas, fonemas, sílabas, segmentos maiores que um fonema e menores que uma sílaba, segmentos compostos por mais de uma sílaba – como a sequência final das palavras janela e panela).

3. Quanto à posição (início, meio, fim) em que aquelas “partes sonoras” ocorrem no interior das palavras.

1º ano p. 19-25 e Educação do Campo p. 20-22

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Assim, uma criança pequena pode, por exemplo:

observar que a palavra janela tem 3 “pedaços” (sílabas), que a palavra casa tem 2 “pedaços” e que, portanto, a primeira palavra é maior;

identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (gato, bode, galho e mola), que as palavras gato e galho são as que “começam parecido”, porque começam com /ga/;

falar cavalo, quando lhe pedimos que diga uma palavra começada com o mesmo pedaço que aparece no início da palavra casa;

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• Identificar que no interior das palavras serpente e camaleão há outras palavras (pente, leão e cama);

• identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (chupeta, galinha, panela, varinha), que as palavras galinha e varinha terminam parecido, isto é, rimam;

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falar palavras como caminhão ou macarrão, quando lhe pedimos que diga uma palavra que rime com feijão;

identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (vestido, martelo, vampiro, coruja), que as palavras vestido e vampiro são as que começam parecido, porque começam “com o mesmo sonzinho”.

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• A importância das habilidades de consciência fonológica.

• Como ocorre o desenvolvimento da consciência fonológica.

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POR QUE OUVIR É TÃO IMPORTANTE?

É ouvindo que uma criança aprende a falar.

Por isso, antes de ter qualquer compreensão do princípio alfabético, a criança precisa entender que os sons associados às letras são precisamente os mesmos sons da fala.

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PRECISAMOS BUSCAR INFORMAÇÕES CONCRETAS PARA ESSE EMPREENDIMENTO

Atividades envolvendo rimas, ritmos e sons são ideais para

esse propósito.

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A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA DESENVOLVE-SE NAS CRIANÇAS A PARTIR DO CONTATO

COM DIFERENTES FORMAS LINGUÍSTICAS NO DIA A DIA.

Músicas ou cantigas de roda

Poesias

Parlendas

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QUE ATIVIDADES PODEM SER DESENVOLVIDAS?

• Jogos de escuta: estimulam a habilidade das crianças de prestarem atenção aos sons de forma seletiva;

• Jogos com rimas: introduz os sons das palavras às crianças;

• Consciência das palavras e frases: desenvolve a consciência das crianças de que a fala é constituída por uma sequência de palavras.

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As sub-habilidades da consciência fonológica são:

• Rimas e aliterações;• Consciência de palavras;• Consciência silábica;• Consciência fonêmica.

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Rimas e Aliteraçõeso A rima representa a correspondência fonética entre duas

palavras a partir da vogal da sílaba tônica.

o Por exemplo: Para rimar com a palavra SAPATO, a palavra deve terminar em ATO, pois a palavra é paroxítona, mas para rimar com CAFÉ, a palavra precisa terminar somente em É, visto que a palavra é oxítona.

o A equidade (semelhança) deve ser sonora e não necessariamente gráfica, ou seja, as palavras OSSO e PESCOÇO rimam, pois o som em que terminam é igual, independente da forma ortográfica.

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Consciência de palavras • Representa a capacidade de segmentar a frase em palavras e,

além disso, perceber a relação entre elas e organizá-las numa sequência que dê sentido.

• Esta habilidade tem influência mais precisa na produção de textos e não no processo inicial de aquisição de escrita.

• Contar o número de palavras numa frase, referindo-o verbalmente ou batendo uma palma para cada palavra, é uma atividade de consciência de palavras.

• Exemplo: Quantas palavras há na frase: “ O cachorro correu atrás do gato?”

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• Ao responder corretamente esta questão ou batendo uma palma para cada palavra, enquanto repete a frase, a criança demonstra sua habilidade de consciência sintática.

• Ordenar corretamente uma oração ouvida com as palavras desordenadas também é uma capacidade que depende desta habilidade.

• Esta habilidade implica numa capacidade de análise e síntese auditiva da frase.

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Consciência silábica

• A criança só avança para a fase silábica de escrita quando se torna atenta às características sonoras da palavra, especialmente quando ela chega ao nível do conhecimento da sílaba. Zorzi (2003)

• Atividades como contar o número de sílaba; dizer qual é a sílaba inicial, medial ou final de uma determinada palavra; subtrair uma sílaba das palavras, formando novos vocábulos, são dependentes desta sub habilidade da consciência fonológica.

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Consciência fonológica• Consiste na capacidade de analisar os fonemas que compõe as

palavras.

• Do ponto de vista sonoro é a análise de textos, frases, palavras, sílabas, sons, letras. É a estrutura básica do que falamos.

• Atividades como: - Dizer quais ou quantos fonemas formam uma palavra; - Descobrir qual a palavra está sendo dita por outra pessoa unindo os

fonemas por ela emitidos; - Formar um novo vocábulo subtraindo o fonema inicial da palavra

(por exemplo, omitindo o fonema K da palavra CASA, forma-se a palavra ASA), são exemplos em que se utiliza a consciência fonêmica.

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A consciência fonológica associada ao conhecimento das regras de correspondência entre grafemas e fonemas permite à criança uma aquisição da escrita com maior facilidade, uma vez que possibilita a generalização e memorização destas relações (som-letra).

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“Pesquisas apontam que grande parte das dificuldades das crianças na leitura e escrita está relacionada com problemas na consciência fonológica. Tais estudos, sugerem que crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita devem participar de atividades para desenvolver a consciência fonológica.”

Guimarães, 2003.

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Referências Bibliográficas CAPOVILLA, A.G.S. Leitura, escrita e consciência fonológica: desenvolvimento, intercorrelações e intervenções. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. CAPOVILLA, A. G. S. e CAPOVILLA, F.C. Problemas de Leitura e escrita. Como identificar, preveni e remediar numa abordagem fônica. São Paulo, Memnon, 2000.

GUIMARÃES, S.R.K. Dificuldades no Desenvolvimento da Lectoescrita: O papel das Habilidades Metalingüísticas. In Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Abr 2003, vol 19 n. 1. Pp. 33 – 45.

ZORZI, J. L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: Questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.